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Questão 1/5 - Estética Leia o fragmento de texto: “Sob o poder do monopólio, toda cultura de massas é idêntica, e seu esqueleto, a ossatura conceitual fabricada por aquele, começa a se delinear. Os dirigentes não estão mais sequer muito interessados em encobri-lo, seu poder se fortalece quanto mais brutalmente ele se confessa de público. O cinema e o rádio não precisam mais se apresentar como arte. A verdade de que não passam de um negócio, eles a utilizam como uma ideologia destinada a legitimar o lixo que eles propositalmente produzem.” Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ADORNO, Theodor; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985. p. 100. Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Reflexões sobre arte e filosofia sobre a produção artística dentro da chamada indústria cultural, é correto afirmar que: Nota: 20.0 A Para Adorno e Horkheimer, a produção de arte vulgarizada não é consequência do capitalismo. B A indústria cultural favorece o grande público, permitindo o surgimento de novos artistas de elevado valor cultural. C A indústria cultural foi reformulada após as reflexões dos intelectuais frankfurtianos, passando a produzir apenas grandes obras. D A produção artística na indústria cultural é vulgarizada e sem estilo, pois é administrada e controlada para servir aos interesses de um sistema. Você acertou! Esta é a afirmativa correta. De acordo com o livro-base: "Logo no começo do texto 'A indústria cultural: o esclarecimento como mistificação das massas', em Dialética do Esclarecimento, lemos uma afirmação que depois se tornou uma espécie de paradigma para o debate sobre a arte e a cultura na contemporaneidade, tal como fora a mímesis na Antiguidade, por exemplo: 'Pois a cultura contemporânea confere a tudo um ar de semelhança' [...]. É uma espécie de vulgarização da produção artística e cultural, sendo possível concluir, por exemplo, que há um privilégio do produto em detrimento dos meios, pois está inserido num sistema que se alimenta de uma produção administrada e controlada, direcionada para um público consumidor, também ele administrado e controlado. Por isso, a padronização dos produtos e dos objetos, dos sabores, dos sons, das imagens e dos valores é tão importante para o sucesso de uma economia capitalista" (livro-base, p. 145). E O cinema e a arte não se apresentam como a mais elevada arte da indústria cultural, mas são as únicas capazes de produzir obras decentes. Questão 2/5 - Estética Atente para a afirmação: O termo sociedade do espetáculo foi cunhado na década de 1960 por um filósofo e escritor francês a fim de expor a tirania das imagens e a submissão alienante dos indivíduos ao império midiático. Fonte: Texto elaborado pelo próprio autor desta questão. Considerando a afirmação e os conteúdos do livro-base Reflexões sobre arte e filosofia sobre o termo sociedade do espetáculo, é correto afirmar que: Nota: 20.0 A O termo foi cunhado pelo filósofo e escritor francês Guy Debord. Você acertou! Esta é a afirmativa correta. De acordo com o livro-base: “O termo sociedade do espetáculo foi criado pelo filósofo e escritor francês Guy Debord (1931-1994) na década de 1960, e o conceito poderia ser resumido em uma das citações mais famosas do autor: 'Nunca a tirania das imagens e a submissão alienante ao império da mídia foram tão fortes como agora. Nunca os profissionais do espetáculo tiveram tanto poder: invadiram todas as fronteiras e conquistaram todos os domínios da arte à economia, da vida cotidiana à política, passando a organizar de [uma] forma consciente e sistemática o império da passividade moderna' [...]” (livro-base, p. 155). B O termo foi cunhado pelo filósofo e escritor francês Jean-François Lyotard. C O termo foi cunhado pelo filósofo e escritor alemão Walter Benjamin. D O termo foi cunhado pelo filósofo e escritor francês Theodor Adorno. E O termo foi cunhado por um coletivo de autores na década de 1960. Questão 3/5 - Estética Considere a informação: Platão debateu o tema arte em alguns de seus diálogos. Em dois deles, contudo, expressou de maneira mais consistente o que ficou convencionado como a expulsão dos poetas da cidade. No livro-base Reflexões sobre arte e filosofia, esse tema é abordado em paralelo com a questão da verdade ou do conhecimento verdadeiro, porque essa comparação é suficiente para demarcar a principal característica das artes, justificando a censura feita aos poetas por Platão. Fonte: Texto elaborado pelo autor desta questão. Considerando a informação e os conteúdos do livro-base Reflexões sobre arte e filosofia, assinale a afirmativa que expresse corretamente a caraterística que justifica a censura da arte na visão de Platão: Nota: 20.0 A Toda arte é uma imitação, por isso, está sempre afastada da verdade. Você acertou! Esta é a afirmativa correta. Por ser uma mimese, uma imitação, a arte está restrita às limitações materiais do mundo sensível; por isso, jamais poderá alcançar o grau da verdade – as ideias do mundo inteligível. De acordo com livro-base: "Para Platão, a arte mimética não tem condições de representar as coisas como verdadeiramente são. A imitação como construção de imagens das coisas não passa de uma reprodução, de uma simulação, isto é, da forma aparente das coisas. A arte pode mostrar a aparência das coisas, mas não elas mesmas. [...] A mímesis, para Platão, sofre dessa transformação, que ele mesmo denomina triplo afastamento da verdade. [...] A questão da verdade da arte deve ser debatida, portanto, a partir do problema central do pensamento de Platão, que é a 'invenção' de uma possibilidade de conhecimento que ultrapassa o reino das multiplicidades e a certeza da unidade. A arte será, para Platão, sempre restrita ao universo da multiplicidade, Esse é seu maior perigo. Quando fala em mímesis, em imitação, como algo negativo, Platão o faz a partir da ideia de que toda apreensão feita na multiplicidade do mundo sensível já é 'menos real' do que a episteme. Quando o poeta 'copia' o mundo sensível, afasta-se ainda mais do conhecimento verdadeiro" (livro-base, p. 26, 67). B Toda arte é uma cópia, por isso, depende da competência do artista para atingir a verdade. C Era necessário um método mais preciso e requintado para que a arte alcançasse a verdade. D Os artistas não têm interesse na verdade, apenas no mundo sensível e nas contingências da vida material. E As matérias-primas disponíveis aos artistas na época de Platão não permitiam aos artistas elaborar obras sofisticadas e de valor elevado. Questão 4/5 - Estética Leia o trecho de texto: "Parece, de modo geral, darem origem à poesia duas causas, ambas naturais. Imitar é natural ao homem desde a infância – e nisso difere dos outros animais, em ser o mais capaz de imitar e de adquirir os primeiros conhecimentos por meio da imitação – e todos têm prazer em imitar." Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ARISTÓTELES. Poética. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 33. (Coleção Os Pensadores). Considerando o trecho de texto e os conteúdos do livro-base Reflexões sobre arte e filosofia sobre a diferença entre tragédia e comédia como gêneros literários, de acordo com a perspectiva de Aristóteles, é correto afirmar que: Nota: 20.0 A Ambas são artes imitativas, mas a diferença entre elas é o conteúdo imitado. Enquanto a tragédia imita ações de caráter elevado, a comédia imita vícios e baixezas humanas. Você acertou! Esta é a afirmativa correta. De acordo com o livro-base: "Resumidamente, podemos afirmar que Aristóteles define a comédia e a tragédia como imitações, e nisso elas se assemelham bastante. Porém, com relação ao conteúdo ou ao objeto imitado, elas diferem radicalmente, pois a comédia imita nossos vícios e atitudes baixas, enquanto a tragédia imita nossas virtudes e ações de caráter mais elevado” (livro-base, p. 31). BAmbas são artes imitativas e idênticas em relação ao conteúdo, conforme a perspectiva aristotélica. Enquanto a tragédia se utiliza de um estilo triste, a comédia se utiliza de um estilo alegre. C A tragédia se caracteriza como imitação para Aristóteles, pois tem como objeto a vida real. A comédia não parte dos fatos, mas de invenções fantasiosas, não se caracterizando como arte mimética. D A questão da imitação é irrelevante para Aristóteles. A diferença entre os gêneros é que a tragédia expõe sobre homens com mais status na sociedade, e a comédia de homens excluídos socialmente. E Aristóteles define três tipos de imitação: a da epopeia, que imita fatos reais com neutralidade; a da tragédia, que traz um exagero negativo dos fatos; e a da comédia, que configura um exagero positivo da realidade. Questão 5/5 - Estética Considere o texto: Martin Heidegger foi um pensador com uma visão de arte bastante peculiar. Em A origem da obra de arte, defendeu que, ao contrário da tradição filosófica, a arte não está distante da verdade, ao contrário, pode revelá-la. Fonte: Texto elaborado pelo autor desta questão. Tendo em vista o texto e os conteúdos do livro-base Reflexões sobre arte e filosofia sobre a noção de arte de Martin Heidegger, assinale a afirmativa correta: Nota: 20.0 A A arte é o pôr-se em obra da verdade. Você acertou! Esta é a afirmativa correta. De acordo com o livro-base: “Heidegger acredita que a arte não está nada longe da verdade. Ao contrário ela é capaz, com muito mais potência, de mostrá-la; é capaz de fazê-la aparecer com mais clareza do que o próprio pensamento racional. Talvez você já tenha ouvido falar de sua célebre definição: 'a arte é o pôr-se em obra da verdade' [...]” (livro-base, p. 83). B A arte é o ocultamento da realidade. C A arte é o desdobramento da verdade. D A arte é o dilema da verdade. E A arte é o desenvolver-se do real.