Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Inil]ilililfltil EBta publicaçáo vêm acompânháda dê uú DLD, que náo Dodê sêr veDdido §êDarâdâmênt€. Neíe Drosrana, Olavo de Cmalho revela que os conoeiios de Natureza e Cultura, surgidos no século XYIII, sáo a explesáo de una equivo@da visáo do 'tri", presente naobrade i.Uuentes ilósolos, tais cono David HuEq (ant e Desceres. Olavo destaca o pensuentode Duns Scot, dos scolásticos e de Leibniz em que F lrata a existência do 'eu" a paÍir de uma eshutura muito mais abrugenie, complexa e vddôdena püa dscnçáo do lenômeno hunmo. Âindê neste p.osran., é hatado o sursimento do Ienômeno da 'paralaxe", Dresente no descompasso entreaexpenéncia e alinguagem, e naausênciada pretensâo de expre$e a realidade. 'Cono a aüto obúrvação 6tá muito complicada, eles a substituem por un esq!1ohâ lógico, que depoh lranslbrmam em "Olavo de CâÍalho ó o mais importante pensador brasileirc hoje-" Wagner Cdelli "Filósofo de $ande erudiçâo." Roberto Campos "Um gigante." Bruno Tolentino "Olavo de Cawalho se destaca porque pensa, reflete,eédeuma honestidade intelectual que chega a ser cruel." Carlos Heitor Cony "Louvo a comgem e lucidez de süas idéiâs e a maneira admirável com que âs expõe." HeÍb€rto Sales A existência do "Eu" AuJa23 por Olavo de Carvalho coleção História Essencial da Filosofia A!1â 23 Dor Olavô dc CaNalho Coleçáô História Itsencial da Filosoliâ Ácompânha esta publicaçâo unr DVD. que náo pode s.r vendido separâdâm€nie lmpre$o no Brasil. novembrô dc 2007 Copyright o 2007 by Olalo de Carvalho Folo Olavo de CaNâlho Editor Edson lÍanoel dc Oliveira Filho MoDique Súenkcls c Dagmar Rüzol{) Esludlo E Àndré C. Ginrenez Jcssa de Almeida Prino Os direiios automh dcsa edição pedenccm à É Rcalizaçoes Editofa, Liwada e Dhtribui.lora Lrda CEP:0,1010-970 Sáó Pâulo SP T.lclax: (l1) s572 s363 E nail: e(0erealizacocs.con.br §\srerealizacoes.com.br Rcscrvados todôs.s dirciros desk obrâ pNibida loda e qu.tqúer reproduqào deía edilio por qu.lqueÍmcio ou lonnà seiâ êlà elerLôni.a ou ne.ânicà.Idocópiâ, EraÍxqao ou qualqucr,neio A existência do "Eu" Aula23 por Olavo de Carvalho coleção História Essencial da Filosofia f:r ü ã]ii 2007 Cotcçáo História Essencial da Filosofia A existência do "Eu" - Aula23 por Olavo de Carvalho Bom, vamos fazer aqu i um aquecim ento iá que, com â inierrupçáo, todo mundo pârece que perdeu um pouco o fio da meada. Com freqüência a gente se esquece que todâs as opiniÕes que r,\ tcmo\ a respeiro da nossa propr:a uda. a' opinioes que nó" cnlitimos nas discussôes com nossos amigos, em polêmicâs de bo_ r(quin em lrcbalho. de (\co.a. em carl"5 qLe env:amos parã os iornais: todos os palpites que nós dâmos a respeito do que quer que scjâ estâo sempre baseados em âlgumas concepçóes gerâis que nós tomâmos como garantidas, e nos pârece â maneira natural e óbvia de colocar a coisa. mas evidentemente são idéias que têm uma his_ iória. E qllando você rastreiâ a históÍia. isto é, como as idéias sur- girâm, você vê que sempre surgiram de algufia discussáo, surgiram Do curso de um confronto com outras idéias possíveis e elas nâo têm essa validâde absolutâ e incondicionâda com a quâl nós estamos âcostumados a nos apoi nelas. Por exemplo, a idéia atuâl (náo digo que seja táo atual, mas que dominou durante todo o século XX), de que os fatores que pesam na formaçáo do ser humano sáo por uü lado a natureza e por outro lado a cultura, que os ingleses diziam fiature veÂús nourtiture, quer dizer, aquilo que vem com você ou aquilo que lhe foi dado pela sociedade depois do seu nâs_ cimento. Essa distinçáo nos parece óbvia e nos pârcce abranger a totâlidade das quesióes que nós podemos levantar â respeito do ser humano, e porlanto esses dois conceitos balizam tudo que a gente discute â respeito. Por exemplo, a questáo da origem das neuroses e psicoses: discüte_ se se têm umâ origem genética ou se é causada por fatores familiares, r educacionais, etc. elc. E com tanta nâturalidâde nós entrâmos por es scs canais que a possibilidâde de conceber as coisâs de outrâ nancira nos parece cadai,cz mâis remotas. Navcrdadc ninguém seleflbra disto ai. mas, coln um pouquinho de cstudo da iomlâçro desscs conceitos. você vé cono eles sáo problemiúicos e inseguros. Veiâ, nós sabeinos mais oü mcnos que quâlqlrer pessoa conscguc perceber. intuitivamcn_ tc, a difcrença entre um laior naiural c un1 1àlor cultural. Você sâbe, p, r u\r'plu !u, ^\ .r\l( rrd\ . Jrr(a.'i, nJi. nJô na..\ m .n inure e que âs án/orcs náo sáo labricadas pelâ socicdâde humaü4. Mas, pclo fato dc ser iãcil e imediâto. náo qucr dizer que esta distinÇáo bâste realnenle para ahrârgcr tcrritório coberio. Principalnente, existe o pÍoblema dc quc quando nós descrevcmos o scr humâno pelâ dilerenciâçáo cntrc làiores naiurâis e culturâis. nós cslamos lazendo isso só por unl motivo é porque nós náo temo! um ieÍcciro conceito câpaz de êbüngeÍ as duas coisâs. Ou scja. â naturcza c a culturâ nos aparecem sob a formâ dc una distinçáo irecorrivcl. Nós náo conhece os o elo cntrc uma coisa e outm. e por isso mesmo elas nos aparcccm tâo diÍiniâs. lsso quer dizer. a vcrdadeirâ eficácia desse conceito se bâseia náo no conhccimcnto que nós lenos, mas no conhe- cimento que nos faha. Baseiâ-se precisâmenle na ignorânciâ. Porque, se conhecôsscmos o elo. se conhecêssenros exâtamcntcquêlé u pdrcipio de ci,rh\ru frlr(i.r'u,e/i cr cuIura. L nrdu r.lf l'riI(pi^ e qu. \.ro u iÍor delenninantc acima dos dois. Quer dizer, se existc um tcrcciro ele mento quc concctâ ou abrânge nalureza e crlturai cntào. cvidentenrente, cst. fàror seriâ averdadeimlolÇa causal por trás dessas duâs aparôncias. Quando nós náo conhcccmos ou quando nós não somos capâzes de sâ bcrcomo â natureza e aculiuÍa estáo concciâdas. cnião, por islo nresmo, â distinçáo entre o natüral c o culiural nos pârece uito elucidâliva. lste é um caso cm que umà clâreza aparentc sc bascia. no 1undo, numa total obscuridade. ó li qrando você vê a lrultidào de disctlssócs que. âo longo de todo ,, s(culo XX, desdc a metade do século XIX até hoje, praiicamente. s( blsciâ na distinçáo desses lâtorcs; quardo você vô a intensidade rDrixolrâdâ coln que, em ccrtos debates pÚblicos. âs pesloas iolnâff t)lrtido dâ origem natural ou culturâ1 dc certos ienómeoos. chega ir scr cspantoso que uma dilercnciaçào nascida da pura ignorância Ir)ssa adquiÍr o prestigio dc conceitos lAo unh'crsâlmcnte explica- li!os c táo cficâzes. Evidcnicmcnte é uma falsa cficácia. é um fâlso t)rinripilr de explicâçáo. E âperas uma distinção pragmáticâ. uma (listifçlto errpírica entre laiorcs q e é n1ais lãcil pcrccbcr sepârâ {lirrcnie quc dc malleira intcgrâdâ. É lrais ou mcnos como ter os c(»cci1os. digamos, das difeçóes do cspaço: direiia ou csquerda \1)cô náo cons€guc ter Lrm conceito unificador enire os doisi náo lcm unra síntcsc cntre o braço dircito e o brâço esqucrdo. enlre o lado dircito c o laclo esquerdo. iusiâmente por causâ disso você os ,.:r p',rd dirir(rci r a l,rr, iz;,. ro rl". c^i.".. orâ, esse período quc â gente está cstudando. que é sóculo xVlII. a jLrstamenic o pcríodo üo qual sc forna esta dupla dc conceitos li ela sc forma subsiituindo umâ estrutura muito mâis abÍangcntc c r uito mais conplexâ quc servia de bâsc à descrição do fcnômeno hurrâno nâs épocas anteriores. Essc sistcma mais ântigo sc tornoll progressivâmcnte incompreensívcl pêra as geraÇócs seguintes, grâ_ ças à invâsão dos conceiios dc nêtlrreza e culiura. Dentro dâ difc_ \r.açü lrtrlt?-a ltu:a.ú.r l-uran. rpdr(Lr.en rr rrcir": nro lugâr, como um aninal, quer dizer, o homem, errr primciríssino lugâr. é uma cspécie animal. E toclo mundo sabc quc exisie umâ LljlerenÇa cntre o horneff c o aninal, e essâ difcrcnEâ será dadâ ius_ tâmcnic peio fator cultural. E esse lalor cultural consiste âpcnas cn1 que graçâs à linguâgem e .Lo Íaciocínio o ser humano tcm. na slra peÍcepçáo dâ reâlid.1de, uma abrânilôncia temporal maior do que os outros animais. As cogitâçoes de qualqucr aniuâl estão scmpre vinculâdasao monrento prcsenle. c) animal nÂo podc planejar o l!iuro. O aninral é pcrlcitâDrenle capâz dc mciocinâr nÂs râciocinâr con] dados quc csl ro prescntcs fisLcamenic o alrbicnte l,l o scr humâno. grâqâs à linguâgcm. tcln trmâ capâci- ,lJJ( 1..\r,.ul,r Ido.^ a .i.J.'.r.,. Ir..rr.. nr.uur'f i.urnu(' possiveis Âr!áloilas, dcntro de tlma cscalada Lle graus do abslrâçáo quc ,,ai,.dr.ru'l! ". t.rrlir ri.r. 1.,\., Í1.. ru.(on.,'o. n,.t\n\l o\ coisâs nunlâ cscala dc bilhôes de anos, ctc. clc. iuas nâ prática a únicâ dilcrcnça idcniificá\'el seriâ cssa, c cssa dilcrença, Ila vcrdade. é quaniitati\,â. EnliLr. scriâ uln ârilnâl dorâdo dc cultlrra. Através da cullurâ vocó rrânsmile algrns clcmcntos adqui' ridos pclâ gcracao antcrior. vocô trarrslnitc pârê a gerâçlto scguintc Esscs elcr cnros se incoryoram r1a linguagcm c lhe l'orneccrn, cntào. insirunrcntos cntais pârà você sc situar dcntm dc urnâ esctLlâ dc tcm- po rnâiot digamos, do que quela qLrc scu galo ou scu câchorro con_ a.luando, poranl. você sc lclübrâ de que tudo isso que eu acâbo dc dizcr loda cssa dcscriçao.lo scr humâno. toda cssa distinção crtrc o scr hrmano c o rnimal que eu âcabo dc lãzcr é bascâda no pai ,74tu- rcza e cultura. e esse par sc baseia si rplcsmcntc na ignorânciâ d! uur nc\o, cnião ó cvidcnlc quc rodo cstc bclo edifÍcb acab,r âparcccndo Essâ distlnção ó cvidcntcnrenic um lruto do cslorÇo do século \\ llr Iô - I'iJu lu i,,\a da prl, ' I ,l | ,i , ..rl se arralgâdo no scn§Lr conrulr, c quc nLrm primcno n1oücrrú nao pudc mm resislir a.r cdamc críiico cnrprtcndiclos por filósolos conro Dâvid Hurrc Vucês delcnr sc lcmbrar quc Hunic colocâvâ cm dirvidí. naio 5(') a cristôncia dc substârcias. no slntido arisiolólict, dâ coisa. rnas ata r , \istancia dc uü er'l capaz dc perccbê-las Porque elc diz que tudo ( r'{ [c n(; dispomos. como dado ao nosso conhecimcnto. são ostídos lx I)s quais nós passâmos. e esscs esiados sato perccpçaes quc nós tc- rns E. diz cLc. nao tcmos nenhum.L prova de quc cxista Lrmâ concrúo ortrc clas. Qucr dizcr cu percebo que e§tou icndo cssa percepcáo no rroLrcnto e pcrcebo lluc dâqüi a dcz lriinutos 1eI!hÔ oDlra mas clr náo t)crccbo ncnr um e conectândo uma coisa e ' nrÍrà [n1áo t7r scriâ ap.firs rm conceito gcral quc nó§ conccbemos parâ dcnominaÍ â hipó rcse rlc unr sujcito permancnle por trás dcsscs !ários cstados iuâs essc s icito, diz clc, é apenâs unrâ hipólcse. Elc nao ncgâ que o suieiio e{is tr, cle.liz âpenas que não tcmos llcrhurnu provâ d.r sua cxistência' Quândo vocô c\amrna cssc racioctuio. você vô que elc ó trm sim_ plcs crro de l(jgica. porque diTcr que âparcce cÍados. quc vocô tcBl apcnas uma sucessào de cÍados nãÔ rcle dos a llnr süicito. é a r csnla coisâ quc.lizer qlre, s€ mc dro Lrnra mâdclâda no dcdo. elr sci que o .lcrlo dól mas náo sci qüe elc ó nreü É cviLtenic que se nàLr holrvcr cssâ.elcúncja .lc todas âs pcrcepçócs a um ccnlro quc as respondc. â pcrccpçâo é sinrplcsnrerrtc impossívcl Porquc você vô que nuln cstado hipnartico o suieilo iâübónr icm scnsaçóos. m's 'í (rlê 'lc fato não rc' Ícrc a um ell. lànto que o sujcilo hipnLrlizâdo náo conscgue pcrccber a dilercnca enlrc scntlr uma nradclada no dcdo e ouvir a sugcstào de quc lcvou unra nrarlclada no dcdo, pol(]üc neste caso cle lâmbóm sentc a clor iguâlzinho: Você acâbâ dc lcvar unrã frârtÊl'rlâ no dedo cstá cloenrlo prâ cnmmba'. elc scrlle O quc sjgnificâ qLre clc tem pcrccpçao ,1) rô nÍlo undo. elc só náo rctcrc a unr ccnlro Qucr dircr quc no mundo tlc Dâvid Hume. nao hri dilcrcnqa enlrc você cstâr conscicnte' dcsperto c você cstar hipnotizado O e, qrc cle cslá ânalisândo ó o ?ü não dc uma pcssoâ em cstacto dc vigíliâ. nras clc um hipnotizado Não ó o cle um indivíduo desacordado, quc dai não tcnr pcroepçÓes colls cierlcs. mas o dc um hipnotiz.Ldo. quc tem as perccpçocs nras ráo tern \,,1r r)i !, rr r( r'r n,nr\ ltlm ,\ul.' )) () r!. de ar \r L,o, f-d lr 11úr i/rqlirs 1007 â rcaçáo centrâlizada, as pcrcepçôcs ficaln separâdas Por eremplo. a relaçâo cnirc uma sensâÇáo que você tcfl e a descriçáo verbal ou a exprcssáo vcrbal desi.L scnsaÇáo. a concxâo cnlre essâs duâs coisas é dada justamcntc pelo taio dc quc há un1 mcsmo centro responsjvo, há Lrm làior i- que é vocô l]tcsnru quc rcspon!]e a umâ c rcsponde a outra e que âs compara. que âs compara e distingue. vocés sabcm que Lrma coisa é lcyâr uma nrârteladâ no dedo, outra coisa é ouvjr dizcr qlre lcvoLr umâ ntârtcladê no dcdo. Porque nunt caso vocé esiá âpcnas re cebcndo urr estimulo vcrbâl e o eíínLrlo verbal vem dcsâconrpanhado J, .,. .1riô , u J.\lu. Lr .i r.ulu \(rbal \.nr L,rirn, r,, no cledo vcrr depois, ao pâsso que, norrnalmenie. serra o coniÉriol «)cô priür"airo lcvâ umâ r aúelada no dedo e depois você.ljz 4i. Nâo é porquc disse 4i quc o dcdo está docndo. vocé está dizcndo di porquc Essa simples relaÇao dc tcnlpo supo€ ê prcs€nçâ de um sujcito que é o mesnro. iLo rcocbcr â sensâçarc c ao expressá-lâ ou lerbalizá la. ou ao ouvir a expressáo vcrbâliTada leita por unra outrâ pcssoa Enkto. a 1ã- n1osâ crÍrica de l{ume à cxisrênciâ do ?u náo posso considcrar rüis quo unr erro Dnrito prinrário. E às vczes o qne cu me pergunio como ó que um filósolb conscguia lazer essc râciocínio dcsljgando se taLr lãcilmcnie dâ sua plópda expcriôncia? Porquc, sc ele perguntâssc a si meslllo, .,sc ( n,,r d r(rl- Ir,,..r\rc r(turtra\r!.\(n.a',\'..nrr,!,u\ cu as conccto?' E rnais âindâ. "como é quc cu consigo diÍjnglrl ias? Como é que eu consigo disdnglrir por exelllpb. cntre unla scnsaÇáo e a sua rcspecliva exprcssáo verbal? Sc náo há um ccntro agenre. sc só ieÍr eslados scpârados. cntào conro seria possívet eu declarâr urrâ sen sâÇâo? Se eu tcnho ulra dor c cliilo dl. bem. a dor é un1a coisa. o al é outrai tânto quc, quândo ieln dor \rccô pode dizcr al e pode úo dizcr. Colno seria possível a cxprcssáo e\temâlizada de umâ scnsação scm o lator qüe concctâ o paciente c o agclrie?" porquc a dor eu padcÇo, nras ll) ,, l!,,,1 r r r cr ,:ligo ai, ó umâ ação que elr cstou realizando E qlrando I I r'!n SuntLr conro ó que csta questao náo ocorrcu a David llllmc, , L 'irr' . (tur riour tiü1ta cerlcza ele diz que não há un suicit0 perma- ,irrLL txir baixo rlos vádos cstaclos. cu só posso concluir que ele dc làio ,.1 L(,'rlrLr indo as cntjclades das quais clc lala colr] o§ nomes quc âs l, .irlrLri ELc csiá conlundindo o ? corn o conccito cle e R)rque esta ,,,,,1sc quc clc lâz ó bâseada na clecomposiçáo kigica dâ cxprcssáo dc .,, r:illr)cs. ! não na descriçào da cxpcriênciâ rcal das scnsaçoes Quer ,i 1( r. (rnn toda a sua profissão dc ié empirista. ou sciâ que cnâltece o ti,sLiirir) c o valor da experiônciâ. o elcmcnlo e{pcriênciâ cstá bâstântc l, lrLrlc nâ crílica de llllmc ao conhccimento pclos sentidos. l:. rlo cn iir rto, cssâs objeçaes chcgâra â scr corrsidcradàs irrcspondí\cis l(rnl irs r(rrsi.lcrava irrcspondiveis, âtó certo ponto. Nào denros nâda de l\rrt..Iinda?.Diga.. li\luror t à llsflo segtrc utntt lilha múis ou t e os parcúdtt tr)it essa que a senhat dP.scrcDe ; onde que ele aceflú e o de qlte ele (luândo o budlsrno diz essâs coLsas ele náo diz isso parâ vocô âcrcdi rrr nclas. Pralicamcntc loda a doutina budlsla náo passa dc uma séric ,.,... É,.ru(. J. , \.r, L ô.. \',.( (\ncr.n rrrir f'1 '.'r 'r' '"i\i'' i" rl (trr rssaclo, porque !e locê passar por cssll cripcriência você chegará a Llnr rcsultado Í. A dout n budista não c bcn1 unrâ doutrha. ó con1o se losse ulntealroiYocô encenâ ccrtâs siiüâça)es, cedos cnigrnas, certos pâ_ ra.loxos. e de tanto vocô vivencinr aquclcs pâra.loros. algumâ coisâ vai âconleccr dcpois A mcclil.lção sobre isso pro.luz um rcsullado cspiritüa! ' ..u, qu( t". r1.,,n.;gu. .,,.u.'.ro uc.... n.c'r rô',' ri'j r" lAluno: Mas houae escolas tilasólicas que deJe rletaü| rcal rctlte como unlu deliniçào üetidiLa. . ) lt Entáo náo entenderan rradâ. Isso é muito colrum. Em todâ a dis ciplinâ religiosa você lcnl que distinguir o que quc é doulriüa do quc .luíL me ooo A Jnulrin". 'li di/ellooooucíq. r r' co!a) !4"rú mélodo está dizcndo o que é que voca dcve lãzer e o quc é que vocé l{l,rna: PrcÍessar, etisle ru1metnúia desses esladas?l A unidade damenóÍia, para clc. rânlbélll nao erisie. Existe memória mas náo exist€ unidadc dâ menória, quer dizcr nào tem um suleito por irás da emória. Você iem recoÍdâçócs soltas. mas você não tcm a pro vâ dc quc cristâ un1 sujeito unitário e permênenle por irás dclâs. Orâ. você ter a prova da cxistôncia do sujeito, por trás destes estados. é uma coisa: outra coisa ó você poder vivenciâr csscs eÍâdos na pÉtica scm que edista um sujeilo por irás delcs. Sc vocô pârie dos eslâdos. conside râdos scparâdamente. vocô nâo vai conseguir pÍovar a cxistência de unr sujeiio por irás dclcs; mâs você não ieria conscguido vivenclá-los sc náo existissc o sujcito por irás deles É unl crro dc n1étodo. ele está cntrando na qucslào pelo lado errado. [Aluno] Mds ele t$a acrcditaln, ou achaúa rtue íosse possízreL a et istência de üfi eú...?l Não. ele nâo âchava que âs clrilas erarn realnrcnte assim. Ele dizia apenas quc nós nào teDlos prova. Vocó dizcr quc nâo exisle prova dc urra coisa é umâ coisa. e você contcsta a cLrisa. é outra. Entáo. ele nãL) cstá conieslando queexista. rcâlnenie, o sujejio Ele âcrcdita que existe. lnas ele diz quc cssas coisâs rós não sabemos por viâ râcional e cicnrífi_ câ, nós sâbemos peio hábito c pclaüadiçào. O ponlo linâldâ filosofia de Hr,r((un.-ipologiad.lrabilu-odrrd(J. F ur ra d..rrui. uu dr. iér cia e tàvor dâ tradiçáo e do hábiio. Humc ó un pensâdor conseNador - na câbeçâ dele. No lundo ó o iffâcionâlismo. se você pensar dircito. )/ (.lucr dizcr, é uma dcstruiçio da conliânça no conhecimcnto acom_ t)irrhâdê de umâ âpologiâ da obediência à rradição c ao hábito. Todt) lrrndo pensa âssim, enlào âgente dcve pensar assim iambóm por quc isso ó bom pâra a sociedade, porque isso pcrnile a convivênciâ Nlâs você veja que a disiinqáo, a idóia de descrcvcr o ser humâro em lennos desses dois conceiios, natureza e culturâ, suÍge dcsse tjpo .lc cspcculâçóes. Porque, na vcrdade. só sobrâ. poÍ um lâdo. aquilo ludo que é o mundo dos sentidos. o mundo do conhecimento âces sÍvel aos cinco sentidos que locô diria, então. que é o mundo da râlurcza e sobra, por outro lado. todos os artil'icios lingüisticos dos quais você sc serve para conectar esscs vários dados dos sentidos. Erião vocô tem a natureza, por um lâdo. e a linguagen ou cultura, do outro. Foi o qle sobrou, né? l^luna: Vafios dizer o seeuinte: Eu fie a»umeí para dizer qüe eu sou l,lait:t Ctisíina, e setnpre que eu Íalo que sou Matia Ctislina é tlpenas um hábíto.) Dssc é o âryumento de Huflre, mas evidentcmente é furado. Isso é â csma coisaquc (no século XX, muilagentc. ânlropólogo, psicólogo di_ ziân1 isso) a idéiâ de quevocê iem Lrlnâ identidade é apenâs a introieEáo cle unr hábito social que lhe loi inculcâdo pelo de que as pcssoas cha_ mam você pelo mesmo nome. Mas se eu nâo tivesse ell ncnhum. sc cu nâo tivesse unidade nenhumâ, pâra ser designado por esse nome, quan do me chamâmpelo meu nome, como é que eu sci que é comigo? Eu náo poclerja lormar esse hábito. eles pegam a queíão p.io lado errado. Você vê que, por um lado. cxiste o laio dc que as pessoas, de fato. chamâm você pelo nome. e elas o designam con1o se você losse a mes a pcssoâ. por outro lado existe o l'ato dc que você acredita e imêgina quc você é a mcsma pessoâ c que você é o lulâno de tal. En 1l táo, pâÍinalo disso aí, conccte unlâ coisa e outra. É impossívell Prove quc cxiste unidâde por trás disso; você nâo podc provar O que você pode provar ó que seriâ inpossívcl haver essas duas coisas, chegar a essas duas coisas, cheg à Iormaçáo dc um hábito. sem quc o enie referido no nolne pcrmanecesse o mesmo. lAl.,t]nt): pdru comeÇaÍ. enÍáa ão a chamaiafi pelo nofie.l Eles tâmbém precisam me ver como idêntico a mim mcsmo. Agora, vcja o âbsurdo que tem por trás disso. se eu mcsmo náo n1e reconhcço con1o o mesmo - cu, que tenho pelo menos uma identidade coryorâl constântc. que permâneço no mcsmo lugar no espaço, que náo lenho rrrhumJ oul'a pessoa n" n(u lug.rr ro e)pacn . s< eu o unlcn ncu_ panle do meu lugarno espâço nAo tenho unidade nenhumâ pela qual eu possâ mc identificar, conro é quc umâ muhidáo de pessoas sem a menor conexáo entrc sipodcria capiar essaunidâde e magicamente me châmar pelo esmo nome? E no entânio, você verá que existem leses e tescs, livros e livros que dizem isso, que a idcntidade do ser hunano, o cu, é â intmjeção de um pâpel social Como se o papel social surgisse sozinho. Qucr dizer existe umâ eÍruturâ social. quc apareceu magicamcntc, náo se sâbe de onde, c dâíelavenl eforma os individuos.Isso ó uma inversão iotalda realidade Éteoria psicótica. ÉleatrolComo é que eleconsegue ir para câsa depois. seria â pergunta Se sc tratâ dâ introjeçáo dc um papel social. você scria incÂpaz de distinguir entre o papel exercido no teâtÍo e o scu mesmo. Todos os problenas que o ator vivcu no palco ele leva para câsa. Como otelo, ele foi corneado no palco. ele chega en câsâ e bate na mulher l\lüro: É htercssante que naquela época eles não soubessem üst o teat]o como partldiqfia;o Rousseatl íaz ísso.,, eles achafi qüe o nunda é u 1t:1 cópia do teattu...) 1.1 lir âcho. essa é uma teoria minhâ. ell âcho que toda a filosofia des !c pcrÍodo. desde Maquiavel até pelo mcnos Nietzsche, é tudo ieatro. r, ludo lilerarura. não é ciência. En nenhum monento, eles não tôm r! rritis tuima prctcnsâo. no lundo. de descÍever o mundo reâl Eles ll() cstâo iàlando disso. I Aluno: Não quercm dizet ufia coisa que laça sentido.) Vcrossímili pretendem expressar uma vcrdade verossímil. | ^luna: Não parcce a que se passa com as esquizolrêtticos?l Nessâ época eles náo eram csquizoliênicos, esquizotÍênico ficou (tuorn acrediiou ncles depois. Claro, porque você vcja, Hume nâo está dizcndo quc nâo €xisie o e . Ele está dizendo. 'existe sim; nós só náo tcLros umâ prova lógico-cicntífica, mâs ele existe; a lradiçáo afirma, r) hábilo âfilmâ. E sc nós botamos em dúvida uma coisa dcssâs nós iicârnos todos malucos, então nós temos quc seguir â trâdiçáo". Quer (lizcrt Hume náo está louco, não. Ele é âpenas. vamos dizer, um indivi .luo que está lidando com uma quesláo que transcendc à suâ futeligên cia. É este o problema de lodos esscs fllósofos. Eles nao eran capazes dc pegar as questôcs como elês se âpresentavan mesmo. Entáo você veja, pelo sinples lato de vocô cstar vivo. de você ter um corpo, de você ier sensaÇões, etc. ctc., â riquezà de iniormaçÕes que você tem dcntro c lorâ é enorne. é inesgotávcl. Em um dia você passa por mil esiados diferentes, Íecebe uma multidáo de inlbrmaçóes. pâssa mil sentimentos, emoÇõcs, idéias, imaginâçÓes, eic. etc. Isto é o que vocô cstá vivendo na realidade, agora, diga istol À totâlidade da sua cxperiênciâ real for a o mundo singul §eu: vocé lem as suas recordaçóes, você tem as suas emoçôes. você tem os seus sentimcntos. vocô tcm as suas lãniasias, etc. e1o. Isso ó o mundo seu: o vizinho tenl outro, que é dele. Prirrciro, vocô tem un1ê lingua só para os dois; c ta segunclo, dessâ línguâ cada um só conhece um pedacinho e náo 1em dominio suÍiciente dela. A realialadc é inesgotávc], é complicada' e a língua é um esqlrcna rclativamentc simpLes pclo mcnos a suâ linguà; você tem um certo \ocabulariuevo'e50b(rornrrr palu\ro' \g-ndu uma paur I nràr\ ou nrenn. epc'r\(r I rl"o a lerJ(r(ia d- ro ' dil _ J' co;"r' ràu conlorme elas Íorâm vivialas na sua conplexidade real, mas conlor me â sua língua pennitc, é muito grande Enião você cstá vivendo uma coisa e você diz ouira. Por que você diz essâ outra? Porque essa outrâ você consegue dizer. Uma vez quc você disse, você criou um esquema repetível: c você pode rcpetir e dizcr o que se pâssou Ioi isto. Mil vezes você podc dizer aquilo. e você âcabâ acrcditand') mcsmo. Porquc aqucle esquema verbal você rccotta com fâcilidade e a experiência náo ÍAluíro: Pode se dizet que é uma parulare' ptufessar'l Issoé a base esirutuÍâl dtr parâlaxe. a basc permanentc da parala- xe Pode haver a parâ1axc cognitiva porque cÍiste e§te descompasso entre experiência e linguagcm. A cxperiência é sempre irdividual e a linguagem é sempre coletivâ. E você manciar â linguâgeÚ dc tâ] modo qlle você consigâ individualizálâ' dc maneira quc ela náo se âfaste muito clo que foi realmenle vivenciado, é um empreendimento que exige nruito domínlo dâ ljnguagem, nluito donínio da atençáo e n1uito domínio da n1emóriâ. Entáo, cvidentcmentc, isso náo ó para qualqu€r unr. Mesmo que você seia unr sujeilo inteligcntíssimo' vai seÍ muito difícil você ieÍtodâs as nodâlidades de inteligênciâ ao mes Íno tempo. você vai ter uma ccrta limitâçáo' fAlunor Qrerz lez isso bem, cofise| it aptoximaÍ a lifigualefil ll\islemváriâs maneiras de fazer isso; essas mâneiras sáo especiali_ Tirchs, c ninguém dominatodas PoÍex€mplo, a expressáo dirctâ, como llcncdetto Croce definiâ a poética como eÍpressro dc inpkssões. En' iLio. o que fâz o poeia? Ele exprimc uma impressáo de tal modo que rr(r p..a'rndo n. ou\inoo renhà rlra mprr"do ndrccid-. t- )o i+o ,;rc clc sabe fazcl lras isio ai iá é bastânte trabalhoso. O sujeito passa Lrnrâ vida se dcdicândo a fazet isso c o conjunto de inrprcssões que clc ronsegue cxpriniÍ, por maisvasto que sejâ. ó umnada perto do quc ele pcnsou e viveu. Se você pcgar â obrâ completa de Shakespcare. você tcnr ali o lragmenio da cxperiência de Shakespeare. Essas impressõcs quc sáo irânsmiiidas. clas podem ser reais ou inaginárias, podem ser c()isâs que se passaram com o sujeiio, extcmâmcnte, ou podcm ser coisas que simplesmente se pâssamm deniro dclc. Seria a diferença dc locô escrevcr um livro de menórias e um ron1ance Você está trans_ fiitindo impressóes. Num caso âs impressóes acontcceram, historica rilcntci no outro, elas loram âpenas imâginadâs. Então, isro ai já é muito dilícil, requer um treinânrento especializa' rlo e. quânalovocê chcgârno maiordomínio possí'el daquela a$e, você lcá conseguido expressâr umâ lãii€ muito peqLrcna da sua experiên_ cia. Que mesmo assim pode sel müito naior. muito mais vasta do quc â imaginâÇáo conscicnte de certâs pessoas Você pega, por eremplo. o icairo dc Shâkespcare. você icm âli uma gâleria de situâçóes humênas que a nâioÍ parte das pcssoâs não chegâ a conceber nem metâde dâ_ quilo. NIas note bem. pode não chegar a conceber, mâs isso náo qner clizer quc elês náo chegaram a vivet Uma coisâ é a sitlraqão real que locê vive. outra coisa é o que você ó capaz de conceber ou imaginar' Se vocô considerâr as pessoâs na sua vida re.Ll na cxperiência quc cÍetivamcnte âcontcceu. todas asvLdas sáo eno nemcnte iÚter€ssantes porque todits iôm ramilicaEõcs com situaçÕes muiio colnplcxas. Mâs ôqI(equc,,indi\rJ ô, rorJ. anrcL nd( (or 5.'i' ,r<rre 'r'J '\o'I ur1 1r- recortc muito pequeno. Por exenploi o que ó um suieiio chato c tedio_ so? Náo é um sujeito que tem unla cxistência chata e tcdiosa, porque até a existência do chato é um enigma se vocô pensar direitinho. Se você cscrever um Íomance... A Vida de Um Pentelfuo. pode scr muito interessante, na realidade, mâs o uriverso dele é pcqueno e repetiiivo. Na hora de você dâr contâ dâ realidadc, você tem uma série de instrumentos que sáo diferentes enúe si. Um deles seria â aric poéticâ, ma§ elâ náo dá conta de iudo: porquc ten muitas coisas que náo sáo vivenciadâs como impressôes, mâs como possibilidades que você só capra ab.rrdr-rnentecnnru rcla\oes. ouc\Ôcedsve/e\ nao\ capaz nenr dc visualizar Por cxemplo. se você pcga uma sitLlaçáo vivida qualquer, uma situaçáo no teaiÍo, Ol?lo. O que a peça laz é moslrêr pâra você uma situaçáo hümana, singulâ! na qual o ciúme plovocou isso mâis isso mais isso. Mas você pode iambém olhâr isso e petgur,lat pot que eieiste o ciúne? E daí você tem quc pâssâr parâ rma outra esferâ de cogitaqÕes na qüâl a slmplcs imâginaçao narrativa náo vai lhe rcspon_ der Vocô vai ter que concct un1a situaçâo que você lmaginou con1 outras cinqúenta situâçóes diferentcs. Entào você já está penetrando numa outra linguâgem. nâ linguâgem dâ ciência ou da filosofia. E csta âquitambém é problemática e é dilícil de vocô dominá la. Eniào, chega um momenio en quc você vâi ter que €scolher: oLl você faz uma coisa ou você taz â outrâ. Nào dá pâra chupar cana e assobiar, até um certo ponlo dá, rnas... Mâs âcontece quc na reaiidâde a5 situaçôes concretas que se im pregnam na nemória e que sáo depois traduzidas e hisióriâs. narra_ tivas e em obras literárias e, por outro lado, as rclâçôes prolundas quc conectam essas situâçôcs concretas com oulrâs situâçÔes concretas em tennos de estruturas gerais. na realidade isso tudo está iunto. Se você pega a pcça OleLo, e pegâ um tratado psicológico sobre o ciúme. um está tratando de uma situaEão corcreta, especíiica. particular vivida IE li'r l0[!r,, c iulirnâ nun1 celto momento. e está expressando isso da l llrn Lrlrieirâ quc ele pode; e outra está tratando das estrutulas gc_ !rli Lll r\t)crilncia do ciúme. Ora, nâ realidade, a situaçáo concrctâ e ' ..,,r'rrL' t''r l c-roo iunlr\. náu e\lao'cpirrxo4s L aperd' na no.'a I'rl,lrÍ((r (tuc clas se separam poÍquc aqui iem o Iivro Oielo e ali tem ' r . r,,,1,, L p.i(ulogia 'uore o scnlirren'o dú.iuÍr.. ^|r\\: ^té porque a estruÍurd \eÍal só et iste arcalidade' quan' ,1,' I t|oki[eslada no caso canLrcto.] Ni() Uxisle como possibilidade pcrmânente il\Íto: Mas o muniLo rcaL. pot ei«mpLo'?) Nlrs o mundo real não sc compÔc só dos fatos já manilêstados, r l(. s. compóc de esiÍuturas repetíveis. O esquema de possibilidades lr!,rilr n rcâlidade, elc é â moldurâ da rcalidade, poriânto elc cstá na |ilrna: É |is ou me os a co Leúdo de cansciência. ) l\,lais ou rnenos. É uma relação dcsse lipo. Nâo é verdade que as cs- lruturas gerais só existem nâs singulares. Nâo, elas existem como tâis tnfque a formâ da existência dcssas estruturas gerais é a de esquenas (lc possibilidade, rcgrâs da possibilidadc: poÍlânto. limiies da realida- (lc Elas exiÍcrn como limites da rcalidade c náo cono realidades em Ele fcz umâ objcçào nominalista; essas estruturas gerais só exislem rrcs singularcs. Mesna coisa que dizer: os singulârcs só cxiste dcntro ttr' Gôtrcr»lilerários tens lún.lan,cnt,É metalisic.i, OLaro dcCrvâlho dcine' 'dodc,.{,,i1o-c !,g,'.o. ê,r', "d'p.rrlodo' .'. i . o i kl nin po rl r:J r Dâ|. 'strbo'u rÍud.s Reunidor . É Reâliza(És Sáo Paull,. 2007 O pútrn] aulor ra"mcdd' o cltudo de \rdiio Fcrcna dôs Sanl,)s $b!e o a$unlô, co.lido no \Ôlumc '\ srbedoria do§ prnripror', (5á! Panlo. Ilalc!e,1963) l9 da eslrutu.â gcr.Ll Nilo ó âssirn, cssas duas coisas ntlo são separá\'eis' EIas sáo distinguívcis. rrâs náo separávcis EnlAo. se vocô clisscr por cxenlplo. no caso dc homicÍdio' O que a homiciclio? llomicídio consiste ern vocô iâzer para um suicjlo o rnris irreversivel dos rrales. Nâo é isso? Sc v)cô rollba Lrrn dinhciro .lelc. vocô po.lc alelolveri sc voca lela cmbora a mlrlhcr delc cla podc !oltar par.r clc. ]!l|1 tlnrâ sórie dc n]âlcs quc, de âlgunr lnL'jdo' podcN ser rcvcrsívcls. mas sc vocô o nrata' v'rcê não o po':lc de\d ver à \,i.1â Náo ó assirn? gsiâ rclaÇáo entrc o aio nral c.r irrc\ersihilidâde da sua conse_ qüência cstá pÍcscnie cm lodo o honlicídio quc acontece E elc só é tlln homirídio por câusa disso Sc voc' irvcsse o poder de Iazcr o sujciio rcviver, \ocÔ iâüais seria acusado !l' homicídio' \bcê flaiâ- va o câmâradiL e o ressuscjtrla nril vezes, c aí qtrêndo o âcusalar dc homicidio. ó t) lutãtto aí, eslti 1)irL)! Esla irrevcrsihilidâde csl'i prcsentc cm todo c qualquer honicídio. e 'le só ó um horricidio porlLlc clc icrn cssa cstrutura Entao, vocé nâo pode lazcr o lãcio!ínio norlrinalistâc dizcr:a rst rrr rao cxisic. só cxistc ó o honricidio singü1âr porquc a impossibili- dâde.lc revilcr a vítima cstá prcsen(c cn1 lodo e qLrâlqllcr hoinicidioi elâ náo ó apcras unr rrome gcnérico quc \,ocê dá a uma s'rie dr âconte cinrcnlos singLrlares NtLo ól fl ó un] limitcda piópria realidâdc' Por isso cttlc o nolnilrâlismo está errado. NLrnca sc podc aceirar a otricção nonrinâlista quc di7 quc esscs c.trrccllos gcrâis sáo âpclras consrru çócs nrcntnis quc !ooa lcz cDr cilra cla rcalidâdc' porque o quc cssâs constru(aes crpressanr sáo os limlles inlr'ânsporríi'cis cla rcalidadc Àgoü, o no!rlinalisiâ fâ7 cssâ conÍtrsao porqilc cle conlundc o ntodo rlc cxisiancir,:los cnrcs conr o rlx)do !tc cxislÔncia dos li'ritcs 'luc dc- finem csses cntcs Elc csiá conlundindo por âssim dizc'l o contcÚdo nrxicriàl .1o tciriranlo to]n o iinrirc dcle. Por c\ornplo a ironlcir'r cntrc , slir cirsâ c a casâ do vizinho. "Nào. a Lrontcira nao c{isrc. é apenas In'\r. \,, 'r'h, (' lô'iu'' ír, .'nr'd'qrr('". "'u r{lc lirzo do lâdLr de lá É um lirrritc rcâI, cle não cxistc lisicâmcntc v,nallãopoclcdircr: qual óacspcssuiadalrunicira "' Alrontcnànão l.u cspcssul? Ah. sc nao icm cspcssu|a. náLr nredc nadâ Nlis a Irur l.Lra n:ro ó unr pcdâço do tcdiório A Íronteirâ ó o lilniLe eotrc dol§ ,r,/,i/s dc possibilicladcs de ação: âqui eu posso làzcr isso, âli clr rao r)sso E csse linritc ú imp.rsto materialmcnte. Coriro voca vai dizcr quc s5o nrlo cristc. que isso ó apcnas tlma construção rnental Claro que ,,r()l li notc quc eü estou dândo urü cjrcnrplo dc uma dilcrcnqa rons lnridâ lnenlalmcntc pelo ser humano Elc conslr(ii, nós deltrminârnos rL lrontci|a: ela náo exislc nâiurâlmentc. vorê i.venrâ. Nlas dcpois quc v(,ra inveniâ cla e.\iíe. Àgora, muito üais rcais são os limiles quc cxis(crn por si nresnros l!)r cxcDrplo. o lilnilc enlrc duas espócics aninrais Faqa vocô o que lizcr. âs câdclas náo vlto comcçar a parir galos. luâs ntLo !áo mcslnol 'A cspécic.ro é só o csquenra mcntâl que eu llz parâ âgrupar os enlcs rssinr. assinr" . Sc losse ulr csquerna rncnial meu, isso Dao lirrilaria rs possibilidâdcs do próprio cáo. Náo é porque cu o ch.rDrei dc cáo qlrc cle naro podc agir conro gatoi r!ão ó porqüe eu a chanro dc câdcla qrrc rlà não pLrde parir uln gaio E porqlre ela ó a cadela e náo a gatr ErÍão {rlr naro tenr essa possibilidâdc. Quândo nós pariinros da rronrcâçào dos cnics sirrgularcs. vamos dizer nârrativa olr dcscriçao dos cntcs singuLares. pârâ a cxPressão dâs rclâçócs qüc c\islerr cntrc cles. nós passamos do mundo do dado. do mundo dos 1ãlos, para o lnulrdo da possibilidâde, podanto. da inr nrssibilida.lc tâmbénl. E esle núrncro. às lczcs. ele é mais cluro, I ais icsiÍcnte alé do quc o rrrrndo real. Às vczcs. dentro do mundo rcâI, \()cô le certa nargem dc lnanobm, mâs quândo sc eniÍa no possivel , , irfn.L\.1'o."'.ri lini .'rrr/r'11{r\' ZI l\lütto: O que eü disse é que üão é qüe seiam cofisttuções mentais ou ndo existam de ma\leiru teal- EÍistem de maneira real, t as íne' rc tes a um caso singulctt.l Náo sáo incrcntes ao ca§o singulâr BilhÕcs de anos ântes de apa- rccer o caso singula( aquilo já era assim. Vacas não botam ovos e ga- linhas náo aláo leitc. lslo é assim bilhôes de anos anles dc existircm âs galinhas qlle cxisiem prcsenlenente e as vâcas que criisten presente_ menie. Esta limitâaáo, eià existc de pel si; ela náo existe fisicamente, ela existe como cstrutllra do mllndo. E]â náo exisie no mundo, mâs como estrutura dele. lAlunâ: I/a,flos dizet que é uma espécic c inla. !'lotte e Ao A estruiurâ delc e o coniunto dâs suas possibilidadcs e linlita- çóes continua a nesnra, cxisla ou náo exisia. Veia, todo o concei n g\íal nrn de.iPnâ rndreridlÍr.11( o' \r.c\ quc n rurnpõcrn' otr' compÕem a espécic; cle designa a regra de consiituiqáo da espécic. e portânto o coniunto de possibilidades e impossibilirtades quc a definen1. A cspécie galinhâ nâo é constjtrida da coleÇâo dâs gali- nhas existcntes, mas é um esquena dc animêl que determinâ ceftas possibilidades e ccrhs limitações. E que os aninais que viercm a existir co cssas possibilidêdes e limitaçóes nós châmarcmos de galinhâs. E isso iambén quc dizer qüc os nomcs das espécies, os conceiios das espécies não surgem por §onê dc câractcrísticas co- muns ê del€rminados entes. Isto cu já etpliquei, não neste curso, mas no scminário. E pârê você forúar o conceito de Lrma espécic. quantos exemplarcs você tcm que tcr visio? Um só. Quando você viu o prineiÍo gato, vocô náo pÍecisa ver quinhentos gatos e cornpa rar um rom úJIro para re' a c\p\.iefd/o. Po quc d etpc i' ga'o ia cstá nânifesta no prineiro. z2 ll»ianto, você náo forma esses conceitos gerâis por indução. so r . rdu um ca)o com oulru... L ludo isu \ere\or .5çêr cni'ac \ nl iun si(lerâçâo, ai vocé percebe ondc o Hume eslá errando. Sáo erro dc Ió- O conceilo das cspócies náo é formado por induçáo, clc ó forma- (1,) por uma transposiçáo do mllndo empíico dâ rcalidade dâda pâra o rründo dâ possibilidade. E essa transposiçào é de lêto imediata. l\)r cxemplo, você vem caminhando por uma ruâ, e êli um cachorro (loi(àdo. O cachorro pode coütinuar deitado. podc levantar e vir âbâ- Itlndo o rabo paravocê, pode lâtir ou podc mordê-]o. Sevocé percebe o cachorro, n1as ráo percebc quc ele pode lazer todâs essas coisas, v()cê náo perccbeu o cachorro. Perceber que ali rcm um cachorro é pcrcebcr que pode acontecer tudo isto. Agora, ccriamente ele náo vai lcvârta! baier âs êsâs, botar um ovo c dizer cocodcó: isso eie náo vai fàzer En!áo. perceber um cnie é perceber o que eu chamo cícalo dc Latência. o citcrlo àe latência é o conjunio do quc clc pode lãzer irrrediatamcnte. E perceber qualquer enic ó pcrceber un cículo de lâtônciâ imediata e inseparavelmcntc dcie. lsso não é uma dedução que você Íaz depois. Uma coisa é vocé ier apenas â sensação visual !le cachorro. A sensâçâo visuâi não implica â consciênciâ de que âli rcm um câchorro, é âpenas uma estimulaçáo visual. Perceber un1 ca- chorro é perceber que ali tcm unl animal que pode se compodâr como câchorro e náo como gâto ou como galinha. lA'unu \/r\..\opode dtponnr qLtp 'rto a primt ttu t'c. que eu üi um cachono, só pode saber que ele pode fiaúet se aocê... depois de aLguma eqetiência. .) Náo óverdâde. Porque âlgumas dâs possibilidades dele nao iodas. evideniemente estáo prescntcs paravocê perceber todas as possibilida' des do câchorro, você precisâ ter observado pelo mcnos um cachorro 2l durante muito tempo Mâs âLgumas das possibilidadcs delc eslao dadas imealiâtamente nâ sua loÍma. Se o bicho náo te bico cle não bica' lllfino: Pot exenlplo.lti l1a Ásia há tu a espécie de Eato sem pêLo l Náo. Você náo prccisa deduzir todas as variedades dâquilo' Existe uma boa parte alâs possibilidacles que você só conhece por expedênciar Íra5 pora quc \ u.e DU'\d flreg"rJ LÔ'lhe'cl e"ds lor ' \pe_:fncio oo\_ terior. e portânto. pârâ completar o seu conceiio por induçáo a pattir de inlbrmâçóes âcumulâdas, é nccessário que nunl primeiro momcnto você tenha percebido o esquemâ ciaquele bicho ali o csquemâ de pos_ sibilidades quc o conlpóc. F.rtaô. se o bicho nào tcn1 bico elc nAo bica se e1e náo teln dcn te cle não morde. sc ele náo tcnl âsa elc nâo voa lsso cstá dado imealiâtamente. porque aquele órgáo é o órgão do cxercício daquelâ funçáoi se cle está laliante. âquela iunçáo náo existe Você nào pre cisa ter observâdo... lÃlt\rLa: É un gato set PêLo) Você vâi dizcr quc é um gâto scm pêlo ExaiamenÍc' Como é que vocô sabc que é L1m gato sem pêlo? Porque gâto nornâlmente te pêlo e esse náo iem. Agora, quando você vê uma taÚaruga sern pêlo' Isso qucr alizcr quc peÍccber o primeiro cnte dc uma espécie é per cebcr um coniunlo de possibilidades que é exlensível â outros mcm' bros.lcstâ mesmâ espécie. Você nâo pÍecisâ conhecer tlrdo' Por que? Simplesnente signilica qüe você náo sabe tudo a respeito daquelâ es pécic. Mas os elcmenios esiruturâis que define a espécie você capta imcaliâiâmente. Sevocê r1âo iizcsse isso com a primeira náo adiantâvâ Ja, o srgur'do. o r.'ieiro. ^ o,,rrLÔ' u quinlo ' \e v'(( au I er um fri meiro gâto, vocô nao sabe que elc nâo voa, você pode ver nilhóes de Nrt()s, o máximo que você vai dizer éi 01ha, ató agora náo voaram. mâs isso ná0impede quc o próximo voc. lAlrno: Dizem que tefi üfi que üaa.l Nào. náo é ?,oa, ele pula, clc plana. Nós sabemos que planêr é pos- sível. até parâ nós. Aliás, você plâna necessariaúente; bâstâ ofcrcccr resistênciâ ao ar, bâstâ ocupàr um lugar no espaço, você plâna. O pro blcma ó saber a velocidade da queda, a vclocidade do pouso. Planar todo nundo p. na a'. a b,,ld d. .lunbu. .c \oci iogrr Enião isso qucr dizer. quândo você percebe um enic. vocô nâo per- cebc só um ente sepârado. Você percebe o csqucmâ da espécie. e a percebe como circulo dc lâtônciâ, corno um conjunlo de possibilidadcs que esláo presentes. É a velhâ pergunta de Sáo Tomás de Aquinor 'A ovelhâ nuncaviu um lobo;o ptineiÍo lobo que elâ vô, cla sai coIrendil Por quc'/" Porque elâ sabe que aquilo nâo prcstai coisâ boa náo é. Entáo. isso aí é uma làculdâdc que os escoláslicos chanavam est! fiaLiüa. A esíimatíL)a é ê âvâliaqão do que pode aconlcccr Acontece qtle a esíimatízra não é separada da percepção. A cstimativâ não é o raciocínio É para isso quc cu ini.entci o conceita do circ lo de hÍên- cia, quer dizer, â aparência do bicho está pâiente, mâs tcm um círculo Jel"len.r" quc\n.r pirrcbl. equeedado n1 -ud propria ria(áu pur cxcmplo, â reâçào de nedo. De medo. dc dcseio, de curiosidâde, etc. etc. Essâ reâçáo expressâ um conjunto de conhecinentos quevocÔ tcm â respeilo daquele cntc, no prÍneiro rromento quevocê o vô. E sevocê examinar o contcúdo dessâ prilneirâ e{periência. o conteúdo cogni tivo. quer dizer, o que é quc cu pcrccbi qlrando eu percebi o primciro gato? Se você lor capâz dc descrever isto âqui, você terá o conccito dâ espécie. Você verá que náo percebeu êquele enle como um ente singu lâr c irredutível. mas o percebcu como um tipo. Porque, se você o pcr- cebesse só como ente singular c irrcdutível. se você o percebessc só na 24 sua singularidade, e náo no seu esquema gerâI, vocÔ nào reconheceda o segundo quando o visse. Aqui, por e{emplo, 1em o gato. Esse gato aqui é gordo e pretoi de_ pois tem o outro gato quc é mâgro e brânco. Se cu percebessc só a diferençâ. eu saberia só que aqui ten1 unr bicho gordo e preto e lá tcm um magro e branco. mâs náo sei se os dois sâo gêtos À indução é a co paraçáo de câsos semelhanics. Como é que eu sei que sáo scmelhântes? É poÍque cu percebi â scmelhançâl lAlúna A tt ot Í o loe ia?l Nâo. náo só na moriologlâ. Se lbr percebcr só a morfologiâ, sem o círculo de latônciâ, eu só sâbcriâ a iorma externa do bicho. conhcceria a figura delc, e não a formê no sentido arislotélico, que é a própria essência do ente. E cssâ esséncia se define como um conjunto de pos_ sibilidades quc é inerente àquelaespécie. É isto que eu pcrcebo quando perceboo primeiro, equando percebo o segundo, o terceiro. Eé entre essas váriâs percepçócs integrais da torma. náo só da ligura. do recorte da figura, mas daformà no sentido arisioiélico. lbrna como no sentido dc lómula... Quando eu comparo vários animais com â n1esna fórmu Iâ. sabcndo que é a mcsma fómrulâ, aí é qlle eu consigo exprcssá lâ e dizer a definiçáo da espécie. Mas cu consigo dar â deiiniçáo da espécie porque eu perccbi â iornrâ da espécje, dc um por um. Se náo eu não sirberia o quc co pârar, cu conpârariâ un1 gato com un1a bola, com um jacarój com uma nuvem, e náo ia ienninar nuncâ. Então. eis porquêo nominalismo é toialmcnte elrâdo. O nominalismo éumabaixa intensidadcda percepção, assim como essas teorias de Hume são perccpçào bairâ. EIe não peÍc€bc dircito o quc se pâssa nâ sua cons- ciência no iníantc cm que ele conhece. Então o que é qüe ele faz? Cono â âuio obser./açáo real está muito coffplicadâ, ele a substitui por um es quenra lógico. Descadcs iãz anesmâ coisâ. Descatcs está queÍendo des 26 o.!cr o csiado dc dúvida. mâs csta dúvida é muito conplexa e chegâ um rir()nrcrto cln que ele perde o lio dâ meada da descnção. cntáo ele passa a lrlcr um râciocínio sobre a dúvida panindo do conccito de dúvida. flumc tâmbém: 'vâmos aqui cxanlinâr o problenu da continuidade do ,1/. tintáo varnos examinar o eu". Dâqui a pouco perdeu o fio dâ meada, rrrs sobrou o que? O conceito do eu. Entáo o€ü scriê o sujeito constan lc for lrás dos estados. Bom, é assim que eu o defini, âs isto náo é o /r/, isto ó a definiçáo quc eu digo do aü. Então. uma vcz de posse dcsta (lcliniçáo. eu vejo que, partindo da existênciâ dos estàdos, considerados distinianientc, eu náo consigo deduzir iogicamente deles a existência do suieito tal como eu o dcfini. Então. eu confundo uma dificuldade lógicâ com ulna dificuldade ex' t)crimental. Isso aqui é muito comun1. EIe comeqa talândo de um lato, clc está dcscrevendo um làto. Mas pâra descrever o fato ele usa ccrlos conccitos. Lá pâra diante o Iato comcçou âficaÍmuiio complexo, a aten çào se dispersa. aquilo somc dâ memória, e sobrou o que? As definiçÕes. r)s conccitos. Eúláo elc opera só com as definiçóes dos conceitos. faz râciocinio em ciina dâquilo e acredita que o que clc está deduzindo dos conceitos sc aplicârá aos cntes reais. Eu digo nâo. O qüe você deduziu dlrs conccúos só se aplicâ aos eútes tal como definidos deniro daqucles linitcs, os linites da definiçáo. lAluno: --. o nunilo da Lifiguagem, que é mais limitado....) Claro. Você passou da realidêde parâ a ljnguagcm. lsso é a grande .. nra!'lu hu nar ã. q lenld\ao o. L\à nu pcrdl)ô. is'ú lAluno: Col,?o?. ] Nâo loi uma bclâ conversa quc ele pâssou ncla? O que é quc a ser pente tinha â nào seÍ um discuÉo? Por um lêdo você iinha o jardim, âs áÍvorcs, mais isso, mais aquilo. "VocÔ ficaâÍdeniro evô se se comportâ". z7 D€us náo chcqou Írara clcs e disse: "eu vou lazer um negócio pâravocês aqui. eu vou làzcr unl jardim, assim. assinr, assín.." Ele 1êz o jardim e borou os câras lá denlro. E a serycnte o quc é que lez? Chegou con um raciocínio. náo con1 fâios.'Iinha até u a lógica. En!áo, â serpcntc cstâ\,a operando êpenas denlro do unjverso da lin_ guâgem. Unra dâs dilêrençâs de Dcus paÍa o djabo ó cstâr Dcus vai da realidâde parâ â linguâgcm, e o diabo vai dâ linguâgen pâra c ar umâ rcalidàde â partir da lingurgem. lssoómais aniigo que andârpâra a 1re tc. N a Bibliâ está cscriio isso' eslá coniâdo para vocêl A djlercnEa é esta, o pÍimciro alo dc Deus foi criâr ê realidaale eriÍcnte. criar o cenário exislenic Daípôs iáo homen1' dai até lala àlgüma coisa con o homem Mâs anies dc dizer qualqlrer coisa parâ Acláo ou pâra Evá iá tinlú leiio tlrdo aquilo. Quer dizer â conversa, o diálogo, vÔm dcpois Agora, no caso dâ seQcnie. o diálo8o venl prineiro "Olhâ, você 1àz âssim. assiln, quc dâí \,âi âconleccr têl coisa". Aquilo que o diâbo está lÂlândo pocle até âcontccer nas aparece primeiro como linguagen ÍAlfflJ: É pot issa lanbém que nos Poüos atllilos só se da a crédila aa qh u a rP\'aa lolaÜa dcpoi\ 4uP elo 11 \' 'P u'nr boa f^Lt ttPnt ta de aid.t..l Mas isso é óbviol thlar ó lácil. lAlrtlo: E hoie en dia o que acofiLece é etatane te o inz)erso l lnversãoiotâI. Nós dev€nos isso àfilosofia do século XVlll Devcmos isso â esses raciocirios tipo Hunle:Nós nAo ,s,ros eu nefi|1um' l\h' está ótimolAgoÍâ, sc você nâo tem ell nenhum, o quevocê eíava cxplicândo na página antcrior você conlinLra cxplicando na páginê seguinte? Como é que vocô quer quc cu acompânhe a continuidâde do scu raciocítio' se cu nlesmo nãLr lerho conlinuidade âlguma? Você eslá rne pedindo denâisl ,!.N Iir pcnso assim, sc cu lbsse David Hume e lbsse esüc\"cr nãa existe lrItltna cantínuidade da su, cu ficada inibido dc continuar explicando ,, rrur raciocinio para um ell que não iem continuidade algumâ até temi rr rde Lcr aquela página. 0 idiota que l,aimclcrnáo lemconrinuidade ne ,,Irunr I Éntáo náo adiânta âqu i fazcr Lrm belo râciocínio de trintâ páginas, 1 lrirido ch.lar na páginâ 3 clc iá náo é o mesmo que leu a página 1. ^gom, o que eu mc pcrgunio é por quc é que Dêlid Hume não 1ez .ír pergunia O que ele deviê ter dito é: 'eu. David Hume. náo tenho rnhlrma pmvadeque oer cxisla. Nao ienho porque? Porqüe cu souum .r.1ino.nâo elan1inei o assunlo com suficicntc âterção. Entáo cu náo vou (lilcr nadâ a rcspcito' . Era isso que clc tinha que ler fcito Q..r Ji,?r r .( rL r, . rna F r-a tuc (u po .\p.r'en.ru'ei.l^Ícxpe-i arciâ, por hábito, por tradiçào. eic. etc., e poroutro lado, eu vcio que pelo râcocinio eu não consigo pruvarque aquilo existe. por quc ó que eu devo srLpor que as limitaçóes do rneü raciocinio pessoal naquele momento sáo lilritaÇôcs universais intmnsponíveis? Por quc é que ele cliz a ruzãa nãa Nde praut, e1n \ez (lc dizet eu fiAo posso prczrút? Lú n^o sci. ^ idéia câ$csiana de que você só dcve âcredilêr naquilo quevocê podc provaró dâs idéias naiscrctinâs que você podc imâginâr porque vocÔ está supondo. prinleiro, quc a sua capacklâdc prLrbante é o liffitc dâ rcâlidâde. Nias quântos vocô ó. \.ocê é eu. vocô ó o seu vizinho? Nâo Você é sóvocêl Pode ser qrc aquilo que você náo consegue pÍovar agora chegu e outro quc oorlscgue. daqui a pouco. A apaÍente modéstia da dúvida cârtesiana, â modóstiê dos céti_ cos. oculiâ umâ arrogância absoluiamenle derrentc. Quer di7er, mcu filho, que aquilo quc você náo conseguc provar nao existc? QLre brin cadeira é essâ?1 No lundo. sc você pensar bcrn. todâ a lilosofia dcste periodo ó ba_ scada nesse absuldo. Toda r1,Lo. tem gcntc que escapa dissor Leibniz a nrn exemplo Eu chcglrei â clâr Leibcniz aqui ou ão? Z9 Náo?IEniáo é hoje mesmo qüe iricla" lt is noa ot neztet ' Enlâo tem gente que cscapâ 'lisso, n1as escapam vamos dizer' in' teligênciâs ver;acieiràmcnte supeiores se você pegar um livro dc his_ tór; da filosofia, você pode ier certezâ de que pelo menos cinqü€nta' sessenta por cento .los caras que esláo âli sáo idiotas Depois tcm mais uns vinte ou trinia por cento cle indivicluos relâtivanentc talcnlososr e tcm uns dez ou quinzc qüc sáo realÚente chumbo grosso' O que ó uma inteligência poclerosâ? É uma inieligência que ficâ prórima da experiência reâI, que náo foge da conplexidêde' Ela voltâ " "xunlinu d" ,roro, 1em uma coisâ aqui que cu nâo cstou perceben' do direito". E conscgúe voltâr c voltàr c volt'Í c dizer a coisâ' nao como âutomatismo lingüistico quc o âulomatismo ]ógico the inlpõe' mâs como a coisa mcs a esiá tentândo clizeÍ Entáo através daquele individuo. umâspecto darealiclâde sc torna linguagem se incorporaÍa linguagem. E nos outros náo ó só a Iinguagem quc se repete t. "t"-pfo, quanilo Descartes diz que existem duâs substàlciâs' ulna subsiância qüe pensa e outra srrbstância que consisle cn1 tcr exten_ são, êle está dizendo que tudo que cxistc na naiureza corpórca é delini do pela cxiensao. O que ó qüc ele fez? Ele criÔrr dÜas definiaôes de subs- tâncias. Éntáo, tudo âquilo que tem cxtensão eu delirlo como corpo e o coIpo. por süa vez, é clcfinido pclâ extensáo' Ilmâ vez feito esse conceito cle nao volta a examinar o negócio' Elc ti(a deduqÕcs a pdrtir dali' E usâ essas clcaluçôes pâÍa explicar uma infiniclade 'le fenômcnos' Como hoje' por exe Plo. nós cstávânos lalando nâ dislinção entre nâtÚreza e cul iura. elc usa a dislinçâo entre â mcnte e o coÍpo A nente é aquiio que lala consigonresmo, quc pensa, c o corpo é aquilo quetem extensão' ['1c náo párapara peÍguntar: "mâs corpo é cxalame te isso ou isso é âpenas uma definiçao que eu dei?" E essa é a pelguniâ que 1ãz Leibniz Entáo, cle olha a rcalidarle os corpos que estáo prcsentcs c diz: "a exislência desses corpos ó lornladâ de extcnsáo?" Náo pode ser porque extensáo, por delinição, ó infinitamenie divisíveli e aquilo que ú infilritamente divisível náo pode sepârar um ente do outro. Sc os oorpos lossem compostos de exiensâo eles náo eristiriam. Quer dizel o que que laz com que este obieto seiâ esle e náo cstc? A genle podc hlar de cntidades vivâs, por cxemplo. âqui tcm um gato, ali t€m outro gato, êqui tem un gâto, ali iem uma vacâ. Ele diz o scguinte, a eÀien_ síLr náo basta parê mânter ju nias as pa es deste gato ejunias as partcs ,l,qu"la vdrr pu"q.re á.\r\ nsiu nru (ô lecro. d u\rcn.Jo J \ dc. L unr" observêção bastante simples. VocÔ vê que as pades do gâto coniinuâm iunlas e as da vaú continuam iuntâs. Cono c que a extensáo podc fa' rer isso? Cono é que o simples laio de mcdir Í ou ) ou de pcsarl ou I pode iàzer isso? Se você lom todas âs medidâs possívcis e juntá lâs, você náo compôe o gaio. Prccisa ter un1 algo que coere essas partcs. O conjunto desses elemcntos mensurávcis que compÓem o gato, se ,1, pr rd, *. da 'inrp rs (rr<r.a^ cl. ' ' ua.:arr como rn. rà. Uma coisa são os coÍpos da matenátlca i se você pegâr un triângulL) ou um tctrâedro. eles sc compõem do q!e? Das suàs medidas, somenie disso. Àqui tem um triâruulo, aqui tcm um quâdrado, ou um losango p,1,. neJr.la.. p.la <\len."^ \4d\\ioco'nô. na.\rrr.rriLo' qucnau rxisiem. Bom. nas e os corpos que existcm'l Eu posso dizcr que o rriângulo compoe-sc só das suas mcdidâs porque o triângulo só existe quândo eu o penso Ele de lâio sc compôe só das suas nedidas porquc cle é apenas um conjunlo dc possibilidadcs matcmáticas. Mas se eu Iao estou falândo dc corpos matemáticos, màs de corpos fisicâmente cxistcnies? Náo bastân âs medidâs. Pois é justânenic esta coisa quc se chamâ cxistênciâ, eristônciâ singular. Entâo ele diz quc as pârtes destc gato ou desta vãca nào bâstam quc eias ienham tais ou quais mcdidas. que tenhâm tal eÍtensáo, tal peso, eic. cic. EIas pÍecisam estâr coeridas ncsta individuâlidade. nestc scr individuâl, c náo no outro. Você nào pode trocar a pata dâ ll vacâ com a câbeça do gato Este fator de coesáo é o que Leibniz cha lrla /orç4. Dcpois loclo nundo começou a usar o conceiio dc força' a" "r"rgin, "t. "t.. ltu, é Leibniz quc descohrê isro Existe unr faior de coesào cm cada ente in'iividuâl quc laz com que ele scia cle c nao ou outro. E este fator de cocsão é absolutâmentc i(teclutivcl conl o do ouiro. e ele não tem nadn a ver coür âs nedidas' Elc é o que os àntigos escolásticos châma\'âm a Íótmúla subsíattcial da e'le' quer dizcr é a fórmula singlrlar delc. que laz com que ele scia cie e não o outro' Muito bim. entáo, quan'lo Lcibniz tocâ nesse problema' chega a rnexcr nisso porque ele, quanclo era criança' lerr Ôs livros dos escolás_ ticos. Leibniz, quando tinha tÍcze quatorzc ânos leu todos os esco_ lásticos que tinha ra bibiioteca 'lo pai dele como se fossem romanccs' po.*eru direrrio. f,'I,,is iârtle quân'lo ele iÔisc dedicâràs ciênciâs' LnrbroLr quc alitinha algumas cLrisâs intercssânles e aprovcitou âLgo Nos cscol,rslicos já surge a discussão do que clc ct.afia o pÍillcipiun indiztiduationis, o pincípio da inclividuâçáo Co o os sercs se dis ,irguem perr, ro-ma J"' 'u"' ''peci" '-'p( '' Lunrl.lr .De "c \dca' ctcl ctc.) surge o probLclra c1e como é que sc distinguem entâo os inalviauos. o quc e que distingue os indivíduos' E aí surge u11ra inte- ressantissim a ;iscussào que opóc Sáo Tonás de ^quino a John DLrns Scot c eu ia rnencionei isso nâ aula ântcriorr c é a este problcmâ que Leibniz vaivoliâr' Sáo To ás dc Àquino diz quc as difcrenças cnirc as espécies sào quâlitati\as. ou seja, as espécics sc clistinguem por ccrlas qualidâdes oUlct;ras clue as consLituem; por exernpllr' seÍ rnra âvc ou ser ân1l_ t".o, .tc. "t.. ltu, qu" ns indiliduos' dcntro dâ mcsmâ espécic só se distinguem materiaimentc' Entáo é cLr o se tosse uma mesn1il forma recoràndo vArias liaç')es 'le unrâ Úcsma natéria Uma maiéria ho- nogêncâ. Por cxelnplo. locê pega aí u peclaço de ârgila e ali' conr -'"JIr'0''' rr lornrinhâ. você recorta umâ, rccorta outra ' A lormâ é a n1esma' lr)rtanto. quâlitativamcnte. as várias esirututâs fomlâdas são a cs_ ,Lrr. Elas só se Llisiingüem espacialncnte. isto é mâterialnentc' Esie [)i rccortado ncste pcdaço de atéda c aquelc foi rccoÍtado naqLrele Icdaço de matéria. IAlunâ: Essa parte quc o Leibiniz chama dc "iorçê' como é chan1a- dr pclos EscoláÍicos? l lsso corrcspondc àlormâ substâncial Mas âcontece que â tcorià da ir)fl]ra substancialé aplicacla sonentc às cspécics' Dentro disso surge o pmblema dos indivíduos Enláo. lohn Duns Scot exâminâ essâ respostâ c diz' "isso ai náo polle iunciondr. no mtuimo. por um lnotivo: porque isso ai coniradiz r doutrina cristá dâ sâlvação da alma" sc o indlvíduo só sc distingue do outro materialúente e náo lornulmcnte, quer dizcr, se a individua_ lidade náo icn1 nenhuna qlralidâde distintiva da outra como é que um pocle ir pro céu e oulro ir pro infeÍno' como é quc u pode scr santo e outro po.lc serpccador? Entáo, ele diz, "além da dilercnqa quântitâtiva oLr naicrial dcve exislir ürnâ lonna substancial do individuo"' que elc rhârna l7aeúceilds+, qlre é 1râduzido como esselddde EnLâo à esseida .le ó a sL1â lonna individual. é a sua definiqâo individual que só Deus conllece, mas cuja expressâo. cuia marrifeÍaaâo, no entanto nós reco' nhecemos na prática Quândo nós distinguinos as pessoâs cntre si' a distinEáo quc nós iazemos náo é somentc nlatcrial, ó qualitâliva' Por que é qúevocê gostâ ile unas Pessoâs e não Élosta das outras? Por cau_ sâ de qLrà]idâdes que você vê nelas. Essâs qualidades, muitas d€las sáo âcidcntàis, loranl lntto alo hábiio. 'lâ cuLtura. de alguna coisa assinr' râs ten alguma coisâ êli que não é. Que vocô percebe que é somentc ,r," o .Hq,' triq'' \' ol d S "_ /r ÍlriJd! lle S nbi 1,.. L! L.sr \ i rdni lq61 -12 l3 daqllcle indivíduo. tlcistoaí csL a tornrâ substã trciâL d o cn 1c individual qü; Düns Scot chaln.rva laecc'ilas' !: ó i§1o mcsmo qüc Leibniz cha- mará, cn scguicla dell,ói1ada Mó'íldl7 de n1l)los rm lntato, l-cibniz âcresccnta algo EIe diz que nAo §oncnte lcnr quc eÍistir uma loHrâ substântiva ou subslancial clc cada indivi- n,,",,ana".,r,u, âcontcce que tuclo o qüe cristc s'r exislc colno in divi.luâlidâdc. lxislir é ser rrÚ Se ' mcio ÔII ó dois' não cxistc'] lintaú quer dizcr qüe a irtdividualidade é a e\pressáo lirrmal clâ cristê - ciâ csrra. Entío. daíque cle criit csse conccito dc nô11ttlld' N|ôtÚda é a lbrma suprcma de crislôncia' Exislir é scr uma '7ór7adí O qLlc e\is1€ náo como ,lóídda, colno individualidâdc nras existe apcnas co o gc- ncrâlidâdc. náo Ú Lrnra realidade e apenas unrâ possibilidadc' 1Á\llno: Mas aa (lLi pata Íctzet utru1 obieçao oll.i aLista ) É L, quc você qlris dizcr. nlas vocô erprcssou isso por linsuasem rronrinalista. lsio sa er; ste no i11(1ií)íIlLto! Nao A possibilidâdc exis tc cnr si. não ó qllc ela só cxista no indi\'í ro' cla é a cs(rutura da cxistóncia. ela é rcal [ALurrol .. A esl/rl&ra ã ] eaL' fit1s fiào le l e:rísLência" l Nào É a cxistôncia quc esiá clcnim dela [la àbrangc a cxistôncia I r:r,1,'. 8.,lcr,.'r in r. r"r irr r' ri'' r''J I r'rJ'' c'" nr" " trr'rr'o''d elérea, quc sLi cxistc rra indivitlLrâlidâde' NáÔ [la eriÍe corno lal N'Ias não fisicamente, ó claro. É a rros|ra coisa quc urcô dizcr o seguintc você pcga a süa contâ bancá â, veia o scu sâltlo c vcia lodo o dioheiro qÚc você nào icln lá lsso c\,sie ínnenie como possibilidade? Erpcrinrcnle passar um cht :,llllillí'r'ii:li,i'lil:i,l'ii:ii",,i""'Li,'i..1..a--,r"'ci\den,xs "'|rer'|r7x'io'\srb t uc ncsse vâlor. para você vcr. lsso náo ó só urnâ possibilidâde, isso rr) a só uü esqucma lógico. i§so ó un1a limitação muiio real Àquilo quc crisie como linrilâçào. quc cxisle conn) PLrssibilidacte t'uur clelcrlninanle ierrível cla rcalidâdc. E mais poderoso do qlre a rerlidadc, sc você qucr s.rber. A inrpossibili.ladc é nrâis dctcnnlnante .1. qrrc u rrrlidrd, .,' rrl r .:lrJ d< c 1'r J trrr 1 .ui'- crr nir Jr' rtuc âconleceri po.lia náo ter aconiecido. Xlas, por unla dcficiência (h linguagcm. qlrârdo â gentc diz assin, âqlrilo cxisie, cxiste como trdi!idualidadc, sc nio cnisie como irdividualidâdc. e.\isre apenas ronro possibilidade. dá a iriprcssâ1, de quc eu cstou iazcndo umâ rlcnuaçao; porlanto. cu passci de uma eslerâ mâis Íeal pâra outra ncnos rcal Não. Nào li)i isso quc cu quis dizer: ncm clr quis dizcr, r.rir Lcibrir quis diTer isso. l{lü\a: Sabrcriüer é escalhet, e escolhet á rcntlnLiat Setia u 1 tt)Ltco isso, no noüc'ttto e que tacê escolhett' ot'ê tenutlciou Claro. A caclâ lnonlento você lcm um repcrtório finito de coisas (tuc você porlc fazer. Sc icz uma, iá deixou de làzcr â olrlra, pclo rne' Ios ntrquelc monrento, nao rcn1 ieilo NIas isso sc rclere ao plano das n, t,Jn^.1" . \".crr''ir lrrr'" 'l'u.l{) aquillr quc cxisle maicrialmcnte. eristc 6sicamcntc. a existên ,irfisica é individuâliclacte É isso tluc Lcibniz cslá dizendo Flntão elc cstá .listinguirdo o (luc Ú um corpo fisico c unl corpo matenráti ro. Urn corpo llratcmático sc corrpóc de rnedidas: u corpo lísioo se rompóe dc mc.tidas mais individualidades Eniào, resültado: iudo () que Dcscarles diz dos corpos lisicos ele cstá corrlündindo com .oiPos mêlemátic0s. o nrundo de Dcscartes é o mundo bidirrensionâl. e o dc Lelbrriz projeiâ uma lerccira dirÍensào. lile ILcibniz] pâssâ 'io mundo crâ- nriric tcórico do figuras malcmáticâs para rinr mundo triclimensio nâl de cntcs iisicos exislcntcs en,,ln, o "ri,tlntin lísica é exislônci'r in'lividuâl' NIas 'Lcontecc ,,-. ".'.""" rnlr\'ourr(p"'i'a'r''rr'r''l-''l nr'"rh'J" .';,,;;.;,",âr'.r n rr"rr\ \'Jr r"J rrdr\ iru:r,,u'Lr' '-L!urr'rr o "i,' t," i"," ,,,,,," "' metlidas do scr' e nio as nrcdidas qlrc o dc- ,"rr,,"rnl *r, n " t""nsão que o delcnnina A e\terrsao nào pode ,:lctcnninar a individualidadc ^ ci{lensáo ó apenâs urrâ exprcssao irr,, r,. r "a i' Jl i'1r'JliJ d< Vcja â conclustro â quc Lcibniz chcsa (:onr isso âír sc as corsirs "r" "..i", " .lislincáo quc llcscâÍcs fâzia de quc ex;stc dLràs subslâncias, ülnâ quc consisle crn ler extensáo e â oulrâ que consls ," eln p**., nu "j", tt)rpo c â1m'l - sc o qrrc Dcscarlcs dcllne como corpo'a o qüc tcnr apcnas cxlcnsào c a âl]na é iusiamcntc aqlrilo ,.,i-.,, ,'*i " "* "*' ' indivitlrâlid't'le cntão o corpo no scntiLlo ;";",,c:rrt"" náo c).iste' F:xislc sonrcnic a alma porqlrc â alma é ,,i,"'o"t'u"u" r, " *,ndo todo ':las nrcdi'las c cxlcnsÕcs ó apenas unra apârôrtciâ quc 'LiT rcspcilo às rclâÇócs dos cntcs enlrc sr""".i-. ,,a.,, t"t "xiste ó ülnâ indi!iduali(laclc e csta inLlivi'lu âlidâdc é o slrportc do conjunto dc cxlcnsoes quc mani[estâm cssc l;".ix'u. rrrt .'"*' "cr'ladciro que ó o nründo dcssâs indi!idua- i*"ir. u..**l *t 'ii'ddas c c\isrc urn mundo de aPârênciâs' quc é o dâs suas extensÕcs' Aco tccc quc a disiinção crrlrc Lrrn cnrc e outro cntc a 'listinqao cntrc duas initiviclualicia'lc§ é absolutarn(rtc irreduiivel e náo tcnr ,"Ou , "", ""., ,t "'"t "x1cnsóes' Ora qlrando Leibniz estav'L c\a_ ,.t"""0" * *,*t *O t) ponto 'lc vis(a cariesiâno' c clc sc colocâ o p,oirema aa aivis;Uriaadc c rliz que se a ililerelrqà dos tntes esta ape,ras na sua ertensao então eles nâo enistcrrr porquc a c\tensâo u't"i"i,,0".-* o*'"ívcl clc âli iinha colocadLr o problemâ dc âté (tL {i pontír vocô preclsariâ lcvâr a mcdida dâs extensÕcs parâ você (,)llsctruir disiinglllr duas individnalidâdcs só p(» clâs. ll Parâ resol- !r cssc problcrna clc invenla o cálculo infinitesinral. L é por isso resrro que elc chcga à conclusáo dc quc. se fosse só pclâ cxrcnsào. ris clltcs scrianr indisccnrívcis porque o núrncro dc mcciidas leriâ ,lrr. prosseguir indcfi nidârncnle. I)or.Li vírcê !ó corüo é quc LeihniT tratava um problcr a. Quan (L).le pcgava o problernn. elc criavâ todo o inslrumcnrâl incllrsive rLrtcl ático. p.Lra rcsolvcr âquilo cla I ellror mâncirâ possí\el. e por rLris colnplicado qLrc fossc â coisa LItão, dc ccrto nloclo, :r tlilcrcn- (r (lc Leibniz c Dcscârtes é o seguintc. Lcibniz deix a rcalidâdc la ir: clc náo lcm pressa dc tcchâr um sislcrna tanto qLrc. na verd:Ldc. r obrr dc Lcibniz ó consiituida de uDr coniLrn«) dc ânotaçóes. !or|o r.lc /\ristótelcs larnbóm. Elc conrplela âpcnâs algllns poucos livrrs ( drlxa u ra iofinidadc de ràscurltos. dc caftâs, de noras. ctLr. ctc. ll'rláo. Lcibniz correspondc muilo nlais à ligura do homcnr de .ia ciâ do qlre à ligüra do invcntorde sislenras filosóficos. cr bota II irinh, o sisi€rrra. nâturâlmcnle. nrâs cssc sisten1a dele ó muiio rriris aberio c Ílcxivel do quc quâlqucr outro. Nlils conl rclaçáo às t otladãs clc choga iLiIdâ â ontrâ conclusato. !-lc diz quc se as ln (li!idualidadcs stLo reâl'ncnic dislinlas. e rão sar aparerlte ente. sc l(,sscm só pelns crtcnsócs. cni:]o isso sig ifica qrc cr,\ cacla nônada ra,rn que estar rnârcadas.LS LiilercnÇâs dcla. náo só com csta c conr ir Ielâ, rnas conl todiLs as ouiras. Porqlrc. se holrvcr algum polrtL) úr quc csta mônudu não sc distinguc claqüclâ. clâs sâo a nresnrâ. sob esse aspecio. âo mcnos. !Jlao. aconiccc que crdâ r1drddr. sc i:la cxislc como individualicladc rcal, ó porque nelas estão marcadas lr)d.rs as dilcrcnqas entre elas c iLrdo o mais que ctistc. Qucr clizcr cadâ entc lenr em si, sob a fornlâ clrs dilcrcnçâs. o univcrso irriciro Ct\dt ônút:ln ó urna cspécie .le univcrso irlvcrlicio. I o quc nós It .h.mâmos de unircrso nao ó râ'la mais do que o coniunio das dite rcnÇas cnifc as móradírs' [Ahrnol ...ldrio d laLalizaÇàa espaci'LÍ quafib te tpoÍuL de qüal (tüet caisct é tlileletúe de qualqüet ouÍa'l r\gor.r, você imâgina que as 'liscussócs rnâis poplrlâres' discussoes cultuiais, do século xX, em ternos clc natur'zâ c cullura' rellctian1 ulna visáo dc mundo b scâclâ num csqucnlá mâtcriâlistâ do sécult) xvllí c clc tlume E ÍocÔs irn'Lginam â clistânciâ que aindâ Íâlta para quc essas discussOes cr' rcntcs sc inooÍporcm 'm ürisas como essas de Lcibniz por cxcmplo lsso qLrcr clizer que a ciêrcia dc Lcibniz âinda cslír séculos a.liânte rlâ no§Sa discussào cultrriâl' Nós só conscgurrnos lazcr a discr'lssio cultlrral bas€ados nun1 csqueninhâ libsófico tipo Hunrc. Aindâ não incorporâmos na cliscuss'o colcii\'a essâs observâ çacs co$o cssas dc l'cib iz'- r:ntio. é claro quc umi! dês tunçÓcs clo iilósofo' nâ socicdÂdc' ó juslamente.lissoher esses csqLlemâs' quc loram hcrdados de uma filosolia anterior, ilesdc que c1e tc ha oÜtr{) esqlrcnra rnclhor Por elcnrplo. inlcrprctândo isso à luz dc Lcibniz cssa qücstão dc natlr- .",u c cultLrra. eu uci'.' que nu!n 'leierminado individuo os elcncn(os preicnsanlente 11âtur.iis e prelcnsamente cLrltlirâis estáo inscparávcis; aonde cle vâiváo os dois' U cste Lodo ó narrrial ou é cullural? Náo Ó ncm tlmâ coisa ncm a outra Isso quer dizcr que sc nós só poLlcmos conlprccnder o hon'cn1 cm ternlos clc naturezâ e cultura n')s só o comprocndernos cm ternÚs de lrfla oposiçao entre duas coisâs qrc nós não sabcmos corrcctar' N4âs ,l.s.l" ;a ricu "s.tu.".itlu q c o qüc i tcressâ ó essa concxáo' llntio' a discussão dc nâlurczâ e cultura ó apcnas um móiodo nÍàlívcl dc você nau "nrenae. nuau, purque cle ó bâseldo Iro clcsconirccincnlo é bâsc_ âdo nâ ignorància c n'o no conhecilrcnlo 3lt \r1urczâ c cultura sáo nornes que locê dá â aspcctos dislinios do ,,r.srri) cntc. qLrc ó cssc enie humano. Só quarldo você o cornprccndcr rr;r sLur urridadc ó que saberá â vcrdâdcira distinção c, portantLr. core \ir' erlrc natlreza e culiorâ. Eu prcciso cornprccndcr esta unidnde, 1,rr leirrr. para dcpois você clefinir naturcza c cultura. Ou scitt. nao ,. ,,irlurezâ c cultura que vao explicâr o ser hunlnno quc vâi cxplicâr l\\ nt): O ercinplo tLa tnl(1eíru A lnatlLita te t as üeios cLans e as , üt)! escutos. Ítos I)oca só sabe que é naleira se ?ocê. . l:lrvldcnic, qucr.lizer, essâs distinça)es esláo dentro dclâ. i\]na. Nao P t lintíle etlre o clijo e a e{uro, é Ltma caisa só. \'ocê percebâ quc nalureza c clrlLura, talcomo os veios da mâdcirâ. GLaro dcrúo dc un1 treco que vocô chama dc reàiidâdc. Enrâo, é a esia lrlidâdc. â crpcriência. por oonlusa que seia, quc vocô tcm qlre pcr- itlrrar: "oqucéanâlurcza, oqucécullum, oqucóoserhumano?" Essâ rcalidade é â rcâlida.le hunLanâ E{isic um enle qüe vocô chamâ ,, scr hunrâno no quâlvocê dlscc.nc csscs dois {spectos. Sc sào aspeclos , rlr. Ião sáo clcs quc o erplicam Náo sllo os âspccios soparados que \ro cxplicar âunidade do todo, mas é â unidâdc dotodo que yai explicar iL llnqão dos êspcctos. ^lÜna: Llas essa utlidade niio é unceilutt Li ziuel, né')) Não ó ou cu náo consigol' Podc scr cLrnceitualizávcl c cu náo consegui Durante estc pcríodo, charnado r rdcrno da ülosolia, rudo aquill) ,tuc o lilósoio náo consegue conccitualizar ele jogâ lora. c diz -nao ( \isic ou náo intcressa'. Enrào você cda o ptilüâdo da doulrina so_ ,rc a rcalldade. E como o nosso presidcntc. "ah, a Constituiçáo náo -lLl pennitc. .lanc-sc â Consliluição ^ rcâliclade nzlÔ ó âssiÚr' danc-§e í i""iio"*". "**u". *' isso, Hr'rnrc lâz issLr' I,ocLe tàz isso Kântlâ7 ;sso, ^ü gu sto Comte faz isso' l(arl MaÍx laz isso Dü ranic iodo cssc pc" .,"i.. "'.a,*. * O,*olos qrre nào fazcn isso é nluiio pcqueno' os Iikjsofos quc cliântc dâquiLo que não conseguen1 conceituâlizar diTc ' ioori ,". .., ,"gl.it 'nuiio conlüso que eü nao estou cntendendo c or" r.",* "*0" **l. nais fundo " sao poucos schelling iâz isso' i'"ir,ú tz i"*, ç*n' Brcrlano lar isso' lnâs sáo pourjos' vocô contâ "r, U"i., * -r" .-' " r'csto, tuilo assim lcchâ logo uma douirina: il"*" ,",, ur" ***. "qui uma cxplicâçào rapidinho para podcr jus tificar âlguma coisa qüe cu quero e pâssar adianie"' Iodos lazem isso' fn,au, I pu. i..o q'" eu âcho quc é unra época dc mcdiocridadc' ,"ea;ocriaaac ülosOfica qr'lc, sc náo losscm cssâs duas oü 1rês l\glrras' ,,ao *"."c".iu ,reln s"qucr ser lenbrâda Do XVll a1é o XIX é uma succssâLr de bcsiciras' Lrrnâ succssáo rlc simplificaçócs idiotas' quc üaL) tem rnâis firni câda iilósokr âge como se el'r lossc o clo terminal da ãio- sr" ,". q* t"tlrâr o 'Lssunto cle nào se conÍoÍmâ cnl dei\ar algum problerna Pros ouiros-_'Cu.lo"un "nt" e o épLrca em que se fonnâ â ciência rnodcma' NIas rlnr,,U* ,"r, -"u,'O*'c cicnlífica ai toclo Irundo icm a ncntalidadc a".". n Ll..i* Todos âge assim Eu digo "por que ó que vocô tem quc lechar isso ai. sc o tàlo ó que vocô não está crllcndcndo isso c nrâ]s isso c mais isso'l Por que ó que aquilo que vocÔ não conseguc concep' ruâli7ar l1ão dci\a para a gcraçáo scguinici" !i um neg(icio lântástico porque nós tenos â idóia de quc no mun au u,ua".nn'.nn "çu ''oa circLrlaçáo livre das idóiâs quc rntigamcLllc eran tioqueatlas nra o conir:íriol Os escolásticos senpre (rabâlhavam "..nnirnto. *a, u* Sula!â um pedâço' complemcntâra etc ctc De ,"r""i", *"" " "* -t tisteftLs o sisicma de Descârtes' o sistcnra dc Hobbes, o sistenâ de lulano. e Ludo âí linha que ltchâr Daí \'ocê pcgâ os vários sisiemas, vocô vê quc todos clcs sao contraditórios ncnhu deles prestâ. EniAo. sc eles quereln sc lechar 'rr Ô sistenrâ cnttlo o diálogo iilosólico se torna inúiil Agora. âlé o tempo dos escolásticos todo nrundo sabia que você vêi operânclo por sínieses parciâis, c que sobrâ mais eslc problema c mais aquclc oüi|o c mais aqr'rele outro. e, conro dizia Sao lbnás dc^quino, \pttt , titto t.aN,t.. r \.ÍJrJ( c li l-, do,-r,oô. Lru'cla 'u.i núu é o primeiro ncm o último vocô é só rnâis urr da lila o que inicrcssa é só você enrcndaÍ o que vcio ânles coln o quc vem rlcpois você não prccisa resolver lodo o problema Entào. quândo sc íorma um sislema .hrmado carlesianisrro, esse sisieDla pode se opor â um outro sistema É curiosamentc. â pariir dâ horâ em que sc hrnr'm ':sses sistcmas' comcça se â sc olhâr a lilosofia cscolásiica e ântiga ncsses mcsmo§ ier_ lnos de sistenrâs. Entao você compaiâ aristotelislno corn plaionismo' Sáo Tonás de Aquino c()n Duns Scot, como sc íossem coisâs opostas' e não são. Não cra essâ a idóiâ. L.\irl(n l-rno.n l'\"od. \ri{Ô..1c' qu,''ic "m" O,"'/u'r'qu'' um livro cornposto só tlc pergüntâs. e ^_so?. e 4rlr'lilo? e aq eLe outtot' colno é que é?. Q\)àrdo \ocô vâi ver cssas pcrgunlas, quase todas não lorâm respondiclas âté hojc Enláo isso qucr dizer quc Arislótcles linhâ uDra mcdida lla suâ igrrortucia âtiva liistc a jgnorância passiva quc ' ,q,.laqu. 'ô., n(r.ab, q.\ .'n, 'nô'u5J\ou''ocnru'oh'' n'r' cle que vocô nrio senic f.Llla, táLr burro que você é. E tcm outras cLrisâs, quc já é ignorânciâ aljvâ, que \ocê já pcrcebc quc náo sabe Dnião' Aristótcles lern un1â mcdida.:la sua ignorânciâ ativa l^lr.lê.: b 1a ptupasta para rcsoll)et se ão lirct'tefipo'l Mâs você sabe que náo vai rcsolver, você sâbc que vai passâr o aba caxi. Nlâs, quânclo chegâ no nlundo moderno. .th. âgora nós tcmos o +l diálogo nrtcrcâmbio. . , tem diálogo coisa nenhrr a vocô te uma s'_ rie ale siÍcmas lcchaclos. indialogáveis' Yocô te que tomâr partklo' g pri ciro lugar. isso lá é um sinônimo de burrice' Segundo' isto é â morte do espirlto cicnlífico Lt1tb' a ciêtlLiíl se fotma t1a nndefiidatle..., issct ôtüdo mentira lsso é uma coisâ dc idiota Ccr tos aspectos.lâ ciênciâ são enfâtizados e oulros aspcctos dâ ciênciâ sáo perdidos. 'Ah. mâs â ênlase no âspecto expcrimentâl " mas etr nào1rstor vcnclo cxperirnentaL nonhulnl Eu esiou vendo é o seguinle' , uLc.. IciJ, J. rJô. u.r. n tr|du L,r t'\1. . rcra r luo" !u" ir n'í pârâ urn nlundo de dcduçáLr lechadâ' Voca conscrv o cspírito cicnliico para selores limitados da reâ lidÀdc O vcrdâ.lciro cspirilo c)^pcrimcntal logc das gr'rndcs qucsl'rcs pnra as qucslÓes nliúdâs. c ali elc pÍogricle lsso quc é â bela Drodcr ni.lâde, a ciêrrcia modcrnâ Se você esrá invcstigândo, por exclnplo' a gcslação c1o iâc.ua, ccnno é qrc é, ai vocÔ nàniénr o espírito c)ipcri inentâI. você obscrva a vidâ do jacâré vâi anoiândo cuidadosaflcntc; se rrào chegâr à conclusáo nenhLrma, !ocê passa para o ouiro r\gora' se você quer trâtar dc qücstaes n1aiorcs você náo iern mais cspírito experimcnlal nenhum vrcê iá cria umâ icoria c iecha e diz que o que csial fÍ»a da sua tcoria naro cxisle' Entro. cu classificâIja â modcmidacle como a iuga do cspirito cicntilico. a rccusa ioial do espírilo oielliífico Tânio c recusa qlre .ssá rccusa tcrn um etcitLr bcnélico secundário nos dominios nuis baixos da invcsiigação. E é isto quc protluz o progressLr dâ ciênciâ da lécnica dc Lâboratótio. Qücr dizcr o prosresso dâ ciência na moder- nidâcle. náo ó por causa das virtudes dâ modernidade' mas por causa .Lr seus deiciros ou §eia, trarando das gÍandes qrLesiõcs os câras que tLrmârâm o primciro andnr dâ ciôncia, os cobrões os doulrinários' €tc. etc.. nao iôm cspir'ilo cientílico nenhum; sáo uns doglnáticos' que qucrenr lcchâr um sisterra e chcgar logo â uma conclusâo' Nós que sonos âpenas os opcrários brâçais da ciênciâ. nós qLre rrio vâmos dar palpile sobrc cosmologiâ. sobre n origcm do cosÍros, Ios que vamos esludâL a cnbriologiâ do jacaré. o coDlporlarncnto (hs lonnigâs. nós conscrvaDros o espírito cieniífico nesses donrínios Lrcnorcs da tealidadc. É claro quc esses donrínios Íãt, progrcdir ior Lllidâ\,elnente porque o quc tcm de rnelhor na inleligôncia humana sc dirige para lá: porque, iá que o dornínio d.Ls leorias gcrâis i(ri io- frado pelacsiupide/, nos sctores i fcriores eles progrideni. Ilcomo sr. nâ casâ. o pâi c a mtte licâsscn1 loucos, c cntâo a criâncinha ti !csse que conscrvar um pouco dc racionalidâdc tLii. oll a cmpregâda. Iclo n1enos. Tcn Íamíliâs quc são assim. â única pcssoâ que regula a a cmprcgâda. se iirâr aquela emprcgad.l dâli os caras se üatam C) dono da câsu pirou, cnlio os scrfiçâis é quc tôln que b.rrar ordem üo ncgócio. Intáo. hoje. ondc você vê o espírito científico ó sÚ nos (lomnrios infcriores. nesmo. | ^lt)no QtLe en aL\ulls aspectL': s.1o supej'hrus.l Náo. São sctores ir lerio |cs na hieraÍqu ia do se/. nras evidcntenen le o tipo dc ciênciâ quc sc prodlrz âli ó dc mâiot qualidadc do que aquclc lLUc sc produz Ilâ cslcrâ das ieorias gcrais. A ciÔnciâ mcno§ pretcnsiosa a â quc lein rrais qualidade. [Iâs é c]aro qLtc nào precisa scr âssim O .spirilo quc hoje. vanros dizcr renra râ cnrbdologia dos iacarés deveÍia predorninar ní nreiâfísica, nÀ cosrrologia. nirs ieorias gcrais. claro. Isto rro aconieceu. por quê? Plrrqrc vcio .L era dos sistcmas. e â cra da ne gaçaro, e a erâ do drg rlentun al í!.t1oqnÍ iam, aquilu quc cu nâLr sei (lporquc náo erisie Sc cu não consigo oâplitr a Llridadc de unr suicito \. .Ía. d,^ '.u...rrdu. n..nloili.u. c forqu. \iin,ir. J'aliiw rrrio iênl capâcidadc pâra isso, como se Dâvitl Hune losse a ciancià e l razáo c não apenês David Humc. Ora, cu náo.rcertci âtó âgora, nas podc scr que vocô consiga arnanhá. +i Esic mesnlo cspiÍito de lregar quc olrtro possa lazer o quc você náo -*"*r" **t isto criste cm lGrt' Ttrdâ â cst tuÍa do pensâmentl) i"',-* u i"t** "o* o qüc IQnt não clrnsegüc ninguén ianrâis i.*"*nr. ,"* "uU "1r Aügusto Conlte' isso ':siá em Igrl MaÍx Àl- r. / , P"4'l\'/ Últrda Ptl'oo'''r'dJa'l F. \ rc'rui " ''lr [la nhr" 'i fr''r(ddn r'm (Ôn' qú 'rL'rJ' '(o- rô.t""" *á,"*, e portânto etâ ó nais iaoihnente rccidáveL',quer Lrrar. Porque qLlêlqücr escoláslico quc dissesse quc âquilo que elc rrrio sabe náo giiste. outro rcsponderiê: "vocô náo sâbe mas eu sci '. lltrquc a ciência escolásiica era urra produçato profissional coleti!4, cra uma clâssc dc pessoâs Você esiâva consiantemenie sob a fisca lizaçáo de seus colcgas e â discussão cra intensa. lsso qucr dizer que as pretensóes dc uma leoria náo duravanl Lruiio. Você iinha quc delender aquilo pcrânte todo mundo. E, quando colneça a modernidade, a coisâ iá nao é assirn. -A discussáo iri é nrais tônue. Se vocô Iô Dcscaries. Ás Medit.rçoes Metaíísicas, \,tcclitações de Filasaha Ptífiein. ract tcm o llvÍo e, cm scguida, locô tcm as LrbjeçÕcs c resposias As obieçóes e respostas somam o que? Duzcnias parginâs. Duzcntas páginâs cranl o que sâia numa rora de discussaes escolásticas. lsso qucr dizcr que a intcnsidade dc intcrcârnbio científico baixâ Inuito. c tcn una séric dc fatLrres ncssâ época que sáo realmente âssornbrosos. Vocô vô que esses pcs_ !ulsadorcs, tipLr gacon ou Descârtes. nAo crarn universitários, cran []ee lancers Lsses ltee la cefi criavam una rede de contatos, unl ..r,\ii. I'rra ô. lr,. r.( (lc \4". P,,r 11-' Lcrcânbio náo seria intcnso con1o denlro dc un1â univeÍsidâdc onde v()cê cstá todo o dia com os canarâdas, con os seus colcgas. Então. e primciro lugar cxistc ulra baira na intensidâde da (Liscussâo. Ela começa â se fazcr por esc to. c p meiro lugar E dc_ riom mais: ulnâ cada sai da Frânça, parâ oheg à Holânda lcva três rncscs. pârâ voltar lcva oulÍos trôs. Então você iá náo icln âqllelâ liscâlização intcnsâ conlo tinhâ antcs. ll quando sc fornam as grân_ .lcs cntidades científicas, con1o a RayaL SocieLy, e Londrcs. elas sc formâm enirc pcssoâs qlle estáo ligadas lalnbóm a dcterminadas scitâs esoréricâs. vamos dizcr, dois tipos de parcc a. Você ieff uma certa parceria pública, que é vilidâ âli nâ Ro)al Soc;elr', quc ó diá logo científico, ctc. etc., mâs vocô tcnl umâ c!ffplicidâde esolérica, ,r"t, ..,.e , **"'t" " os seirs rcsültados econô icos que v,oltâm' ;;",;.;; ;; t.,,.1iciá'ro o cicro ó mâis c*i" :: :::::: i::, , 1., ".. '" . r" ' "' " L r' rri rr qu' rl* uhrc r,u ' h't rlcu ::nl "*i", "i"t"" ,,*"" 'quelc Dresmo dinhciro na pcsquisâ cristern muitos hojc."''rt* "i* l, ,**' te ^ristóteles losse depcnder disto? Até aquilo . .;'..,,.. . .n'.,'' p'o' " pl,.rr Lturs "r'l -'\ rr:l -r'\ r Irnr ;-";:.; ;.;:"" ... '"",i, u d , ru'|*'| ar "d ' i' mr " 'c' ir"Jc c" ' ;;. ;;;;,;".'". "spccios menorcs d'r ciência âdquiram preslígio i..",'io,,r. "*.u+ro 'rrio deixâ dc ser iusto' nrâs isto náo aumcntâ a ,",r"n*.," U"" o*"-s, as qücsiÔes cLrntirluarn insignilicantcs ' ^luro / /, 'rdo \r'o i1 t!' tido '1u' rttr' t ' tta c'r'1rto ' h' Étlh' 4to- a ?tattde\ quP\rc' \ broloe'"\' fu''to"'v t\^ " 'i."-*u" *,* *"o Essc pcríoc1o eln que você podc sc dcdicar a *,"*, ,Ut*O* U" **uisâ scn qlre isso tenhâ' vamos dizcr inlpLi- ",.0e" ct" uraenl t"O'ita nlâis gelâl isso durolr Lrür ccÚolemPo poÍquc ."1"r*i" " r-"",**" tesse com o resultado do olrtro co$ o roslrltàdLr .i, "rtr", .r,g" cl ptosrema geral: e âgom co$o é quc a gcLlic lãz? ;;r; ";." ";'"" "nicn'lcr
Compartilhar