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04/02/2019 1 Curso básico de ultrassonografia Natália R. Custódio Jan/2019 DO QUE PRECISO PARA FAZER UM ULTRASSOM? APARELHO DE ULTRASSOM FIXO PORTÁTIL PROBES OU TRANSDUTORES 04/02/2019 2 CONHECIMENTO PRINCIPIOS BÁSICOS DA FISICA DO USG O QUE É O ULTRASSOM? O SOM ▶ É uma onda mecânica que se propaga pela vibração das partículas do meio pelo qual se alastra; O SOM ▶ Quando os cristais vibram, as camadas do meio material (ar, líquido, sólidos) também passam a vibrar. Este movimento é comunicado às camadas de material vizinhos e assim sucessivamente, originando a propagação do som. No ultrassom o som vai e volta! 04/02/2019 3 O ULTRASSOM ▶ O ultrassom diagnóstico utiliza frequências altas de som que são pulsadas no organismo e seu eco é analisado por um computador; EFEITO PIEZOELÉTRICO ▶ Efeito piezoelétrico: capacidade de alguns cristais, como a turmalina, de transformar um tipo de energia em outra. Gera impulso elétrico (energia elétrico) Gera onda sonora (energia mecânica) Cristais São comprimidos Quando recebe impulso elétrico INTERAÇÃO DO SOM COM OS TECIDOS IMPEDÂNCIA ACÚSTICA ▶ Todo meio material elástico oferece uma certa “resistência” à transmissão de ondas; ▶ É a diferença de impedância entre dois tecidos que define a quantidade de reflexão. Transmissão Reflexão Absorção 04/02/2019 4 SOM X TECIDO Imagem ultrassonográfica Material pouco denso Material denso Material muito denso SOM X TECIDO Passou muito som Passou moderada quantia de som Passou pouco som Hipo ou Anecogênico Ecogênico Hiperecogênico Pele ou Líquido Músculo Osso Imagem ultrassonográfica FREQUÊNCIA X PENETRAÇÃO Frequência alta Frequência baixa para media Frequência baixa Pouca penetração Alta penetração Alta penetração Ampla superfície Ampla superfície Pequena área de superfície Linear Convexo Setorial Nyland ▶ Maior frequência; ▶ Melhor resolução; ▶ Menor penetração. MODOS DE EXIBIÇÃO DO ULTRASSOM 04/02/2019 5 MODOS DE EXIBIÇÃO ▶ É o mais simples; ▶ Bastante utilizado para oftalmologia ou outras utilidades que exijam precisão de mensuração de profundidade. MODO A (amplitude) MODOS DE EXIBIÇÃO ▶ É o mais comum; ▶ A intensidade da reflexão é dada por um ponto luminoso no monitor; ▶ As diferentes intensidades de brilho relacionadas com as diversas ecogenicidade dos tecidos são apresentadas em escala de cinza. MODO B (bidimensional) Vídeo gentilmente cedido pela M.V. Juliana Darenne MODOS DE EXIBIÇÃO ▶ Representação de estruturas que estão em constante movimento; ▶ Avalia o movimento do músculo do coração ao longo do tempo; ▶ Utilizado para ecocardiografia junto com o Modo-B; MODO M (movimento) OUTROS RECURSOS DO ULTRASSOM 04/02/2019 6 DOPPLER ▶ Colorido: indica direção e velocidade do fluxo sanguíneo; DOPPLER ▶ Power Doppler ou Doppler de Amplitude: é mais sensível ao fluxo de baixas velocidades de vasos pequenos; DOPPLER ▶ Pulsado ou espectral: avalia o fluxo sanguíneo com auxilio de um gráfico, dando detalhes como velocidade, direção e uniformidade do fluxo através do tempo; DÚVIDAS ANTES DE PEDIR UM ULTRASSOM 04/02/2019 7 VANTAGENS ▶ Indolor (não necessita de sedação); ▶ Não invasivo; ▶ Não ionizante, ou seja, sem evidência de efeitos adversos ou danosos às membranas celulares ou cromossomos!; ▶ Permite visibilizar arquitetura dos órgãos abdominais, não passíveis de avaliação pelo RX (rins, adrenais, pâncreas, parede das alças); ▶ Diagnóstico precoce de gestação. LIMITAÇÕES ▶ Animais obesos; ▶ Repleção vesical inadequada; ▶ Muito gás em TGI; ▶ Pouca especificidade para lesões focais (benignas x malignas); ▶ Difícil localização de lesões grandes; ▶ “Quem vê cara não vê coração” → a avaliação macroscópica pode não ser condizente com alterações microscópicas; ▶ Interpretação do exame depende da diferenciação da anatomia de um paciente normal versus alterações patológicas; ▶ OPERADOR DEPENDENTE (depende mais da habilidade e conhecimento do operador que do aparelho). ▶ Aumento de volume abdominal; ▶ Emagrecimento progressivo; ▶ Pesquisa de metástase; ▶ Febre de origem desconhecida; ▶ Hematúria/disúria/anúria; ▶ Anorexia/emese; ▶ Gestação. QUANDO SOLICITAR UM ULTRASSOM? PREPARO DO PACIENTE ▶ Jejum alimentar (8-12h) ▶ Água a vontade; ▶ Evitar micção 2h antes do exame; ▶ Tricotomia; ▶ Aplicação de gel. 04/02/2019 8 NÃO ESQUECER... ▶ Doenças são dinâmicas!; ▶ Líquido em cavidade abdominal facilita avaliação ultrassongoráfica; ▶ Os métodos diagnósticos se complementam e um não exclui outro. RAIO-X OU ULTRASSOM? RDV Radiologia Veterinária ARTEFATOS DE IMAGEM ARTEFATOS ▶ Reverberação/Cauda de cometa; ▶ Imagem em espelho; ▶ Sombra acústica posterior; ▶ Sombreamento de bordo; ▶ Reforço acústico posterior; ▶ Artefato de espessura de corte. Reverberação Imagem em espelho Sombra acústica posterior Sombreamento de bordo com refração (quando tem líquido) Reforço acústico posterior 04/02/2019 9 TERMOS ULTRASSONOGRÁFICOS O QUE AVALIAMOS AO USG? ▶ Ecogenicidade; ▶ Ecotextura; ▶ Contornos; ▶ Dimensões; ▶ Vascularização; ▶ Celularidade. LAUDO: “Fígado com dimensões normais, contornos regulares, bordas afiladas, parênquima homogêneo e ecogenicidade mantida.” Parênquima Conteúdo líquido ECOGENICIDADE ▶Hiperecogênico; ▶Hipoecogênico; ▶Isoecogênico; ▶Anecogênico. Dominique Heterogêneo Homogêneo ECOTEXTURA ▶Homogêneo; ▶Heterogêneo; ▶Finamente grosseiro ▶Grosseiro ▶Heterogêneo Grosseiro Dominique 04/02/2019 10 CONTORNOS ▶Pouco definidos x definidos; ▶Irregulares x regulares. ANATOMIA PLANOS ANATÔMICOS DORSAL VENTRAL CRANIAL CAUDAL DORSAL VENTRAL CRANIAL CAUDAL ANATOMIA 04/02/2019 11 PLANOS ANATÔMICOS LONGITUDINALTRANSVERSAL DIVISÕES DO ABDÔMEN D VETERINÁRIO APARELHO USG ANATOMIA NORMALIDADE ULTRASSONOGRÁFICA 04/02/2019 12 SISTEMA URINÁRIO VENTRAL DORSAL CRANIAL CAUDAL ➢ RINS ➢ RINS ➢ COMO AVALIAR? ▶ Simetria; ▶ Topografia; ▶ Contornos; ▶ Dimensões; ▶ Ecogenicidade; ▶ Definição corticomedular; ▶ Litíase/hidronefrose?. 04/02/2019 13 ➢ BEXIGA RDV Radiologia Veterinária ➢ COMO AVALIAR? ▶ Grau de repleção; ▶ Parede fina x espessada; ▶ Conteúdo anecogênico; ▶ Litíase?. SISTEMA REPRODUTOR ➢ FEMININO 04/02/2019 14 ➢ FEMININO - ovários ➢ FEMININO – útero e cornos uterinos ➢ COMO AVALIAR? ▶ Dimensões; ▶ Contornos; ▶ Ecotextura; ▶ Ecogenicidade; ▶ Áreas císticas?. ➢ COMO AVALIAR? ▶ Parede fina x espessada; ▶ Ecogenicidade; ▶ Dimensões; ▶ Conteúdo intraluminal?; ▶ Áreas císticas intramurais?. 04/02/2019 15 ➢ MASCULINO – próstata ➢ MASCULINO - próstata ➢ MASCULINO - próstata LONGITUDINAL TRANSVERSAL ➢ COMO AVALIAR? ▶ Simetria; ▶ Formato (bilobada, ovalada...) ▶ Dimensões; ▶ Contornos; ▶ Ecotextura; ▶ Ecogenicidade. 04/02/2019 16 ➢ MASCULINO - testículos ➢ COMO AVALIAR? ▶ Topografia; ▶ Simetria; ▶ Dimensões; ▶ Contornos; ▶ Ecotextura; ▶ Ecogenicidade; ▶ Linha mediastinal. TRATO GASTROINTESTINAL TRATO GASTROINTESTINAL Dominique 04/02/2019 17 TRATO GASTROINTESTINAL Dominique ➢ COMO AVALIAR? ▶ Espessura; ▶ Estratificação parietal; ▶ Conteúdo; ▶ Motilidade; ▶ Regular x irregular. FÍGADO E VESÍCULA BILIAR São 4 lobos e 2 processos: - Lobo esquerdo (lateral e medial) - Lobo direito (lateral e medial) - Lobo quadrado - Lobo caudado (processo caudado e processo papilar) LEL LEM LDL LDM LQ LCC LC PP FÍGADO E VESÍCULA BILIAR Dominique 04/02/2019 18 ➢ COMO AVALIAR? ▶ Dimensões; ▶ Contornos; ▶ Bordos (afilados, rombos...); ▶ Ecotextura; ▶ Ecogenicidade. ➢ COMO AVALIAR? ▶ Parede; ▶ Conteúdo anecogênico; ▶ Material ecogênico depositado?; ▶ Vias biliares preservadas? PANCREAS PANCREAS LONGITUDINAL TRANSVERSAL 04/02/2019 19 PANCREAS PAPILA DUODENAL TRANSVERSAL ➢ COMO AVALIAR? ▶ Ecogenicidade; ▶ Ecotextura; ▶ Dimensões; ▶ Contornos.ADRENAIS ➢ COMO AVALIAR? ▶ Contornos; ▶ Ecogenicidade; ▶ Dimensões. 04/02/2019 20 BAÇO E LINFONODOS BAÇO E LINFONODOS BAÇO E LINFONODOS ➢ COMO AVALIAR? ▶ Contornos; ▶ Ecogenicidade; ▶ Ecotextura; ▶ Dimensões. 04/02/2019 21 PATOLOGIAS AO EXAME ULTRASSONOGRÁFICO TRATO URINÁRIO RDV Radiologia Veterinária TRATO URINÁRIO RDV Radiologia Veterinária TRATO URINÁRIO RDV Radiologia Veterinária 04/02/2019 22 TRATO URINÁRIO Hospital Veterinário Pet Help TRATO URINÁRIO RDV Radiologia Veterinária TRATO URINÁRIO RDV Radiologia Veterinária SISTEMA REPRODUTOR - fêmea Hospital Veterinário Pet Help 04/02/2019 23 SISTEMA REPRODUTOR - macho Hospital Veterinário Pet Help SISTEMA REPRODUTOR - macho RDV Radiologia Veterinária SISTEMA REPRODUTOR - macho RDV Radiologia Veterinária TRATO GASTROINTESTINAL RDV Radiologia Veterinária A:0,55cm 04/02/2019 24 TRATO GASTROINTESTINAL RDV Radiologia Veterinária TRATO GASTROINTESTINAL RDV Radiologia Veterinária TRATO GASTROINTESTINAL Hospital Veterinário Pet Help TRATO GASTROINTESTINAL RDV Radiologia Veterinária 04/02/2019 25 TRATO GASTROINTESTINAL IVI TRATO GASTROINTESTINAL RDV Radiologia Veterinária TRATO GASTROINTESTINAL RDV Radiologia Veterinária Dominique Nyland TRATO GASTROINTESTINAL RDV Radiologia Veterinária Dominique 04/02/2019 26 SISTEMA GASTROINTESTINAL Dominique FIGADO Dominique FIGADO Dominique FIGADO Hospital Veterinário Pet Help 04/02/2019 27 FIGADO Dominique VESÍCULA BILIAR RDV Radiologia Veterinária Hospital Veterinário Pet Help VESÍCULA BILIAR Dominique Hospital Veterinário Pet Help VESÍCULA BILIAR Dominique 04/02/2019 28 PÂNCREAS RDV Radiologia Veterinária PÂNCREAS Dominique ADRENAIS RDV Radiologia Veterinária Dominique Instituto Veterinário de Imagem (IVI) BAÇO Dominique 04/02/2019 29 BAÇO Dominique Nyland LINFONODOS RDV Radiologia Veterinária Hospital Veterinário Pet Help Hospital Veterinário Pet Help Agora que vocês já sabem tudo... NÃO SE ESQUEÇAM... SEJAM CURIOSOS... 04/02/2019 30 CONCLUSÃO CONCLUSÃO DIAGNÓSTICO RAIO-X E ULTRASSOM ANAMNESE EXAME CLÍNICO EXAMES LABORATORIAIS CITOLOGIA BIÓPSIA
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