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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ 
 
Curso de Pós Graduação em Engenharia de Segurança d o Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOAO MANOEL CAMARGO FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAUDOS PERICIAIS DE INSALUBRIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA – PR 
2010 
 
 
 
JOAO MANOEL CAMARGO FERREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAUDOS PERICIAIS DE INSALUBRIDADE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada para obtenção 
do título de Especialista no Curso de 
Pós-Graduação Lato Sensu em 
Engenharia de Segurança do Trabalho, 
Pontifícia Universidade Católica do 
Paraná -PUC-PR. 
Orientador: Prof. Antonio Denardi Jr. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA – PR 
2010 
 
 
JOAO MANOEL CAMARGO FERREIRA 
 
 
 
 
 
LAUDOS PERICIAIS DE INSALUBRIDADE 
 
 
 
 
 
Monografia apresentada ao Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança 
do trabalho, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná, como requisito à 
obtenção do título de Especialista. 
 
 
 
 
COMISSÃO EXAMINADORA 
 
 
 
 
 
Dr. Ing. Irionson Antonio Bassani 
Prof. 
Pontifícia Universidade Católica do Paraná 
 
 
 
Roberto Serta 
Prof. 
Pontifícia Universidade Católica do Paraná 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Curitiba, 18 de Maio de 2010. 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este trabalho dedico aos nossos familiares, 
colegas de curso e professores. 
 
 
 
 5 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inicialmente quero agradecer a minha família, por seu carinho, 
compreensão e apoio. 
Agradeço a meu orientador Prof. Antonio Denardi Jr., pelo ensinamento, 
incentivo e exemplo de trabalho e serenidade que mostrou ao longo do 
desenvolvimento desta dissertação. 
Aos membros da banca examinadora, que contribuíram opinando e 
sugerindo. 
Ao Prof. Dr. Ing. I. A. Bassani, por todo o tempo que dispensou em me 
ajudar, pelo exemplo de dedicação ao trabalho e ao estudo. 
A "PUC - Pontifícia Universidade Católica do Paraná" pelo apoio e 
disponibilização de recursos liberados e horas aula para capacitação. 
Aos colegas e amigos do Curso de Engenharia de Segurança do Trabalho 
minhas sinceras considerações. 
A todos que contribuíram direta ou indiretamente para o desenvolvimento 
desta dissertação. 
 
 6 
 
RESUMO 
 
 
 
O objetivo fundamental deste trabalho esta baseado no intuito de registrar 
leis, normas, preceitos, princípios, decretos, atuações, acontecimentos e 
jurisprudências por meio de um método baseando em pesquisas documentais e 
bibliográficas que permitam atingir um aprimorado conhecimento sobre o tema. O 
método científico com o conjunto de procedimentos intelectuais e técnicos foram 
adotados para se atingir a mais real percepção, veracidade e ciência dos fatos que 
venham a contribuir para a elaboração de laudos periciais de Insalubridade, 
especificando a atuação do Engenheiro de Segurança do Trabalho. 
Enfatiza-se o valor e a necessidade das atribuições do “Engenheiro de 
Segurança no Trabalho” e conseqüentemente do “Médico do Trabalho”, 
demonstrando a competência e a necessidade do mesmo para a elaboração de 
laudos periciais, aprovando todas as disposições enquadradas na lei para a sua 
integral aplicabilidade. 
Apresentam-se, com a finalidade de um melhor entendimento na 
preparação dos laudos periciais, atividades insalubres, agentes nocivos, agentes 
físicos, agentes químicos e agentes biológicos, adicionais de insalubridade, graus de 
insalubridade, equipamentos de proteção individual e outros, na expectativa de 
prover elementos, dados e informações para os peritos. 
Demonstramos também nesta monografia fundamentos, embasamentos 
legais e modelos para a elaboração de documentos de acordo com os 
requerimentos imprescindíveis para uma legítima emissão do laudo pericial. 
Apresentam-se considerações para elaboração de laudos periciais de 
Insalubridade, apoiado em instrumentos que se consideram necessários na coleta 
de dados. Na sua avaliação final, define para a importância da emissão dos laudos 
periciais de acordo com as exigências legais, destacando a importância do 
profissional habilitado e competente para desempenhar sua função técnica e prestar 
laudos que esclarecem e corroboram na elucidação das influências nocivas aos 
trabalhadores em seu ambiente de trabalho. 
Percebe-se então a necessidade do disposto neste trabalho, que servirá 
de balizamento e apontamento aprimorado para contribuir para o fortalecimento 
virtuoso da metodologia dos laudos periciais de Insalubridade. 
 
 
Palavras-chave: Pericia em Insalubridade. Laudo Pericial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
LISTA DE SIGLAS 
 
 
 
ART - Anotação de Responsabilidade Técnica 
ART. Artigo 
CA - Certificado de Aprovação 
CC - Código Civil 
CF/88 - Constituição Federal de 1988 
CIPA - Comissões Internas de Prevenção de Acidentes 
CLT - Consolidação das Leis do Trabalho 
CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear 
CONFEA – Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia 
CPC - Código de Processo Civil 
CREA - Conselho Regional de Engenharia Arquitetura e Agronomia 
CTL - Consolidação das Leis do Trabalho 
DRT - Delegacia Regional do Trabalho 
EC - Emenda Constitucional 
EPC - Equipamento de Proteção Coletiva 
EPI - Equipamento de Proteção Individual 
LDR - Leis Decretos, Resoluções 
MTE - Ministério do Trabalho e Emprego 
NR - Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho 
OIT - Organização Internacional do Trabalho 
PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional 
PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais 
SDI - Seção de Dissídios Individuais 
SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do 
Trabalho 
SSMT - Secretaria Segurança e Medicina do Trabalho 
SSST/MTb - Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho / Portaria do Ministério 
do Trabalho 
STF - Supremo Tribunal Federal 
TJSC - Tribunal de Justiça de Santa Catarina 
TRT Tribunal Regional do Trabalho 
TST - Tribunal Superior do Trabalho 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................11 
1.1. APRESENTAÇÃO...............................................................................................11 
1.2 OBJETIVOS.........................................................................................................12 
1.2.1 Objetivo Geral....................................................................................................12 
1.2.2 Objetivos Específicos........................................................................................12 
1.3. ENUNCIADO DO PROBLEMA............................................................................13 
1.4 JUSTIFICATIVA...................................................................................................14 
1.5 ABORDAGEM METODOLÓGICA........................................................................15 
2. REFERENCIAL TEÓRICO E CONCEITOS ...........................................................16 
2.1 PERITO................................................................................................................16 
2.2 ASSISTENTE TÉCNICO......................................................................................16 
2.3 PERÍCIA...............................................................................................................16 
2.3.1 Perícia Judicial..................................................................................................17 
2.3.2 Perícia Extra-Judicial.........................................................................................17 
2.4 EXAME PERICIAL................................................................................................18 
2.5 POSTURA E PERFIL DO PERITO......................................................................18 
2.6 ATRIBUIÇÕES LEGAIS DO PERITO CRIMINAL................................................19 
2.7 LAUDO PERICIAL................................................................................................202.8 A PERÍCIA NA JUSTIÇA DO TRABALHO...........................................................21 
2.8.1 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – CPC...........................................................22 
2.8.2 PODER DE PESQUISAS DO PERITO.............................................................24 
2.9 PODERES DO PERITO E ASSISTENTES TÉCNICOS......................................24 
2.10 AGENDAMENTO DA PERÍCIA .........................................................................24 
2.11. LIVRE APRECIAÇÃO PELO MAGISTRADO................................................... 26 
3. NOÇÕES GERAIS. LEGISLAÇÃO. REFERENCIAL TEÓRICO ...........................26 
3.1 CAPÍTULO V – CLT. OPERAÇÕES INSALUBRES.............................................26 
3.2 PERICIA E O FORO JUDICIAL. ..........................................................................29 
3.3 PERITOS LEGALMENTE HABILITADOS. ..........................................................29 
3.4 DA HABILITAÇÃO – Lei 7410/85.........................................................................32 
3.5 LEI Nº 11.690, DE 9 DE JUNHO DE 2008...........................................................32 
3.6 LEGISLAÇÃO FEDERAL LEI No 5.869/73..........................................................32 
3.7 DOLO OU CULPA DO PERITO. .........................................................................34 
 9 
3.8 FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA – Lei 2.848/40..............................35 
3.9 NORMAS E PROCEDIMENTOS DE PERÍCIA JUDICIAL ..................................35 
3.10 QUEM DEVE FAZER A CLASSIFICAÇÃO DE INSALUBRIDADE? .................35 
4 NORMAS REGULAMENTADORAS ......................................................................36 
4.1 NR 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS...........................................................................38 
4.2 NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES: ......................................39 
5. ATIVIDADES INSALUBRES .................................................................................41 
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE........................................................43 
6. O MINISTÉRIO DO TRABALHO E A PERÍCIA .....................................................43 
6.1 JURISPRUDÊNCIA..............................................................................................44 
7. BASE DE CÁLCULO. SÚMULAS DO TST ...........................................................46 
7.1 SÚMULAS DO STF..............................................................................................47 
7.2 CLASSIFICAÇÂO DA ATIVIDADE INSALUBRE PELO MTb...............................49 
8. POSICIONAMENTOS JUDICIAIS. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE...............49 
9. PORTARIA N.º 3.311 DE 29 DE NOVEMBRO DE 1989.....................................54 
10. ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS DO TRIBUNAL SUPERIOR D O 
TRABALHO ..............................................................................................................54 
11. JURISPRUDÊNCIAS DO TST .............................................................................57 
11.1 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE POR TRABALHO EXPOSTO A RUÍDO.....57 
11.2 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CONTATO COM AGENTES QUÍMICOS..58 
12. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ...............................................58 
12.1 ELIMINAÇÃO OU DIMINUIÇÃO DO GRAU DE INSALUBRIDADE COM O USO 
DE EPI’S. ...................................................................................................................59 
12.2 LEGISLAÇÃO PERTINENTES AOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 
INDIVIDUAL. .............................................................................................................59 
13. CONSIDERAÇÕES SOBRE ATIVIDADES INSALUBRES .................................61 
13.1 GRAUS DE INSALUBRIDADE...........................................................................62 
13.2. ENQUADRAMENTO DA INSALUBRIDADE.....................................................62 
13.2.1. Agentes Nocivos ............................................................................................62 
13.2.2. Riscos Ambientais..........................................................................................63 
13.2.3. Agentes Físicos..............................................................................................63 
13.2.4. Agentes Químicos..........................................................................................63 
13.2.5. Agentes Biológicos.........................................................................................64 
14. AVALIAÇÃO PERICIAL – INSALUBRIDADE .....................................................65 
 10 
15. LEVANTAMENTO TÉCNICO PARA AVALIAÇÃO AOS RISCOS 
AMBIENTAIS .............................................................................................................65 
15.1 LIMITE DE TOLERÂNCIA..................................................................................66 
15.1.2. Limite De Tolerância Para Iluminação............................................................66 
15.1.3. Limite De Tolerância Para Ruído...................................................................67 
15.1.4. Pressão Acústica / Ruído Contínuo ou Intermitente......................................67 
15.1.5. Pressão Acústica / Ruído de Impacto............................................................67 
15.1.6. Limites De Tolerância Para Exposição ao Calor ...........................................67 
16. CONSIDERAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE 
LAUDOS PERICIAIS .................................................................................................68 
17. ESTRUTURA DO LAUDO TÉCNICO PERICIAL ................................................68 
17.1 SUGESTÕES DAS ETAPAS PARA A ELABORAÇÃO DE LAUDO 
PERICIAL...................................................................................................................69 
17.2 FLUXO DO LAUDO PERICIAL......................................................................... 69 
17.3 ETAPAS DE APRESENTAÇÃO DO LAUDO PERICIAL....................................71 
17.4 FORMULAÇÃO DE QUESTIOS PARA A ELABORAÇÃO DE LAUDOS 
PERICIAIS. ................................................................................................................73 
18 QUESITOS PARA INSALUBRIDADE – FORMULAÇÃO ....................................73 
18.1 QUESITOS IMPERTINENTES...........................................................................75 
19. NOMEAÇÃO ........................................................................................................76 
20. HONORÁRIOS PERICIAIS ..................................................................................77 
20.1 PROPOSTA DE HONORÁRIOS........................................................................77 
21. CONSIDERAÇÕES, CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES FINAIS ..................78 
REFERÊNCIAS..........................................................................................................80 
ANEXOS.....................................................................................................................83 
Anexo I - MODELO DE PETIÇÃO DA APRESENTAÇÃO DO LAUDO 
Anexo II - MODELO DE LAUDO PERICIAL FORMAL 
Anexo III - MODELO DE LAUDO PERICIAL FORMAL 
Anexo IV - MODELO DE LAUDO TÉCNICO DE INSALUBRIDADE 
Anexo V - MODELO PADRÃO ESTIMATIVA HONORÁRIOS DE PERÍCIA JUDICIAL 
Anexo VI - MODELO DE LAUDO PERICIAL FORMAL 
Anexo VII - INSTRUÇÃO PARA ELABORAÇÃO DE LAUDO DE INSALUBRIDADE 
Anexo VIII - MODELO LAUDO TÉCNICO PARA AVALIAÇÃO DE INSALUBRIDADE 
Anexo IX - EXEMPLO PRÀTICO DE UM LAUDO TÉCNICO 
 11 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
1.1 APRESENTAÇÃO 
 
 
A ocupação profissional exerce uma função expressiva na formação do 
ser humano, interferindo na inclusão social e na constituição da individualidade e 
identificação. O trabalho pode ser julgado como sustento para concretizações, 
realizações e bem-estarna vida da pessoa, ou também como incômodo, desgosto e 
aflição. As condições do ambiente físico do trabalho intervêm significativamente 
sobre a saúde física, mental, psicológica e social do trabalhador. Com o objetivo de 
propiciar satisfação e qualidade de vida no ambiente de trabalho, buscar a 
segurança e à promoção da saúde ocupacional, suprimindo acidentes, doenças 
profissionais, riscos no trabalho e ambientes insalubres, diversos programas, 
métodos, normas e critérios que estabeleçam diretrizes a serem seguidas devem ser 
empregados e incrementados pelas organizações. 
Ambientes insalubres podem acarretar danos à saúde dos empregados, 
devem ser ponderadas e avaliadas por todos os aspectos, buscando abranger todos 
os seus conflitos sobre as condições e meio ambiente do trabalho, promovendo um 
método de analise e diagnóstico constante. São fatos relevantes para um 
acompanhamento da experiência adquirida por profissionais para enriquecer o 
assunto com subsídios para a preparação de laudos periciais de insalubridade 
direcionados e executados por profissionais legalmente habilitados com formações 
em engenharia de segurança e medicina do trabalho, que determinarão a 
insalubridade ou não dos ambientes de trabalho, preparando-se para que seja 
desenvolvida uma nova e atual metodologia para evolucionar a legislação vigente. 
Este trabalho aborda assuntos relacionados à preparação de “Laudos 
Periciais de Insalubridade” fundamentados por profissionais legalmente habilitados e 
com formações em “Engenharia de Segurança do Trabalho”, ressaltando a 
aplicabilidade da Lei nº. 6.514 de 22 de Dezembro de 1977 portaria nº 3.214 de 08 
de Junho de 1978 e nº 6/2001 e suas normas regulamentadoras NR-1 a NR-33. 
Destaca-se a seriedade e a necessidade de se apontar a obrigatoriedade 
da perícia para a classificação e caracterização do adicional de insalubridade, por 
profissional perito legitimamente habilitado, que perante as Leis, Normas e Portarias, 
fundamentem o quadro de atividades insalubre designado de acordo com o âmbito 
judiciário ou administrativo e necessitará ater-se excepcionalmente ao seu trabalho 
técnico. 
Determina-se que o “Engenheiro de Segurança do Trabalho” e o “Médico 
do Trabalho” que possuem autonomia, autoridade e formação para conferir, aprovar 
e determinar se o local de trabalho é ou não insalubre. 
Considerou-se significante apresentar informações nos estudos da 
“Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho” com opções de designar 
aparatos construtivos, que minimizassem as inconsistências causadas pelo trabalho 
em operações insalubres. 
A intervenção profissional apóia uma influência significativa na 
investigação da atuação designada à segurança do trabalho, baseado no 
conhecimento tecnológico dos profissionais de engenharia de segurança e medicina 
do trabalho, seguindo como orientação para balizar alternativas e trilhar opções de 
ponderação que são capazes de direcionar uma atuação confiável. 
 12 
Por este trabalho temos que concluir que ações históricas e concretas são 
também levadas como fatos legais por jurisprudências comprovadas, pois para este 
assunto que não possui obras contemporâneas amplas e atualizadas, direcionadas 
e fundamentas ao estudo da prova pericial em fatos e por agrupamento de 
similaridade de ações, da discussão e compreensão das metodologias de 
realizações de perícia dentro do sentido mais amplo, sendo fundamentadas por 
profissionais habilitados, autoridades e pelo âmbito judiciário ou administrativo. 
 
 
1.2.1 OBJETIVO GERAL 
 
 
O objetivo geral deste trabalho é simplificar, esclarecer e sistematizar a 
prática para a elaboração de laudos periciais de insalubridade. Este trabalho 
pretende oferecer aos peritos habilitados, quanto à aprendizagem nas diferentes 
formas, metodologia de realização pericial e seus desdobramentos. 
Abordar o assunto Laudos Periciais de Insalubridade nas Condições 
Ambientais do Trabalho com atuação especifica do Engenheiro se Segurança do 
Trabalho. Pesquisando uma relação ainda maior sobre este assunto, também 
enfatizar a perspectiva de que este trabalho possa ser aproveitado como material de 
subsídio profissional, de forma resumida deseja-se envolver, os fundamentais 
aspectos pertinentes sobre o tema. Desta forma, por meio de fundamentação 
teórica, organizar uma metodologia especifica para a elaboração de laudos periciais. 
O objetivo deste trabalho é confiar que a habilidade, informação e o 
conhecimento contribuam para o aprimoramento da legitimação e da realidade, 
assegurando a aplicabilidade das leis e doutrinas para garantir a elaboração de 
laudos periciais de Insalubridade. 
 
 
1.2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS: 
 
 
• Promover a conscientização, a divulgação e ampliar o conhecimento em 
relação ao assunto Laudos Pericial através das Leis, Normas, 
Orientações, Jurisprudências, especificados neste trabalho. 
• Promover o conhecimento, a sabedoria e a informação da sistemática do 
processo e da aplicação e aproveitamento dos Laudos Periciais em 
Insalubridade através da Estrutura, Fluxo, Etapas de Apresentação e 
Modelos de Laudos Periciais. (respectivamente páginas: 69, 73,82). 
• Identificar Normas Regulamentadoras (NR’s) pertinentes aos Laudos 
Periciais de Insalubridade. (página: 35) 
• Identificar Portarias e Leis relacionadas aos Laudos Periciais em 
Insalubridade. Leis do MTb (página 42 e 48), Leis do TST (página 45), 
Posicionamentos Judiciais (página 49) e Portarias (página 52), todas 
relacionadas aos Laudos Periciais de Insalubridade. 
• Relacionar Atividades e Operações Insalubres através do seu 
enquadramento (pagina 61) e aos limites de tolerância (pagina 65). 
• Apresentar roteiro básico para a formalização e apresentação de Laudo 
Pericial de Insalubridade (exemplificados nas paginas: 68 e 69). 
 13 
• Perícias de Engenharia de Segurança do Trabalho especialmente no que 
tange aos parâmetros para enquadramento da exposição aos agentes 
nocivos baseada na PORTARIA Nº 3214, DE 08.06.78 (página 65). 
• Como realizar a formulação de Quesitos adequados para a elaboração do 
Laudo Pericial de Insalubridade (página 73). 
• Posicionamentos Judiciais, Jurisprudências e Casos Reais de Perícia de 
Insalubridade (página 49). 
• Transformar esta dissertação em um material de apoio prático que 
apresenta um estudo específico e propício com um contexto apropriado 
para o assunto em pauta. 
 
 
1.3 ENUNCIADO DO PROBLEMA 
 
 
Com o aparecimento das máquinas, instrumentos, equipamentos, 
ferramentas, construções, produção, industrialização, e principalmente com o 
avanço tecnológico, fortalecido pela Revolução Industrial, alastrou-se com 
freqüência os casos de acidentes originados pelo trabalho. Como decorrências 
ocorreram indispensáveis adequações das condições de trabalho para não lesar o 
bem-estar, a saúde e a integridade física do empregado. 
A CLT elaborou as normas da Segurança e Medicina do Trabalho, e 
também das atividades de seus órgãos reguladores, com o caráter de prevenção, 
mitigação e moderação de acidentes no trabalho. Com a promulgação da CF/88 este 
assunto adquiriu enfoque Constitucional. Em meio às normas que regulamentam e 
integram a Medicina e Segurança do Trabalho, destaca-se a NR-15, que especifica 
todas as atividades insalubres no ambiente de trabalho. O adicional de 
insalubridade, ponto de estudo integro às normas de Medicina e Segurança do 
Trabalho, é entendido pelos funcionários que realizam trabalhos em locais nocivos à 
saúde como reconhecimento e recompensa pelo exercício do trabalho penoso e 
perigoso. (Sergio Pinto Martins). 
O principal problema é a inadequação dos ambientes de trabalho, gerados 
basicamente pela falta de conhecimento e de profissionais corretamente habilitados, 
capacitados e preparados para reconhecer e diagnosticar possíveis riscos nocivos à 
saúde dos trabalhadores. Outro problema é a escassez de bibliografia e de material 
didático relacionado com seus respectivos procedimentos a serem tomados depoisde um episódio de acidente de trabalho ou do conhecimento das doenças 
ocupacionais. 
Na tratativa deste trabalho procurou-se então apresentar um estudo 
atualizado para debater o seguinte tema: “Como preparar laudos periciais de 
insalubridade no ambiente de trabalho, elaborado por profissionais aptos legalmente 
habilitados e com especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho?” 
A réplica deste questionamento será objeto de estudo deste trabalho e 
será orientado pela dissertação, redação, síntese, tópicos e pesquisa a seguir 
relacionados: 
 
• Qual é o perfil e conhecimento necessário do engenheiro de segurança do 
trabalho apto para elaborar laudos periciais de insalubridade neste processo? 
• Qual é a autonomia e a perspectiva dos profissionais de engenharia de 
segurança do trabalho nesta conjuntura? 
 14 
• Que subsídios a orientação, a preparação, a laboração e a eficácia dos laudos 
periciais trarão para assegurar o efetivo aproveitamento do direito legal, da lei 
vigente e da justiça imparcial nas avaliações das atividades com suspeitas de 
insalubridade? 
• Qual a caracterização e distinção que comprova e confirma o trabalho como 
insalubre? Sendo caracterizado como trabalho insalubre, a maioria dos laudos 
periciais é lavrado como improcedente, parcialmente procedente ou totalmente 
procedente? 
 
Portanto, buscaremos aprofundar o assunto para obter conhecimento suficiente 
para a qualificação necessária ao profissional, para que o resultado final seja um 
documento lícito e imparcial de credibilidade e, especialmente, colaborador no 
controle e melhoria do ambiente de trabalho, especificamente neste trabalho 
relacionado a laudos periciais em insalubridade. 
 
 
1.4 JUSTIFICATIVA 
 
 
Procurando uma relativa compreensão dos conhecimentos técnicos e ensinamentos 
que nos vem sendo lecionados nesta especialização, com a realidade concreta 
encontrada pelo Engenheiro de Segurança do Trabalho em seu ambiente 
profissional, escolheu-se por tratar e aprofundar o Assunto “Laudos Periciais de 
Insalubridade”. Conclui-se que o desenvolvimento deste estudo demanda do 
profissional uma sabedoria extensa e ampla, com uma contínua reciclagem de todos 
os assuntos relacionados à Engenharia de Segurança, do Ambiente de Trabalho e 
da Saúde do Trabalhador. 
Destacando a grande relevância e valor que um Engenheiro de Segurança 
do Trabalho apresenta com a ascensão, promoção e preservação da saúde e 
inabalável busca na integridade física dos trabalhadores, esta monografia pretende 
analisar e atender as exigências judiciais e legais referentes à Política de Segurança 
do Trabalho em todas as empresas e corporações. 
A dificuldade da compreensão dos agentes nocivos à saúde dos 
trabalhadores, que serão comprovados nos laudos judiciais de insalubridade, 
elaborados após a devida perícia técnica, embasadas pelas avaliações 
imprescindíveis e com a aplicação dos devidos equipamentos de controle, medição 
e devidamente calibrados, permitirão entendimento por parte dos empregadores de 
que os trabalhadores são suscetíveis aos agentes nocivos e carentes de soluções 
imediatas e efetivas. Espera-se que este trabalho influencie os empregadores para 
adotar ações concretas e palpáveis para esta solução. 
A legislação contemporânea na área de segurança e saúde do trabalhador é 
ampla, porém estas leis necessitam ser efetivadas e consolidadas de fato, por meio 
de orientações técnicas e práticas para o seu bem emprego e aproveitamento a 
favor do progresso das condições de segurança, saúde e meio ambiente de 
trabalho. 
Analisando estas questões, justifica-se na elaboração deste trabalho 
colaborar com assuntos pertinentes aos Laudos Periciais em Insalubridade, 
buscando apresentar contribuições para minimizar as conseqüência negativas 
suportadas pelos trabalhadores quando expostos aos riscos nocivos nos seus 
ambientes de trabalho, recomendando ações correlatas e princípios conhecidos, 
 15 
examinando seus efeitos e conseqüências para que se estabeleçam subsídios e 
parâmetros orientadores para resoluções de desvios à conduta do empregador e 
direito do trabalhador. 
 
 
1.5 ABORDAGEM METODOLÓGICA 
 
 
Os procedimentos metodológicos e as técnicas adotadas são 
apresentados a seguir. 
Procedimentos de coleta e análise dos dados: Os dados foram estudados 
e coletados por meio de pesquisa documental e bibliográfica em fontes primárias e 
secundárias, e qualifica-se a apreciação dos mesmos em documentos técnicos.. 
Na apresentação deste trabalho para explanar o preceito e efetivar a 
preparação de laudos periciais de engenharia de segurança do trabalho, registrando 
a ação do engenheiro de segurança, selecionou-se como fundamentação teórica a 
análise da Legislação existente, como a CLT, MTb, CPC, NR, dentre outras. 
Os resultados e as análises da coleta de todos os subsídios bibliográficos 
e documentais, agrupados, sintetizados e avaliados, sustentaram a concepção de 
um documento desenvolvido com uma seqüência coerente e exata das fases de um 
Laudo Pericial de Insalubridade nas Condições Ambientais de Trabalho. 
Elaborou-se neste trabalho uma relação de todas as leis para atender a 
legislação Brasileira nas diversas esferas: Cível, Trabalhista, Penal, Criminal dentre 
outros. Buscaram-se em suas teorias os conhecimentos científicos indispensáveis 
para entender os acontecimentos e ampliar os seus argumentos práticos, teóricos e 
políticos. Desta forma, procurou-se esquadrilhar uma relação dentro do mais 
oportuno e prático modelo plausível, aos múltiplos ambientes ao qual o Profissional 
Perito da Engenharia de Segurança venha a ser envolvido. 
Permanentemente durante o desenvolvimento desta pesquisa foi 
imprescindível um aprofundamento da bibliografia para se ajuizar sobre as 
conjunturas e hipótese teóricas e empíricas. Foi abordada uma bibliografia 
específica na área da segurança do trabalho, corroborando e legitimando o trabalho 
do profissional que se dedica na análise dos processos adequados, confiáveis e 
sustentáveis. 
Neste trabalho foi também utilizada uma abordagem comparativa para 
avaliar elementos concretos, abstratos e gerais de casos baseados nos ambientes 
de trabalho que apresentem situações nocivas à saúde. 
Destacam-se neste trabalho as Normas Regulamentadoras, Leis, 
Portarias, Modelos e outros instrumentos relacionados aos laudos periciais e laudos 
periciais de insalubridade e destaca-se também o conhecimento e a experiência dos 
profissionais da área de Engenharia de Segurança, para contribuir com a prática da 
aplicabilidade dos laudos periciais. Este trabalho baseou-se do preceito aferido pela 
Constituição Federal, pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT (Decreto-Lei nº 
5.452, de 01/05/1943 Art. 60), pela Jurisprudência do TST e pelas Orientações 
Jurisprudenciais – O.J. e demais legislações atualizadas que abordam a matéria em 
pauta. 
Espera-se assim promover iniciativas que venham a contribuir com a 
melhoria das condições de meio ambiente de trabalho, transpondo impedimentos 
que depreciem a saúde, o bem estar e a integridade física do trabalhador. 
 
 16 
 
2. REFERENCIAL TEÓRICO E CONCEITOS 
 
 
2.1 PERITO 
 
 
Deriva do latim PERITUS, que significa pessoa hábil, experiente, que 
possui sabedoria e demonstra conhecimento no vocabulário técnico do Direito, o 
profissional que nomeado pelo Juiz, ou indicado pelos membros do Júri, em uma 
ação ou pleito, vai tomar parte ou elaborar uma perícia. 
Perícia é a diligência executada pelo perito, com a finalidade e 
determinação de elucidar ou comprovar acontecimentos que envolvam 
essencialmente o conhecimento e sabedoria do especialista, do perito habilitado 
profissionalmente, jamais contestando que cada ciência contempla sua específica 
matéria e objeto em concordância com seus próprios preceitos e regra. 
Perito “é aquele profissional que é nomeado por iniciativa do Juiz”. Faz a 
perícia, lavra e assina o laudo. 
Perito Judicial “é o profissional habilitado e nomeado pelo Juizpara 
apreciar, opinar e julgar sobre um fato, questões técnicas de sua especialização”; 
 
2.2 ASSISTENTE TÉCNICO 
 
 
Posteriormente à nomeação do perito pelo Juiz, podem as partes ou 
apenas uma delas, recomendar um “assistente técnico”, nomeado de “Perito da 
Parte” que atende com os mesmos requisitos éticos, profissionais e autonomia e 
também elabora o laudo técnico. 
 
2.3 PERÍCIA 
 
 
“É o exame técnico hábil, competente, adequado, eficiente de algum 
episodio, evento, ocorrência, realizada por pessoa habilitada ou perito, para 
determinado fim, conclusão, com finalidade judicial ou extrajudicial”. (Oliveira, 
Sebastião). 
“Perícia é um ferramenta especial de comprovação, exame ou revelação, 
científica ou técnica, da veracidade de conjunturas, episódios ou ocorrências”; 
Na perícia existe restrição do assunto sob apreciação, não é legal ao 
perito exceder da matéria julgada. 
NBPJ-2 (Norma Brasileira de Perícia Judicial) - A perícia judicial, quando 
relacionada a profissões regulamentadas, será praticada por profissionais 
legalmente habilitados, com títulos e qualificações registrados nos órgãos 
fiscalizadores do exercício de suas profissões e ainda, distinta capacidade moral, 
competência técnica e sabedoria profissional. 
 17 
É o depoimento de um ou mais profissionais técnicos com a finalidade de 
julgar um evento cuja essência não pode ser avaliada ou juridicamente contemplada, 
senão sustentada em particulares informações científicas ou técnicas; consideração 
sustentável da perícia é que juízes e requerentes convocam o testemunho e as 
contribuições dos técnicos para deliberar e decidir dúvidas remanescentes. 
(D´AUREA). 
Perícia é o conjunto de procedimentos técnicos e científicos destinados a 
levar à instância decisória elementos de prova necessários a subsidiar a justa 
solução do litígio, mediante laudo pericial ou parecer judicial, em conformidade com 
as normas jurídicas e profissionais, e a legislação específica no que for pertinente. 
A perícia enquadra-se dentre os meios das provas dos atos jurídicos como 
sendo a principal e mais eficaz forma de comprovação de prova entre autor e réu, 
fato que pela determinação jurídica contemporânea, quem acusação deve provar, 
com exceção do Código de Defesa do Consumidor. 
Os principais meios de prova são os seguintes: confissão, depoimento 
pessoal, documentos particulares, da inspeção, prova documental, prova pericial, 
prova testemunhal. 
 
 
2.3.1 PERÍCIA JUDICIAL 
 
 
O parágrafo segundo do artigo 195 da CLT estabelece: “Quando a 
insalubridade ou periculosidade for argüida perante a Justiça, o juiz nomeará perito 
habilitado, engenheiro do trabalho ou médico do trabalho, e quando não houver, 
requisitará a perícia ao órgão competente do MTE. 
A perícia judicial é regida pela lei processual trabalhista e 
subsidiariamente pelo Código de Processo Civil (art. 8º CLT - parágrafo único). No 
processo trabalhista, o artigo 3º da Lei 5.584, de 26/06/70, estabelece que a perícia 
seja realizada por perito único designado pelo juiz, que fixará o prazo de entrega do 
laudo. No parágrafo único do referido artigo, fica estabelecido que as partes podem 
indicar os assistentes técnicos, cujo laudo deve ser apresentado no mesmo prazo do 
perito oficial. 
 
 
2.3.2 PERÍCIA EXTRA-JUDICIAL 
 
Ressalta-se que a norma legal determina a prova pericial como método 
obrigatório para a caracterização da insalubridade, não se aplicando neste caso, 
subsidiariamente o Código Processo Civil, no qual o juiz poderá dispensar a prova 
pericial quando as partes, na inicial e na contestação, apresentarem as questões de 
fato, pareceres técnicos ou documentos elucidativos (art. 427, CPC). 
O Parágrafo primeiro do artigo 195 da CLT estabelece que seja facultado às 
empresas e aos sindicatos das categorias profissionais interessadas requererem ao 
Ministério do Trabalho a realização de perícia em estabelecimento ou setor deste 
com o objetivo de caracterizar ou delimitar as atividades insalubres ou perigosas. 
2.4 EXAME PERICIAL 
 
 
 18 
É o exame de determinado acontecimento realizado por profissional 
habilitado ou perito, para deliberação judicial ou extrajudicial. 
 
• Saliba, Tuffi Messias: “A operação que, por encargo da autoridade judiciária, 
é atribuída a pessoas peritas em cada ciência ou arte e que se obrigam a 
expor o fato, ou sobre questão que lhes é submetida, todas as informações 
necessárias, para esclarecimento dos magistrados, e isto porque estes, por 
si mesmos, não poderiam, ou muito dificilmente poderiam conhecer o que 
os peritos por sua ciência ou arte estão em melhores condições para 
explicar”. 
 
• Guimarães, Deocleciano Torrieri: “Trabalho que exige notória especialização 
no seio da Engenharia de Segurança do Trabalho, com o objetivo de 
esclarecer ao Juiz de Direito e outras autoridades formais, fatos que 
envolvam ou modifiquem as condições de trabalho previstas em lei. 
 
• Oliveira, Sebastião Geraldo: “É, pois, o exame hábil com o objetivo de 
resolver questões ordinariamente originárias de controvérsias, dúvidas e de 
casos específicos ou previstos em lei”. 
 
Exame pericial é o esclarecimento que se investiga na essência, validade, 
realidade e veracidade de um episódio ou obra. Juridicamente, é o elemento de 
convencimento utilizado para elucidar o juízo da essência do evento em que se 
fundamenta o direito do requerente. Os recursos de que se emprega o intelecto, 
para o conhecimento da verdade, constituem a prova. Na prática a prova pericial tem 
por desígnio corroborar com a verdade em uma afirmação. (Martins, Sergio Pinto). 
 
 
2.5 POSTURA E PERFIL DO PERITO 
 
 
O perito precisar ser digno, idôneo e íntegro como cidadão com distinta 
habilidade de disputa, possuir uma formação honrosa. Sua personalidade e 
concepção moral são diferenciadas pela independência, equilibrando a sua eficácia 
com tranqüilidade, para alcançar uma conclusão sublime e impetrar os elementos 
que o guia a expor a veracidade do caso. 
O perito ao comprometer-se fica protegido de uma credibilidade que 
necessita ser resguardada e respeitada sob qualquer circunstância. Essa 
autoridade, que necessita ser respeitada, fica dependente a sua conduta como 
cidadão integro que deve predominar, além de sua competência técnico-profissional, 
ética, moralidade e honestidade. 
O perfil do Perito deve abranger conhecimento geral e profundo da 
ciência, da teoria e sobrepostas em suas diferentes apresentações organizacionais 
públicas e privadas, além de diferentes áreas correspondentes, como exemplo: 
conhecimento do direito processual civil, em particular quanto ao caráter e rotina 
referente à perícia, e de legislação correspondentes são fundamentais à atuação 
adequada ao desempenho pericial, coligados com predicado de dignidade que o 
tornam perspicaz, crítico hábil e controlado, aprecia criteriosamente fatos ao seu 
redor, ponderado, controlado, ajuizado, decisivo, imparcial, concepção ética 
 19 
superior. Reconhece o perito profissional por, pois é prevenido, crítico, minucioso, 
intenso, indagativo, com costume de extrair dos episódios reais por ele observados 
toda a verdade dos mesmos. 
A autoridade técnica do perito deve justificar sua nomeação pelo juízo. 
Para tanto, deve se atualizar e dominar as seguintes matérias: 
 
• Constituição Federal — CF88. 
• Código Civil. 
• Código do Processo Civil – CPC. 
• Consolidação das Leis do Trabalho — CLT. 
• Legislações complementares. 
• Súmulas do Supremo Tribunal Federal (STF). 
• Súmulas do Tribunal Federal de Recursos (TFR). 
• Enunciados do Tribunal Superior do Trabalho (TST). 
 
O Perito alcança detalhamento técnico especializado que o juiz não 
dispõe. Por mais exatos e sofisticados que sejam os trabalhos periciais não 
determinam deliberações judiciais. A experiência do juiz permite-lhe contestar o 
laudo em uma decisão processual, sem desmerecer o trabalho do perito com esta 
atitude. 
 
 
2.6 ATRIBUIÇÕES LEGAIS DO PERITO CRIMINAL 
 
 
Sistematizaçãodas Atividades Profissionais esta prevista na atividade 06 
do Art. 5º que destaca a atividade de perícia e laudo técnico, pertinentes ao assunto 
periciais: “vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, 
auditoria, arbitragem”. (Anexo I da Resolução Nº 1010 De 22 de Agosto de 2005). 
Os códigos das atividades profissionais encontram-se apontados em uma 
tabela que mostra a codificação das atividades a serem conferidas ao egresso no 
campo de abrangência das competências que lhe serão conferidas no campo de 
atuação profissional de sua formação. 
O nº de ordem da atividade geral (a.6) possui as seguintes ordens 
específicas e pertinentes ao Engenheiro de Segurança do Trabalho com a função de 
perito técnico: “a.6.1 vistoria, a.6.2 perícia, a.6.3 avaliação, a.6.4 monitoramento, 
a.6.5 laudo, a.6.6 parecer técnico e a.6.7 auditoria.” 
Este Anexo II da Resolução nº 1.010, de 22 de agosto de 2005, contém a 
Tabela de Códigos de Competências Profissionais, em conexão com a 
sistematização dos Campos de Atuação Profissional das profissões inseridas no 
Sistema CONFEA/CREA. Nas categorias da engenharia, arquitetura e urbanismo, 
agronomia (nº de ordem do setor 4), o campo de atuação da engenharia de 
segurança do trabalho (nº de ordem do setor 4.1), demonstram a aplicabilidade da 
elaboração de laudos periciais, são elas: 
O nº de ordem do setor: 4.1.04 descreve: “vistoriar, avaliar, realizar 
perícias, arbitrar, emitir parecer, laudos técnicos e indicar medidas de controle sobre 
grau de exposição a agentes agressivos de resíduos (sólidos, líquidos e gasosos), 
riscos físicos, químicos e biológicos, tais como poluentes atmosféricos, ruídos, calor, 
radiação em geral e pressões anormais, caracterizando as atividades, operações e 
locais insalubres e perigosos.” 
 20 
E o nº de ordem do setor: 4.1.25 descreve: “elaborar laudo técnico das 
condições ambientais nos locais de trabalho - LTCAT.” 
 
 
São atribuições legais dos Peritos Criminais segundo Daniel Bezerra Bevenuto: 
 
• Supervisionar, classificar, ordenar, aconselhar, encaminhar, destacar e 
executar perícias criminais em geral. 
• Esquematizar, administrar e coordenar as atividades científicas. 
• Ministrar subsídios elucidativos para a instrução de inquéritos policiais e 
processos criminais. 
• Requerer tarefas especializadas de inquérito e exame policial. 
• Destacar diligências técnico-científicas de nível superior de apreciação e 
investigação na área forense. 
• Provir a levantamentos fotográficos e a apreciações periciais, laboratoriais, 
ambientais, químicos, físicos, biológicos e microbiológicos legais. 
• Prover pareceres periciais sobre trabalhos técnicos. 
• Gerar laudos periciais. 
• Preparar matéria especifica sobre os assuntos diversos com relação ao 
ambiente de trabalho. 
• Praticar ações indispensáveis aos procedimentos das perícias técnicas. 
• Desempenhar atividades profissionais periciais relacionadas pertinentemente 
às atribuições legalmente reservadas às classes profissionais a que 
pertencem. 
 
2.7 LAUDO PERICIAL 
 
 
Uma definição apropriada para Laudo Pericial é a “Peça escrita e 
fundamentada em que os peritos expõem as observações colhidas e as conclusões 
a que chegaram sobre o exame da matéria pericial (arts. 978 e 1045 do CPC).” 
(Academia Brasileira de Letras Jurídicas, p. 322). 
“Relatório contendo a exposição por escrito das conclusões a que 
chegaram os peritos, sob matéria técnica a respeito da qual foram consultados”. 
(arts. 433, 978 e 1045 do CPC) (Dicionário Jurídico, Magalhães e Malta, V. II). 
O laudo técnico é peça técnica formal elaborada por pessoa juridicamente 
habilitada, com caráter auxiliar constitutivo de direito. Tem a mesma função do 
parecer médico pericial: aduzir esclarecimentos ao leigo sobre determinada situação 
específica. 
Segundo Nunes (1994), perícia é um exame realizado por técnico, ou 
pessoa de comprovada aptidão e idoneidade profissional, para verificar e esclarecer 
um fato, ou estado ou a estimação da coisa que é objeto de litígio ou processo, que 
com um deles tenha relação ou independência, a fim de concretizar uma prova ou 
oferecer o elemento de que necessita a Justiça para poder julgar. 
“É o resultado da perícia, expresso em conclusões escritas e 
fundamentadas, onde serão apontados os fatos, circunstâncias, princípios e parecer 
sobre matéria submetida a exame do especialista, adotando-se respostas objetivas 
aos quesitos” (Bustamante, 1994). 
 21 
O Laudo Pericial é o parecer técnico resultante do trabalho efetivado pelo 
Perito, normalmente por escrito. Deve ser lavrado pelo próprio Perito, mesmo 
quando houver Assistentes Técnicos. 
O Laudo pericial é um documento que merece fé pública e judicial, será 
tomado pelo juízo como documento oficial, que irá fornecer uma conclusão a um 
litígio. Mas também é o laudo que é alvo de impugnação pelas partes, deve o perito 
lavrar com elevada veracidade e atenção a tarefa realizada para anunciar o fato de 
maneira inequívoca e prática, de formato compreensível que todos possam 
compreender o laudo. Portanto é o laudo que conduz para os autos uma eficácia de 
comprobação dos acontecimentos, e que dele resulte em uma deliberação. Um 
laudo pericial é uma forma de prova, cuja produção demandar conhecimentos 
técnicos e científicos específicos, e que se reservar a contribuir, ao alcance do 
presumível, uma veracidade a respeito de determinadas ocorrências e de suas 
decorrências. O Perito compõe o laudo exclusivamente com os efeitos técnicos e 
científicos. O Juiz julga as implicações jurídicas desses fatos mencionados pelo 
perito e das conclusões deste. O Perito elucida os fatos, o Juiz fixa as implicações 
de direito. 
O Perito necessita apresentar o cuidado de descrever e documentar, da 
forma mais objetiva possível, a ocorrência com fundamentações nos quais deseja 
desenvolver sua alegação e apresentar as suas conclusões. O desempenho do 
perito se assemelha muito com o próprio papel do Juiz. O Perito examina fatos e 
emite um julgamento fundamentado em sua apropriada capacitação, respeitado a 
base da racionalidade e do domínio da alegação técnica e científica. 
A finalidade do trabalho pericial é afastar as imprecisões existentes a 
respeito de determinados fatos e sobre as suas decorrências práticas. O Perito não 
emite um ajuizamento ou conselho jurídico, mas seu trabalho deve induzir em 
consideração os efeitos jurídicos que a prova pericial se reserva a determinar. 
O laudo pericial é um elemento do processo, que tem caráter de ser 
interpretado e julgado pelo Juiz ou Tribunal, como qualquer outro instrumento de 
prova e de afirmação. É necessário que todos possam entendê-lo. Sua escrita deve 
ser clara, sucinto e acessível. O apropriado profissional não redige de forma que só 
outros especialistas o entendam. É importante compor convenientemente o Laudo. 
Inicia apresentando os membros, os objetos e a Perícia realizada. Descreve-se o 
enunciado e a pesquisa das questões primordiais. Responde aos questionamentos 
elaborados pelos membros. Finaliza observando fatos relevantes. No anexo devem 
ser informados os processos empregados, os documentos examinados, fotografias e 
outros subsídios de importância não listados no corpo do Laudo. 
Depois da entrega do Laudo, o Juiz intima as partes envolvidas para 
tomarem ciência e conhecimento do Laudo Pericial. Existe um tempo determinado 
para que as partes envolvidas se pronunciem. As partes possuem a opção de 
concordar com o Laudo ou divergir, contrapor, requerer acareamento e explicações, 
estabelecer questionamentos suplementares ou ainda rejeitar o Laudo e solicitar a 
realização de nova perícia. 
Caso haja necessidades de se prestar esclarecimentos o Perito pode ser 
convocado em audiência. Os quesitos que necessitarem de esclarecimentos 
deverão ser informados com antecedência ao Perito. Não avisando com a devida 
antecedência o Perito tem a faculdade declarar a complexidade do litígio e requerer 
prazo parareplica. Também é de direito do perito, quando o trabalho adicional é 
expressivo, demandando tempo, empenho e gastos extras, o Perito pode solicitar 
reavaliação dos honorários. (Marco Aurélio Stumpf González). 
 22 
Para elaborar um laudo pericial de insalubridade tem-se como objetivo 
analisar as condições do meio ambiente de trabalho, considerando o cumprimento 
das leis pertinentes em vigor. 
 
 
 
2.8 A PERÍCIA NA JUSTIÇA DO TRABALHO 
 
 
A perícia para a qualificação da insalubridade é regulada e requerida pela 
legislação processual trabalhista e impetrado pelo disposto no Código de Processo 
Civil, conforme o artigo 8º, parágrafo único da CLT Decreto-lei N.º 5.452, assim 
disposto: 
“As autoridades administrativas e a Justiça do Trabalho, na falta de 
disposições legais ou contratuais, decidirão, conforme o caso, pela jurisprudência, 
por analogia, por eqüidade e outros princípios e normas gerais de direito, 
principalmente do direito do trabalho, e de acordo com os usos e costumes, o direito 
comparado, mas sempre de maneira que nenhum interesse de classe ou particular 
prevaleça sobre o interesse público.” 
“Parágrafo único - O direito comum será fonte subsidiária do direito do 
trabalho, naquilo em que não for incompatível com os princípios fundamentais 
deste.” 
O artigo 8º, parágrafo único, da CLT, autoriza a subsidiariedade do direito 
comum em auxílio do Direito do Trabalho, desde que não haja lei específica para tal 
nem incompatibilidade com princípios fundamentais trabalhistas. 
 
 
2.8.1 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – CPC. 
 
 
Fluxo dos Atos da Perícia: CPC, Seção VII, Da Prova Pericial. 
 
Art. 420. Seção VII. Da Prova Pericial: “A prova pericial consiste em 
exame, vistoria ou avaliação”. 
Parágrafo único. O juiz indeferirá a perícia quando: 
I - a prova do fato não depender do conhecimento especial de técnico; 
II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas; 
III - a verificação for impraticável. 
 
Comentário: a prova pericial deve ser realizada por perito para 
constatação de eventos ou ocorrências que interessam ao litígio. A perícia 
demonstra através de provas contundentes, especificadas por profissionais 
notadamente conhecedores do assunto e conseqüentemente com habilidades 
técnicas e científicas que desenvolveram, por determinação da autoridade e 
mediante obediência legal, corroborar com o esclarecimento dos acontecimentos e 
ocorrências específicas. 
“Prova pericial é o conjunto dos fatos produtores da convicção, apurados 
no processo”. (Amaral M. Santos). 
 
 23 
“Todos os meios legais, bem como os moralmente legítimos, ainda que 
não especificados neste Código, são hábeis para provar a verdade dos fatos, em 
que se funda a ação ou a defesa. (Código de Processo Civil - CPC Art. 332)”. 
 
Art. 421 CPC. O juiz nomeará o perito, fixando de imediato o prazo para a 
entrega do laudo. 
§ 1o Incumbe às partes, dentro em 5 (cinco) dias, contados da intimação 
do despacho de nomeação do perito: 
I - Indicar o assistente técnico. 
II - Apresentar quesitos. 
 
§ 2o Quando a natureza do fato o permitir, a perícia poderá consistir 
apenas na inquirição pelo juiz do perito e dos assistentes, por ocasião da audiência 
de instrução e julgamento a respeito das coisas que houverem informalmente 
examinado ou avaliado. 
 
Art. 422: O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que lhe foi 
cometido, independentemente de termo de compromisso. Os assistentes técnicos 
são de confiança da parte, não sujeitos a impedimento ou suspeição. 
 
Art. 423: O perito pode escusar-se (art. 146), ou ser recusado por 
impedimento ou suspeição 
(art. 138, III); ao aceitar a escusa ou julgar procedente a impugnação, o 
juiz nomeará novo perito. 
 
Art. 424: O perito pode ser substituído quando: 
I. Carecer de conhecimento técnico ou científico; 
II. Sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que lhe foi 
assinado. 
Parágrafo Único: No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a 
ocorrência à corporação profissional respectiva, podendo, ainda impor multa ao 
perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o possível prejuízo decorrente do 
atraso no processo. 
 
Art. 425 do CPC. Poderão as partes apresentar, durante a diligência, 
quesitos suplementares. Da juntada dos quesitos aos autos dará o escrivão ciência 
à parte contrária. 
 
Art. 426 do CPC. Compete ao juiz: 
I - Indeferir quesitos impertinentes. 
II - Formular os que entenderem necessários ao esclarecimento da causa. 
 
Tem-se no artigo 427 do CPC: “O juiz poderá dispensar prova pericial 
quando as partes, na inicial e na contestação, apresentarem sobre as questões de 
fato, pareceres técnicos ou documentos elucidativos que considerarem suficientes”. 
Por meio do Juiz Arbitral, em qualquer etapa do processo, qualquer um 
dos magistrados poderá reivindicar que as partes envolvidas no processo 
apresentem suas próprias comprovações e provas para o seu franco desígnio 
(Artigo 32 - Lei n.º 9.307/96). 
 24 
Art. 428: Quando a prova tiver de realizar-se por carta, poderá proceder-se 
à nomeação de perito e indicação de assistentes técnicos no juízo, ao qual se 
requisitar a perícia. 
 
 
2.8.2 PODER DE PESQUISAS DO PERITO 
 
 
O perito para a laboração do laudo, na imperativa de atender o que foi a 
ele designado, necessitará desempenhar o que foi solicitado pelo magistrado, para a 
laboração da sua função tem a decisão de valer-se de todos os meios de prova 
cabíveis no disposto jurídico, conforme artigo 429 do CPC, a seguir descrito. 
 
 
2.9 PODERES DO PERITO E ASSISTENTES TÉCNICOS. 
 
 
Art. 429 – Para o desempenho de sua função, podem o perito e os 
assistentes técnicos utilizar-se de todos os meios necessários, ouvindo 
testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder 
de parte ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas, 
desenhos, fotografias e outras quaisquer peças. 
A apuração dos fatos pelo perito deve se pautar nas perguntas que lhes 
são formuladas (quesitos), mas sobretudo, deve ele ainda complementar seu 
trabalho com outras informações consideradas por ele elucidativas, desde que 
sempre seja observada a matéria discutida. 
 
 
2.10 AGENDAMENTO DA PERÍCIA 
 
 
Lei nº 10.358, de 27 de dezembro de 2001. Alteram os dispositivos da Lei 
n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. 
 
Art. 431-A: As partes terão ciência da data e local designados pelo juiz ou 
indicados pelo perito para ter início à produção da prova. 
 
Art. 432 do CPC - Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar 
o laudo dentro do prazo. O juiz conceder-lhe-á, por uma vez, prorrogação, segundo 
o seu prudente arbítrio. 
 
Artigo 31 - Parágrafo 3º - O perito apresentará o seu parecer técnico em 
10 (dez) dias, a contar da data da diligência. Sendo mais de um perito e conflitante 
os pareceres entregarão os respectivos trabalhos no mesmo prazo. 
Artigo 31 - Parágrafo 4º - A pedido fundamentado poderá ser prorrogado o 
prazo do parágrafo antecedente, por igual tempo. 
 
Necessita ser ressaltada a legislação vigente quanto a prazos para 
entrega de laudo pericial, apontado no artigo 433 do CPC, assim como no seu 
parágrafo único. 
 25 
 
Art. 433 CPC – O perito apresentará o laudo em cartório, no prazo fixado 
pelo juiz, pelo menos vinte dias antes da audiência de instrução e julgamento. 
Parágrafo único - Os assistentes técnicos oferecerão seus pareceres no 
prazo comum de dez dias após a apresentação do laudo, independente de 
intimação. 
Deve-se ressaltar que no Direito Processual do Trabalho o artigo 3º da Lei 
n.º 5.584, de 26.06.70, delibera que “Os exames periciais serão realizados por perito 
único designado pelo Juiz, que fixará o prazo para entrega do laudo.” 
Parágrafo único: “Permitir-se-á a cada parte a indicação de um assistente, 
cujo laudo terá que ser apresentado no mesmo prazo assinado para o perito, sob 
pena de ser desentranhado dos autos. As partes possuem competência pararecomendar seus assistentes técnicos que formarão os seus referentes laudos para 
serem deliberados pelo juiz a favor do perito. 
Mesmo que anunciado no Art. 433 do CPC que o perito oficial e o 
assistente técnico necessitam apresentar em separado os seus laudos, institui-se 
que não existe impedimento que os peritos assistentes assinem o laudo pericial, 
desde que durante os trabalhos periciais eles tenham participado e assessorado o 
perito oficial, e que entre o assistente técnico e o perito oficial não existam 
desacordo quanto ao Laudo. 
É adequado observar neste momento a divergência dos prazos propostos 
para entrega dos pareceres e laudos periciais, tanto na esfera cível, regidos pelo 
Parágrafo único do art. 433 do CPC, quanto na esfera trabalhista regido pelo 
Parágrafo único do art. 3º da Lei nº 5584/70, que dizem: 
 
Art. 433 do CPC. Parágrafo único – “Os assistentes técnicos oferecerão 
seus pareceres no prazo comum de dez dias após a apresentação do Laudo, 
independente de intimação". (Redação dada pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992). 
Art. 3º. Parágrafo único – “Permitir-se-á a cada parte a indicação de um 
assistente, cujo Laudo terá que ser apresentado no mesmo prazo assinado para o 
perito, sob pena de ser desentranhado dos autos”. (Lei No 5.584, De 26 de Junho de 
1970). 
Acrescentamos ainda que o Código de Ética Profissional do Perito 
Judicial, aprovado pela Assembléia Geral Ordinária ASPEJUDI - Associação dos 
Peritos Judiciais, de 01.12.1994, aconselha que o perito oficial comunique e 
compartilhe com o assistente técnico e reciprocamente. 
 
Art. 435 do CPC. “A parte, que desejar esclarecimento do perito e do 
assistente técnico, requererá ao juiz que mande intimá-lo a comparecer à audiência, 
formulando desde logo as perguntas, sob forma de quesitos”. 
Parágrafo único. O perito e o assistente técnico só estarão obrigados a 
prestar os esclarecimentos a que se refere este artigo, quando intimados 5 (cinco) 
dias antes da audiência. 
 
 
 
 
 
 
 26 
2.11 LIVRE APRECIAÇÃO PELO MAGISTRADO. INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 436 
DO CPC. 
 
 
Art. 436 in caput: "O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo 
formar a sua convicção com outros elementos ou fatos provados nos autos”. 
É inidônea a prova, se o perito não tem conhecimento técnico necessário 
para a elaboração do Laudo, conforme estabelecido nos artigos 147/CPC e 342/CP, 
"in verbis": "O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, 
responde pelos prejuízos que causar à parte, fica inabilitado, por dois anos, a 
funcionar em outras perícias e incorre na sanção que a lei penal estabelecer”. 
De acordo com o preceito do livre convencimento do magistrado, na esfera 
do campo judicial, o juiz não fica unicamente subordinado ao laudo pericial, 
facultando de elucidar o seu escopo baseando-se em outros subsídios de provas 
juntados ao processo. 
Em decorrência do princípio da não adstrição do juiz ao laudo na 
concepção da formação do seu convencimento, o juiz não está limitado ao laudo 
pericial, tendo a habilidade de compor a sua livre persuasão com dados ou 
ocorrências corroborados nos autos. A lei processual autoriza o Juiz, como diretor 
do processo, mas não lhe obriga, a determinar realização de nova perícia. (STJ, 4ª 
T., Resp 24035-2-RJ, rel. Min. Sálvio de Figueiredo, 6.6.1995, DJU 4.9.1995, p. 
27834). 
Art. 437. O juiz poderá determinar de ofício ou a requerimento da parte, a 
realização de nova perícia, quando a matéria não lhe parecer suficientemente 
esclarecida. 
Art. 438. A segunda perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre que 
recaiu a primeira e destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos 
resultados a que esta conduziu. 
Art. 439. A segunda perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para 
a primeira. 
Parágrafo único. A segunda perícia não substitui a primeira, cabendo ao 
juiz apreciar livremente o valor de uma e outra. 
Art. 846 do CPC - A produção antecipada da prova pode consistir em 
interrogatório da parte, inquirição de testemunhas e exame pericial. 
 
 
3 NOÇÕES GERAIS: LEGISLAÇÃO - REFERENCIAL TEÓRICO 
 
 
3.1 CAPÍTULO V - CLT. Seção XIII - DAS ATIVIDADES. 
 
No Art.189 consta que: “Serão consideradas atividades ou operações 
insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, 
exponham os empregados aos agentes nocivos à saúde, acima dos limites de 
tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de 
exposição aos seus efeitos”. (Artigo discutido no item ATIVIDADES INSALUBRES 
deste trabalho). 
 
 27 
No Art.190 consta que: “O Ministério do Trabalho aprovará o quadro das 
atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios de 
caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, 
meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses 
agentes”. 
Parágrafo único. As normas referidas neste artigo incluirão medidas de 
proteção do organismo do trabalhador nas operações que produzem 
aerodispersóides tóxicos, irritantes, alergênicos ou incômodos. 
 
No Art.191 da CLT consta que: A eliminação ou a neutralização da 
insalubridade ocorrerá: com a adoção de medidas que conservem o ambiente de 
trabalho dentro dos limites de tolerância. 
Com a utilização de equipamentos de proteção individual ao trabalhador, 
que diminuam a intensidade do agente agressivo a limites de tolerância. 
Parágrafo único. Caberá às Delegacias Regionais do Trabalho, 
comprovada a insalubridade, notificar as empresas, estipulando prazos para sua 
eliminação ou neutralização, na forma deste artigo. 
O Senado Federal Pelo Projeto de Lei do Senado Nº 460, de 2009, altera 
o Art. 1º Seção XIII (das atividades penosas, insalubres ou perigosas) do Capítulo V 
do Título II da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 
5.452, de 1º de maio de 1943, para regulamentar a concessão do adicional de 
insalubridade. 
 
O adicional de insalubridade é pago a todos os empregados que 
trabalham expostos em atividades ou operações insalubres, acima do limite de 
tolerância ou nas atividades previamente mencionadas nos Anexos da NR 15, da 
Portaria nº 3.214/78. 
O adicional de insalubridade é um direito constitucional, previsto 
atualmente no artigo 7º, inciso XXIII de nossa Constituição Federal. Na CLT, o 
adicional de insalubridade também encontra previsão legal, especialmente em seu 
capítulo V (Da Segurança e Medicina do Trabalho), que na seção XIII, trata das 
atividades insalubres ou perigosas, artigos 189 e seguintes. Incube a NR-15 regular 
as atividades e operações insalubres. Também existem normas que regulam este 
respectivo adicional. 
O adicional de insalubridade tem finalidade claramente salarial, já que 
procura recompensar o empregado pelo ambiente insalubre, perigo, imprudência, 
risco ou desgaste freqüente em seu trabalho, sendo conseqüentemente o próprio 
empregado indenizado pela prática do trabalho em situações prejudiciais à sua 
saúde. 
Observando o artigo 192 da CLT, Art. 1º A Seção XIII “Das Atividades 
Penosas, Insalubres ou Perigosas” do Capítulo V do Título II, vigora com as 
seguintes modificações: 
 
Art. 192-A. “São consideradas atividades ou operações penosas, na forma 
de regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, aquelas que, 
por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, submetem o trabalhador à 
fadiga física, mental ou psicológica.” 
§ 1º A eliminação ou a neutralização da penosidade ocorrerá com a 
adoção de medidas que a reduzam a níveis aceitáveis, nos termos de 
regulamentação do Ministério do Trabalho e do Emprego. 
 28 
§ 2º O exercício de trabalho em condições penosas, acima dos limites de 
tolerância estabelecidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego, assegura a 
percepção de adicional de, respectivamente, 40 % (quarenta por cento), 20% (vinte 
por cento) e 10% (dez por cento) do salário do empregado, segundo se classifiquem 
nos graus máximos, médiose mínimos excluídos os acréscimos resultantes de 
gratificações ou prêmios. 
Os adicionais das atividades penosas, insalubres ou perigosas quando 
pagas aos trabalhadores, agregam todos os pecúlios trabalhistas, como por 
exemplo, férias acrescidas de 1/3, décimo terceiro salário e Fundo de Garantia por 
Tempo de Serviço, em meio a outras verbas. 
Deve-se observar que é vetada a concepção cumulativa dos adicionais de 
insalubridade, conforme o subitem 15.3, NR-15, Portaria n. 3.214, o trabalhador 
exposto a dois agentes insalubres de distintos graus de insalubridade responde 
unicamente sobre aquele de maior grau. Para os agentes nocivos com o mesmo 
grau de insalubridade os adicionais não se somam. Por exemplo, um empregado 
exposto ao agente nocivo com percentual de insalubridade alto de 40% e médio de 
20%, terá direito a receber o percentual de insalubridade somente referente aos 
40%, embora a exposição deste trabalhador se acumule para dois ou mais agentes 
insalubres, o que pode acarretar em um maior prejuízo à saúde do trabalhador. Esta 
limitação cumulativa é sancionada pelo Ministério de Trabalho. (Sebastião Geraldo 
de Oliveira - Proteção Jurídica à Saúde do Trabalhador). 
 
No Art.193 CLT § 2º consta que os adicionais de penosidade, 
insalubridade e periculosidade não são devidos cumulativamente, ressalvado o 
direito do empregado de optar pelo adicional de valor mais elevado. 
 
No Art.194 da CLT consta: “O direito do empregado ao adicional de 
insalubridade ou de periculosidade cessará com a eliminação do risco à sua saúde 
ou integridade física, nos termos desta Seção e das normas expedidas pelo 
Ministério do Trabalho”. (Redação dada pela Lei nº 6.514, de 22.12.1977). O Direito 
do empregado ao adicional de insalubridade cessará com a eliminação das 
condições que justificavam concessão deles. O pagamento do adicional de 
insalubridade é feito enquanto existir a condição especial de trabalho mais gravosa. 
Cessada a condição especial, cessa para o empregado o direito ao adicional 
respectivo. Assunto complementar sobre esta pauta consta na Súmula nº 248 do 
TST disposta neste trabalho. 
 
O Art.195 CLT apresenta que: “A caracterização e a classificação da 
penosidade, da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério 
do Trabalho e Emprego, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho 
ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho e Emprego. 
 
§ 1º É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais 
interessadas requererem ao Ministério do Trabalho e Emprego a realização de 
perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e 
classificar ou delimitar as atividades penosas, insalubres ou perigosas. 
§ 2º Argüida em juízo penosidade, insalubridade ou periculosidade, seja 
por empregado, seja por sindicato em favor do grupo de associados, o juiz designará 
perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao 
órgão competente do Ministério do Trabalho e Emprego. 
 29 
§3o O disposto nos parágrafos anteriores não prejudica a ação 
fiscalizadora do Ministério do Trabalho, nem a realização ex-ofício da perícia. 
 
O direito do adicional de insalubridade, quando aprovado pelo Juiz, será 
designado pelo magistrado, profissional habilitado para realizar a perícia. Quando 
não existir a figura do perito, o próprio juiz solicitará a perícia ao órgão competente 
do Ministério do Trabalho, na caracterização das atividades insalubres. Acontece 
que surgem dificuldades para se atender este dispositivo legal visto que, atualmente, 
de acordo com o Ministério do Trabalho, existem poucos servidores efetivos 
disponíveis e habilitados para desempenhar esta função. 
 
O Art.196 CLT apresenta que: “Os efeitos pecuniários decorrentes do 
trabalho em condições de penosidade, insalubridade ou periculosidade serão 
devidos a contar da data de inclusão da respectiva atividade nos quadros aprovados 
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, respeitadas as normas do art. 11.” 
 
O Art. 827, da Consolidação das Leis do Trabalho dispõe: "O Juiz ou 
Presidente poderá argüir os peritos compromissados ou os técnicos, e rubricará, 
para ser juntado ao processo, o Laudo que os primeiros tiverem apresentado." 
A divergência entre a Consolidação das Leis do Trabalho e o Código de 
Processo Civil é irrelevante no caso do compromisso, porque, uma vez que o perito 
aceitou o encargo, o compromisso está implícito, por ser dever profissional cumprir 
escrupulosamente a missão determinada pelo Poder Judiciário, no prazo que lhe for 
assinado, sob as penas da lei. 
O assistente técnico é de escolha da parte, com a função de auxiliar no 
descobrimento da verdade. Entretanto, o assistente técnico poderá através de 
elementos consubstanciados, trazidos aos autos, relatados em Laudo, ser uma peça 
de suma valia ao deslinde da lide, conforme dispõe o artigo 436 do Código de 
Processo Civil. 
 
 
3.2 PERÍCIA E O FORO JUDICIAL. 
 
Os processos pertinentes à perícia compreendem atos do advogado, juiz, 
autor, assistente técnico se indicados, do advogado do réu, perito do Juízo, 
conforme abaixo: 
• Advogado: Avalia ou contesta a ação, requer as provas (parcial e outras), 
indica assistente técnico e formula quesitos. 
• Assistente Técnico: auxilia a parte que o contratou na elaboração de quesitos, 
conserva-se em conexão com o perito e busca assisti-lo no provimento de 
subsídios e informações, acompanha os trabalhos periciais e explana, 
questiona, argúi ou não, o laudo desenvolvido pelo perito. 
• Juiz: nomeia o perito, elabora e ordena o julgamento e delibera a 
concretização de provas documental, testemunhal, pessoal, inspeção, 
depoimento, exibição, pericial, dentre outras. 
• Perito: reconhece a nomeação, a ação em exercício e confirma o nome das 
partes. Procedimento técnico: prepara o laudo pericial, notifica os assistentes 
técnicos da inspeção ao objeto do litígio, examina o local, descreve, expõe 
fatos, relata episódio, descreve eventos, registra cenários, fotografa, etc. 
 30 
 
3.3 PERITOS LEGALMENTE HABILITADOS. 
 
 
Perante a indispensável necessidade de se instituir profissionais para 
atuarem como peritos ou assistentes técnicos nas pericias de Engenharia de 
Segurança do Trabalho é possível que os magistrados, juízes, autoridades do 
âmbito judiciário, deparem com dúvidas para confirmar se estes profissionais são 
legalmente habilitados. 
Para distinção, averiguação e classificação se a atividade é ou não 
insalubre, de acordo com as clausulas do Ministério do Trabalho Lei 6.514 de 
22.12.1977 art. 195, o local de trabalho deverá ser analisado por um perito 
Engenheiro de Trabalho ou um Médico do Trabalho, registrado no Ministério do 
Trabalho. Destaca-se que o dispositivo legal da Lei 6.514 referenciava de que estes 
profissionais fossem unicamente registrados no Ministério do Trabalho. Na pratica 
este processo esta alterado devido ao aparecimento da regulamentação dos cursos 
e das atribuições do Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho e de 
Especialista em Medicina do Trabalho, com funções específicas associadas aos 
seus pertinentes Conselhos de Classe. (Zung Che Yee). 
Para cursos de Especilização em Engenharia de Segurança do Trabalho, 
para o Engenheiro ser habilitado é indispensável que ocorra o registro do título 
mediante apreciação da documentação comprobatória. Portanto não abrange o 
campo da instituição de ensino, mas exclusivamente o próprio acadêmico quando 
requer o seu registro de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho. A 
análise da documentação é realizada inteiramente na instância de câmara da 
modalidade do profissional envolvido. O Curso de Especialização em Engenharia de 
Segurança do Trabalho é o único curso que gera novas atribuições. 
O registro junto ao MEC do curso de Especialização em Engenharia de 
Segurança do Trabalho se dá obedecendo ao Parecer n.º 19/87 do Conselho 
Federal de Educação.Este parecer define quantas horas aula deve ter o curso (no 
mínimo 600hs) e disciplinas obrigatórias a serem ministradas. Este é o critério de 
apreciação seguido pelo CREA-PR. (Adriana Cristina Casagrande Costa de Souza / 
CREA-PR. 24/09/2009). 
 
 
Legislação Pertinente: 
 
• Lei n.º 7410/1985, dispõe sobre a especialização de Engenheiros e Arquitetos 
em Engenharia de Segurança do Trabalho. 
• Resolução 359/91 do CONFEA, dispõe sobre o exercício profissional, o registro 
e as atividades do Engenheiro de Segurança do Trabalho e dá outras 
providências. 
Nota: Tecnólogos em segurança do trabalho não podem apostilar curso de pós 
em engenharia de segurança do trabalho. Os tecnólogos podem apostilar outras 
pós (no entanto essas não geram títulos nem atribuições). SSA 31.463. 
• Resolução 359/91: Art. 3º - Para o registro, só serão aceitos certificados de 
cursos de pós-graduação acompanhados do currículo cumprido, de 
conformidade com o Parecer nº 19/87, do Conselho Federal de Educação. 
(Adriana Cristina Casagrande Costa de Souza/CREA-PR. 24/09/2009). 
 
 31 
O profissional habilitado em Perícia Técnica é o Engenheiro de Segurança 
do Trabalho. Este pode ser de qualquer modalidade profissional, portador do 
certificado de conclusão de Especialização em Engenharia de Segurança do 
Trabalho, em nível de Pós-Graduação, devidamente registrado junto aos Conselhos 
Regionais, conforme determinação do art. 2°da Resol ução CONFEA 359, de 
31.07.1991. 
Atualmente é muito conciso o elenco de peritos oficialmente indicados 
pela CGJ - Corregedoria Geral da Justiça (Poder Judiciário) na internet 
(http://www.tj.pr.gov.br/cgj/), Neste termo o cartório necessitará alimentar uma 
listagem organizada dos expertos do juízo, por especialidade, com os referentes 
currículos e informações necessárias aos atos de comunicação. (Art. 114 do CNCGJ 
- Código de Normas da Corregedoria Geral de Justiça). 
 
Art. 114 - A escolha de perito recairá sobre profissional devidamente 
inscrito no órgão de classe. 
A resolução 359, de 31.07.1991 do CONFEA (Conselho Federal de 
Engenharia, Arquitetura e Agronomia) aponta com relação à prática profissional, ao 
registro e as atividades do Engenheiro de Segurança do Trabalho, e promove outras 
provisões. 
Para comprovar se o perito, ou o assistente técnico, encontra-se 
legalmente habilitado e regularmente registrado no CREA, além de confirmar 
conexão em um dos preceitos profissionais moderados no parágrafo único do art. 1° 
da Resolução 359 do CONFEA, precisa atender as demais condição como ser 
portador da carteira de identidade profissional com as necessárias anotações 
constantes nesta resolução, necessita-se confirmar pelo meio do portal do CREA da 
Unidade da Federação aonde o profissional localiza-se vinculado e ratificar por meio 
de Certidão protocolada a anuidade quitada. 
 
O anexo I da resolução nº 1010 de 22 de agosto de 2005 (CONFEA) 
sistematiza as atividades profissionais e demonstra a tabela de códigos de 
atividades profissionais e o glossário que determina de forma peculiar as atividades 
profissionais, constituídas no Capitulo II Art. 5º da Resolução 1.010, de 2005 das 
atribuições para a execução de atividades na esfera das competências profissionais. 
Este Art. 5º descreve: “Para efeito de fiscalização do exercício profissional 
dos diplomados no âmbito das profissões inseridas no sistema CONFEA/CREA, em 
todos os seus respectivos níveis de formação, ficam designadas as seguintes 
atividades, que poderão ser atribuídas de forma integral ou parcial, em seu conjunto 
ou separadamente, observadas as disposições gerais e limitações estabelecidas nos 
arts. 7º, 8°, 9°, 10 e 11 e seus parágrafos, desta Resolução” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 32 
3.4 DA HABILITAÇÃO - LEI Nº 7.410, DE 27 de NOVEMBRO de 1.985 
 
 
Dispõe sobre a especialização de Engenheiros e Arquitetos em 
Engenharia de Segurança do Trabalho, a profissão de Técnico de Segurança do 
Trabalho, e dá outras providências. 
 
Art. 1º - O exercício da especialização de Engenheiro de Segurança do 
Trabalho será permitido, exclusivamente: 
 
I - ao Engenheiro ou Arquiteto portador de certificado de conclusão de 
curso de especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho, a ser ministrado 
no País, em nível de pós-graduação; 
II - ao portador de certificado de curso de especialização em Engenharia 
de Segurança do Trabalho, realizado em caráter prioritário, pelo Ministério do 
Trabalho; 
III - ao possuidor de registro de Engenheiro de Segurança do Trabalho 
expedido pelo Ministério do Trabalho até a data fixada na regulamentação desta Lei. 
Parágrafo único - O curso previsto no inciso I deste Artigo terá o currículo 
fixado pelo Conselho Federal de Educação, por proposta do Ministério do Trabalho, 
e seu funcionamento determinará a extinção dos cursos de que trata o inciso II, na 
forma da regulamentação a ser expedida. 
 
Art. 3º - O exercício da atividade de Engenheiros e Arquitetos na 
especialização de Engenharia de Segurança do Trabalho dependerá de registro em 
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, após a regulamentação 
desta Lei, e o de Técnico de Segurança do Trabalho, após o registro no Ministério 
do Trabalho. 
 
 
3.5 LEI Nº 11.690, DE 9 DE JUNHO DE 2008 
 
 
Presidência da República - Casa Civil - Subchefia para Assuntos Jurídicos 
O artigo 159 do Decreto-Lei no 3.689 (03.10.41) do Código de Processo 
Penal, passam a vigorar com as seguintes alterações: “O exame de corpo de delito e 
outras perícias serão realizados por perito oficial, portador de diploma de curso 
superior.” 
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas 
idôneas, portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área 
específica, dentre as que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do 
exame. 
§ 2o Os peritos não oficiais prestarão o compromisso de bem e fielmente 
desempenhar o encargo. 
§ 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, 
ao ofendido, ao querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de 
assistente técnico. 
§ 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após 
a conclusão dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as 
partes intimadas desta decisão. 
 33 
§ 5o Durante o curso do processo judicial, é permitido às partes, quanto à 
perícia: 
I – requerer a oitiva dos peritos para esclarecerem a prova ou para 
responderem a quesitos, desde que o mandado de intimação e os quesitos ou 
questões a serem esclarecidas sejam encaminhados com antecedência mínima de 
10 (dez) dias, podendo apresentar as respostas em laudo complementar; 
II – indicar assistentes técnicos que poderão apresentar pareceres em 
prazo a ser fixado pelo juiz ou ser inquiridos em audiência. 
§ 6o Havendo requerimento das partes, o material probatório que serviu 
de base à perícia será disponibilizado no ambiente do órgão oficial, que manterá 
sempre sua guarda, e na presença de perito oficial, para exame pelos assistentes, 
salvo se for impossível a sua conservação. 
§ 7o Tratando-se de perícia complexa que abranja mais de uma área de 
conhecimento especializado, poder-se-á designar a atuação de mais de um perito 
oficial, e a parte indicar mais de um assistente técnico. 
 
 
3.6 LEGISLAÇÃO FEDERAL. LEI No 5.869, DE 11 DE JANEIRO DE 1973 
 
 
Presidência da República - Casa Civil - Subchefia para Assuntos Jurídicos. 
Institui o Código de Processo Civil. 
 
Seção II 
Do Perito. O perito judicial é o profissional de distinta aptidão técnica, 
habilitado e designado pelo juiz para apreciação das questões de sua especialidade, 
conseqüentemente quando a prova do fato esta sujeito ao conhecimento técnico ou 
científico aquém do campo jurídico. (Arts. 145 do CPC – Código de Processo Civil) 
 
Art. 145. Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou 
científico, o juiz será assistido por perito, segundo o dispostono art. 421. 
§ 1º. Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário, 
devidamente inscrito no órgão de classe competente, respeitado o disposto no 
Capítulo Vl, seção Vll, deste Código. (Incluído pela Lei nº 7.270, de 10.12.1984) 
§ 2º. Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que 
deverão opinar, mediante certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos. 
(Incluído pela Lei nº 7.270, de 10.12.1984). 
§ 3º. Nas localidades onde não houver profissionais qualificados que 
preencham os requisitos dos parágrafos anteriores, a indicação dos peritos será de 
livre escolha do juiz. (Incluído pela Lei nº 7.270, de 10.12.1984) 
Art. 146. O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que Ihe assina 
a lei, empregando toda a sua diligência; pode, todavia, escusar-se do encargo 
alegando motivo legítimo. 
Parágrafo único. A escusa será apresentada dentro de 5 (cinco) dias, 
contados da intimação ou do impedimento superveniente, sob pena de se reputar 
renunciado o direito a alegá-la (art. 423). (Redação dada pela Lei nº 8.455, de 
24.8.1992). 
 
 
 
 34 
3.7 DOLO OU CULPA DO PERITO 
 
 
Art. 147 – CPC: “O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações 
inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará inabilitado, por 2 
(dois) anos, a funcionar em outras perícias e incorrerá na sanção que a lei penal 
estabelecer”. 
Implicações Legais: Para um melhor entendimento, o dolo, nos termos da 
lei, está caracterizado quando a pessoa praticou o ato de forma intencional, ou seja, 
é premeditado. 
Designado o perito pelo juiz, as partes serão notificadas do mandato de 
nomeação. Da intimação do início a correr o prazo de cinco dias para que 
recomendem seus assistentes técnicos e ofereçam os quesitos a serem 
respondidos. Arts. 421 e 422 do CPC – Código de Processo Civil, a seguir descritos: 
 
Art. 421 – O juiz nomeará o perito, fixando de imediato o prazo para a 
entrega do laudo. 
§ 1º - Incumbe às partes, dentro em 5 (cinco) dias, contados da intimação 
do despacho de nomeação do perito: 
I – indicar o assistente técnico; 
II – apresentar quesitos. 
§ 2º – Quando a natureza do fato o permitir, a perícia poderá consistir 
apenas na inquirição pelo juiz do perito e dos assistentes, por ocasião da audiência 
de instrução e julgamento a respeito das coisas que houverem informalmente 
examinado ou avaliado. 
 
Art. 422. O perito cumprirá escrupulosamente o encargo que Ihe foi 
cometido, independentemente de termo de compromisso. Os assistentes técnicos 
são de confiança da parte, não sujeitos a impedimento ou suspeição. (Redação 
dada pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992). 
 
Art. 423 – O perito pode escusar-se (artigo 146) ou ser recusado por 
impedimento ou suspeição (artigo 138, III); ao aceitar a escusa ou julgar procedente 
a impugnação, o juiz nomeara a novo perito. 
 
Art. 424. O perito pode ser substituído quando: (Redação dada pela Lei nº 
8.455, de 24.8.1992). 
I - carecer de conhecimento técnico ou científico. 
II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que Ihe foi 
assinado. (Redação dada pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992). 
Parágrafo único. No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a 
ocorrência à corporação profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao 
perito, fixada tendo em vista o valor da causa e o possível prejuízo decorrente do 
atraso no processo. (Redação dada pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992). 
Art. 427. O juiz poderá dispensar prova pericial quando as partes, na 
inicial e na contestação, apresentarem sobre as questões de fato pareceres técnicos 
ou documentos elucidativos que considerar suficientes. (Redação dada pela Lei nº 
8.455, de 24.8.1992). 
 35 
3.8 FALSO TESTEMUNHO OU FALSA PERÍCIA. 
 
 
DECRETO-LEI No 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940. - Código Penal. 
 
Art. 342. Fazer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade como 
testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou 
administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral: (Redação dada pela Lei nº 
10.268, de 28.8.2001) 
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa. 
§ 1º. As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é 
praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a 
produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade 
da administração pública direta ou indireta. (Redação dada pela Lei nº 10.268, de 
28.8.2001). 
§ 2º. O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em 
que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade. (Redação dada pela 
Lei nº 10.268, de 28.8.2001). 
 
 
3.9 NORMAS E PROCEDIMENTOS DE PERÍCIA JUDICIAL 
 
 
No campo da ocupação pericial de forma ampla, ou seja, da atividade 
geral no seu contexto, não evidenciando qual o assunto ou a especialidade técnica 
abordada, foram desenvolvidas Normas de Perícias Judiciais. Estas normas formam 
recentemente amparadas por uma entidade de Perícia: IBPA - lnstituto Brasileiro de 
Perícia e Arbitragem, ainda não foram objeto de discussões ou de homologação 
para vigência em todo o território nacional. Criadas originalmente pela Associação 
dos Peritos Judiciais do Estado de São Paulo, tais normas (NPPJ’s) não possuem 
caráter obrigatório, tais normas necessitam ser apresentadas como indicações, 
sugestões e aconselhamentos de conduta e procedimento. 
 
 
3.10 QUEM DEVE FAZER A CLASSIFICAÇÃO DE INSALUBRIDADE 
 
 
A Lei 6.514/77, Capítulo V – da Segurança e da Medicina do Trabalho, art. 
195, refere-se à consideração que a classificação de Insalubridade e Periculosidade, 
de acordo com as Normas do Ministério do Trabalho, necessita ser realizada por 
Médico do Trabalho ou Engenheiro de Segurança do Trabalho, o que comprova 
imparcialidade factível das atribuições dos respectivos profissionais. 
Segundo Zung Che Yee (2008), há dois critérios habitualmente aceitos 
para caracterizar a atividade de insalubridade: critério subjetivo e critério objetivo. 
No critério subjetivo o adicional de insalubridade exclusivamente é devido 
quando o trabalhador manifestar sintomas de doença profissional ou ocupacional. 
Neste caso é indispensável o exame medico para caracterizar a insalubridade, 
evento em que somente o profissional da medicina ocupacional se legitima 
competente a caracterizar a atividade insalubre. 
 
 36 
No critério objetivo o elemento da pericia será unicamente o ambiente do 
trabalho, e não o trabalhador. Assim sendo não se deve falar em competência 
exclusiva do Médico do Trabalho. Este é o procedimento de julgamento de 
insalubridade adotado no Brasil 
 
 
4 NORMAS REGULAMENTADORAS 
 
 
Norma Regulamentadora, ou NR, são as normas que necessitam ser 
seguidas pelos empregados, empregadores e os terceirizados, para o bem-estar, 
preservação da saúde e garantia da segurança dentro do ambiente de trabalho. As 
NRs regulamentam e providenciam orientações sobre processos obrigatórios 
pertinente à medicina e segurança no trabalho no Brasil. Como anexos da 
Consolidação das Leis do Trabalho, são de observância obrigatória por todas as 
empresas. 
De acordo com a Lei nº 6.514 de 22 de Dezembro de 1977, as Normas 
Regulamentadoras relativas à segurança e medicina do trabalho foram aprovadas 
em 8 de julho de 1978, por meio da Portaria nº 3.214, do Ministério do trabalho. São 
elas: 
 
 
NR-1 - Disposições gerais 
NR-2 - Inspeção prévia 
NR-3 - Embargo ou interdição 
NR-4 - Serviços especializados em engenharia de segurança e medicina do 
trabalho 
NR-5 - Comissão interna de prevenção de acidentes – CIPA 
NR-6 - Equipamento de proteção individual – EPI 
NR-7- Programa de controle médico de saúde ocupacional 
NR-8 - Edificações 
NR-9 - Programa de prevenção de riscos ambientais 
NR-10 - Instalações e serviços em eletricidade 
NR-11 - Transporte, movimentação, armazenagem e manuseio de materiais 
NR-12 - Máquinas e equipamentos 
NR-13 - Caldeiras e vasos de pressão 
NR-14 - Fornos 
NR-15 - Atividadese operações insalubres 
NR-16 - Atividades e operações perigosas 
NR-17 - Ergonomia 
NR-18 - Condições e meio ambiente de trabalho na indústria da construção 
NR-19 - Explosivos 
NR-20 - Líquidos combustíveis e inflamáveis 
NR-21 - Trabalho a céu aberto 
NR-22 - Trabalhos subterrâneos 
NR-23 - Proteção contra incêndios 
NR-24 - Condições sanitárias e de conforto nos locais de trabalho 
NR-25 - Resíduos industriais 
NR-26 - Sinalização de segurança 
 37 
NR-27 - Registro profissional do técnico de segurança do trabalho no Ministério 
do Trabalho e da Previdência Social 
NR-28 - Fiscalização e penalidades 
NR-29 - Segurança e saúde no trabalho portuário 
NR-30 - Segurança e saúde no trabalho aquaviário 
NR-31 - Segurança e saúde no trabalho da agricultura e pecuária 
NR-32 - Segurança e saúde no trabalho em serviços em saúde 
 
 
De acordo com a Lei n 6514 de 22.12.1977, no Capítulo V da Segurança e 
da Medicina do Trabalho, Seção I – Disposições Gerais, Art. 154 que vigora com a 
seguinte redação: “A observância, em todos os locais de trabalho, do disposto neste 
Capítulo, não desobriga as empresas do cumprimento de outras disposições que, 
com relação à matéria, sejam incluídas em códigos de obras e regulamentos 
sanitários dos Estados ou Municípios em que se situem os respectivos 
estabelecimentos, bem como daquelas oriundas de convenções coletivas de 
trabalho” 
 
Art. 157 - I, que vigora a seguinte redação: “Cabe às empresas cumprir e 
fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho”. 
As Normas Regulamentadoras referentes à segurança e medicina do 
trabalho são de conhecimento obrigatório pelas empresas privadas e públicas de 
administração diretas e indireta, e igualmente obrigatórias pelos órgãos dos poderes 
legislativos e judiciários que possuam empregados regidos pela CLT. 
O alcance do conteúdo das Normas Regulamentadoras é aplicado a todas 
as instituições ou empresas contratantes e aos sindicatos que as representam. 
Deve-se observar que as Normas Regulamentadoras não isentam as 
empresas da obrigatoriedade do cumprimento de outras disposições que estejam 
contidas em códigos de obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou 
Municípios, e ainda as que forem acordadas em convenções e acordos coletivos de 
trabalho. 
As normas gerais de insalubridade da CLT são complementadas pelas 
disposições estabelecidas pelo Ministério do Trabalho, levando-se em consideração 
as particularidades de cada atividade ou setor de trabalho (art. 200 da CLT). 
A Portaria Ministério do Trabalho Nº 3.214, de 8/06/1978, aprova as 
Normas Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, Título II, da Consolidação das Leis 
do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do Trabalho, atende à determinação 
do artigo 190 da CLT. As discriminações dos agentes classificados nocivos à saúde, 
com os limites de tolerância mencionados, estão nas disposições complementares e 
encontrar-se previstos nos anexos da Norma Regulamentadora NR-15, descrita a 
seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 38 
NORMAS REGULAMENTADORAS DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO. 
 
 
4.1 NR 1 - DISPOSIÇÕES GERAIS. (Numeração da própria NR 1) 
 
 
1.7. Cabe ao empregador: 
 
a) Cumprir e fazer cumprir as disposições legais e regulamentares sobre 
segurança e medicina do trabalho; (101.001-8 / I1). 
 
b) Elaborar ordens de serviço sobre segurança e medicina do trabalho, dando 
ciência aos empregados, com os seguintes objetivos: (101.002-6 / I1) 
 
I - prevenir atos inseguros no desempenho do trabalho; 
II - divulgar as obrigações e proibições que os empregados devam conhecer e 
cumprir; 
III - dar conhecimento aos empregados de que serão passíveis de punição, 
pelo descumprimento das ordens de serviço expedidas; 
IV - determinar os procedimentos que deverão ser adotados em caso de 
acidente do trabalho e doenças profissionais ou do trabalho; 
V - adotar medidas determinadas pelo MTb; 
VI - adotar medidas para eliminar ou neutralizar a insalubridade e as 
condições inseguras de trabalho. 
 
c) Informar aos trabalhadores: (101.003-4 / I1) 
 
I - os riscos profissionais que possam originar-se nos locais de trabalho; 
II - os meios para prevenir e limitar tais riscos e as medidas adotadas pela 
empresa; 
III - os resultados dos exames médicos e de exames complementares de 
diagnóstico aos quais os próprios trabalhadores forem submetidos; 
IV - os resultados das avaliações ambientais realizadas nos locais de 
trabalho. 
 
d) Permitir que representantes dos trabalhadores acompanhem a fiscalização 
dos preceitos legais e regulamentares sobre segurança e medicina do 
trabalho. (101.004-2 / I1) 
 
1.8. Cabe ao empregado: 
 
a) Cumprir as disposições legais e regulamentares sobre segurança e medicina 
do trabalho, inclusive as ordens de serviço expedidas pelo empregador; 
b) Usar o EPI fornecido pelo empregador; 
c) Submeter-se aos exames médicos previstos nas Normas Regulamentadoras - 
NR; 
d) Colaborar com a empresa na aplicação das Normas Regulamentadoras - NR; 
 
 
 
 39 
4.2 NR 15 - ATIVIDADES E OPERAÇÕES INSALUBRES. (Numeração da própria 
NR 15). 
 
Publicação D.O.U. 
Portaria GM n.º 3.214, de 08 de junho de 1978 06/07/78 
Alterações/Atualizações D.O.U. 
Portaria SSMT n.º 12, de 12 de novembro de 1979 23/11/79 
Portaria SSMT n.º 01, de 17 de abril de 1980 25/04/80 
Portaria SSMT n.º 05, de 09 de fevereiro de 1983 17/02/83 
Portaria SSMT n.º 12, de 06 de junho de 1983 14/06/83 
Portaria SSMT n.º 24, de 14 de setembro de 1983 15/09/83 
Portaria GM n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990 26/11/90 
Portaria DSST n.º 01, de 28 de maio de 1991 29/05/91 
Portaria DNSST n.º 08, de 05 de outubro de 1992 08/10/92 
Portaria DNSST n.º 09, de 05 de outubro de 1992 14/10/92 
Portaria SSST n.º 04, de 11 de abril de 1994 14/04/94 
Portaria SSST n.º 22, de 26 de dezembro de 1994 27/12/94 
Portaria SSST n.º 14, de 20 de dezembro de 1995 22/12/95 
Portaria SIT n.º 99, de 19 de outubro de 2004 21/10/04 
Portaria SIT n.º 43, de 11 de março de 2008 (Rep.) 13/03/08 
 
15.1 São consideradas atividades ou operações insalubres as que se desenvolvem: 
15.1.1 Acima dos limites de tolerância previstos nos Anexos n.º 1, 2, 3, 5, 11 e 12; 
15.1.2 (Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de novembro de 1990) 
15.1.3 Nas atividades mencionadas nos Anexos n.º 6, 13 e 14; 
15.1.4 Comprovadas através de laudo de inspeção do local de trabalho, constantes 
dos Anexos n.º 7, 8, 9 e 10. 
15.1.5 Entende-se por "Limite de Tolerância", para os fins desta Norma, a 
concentração ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o 
tempo de exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador, 
durante a sua vida laboral. 
 
15.2 O exercício de trabalho em condições de insalubridade, de acordo com os 
subitens do item anterior, assegura ao trabalhador a percepção de adicional, 
incidente sobre o salário mínimo da região, equivalente a: 
15.2.1 40% (quarenta por cento), para insalubridade de grau máximo; 
15.2.2 20% (vinte por cento), para insalubridade de grau médio; 
15.2.3 10% (dez por cento), para insalubridade de grau mínimo; 
 
15.3 No caso de incidência de mais de um fator de insalubridade, será apenas 
considerado o de grau mais elevado, para efeito de acréscimo salarial, sendo 
vedada a percepção cumulativa. 
 
15.4 A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação do 
pagamento do adicional respectivo. 
15.4.1 A eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer: 
 
a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho 
dentro dos limites de tolerância; 
b) com a utilização de equipamento de proteção individual. 
 40 
 
15.4.1.1 Cabe à autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde 
do trabalhador, comprovada a insalubridade por laudo técnico de engenheiro de 
segurança do trabalho ou médico do trabalho, devidamente habilitado, fixar adicional 
devido aos empregados expostos à insalubridade quando impraticável sua 
eliminaçãoou neutralização. 
15.4.1.2 A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através 
de avaliação pericial por órgão competente, que comprove a inexistência de risco à 
saúde do trabalhador. 
 
15.5 É facultado às empresas e aos sindicatos das categorias profissionais 
interessadas requererem ao Ministério do Trabalho, através das DRTs, a realização 
de perícia em estabelecimento ou setor deste, com o objetivo de caracterizar e 
classificar ou determinar atividade insalubre. 
15.5.1 Nas perícias requeridas às Delegacias Regionais do Trabalho, desde que 
comprovada a insalubridade, o perito do Ministério do Trabalho indicará o adicional 
devido. 
 
15.6 O perito descreverá no laudo a técnica e a aparelhagem utilizadas. 
 
15.7 O disposto no item 15.5. não prejudica a ação fiscalizadora do MTb nem a 
realização ex-officio da perícia, quando solicitado pela Justiça, nas localidades onde 
não houver perito. 
 
 
ANEXOS DA NR-15: 
 
• ANEXO N.º 1: Limites de Tolerância para Ruído Contínuo ou Intermitente. 
• ANEXO N.º 2: Limites de Tolerância para Ruídos de Impacto. 
• ANEXO N.º 3: Limites de Tolerância para Exposição ao Calor. 
• ANEXO N.º 4: (Anexo revogado pela Portaria MTPS n.º 3.751, de 23 de 
novembro de 1990). 
• ANEXO N.º 5: Radiações Ionizantes. 
• ANEXO N.º 6: Trabalho Sob Condições Hiperbáricas (Título alterado pela 
Portaria SSMT n.º 24, de 14 de setembro de 1983). 
• ANEXO N.º 7: Radiações Não-Ionizantes. 
• ANEXO N.º 8: Vibrações. 
• ANEXO N.º 9: Frio. 
• ANEXO N.º 10: Umidade. 
ANEXO N.º 11: Agentes Químicos cuja Insalubridade é Caracterizada por 
Limite de Tolerância e Inspeção no Local de Trabalho. 
ANEXO N.º 12: Limites De Tolerância para Poeiras Minerais. 
• ANEXO N.º 13: Agentes Químicos. 
ANEXO N.º 14: Agentes Biológicos. (Aprovado pela Portaria SSST n.º 12, 
de 12 de novembro de 1979). 
 
 
 
 41 
A determinação do grau de insalubridade é definida pela regulamentação 
do MTb através da Portaria n. 3.214, NR-15, conforme o quadro que se segue: 
Tabela: Atividades ou operações que exponham o trabalhador a graus de 
insalubridade. 
Anexo 
 
Atividades ou operações que exponham o trabalhador Percentual 
1 Níveis de ruído contínuo ou intermitente superiores aos 
limites de tolerância fixados no Quadro constante do 
Anexo 1 e no item 6 do mesmo Anexo. 
20% 
 
2 Níveis de ruído de impacto superiores aos limites de 
tolerância fixados nos itens 2 e 3 do Anexo 2. 
20% 
 
3 Exposição ao calor com valores de IBUTG, superiores aos 
limites de tolerância fixados nos Quadros 1 e 2. 
20% 
 
4 (Revogado pela Portaria MTE n.º 3.751, de 23 de 
novembro de 1990) 
 
5 Níveis de radiações ionizantes com radioatividade 
superior aos limites de tolerância fixados neste Anexo. 
40% 
 
6 Ar comprimido. 40% 
7 Radiações não-ionizantes consideradas insalubres em 
decorrência de inspeção realizada no local de trabalho. 
20% 
 
8 Vibrações consideradas insalubres em decorrência de 
inspeção realizada no local de trabalho. 
20% 
 
9 Frio considerado insalubre em decorrência de inspeção 
realizada no local de trabalho. 
20% 
 
10 Umidade considerada insalubre em decorrência de 
inspeção realizada no local de trabalho. 
20% 
 
11 Agentes químicos cujas concentrações sejam superiores 
aos limites de tolerância fixados no Quadro 1. 
10%, 20% e 
40% 
12 Poeiras minerais cujas concentrações sejam superiores 
aos limites de tolerância fixados neste Anexo. 
40% 
13 Atividades ou operações, envolvendo agentes químicos, 
consideradas insalubres em decorrência de inspeção 
realizada no local de trabalho. 
10%, 20% e 
40% 
 
14 Agentes biológicos. 20% e 40% 
 
 
5 ATIVIDADES INSALUBRES 
 
Para um melhor entendimento das atividades insalubres, seguem algumas 
definições e conceitos. 
O termo "insalubre" vem do latim e significa tudo aquilo que acarreta 
doença, compreende-se que a insalubridade é o atributo de insalubre. Em resumo, 
pode-se interpretar uma atividade insalubre como aquela que contribui e causa 
danos à saúde do empregado, causar, com o decorrer do tempo, enfermidades, 
doenças e outras adversidades incômodas. O significado legal de insalubridade é 
prestado pelo artigo 189 da Consolidação das Leis do Trabalho, nos subseqüentes 
termos: 
 42 
A CLT em seu bojo traz no Artigo 189 da CLT - Caput: “Serão 
consideradas ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou 
métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima 
dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e 
do tempo de exposição aos seus efeitos”. 
Analisando o exposto no Art. 189 da CLT, constata-se que ele é 
tecnicamente apropriado dentro dos princípios da Higiene do Trabalho. Na esfera da 
saúde ocupacional, a Higiene do Trabalho é uma ciência que aborda o 
reconhecimento, avaliação e controle dos agentes nocivos possíveis de levar o 
empregado a adquirir doença profissional, quais sejam por agentes físicos (frio, 
radiações, vibrações, calor, ruído e umidade), agentes químicos (gases e vapores, 
poeira, fumos e névoas), agentes biológicos (vírus, microorganismos e bactérias). 
De acordo com os princípios da Higiene do Trabalho, o evento da doença 
profissional, em meio a diversos fatores, esta sujeito á natureza, intensidade e 
período de exposição ao agente nocivo. 
De acordo com estes fatores foram estabelecidos limites de tolerância 
para os mencionados agentes, que representam um valor numérico inferior ao qual 
se confia que a maior parte dos trabalhadores em contato com estes agentes 
nocivos, durante a sua vida profissional, não ira adquirir doenças profissionais. 
Conseqüentemente, pelo panorama prevencionista, não devem ser denotados com 
exatidão e sim como parâmetros para julgamentos e controle dos ambientes de 
trabalho. 
Deste modo, para o legislador, uma atividade apenas será considerada 
como insalubre, se preenchidos determinadas condição, previamente estipulados 
pelo Ministério do Trabalho. 
Baseando-se no artigo 189 da CLT, observa-se que a insalubridade será 
caracterizada exclusivamente quando o limite de tolerância for ultrapassado; isto é, a 
lei abordou a questão do direito ao adicional, deixando o aspecto prevencionista a 
critério da regulamentação do Ministério do Trabalho, conforme preceitua o artigo 
190 da CLT, que constitui o quadro de atividades insalubres, as normas de 
caracterização da insalubridade, os limites de tolerância e os meios de proteção. 
Em resumo, são insalubres as atividades ou operações que exponham o 
homem a agentes nocivos à saúde. Cabe ao Ministério do Trabalho aprovar o 
quadro das atividades e operações consideradas insalubres. O Ministério do 
Trabalho caracteriza e classifica os agentes insalubres quanto à natureza e 
nocividade. 
Quanto à natureza são classificados em químicos, físicos ou biológicos. 
Exemplo de agente insalubre químico: chumbo. 
Exemplo de agente insalubre físico: ruído. 
Exemplo de agente insalubre biológico: protozoários. 
Quanto à nocividade os agentes foram classificados em três graus: 
máximo, médio e mínimo. 
A CF/88 – art. 7º, XXIII, determina que é direito dos trabalhadores o 
“adicional de remuneração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, na 
forma da lei.” 
 
 
 
 
 
 43 
5.1 CARACTERIZAÇÃO DA INSALUBRIDADE 
 
 
Vale observar que a configuração da insalubridade depende de uma 
apreciação criteriosa dos requisitos estabelecidos pela Lei e só assim deverá ser 
considerado esta atividade como insalubre. Deve-se ressaltar que a apreciação de 
determinada atividade far-se-á de global, ou seja, há a obrigação de que a atividade 
desenvolvida pelo empregado exponha o trabalhador ao contato com um agente 
nocivo, que este agente nocivo encontre-se acima do limite de tolerância 
estabelecido pelo Ministério do trabalho e ainda, que este contato persista por 
determinado espaço de tempo. 
Por limites de tolerância necessita-se compreender como um limite 
definidor, fundamentado peloMinistério do Trabalho, posteriormente a execução de 
perícia técnica, por médico ou engenheiro do trabalho, ou por ambos, no qual se 
estabeleça os "limites de um ser humano"; ou seja, conforme a qualidade do 
trabalho, a natureza do agente e o período de exibição a este agente, o Ministério do 
Trabalho baliza quais serão as atividades qualificadas insalubres e qual será o grau 
de insalubridade. 
 
 
6 O MINISTÉRIO DO TRABALHO E A PERÍCIA 
 
 
Tendendo a mais integra segurança para o trabalhador e poupando 
amplas disputas judiciais para afirmar a incidência da insalubridade, a CLT no artigo 
190, construiu que o enquadramento das atividades e operações insalubres será 
compilado pelo Ministério do Trabalho. 
Na ocorrência de uma ação reclamatória trabalhista, o Juiz do Trabalho 
necessitará deliberar a execução de uma perícia técnica, por engenheiro ou médico 
do trabalho da sua confiança, que por meio de um laudo técnico irá revelar se 
aquela classe ou ainda aquele definido empregado que contesta este direito, se 
enquadra nas condições definidas para a caracterização da atividade insalubre. 
O abstrato é que a situação de trabalho sujeito a agentes agressivos 
novos, mesmo que claramente presentes, esperam longo tempo para seu 
validamento como insalubres. 
O amplo infortúnio é que as contestações jurídicas à reverência destas 
condições de trabalho estão sempre centralizadas nos adicionais que aspiram 
indenizar o malefício e não suprimir o risco ou resguardar a saúde. 
Concluí-se que o objetivo desta parcela pecuniária, o adicional de 
insalubridade, labora como uma autorização para que o trabalhador possa manter-
se exposto ao agente nocivo, visto que é inferiormente dispendioso para a empresa 
do que efetivamente investir no ambiente de trabalho para que se torne 
suficientemente seguro e saudável. 
A compreensão do empresário falha exatamente nesta questão em 
observar que o objetivo do adicional de insalubridade, não se designa unicamente a 
ser pago como favorecimento ao empregado, mas sim, para mitigar a negligência 
com o ambiente de trabalho. 
 
 
 44 
Promulga a CLT que os adicionais de periculosidade e insalubridade não 
podem ser auferidos concomitantemente, obrigando o empregado, segundo indica o 
parágrafo 2º do artigo 193, selecionar um deles. 
Lê-se na CLT que o adicional de insalubridade e o de periculosidade não 
se incorpora ao salário, quando interrompido o agente que lhes garante o direito, 
descontinuara também o referente direito. 
 
 
6.1 JURISPRUDÊNCIAS 
 
 
Em decorrência ao constante e contemporâneo aprimoramento legislativo, 
em especial no que confirmar aos processos rolados e em conseqüência do novo 
entendimento de proporcionar suporte, proteção e serviço resguardado aos 
trabalhadores, relacionaram uma maior influencia dos juízes às determinações dos 
órgãos jurisdicionais, tribunais e superiores. Como podemos comprovar com a 
criação de súmulas vinculantes, emendas e clausulas à aplicação de estudo de 
casos jurídicos na determinação de disposições judiciais. Torna-se um entendimento 
imperativo e indispensável aos quais todos os outros tribunais e juízes, bem como 
todos os Poderes Judiciários e a Administração Pública haverão de acompanhar. Na 
prática, adota força de lei, gerando um vínculo jurídico e atribuindo efeito de lei que 
compreende todos os trabalhadores ou membros do direito judiciário. 
Ressalta-se o descrito nas Súmulas do TST que é a instância mais 
elevada de julgamento para assuntos abrangendo o direito do trabalho no Brasil. 
 
TST Súmula nº 17: Adicional de Insalubridade. (RA 28/1969, DO-GB 
21.08.1969 - Cancelada - Res. 29/1994, DJ 12.05.1994 - Restaurada - Res. 
121/2003, DJ 21.11.2003. cancelada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 
26.06.2008) - Res. 148/2008, DJ 04 e 07.07.2008 - Republicada DJ 08, 09 e 
10.07.2008). 
“O adicional de insalubridade devido a empregado que, por força de lei, 
convenção coletiva ou sentença normativa, percebe salário profissional será sobre 
este calculado.” 
Comentário: O embasamento da incidência do adicional de insalubridade 
é o salário mínimo, exceto quando instituído o salário profissional. O adicional de 
insalubridade não impacta sobre outros adicionais, gratificações etc. 
Jurisprudência: Notícias do Tribunal Superior do Trabalho de 14/10/2009. 
Piso regional é usado para cálculo de adicional de insalubridade: Tribunal Regional 
do Trabalho da 4ª Região (RS) condenou a Azaléia S.A. a pagar adicional de 
insalubridade a um ex-empregado da empresa com base no piso salarial regional, 
aprovado por lei estadual para vigorar no território gaúcho. Isso porque, na 
convenção coletiva da categoria do trabalhador, havia proibição expressa quanto à 
utilização do salário normativo pactuado (ou seja, do menor salário pago aos 
profissionais daquela categoria) para fins de cálculo de adicional de insalubridade. 
Nessas condições, afirmou o relator, a decisão do Regional, em vez de violar o 
dispositivo constitucional que trata do reconhecimento das convenções e acordos 
coletivos (artigo 7º, inciso XXVI) como alegado pela empresa, na verdade o 
respeitou, ao estabelecer uma alternativa para servir de base de cálculo do 
adicional. (RR- 791/2006-331-04-00.2) (Lilian Fonseca). Esta matéria tem caráter 
 45 
informativo, sem cunho oficial. Consulta em Abril 2010 no site http://www.tst.gov.br/ 
do Tribunal Superior do Trabalho. 
A súmula 17 do Tribunal Superior do Trabalho, como já dito anteriormente, 
os percentuais de remuneração do adicional de insalubridade possuem como base o 
salário mínimo, entretanto, existe uma exceção a regra. Para os trabalhadores que 
possuem piso salarial fixado por Lei, Convenção Coletiva de Trabalho ou Sentença 
Normativa, o valor da remuneração do adicional de insalubridade apresentará como 
base este valor e não o salário mínimo como acontece para os demais casos. 
 
TST Súmula n.º 47 do TST: “O trabalho executado em caráter intermitente, 
em condições insalubres, não afasta só, por essa circunstância, o direito à 
percepção do respectivo adicional.” 
Comentário: Se o empregado não esta em contato durante todo o período 
da sua jornada de trabalho com o agente nocivo, e a freqüência é intervalada. Neste 
episódio o adicional de insalubridade é devido ao trabalhador proporcionalmente ao 
período de exposição. 
Intermitente denota interrupções, ou paralisações não contínuas. Mesmo 
ocorrendo de forma descontínua, porém de forma freqüente ou usual, existe o risco 
e por conseqüência estabelece ao trabalhador o direito ao adicional de 
insalubridade. 
 
TST Súmula nº 80: Eliminação da Insalubridade - Aparelhos Protetores - 
Adicional de Insalubridade. 
 “A eliminação da insalubridade, pelo fornecimento de aparelhos 
protetores aprovados pelo órgão competente do Poder Executivo, exclui a 
percepção do adicional respectivo.” (RA 69/1978, DJ 26.09.1978 - Mantida - Res. 
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003). 
Comentário: extinguindo-se o agente insalubre, interromperá para o 
trabalhador o direito ao adicional de insalubridade devido ao caráter de salário-
condição. 
 
TST Súmula nº 139: Incorporada Adicional de Insalubridade - Cálculo de 
Indenização. 
“Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração 
para todos os efeitos legais.” (ex-OJ nº 102 da SBDI-1 - inserida em 01.10.1997 - RA 
102/1982, DJ 11.10.1982 e DJ 15.10.1982 - Ex-Prejulgado nº 11 a Orientação 
Jurisprudencial nº 102 da SBDI-1 - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005). 
Comentário: Persistindo a natureza específica de trabalho agravante, 
penoso e crítico, comprovando-se insalubre, é obrigatório o adicional de 
insalubridade ao trabalhador e os respectivos reflexos nos ganhos (decorrência 
expansionista do salário). 
Não há direito adquirido ao adicional de insalubridade (art. 194 da CLT). 
Porém, enquanto presente, o adicional gera reflexo nas verbas trabalhistas, como o 
pagamento das férias, décimo terceiro salário, aviso-prévio, FGTS (também sobre40%), indenização, contribuição previdenciária. Este é o efeito expansionista. 
 
 
 
 
 
 46 
7. BASE DE CÁLCULO. SÚMULAS DO TST 
 
 
Súmula nº 187: Adicional de Insalubridade - Salário Regional – TFR: “O 
adicional de insalubridade incide sobre o salário regional.” (23-10-1985 - DJ 30-10-
85). 
Em face do efeito vinculante do verbete editado pelo STF, o TST, por meio 
da Resolução nº 148/2008, promoveu: 
 
i) O cancelamento da OJ nº 2 da SDI-1 e 
ii) A alteração da Súmula nº 228, confere a seguinte redação: 
 
TST Súmula nº 228: Adicional de Insalubridade - Base de Cálculo. 
 
“A partir de 09 de maio de 2008, data da publicação da Súmula Vinculante 
nº 4 do Supremo Tribunal Federal, o adicional de insalubridade será calculado sobre 
o salário básico, salvo critério mais vantajoso fixado em instrumento”. (redação 
alterada na sessão do Tribunal Pleno em 26.06.2008 - Res. 148/2008, DJ 04 e 
07.07.2008 - Republicada DJ 08, 09 e 10.07.2008. (Suspensa). 
“O percentual do adicional de insalubridade incide sobre o salário mínimo 
de que cogita o art. 76 da CLT, salvo as hipóteses previstas no Enunciado nº 17.” 
(Res. 14/1985, DJ 19.09.1985 - Nova redação - Res. 121/2003, DJ 21.11.2003). 
Comentário: O embasamento da incidência do adicional de insalubridade 
é o salário mínimo, exceto quando instituído o salário profissional. 
 
O artigo 192 da CLT determina que sua base de cálculo seja o salário 
mínimo, contudo, com a promulgação da CF/88 ocorrer à ambigüidade quanto a 
aplicação desta base de cálculo, pois o art. 7º, inciso IV da CF/88 proíbe a 
vinculação do salário mínimo para qualquer finalidade. Em estudos doutrinários e 
nos processos jurisprudenciais dos tribunais o debate ao reconhecimento da base 
de cálculo do adicional de insalubridade é usualmente configurado. Em resumo, as 
deliberações firmadas nas Súmulas 17 e 228 do TST, e também na O.J. - 
Orientação Jurisprudencial nº 2 da SDI do TST. O motivo de ser inconstitucional ou 
não empregar o salário mínimo como base de cálculo é uma questão ainda em 
debate, pretexto pelo qual confere pretexto à aplicação de outras bases de cálculo. 
Também merece transcrição a notícia veiculada pelo sítio do STF em 30/04/2008: 
“Notícias STF de 30 de Abril de 2008: “A vinculação de adicional de insalubridade ao 
salário mínimo é inconstitucional”. (Súmulas do TST). 
O Tribunal Superior do Trabalho, contestando o teor da Súmula Vinculante 
nº 04 do STF, deliberou em sessão do Pleno, apresentar uma nova redação e editou 
a resolução nº 148/2008 Súmula nº 228, determinando o salário básico como base 
de cálculo para o adicional de insalubridade, a partir da sua promulgação em 9 de 
maio de 2008 da Súmula Vinculante nº 4, do STF, que veda a utilização do salário 
mínimo como indexador de base de cálculo de vantagem de servidor público ou de 
empregado. 
 
 
 
 
 47 
Aproveitando o assunto em pauta, vale lembrar a Orientação Judicial da 
SDBI-1 sobre a base de cálculo do adicional de insalubridade: 
 
Nº 2 – ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. MESMO 
NA VIGÊNCIA DA CF/1988: SALÁRIO MÍNIMO. Inserida em 29.03.1996 (cancelada 
na sessão do Tribunal Pleno realizada em 26.06.2008) – Res. 148/2008, DJ 04 e 
07.07.2008 - Republicada DJ 08, 09 e 10.07.2008. 
Nº 47 – HORA EXTRA. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE 
CÁLCULO (redação alterada na sessão do Tribunal Pleno em 26.06.2008) – Res. 
148/2008, DJ 04 e 07.07.2008 - Republicada DJ 08, 09 e 10.07.2008. 
A base de cálculo da hora extra é o resultado da soma do salário 
contratual mais o adicional de insalubridade. 
 
TST Súmula nº 248: Reclassificação ou Descaracterização da 
Insalubridade - Direito Adquirido - Princípio da Irredutibilidade Salarial 
 “A reclassificação ou descaracterização da insalubridade, por ato da 
autoridade competente, repercute na satisfação do respectivo adicional, sem ofensa 
a direito adquirido ou ao princípio da irredutibilidade salarial.” (Res. 17/1985, DJ 
13.01.1986 - Mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003). 
Comentário: A partir do momento que o agente nocivo deixar de ser 
considerado como insalubre pelo Ministério do Trabalho (abolido da classificação), 
cessará para o trabalhador a prerrogativa ao relativo adicional, sem prejuízo por não 
mais existir a condição especial de trabalho insalubre. 
Com esta posição, o adicional de insalubridades não possui natureza 
indenizatória visando obter o ressarcimento e reparação de prejuízos, reflete no 
cancelamento do adicional, sem agravo a direito adquirido ou ao preceito da 
irredutibilidade salarial. Como exemplo, após 26.02.1991 foram efetivamente 
removidas do universo jurídico as normas causais do direito ao adicional de 
insalubridade por iluminamento inadequado no local de trabalho, como previsto na 
Portaria nº 3751/1990 do Ministério do Trabalho (Orientação Jurisprudencial 
Transitória n. 57 – TST, nº 153 da SBDI-1 - DJ 20.04.2005). 
Quando há supressão do agente da listagem do Ministério do Trabalho, o 
empregado deixará de ganhar o adicional de insalubridade. A perda do adicional é 
comprovada pela sua essência de salário condição. Descontinuada a condição 
específica de trabalho mais gravosa, finalizará para o empregado o direito ao 
adicional referente. 
Na esfera do Direito do Trabalho, os adicionais de insalubridade não se 
conservam vinculados aos contratos de trabalho, ainda que sejam designados de 
salário e discriminados na folha de pagamento, pois de acordo com o artigo 194 da 
CLT o texto legal trabalhista: “o direito do empregado ao adicional de insalubridade 
cessará com a eliminação do risco á sua saúde ou integridade física nos termos 
desta Seção e das normas expedidas pelo Ministério do trabalho”. 
Para constatar a eliminação do adicional de insalubridade necessitará do 
laudo pericial, analisando às condições e o ambiente de trabalho. Esta análise deve 
integrar os Equipamentos de Proteção Individual e os Equipamentos de Proteção 
Coletiva utilizados. 
O adicional de insalubridade tem natureza salarial: salário-condição. O 
adicional de insalubridade é devido apenas enquanto permanecer a condição 
específica de trabalho mais perigosa e crítico, ou seja, o fato gerador do acréscimo 
salarial. Este fato gerador do acréscimo salarial na insalubridade é conseqüência da 
 48 
exposição do trabalhador aos agentes nocivos à saúde. O pagamento do adicional 
de insalubridade é contemplado enquanto perdurar a situação especial de trabalho 
mais gravosa. Descontinuada a condição especial, finaliza para o empregado a 
vantagem ao adicional respectivo. 
 
TST Súmula nº 289: Fornecimento do Aparelho de Proteção do Trabalho - 
Adicional de Insalubridade 
 “O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o 
exime do pagamento do adicional de insalubridade, cabendo-lhe tomar as medidas 
que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, dentre as quais as 
relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado.” (Res. 22/1988, DJ 
24.03.1988 - Mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003) 
Comentário: Não é satisfatório unicamente o provimento do EPI para 
eliminar o empregador do pagamento do adicional de insalubridade. Outros diversos 
controles que levam à redução ou eliminação da nocividade precisam ser 
abordados, por exemplo, os controles relativos ao uso efetivo do equipamento pelo 
trabalhador. O empregador tem a obrigação de fiscalizar se o empregado está 
utilizando o equipamento. 
 
TST Súmula nº 293: Perícia - Agente Nocivo Diverso do Apontado na 
Inicial - Adicional de Insalubridade - Causa de Pedir. 
 “A verificação mediante perícia de prestação de serviços em condições 
nocivas, considerado agente insalubre diverso do apontado na inicial, não prejudica 
o pedido de adicional de insalubridade.” (Res. 3/1989, DJ 14.04.1989 - Mantida - 
Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003) 
Comentário: Interrogada em juízo o adicional de insalubridade, é 
imperativo a perícia técnica desempenhada pelo médico ou engenheiro do trabalhoobrigatoriamente habilitado nomeado pelo juiz (art. 195, § 2º da CLT). 
Se o trabalhador deduz trabalhar em condições insalubres, ingressa com 
reclamação trabalhista contestando o adicional de insalubridade. Para que o juiz 
defina ou não o pagamento da devido pecúlio, é obrigatória a comprovação do 
agente nocivo à saúde do trabalhador no ambiente de trabalho. 
A comprovação da influência do agente sobre o trabalhador e qual é o 
agente nocivo, é realizada por perícia técnica desempenhado por profissional que 
tenha conhecimento técnico especializado, sendo este o engenheiro do trabalho ou 
médico do trabalho. 
 
TST Súmula nº 349: Validade do Acordo ou Convenção Coletiva de 
Compensação de Jornada de Trabalho em Atividade Insalubre 
 “A validade de acordo coletivo ou convenção coletiva de compensação 
da jornada de trabalho em atividade insalubre prescinde da inspeção prévia da 
autoridade competente em matéria de higiene do trabalho”. (art. 7º, XIII, da CF/1988; 
art. 60 da CLT) (Res. 60/1996, DJ 08.07.1996 - Mantida - Res. 121/2003, DJ 19, 20 
e 21.11.2003) 
 
STF - Súmula nº 194: “É competente o ministro do trabalho para a 
especificação das atividades insalubres.” (Data de Aprovação: Sessão Plenária de 
13/12/1963. Fonte de Publicação: Súmula da Jurisprudência Predominante do 
Supremo Tribunal Federal – Anexo ao Regimento Interno. Edição: Imprensa 
Nacional, 1964, p. 98). 
 49 
 
STF - Súmula nº 307: “É devido o adicional de serviço insalubre, 
calculado à base do salário mínimo da região, ainda que a remuneração contratual 
seja superior ao salário mínimo acrescido da taxa de insalubridade.” (Data de 
Aprovação: Sessão Plenária de 13/12/1963. Fonte de Publicação: Súmula da 
Jurisprudência Predominante do Supremo Tribunal Federal – Anexo ao Regimento 
Interno. Edição: Imprensa Nacional, 1964, p. 137). 
 
STF - Súmula nº 460: “Para efeito do adicional de insalubridade, a perícia 
judicial, em reclamação trabalhista, não dispensa o enquadramento da atividade 
entre as insalubres, que é ato da competência do Ministro do Trabalho e Previdência 
Social.“ (De 01/10/1964, Fonte: DJ de 8/10/1964, p. 3647; DJ de 9/10/1964, p. 3667; 
DJ de 12/10/1964, p. 3699). 
“Para efeito do adicional de insalubridade, a perícia judicial, em 
reclamação trabalhista, não dispensa o enquadramento da atividade entre as 
insalubres, que é ato da competência do Ministro do Trabalho e Previdência Social”. 
Comentário: Quando o trabalhador deduz que trabalha sob condições 
insalubres, a petição será desconsiderada apenas quando, mesmo verificado a 
existência do agente, este não ocasionar prejuízo à saúde do trabalhador ou quando 
a perícia não verificar a influência do agente insalubre. Na primeira conjuntura, o 
agente é achado no ambiente de trabalho, contudo, dentro do limite de tolerância. 
Na segunda, não é identificado agente determinado. O adicional de insalubridade 
unicamente será pago quando a perícia encontrar um dos agentes presentes da 
listagem do Ministério do Trabalho. 
A especificação do enquadramento das atividades insalubres é ato do 
Ministério do Trabalho, que por sua autonomia, deliberou a NR-15, que aborda o 
adicional de insalubridade, presentes na Portaria n.º 3.214. Implica que o perito 
necessita permanecer restrito somente as circunstâncias elencadas nesta Norma 
Regulamentadora, conseqüentemente não é suficiente o reconhecimento no próprio 
laudo elaborado pelo perito que a atividade é considerada como insalubre. 
Para corroborar o explicitado, segue entendimentos do TST que exigem o 
requisito do enquadramento oficial da atividade tida por insalubre na Portaria 
expedida pelo Ministério do Trabalho, como alguns posicionamentos judiciais 
extraídos pela Internet do site www.tst.gov.br/jurisprudencia, onde demonstram a 
importância do laudo judicial e também as diferentes linhas de decisões: 
 
 
7.2 CLASSIFICAÇÂO DA ATIVIDADE INSALUBRE PELO MINISTÉRIO DO 
TRABALHO 
 
 
 “Adicional de insalubridade. Há necessidade de que a classificação da 
atividade insalubre esteja expressamente relacionada na norma administrativa 
elaborada pelo ministério do trabalho e emprego, não bastando a simples 
constatação por laudo pericial. As atividades realizadas por pedreiro, relacionadas 
ao preparo e transporte de argamassa e concreto, que utilizam cimento, areia e 
brita, não são consideradas insalubres, visto que essas atividades não se amoldam 
à classificação estabelecida no anexo 13 da nr 15 da portaria nº 3.214/78, nem 
podem ser classificadas como de fabricação e manuseio de álcalis cáusticos, 
conforme entenderam as instâncias ordinárias. Recurso de revista conhecido e 
 50 
provido”. (TST-RR-456/2004-461-04-00.2).( Autoridade: Tribunal Superior do 
Trabalho. 1ª Turma. Título: Acórdão do Processo Nº 456-2004-461-4-0. Data: 
14/11/2007. urn:lex:br:tribunal.superior) 
 
 
8.1 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - ATENDENTE DE BERÇÁRIO 
 
 
Fundamenta-se no laudo do perito, segundo o qual a reclamante 
trabalhava em berçário. Conclui que, embora as crianças atendidas não fossem 
pacientes em isolamento, por doenças infecto-contagiosas, situação prevista no 
Anexo XIV da Norma Regulamentar nº 15, a reclamante estaria exposta a contágio, 
no caso de uma das crianças viesse a contrair esse tipo de doença. Argumenta, 
ainda, que a reclamante trabalhava como atendente de creche, com crianças sadias, 
pelo que sua atividade não pode ser classificada como insalubre, pois não está 
prevista no Anexo 14 da Norma Regulamentar nº 15. Aponta violação do art. 190 da 
CLT e divergência jurisprudencial. 
Nos termos do art. 190 da CLT, a tipificação e a regulamentação das 
atividades consideradas como insalubres competem ao Ministério do Trabalho. O 
direito ao adicional de insalubridade, portanto, está condicionado à classificação da 
atividade desenvolvida pelo empregado na relação elaborada pelo órgão 
competente, mesmo que o laudo do perito tenha efetivamente confirmado a 
presença do agente insalubre no local de trabalho. Ao perito cabe apenas classificar 
o grau de insalubridade do agente nocivo, para efeito de fixação do percentual que 
irá incidir sobre o salário mínimo, nos termos do art. 192 da CLT. 
Nesse sentido a orientação da jurisprudência ao consignar o entendimento 
de que está o empregador desobrigado do pagamento do adicional de insalubridade, 
quando a atividade desempenhada pelo empregado não está classificada na relação 
oficial do Ministério do Trabalho (Orientação Jurisprudencial nº 4/SDI-1). 
Realmente, a omissão do Ministério do Trabalho tem sua razão de ser, pois não há 
como se considerar insalubre um berçário, que, pela própria condição de seus 
ocupantes, repele, e deve ser repelido com veemência, a idéia de que possa estar 
contaminado por agentes nocivos à saúde das crianças. (PROC. Nº TST-RR-
89740/2003-900-04-00.0). 
 
 
8.2 DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. DEFICIÊNCIA DE ILUMINAMENTO. 
 
 
Tribunal Superior do Trabalho. 5ª Turma. Título: Acórdão do Processo Nº 
301045-1996-0-0-0. Data: 09/02/1999. (urn:lex:br:tribunal.superior.trabalho). 
“Adicional De Insalubridade. Iluminação. Foi Definitivamente Expurgada A 
Deficiência De Iluminação Como Agente Insalubre A Partir De 26/02/91, Em Face 
Do Disposto No Parágrafo Único Do Art. 2º Da Portaria 3.751/90. Assim, Deve O 
Pagamento Do Adicional Em Epígrafe Ser Limitado A Tal Data, Visto Que, Para A 
Percepção Do Referido Acréscimo, Necessário É Que Esteja Classificada A 
Atividade Insalubre Na Relação Oficial Elaborada Pelo Ministério Do Trabalho, Não 
Bastando A Constatação Por Laudo Pericial. Recurso Conhecido E Provido”. 
 
 51 
O adicional de insalubridade em decorrência de iluminação deficiente só é 
devido até 23.02.91, considerando-se o disposto na Portaria GM/MTPS nº 3.751/90, 
que revogou o subitem 15.1.2, o Anexo 4 e o item 4 do Quadro de Graus de 
insalubridade, todos da Norma Regulamentadora nº 15, inserida na Portaria 
MTb/GM nº 3.214/78. Aplicação do Enunciado de Súmula número 8 desteRegional. 
 
 
8.3 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE - SERVIÇOS DE LIMPEZA EM GERAL 
 
 
 Nos termos da jurisprudência pacificada nesta Corte Superior, 
consubstanciada na Orientação Jurisprudencial n° 4 da SBDI-1, não basta a 
constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o empregado 
tenha direito ao respectivo adicional, mas é necessária também a classificação da 
atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho, sendo 
que a limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não podem 
ser consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por prova pericial, 
porque não se encontram dentre as classificadas como lixo urbano na Portaria do 
referido Ministério. Assim sendo, laborando o Obreiro em serviços de limpeza em 
geral, mesmo que em hospitais, ele não faz jus ao adicional em comento. 
(Orientação Jurisprudencial N° 4 DA SBDI-1 DO TST) (Tribunal Superior do 
Trabalho. 4ª Turma. Título: Acórdão do Processo Nº 765212-2001-0-0-0. Data: 
01/06/2005. urn:lex:br:tribunal.superior.trabalho). 
 
 
8.4 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. LIXO URBANO. 
 
 
O trabalho de limpeza de sanitários e recolhimento de lixo é passível de 
enquadramento na previsão do Anexo 14 da NR 15 da Portaria nº 3.214/78. 
(Tribunal Superior do Trabalho. Subseção Especializada em Dissídios Individuais 1. 
Acórdão do Processo Nº 1864-1997-8-17-0. Data: 02/09/2009) 
 
 
8.5 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. RAIOS SOLARES. INDEVIDO 
 
 
Em face da ausência de previsão legal, indevido o adicional de 
insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto (art. 195, CLT e NR 15 MTb, 
Anexo 7) (Título: Acórdão do Processo Nº 308589-1996-0-0-0. Data: 13/09/1999. 
(urn: lex: br: tribunal.superior.trabalho, 1999-09-13;308589-1996-0-0-0. inserida em 
08.11.2000). 
 
 
8.6 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. TRABALHADOR RURAL. EXPOSIÇÃO AOS 
RAIOS SOLARES 
 
O adicional de insalubridade tem por objetivo compensar o trabalhador 
que preste serviço em local insalubre. O trabalho rural a céu aberto não se enquadra 
nessa hipótese. Por outro lado, cabe ressaltar que a orientação jurisprudencial da 
 52 
SDI firmou-se no sentido de que, para a concessão do adicional de insalubridade, 
não basta a simples constatação por laudo pericial, devendo as atividades 
insalubres serem assim classificadas na relação oficial elaborada pelo Ministério do 
Trabalho, conforme estabelece o art. 190 da CLT, o que não é o caso do trabalho 
executado a céu aberto. Embargos conhecidos e providos. 
Precedentes: E-RR-15940/90 - Min. Rider de Brito - DJ 9/10/98 - Decisão 
unânime; E-RR-43338/92, Ac.1521/96 - Min. Francisco Fausto - DJ 28/6/96 - 
Decisão unânime; E-RR-1213/88, Ac. 2251/94 - Min. Francisco Fausto - DJ 27/10/94 
- Decisão por maioria; e E-RR-15118/90, Ac.2534/93 - Min. Ney Doyle - DJ 29/10/93 
- Decisão por maioria. 
 
 
8.7 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. TRABALHO EM TELEFONIA 
(TELEMARKETING) COM USO DE FONES DE OUVIDO - AUSÊNCIA DE 
CLASSIFICAÇÃO DA ATIVIDADE COMO INSALUBRE NA RELAÇÃO OFICIAL DO 
MINISTÉRIO DO TRABALHO - INCIDÊNCIA DA ORIENTAÇÃO 
JURISPRUDENCIAL Nº 4, I, DA SBDI-1 1. 
 
 
Conforme estabelece o art. 190 da CLT, o Ministério do Trabalho aprovará 
o quadro das atividades e operações insalubres e adotará normas sobre os critérios 
de caracterização da insalubridade, os limites de tolerância aos agentes agressivos, 
os meios de proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a esses 
agentes. 2. Nesse mesmo sentido segue a Orientação Jurisprudencial nº 4, I, da 
SBDI-1, segundo a qual não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo 
pericial para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo 
necessária a classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo 
Ministério do Trabalho-. (RR-1125/2004-023-04-00.0; Relatora Ministra Maria 
Cristina Irigoyen Peduzzi; in DJ 23.3.2007). 
 
 
8.8 LIMPEZA EM RESIDÊNCIAS E ESCRITÓRIOS E A RESPECTIVA COLETA DE 
LIXO NÃO PODEM SER CONSIDERADAS ATIVIDADES INSALUBRES. 
 
 
A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não 
podem ser consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo 
pericial, porque não se encontram entre as classificadas como lixo urbano na 
Portaria do Ministério do Trabalho. OJ nº 4 da SDI-1 do TST. Recurso de revista a 
que se dá provimento. Deve ser conhecido o recurso de revista por contrariedade à 
OJ nº 4 da SDI-1 do TST. 
Mesmo que o laudo pericial tenha dito que havia a insalubridade em grau 
máximo, a questão é de legalidade. O perito não pode legislar sobre o que é ou não 
insalubre, mas apenas enquadrar os casos nas hipóteses legais. 
Cita-se a OJ nº 4 da SDI-1 do TST: 
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial 
para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a 
classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do 
Trabalho. 
 53 
II - A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não 
podem ser consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo 
pericial, porque não se encontram dentre as classificadas como lixo urbano na 
Portaria do Ministério do Trabalho. (Tribunal Superior do Trabalho. 5ª Turma. Título: 
Acórdão do Processo Nº 1072-2006-1-4-40. Data: 04/03/2009. urn: lex: br: 
tribunal.superior.trabalho; rr: 2009-03-04;1072-2006-1-4-40). 
 
 
9 PORTARIA N.º 3.311 DE 29 DE NOVEMBRO DE 1989 
 
 
“Estabelece os princípios norteadores do programa de desenvolvimento do Sistema 
Federal de Inspeção do Trabalho e dá outras providências”. 
 
Considerando: 
 
• O inciso XXIV, do artigo 21, da Constituição Federal. 
• A convenção n.º 81, da Organização Internacional do Trabalho - Decreto 
n.º 95.461, de 11 de dezembro de 1987. 
• As Normas do Regulamento da Inspeção do Trabalho, aprovado pelo 
Decreto n.º 55.841, de 15 de março de 1965. 
• As disposições previstas na Consolidação das Leis do Trabalho. 
• O parágrafo 1.º; do artigo 7.º da Lei n.º 7.855, de 24 de outubro de 1989. 
 
É de incumbência da União instituir, conservar e realizar a Inspeção do 
Trabalho. Ficam constituídos os princípios orientadores do Programa de 
Desenvolvimento do Sistema Federal de Inspeção do Trabalho. O Sistema Federal 
de Inspeção do Trabalho tem por objetivo garantir, em todo território nacional, a 
aplicação das disposições legais e regulamentares, compreendendo as convenções 
internacionais sancionadas, dos atos e disposição das autoridades competentes e 
do acordo coletivo do trabalho, no que se refere à qualidade, período e a situação de 
trabalho, bem como a assistência e ao resguardo dos trabalhadores na prática da 
sua ocupação. 
As perícias para caracterização de insalubridade ou periculosidade 
requeridas ao MTb só deverão se atendidas se coincidirem com as prioridades 
estabelecidas e justificarem a sua realização (formulário 8 – Vide: Anexos). Nesses 
casos, a empresa periciada deverá ser submetida a uma inspeção completa e 
notificada para eliminar os riscos e as irregularidades encontradas. Quando se tratar 
de requerimento de entidade sindical, esta deverá ser sensibilizada a assumir o 
compromisso junto ao órgão através de ordens de serviços como tarefa especial, 
pela chefia competente; (Anexo II, Plano Geral De Ação Na Área De Segurança E 
Saúde Do Trabalhador - Da Execução, Portaria N.º 3.311 De 29/11/89). 
As notificações ou recomendações para correção de condições inseguras, 
insalubres e/ou perigosas devem privilegiar as medidas de proteção coletiva, 
somente determinando o uso do EPI como medida transitória como medida 
complementar quando, esgotados, os recursos técnicos, não tenha sido possível 
eliminar totalmente o risco. (Anexo II, Plano Geral de Ação na Área de Segurança e 
Saúde do Trabalhador - Da Execução, Portaria N.º 3.311 De 29/11/89). 
 
 
 54 
10 ORIENTAÇÕES JURISPRUDENCIAIS DO TRIBUNAL SUPERIOR DO 
TRABALHO SEÇÃO DE DISSÍDIOS INDIVIDUAIS.SUBSEÇÃO I do TST: OJ SDI-1 4, OJ SDI-1 171. 
 
 
OJ SDI 2 - Adicional de insalubridade. Base de cálculo. Mesmo na 
vigência da CF/88: salário mínimo. (Inserida em 29.03.1996. Cancelada - Res. 
148/2008, DOe do TST 04/07/2008 - Republicada no DJ de 08.07.2008 em razão de 
erro material). 
 
OJ SDI 3 - Adicional de insalubridade. Base de cálculo, na vigência do 
Decreto-lei nº 2.351/1987. Piso Nacional de Salários. (Inserida em 14.03.1994. 
Cancelada em decorrência da sua conversão na Orientação Jurisprudencial 
Transitória 33 da SDI-I - Res. 129/2005, DJ. 20.04.2005). 
Orientações Jurisprudenciais Transitórias da Subseção I da Seção de 
Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho Nº 33. 
Adicional de insalubridade. Base de cálculo, na vigência do Decreto-lei nº 
2.351/1987: Piso Nacional de Salários. (Nova redação em decorrência da conversão 
da Orientação Jurisprudencial nº 3 da SDI-1 - Res. 129/2005, DJ. 20.04.2005). Na 
vigência do Decreto-Lei nº 2.351/1987, o piso nacional de salários é a base de 
cálculo para o adicional de insalubridade. (ex-OJ nº 3 da SDI-1 - inserida em 
14.03.94). 
 
OJ SDI 4 - Adicional de insalubridade. Lixo urbano. (Inserida em 
25.11.1996 . Nova redação em decorrência da incorporação da Orientação 
Jurisprudencial nº 170 da SDI-I - Res. 129/2005, DJ. 20.04.2005). 
I - Não basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial 
para que o empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a 
classificação da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do 
Trabalho. 
II - A limpeza em residências e escritórios e a respectiva coleta de lixo não 
podem ser consideradas atividades insalubres, ainda que constatadas por laudo 
pericial, porque não se encontram dentre as classificadas como lixo urbano na 
Portaria do Ministério do Trabalho. (ex-OJ nº 170 da SDI-I - inserida em 8.11.00) 
 
OJ SDI 47. Hora extra. Adicional de insalubridade. Base de cálculo. 
(Inserida em 29.03.1996. Nova redação - Res. 148/2008, DJe do TST 04/07/2008 - 
Republicada no DJ de 08.07.2008 em razão de erro material) 
A base de cálculo da hora extra é o resultado da soma do salário 
contratual mais o adicional de insalubridade. 
 
OJ SDI 102 - Adicional de insalubridade. Integração na remuneração. 
(Inserida em 01.10.1997. Cancelada em decorrência de sua incorporação à nova 
redação da Súmula nº 139 - Res. 129/2005, DJ 20.04.2005) 
Enquanto percebido, o adicional de insalubridade integra a remuneração 
para todos os efeitos legais. 
 
 55 
OJ SDI 103 - Adicional de insalubridade. Repouso semanal e feriados. 
(Inserida em 01.10.1997. Nova redação - Res. 129/2005, DJ. 20.04.2005). 
O adicional de insalubridade já remunera os dias de repouso semanal e 
feriados. 
 
OJ SDI 121 - Substituição processual. Diferença do adicional de 
insalubridade. Legitimidade. (Inserida em 20.11.1997. Nova redação - Res. 
129/2005, DJ. 20.04.2005). 
O sindicato tem legitimidade para atuar na qualidade de substituto 
processual para pleitear diferença de adicional de insalubridade. 
 
OJ SDI 153 - Adicional de insalubridade. Deficiência de iluminamento. 
Limitação. (Inserida em 26.03.1999. Cancelada em decorrência da sua conversão na 
Orientação Jurisprudencial Transitória nº 57 da SDI-I - Res. 129/2005, DJ. 
20.04.2005). 
Somente após 26.02.1991 foram, efetivamente, retiradas do mundo 
jurídico as normas ensejadoras do direito ao adicional de insalubridade por 
iluminamento insuficiente no local da prestação de serviço, como previsto na 
Portaria nº 3751/1990 do Ministério do Trabalho. 
 
OJ SDI 165 - Perícia. Engenheiro ou médico. Adicional de insalubridade e 
periculosidade. Válido. Art. 195, da CLT. (Inserida em 26.03.1999). 
O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o 
engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e 
periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional 
devidamente qualificado. 
 
OJ SDI 171 - Adicional de insalubridade. Óleos minerais. Sentido do termo 
"manipulação". (Inserida em 08.11.2000). 
Para efeito de concessão de adicional de insalubridade não há distinção 
entre fabricação e manuseio de óleos minerais - Portaria nº 3.214 do Ministério do 
Trabalho, NR 15, Anexo XIII. 
 
OJ SDI 173 - Adicional de insalubridade. Raios solares. Indevido. (Inserida 
em 08.11.2000). 
Em face da ausência de previsão legal, indevido o adicional de 
insalubridade ao trabalhador em atividade a céu aberto (Art. 195, CLT e NR 15 MTb, 
Anexo 7). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 56 
TÍTULO III DAS NORMAS ESPECIAIS DE TUTELA DO TRABALHO. 
 
 
CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES ESPECIAIS SOBRE DURAÇÃO E CONDIÇÕES 
DE TRABALHO. 
 
 
SEÇÃO X - Do Trabalho em Minas de Subsolo. 
 
 
Art. 295 - A duração normal do trabalho efetivo no subsolo poderá ser 
elevada até 8 (oito) horas diárias ou 48 (quarenta e oito) semanais, mediante acordo 
escrito entre empregado e empregador ou contrato coletivo de trabalho, sujeita essa 
prorrogação à prévia licença da autoridade competente em matéria de higiene do 
trabalho. 
Parágrafo único - A duração normal do trabalho efetivo no subsolo poderá ser 
inferior a 6 (seis) horas diárias, por determinação da autoridade de que trata este 
artigo, tendo em vista condições locais de insalubridade e os métodos e processos 
do trabalho adotado. 
 
SEÇÃO IV - Dos Métodos e Locais de Trabalho 
 
Art. 388 - Em virtude de exame e parecer da autoridade competente, o 
Ministro do Trabalho e da Administração poderá estabelecer derrogações totais ou 
parciais às proibições a que alude o artigo anterior, quando tiver desaparecido, nos 
serviços considerados perigosos ou insalubres, todo e qualquer caráter perigoso ou 
prejudicial mediante a aplicação de novos métodos de trabalho ou pelo emprego de 
medidas de ordem preventiva. 
 
 
CAPÍTULO IV - DA PROTEÇÃO DO TRABALHO DO MENOR. 
 
 
SEÇÃO I - Disposições Gerais 
 
Art. 405 - Ao menor não será permitido o trabalho: 
I - nos locais e serviços perigosos ou insalubres, constantes de quadro 
para esse fim aprovado pela Secretaria de Segurança e Medicina do 
Trabalho; 
II - em locais ou serviços prejudiciais à sua moralidade. 
(Redação dada pelo Decreto-lei nº 229, de 28-02-67, DOU 28-02-67). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 57 
11 JURISPRUDÊNCIAS DO TST 
 
(Fonte: http://www.tst.gov.br/ASCS/materias_tematicas/insalubridade.php ) 
 
14/10/2009 - Piso regional é usado para cálculo de adicional de insalubridade 
28/08/2009 - Ausência de perícia não impede pagamento de insalubridade 
30/03/2009 - Perícia técnica oficial não pode ser suprida por laudo do próprio 
empregador 
12/01/2009 - Insalubridade: base de cálculo permanece salário mínimo até 
regulamentação 
26/08/2008 - Insalubridade: SDI-2 suspende julgamento até decisão do STF sobre 
Súmula 228 
30/07/2008 - TST envia ao STF esclarecimentos sobre Súmula 228, suspensa por 
liminar 
27/06/2008 - TST fixa novo critério para adicional de insalubridade 
21/02/2008 - Salário efetivo será base para cálculo de adicional de insalubridade 
19/02/2008 - Lixo hospitalar garante insalubridade em grau máximo 
27/11/2007 - Amianto: só exposição acima do limite assegura insalubridade 
 
 
 
11.1 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE POR TRABALHO EXPOSTO A RUÍDO. 
 
 
 “A reclamada aduz que, embora o laudo pericial tenha concluído que os 
equipamentos de proteção neutralizavam os ruídos existentes no local de trabalho, o 
acórdão regional entendeu devido o adicional de insalubridade. Aponta violação ao 
art. 191 da CLT e colaciona restos ao cotejo de teses. 
O acórdão regional concluiu pela ineficácia do fornecimento dos 
equipamentos de proteção para efeito de neutralizar os agentes insalubres. 
Constata-se que a decisão recorrida fundamentou-se na inospitalidade do local de 
trabalho, bem como no fato de os empregados não suportarem o uso contínuo e 
prolongado do equipamento, para refutar a conclusão pericial de que o uso do EPI 
neutralizava o agente insalubre.O julgador não está adstrito ao laudo pericial, pois vigora no ordenamento 
jurídico brasileiro o sistema da persuasão racional no campo da valoração 
probatória, a teor do art. 131 do CPC. Note-se que o cerne da questão é saber se o 
julgador poderia ou não infirmar a conclusão do laudo pericial relativamente à 
neutralização dos agentes insalubres. Assim, não tem pertinência a apontada 
violação literal ao art. 191 da CLT, o qual prevê as hipóteses em que ocorrerá a 
 58 
eliminação ou neutralização do agente nocivo à saúde, ressaltando em seu inciso II 
que o uso do equipamento deve diminuir a intensidade do agente nocivo ao nível de 
tolerância. 
 
 
11.2 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. CONTATO COM AGENTES QUÍMICOS. 
 
 
O Regional concluiu que o reclamante estava exposto a agentes químicos 
por laborar na limpeza de banheiros da reclamada. A limpeza e a coleta de lixo em 
residências e escritórios não podem ser consideradas atividades insalubres, ainda 
que constatadas por laudo pericial, porque não se encontram entre as classificadas 
como lixo urbano, na Portaria do Ministério do Trabalho. 
Com efeito, dispondo o artigo 190 da CLT que a elaboração e a aprovação 
do quadro de atividades e operações insalubres é de competência do Ministério do 
Trabalho, a classificação do lixo de banheiro, ou dos produtos químicos utilizados na 
limpeza e manuseados pelo reclamante devem estar enquadrados na norma legal, 
ainda que se configure sua constatação por meio de laudo pericial. 
Este é o entendimento da iterativa, atual e notória jurisprudência desta 
Corte, consubstanciada no Boletim de Orientação Jurisprudencial nº 170 da SDI, 
incorporada à Orientação Jurisprudencial nº 4 da SBDI-1 do TST. (PROC. Nº TST-
RR-431/1999-007-17-00.1) (Tribunal Superior do Trabalho. 4ª Turma. Acórdão do 
Processo Nº 431-1999-7-17-0. Data 09/11/2005). 
Provimento CSM 797/2003 do Conselho Superior da Magistratura 
determina que a nomeação de peritos esteja sujeito a antecipado procedimento de 
habilitação. 
 
 
12 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL – EPI’s 
 
 
Conforme a Norma Regulamentadora NR-6 (Equipamento de Proteção 
Individual) da Portaria nº 3214 de 8 de junho de 1978, do Ministério do Trabalho e 
Emprego, contempla-se como Equipamento de Proteção Individual (EPI) todo 
dispositivo de uso individual dedicado à resguardar a integridade física e a saúde do 
trabalhador. 
Todos os Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s, devem estar 
aprovados nas Normas Técnicas de Ensaios e os Requisitos Obrigatórios 
constantes dos Anexos I e II desta Portaria. (Art. 1º Portaria Nº 121). 
 
“Comprovada, por perícia técnica, a existência do agente insalubre, a 
conseqüência é o direito ao adicional correspondente. À empresa cabe o ônus de, 
além de fornecer o EPI, fiscalizar o seu uso efetivo e correto (TRT-13 - 13 R - Ac. nº 
10147)”. 
 
O empregador é obrigado a equipar os trabalhadores gratuitamente, com 
EPI apropriado ao risco e em perfeito estado de utilização, manutenção e 
funcionamento, nas seguintes situações: 
• Quando as medidas de proteção coletiva se mostrarem tecnicamente 
inviáveis, apresentando insegurança e ineficiência e acarretarem os 
 59 
riscos de acidentes e/ou de doenças profissionais relacionadas ao 
trabalho. 
• Enquanto os controles e meios de proteção coletiva encontrarem-se 
em implementação. 
• Em situações específicas para suprir e atender casos de emergência. 
 
 
12.1 ELIMINAÇÃO OU DIMINUIÇÃO DO GRAU DE INSALUBRIDADE COM O USO 
DE EPI’S. 
 
Apropriadamente o uso correto dos equipamentos de proteção por parte 
dos trabalhadores tem minimizado o grau de insalubridade e em muitos casos 
neutralizando suas conseqüências. Os equipamentos de proteção individual são 
designados pela NR-6 que por Lei estabelece que sejam fornecidos pelos 
empregadores de forma gratuita e obrigatória aos empregados. Contudo a obrigação 
de prover os EPI´s por parte dos empregadores estabelece igualmente obrigação de 
uso pelos empregados. A Lei determina que os equipamentos de proteção individual 
sejam de uso obrigatório por parte dos empregados, e o trabalhador que se negar a 
utilizá-los estabelece pretexto legal para demissão por justa causa. 
A eliminação ou neutralização da insalubridade determinará a cessação 
do pagamento do adicional, podendo a eliminação ou neutralização ocorrer: 
a) com a adoção de medidas de ordem geral, que conservem o ambiente 
de trabalho dentro dos limites de tolerância; 
b) com a utilização de equipamento de proteção individual. 
A eliminação ou neutralização da insalubridade ficará caracterizada através de 
avaliação pericial, por órgão competente, que comprove a inexistência de risco à 
saúde do trabalhador. 
 
 
12.2 LEGISLAÇÃO PERTINENTE AOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO 
INDIVIDUAL. 
 
 
Consta nas Súmulas do Tribunal Superior do Trabalho (Atualizadas pelas 
Resoluções nº 160/2009), parágrafo 80 - Insalubridade (RA 69/1978, DJ 
26.09.1978). Integra em seu texto: “A eliminação da insalubridade mediante 
fornecimento de aparelhos protetores aprovados pelo órgão competente do Poder 
Executivo exclui a percepção do respectivo adicional”. 
Publicado no Diário Oficial da União - Seção 1 - dia 2 de outubro de 2009. 
Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho. Portaria Nº 121, de 30 de 
Setembro de 2009. 
“Estabelece as normas técnicas de ensaios e os requisitos obrigatórios 
aplicáveis aos Equipamentos de Proteção Individual - EPI enquadrados no Anexo I 
da NR-6”. 
O equipamento de proteção individual – EPI criado na Lei 6.514 de 
22/12/77 – Art. 166, 167 – NR-6- Portaria 3214 – 08.06.78 MTE. Alterada pela 
Portaria 25 de 15.10.01 declara que o EPI é de uso pessoal, e tem por desígnio 
neutralizar a ação de agentes que podem acarretar prejuízo ao trabalhador e 
resguardá-lo contra prováveis agravos à saúde ocasionados pelas condições de 
 60 
trabalho. O EPI deve ser de uso limitado e restrito, busca-se em primeiro lugar 
suprimir, paralisar ou atenuar o risco, com adoção de processos alternativos e 
normas de proteção coletiva. Quando o uso do EPI for indispensável é importante 
observar as medidas apropriadas quanto a sua seleção e recomendação, pois o uso 
e o fornecimento são regulamentados pelo MTE. 
As obrigações corretivas ou indicações para a retificação das condições 
inseguras, insalubres e/ou perigosas necessitam enfatizar as medidas de proteção 
coletiva, unicamente determinar o uso do EPI como medida temporária e provisória, 
somente em ações complementares e se já foram esgotadas todas as alternativas 
técnicas possíveis para eliminar o risco. (3.8 - Anexo II, Plano Geral De Ação Na 
Área de Segurança e Saúde do Trabalhador - Da Execução, Portaria N.º 3.311 de 29 
de Novembro de 1989). 
O EPI possui caráter preventivo e é um dispositivo de proteção usado 
quando é improvável a eliminação do risco, pode ser aplicado também quando for 
necessário como complemento a proteção coletiva em tarefas ocasionais e em 
exposições de breve período. 
Nos termos da Súmula nº 289 do TST, o simples provimento do 
equipamento de proteção pelo empregador não o exime da prestação do adicional 
de insalubridade, necessitando-lhe aplicar as medidas que acarretam na redução ou 
supressão da nocividade, entre as ações necessárias estão medidas relativas ao 
uso adequado e eficaz do equipamento, pelo trabalhador. Destaca-se que não basta 
somente fornecer o EPI, é necessário demonstrar o controle, fiscalização e 
treinamento para a correta utilização com seus respectivos registros. 
Indica-se a necessidade do emprego adequado dos EPI’s para suas 
respectivas e apropriadas tarefas perante aos riscos pertinentes que podem 
acarretar no local de trabalho. A neutralização dos riscos por meio do uso do EPI é 
de complexa comprovação, os EPI’s mesmo que aprovados pelo Ministério do 
Trabalho (CA) e usados com supervisão, instruções e normas de uso não garantem 
a sua eficácia, necessitando de uma medição aprofundada. Um dos identificadores 
da eficácia dosEPI’s pode ser constatado por meio das avaliações dos laudos e 
exames periódicos dos trabalhadores. 
A seleção do EPI necessita ser realizado por profissional apto e 
competente, informado sobre as características do equipamento e das qualidades 
em que o trabalho é efetuado. É imprescindível reconhecer as características 
construtivas, qualidades técnicas e especialmente o grau de proteção que o 
equipamento necessita atender. Precisa-se constatar também se o equipamento se 
molda e ajustar satisfatoriamente ao trabalhador e se este se adapta ao 
equipamento. 
A supressão total das atividades e ambientes insalubres, penosos ou 
perigosos é um objetivo impraticável, porém, o empregador, o legislador e as 
autoridades do direito necessitam buscar a redução ou supressão do risco, não 
através de medidas do uso de equipamentos de proteção individual, mas sim por 
modificações do processo e diminuição da jornada de trabalho. Neste caso 
precisamos levar em consideração os princípios de Liliana Allodi Rossit (2001): “a 
solução que nos parece mais adequada não é o pagamento de adicionais e sim a 
redução da jornada de trabalho, com pagamento integral de salário, de tal modo que 
a exposição aos agentes insalubres ou perigosos seja menor, minimizando-se os 
efeitos prejudiciais à saúde dos trabalhadores” 
 
 
 61 
13 CONSIDERAÇÕES SOBRE ATIVIDADES INSALUBRES 
 
 
Súmula 349 - Acordo de compensação de horário em atividade insalubre, 
celebrado por acordo coletivo. Validade (Res. 60/1996, DJ 08.07.1996). Súmulas Do 
Tribunal Superior Do Trabalho (Atualizadas pelas Resoluções nº 160/2009). 
“A validade de acordo coletivo ou convenção coletiva de compensação de 
jornada de trabalho em atividade insalubre prescinde da inspeção prévia da 
autoridade competente em matéria de higiene do trabalho”. (art. 7º, XIII, da CF/1988; 
art. 60 da CLT). 
Tomando por base o artigo 60 da CLT, TÍTULO II DAS NORMAS GERAIS 
DE TUTELA DO TRABALHO, CAPÍTULO II DA DURAÇÃO DO TRABALHO, SEÇÃO 
II Da Jornada de Trabalho, que traz: 
 
Art. 60 – “Nas atividades insalubres, assim consideradas as constantes 
dos quadros mencionados no capítulo "Da Segurança e da Medicina do Trabalho", 
ou que neles venham a ser incluídas por ato do Ministro do Trabalho, quaisquer 
prorrogações só poderão ser acordadas mediante licença prévia das autoridades 
competentes em matéria de higiene do trabalho, as quais, para esse efeito, 
procederão aos necessários exames locais e à verificação dos métodos e processos 
de trabalho, quer diretamente, quer por intermédio de autoridades sanitárias 
federais, estaduais e municipais, com quem entrarão em entendimento para tal fim”. 
Desta forma, as prorrogações, inclusive a prorrogação de jornadas de 
trabalho nos locais insalubres, são permitidas somente após prévia autorização do 
Ministério do Trabalho, que é a autoridade competente em matéria de higiene do 
trabalho. 
Tomando por base o artigo 142 da CLT, CAPÍTULO IV DAS FÉRIAS 
ANUAIS. (Redação deste Capítulo dada pelo Decreto-lei nº 1535, de 13-04-77, DOU 
13-04-77). SEÇÃO IV Da Remuneração e do Abono de Férias, que traz: 
 
Art. 142 - O empregado perceberá, durante as férias, a remuneração que 
lhe for devida na data da sua concessão. 
§ 5º - Os adicionais por trabalho extraordinário, noturno, insalubre ou 
perigoso serão computados no salário que servirá de base ao cálculo da 
remuneração das férias. 
 
Lembrando da proibição legal expressa do labor efetuado pelo menor em 
atividades tidas por insalubres, conforme se vê estatuído no artigo 405, inciso I da 
CLT, “Ao menor não será permitido o trabalho: I - nos locais de serviços perigosos 
ou insalubres”, bem como na Carta Magna vigente, nos termos do artigo 7º, XXXIII, 
conforme segue: “São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros 
que visem à melhoria de sua condição social: a proibição de trabalho insalubre aos 
menores de dezoito anos”. 
 
 
 
 
 
 
 
 62 
13.1 GRAUS DE INSALUBRIDADE 
 
 
Defini-se de acordo com o que aponta a tabela de graus de insalubridade, 
combinada com os anexos da NR-15, sendo três graus: máximo, médio e mínimo. 
Para o grau máximo, o adicional de insalubridade é de 40%, para o grau médio é de 
20% e para o grau mínimo é de 10%, sobre o salário mínimo. 
De acordo com o artigo 7°, XXIII, da Constituição F ederal, existe o 
entendimento de que o adicional seria calculado sobre a remuneração do 
empregado e não sobre o salário mínimo. 
Segundo Araújo, a NR-15 estabelece dois tipos de critérios para 
caracterização da insalubridade: quantitativos e qualitativos. 
No critério quantitativo configura-se a insalubridade quando a 
concentração do agente de risco encontra-se acima dos limites de tolerância 
estabelecidos pelos anexos 1, 2, 3, 5, 8,11 e 12 da NR-15. 
No critério qualitativo a insalubridade é caracterizada por avaliação pericial 
da exposição ao risco, pelo inspeção da situação de trabalho para os agentes 
listados nos anexos 6, 7, 9, 10,13, 13-A e 14 da NR-15. 
Exemplificando: O anexo 5 trata sobre radiações ionizantes e é 
considerada de grau máximo. O anexo 7 versa sobre radiações não ionizantes e é 
considerado de grau médio. O anexo 11 apresenta os agentes químicos, e pode ser 
considerado de grau mínimo, médio e máximo, conforme o agente. 
 
 
13.2 ENQUADRAMENTO DA INSALUBRIDADE 
 
 
13.2.1 AGENTES NOCIVOS 
 
 
Podemos considerar como agentes agressivos ou nocivos: ruído, calor, 
agentes químicos, agentes biológicos, trabalho em turnos, horas extras freqüentes, 
trabalho noturno, tarefas uniformes ou periódicas. Na realidade é a junção ou a 
multiplicação destes agentes que ocasionam para o trabalhador implicações 
diversas, como o descontentamento, cansaço, fadiga, estresse, doenças 
ocupacionais e até acidentes de trabalho. 
A classificação dos agentes nocivos ou a associação de agentes 
prejudiciais à saúde ou à integridade física, bem como o tempo de exposição 
considerado para fins de concessão de aposentadoria especial constam do Anexo IV 
do Decreto nº 3.048/99 - Regulamento da Previdência Social. 
Conforme o item 9.1.5 da NR-9 “Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientais - PPRA” descreve-se como riscos ambientais os agentes físicos, 
químicos e biológicos encontrados nos ambientes de trabalho, que em função de 
sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de 
trazer detrimento à saúde do trabalhador. Necessita-se ressaltar as tabelas das 
atividades e operações insalubres - Portaria 3.214/78 do MTB - NR 15 - Ministério do 
Trabalho e Emprego. 
A higiene ocupacional é uma ciência dedicada à prevenção, 
reconhecimento, ponderação e domínio dos riscos originários, existentes ou 
provenientes dos postos de trabalho, que são capazes de prejudicar a saúde e o 
 63 
bem estar dos trabalhadores, analisando os possíveis transtornos sobre o 
trabalhador e o ambiente de trabalho. 
 
13.2.2 RISCOS AMBIENTAIS 
 
Para efeito da NR-9, item 9.1.9, que trata do PPRA/DA, “são considerados 
riscos ambientais os agentes físicos, químicos e biológicos que, em função de sua 
natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de 
causar danos à saúde do trabalhador.” 
De acordo com a IN-99/2003, artigo n. 150, os agente nocivos são 
considerados condições específicas que declinam e depreciam a saúde e a 
integridade física do trabalhador, conforme consta no Decreto n. 3048, de 06 de 
maio de 1999, a presença aos agentes nocivos químicos, físicos ou biológicos ou a 
associação desses agentes, em concentração, magnitude e tempo de exposição que 
supere os limites de tolerância ou que acarrete o contagio em condições prejudiciais 
à saúde. 
 
13.2.3 AGENTES FÍSICOS 
 
 
De acordo com o item 9.1.5.1 da NR-9, consideram-se agentes físicos as 
diversas formas de energia a que possam estar expostos os trabalhadores. 
São os riscos provenientes dos agentes que possuem a decorrência de 
alterar as características físicas do ambiente de trabalho. Por exemplo, máquina quegeram muito ruído, e com isso provocam a emissão de ondas sonoras que alteram a 
pressão acústica do ambiente e que incide prejudicialmente sobre os ouvidos dos 
trabalhadores. 
Os riscos físicos se caracterizam por: exigirem um meio de transmissão 
(em geral o ar) para propagarem sua nocividade, agirem mesmo sobre pessoas que 
não têm contato direto com a fonte do risco e em geral ocasiona lesões crônicas, 
mediatas. 
São agentes físicos: ruído, vibrações, pressões anormais, temperaturas 
extremas (frio ou calor), radiações ionizantes e não ionizantes, umidade; bem como 
o infra-som e ultra-som. 
 
 
13.2.4 AGENTES QUÍMICOS 
 
 
De acordo com o item 9.1.5.2 da NR-9, entende-se por agente químico as 
substâncias, compostos ou produtos que possuem a capacidade de penetrar no 
organismo pelas vias respiratórias, na forma de poeiras, fumos, neblinas, névoas, 
gases ou vapores, ou que, pela característica da atividade de exposição, pode 
 64 
apresentar contato ou serem absorvidos pelo trabalhador através da pele ou por 
ingestão. 
Os agentes químicos são representados pelas substâncias químicas que 
se encontram nas formas líquida, sólida e gasosa. Existe um grande número de 
produtos e substâncias intensamente empregadas ou produzidas no meio industrial, 
uma multiplicidade muito grande de novos agentes químicos são desenvolvidos 
rotineiramente, devido à constante aprimoramento de novos processos. Quando 
adsorvidos pelo corpo humano podem causar reações tóxicas e lesão à saúde. 
Ressaltam-se as doenças pulmonares, as irritações das vias aéreas superiores, 
enxaquecas, asbestose, náuseas, sonolência, silicose e pneumoconiose, dentre 
outras. Substâncias que reagem quimicamente com o organismo humano 
provocando lesões mediatas ou imediatas, dependendo da: composição, 
concentração, via de penetração e tempo de exposição. 
São agentes químicos: poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases, vapores, 
substância sou compostos ou produtos químicos em geral, absorvidos por via 
respiratória, pela pele ou pelo trato gastrointestinal (ingestão) com ação nociva; 
 
 
13.2.5 AGENTES BIOLÓGICOS 
 
Conforme descreve o item 9.1.5.3 da NR-9, consideram-se agentes 
biológicos os microorganismos que são capazes de desencadear doenças em 
decorrência da contaminação e pela própria natureza do trabalho. Por decorrência 
possuem a capacidade de proliferar doenças infecto-contagiosas, como exemplo a 
hepatite. Infecções variadas externas, exemplo: dermatites, e internas, como 
exemplo: doenças pulmonares. Podem ainda proporcionar infecções cutâneas ou 
sistêmicas, podendo ocasionar contágio. Como são raramente visíveis, os riscos que 
comportam nem sempre são considerados. A insalubridade é caracterizada por 
avaliações qualitativas nas atividades que envolvem agentes biológicos, 
São agentes biológicos: bactérias, fungos (leveduras e bolores), parasitas, 
protozoários, vírus e outros microrganismos com ação patogênica; 
A legislação relacionou e definiu os percentuais devidos no exercício de 
atividades que envolvem agentes biológicos. 
A insalubridade será caracterizada pela avaliação qualitativa, do seguinte 
modo: 
a) Insalubridade de Grau Máximo (40%): Trabalhos ou operações, em 
contato permanente, com: 
– pacientes em isolamento por doenças infecto-contagiosas, bem como 
objetos de seu uso não previamente esterilizados. 
– carnes, glândulas, vísceras, sangue, ossos, couros, pêlos e dejeções de 
animais portadores de doenças infecto-contagiosas (carbunculose, brucelose, 
tuberculose). 
– esgotos (galeria e tanques); e 
– lixo urbano (coleta e industrializaçã o). 
 
b) Insalubridade de Grau Médio (20%): Trabalhos e operações em contato 
permanente com pacientes, animais ou com material infecto-contagiante, em: 
– hospitais, serviços de emergência, enfermarias, ambulatórios, postos de vacinação 
 65 
e outros estabelecimentos destinados aos cuidados da saúde humana (aplica-se 
unicamente ao pessoal que tenha contato com os pacientes, bem como aos que 
manuseiam objetos de uso desses pacientes, não previamente esterilizados); 
– hospitais, ambulatórios, postos de vacinação e outros estabelecimentos 
destinados ao atendimento e tratamento de animais (aplica-se apenas ao pessoal 
que tenha contato com tais animais); 
– contato em laboratórios com animais destinados ao preparo de soro, 
vacinas e outros produtos; 
– laboratórios de análise clínica e histopatologia (aplica-se tão-só ao 
pessoal técnico); 
– gabinetes de autópsias, de anatomia e histoanatomopatologia (aplica-se 
somente ao pessoal técnico); 
– cemitérios (exumação de corpos); 
– estábulos e cavalariças; e 
– resíduos de animais deteriorados. 
Contato permanente com pacientes, animais ou material infecto-
contagiante é o trabalho resultante da prestação de serviço contínuo e obrigatório, 
decorrente de exigência firmada no próprio contrato de trabalho, com exposição 
permanente aos agentes insalubres. 
 
 
14 AVALIAÇÃO PERICIAL - INSALUBRIDADE: PORTARIA Nº 3214, DE 08.06.78 
 
 
Além da avaliação pericial da exposição aos agentes nocivos, deverá ser 
efetuada também a inspeção da situação de trabalho para os agentes listados nos 
seguintes anexos: 
 
• Ruído contínuo ou intermitente - NR-15 anexo 1. 
• Ruídos de impacto - NR-15 anexo 2. 
• Calor - NR-15 anexo 3. 
• Radiações ionizantes - NR-15 anexo 5. 
• Trabalho sob condições hiperbáricas (grau máximo) NR-15 anexo 6. 
• Radiações não ionizantes - (grau médio) NR-15 anexo 7. 
• Vibrações - NR-15 anexo 8. 
• Frio (grau médio) NR-15 anexo 9. 
• Umidade excessiva (grau médio) NR-15 anexo 10. 
• Agentes químicos com limites de tolerância - NR-15 anexo 11. 
• Poeiras minerais - NR-15 anexo 12. 
• Agentes químicos (sem limites de tolerância) (grau mínimo, médio e 
máximo) NR-15 anexo 13. 
• Agentes biológicos - NR-15 anexo 14. 
 
Para a caracterização de insalubridade, indicam-se as devidas medições 
informando os pontos e locais das mesmas e o equipamento utilizado, com o 
objetivo de enriquecimento deste laudo e oferecer mais informações técnicas. 
 
 
 66 
 
15 LEVANTAMENTO TÉCNICO PARA AVALIAÇÃO AOS RISCOS AMBIENTAIS. 
 
 
A avaliação da exposição aos riscos ambientais pelos trabalhadores foram 
abordadas neste tópico de maneira que venham a colaborar em relação às vistorias 
aos postos trabalho, onde o perito designado realiza os levantamentos dos riscos 
potenciais que provocam perigo ao trabalhador, com aporte na NR-15 e na Lei 
6.514, aprovada pela Portaria 3.214/78. 
No Anexo ___ consta modelo de apresentação de laudo técnico para 
julgamento da insalubridade que mostra assunto pertinente a avaliação da 
exposição aos riscos ambientais com seus respectivos limites de tolerância para 
ruído contínuo ou intermitente, ruídos de impacto, calor, radiações ionizantes, 
trabalho sob condições hiperbáricas, radiações não ionizantes, vibrações, frio, 
umidade, agentes químicos com limites de tolerância, poeiras minerais, agentes 
químicos, agentes biológicos. 
 
 
 
15.1 LIMITE DE TOLERÂNCIA 
 
 
Definição da ACGIH (American Conference of Governmental Industrial 
Hygienists): “Os limites de exposição referem-se a concentrações de substâncias 
químicas dispersas no ar, bem como a intensidade de agentes físicos de natureza 
acústica, eletromagnética, ergonômica, mecânica e térmica, e representam 
condições às quais se acredita a maioria dos trabalhadores possa estar exposta, 
repetidamente, dia após dia, sem sofrer efeitos adversos à saúde”. 
Definição da NR 15: “Entende-se por limite de tolerância a concentração 
ou intensidade máxima ou mínima, relacionada com a natureza e o tempo de 
exposição ao agente, que não causará dano à saúde do trabalhador durante a sua 
vida laboral”. 
Conhecer o grau de dano do agente de risco é fundamental para 
estabelecer prioridades de ação. Portanto, é preciso conhecer os limites de 
tolerância e a toxicidade dos agentes. 
 
 
15.1.2 LIMITE DE TOLERÂNCIA PARA ILUMINAÇÃO 
 
 
Os limites de tolerância relacionadosà iluminação era contemplada na NR 
15 Anexo 4, que foi revogado pela Portaria 3.751, de 13/11/1990. Atualmente é parte 
integrante da NR 17. A iluminação não é considerada agente físico, segundo os 
critérios da NR 15 para fins de caracterização de insalubridade. 
De acordo com a Norma Regulamentadora Nº 17, item 17.5.3.3. Os níveis 
mínimos de iluminamento a serem observados nos locais de trabalho são os valores 
de iluminâncias estabelecidas na NBR 5413, norma brasileira registrada no 
INMETRO. 
 
 
 67 
15.1.3 LIMITE DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO 
 
 
Conceito de limite de tolerância para ruído: Parâmetro de exposição 
ocupacional que representa condições sob as quais se acredita que a maioria dos 
trabalhadores possa estar exposta, repetidamente, sem sofrer efeitos adversos à 
sua capacidade de ouvir e entender uma conversação normal. 
 
 
15.1.4 PRESSÃO ACÚSTICA / RUÍDO CONTÍNUO OU INTERMITENTE 
 
Para pressão acústica ruído contínuo ou intermitente fundamenta-se o 
Anexo 01, da NR-15, que trata dos limites de tolerância. Para a obtenção das 
medidas do nível da pressão acústica, analisa-se a área de trabalho do reclamante 
empregando o equipamento cdenominado de decibelímetro, na altura aproximada 
do ouvido do trabalhador. Utiliza-se o decibelímetro informando no laudo a sua 
marca, modelo e número de série, podendo ser utilizado equipamento eletrônico ou 
dosimetria. O aparelho deverá ser ajustado para o circuito de compensação ‘A’ e 
circuito de resposta lenta. O instrumento de medição necessitará ser manipulado e 
calibrado de acordo com as instruções do fabricante. 
 
 
15.1.5 PRESSÃO ACÚSTICA / RUÍDO DE IMPACTO 
 
Para pressão acústica ruído de impacto fundamenta-se o Anexo 02, da 
NR-15. Para o levantamento das medidas do nível da pressão acústica percorre-se 
a área de trabalho do reclamante empregando o decibelímetro, na altura aproximada 
do ouvido do trabalhador, o trabalhador deverá estar realizando as suas atribuições 
normalmente e na ocasião do impacto rotineiro ou previsível. O aparelho deverá ser 
ajustado para o circuito de compensação ‘C’ e circuito de resposta rápida. Utiliza-se 
o decibelímetro informando no laudo a sua marca, modelo e número de série, 
podendo ser utilizado equipamento eletrônico ou dosimetria. O instrumento 
necessitará ser manipulado e calibrado de acordo com as instruções do fabricante. 
 
 
15.1.6 LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA EXPOSIÇÃO AO CALOR. 
 
 
Fundamenta-se no Anexo 03, da NR-15. Para a caracterização da 
sobrecarga térmica visando à caracterização de atividades e/ou operação insalubre 
no local de trabalho, localiza-se o termômetro para a medição no local onde 
permanece o trabalhador que executa a mesma função do reclamante, na altura 
aproximada da região do corpo mais atingida. 
Utiliza-se o termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo e 
termômetro de mercúrio comum. Utiliza-se o termômetro apontando no laudo a sua 
marca, modelo e número de série. O aparelho deverá ser calibrado de acordo com 
as instruções do fabricante. 
 
 
 68 
16 CONSIDERAÇÕES PARA A ELABORAÇÃO E APRESENTAÇÃO DE LAUDOS 
PERICIAIS. 
 
 
Uma vez nomeado, o perito deve examinar os autos e estimar seus 
honorários. Essa primeira fase compreende a leitura dos autos identificando a 
petição inicial (exordial), a réplica do réu/reclamado, conferindo especial atenção à 
decisão do juízo e aos quesitos que deverão ser respondidos. Na fase do 
Planejamento os seguintes tópicos são de relevância: 
 
• Verificar quem são as partes envolvidas 
• Verificar se o objeto da perícia é sua competência. 
• Levantar documentos apensados 
• Verificar o nº de quesitos e sua natureza. 
• Prazo para entrega do Laudo 
• Indicação de Assistentes Técnicos 
• Diligências necessárias 
• Local de realização da perícia 
• Grau de acesso aos elementos necessários 
• Volumes do processo 
• Necessidade de equipe auxiliar 
• Necessidade de consulta a legislação 
• Definição dos procedimentos a serem utilizados 
• Quantificação de horas para realização do trabalho. 
• Estimar o custo da elaboração do laudo 
 
Eventual recusa de acesso a documentos ou outras dificuldades devem 
ser comunicadas formalmente ao juízo. O trabalho do perito é técnico e não policial. 
A documentação e registro de todas as fases são importantes para ajustes no 
planejamento e eventual justificativa de solicitação de extensão de prazo. 
 
17 ESTRUTURA DO LAUDO TÉCNICO PERICIAL 
 
 
O Laudo Técnico deve ocorrer fora da esfera da Justiça. Dentre os itens 
de um Laudo Técnico Pericial, a fundamentação dos pareceres é de suma 
importância. Na interpretação das leis e normas, pode-se recorrer a técnicas 
existentes, tais como: interpretação gramatical, lógica, histórica, jurisprudência, 
direito comparado e outros. 
 
O Laudo Pericial deve ter no mínimo os seguintes itens: 
 
• Identificação do processo e das partes. 
• Síntese do Objeto da Perícia. 
• Metodologia adotada para os trabalhos periciais. 
• Identificação das diligências realizadas. 
• Transcrição dos quesitos. 
 69 
• Respostas aos quesitos. 
• Conclusão. 
• Outras informações, a critério do perito, entendidas como 
importantes para melhor esclarecer ou apresentar o Laudo Pericial. 
• Rubrica e assinatura do perito, que nele fará constar sua categoria 
profissional e o seu número de registro em CREA. 
 
 
17.1 SUGESTÕES DAS ETAPAS PARA A ELABORAÇÃO DE LAUDO PERICIAL. 
 
 
• PLANO 1: Conhecer o objeto da perícia. 
 
Evento 1 - Identificar os fatos objeto de pedir da ação e da contestação. 
Evento 2 - Analisar os quesitos ofertados e confrontá-los com o objeto da 
perícia deferida pelo magistrado. 
 
• PLANO 2: Obter Elementos - Termo de diligência. 
 
Evento 1 - Elaboração do termo de diligência. 
Evento 2 - Retorno de pedido às partes. 
Evento 3 - Obtenção de elementos com terceiros. 
Evento 4 - Pedido de prazo e elementos ao Magistrado. 
 
• PLANO 3: Estruturar o Laudo Pericial. 
 
Evento 1 - Elaboração do laudo. 
Evento 2 - Prólogo de encaminhamento. 
Evento 3 - Abertura. 
Evento 4 - Considerações preliminares. 
Evento 5 - Quesitos. 
Evento 6 - Respostas. 
Evento 7 - Conclusões. 
Evento 8 - Assinatura do Perito. 
Evento 9 - Anexos. 
Evento 10 - Pareceres. 
 
 
17.2 FLUXO DO LAUDO PERICIAL 
 
 
1. Litígio. 
2. Pedido da perícia. 
3. Nomeação do perito do judicial. 
4. Intimação das partes para apresentar os quesitos. 
5. Apresentação do assistente pericial. 
6. Convocação do perito. 
7. Para proposta de honorários. 
8. Apresentação da proposta de honorários do perito judicial. 
9. Comunicação as partes pelo juízo para contestação. 
 70 
10. Não havendo contestação é dado prazo para depósito dos honorários 
pela parte de direito. 
11. Marcado prazo para início da perícia. 
12. Início da perícia. 
13. Realização de diligências. 
14. Apresentação do laudo. 
15. Solicitação da liberação dos honorários. 
 
 
O Laudo Técnico Pericial deve ser claro, objetivo, fundamentado e 
conclusivo. Todos os dados e elementos que o perito julgar importantes e possam 
contribuir efetivamente para o convencimento do juiz devem ser levantados. 
O juiz, em sua decisão, na falta de disposições legais ou contratuais, pode 
recorrer à jurisprudência, analogia, equidade e outros princípios e normas gerais do 
Direito (principalmente o Direito do Trabalho) e, ainda, de acordo com os usos e 
costumes e o Direito Comparado (art. 8º da CLT). 
Já o perito, na interpretação das leis e normas, especialmente daquelas 
que determinam a avaliação qualitativa do agente, deverá recorrer aos princípios e 
normas da Higiene Industrial e da Segurança e Medicina do Trabalho para o correto 
enquadramento da insalubridade. 
 
1- Critério adotado: 
O perito deve mencionar a legislação, normas, etc., em que se baseou 
para a elaboração da prova pericial (critério qualitativo e/ou quantitativo). 
 
2- Instrumentos utilizados: 
Todos os instrumentos utilizados nas medições devem ser especificados 
no Laudo Técnico 
Pericial, incluindo marca, modelo, tipo,fabricante, faixas de leitura, 
certificado de calibração, etc. 
 
3- Metodologia de avaliação: 
A metodologia utilizada na avaliação deve ser descrita sucintamente no 
Laudo Técnico Pericial. A NR 15 e seus anexos estabelecem metodologia 
simplificada de avaliação, especialmente para os critérios qualitativos. Também 
poderá ser utilizada a metodologia prevista na Portaria n.º 3.311 de 29.11.1989. 
 
4- Descrição da atividade e condições de exposição: 
O perito deve descrever detalhadamente as atividades desenvolvidas pelo 
reclamante, bem como os locais de trabalho com os respectivos agentes insalubres / 
perigosos presentes. Para tanto, poderá utilizar-se de informações do pessoal das 
áreas, ouvir testemunhas, verificar documentos, fazer fotografias, etc. (art. 429 - 
CPC). 
 
5- Dados obtidos: 
Todos os dados relativos aos locais de trabalho e a exposição do 
empregado devem ser especificados de forma objetiva e clara. Esses dados devem 
incluir resultados de avaliações quantitativas, tempo de exposição, certificados de 
análises químicas, áreas de risco, croquis, tabelas e gráficos necessários à 
compreensão do laudo. 
 71 
 
6- Grau de insalubridade: 
Quando constatada a insalubridade, o perito deve informar o seu grau 
(mínimo, médio ou máximo), que é variável de acordo com o agente insalubre. 
 
7- Resposta aos quesitos formulados pelas partes: 
São de suma importância os quesitos formulados pelas partes. O perito 
deve estudá-los cuidadosamente antes de realizar a prova pericial e procurar 
respondê-los de maneira objetiva e fundamentada. Devem ser evitadas respostas 
lacônicas, a menos que as mesmas tenham sido respondidas no corpo do laudo ou 
outros quesitos. Deve-se salientar, ainda, que os juízes decidem com base no Laudo 
Técnico Pericial; por esse motivo, o Laudo Técnico Pericial deverá ser bastante 
claro, objetivo e fundamentado, no sentido de facilitar seu julgamento e decisão. 
 
8- Conclusão pericial: 
Neste item o perito deverá explicitar claramente se a atividade analisada 
foi ou não considerada insalubre ou perigosa. Em caso positivo, deverá também ser 
mencionado o grau de insalubridade e o embasamento legal. (Manual: Prova 
Pericial em Insalubridade e Periculosidade) 
 
 
17.3 ETAPAS DE APRESENTAÇÃO DO LAUDO PERICIAL. 
 
 
1) Primeiro requerimento: 
• Endereçamento ao juiz a quem é dirigida, disponibilizar um campo 
para o despacho. 
• Inclui-se o número dos autos indicando se é RT (Reclamação 
Trabalhista), PS (Procedimento Sumaríssimo), ou outro. 
• Inclui-se o código da petição (disponível no Serviço de Distribuição). 
• Mencionar o nome do reclamante e o nome do reclamado. 
• Incluir o nome do perito mencionando o seu registro junto ao 
Ministério do Trabalho e do CREA regional de sua inscrição, 
• Indicar a data, horário e local da perícia. 
• Datar a petição. 
• Assinar a petição. 
 
2) Após a realização da perícia; 
• Providenciar uma petição apresentando o laudo. 
• O cabeçalho é o já exposto no primeiro requerimento 
• Na petição será evidenciado que o laudo esta sendo apresentando, 
com laudas impressas, numeradas e rubricadas, e fotografias se existirem. 
• Quando não requerido anteriormente pelo juiz, o perito pode postular 
os honorários devidos citando o valor ou anexando-se uma planilha com o 
demonstrativo descriminando os honorários. (Anexos). 
 
 72 
3) O corpo do laudo pericial e a petição descrita no item anterior é 
distribuído conforme o trabalho do perito, de acordo com o que é interessante na 
solução do litígio. 
 
Demonstra-se como sugestão de valiosa importância, alguns pontos 
abaixo relacionados para elaboração do Laudo Pericial: 
 
• Objetivo da Pericia: De forma objetiva esclarecer o motivo da 
realização da perícia. 
• Visita Pericial: Informar o local e a data em que a perícia foi 
realizada. Informar também o nome e função das pessoas que 
acompanharam a mesma. 
• Reclamada: Informar o nome da empresa ré, e se possível a 
finalidade do empreendimento. Com base nesta finalidade deve-se 
conjuntamente com este item indicar o grau de risco da empresa. 
• Reclamante: Indicar o nome do autor, função e período trabalhado 
na empresa. 
• Descrição das Atividades: Informar as obrigações e atividades que o 
reclamante exercia na empresa. 
• Descrição do Local de Trabalho: Apresentar e descrever o local de 
trabalho, com suas condições, possíveis medidas, se possível relacionar 
fotografias. 
• Identificar e descrever os equipamentos envolvidos na atividade do 
empregado. 
• Averiguar o cumprimento da NR 7 (PCMSO) e NR 9 (PPRA) através 
de registros e documentos, analisando em cada caso a caracterização e a 
avaliação da atividade do trabalhador reclamante em cada um destes 
programas. 
• Descrever os Equipamentos de Proteção Individual utilizados pelo 
reclamante, verificar a ficha de fornecimento, CA e reposição, assinada 
pelo reclamante onde identifica o tipo, nível de proteção, certificado de 
aprovação e fabricante. 
• Se a empresa ministrava treinamento, esta informação deve ser 
mencionada pelo perito que se certificará através dos registros 
documentais. 
• Averiguar precisamente as argumentações das partes para análise 
do adicional, enquadramento legal, informando qual parte da NR é 
aplicável ao caso. Mencionar os aspectos técnicos se existirem, como 
sistema de ventilação, sinalização, filtros, aquecimento, pintura, etc. 
• Verificar a existência de trabalho semelhante. Trabalhador 
realizando a mesma tarefa com as mesmas funções que o reclamante 
executava. 
• Avaliar o risco ambiental para o trabalhador. 
• Descrever nas considerações finais, em poucos parágrafos, as 
conclusões e afirmar se o trabalhador tem direito ao adicional de 
insalubridade, mencionar o grau, enquadrando-se no dispositivo legal, 
datar e assinar. 
 
 
 73 
 
17.4 FORMULAÇÃO DE QUESTIOS PARA A ELABORAÇÃO DE LAUDOS 
PERICIAIS. 
 
Quesitos são perguntas de caráter técnico ou científico que deverão ser 
discorridas pelo perito. São valorizadas pelo juiz, pois mitigam contestações, 
discussões e diligências dispensáveis ou prolongadas. 
A elaboração dos quesitos encontra-se profundamente ligados com a 
natureza do processo e a aquisição das provas técnicas para auxiliar o 
entendimento de convicção do juiz. Esclarece-se que em função das 
particularidades que o tema discorre os quesitos encontram-se agrupados por 
natureza de questionamento: 
 
1. Ações de insalubridade contemplando ações de cobrança de 
adicionais por ruídos, por agentes biológicos, agentes químicos e agentes múltiplos. 
2. Ações de Acidentes de Trabalho que servem de subsídios para o 
uso de ações de cobrança de insalubridade e periculosidade. 
3. Ações previdenciárias que possuem uma visível analogia com as 
ações de insalubridade e periculosidade. 
 
Balizaremos nesta dissertação as ações de laudos periciais com 
similaridade e analogia as ações de insalubridade. 
Para sistematizar todas as ações a serem abordadas e para o melhor 
direcionamento ou para serem adaptadas as necessidade que cada caso requer, 
seguem questionamentos ordenados de forma a assessorar a elaboração dos 
laudos periciais. 
Quesitos principais: quesitos suplementares, pedido de esclarecimento, 
quesito indeferido, quesitos pertinente, quesitos impertinentes. 
 
1. Questionamentos sobre o cumprimento da legislação específica de 
segurança do trabalho. 
2. Questionamentos sobre as condições de trabalho. 
3. Questionamentos sobre os treinamentos e/ou orientações recebidos 
pelo autor. 
4. Detalhamento sobre as condições e conjunturas de acidente. 
5. Questionamentos sobre o uso e o fornecimento de equipamentos de 
proteção individual – EPI’s. 
6. Questionamento sobre as ocasionais exposições de riscos. 
7. Questionamentos sobre medidas preventivas de acidentes. 
8. Questionamentos sobre ações inseguras cometidas pelo acidentado. 
9. De aplicação genérica. 
 
 
18 QUESITOS PARA INSALUBRIDADE. 
 
 
01. Informar as datas de admissão e demissão do reclamante. 
02.Informar a jornada de trabalho do reclamante. 
03. Informar a função exercida pelo reclamante no período imprescrito. 
04. Descrever detalhadamente o local de trabalho do reclamante. 
 74 
05. Informar o dia da vistoria técnica, o horário do início e término, bem 
como o nome e função dos acompanhantes. 
06. Descrever detalhadamente todas as atividades desenvolvidas pelo 
reclamante; 
07. Informar qual o nível de ruído a que ficou exposto o reclamante. 
08. Descrever o instrumento de medição utilizado, informando ainda se o 
mesmo encontra-se devidamente calibrado. 
09. Informar se o reclamante ficava exposto a agentes químicos 
constantes do quadro nº1, do anexo nº 11, da NR/15, Portaria 3214/78 do Ministério 
do Trabalho. 
10. Informar se a reclamada forneceu EPI’s ao reclamante. 
11. Caso positivo, descrevê-los. 
12. Informar o registro e função do empregado visualizado como 
paradigma do reclamante. 
13. Descrever os equipamentos de proteção individual que o empregado 
acima citado utilizava por ocasião da vistoria técnica. 
14. Avaliar o artigo 191 - II da CLT, quanto à alínea “b” do item 15.4.1 da 
NR/15, da Portaria 3214/78 do Ministério do Trabalho determinam que “A eliminação 
ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer com a utilização de equipamento 
de proteção individual”. 
15. Informar se o reclamante, laborou em condições insalubres justificando 
a sua conclusão. 
 
 
18.FORMULAÇÃO DE QUESITOS: EFEITO DA PERCEPÇÃO DO ADICIONAL DE 
INSALUBRIDADE 
 
 
• O profissional necessita conduzir sua perícia para convergência dos 
aspectos técnicos composto no documento processual pertinente. É insalubre o que 
a legislação dita como insalubre. 
• A conclusão sobre a prerrogativa ou não à concepção do adicional 
de insalubridade é da alçada exclusiva do julgador. 
• Variar a relação técnica em analogia jurídica desviar-se ao domínio 
de competência do perito, sendo da jurisdição específica do magistrado. 
• As apreciações técnicas entre as condições examinadas na 
localidade de trabalho e as prescritas legalmente necessitam ser apontadas e 
dissertadas minuciosamente no laudo pericial de maneira a dirimir dúvidas e elucidar 
a afirmação do magistrado. 
• Todo laudo técnico é singular, as provas e técnicas precedentes 
necessitar ser utilizadas com extrema prudência. 
• Ao avaliar o uso dos EPI’s, o perito precisa concentrar sua atenção 
nos equipamentos que possuem ligação real e concreta com os agentes nocivos 
considerados. Outros EPI’s que não dizem respeito a analise do agente nocivo em 
pauta, mesmo que tenha relevância para indicar a apropriada política de segurança 
da empresa, devem ser desconsiderados. 
• Toda perícia técnica é um prática singular para o profissional que a 
elabora, devem-se levar em consideração todos os dados e subsídios adquiridos, 
até mesmo as informações provenientes dos assistentes técnicos. 
 
 75 
No escopo de um melhor entendimento a respeito da laboração de laudos 
periciais ressalta-se a importância do uso das terminologias apropriadas de autor ou 
reclamante, réu ou ré, reclamada ou reclamado. 
Ação plúrima é a litígio jurídico onde são múltiplos os reclamantes, ou em 
decorrência de substituição processual, quando o sindicato autor substitui os 
empregados, necessitando serem todos os trabalhadores envolvidos identificados na 
ação jurídica, com a indicação da ocorrência de cada um. 
Na elaboração do laudo pericial, ou ainda na sua conclusão, o perito 
jamais deve recomendar qual a base de cálculo do adicional que está avaliando, 
visto que este julgamento é do magistrado. Por exemplo, caso o perito contemplar 
pela presença de insalubridade, deve meramente corroborar tal ocorrência e não 
citar se o adicional é de 30% sobre o salário ou sobre determinados tributos. Se o 
perito contemplar a presença de insalubridade no ambiente de trabalho, 
simplesmente deve ratificar tal ocorrência e mencionar qual é o grau de 
insalubridade: mínimo, médio ou máximo e não fazer referência se é de 10%, 20% 
ou 40% sobre o salário base, salário mínimo, salário contratual ou sobre a 
remuneração. 
As respostas aos quesitos do juízo e dos autores / reclamantes ou réus / 
reclamados devem obedecer aos prazos e serem pautadas em exames realizados 
em diligências e formalizadas em laudo. Os tipos de exames podem ser assim 
classificados: 
• Vistoria: verificação e constatação de situação, coisa ou fato 
circunstancial; 
• Indagação: obtenção de testemunho de conhecedores do objeto da 
perícia. 
• Investigação: busca da elucidação de fatos velados; 
• Arbitramento: determinação de valore em controvérsia sempre 
baseado em critérios técnicos; 
• Avaliação: determinação do valor de coisas, bens, direitos, 
obrigações, despesas e receitas, 
• Certificação: autenticidade conferida ao laudo pericial em virtude da 
fé pública gozada pelo perito. 
 
18.1 QUESITOS IMPERTINENTES 
 
 
Compete ao juiz indeferir quesitos impertinentes, formular os que 
entenderem necessários ao esclarecimento da causa. Não deve o perito subordinar 
sua apreciação a fatos, pessoas, situações ou efeitos. Sob pena de invalidar a lisura 
de seu trabalho pelo cerceamento da necessária independência. Resumindo, a 
postura do perito deverá se caracterizar por: 
• Limitação da matéria a ser examinada; 
• Pronunciamento restrito às questões 
• Meticuloso e eficiente exame de campo pré fixado; 
• Escrupulosa referência ao objeto examinado; 
• Imparcialidade de pronunciamento, e, 
 76 
• O perito deve exibir uma correção funcional, evidenciando 
conhecimento adequado e aplicado de maneira objetiva na resposta aos quesitos. 
Especial trato deve ser aplicados na redação de comentários, sempre pertinentes, 
importantes e isentos. A correção pode ser comprometida pela inobservância de 
revisões e a observação pelo magistrado de deslizes deixados no laudo. 
• A concisão é a grande qualidade do trabalho que jamais será 
medido pelo volume: um laudo prolixo só depõe contra seu autor. 
 
19 NOMEAÇÃO 
 
A nomeação do perito deverá decorrer de contato pessoal, formal, adrede 
marcado nas dependências e durante o expediente do Fórum, mediante 
apresentação de currículo e referências profissionais. Nomeação e manutenção de 
perito requer procedimento diligente, digno e confiável. Muitos juízes mantêm 
registros pessoais sobre a qualidade dos trabalhos individuais de peritos, sobretudo 
no que concerne aos prazos observados, objetivando orientar suas nomeações. Tais 
registros são comungados pela comunidade de magistrados, pois uma má 
nomeação atinge, também, a pessoa e a carreira do juiz. 
Nada deve ser antecipado às partes: o laudo é endereçado ao juiz que 
nomeou o perito. Seu dever se resume em: 
 
• Realizar as diligências obrigatórias (art. 429 do CPC); 
• Elaborar o laudo e apresentá-lo em juízo (art.433), e 
• Se necessário, prestar esclarecimentos em audiência (art. 435). 
 
Acertos cartorários pleiteando nomeações é grave falta contra a 
honestidade de propósitos do perito. 
O contato com as partes se reduz à ocasião das diligências, com os 
assistentes ao longo das pesquisas e com os funcionários cartoriais no âmbito do 
Fórum. Neste último caso, atente-se para se evitar intimidades e presentes que 
possam indicar a cooptação de nomeações, atitude desmoralizante para o perito e 
prejudicial ao funcionário da justiça. 
A boa fama do perito deve depender da qualidade de seu trabalho, 
sempre tempestivo e fundamentado por sólidos argumentos e notório saber 
profissional. O perito deve respeitar o sigilo do que for apurado durante a execução 
do seu laudo, abstendo-se de divulgar conclusões extemporâneas. Trata-se de 
virtude gravada no Código de Ética e protegida pelo Código Civil (art. 144): 
"Ninguém pode ser obrigado a depor de fatos, a cujo respeito, por estado ou 
profissão, deva guardar segredo." É prudente, portanto, que comentários e 
esclarecimentos ocorram somente em juízo. A notória especialização que deve 
adjetivar o perito é frutode sua formação, especialização, prática profissional e 
constante aperfeiçoamento. 
 
 
 
 
 
 77 
20 HONORÁRIOS PERICIAIS 
 
 
ENUNCIADO 236 DO TST - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO 
A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte 
sucumbente na pretensão relativa ao objeto da perícia. 
 
ART. 790 - B - CLT 
A Responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte 
sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita. 
 
Honorários adiantados, Art. 33. Cada parte pagará a remuneração do 
assistente técnico que houver indicado; a do perito será paga pela parte que houver 
requerido o exame, ou pelo autor, quando requerido por ambas as partes ou 
determinado de ofício pelo juiz. 
Parágrafo único. O juiz poderá determinar que a parte responsável pelo 
pagamento dos honorários do perito deposite em juízo o valor correspondente a 
essa remuneração. O numerário, recolhido em depósito bancário à ordem do juízo e 
com correção monetária, será entregue ao perito após a apresentação do laudo, 
facultada a sua liberação parcial, quando necessária. (Parágrafo acrescentado pela 
Lei nº 8.952, de 13.12.1994). 
 
Fatores pertinentes para a elaboração dos honorários: 
 
• A relevância, o vulto e a complexidade dos serviços a executar; 
• As horas que serão consumidas em cada fase da realização do trabalho; 
• A qualificação do pessoal técnico que irá participar da execução dos serviços; 
• O prazo fixado; 
• A forma de reajuste se houver; 
• O lugar onde serão prestados os serviços. 
 
 
20.1 PROPOSTA DE HONORÁRIOS 
 
 
Cada parte pagará a remuneração do assistente técnico que houver 
indicado; a do perito será paga pela parte que houver requerido o exame, ou pelo 
autor, quando requerido por ambas as partes ou determinado de ofício pelo juiz. 
 
 
20.2 DEPOSITO DOS HONORÁRIOS 
 
 
Como fator se segurança ao perito, temos o depósito antecipado dos 
honorários, pois a Justiça na acata aquele de não se pronuncia. O profissional 
necessita requerer que seja realizado o depósito dos honorários antes do início dos 
trabalhos conforme prevê a lei CPC, art. 19. Entretanto se não acontecer o deposito 
dos honorários, o Perito necessita ajuizar ação para receber a sua verba, conforme 
descrito o item V do art. 585 do CPC e letra “f” do art. 275 do CPC. 
 78 
A ação para cobrança dos honorários prescreve no prazo de um ano a 
contar da sentença, parágrafo 6, item X do artigo 178 do Código Civil e inciso II, 
parágrafo 5 do artigo 206 do CC/2002. 
A estimativa inicial de honorários deverá ser objetiva na sua abrangência 
para apresentação ao judiciário, pois as partes podem requere quesitos 
suplementares (CPC, artigo 425). Se a proposta inicial não previr quesitos 
suplementares o perito arcará com o prejuízo, pro este motivo sugere-se que seja 
requerida ao juiz a possibilidade de completar a verba honorária em caso de serem 
deferidos quesitos complementares. Modelo de petição para proposta de honorários 
consta nos anexos. 
 
 
21 CONSIDERAÇÕES, CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES FINAIS 
 
 
A contribuição deste trabalho centrou-se em apresentar procedimentos, 
rotinas, sistematização, para elaboração de Laudos Periciais de Insalubridade, para 
que se buscasse uma conduta pautada na legislação existente, enfocando a atuação 
do Engenheiro de Segurança do Trabalho. 
Na complexidade e no emaranhado das leis, portarias, normas 
regulamentadoras, etc., apresentaram-se dados para utilização pelos profissionais 
de Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho destacando-se as pertinentes 
aos procedimentos para elaboração de Laudos Periciais de Insalubridade. 
Trouxe subsídios para aqueles que vierem a trabalhar na elaboração de 
laudos, da construção e utilização de um modelo baseado na legislação, que possa 
atender as suas necessidades enquanto profissional habilitado para desempenhar a 
função. 
Esta era a proposta deste trabalho, com o objetivo primeiro de sistematizar 
informações para prática de elaboração de laudo pericial de Insalubridade em 
Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho, para que efetivamente se 
conheça as ações que devem ser desenvolvidas, e se perceba a importância do 
mesmo, na garantia da aplicabilidade dos princípios éticos e legais apontados nas 
diferentes situações. 
Concluem-se então a importância dos laudos periciais de Insalubridade e 
a participação dos profissionais de Engenharia de Segurança e Medicina do 
Trabalho interligando conhecimentos, normas e práticas para uma correta utilização 
dos recursos existentes, compartilhando os conhecimentos adquiridos, na tentativa 
de melhorá-los e ampliá-los, trazendo questões do cotidiano e do saber profissional. 
Conclui-se também, que a presente monografia constitui-se em 
instrumento de alerta aos profissionais que atuam nesta área, no sentido de 
efetivamente elaborarem laudos periciais, para que através deles, possam garantir a 
aplicabilidade da legislação vigente. 
Deixa-se uma referência concreta que poderá servir de aporte para a 
produção de novos e melhores conhecimentos na área de laudos periciais de 
Insalubridade. 
O grande mal é que as discussões jurídicas a respeito destas condições 
de trabalho estão sempre centradas nos adicionais que pretendem indenizar o dano 
e não eliminar o risco ou proteger a saúde. 
 79 
No fim, o adicional, esta parcela pecuniária, funciona como se fosse um 
permissivo para que o trabalhador possa manter-se exposto ao agente nocivo, já 
que, claro, é menos oneroso para a empresa do que efetivamente investir no 
ambiente de trabalho para que se torne satisfatoriamente saudável. 
É exatamente neste ponto que falta a percepção do empresário em notar 
que o "plus", denominado adicional de insalubridade, não se destina objetivamente a 
ser pago ao empregado, mas, sim, a desestimular a negligência com o ambiente de 
trabalho. 
Os Laudos Periciais de Insalubridade tem como finalidade comprovar, 
elucidar levantar e promover as condições ambientais dos locais de trabalho dos 
funcionários relacionadas aos agentes nocivos e críticos existentes, para 
reconhecer, validar e proporcionar ações adequadas de proteção, e regras e meios 
de conscientização, com este caráter, o Laudo Pericial de Insalubridade, de acordo 
com a característica do ambiente e da atividade de trabalho, determinar se o 
operário tem ou não direito de receber os adicionais de insalubridade. 
As amostras e modelos expostos nos anexos a seguir, tomarão como 
base e servirão de subsídios para todos os profissionais que atuarem na área da 
Perícias em Engenharia de Segurança do Trabalho, destinado a termos um 
procedimento e metodologia que venha a colaborar na evolução e desenvolvimento 
dos Laudos Periciais, motivando a eficiência, agilidade e exatidão técnica na sua 
preparação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 80 
REFERÊNCIAS 
 
 
 
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SAROLDI, Maria José Lopes de Araújo. Pericia Ambiental e suas Áreas de 
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SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. Manuais de Legislação Atlas . Ed. 
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http://sobes.org.br/site/artigos/. 
 
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TAVARES, Jose Da Cunha. Tópicos de Administração Aplicada à Segurança do 
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www.tst.gov.br/jurisprudencia > Acesso em: Março 2010. 
 
VIEIRA, S.I. - O Perito Judicial - Aspectos Legais e Técnicos . São Paulo: LTr, 
2006. 
 
 
 
 
 
 
 
 83 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 84 
Anexo I 
MODELO DE PETIÇÃO DA APRESENTAÇÃO DO LAUDO 
 
EXMO(A). SR(A). DR(A). 
JUÍZ(A) DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE ____________/____. 
Processo n.º: 
Reclamante: 
Reclamado: 
_____________________, Engenheiro de Segurança do Trabalho - SSMT -
_________, CREA/__- ______, perito do juízo nomeado e compromissado nos autos 
da reclamação trabalhista acima, tendo efetuado as diligências necessárias ao 
cumprimento de seu mandato, vem apresentar seu laudo pericial com referência a 
insalubridade do ambiente e local de trabalho do trabalhador com referência ao 
processo citado e requerer a sua juntada aos autos para os fins de direito. 
 
Termos em que 
P. Deferimento 
_________, ___ de _________ de 2010. 
________________________________ 
Eng. ____________________________ 
SSMT - __________________________ 
CREA/___- _______________________ 
Perito Judicial - ____________________ 
 
 
 
(Fonte: Fernandes José Pereira, Manual Prático). 
 
 
 85 
Anexo II 
MODELO DE LAUDO PERICIAL FORMAL 
 
 
EXM(A). SR(A). DR(A). 
JUÍZ(A) DO TRABALHO DA VARA DO TRABALHO DE __________________/___. 
 
Processo n.º: 
Reclamante: 
Reclamado: 
 
_________________, CREA _____ -_, exercendo a especialidade de Engenheiro de 
Segurança do Trabalho, registro SSMT -______, CREA/__- ___, Perito Judicial 
nomeado e compromissado nos autos da reclamação trabalhista acima tendo 
procedido a análise dos autos, diligenciado às dependências da empresa 
Reclamada, vem apresentar e submeter à apreciação de V. Ex.ª os resultados do 
trabalho em: 
 
LAUDO PERICIAL 
I – INTRODUÇÃO 
II - LEVANTAMENTO TÉCNICO 
III - DESCRIÇÃO DO LOCAL DE TRABALHO 
IV - ANÁLISE DO AMBIENTE DE TRABALHO 
V - ATIVIDADES DO RECLAMANTE 
VI - EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 
VII - RESPOSTAS AOS QUESITOS DO RECLAMANTE 
VIII - RESPOSTAS AOS QUESITOS DA RECLAMADA 
IX – CONSIDERAÇÕES FINAIS 
X – ENCERRAMENTO 
(Fonte: http://www.unesp.br) 
 
 
 
 
 
 86 
Anexo III 
MODELO DE LAUDO PERICIAL FORMAL 
 
Município
Tipo
Horário:
LAUDO TÉCNICO PERICIAL DE INSALUBRIDADE
No.ANEXO 8 - NR 15 - VIBRAÇÕES
Data: 
CARACTERÍSTICAS DA EMPRESA
Razão Social - RS
Alteração RS
C.N.P.J.
Endereço
CEP
C.N.A.E. (Portaria MTb No. 
01/95)
Grau de 
Risco
DADOS DO FUNCIONÁRIO
Nome / Identidade / CTPS
Função
Data Admissão / Saída
CARACTERÍSTICAS DO LOCAL OBJETO DA PERÍCIA
Setor / Local de 
Trabalho
Critério Adotado
Os limites de tolerância definidos pela Organização Internacional para a 
Normalização - ISSO, em suas normas ISSO 2631 e ISSO/DIZ 5349 ou suas 
substitutas.
Instrumental Utilizado
Marca: Série
Data Calibração:
Metodologia de 
Avaliação
Descrição das 
Condições de 
Tempo de Exposição 
às Vibrações
Resultados da 
Avaliação 
Medidas para 
Eliminação e/ou 
Neutralização da 
CONCLUSÃO
A insalubridade, quando constatada, será de grau médio (por exemplo).
INFORMAÇÕES PERICIAIS
Perícia Realizada em: Data:
Acompanhantes / Informantes
Nome e Assinatura do 
Engenheiro de Segurança. 
CREA No. ............
(Fonte: Insalubridade e Periculosidade - Aspectos Técnicos e Práticos) 
 
 
 
 87 
Anexo IV 
MODELO DE LAUDO PERICIAL FORMAL 
MODELO DE LAUDO TÉCNICO DE INSALUBRIDADE
Reconhecimento e Especificação dos Riscos 01.
Identificação do Local 
de trabalho
Laboratórios: Química / Física / 
MicrobiologiaSigla: Salas 100 / 
200 / 300
Atividades do Setor 
Avaliado:
Aulas praticas com uso de reagente como solvente orgânicos, inflamáveis, 
carcinogênicos, corrosivos, ácidos como metanol, lugol, clorofórmio, hidróxido 
de sódio, acido sulfúrico, acido clorídrico, benzeno, hexano, éter etílico, 
clorofórmio, sódio metálico, utilização de equipamentos que emitem calor, 
como estufas, bico de bunsen e etc.
RISCOS FÍSICOS
CALOR
Avaliado dB (A) 55 a 60 dB Máxima exposição 
diária permitida (dB)
85 dB - 
08h00 min
Avaliado Lux 400 a 610 Lux Mínima exposição 
diária Permitida (Lux)
300 Lux
RISCOS QUÍMICOS Produtos Químicos
RISCOS 
BIOLÓGICOS
Materiais Biológicos
RISCOS DE 
ACIDENTES
Contaminação pelas vias respiratórias, cutâneas, mucosas, queimadura 
térmica, químicas, perfuro cortante...
MEDIDAS DE CONTROLE EXISTENTES:
Inexistente; ou; Óculos de proteção, luvas de proteção, jaleco, capela e sistema de exaustão.
MEDIDAS DE CONTROLE NECESSÁRIAS PARA DIMINUIR OU NE UTRALIZAR A 
INSALUBRIDADE:
Óculos de proteção para manipulação com químicos, luvas especificas, mascaras semi faciais 
especificas, uniformes, descartes e acondicionamento de resíduos adequado, todo mobiliário em 
madeira deve ser revestido com fórmica, piso em cerâmica, armazenamento de químicos e 
inflamáveis em local separado e ventilado (na impossibilidade os armários devem ser em madeira 
revestida, com cobertura na parte superior das portas) os assentos em material de fácil 
descontaminação, capela, exaustor, climatizador no ambiente, chuveiro e lava olhos de 
emergência...
CONCLUSÃO
De acordo com os anexos da NR - 15 "Atividades e Operações Insalubres" da portaria 3.214/78 do 
MTE, há ou não há exposição a agentes Insalubres de Grau ..........
(Fonte: www.sso.com.br) 
 
 
 
 
 88 
Anexo V 
Demonstração da composição dos honorários - Quadro Horçamentário
(a) Custos Diretos no Processo - Do 
Pessoal Envolvido
Horas 
Alocadas
R$ por hora Parciais em 
R$
Compromisso e Carga 0 0 0
Diligências e Vistorias 0 0 0
Análise Autos/Docs./Relatórios 0 0 0
Pesquisa e Levantam. de Dados 0 0 0
Exames e Análises Técnicas 0 0 0
Descrição e Conclusão Técnica 0 0 0
Conferência Reservada 0 0 0
Planejamento / Execução / Cálculos 0 0 0
Cálculos e Elaboração de Anexos 0 0 0
Redação do Laudo 0 0 0
Reuniões com Assistentes Técnicos 0 0 0
Montagem Laudo 0 0 0
Revisão/Assin./Entrega do Laudo 0 0 0
Revisão Técnica 0 0 0
Subtotais 0 0 0
(b) Custo Indireto no Porcesso -
Material
Total Horas 
Alocadas
R$ por Hora Parciais em 
R$
Depreciações, en. El., veículos etc. 0 0 0
Outros Custos fiscais e econômicos 0 0 0
Total da Estimativa de honorários 0 0 0
Subtotais 0 0 0
2. CUSTOS INDIRETOS HORAS ITEM VLR. HORA 
R$
TOTAIS EM 
R$Custo Hora do Escritório em Função 
dos Custos Fixos Mensais:
0 0 0
Gastos de Infra-estrutura (Depreciação, 
Amortização, Aluguéis, Água, Luz, 
Telefone, Seguros, Manutenção de 
Equipamentos, Impostos)
0 0 0
Subtotais 0 0 0
MODELO PADRÃO DE ESTIMATIVA DE HONORÁRIOS DE PERÍCI A JUDICIAL
Demonstrativo das horas alocáveis para a elaboração do Laudo Pericial Extrajudicial – 
1. Custos Diretos e Indiretos Processo(s):
JCJ/Vara(s):
Cartório:
Autor(es):
Réu(s):
3. RESUMO R$
 Custos Diretos 0
 Custos Indiretos 0
TOTAL DOS HONORÁRIOS PERICIAIS 0
(Fonte: www.manualdepericias.com.br) 
 89 
Anexo VI 
MODELO DE LAUDO PERICIAL FORMAL 
 
MINISTÉRIO DO TRABALHO 
SECRETARIA DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO 
DELEGACIA REGIONAL DO TRABALHO 
DIVISÃO/SEÇÃO DE SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO 
 
[ ] Insalubridade Laudo pericial de 
[ ] Periculosidade 
N.º ________ / ________ 
 
Data e hora da perícia ____ / ____ / ____ ______ Hs. 
1 - Identificação 
2 - Identificação do local periciado 
3 - Descrição do Ambiente de Trabalho 
4 - ANÁLISE QUALITATIVA 
4.1 - Da função do trabalhador 
4.2 - Das etapas do processo operacional 
4.3 - Dos possíveis riscos ocupacionais 
4.4 - Do tempo de exposição ao risco 
 
5 - ANÁLISE QUANTITATIVA 
5.1- Análise quantitativa da insalubridade 
5.1.1 - Descrição da aparelhagem, da técnica empregada e do método de avaliação 
5.1.2 - Resultados obtidos 
5.1.3 - Interpretação e análise dos resultados 
5.2 - Análise quantitativa da periculosidade 
5.2.1 - Discriminação da área 
5.2.2 - Delimitação da área de risco 
5.2.3 - Interpretação e análise dos resultados 
 
6 - CONCLUSÃO 
6.1 - Fundamento científico 
6.2 - Fundamento legal 
 
7 - PROPOSTA TÉCNICA PARA CORREÇÃO 
7.1 - Imediatas 
7.2 - Mediatas 
 
8 - MEDIDA ADOTADA PELO ÓRGÃO REGIONAL 
 
CIDADE:___________ UF: ____ DATA:______ ASSINATURA:___________ 
 
 
 
 90 
Anexo VII 
INSTRUÇÃO PARA ELABORAÇÃO DE LAUDO DE INSALUBRIDADE . 
 
1 - IDENTIFICAÇÃO 
 
Neste item deve constar a identificação do laudo como: n.º do processo, nome e 
endereço postal da empresa, nome do requerente. 
 
2 - IDENTIFICAÇÃO DO LOCAL PERICIADO 
 
Neste item deve constar os elementos necessários à identificação do local no qual 
a perícia é realizada, tais como: Divisão de..., Seção..., da fábrica..., localizada 
no.... 
 
3 - DESCRIÇÃO DO AMBIENTE DE TRABALHO 
 
Neste item deve constar os elementos necessários à caracterização do ambiente 
de trabalho, tais como: arranjo físico, metragens da área física, condições gerais de 
higiene, ventilação, iluminação, tipo de construção, cobertura, paredes, janelas, 
piso, mobiliário, divisória etc. 
 
4 - ANÁLISE QUALITATIVA 
 
4.1 - Da função do trabalhador - esclarecer, com os verbos no infinitivo, todos os 
tipos de tarefas que se compõe a função. Ex.: Auxiliar Administrativo - a) 
datilografar textos. b) anotar recados. c) atender telefone etc.... 
4.2 - Das etapas do processo operacional 
- observando o desenrolar das atividades e/ou do movimento do maquinário, 
especificar as fases do método de trabalho, inclusive questionando o supervisor de 
turma e, sempre, um ou mais empregados. 
4.3 - Dos possíveis riscos ocupacionais - o técnico especializado deve ser capaz de 
perceber e avaliar a intensidade dos elementos de risco presentes no ambiente de 
trabalho ou nas etapas do processo laborativo, ou ainda corno decorrentes deste 
processo laborativo. Este item pressupõe o levantamento, em qualidade, dos riscos 
a que se submete o trabalhador durante a jornada de trabalho. 
 4.4 - Do tempo de exposição ao risco - a análise do tempo de exposição traduz a 
quantidade de exposições em tempo (horas, minutos, segundos) a determinado 
risco operacional sem proteção, multiplicado pelo número de vezes que esta 
exposição ocorre ao longo da jornada de trabalho. Assim, se o trabalhador ficar 
exposto durante 5 minutos, por exemplo, a vapores de amônia, e esta exposição se 
repete por 5 ou 6 vezes durante a jornada de trabalho, então seu tempo de 
exposição é de 25 a 30 min/dia, o que traduz a eventualidade do fenômeno. Se, 
entretanto, ele se expõe ao mesmo agente durante 20 minutos e o ciclo se repete 
por 15 a 20 vezes, passa a exposição total a contar com 300 a 400 min/dia de 
trabalho, o que caracteriza uma situação de intermitência. Se, ainda, a exposição 
se processa durante quase todo ou todo o dia de trabalho, sem interrupção, diz-se 
que a exposição é de natureza continua. 
 
 
 
 91 
5 - ANÁLISE QUANTITATIVA 
 
 
E a fase que compreende a medição do risco imediatamente após as 
considerações qualitativas, guardando atenção especial á essência do risco e ao 
tempo de exposição. Esta etapa ou fase pericial só é possível realizar quando o 
técnico tem convicção firmada de que os tempos de exposição, se somados, 
configuram uma situação intermitente ou continua. A eventualidade não ampara a 
concessão do adicional, resguardados os limites de tolerância estipulados para o 
risco grave e iminente. 
 
Tanto o instrumental quanto a técnica adotados, e até mesmo o método de 
amostragem, devem constar por extenso, de forma clara e definida no corpo do 
laudo. Idêntica atenção deve ser empregada na declaração dos valores, 
especificando, inclusive, os tempos horáriosinicial e final de cada aferição. Já a 
interpretação e a conseqüente análise dos resultados necessitam estar de acordo 
com o prescrito no texto legal, no caso, a Norma Regulamentadora. Caso a 
contrarie, será nula de pleno direito. 
 
 
6 - CONCLUSÃO 
 
 
6.1 - Fundamento científico - se o instituto de insalubridade e da periculosidade 
pressupõe o risco de adquirir doença ou de sofrer um acidente a partir de exposição 
a elementos agressores oriundos do processo operacional ou dele resultantes, o 
técnico tem que demonstrar, obrigatoriamente, toda a cadeia de relação causa e 
efeito existente entre o exercício do trabalho periciado com a doença ou o acidente. 
O fundamento científico compreende, então, as vias de absorção e excreção do 
agente insalubre, o processo orgânico de metabolização, o mecanismo de 
patogenia do agente no organismo humano e as possíveis lesões. 
 
6.2 - Fundamento legal - é tudo aquilo estritamente previsto nas Normas 
Regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, Portaria MTb n.º 
32141/78 e Lei nº 6.5141/77. As "Atividades e Operações Insalubres" - acham-se 
listadas na NR 15 e Anexos, ao passo que as "Atividades e Operações Perigosas" 
são aquelas enquadradas nas delimitações impostas pela NR 16 e Anexos, sem 
contar com os textos da Lei nº 6.514177, artigos 189 e 196, e do Decreto nº 
93A12186, este último específico para os riscos com energia elétrica. 
 
As situações laborativas não previstas na legislação, e portanto omissas, não 
podem ser objeto de conclusão pericial, quer em juízo, quer a serviço da 
fiscalização do MTb, sob pena de nulidade jurídica. 
 
As dúvidas e os casos omissos devem ser dirimidos pela SSMT/MTb consoante o 
disposto no art. 155, CLT, e NR 01, tem 1.10, Portaria n0 06183, MTb, cabendo a 
esta instância superior emitir a competente decisão final sobre a matéria de fato 
apurada, acolhendo-a ou não. 
 
 
 92 
7 - PROPOSTA TÉCNICA PARA CORREÇÃO 
 
 
Neste item devem constar as propostas para eliminação da insalubridade através 
da utilização de medidas de proteção ambiental. 
 
Propor medidas de proteção ambiental significa estabelecer um conjunto 
sistemático de ações têcnico-cientificas eficazes para transformar, a curto e médio 
prazos, um ambiente insalubre em outro salubre. Entre estas medidas destacam-
se: alteração do método operacional ou de uma das etapas desse método, 
utilização de medidas de proteção coletiva e, nos casos previstos na NR 6.2, os 
equipamentos de proteção individual. 
 
 
8 - MEDIDAS ADOTADAS PELO ÓRGÃO REGIONAL 
 
 
Neste item devem constar as medidas adotadas pelo órgão regional do MTb 
quando ficar caracterizada atividade insalubre ou perigosa - Lei n.º 6.514177, artigo 
191, incisos 1 e II, e parágrafo único, Portaria n~ 3.214178, NR 15, subitem 
15.4.1.1, e Portaria n.º 12183, NR 9, item 9A, alínea a. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 93 
Anexo VIII 
MODELO DE LAUDO TÉCNICO PARA AVALIAÇÃO DE INSALUBRI DADE. 
 
 
EMPRESA 
Razão Social: 
 
 
Estabelecimento / nome de fantasia: 
 
 
C.N.P.J. : . . / - C.N.A.E. : . - 
 
Rua / Avenida: Bairro: 
 
 
Cidade/Estado: CEP: . - 
 
FONE: 0 _ _ ( ) - FAX: 0 _ _ ( ) - 
 
GRAU DE RISCO: ELABORADO EM : / / 
Quantificação de empregados: 
Homens: 
 
 
Mulheres: 
 
 
Menores de 18 anos: 
 
 
 
Acompanhou a avaliação técnica dos locais de trabalho o(a) Sr.(a): 
 
 
 
 
R.G. . . - SSP - 
 
Tópicos descritos a seguir: 
 
• Objeto. 
• Avaliação da exposição aos riscos ambientais. 
• Interpretação dos dados coletados. 
• Classificação das atividades insalubres. 
• Enquadramento legal. 
• Fixação dos adicionais de insalubridade. 
 
(Fonte: Proposta de Modelo LTCAT por Alessandro R. Borssati e Celso V. Piinto / 
Material Aula de Higiene do Trabalho - Riscos Físicos do Professor Roberto Serta da 
PUC PR Especialização Eng. Seg. do Trabalho). 
 94 
OBJETO 
 
O presente laudo trata de avaliação pericial conclusiva sobre as condições de 
exposição a agentes insalubres e/ou perigosos com a finalidade de definir o 
enquadramento da(s) atividade(s) analisadas, nos termos dos Artigos 189 a 193 da 
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), das Normas Regulamentadoras (NR) nº 
15 e 16 da Portaria nº 3214/78, da Lei nº 7.639/85, regulamentada pelo Decreto nº 
93.412/86, e da Portaria nº 3.393, de 17.12.87. 
 
 
SETORES E POSTOS DE TRABALHO PERICIADOS 
 
 
SETOR 
 
POSTO DE TRABALHO 
 
TAREFAS EXECUTADAS 
 
 
 
 
RECONHECIMENTO DOS RISCOS AMBIENTAIS 
 
 
SETOR 
 
POSTO DE TRABALHO 
 
AGENTES 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO AOS RISCOS AMBIENTAIS. 
 
 
A - AGENTES QUÍMICOS COM LIMITE DE TOLERÂNCIA 
 
Equipamento utilizado: Bomba de Aspiração marca _____________, modelo 
_______, com coletadores marca _________, modelo _________, colhidas dez 
amostras para cada ponto selecionado, colocada na altura e angulo 
correspondentes ao nível respiratório do trabalhador nos pontos de trabalho, 
respeitados intervalos de vinte minutos entre cada amostragem. Funcionamento das 
máquinas em ritmo de produção normal na edificação, assim como produção em 
ritmo normal nos postos de trabalho avaliados. Medição realizada das ____:____ às 
____:____ de ___/ ___/___, incluindo MANGANÊS. 
 
 
PONTO DE 
TRABALHO 
 
AGENTE TAREFA 
TEMPO DE UM 
CICLO 
N.º DE 
CICLOS/ 
JORNADA 
p.p.m. 
ou 
mg/m3 
 
 
 
 
 95 
 
B - AGENTES QUÍMICOS SEM LIMITE DE TOLERÂNCIA. 
 
 
Contato continuado dos trabalhadores com os agentes abaixo descritos, com 
exposição qualitativamente importante durante a jornada. Funcionamento das 
máquinas em ritmo de produção normal na edificação, assim como produção em 
ritmo normal nos postos de trabalho avaliados. 
 
 
PONTO DE 
TRABALHO 
 
AGENTE TAREFA 
TEMPO DE UM 
CICLO 
N.º DE CICLOS 
/ JORNADA 
 
 
 
 
C - POEIRAS MINERAIS 
 
 
Equipamento utilizado: Impactador (impinger) marca _____________, modelo 
_______, com seletor de diâmetro aerodinâmico _________, colhidas dez amostras 
para cada ponto selecionado, colocada na altura e angulo correspondentes ao nível 
respiratório do trabalhador nos pontos de trabalho, respeitados intervalos de vinte 
minutos entre cada amostragem. Funcionamento das máquinas em ritmo de 
produção normal na edificação, assim como produção em ritmo normal nos postos 
de trabalho avaliados. Medição realizada das ____:____ às ____:____ de ___/ 
___/____ . 
 
 
PONTO DE 
TRABALHO AGENTE TAREFA 
TEMPO DE 
UM CICLO 
N.º DE 
CICLOS / 
JORNADA 
% DE QUARTZO 
FIBRAS/CM3 
MG/M3 
 
 
 
 
D - AGENTES QUÍMICOS NÃO INCLUÍDOS NA NR-15. 
 
 
Contato continuado dos trabalhadores com os agentes abaixo descritos, com 
exposição qualitativamente importante durante a jornada. Funcionamento das 
máquinas em ritmo de produção normal na edificação, assim como produção em 
ritmo normal nos postos de trabalho avaliados. 
 
 
PONTO DE 
TRABALHO AGENTE TAREFA 
TEMPO DE 
UM CICLO 
N.º DE CICLOS / 
JORNADA 
 
 
 
 96 
 
E - RUÍDO 
 
 
Equipamento utilizado: Decibelímetro / dosímetro marca _____________, modelo 
_______, microfone colocado na altura e angulo correspondentes aos ouvidos dos 
trabalhadores nos pontos de trabalho, no circuito de compensação "A" e circuito de 
resposta lenta ( SLOW ) para ruído contínuo e compensação "C" e resposta rápida 
(FAST) para ruído de impacto. Aparelho com calibração aferida em ___/___/___ . 
Funcionamento das máquinas em ritmo de produção normal na edificação, assim 
como produção em ritmo normal nos postos de trabalho avaliados. Medição 
realizada das ____:____ às ____:____ de ___/ ___/___. 
 
 
PONTO DE 
TRABALHO 
TAREFA TEMPO DE UM 
CICLO 
N.º CICLOS/ 
JORNADA 
RUÍDO 
dB(A) 
 
 
 
 
F - VIBRAÇÕES 
 
 
Contato continuadodos trabalhadores com vibrações intensas, com exposição 
qualitativamente importante durante a jornada. Funcionamento das máquinas em 
ritmo de produção normal na edificação, assim como produção em ritmo normal nos 
postos de trabalho avaliados. 
 
 
 
PONTO DE TRABALHO TAREFA 
TEMPO DE UM 
CICLO 
N.º DE CICLOS / 
JORNADA 
 
 
 
 
G - RADIAÇÃO IONIZANTE 
 
Resultados das ultimas cinco dosimetrias : 
 
 
 DATA RESULTADOS 
 
1 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 97 
H - TEMPERATURAS ANORMAIS 
 
 
CALOR 
 
Equipamento utilizado: Termômetros marca _____________, modelo _______(de 
globo, bulbo úmido e bulbo seco ), colocado na altura e posição correspondentes 
aos corpos dos trabalhadores nos pontos de trabalho. Aparelho com calibração 
aferida em ___/___ / ___ . Funcionamento das máquinas em ritmo de produção 
normal na edificação, assim como produção em ritmo normal nos postos de trabalho 
avaliados. Medição realizada das ____:____ às ____:____ de ___/ ___/___, céu 
____________ e sem chuva, temperatura de _____ºC à sombra. 
 
 
PONTO DE 
TRABALHO 
TAREFA TEMPO DE 
UM CICLO 
N.º DE 
CICLOS / 
JORNADA 
TEMP. 
DE 
GLOBO 
TEMP. 
BULBO 
ÚMIDO 
TEMP. 
SECO ou 
IBUTG 
 
 
 
 
FRIO 
 
Equipamento utilizado: Termômetro marca ______________ , com escala de 
medição de -30 a +60 ºC. 
 
 
PONTO DE 
TRABALHO 
TAREFA TEMPO DE 
UM CICLO 
N.º DE CICLOS / 
JORNADA 
 
TEMPERATURA 
 
 
 
 
 
I - PRESSÃO ATMOSFÉRICA ANORMAL 
 
 Jornada diária completa, sempre à disposição do empregador para a execução 
das tarefas nas condições de trabalho hiperbárico. 
 
( ) Sim ( ) Não 
 
 
 J - AGENTES BIOLÓGICOS 
 
 Jornada diária completa, sempre à disposição do empregador para a execução 
das tarefas nas condições de exposição aos agentes biológicos citados. 
 
( ) Sim ( ) Não 
 
 
 98 
 INTERPRETAÇÃO DOS DADOS COLETADOS 
 
A - Com relação a ruído: 
 
 Consideraremos como exposições contínuas aquelas em que, nos Postos de 
Trabalho, o trabalhador permanece exposto sempre aos mesmos níveis de pressão 
sonora oriunda do ambiente de trabalho, e variáveis para os Postos de Trabalho 
expostos a ruídos diferentes em um ou mais de um ponto de trabalho, então 
realizados os cálculos de dose de ruído segundo a equação: 
 
 C1 C2 C3 Cn 
 Dose = -------- + -------- + -------- + ... + -------- 
 T1 T2 T3 Tn 
 
ANEXO 1 da NR-15 - LIMITES DE TOLERÂNCIA PARA RUÍDO CONTÍNUO OU 
INTERMITENTE 
 
Nível de ruído Máxima exposição diária 
dB (A) PERMISSÍVEL 
85 8 horas 
86 7 horas 
87 6 horas 
88 5 horas 
89 4 horas e 30 minutos 
90 4 horas 
91 3 horas 
92 3 horas e 30 minutos 
93 3 horas 
94 2 horas e 40 minutos 
95 2 horas e 15 minutos 
96 2 horas 
97 1 hora e 45 minutos 
98 1 hora e 30 minutos 
99 1 hora e 15 minutos 
100 1 hora 
102 45 minutos 
104 35 minutos 
105 30 minutos 
106 25 minutos 
108 20 minutos 
110 15 minutos 
112 10 minutos 
114 8 minutos 
115 7 minutos 
 
 
 
 
 99 
Resultando no quadro: 
 
POSTO DE TRABALHO 
NPS - dB(A) 
Exposição contínua 
Dose de ruído 
Exposição variável 
 
 
 
 
 
B - Com relação a calor: 
 
Realizados os cálculos de IBUTG conforme a equações : 
 
 * sem carga solar: IBUTG = 0,7 . tbn + 0,3 . tg 
 
 * com carga solar: IBUTG = 0,7 . tbn + 0,1 . tbs + 0,2 . tg 
 
Onde: tbn = temperatura de bulbo úmido natural 
 tg = temperatura de globo 
 tbs = temperatura de bulbo seco 
 
Realizadas análise das funções em cada posto de trabalho, considerados os 
critérios de descanso no próprio local de trabalho (Quadro n.º 1 do Anexo n.º 3 da 
NR-15) e descanso térmico em outro local (Quadro n.º 2 do Anexo n.º 3 da NR-15), 
respeitadas as taxas de metabolismo por atividades, previstas no Quadro n.º 3 do 
Anexo n.º 3 da NR-15, usando as equações : 
 
Para cálculo da taxa de metabolismo média ponderada para uma hora: 
 
 __ Mt . Tt + Md . Td 
 M = ---------------------------- 
 60 
 
Mt - taxa de metabolismo no local de trabalho 
Md - taxa de metabolismo no local de descanso térmico 
Tt - soma dos minutos no local de trabalho, por hora 
Td - soma dos minutos no local de descanso térmico 
 
 
Para cálculo da taxa de metabolismo médio ponderado para uma hora : 
 
______ IBUTGt . Tt + IBUTGd . Td 
IBUTG = ------------------------------------ 
 60 
 
IBUTGt - IBUTG no local de trabalho 
Tt - soma dos minutos no local de trabalho, por hora 
IBUTGd - IBUTG no local de descanso térmico 
Td - soma dos minutos no local de descanso térmico 
 
 100 
 
QUADRO 3. 
 
TAXAS DE METABOLISMO POR TIPO DE ATIVIDADE. 
 
 
TIPO DE ATIVIDADE Kcal/h 
Sentado em Repouso 100 
TRABALHO LEVE 
Sentado, movimentos moderados com braços 
e tronco (ex.: datilografia). 125 
Sentado, movimentos moderados com braços 
e pernas (ex.: dirigir). 150 
De pé, trabalho leve, em máquina ou bancada, 
principalmente com os braços. 150 
TRABALHO MODERADO 
Sentado, movimentos vigorosos com braços e 
pernas. 180 
De pé, trabalho leve em máquina ou bancada, 
com alguma movimentação. 175 
De pé, trabalho moderado em máquina ou 
bancada, com alguma movimentação. 220 
Em movimento, trabalho moderado de levantar 
ou empurrar. 300 
TRABALHO PESADO 
Trabalho intermitente de levantar, empurrar ou 
arrastar pesos (ex.: remoção com pá). 440 
Trabalho fatigante 550 
 
 
Resultando no quadro: 
 
 Descanso no mesmo local Descanso em outro local 
 
POSTO DE 
TRABALHO 
 
IBUTG 
 
Tipo da 
atividade 
Tempo 
Trabalho/ 
Descanso 
 
IBUTG 
 
METABOLISMO 
MÉDIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 101 
 
CLASSIFICAÇÃO DAS ATIVIDADES INSALUBRES 
 
SETOR 
 
POSTO DE 
TRABALHO 
AGENTES 
GRAU DE 
INSALUBRIDADE 
CONDIÇÕES 
DE PERICU- 
LOSIDADE 
 
 
 
 
 
ENQUADRAMENTO LEGAL 
 
 
INSALUBRIDADE: PORTARIA Nº 3214, de 08.06.78 
 
• Ruído contínuo ou intermitente - Anexo 1. 
• Ruídos de impacto - Anexo 2. 
• Calor - Anexo 3. 
• Radiações ionizantes - Anexo 5. 
• Trabalho sob condições hiperbáricas - Anexo 6. 
• Radiações não ionizantes - Anexo 7. 
• Vibrações - Anexo 8. 
• Frio - Anexo 9. 
• Umidade - Anexo 10. 
• Agentes químicos com limites de tolerância - Anexo 11. 
• Poeiras minerais - Anexo 12. 
• Agentes químicos (sem limites de tolerância) - Anexo 13. 
• Agentes biológicos - Anexo 14. 
 
 
 
FIXAÇÃO DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE. 
 
ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. 
 
A Norma Regulamentadora nº 15, item 15.2, da Portaria 3214/78 estabelece que o 
exercício de trabalho em condições de insalubridade assegura ao trabalhador a 
percepção de adicional, incidente sobre o salário mínimo, equivalente a: 
 
• 40% (quarenta por cento), para insalubridade grau máximo; 
• 20% (vinte por cento), para insalubridade grau médio; 
• 10% (dez por cento), para insalubridade grau mínimo. 
 
 
 102 
GRAUS DE INSALUBRIDADE 
 
• MÁXIMO: Radiações ionizantes, trabalho sob condições hiperbáricas, poeiras 
minerais, alguns agentes químicos (Quadro nº 1 do Anexo nº 11 e Anexo nº 13 
da NR-15) e alguns agentes biológicos (Anexo nº 14 da NR-15); 
• MÉDIO: Ruído, calor, radiações não ionizantes, vibrações, frio, umidade, alguns 
agentes químicos (Quadro nº 1 do Anexo nº 11 e Anexo nº 13 da NR-15) e 
alguns agentes biológicos (Anexo nº 14 da NR-15); 
• MÍNIMO: Alguns agentes químicos (Quadro nº 1do Anexo nº 11 e Anexo nº 13 daNR-15). 
 
 
MEDIDAS DE CONTROLE PROPOSTAS. 
 
 
SETOR AGENTE / EQUIPAMENTO PROPOSTA PARA CORREÇÃO 
 
 
 
 
EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI) PROPOSTOS 
 
 
SETOR 
 
POSTO DE TRABALHO 
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO 
INDIVIDUAL (EPI) 
 
 
QUALIFICAÇÃO DO PERITO. 
 
 
Nome/assinatura 
 
 
 R.G. nº 
 
 . . - SSP - 
 
Médico do Trabalho ( ) 
Engenheiro de Segurança ( ) 
 
CREA / CRM 
 
Local: 
 
Data: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 103 
Anexo IX 
EXEMPLO PRÀTICO DE UM LAUDO TÉCNICO. 
(Fonte: BEVENUTO, Daniel Bezerra. A Prova Pericial) 
Este exemplo abaixo serve como referência para uso em ocasiões especificas sendo 
que poderá ser alterado e aceitamos sugestões para tanto. 
 
 LAUDO TÉCNICO 
Processo nº Reclamante: 
Reclamada: 
Assunto: Perícia de Insalubridade 
Local: 
Acompanhantes: 
 
- Técnico de Segurança da Empresa: ______________________ 
- Engenheiro de Segurança da Empresa: ____________________ 
- Funcionário da Empresa: _______________ 
- Reclamante: ___________________ 
 
 
• Data da Perícia: ____/____/_________ às _____ hs 
 
 
Função do Reclamante: 
Período de Trabalho do Reclamante: 
Função 1 : __ de _________de __________à __de __________ de ___________ 
Função 2 : __ de _________de __________à __de __________ de ___________ 
 
 
Setor: 
 
Local de Trabalho: O reclamante trabalhou em um prédio (exemplo: de grandes 
dimensões coberto com telhas galvanizadas sobre estrutura metálica) de pé direito 
___ metros. Coberta de telhas de _____ apoiadas sobre ________. Neste pavilhão 
de grandes dimensões existiam _____ máquinas, divisórias de ______, etc. 
___iluminado e ____ ventilado, _____ iluminação artificial. 
 
 
Atividade do Reclamante: O reclamante trabalhou na seção de _____________ 
onde fez diversos serviços os quais descreveremos a seguir: 
 
• Descrever toda a função do reclamante, horário de trabalho, sua posição (de 
pé, sentado ou ...) 
• Utilizava os seguintes EPI's ; (descreva-os); observando a existência de termo 
de entrega de EPI's. 
• Os trabalhadores utilizavam na época da vistoria os seguintes EPI's ( 
descreva-os) 
 104 
 
ANÁLISE DA ATIVIDADE QUANTO A INSALUBRIDADE. 
 
O Perito verifica o local de trabalho do reclamante onde analisa todos os tipos 
possíveis de agentes agressivos químicos, físicos e biológicos mencionados na NR 
15 da Portaria nº 3214/78 de 08 de junho de 1.978. 
 
 
AGENTES FÍSICOS: 
 
 
Nível de Ruído: O nível de ruído no local foi medido com o decibelímetro de Marca 
______, operando no circuito de compensação A e circuito de resposta lenta slow, 
devidamente calibrado e foram obtidos os seguintes valores que são descritos a 
seguir: 
 
Seção A: ____ dBa 
Seção B: ______dBa 
( Consultar NR15 - Anexo 01 ) 
 
Calor: Foi medido com o termômetro de bulbo úmido natural, termômetro de globo e 
termômetro de mercúrio comum na Seção A próximo ao __________ e tivemos as 
seguintes medidas: 
Tbn = 
Tg = 
Tbs = 
 
O índice de bulbo úmido e termômetro de globo calculado foi o seguinte: 
______________. 
 
Conforme a NR 15 Anexo 03 o limite de exposição ao calor com regime de trabalho 
intermitente com descanso no próprio local de trabalho é de _______, com atividade 
(leve, moderada ou pesada) portanto a atividade (é ou não é) insalubre devido ao 
calor. 
 
 
Outros Agentes Físicos: Não foram constatados a existência de outros agentes 
agressivos físicos que pudessem caracterizar a insalubridade na Portaria nº 3214/78 
tais como calor, umidade, frio, vibrações e radiações. 
(Caso seja constatado outro agente físico que pode caracterizar a insalubridade, 
citá-lo). 
 
 
Agentes Químicos: Foram constatados a existência de agentes agressivos químicos 
na atividade do reclamante que pudessem caracterizar a insalubridade prevista na 
Portaria 3214/78 e Anexos. Tais agentes são os seguintes; 
 
Vide anexo 11, 12 e 13 da NR 15 da Portaria n.º 3214/78. Conforme o agente é 
classificado a insalubridade. 
 
 105 
Agentes Biológicos: Não foram constatados a existência de agentes agressivos 
biológicos na atividade do reclamante os quais pudessem caracterizar insalubridade 
prevista na referida Portaria. Caso for constatado insalubridade citar o agente 
biológico. 
 
Quesitos do Reclamante: 
 
Quesito A. 
Quesito B: 
Quesito C 
 
Quesitos da Reclamada: 
 
Quesito 1: 
Quesito 2: 
Quesito 3:. 
 
 
A Perícia é eminentemente técnica onde verifica a insalubridade de acordo com 
Normas existentes. 
 
Conclusão: As atividades da reclamante na reclamada (sim ou não) eram insalubres, 
pois (sim ou não) estava exposto a agentes agressivos físicos, químicos ou 
biológicos nos termos da Portaria nº 3214/78 de 08 de junho de 1.978 
 
 
 
____________________________________ 
Nome do Perito 
Função 
 
 
 
Observações: Deverão ser citados todos os processos de medição, aparelhagem 
utilizada, todas as observações decorrentes da vistoria, como por exemplo, rótulos 
de produtos utilizados pela operação, quantidade de trabalhadores no local, número 
de máquinas funcionando próximo ao local vistoriado, divisórias existentes. Se 
possível, anexar fotos do local vistoriado.

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