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Caderno Direito Administrativo I - Geovane Peixoto - 2019.2 - FBDG

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BEATRIZ LAGO ROSIER – 2019.2 – FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
 1 
Direito Administrativo I 
Prof. Geovane Peixoto 
INTRODUÇÃO SOBRE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Para Pedro Munoz Amato, “no estudo da administração pública, o objetivo final é melhorar as 
práticas administrativas do governo, para, assim, melhor servir aos interesses públicos, aos ideais e 
às necessidades do povo”, ou seja, o papel da administração pública é servir o povo, gerenciar o que 
é o interesse coletivo, o bem comum. O papel da administração pública está associado ao Estado, 
mas não são sinônimos. 
A administração pública corresponde à face do Estado que atua no desempenho da função 
administrativa, objetivando atender concretamente os interesses coletivos. 
Para De Plácido e Silva, a administração pública é uma das manifestações do Poder Público na 
gestão ou execução de atos ou de negócios políticos. Ou seja, a administração pública vai além da 
tecnoburocracia; o gestor toma decisões políticas e técnicas. O maior gestor da administração pública 
é o Presidente da República. 
Existem alguns atos da administração pública em que se vê apenas os aspectos técnicos, outros 
que se vê apenas os aspectos políticos. 
A administração pública requer uma inter-relação entre o político – moral – social – econômico – 
jurídico. Numa sociedade capitalista, os atos de gestão estão sempre permeados por interesses 
econômicos. 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E O PAPEL DO ESTADO 
No momento em que o Estado passa a adotar como uma das suas finalidades o bem estar social, 
isso acaba por impactar na concretização dos direitos sociais, e para isso são necessárias políticas 
públicas, realizadas pelo Estado no seu aparato administrativo. 
Marshall aponta a evolução de instituições que contribuíram para o surgimento dos direitos: 
TRIBUNAIS: para garantir os direitos civis (lê-se direitos fundamentais) e proteção dos membros 
do Estado-nação em geral. 
BEATRIZ LAGO ROSIER – 2019.2 – FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
 2 
INSTANCIAS REPRESENTATIVAS LOCAIS E NACIONAIS: representa a democracia da administração 
pública. 
SERVIÇOS SOCIAIS/POLÍTICAS DO ESTADO: para garantir a proteção contra a pobreza, doença e , ainda, 
escolas para o cidadão receber pelo menos os elementos básicos de educação. 
FUNÇÕES DE ESTADO E FUNÇÕES DE GOVERNO 
Fazem parte das políticas de Estado a seguridade social (art. 194), a promoção de políticas de 
saúde como dever do Estado (art. 196), a promoção do direito à educação como um dever do Estado 
(art. 205), o fomento ao desporto (art. 212). 
As políticas de Governo devem ser estabelecidas no ambiente institucional para que possam ser 
implementadas sem sobressaltos ou restituições. 
PRINCIPAIS DESAFIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Entender como o avanço democrático de metas públicas amplas está ligado à administração 
democrática destas organizações e às aspirações pessoais daqueles que trabalham nela. 
A pluralidade é marca de um regime democrático autêntico. Por conta desse pluralismo tem-se 
os direitos fundamentais. A administração pública age dentro dos limites impostos pelos direitos 
fundamentais. A administração pública, no entanto, não deve apenas respeitar a democracia e os 
limites impostos, mas também deve criar mecanismos democráticos para o seu funcionamento. 
Os problemas da sociedade não serão resolvidos nem pelo mercado e nem pelo Estado 
sozinhos. A questão é trabalhar sistematicamente, é necessário entender as partes para entender o 
todo (metodologia top down). 
DISTINÇÃO TELEOLÓGICA DA ADMINISTRAÇÃO 
Administração pública – interesses públicos (finalidade social). 
Administração privada – lucro (finalidade individualizada). 
O objetivo central da administração pública é o atendimento de fins sociais. No entanto, deve-se 
cobrar da administração pública também a eficiência econômica, mas ela não é a única. O objetivo é 
atender a sociedade, mas para isso o administrador precisa trabalhar na busca dos meios mais 
eficientes. 
BEATRIZ LAGO ROSIER – 2019.2 – FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
 3 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA E GERENCIAL 
TEXTO: DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA À GERENCIAL – LUIZ CARLOS BRESSER PEREIRA 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BUROCRÁTICA 
A administração pública burocrática é inspirada por Weber e traz a característica de ser auto 
referencial, muito ligada a segurança jurídica. Traz a ideia de formalismo, organização, hierarquização, 
impessoalidade. É um modelo que se justificava como modelo de transição do modelo anterior. Veio 
ao Brasil na década de 1930. 
Foi adotada para substituir a administração patrimonialista, que definiu as monarquias 
absolutistas, na qual o patrimônio público se confundia com o privado. Era uma administração marcada 
pelo nepotismo, empreguismo e corrupção. 
Os princípios da administração burocrática foram introduzidos no país através da criação do 
DASP, em 1936, afirmando os princípios centralizadores e hierárquicos da burocracia clássica. 
A administração burocrática é cara, auto referida, pouco ou nada orientada para o atendimento 
das demandas dos cidadãos. O problema desse sistema não soa suas premissas, mas sim como foi 
incorporado, com excessivo formalismo e autoritarismo, levando ao esvaziamento das decisões 
burocráticas na administração pública. 
Essa administração assumiu o cânone de se movimentar a partir do interesse público, devendo 
este estar acima de tudo. Por conta disso, foi entendida como ilimitada, uma vez que tudo era 
justificado como sendo interesse público. 
O interesse público e suas formas de defesa devem estar previstos em lei. No entanto, é possível 
ter corrupção através do abuso de direitos (excessos que ultrapassam os limites impostos pelo seu 
fim econômico ou social). 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GERENCIAL 
Decreto lei 200, de 1967 – primeiro momento da administração gerencial no Brasil; dava ênfase 
à descentralização mediante a autonomia da administração indireta (pessoas jurídicas de direito 
público ou privado designadas a determinada função pública). 
No Estado Liberal só eram necessários poucos ministérios. No momento em que se transforma 
no Estado Social, o número de serviços sociais cresce e se percebe que a eficiência é essencial. 
BEATRIZ LAGO ROSIER – 2019.2 – FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
 4 
No Brasil, a partir de 1995, começa a ideia de trazer a administração pública gerencial. É um 
modelo neoliberal, onde a ideia era o setor público se aproximar do privado. 
É a logica da desburocratização do Estado. A administração pública gerencial se constitui por: 
descentralização política e administrativa, organizações com poucos níveis hierárquicos, pressuposto 
da confiança limitação e não da desconfiança total, controle por resultados a posteriori, e não controle 
rígido, passo a passo, administração voltada para o atendimento do cidadão. 
Para a administração pública gerencial, existe a necessidade de tornar a administração pública 
eficiente. Existe um processo de desburocratização do Estado, o Estado não deve exercer atividades 
além daquelas essenciais e primordiais para que os direitos da sociedade sejam preservados. 
Os serviços públicos que sempre foram uma prestação exclusiva do Estado passam a ser 
entendidos como passiveis de serem concedidos às empresas privadas, através de licitações. 
No entanto, para aprovar uma reforma como essa é preciso aprovar uma emenda constitucional, 
e isso demanda muito dinheiro do governo, então não da para aprovar tudo o que deveria ser 
aprovado. O Brasil pegou os piores pontos da burocracia e manteve. Atualmente, essa burocracia é 
utilizada para garantir um novo modelo de patrimonialismo. O problema todo é esse, se criou 
mecanismos da administração gerencial mantendo mecanismos da administração burocrática. 
PROPRIEDADE E ESTADO: 
NÚCLEO ESTRATÉGICO (LEGISLATIVO, EXECUTIVO E JUDICIÁRIO) – propriedade estatal. Administraçãopública burocrática e gerencial. 
ATIVIDADES EXCLUSIVAS (POLÍTICA, FISCALIZAÇÃO, SEGURIDADE SOCIAL BÁSICA, ETC) – propriedade 
estatal. Administração pública gerencial. 
PRODUTOS PARA O MERCADO (EMPRESAS ESTATAIS) – privatizações. A produção deverá ser 
realizada pelo setor privado. Só deve ser estatal a atividade que não puder ser controlada pelo 
mercado (princípio da subsidiariedade). 
SERVIÇOS NÃO EXCLUSIVOS (UNIVERSIDADES, HOSPITAIS, CENTROS DE PESQUISA) – publicização. Setor 
público não estatal, assegurando caráter público às entidades de direito privado. 
GOVERNANÇA PÚBLICA 
BEATRIZ LAGO ROSIER – 2019.2 – FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
 5 
Segundo o Decreto no9203/17, art. 2º - I, governança pública é o conjunto de mecanismos de 
liderança, estratégia e controle postos em prática para avaliar, direcionar e monitorar a gestão, com 
vistas à condução de políticas públicas e à prestação de serviços de interesse da sociedade. 
Um bom governo exige a concordância das pessoas por meio de formas menos autoritárias, 
hierarquizadas e formalizadas, que ofereçam mais legitimidade e eficácia, além de impor mais 
responsabilidade aos autores, com partilha de encargos e exigência de coerência nas ações 
(ARAGÃO, 2005). 
A ideia de governança foi traçada para repensar a administração pública, tornando-a mais apta 
a se adaptar a um modelo gerencial, superando o modelo burocrático. 
PRINCÍPIOS REGENTES DA GOVERNANÇA PÚBLICA 
Citados no art. 3º do Decreto no9203/17. 
I – capacidade de resposta; 
Atender de forma eficiente às necessidades dos cidadãos, mas também antever a ocorrência de 
problemas. 
II – integridade; 
Busca pela prevenção da corrupção e pelo fortalecimento dos padrões morais de conduta. 
III – confiabilidade; 
Capacidade das instituições de minimizar as incertezas para os cidadãos nos ambientes 
econômico, social e político. Uma instituição deve se manter o mais fiel possível aos objetivos e 
diretrizes previamente definidos, passar segurança à sociedade em relação a sua atuação e, por fim, 
manter ações consistentes com a sua missão institucional. 
IV – melhoria regulatória; 
Desenvolvimento e avaliação de políticas e de atos normativos em um processo transparente, 
baseado em evidencias e orientado pela visão de cidadãos e partes diretamente interessadas. 
Realidade, transparência e democracia são os três pilares da melhoria regulatória. 
V – prestação de contas e responsabilidade; 
Vinculação necessária na administração de recursos públicos, entre decisões, condutas e 
competências e seus respectivos responsáveis. Permitir que se adentre no mérito das decisões se 
BEATRIZ LAGO ROSIER – 2019.2 – FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
 6 
elas foram corretas ou não. Impõe que o gestor explique suas escolhas, não é uma mera prestação 
de contas. 
VI – transparência 
Compromisso da administração pública com a divulgação das suas atividades, prestando 
informações confiáveis, relevantes e tempestivas à sociedade. 
Open Governement – é uma cultura de governança centrada no cidadão que utiliza ferramentas, 
políticas e práticas inovadoras e sustentáveis para promover transparência, capacidade de resposta 
e responsabilização do governo, de forma a incentivar a participação das partes interessadas no apoio 
à democracia e ao crescimento inclusivo. 
DIRETRIZES DA GOVERNANÇA PÚBLICA (ART. 4º) 
I – direcionar ações para a busca de resultados para a sociedade, encontrando soluções 
tempestivas e inovadoras para lidar com a limitação de recursos e com as mudanças de 
prioridades; 
Os resultados econômicos são secundários, mas não deixam de ser importantes. As limitações 
de recursos precisam ser provadas. A mudança de prioridades é a necessidade da administração 
pública de mudar os seus rumos diante da mutabilidade da sociedade. 
II – promover a simplificação administrativa, a modernização da gestão pública e a 
integração dos serviços públicos, especialmente aqueles prestados por meio eletrônico; 
Hoje em dia o que dificulta isso são os interesses políticos e partidários, que falam mais alto do 
que o interesse público. 
III – monitorar o desempenho e avaliar a concepção, a implementação e os resultados das 
políticas e das ações prioritárias para assegurar que as diretrizes estratégicas sejam 
observadas; 
Não basta dizer que fez, é preciso monitorar todas as fases do processo. Fazer com que aquilo 
que foi planejado seja cumprido. 
IV – articular instituições e coordenar processos para melhorar a integração entre os 
diferentes níveis e esferas do setor público, com vistas a gerar, preservar e entregar valor 
público; 
As instituições devem agir conjuntamente, principalmente no fornecimento de serviços públicos. 
BEATRIZ LAGO ROSIER – 2019.2 – FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
 7 
V – fazer incorporar padrões elevados de conduta pela alta administração para orientar o 
comportamento dos agentes públicos, em consonância com as funções e as atribuições de 
seus órgãos e de suas entidades; 
Os gestores têm um padrão de ética e conduta que deve ser cumprido. 
VI – implementar controles internos fundamentados na gestão de risco, que privilegiará 
ações estratégicas de prevenção antes de processos sancionadores; 
A administração pública deve se preocupar também com a dimensão preventiva, a gestão de 
risco, e não esperar acontecer para sancionar. 
VII – avaliar as propostas de criação, expansão ou aperfeiçoamento de políticas públicas 
e de concessão de incentivos fiscais e aferir, sempre que possível, seus custos e benefícios; 
Os processos de gestão devem levar afundo as análises econômicas. 
VIII – manter processo decisório orientado pelas evidências, pela conformidade legal, pela 
qualidade regulatória, pela desburocratização e pelo apoio à participação da sociedade; 
O gestor precisa ter as evidências que comprovem que a sua decisão foi a melhor para a 
administração pública. Todas as decisões proferidas devem ser obrigatoriamente motivadas. Se não 
forem motivadas não da para controlar a administração pública, pois o controle analisa se a motivação 
justifica se de fato aquela decisão deveria ser tomada. 
IX- editar e revisar atos normativos, pautando-se pelas boas práticas regulatórias e pela 
legitimidade, estabilidade e coerência do ordenamento jurídico e realizando consultas públicas 
sempre que conveniente; 
Responsabilidade daqueles que escrevem atos normativos em nome da administração pública. 
Quais os dois parâmetros para a expedição de atos normativos pela administração publica? A 
legalidade (imediato) e a constitucionalidade (mediato). As leis são editadas com fundamento em que? 
A constituição. Os atos normativos da administração pública devem especificar o que está na lei, que 
especifica o que está na constituição. Cabe ao gestor saber se o ato está pautado imediatamente na 
legalidade ou mediatamente na constitucionalidade. 
X – definir formalmente as funções, as competências e as responsabilidades das 
estruturas e dos arranjos institucionais; 
A clareza organizacional, que é resquício do modelo burocrático. 
BEATRIZ LAGO ROSIER – 2019.2 – FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
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XI – promover a comunicação aberta, voluntária e transparente das atividades e dos 
resultados da organização, de maneira a fortalecer o acesso público à informação. 
É a materialização do princípio da publicidade. A administração pública deve permitir que toda a 
sociedade tenha acesso às informações que tenham a ver com a administração pública. 
MECANISMOS DE GOVERNANÇA PÚBLICA (ART. 5º) 
I – liderança, que compreende conjunto de práticas de natureza humana ou 
comportamental exercida nos principais cargos das organizações, para assegurar a existência 
das condições mínimas para o exercício da boa governança, quais sejam: integridade, 
competência, responsabilidade e motivação. 
II – estratégia - definição de diretrizes, objetivos, planos e ações, além de critérios de 
priorizaçãoe alinhamento entre organizações e partes interessadas, para que os serviços e 
produtos de responsabilidade da organização alcancem o resultado pressentido. 
Não é possível haver uma ação em nome da administração pública que não esteja dentro do 
planejamento estratégico – se eu fizer X, a consequência vai ser X’, se eu fizer Y, a consequência vai 
ser Y’. 
III – controle – processos estruturados para mitigar os possíveis riscos com vistas ao 
alcance dos objetivos institucionais. 
DESAFIOS DA GOVERNANÇA PÚBLICA 
DISJUNÇÃO ENTRE INTERESSES PÚBLICOS E PRIVADOS. Os indivíduos utilizam das suas posições no 
setor público para ganhos pessoais, minando o conceito de interesse público. Historicamente tem uma 
confusão entre aquilo que é do público e aquilo que é do privado e o maior desafio da governança é 
superar isso. 
AUSÊNCIA DE UM QUADRO DE PESSOAL ADEQUADO. Os servidores públicos precisam ser treinados 
para a realização das tarefas, recompensados adequadamente e supervisionados de forma eficaz. 
É necessário entender a administração pública como um todo e entregar um bom serviço à 
sociedade. 
Os atos administrativos editados pela Administração Pública devem ter como um dos seus 
parâmetros fundamentais, de acordo com a LINDB e as diretrizes da governança pública, a busca por 
segurança jurídica, bem como a sua constante revisão para garantia da eficiência. 
BEATRIZ LAGO ROSIER – 2019.2 – FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
 9 
Para que a administração pública funcione bem, é necessário que exista um mínimo de 
organização. É essencial que esteja definido as competências e funções dos órgãos e agente públicos. 
Lei de Procedimento Administrativo Federal – a forma dos atos da administração pública deve 
ser livre, salvo prescrito em lei. Só se pode ter o formalismo exagerado quando a lei impuser esse 
formalismo. 
Princípio da publicidade – devemos ter acesso à todas as informações relativas à administração 
pública e o seu funcionamento, objetivando alcançar um grau de transparência que garanta a 
efetivação do princípio constitucional indicado. 
SURGIMENTO DO DIREITO ADMINISTRATIVO 
Lei de 17 de fevereiro de 1800 – primeira lei do direito administrativo. Importante para sair de 
uma administração pública subjetiva pautada no que o gestor quer, consolidando os ideais da 
revolução francesa. Antes, prevalecia a ideia de irresponsabilidade do Estado. Surge um novo 
paradigma da administração pública dentro de uma perspectiva de legalidade. 
Gustavo Binembojm: por que uma administração pública legalizada? 
Voltando para o antigo paradigma, foi na época em que sai do jusnaturalismo para o 
juspositivismo, Escola de Exegese. O judiciário é a boca que pronuncia a lei, o executivo é a 
administração pública que age de acordo com a legalidade e o legislativo é a burguesia. O 
juspositivismo foi uma corrente projetada para ajudar a burguesia. A construção desse direito 
administrativo foi a construção de um estado burguês. 
O surgimento da administração pública é originada de um vício da iniciativa privada, uma 
pessoalidade no exercício do poder. A burguesia fazia do estado o lugar de proteção dos seus 
interesses e dos seus privilégios como se fosse um interesse público. 
Acontece uma quebra de paradigmas para efeito de direito administrativo, com a substituição de 
direito democrático de direito para estado constitucional, que é quando a constituição assume a 
posição de norma fundamental. 
Nova teoria do Direito Administrativo – a constituição assume a posição de norma fundamental, 
impõe que o conjunto de normas aplicadas ao direito administrativo sejam pautadas a partir dos 
cânones constitucionais, garantindo a realização dos direitos fundamentais. 
BEATRIZ LAGO ROSIER – 2019.2 – FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
 10 
Rompe com a ideia tradicional de um sistema hierárquico do Estado acima do governado, agora, 
esse governado é o cidadão que tem direitos e deveres. A administração pública não pode e não deve 
impor sua vontade ao administrado, que é o cidadão, pois esse é o titular dos direitos fundamentais. 
A lógica muda de governante mandando em governado para governado mandando em 
governante. 
REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO 
É o regime próprio sobre o qual se constitui o direito administrativo, com a supremacia do 
interesse público. 
O direito administrativo se desenvolve em torno da administração pública, que se desenvolve em 
torno das funções estatais. Aquele que gere o interesse público gere algo que está acima dos 
interesses particulares. Os direitos fundamentais assumem uma centralidade do que pode ou não 
fazer a administração pública, servindo como um freio. 
O interesse público não é singular, ele tem que ser colocado no plural para respeitar as 
pluralidades – pluralismo social e político. 
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Os princípios da administração pública estão podem se dividir em dois grupos: explícitos e 
implícitos. Os primeiros estão descritos no art. 37 da Constituição Federal de 1988, os outros estão 
presentes no art. 2º da Lei no9784/99, a chamada Lei do Processo Administrativo. 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte (...) 
Art. 2º. A administração publica obedecerá, dentre outros, aos princípios da legalidade, 
finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla defesa, 
contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência. 
PRINCÍPIOS EXPLÍCITOS (ART. 37) 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE 
A administração pública só pode fazer o que estiver expressamente previsto no texto legal. Gera 
uma ideia de legalidade em sentido estrito. Todo ato da administração pública comporta uma 
discricionariedade própria da decisão. 
BEATRIZ LAGO ROSIER – 2019.2 – FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
 11 
Paulo Otero defende que o atual paradigma da Administração Pública define a superação da 
legalidade pela juridicidade, no sentido de sistema jurídico. Historicamente, o ato administrativo tinha 
que identificar a lei que fundamentava aquela decisão. Atualmente, o sistema jurídico se adequa à 
Constituição. 
PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE 
A administração pública, que julga, deve ser impessoal, tratar de maneira equidistante ambas as 
partes. A impessoalidade requer imparcialidade. A ideia é que o administrador, ao tomar decisões, 
respeite, dentro da ação da administração pública, a igualdade, tanto formal quanto material. Deve ter 
como norte o atendimento do interesse público, excluindo os interesses particulares ou 
particularizados. 
PRINCÍPIO DA PUBLICIDADE 
Exige que todos os atos da administração pública sejam sempre publicizados para a sociedade. 
Podem ter casos em que a publicização coloque em risco a gestão pública, então nesse caso o ato 
não vai ser publicizado. É necessário permitir todos os mecanismos possíveis para que o cidadão 
tenha acesso as informações relacionadas ao interesse público. 
PRINCÍPIO DA MORALIDADE 
É dever de todo agente público agir de acordo com a legalidade. Caso contrário, ele responderá 
administrativamente pelos seus atos. 
“Desvio de poder” – é conhecido como desvio de finalidade. Ocorre quando, no exercício das 
funções do Estado, os fins objetivados são diferentes daqueles definidos no sistema jurídico. A ação 
do gestor público é um compilado de todos esses princípios. Portanto, a ideia de moralidade 
administrativa vai além do desvio de finalidade. 
BOA-FÉ 
Acaba se resumindo ao direito privado. No momento que o Direito Administrativo passa a 
entender que a boa-fé não é algo relacionado somente ao direito privado, passa a haver uma 
discussão para que esse aspecto adentre no direito público. 
BOA-FÉ OBJETIVA: pautada na confiança, no padrão ideal de conduta. O legislador,pautado na 
legalidade, gera uma confiança, havendo uma presunção de que o que ele fez está correto. 
BOA-FÉ SUBJETIVA: pautada na probidade. 
BEATRIZ LAGO ROSIER – 2019.2 – FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
 12 
Ideia de segurança jurídica = estabilidade. Ao criar um sistema baseado na legalidade, entende-
se que aquilo feito pautado na legalidade é certo ou errado. O direito como um todo é um só. Portanto, 
a boa-fé é uma só, que requer ao gente público agir da forma que se espera no poder público. 
Dentro dessa lógica, a ideia de confiança deve estar na relação recíproca entre o administrador 
publico e a sociedade. O direito não é discrição da realidade, ele prescreve a realidade como deve 
ser. A ideia de boa-fé faz com que se gere a presunção de inocência. 
PROBIDADE ADMINISTRATIVA – LEI 8429/92 
O sistema jurídico não tem como definir tudo que é praticado com uma boa-fé do agente, por 
isso, ele define o que é improbidade. Art. 37, §4º. É preciso a definição por legalidade pois, em se 
tratando do exercício do jus puniendi, o poder de punir do Estado precisa que os atos estejam definidos 
por lei. A constituição diz que todas as vezes que o Estado for agir ele precisa ter seus atos tipificados 
em lei. O sistema jurídico não tem como definir todos os atos que caracterizam probidade. 
O fato de alguém ser processado na esfera administrativa não tira o processo da esfera penal. 
O agente público que pratica ato de corrupção gerando prejuízo aos cofres públicos responderá por 
improbidade e criminalmente. Todas as penas de improbidade podem ser alcançadas pelo direito 
penal – a prática da improbidade administrativa requer o reconhecimento de um sistema garantista 
para a sua aplicação. 
Art. 37, §4º. Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos 
políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na 
forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
A jurisprudência pacificou que a natureza da improbidade administrativa é civil, já que a 
preocupação é com o ressarcimento. Porém, o fato de não ser penal não significa que deve ser civil. 
Para Marçal Justen Filho, a improbidade administrativa tem natureza própria, híbrida, devendo 
ser reconhecida dentro dessa característica de hibridez (penal, civil e administrativo sancionador). 
O problema é a aplicação errada. Como o processo de ação de improbidade tem natureza civil 
de acordo com a doutrina, os juízes não entendem a natureza garantista. Portanto, parte-se de uma 
ideia de presunção de culpabilidade nas ações de improbidade administrativa. 
Art. 20, LINDB. Nas esferas administrativa, controladora e judicial, não se decidirá com base em 
valores jurídicos abstratos sem que sejam consideradas as consequências práticas da decisão. 
LEI 8429/92 – LEI DA IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
Art. 1º - vítimas da improbidade: administração direta ou indireta ou fundacional de qualquer dos 
poderes da União, Estados, Distrito Federal, Municípios, Território, de empresa incorporada ao 
BEATRIZ LAGO ROSIER – 2019.2 – FACULDADE BAIANA DE DIREITO 
 13 
patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra 
com mais de cinquenta por centro do patrimônio ou da receita anual. 
Art. 2º - quem pode praticar: todo aquele que exerce por eleição, nomeação, designação, 
contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função 
nas entidades mencionadas no artigo anterior. 
Art. 9º - enriquecimento ilícito. 
Art. 10 – causar prejuízo ao erário. Ação ou omissão. Causar prejuízo financeiro ao Estado. 
Admite a modalidade culposa. 
Art. 10 – A – decorrentes de concessão ou aplicação indevida de benefício financeiro ou 
tributário. 
Art. 11 – atentam contra os princípios da administração pública. 
Essa lei se aplica somente às pessoas físicas. As pessoas jurídicas são responsabilizadas pela 
Lei Anticorrupção (Lei 12846/2013) 
O art. 37, CF, exige que tenha a lei, ou seja não se pode julgar como improbidade aquilo que não 
é taxado. 
Sanções aplicáveis pela prática de improbidade administrativa: permite-se a punição em todas 
as áreas. 
PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA 
A ideia de eficiência está ligada a aferição de um resultado econômico positivo, de um 
atendimento satisfatório à sociedade. Isso não significa que a análise econômica deve ser totalmente 
excluída. O endividamento público é fruto do monopólio de controle do Estado, o problema real é o 
descontrole da dívida pública. 
PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA 
Papel assumido pelo direito, de estabilizar as expectativas sociais para uma convivência 
harmônica. 
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Ideia de que o direito tem a capacidade estabilizar as expectativas, através de mecanismos 
institucionais artificialmente criados. Finalidade de proteger as relações sociais e econômicas, 
garantindo segurança para as relações travadas dentro da sociedade. 
A segurança jurídica deve ser buscada no sistema, recepciona a legalidade como um princípio 
que fortalece essa busca pela estabilização. Portanto, há uma intima relação entre a legalidade e a 
segurança jurídica. 
PRINCÍPIO DA FINALIDADE 
O papel do direito administrativo, por uma razão de segurança jurídica, se olha dentro da 
legalidade para atingir os fins. A administração publica age para atingir fins previamente definidos, e 
se usa a legalidade para ter como atingi-los. 
Impõe que as ações praticadas para a consecução das atividades e das funções da 
administração publica estejam atreladas à fins específicos, de sorte que toda ação da administração 
publica busque cumprir determinadas finalidades. 
As finalidades da administração pública não são pressupostas, devendo estar previstas dentro 
do sistema jurídico. 
PRINCÍPIO DA MOTIVAÇÃO 
Toda decisão da administração pública deve apresentar motivação, que é uma questão de 
conteúdo. O que precisa ficar claro é o motivo que levou o administrador público a tomar determinada 
decisão. 
Motivação sem motivo – ato nulo, pois o principal não é a motivação, mas sim o motivo 
(conteúdo). A motivação somente tem a capacidade de produzir efeitos jurídicos se estiver 
materialmente preenchida pelos motivos. 
PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE 
Adequação entre meios e fins. É a exigência de que os meios utilizados pela administração 
pública sejam apenas aqueles necessários e suficientes para atender à finalidade. 
O gestor deve avaliar quais são os meios adequados, precisando agir com razoabilidade. 
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE 
É um elemento da proporcionalidade. O razoável é não inventar para além daquilo que o sistema 
jurídico orienta. 
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PRINCÍPIO DA AMPLA DEFESA E DO CONTRADITÓRIO 
Devido processo em conformidade com o sistema jurídico. 
CONTRADITÓRIO 
Direito que assegura a todo sujeito, em uma relação jurídica processual, a não ser surpreendido. 
Logo, tem que ter acesso a todas as informações dentro do processo, concedendo-lhe como 
consequência capacidade de contradita-las. 
AMPLA DEFESA 
Mecanismos procedimentais no processo para sustentar o seu direito. Exercer na prática 
processual o exercício do seu direito. Dar a defesa o direito de ser amplamente defendida. 
PODERES ADMINISTRATIVOS 
É o exercício do poder na consecução da função administrativa do Estado. No entanto, é 
importante lembrar que esses poderes vem precedidos de deveres, então o servidor tem deveres-
poderes. 
PODER DE POLÍCIA 
Se relaciona a capacidade atribuída a administração pública de exercer atividades de controle, 
fiscalização, planejamento e de sancionar atos a partir do cumprimento das distribuições da 
administração pública. O exercício do poder de polícia só pode ser realizadodentro do âmbito da 
legalidade. 
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na 
forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para 
o setor público e indicativo para o setor privado. 
O artigo 78 do Código Tributário Nacional parametriza o poder de polícia, mas a doutrina critica 
essa definição, por estar no Código Tributário. 
Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou 
disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em 
razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à 
disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de 
concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à 
propriedade e atos direito individuais ou coletivos. 
 
 
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PODER DISCIPLINAR 
Segundo Celso Antônio Bandeira de Mello, o exercício da função dos servidores públicos tem o 
objetivo de atender ao público. Quando o servidor não cumpre esses deveres, ou quando pratica atos 
que estão expressamente proibidos pelos estatutos jurídicos, ele passa a se submeter a um regime 
disciplinar, tendo que responder juridicamente conforme o regime disciplinar estatutário, o PAD 
(Processo Administrativo Disciplinar). 
PODER SANCIONADOR 
A administração pública, através da sua capacidade de autotutela e autoexecutoriedade, pode 
diretamente aplicar sanções, sem depender do provimento do Poder Judiciário. 
O poder sancionador gera a capacidade do Estado de exercer o jus puniendi, para que seja 
assegurado o devido processo legal. 
PODER REGULAMENTAR 
As leis são editadas enquanto comandos hipotéticos e genéricos, ou seja, nem todas as leis 
estão prontas para serem aplicadas. O poder regulamentar é responsável por dar executoriedade à 
lei. 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: 
IV – sancionar, promulgar e fazer publicas as leis, bem como expedir decretos e regulamentos 
para sua fiel execução; 
O controle do poder regulamentar é realizado pelo Congresso Nacional. 
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: 
V – sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos 
limites de delegação legislativa; 
PODER DISCRICIONÁRIO 
É o poder que é dado ao gestor público de tomar decisões para além da legalidade, mas sempre 
dentro da juridicidade. A noção de legalidade está ligada a lei em sentido estrito, formal; por outro 
lado, a juridicidade engloba a lei, a constituição, a jurisprudência. 
A discricionariedade é uma liberdade decisória do gestor público dentro do âmbito da legalidade. 
Todo ato é vinculado, agora dentro da vinculatividade, a legalidade vai estabelecer um espaço 
decisório maior ou menor a depender da situação. 
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Os princípios da administração pública devem ser observados como instrumentos de limitação 
do poder estatal. 
PODER HIERÁRQUICO 
Em nome do poder hierárquico a administração pública se colocava em uma situação de 
superioridade em relação ao cidadão. A legalidade vai ser invocada como algo que se opõe ao abuso 
de autoridade. 
A hierarquia passa a ser exercida dentro da própria administração pública, e não para os 
cidadãos. Na estrutura organizacional da administração pública há uma distribuição de tarefas 
hierarquicamente predispostas. 
ATOS ADMINISTRATIVOS 
É um ato jurídico produzido pela administração pública. 
Para Celso Antônio, é a declaração do Estado, no exercício de prerrogativas públicas, 
manifestada mediante providencias jurídicas complementares da lei a título de lhe dar cumprimento, 
e sujeitas a controle de legitimidade por órgão jurisdicional. 
Para Odete Medauar, o ato deve ser analisado como uma manifestação de vontade unilateral 
da administração pública que gera consequências e relações jurídicas. 
Analisando essa definição, a manifestação gera uma ideia de ordem, a administração não 
manifesta, e sim declara. A vontade da administração são os seus fins que estão definidos na 
legalidade. Unilateralidade deve ser entendida como a algo que a administração pública decide, mas 
isso não impede que essa decisão tenha um grau de democracia, já que a administração pública deve 
atuar numa dimensão democrática. 
ATOS ADMINISTRATIVOS X ATOS DA ADMINISTRAÇÃO: os atos administrativos são os que possuem 
efeitos jurídicos, já os atos da administração não possuem. No entanto, essa distinção já foi superada 
pois a doutrina entende que os atos da administração pública também podem gerar efeitos e 
consequências jurídicas. 
ATO ADMINISTRATIVO AUTISTA: para Floriano Marques, o ato administrativo autista tem como sua 
principal característica um “brutal déficit de comunicação com o meio ambiente cultural, social e 
econômico, sua absoluta indiferença para com os administrados e com a sociedade que, em última 
instancia, são destinatários e razão de ser da prática destes atos”. Afirma a necessidade de uma 
democratização da administração pública na construção das suas decisões. 
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ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO 
AGENTE: é o autor do ato, quem detém os poderes jurídico-administrativos necessários para 
produzi-lo. 
FORMA: revestimento externo do ato. Só pode exigir forma específica se estiver expresso em lei. 
OBJETO: disposição jurídica expressada pelo ato. 
MOTIVO: situação objetiva que autoriza ou exige a prática do ato. 
FINALIDADE: bem jurídico a que o ato deve atender, previsto dentro da legalidade. O fim maior da 
administração pública é a concretização do interesse público. 
CAUSA: não basta ter um fato sem que ele esteja relacionado com o direito. A decisão será 
motivada com a contextualização dos fatos. 
ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO 
PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE: é a presunção de veracidade atribuída aos atos praticados pelos 
agentes públicos. No entanto, diante da existência de atos que tem a potencialidade de materializar o 
poder punitivo do estado, não pode ter a presunção de legitimidade como uma característica absoluta 
dos atos. 
IMPERATIVIDADE: os atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua 
concordância, por conta da sua capacidade de coercibilidade conferida pelo direito. No entanto, essa 
imperatividade só está presente se o ato for legítimo, respeitando os limites impostos pelos direitos 
fundamentais. 
AUTOEXECUTORIEDADE: a administração pública não depende de nenhum outro poder para 
executar os seus atos. No entanto, a própria doutrina classifica os atos administrativos em 
autoexecutáveis e não autoexecutáveis. A autoexecutoriedade é atributo do ato administrativo, salvo 
quando houver previsão em sentido contrário. 
Segundo a doutrina, esses pontos são atributos do ato, mas não podem ser vistos como atributos 
absolutos. 
REVOGAÇÃO E INVALIDAÇÃO DOS ATOS 
REVOGAÇÃO: é a extinção de um ato administrativo ou de seus efeitos por outro ato administrativo, 
efetuada por razões de conveniência e de oportunidade, respeitando-se os efeitos precedentes. OBS: 
atos vinculados não podem ser revogados. Tem efeitos ex nunc, ou seja, não retroativos. 
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INVALIDAÇÃO: é a supressão de um ato administrativo ou da relação jurídica por dele nascida, por 
haverem sido produzidos em desconformidade com a ordem jurídica. Tem efeitos ex tunc, ou seja, 
retroativos. 
A administração pública tem o poder de revogar e o dever de invalidar os atos administrativos. 
CONVALIDAÇÃO DOS ATOS 
Suprimento da invalidade de um ato com efeitos retroativos. Em outras palavras, a convalidação 
determina a possibilidade que um ato inválidoproduza efeitos jurídicos. Só pode haver convalidação 
quando o ato possa ser produzido validamente no presente. 
Sempre que a administração estiver diante de um ato suscetível de convalidação que não haja 
sido impugnado pelo interessado, estará na obrigação de convalidá-lo. Sempre que esteja perante ato 
insuscetível de convalidação, terá a obrigação de invalidá-lo. 
O SILÊNCIO DA ADMINISTRAÇÃO 
Se a administração não se pronuncia quando deve, a lei estabelece que, decorrido o prazo nela 
previsto, considera-se deferida ou indeferida a pretensão do administração, ou, então, que o ato sob 
controle está confirmado ou infirmado. 
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS 
DESTINATÁRIO 
GERAIS: atingem a todos, sem direcionar. 
INDIVIDUAIS: é possível identificar os destinatários do ato. 
PRERROGATIVA 
ATOS DE GESTÃO: praticados na consecução de atividades ordinárias de gestão. 
ATOS DE IMPÉRIO: é realizado pois está no exercício do regime jurídico administrativo. 
LIBERDADE 
VINCULADOS: praticados em consonância com a legalidade. 
DISCRICIONÁRIOS: comportam uma margem decisória. 
CONCORRÊNCIA DE VONTADES 
SIMPLES: praticados por uma autoridade na linha decisória. 
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COMPOSTO: a decisão previa condiciona a posterior. 
COMPLEXO: as cadeias decisórias são independentes. 
EFEITOS 
DECLARATÓRIO: é necessário que a administração reconheça a existência. 
CONSTITUTIVO: a extinção ou criação depende do ato. 
ENUNCIATIVO: enuncia uma posição. 
RETRATABILIDADE 
REVOGÁVEIS: apenas os atos discricionários. 
IRREVOGÁVEIS: os atos vinculados. 
EXECUTORIEDADE 
AUTOEXECUTÓRIOS: podem ser exercidos sem depender de outros poderes. 
NÃO AUTOEXECUTÓRIOS: dependem de outros poderes para serem exercidos. 
ESPÉCIES – QUANTO AO CONTEÚDO 
LICENÇA: atos, vinculados, onde a administração faculta a alguém o exercício de um direito. 
PERMISSÃO: atos, discricionários, onde a administração faculta a alguém a prestação de um 
serviço ou uso de bem público. 
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou 
permissão, sempre através da licitação, a prestação de serviços públicos. 
O contrato de concessão pode fazer a outorga da exploração a empresa ou a um consorcio de 
empresas, enquanto a permissão admite a outorga a pessoa jurídica e a pessoa física. 
AUTORIZAÇÃO: atos, discricionários, onde a administração faculta a prática de ato jurídico ou 
manifesta a sua concordância com ato já praticado, a fim de lhe dar eficácia. É o ato administrativo 
discricionário que se assemelha a licença. 
ADMISSÃO: ato vinculado pelo qual se reconhece o direito ao exercício, a possibilidade de usufruir 
de serviço público, desde que preenchidos os requisitos legalmente estabelecidos. 
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APROVAÇÃO, HOMOLOGAÇÃO E VISTO: na aprovação, a administração, discricionariamente, faculta 
a prática de ato jurídico, podendo ser prévia ou a posteriori. A homologação é o ato vinculado onde a 
administração concorda com ato já praticado. O visto é um mero ato de acordo, de reconhecimento. 
SANCIONATÁRIOS: são atos que impõem sanções. 
FUNCIONAIS: tem como fundamento a relação funcional entre uma pessoa e a administração 
pública; estão ligados as atividades laborais dos servidores públicos. 
 ESPÉCIES – QUANTO A FORMA 
DECRETOS E REGULAMENTOS: ambos são atos praticados pelo Chefe do Poder Executivo; o decreto 
produz efeitos externos e o regulamento produz efeitos internos. 
RESOLUÇÕES, DELIBERAÇÕES E REGIMENTOS: são atos praticados pelo primeiro escalão; a resolução 
está para o decreto assim como o regimento está para o regulamento; as deliberações acontecem 
quando os atos são decorrentes de decisões colegiadas. 
ORDINATÓRIOS (INSTRUÇÕES, CIRCULARES, PORTARIAS, ORDENS DE SERVIÇO, PROVIMENTOS E AVISOS): 
não há uma regra específica, cada entidade usa como quiser. A ordem de serviço é o tipo de ato 
normativo utilizado para que a administração pública determine a execução de um serviço. 
ALVARÁS: expedição de autorizações e licenças. 
OFÍCIOS: estabelece a comunicação entre os órgãos e agentes da administração pública. 
PARECERES: os agentes públicos emitem as suas opiniões e posições técnicas sobre os assuntos 
de sua responsabilidade. 
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Historicamente, só se concebia uma entidade da administração pública se fosse direta ou 
indireta. No entanto, com o passar do tempo, começaram a surgir figuras que tinham relações com a 
administração pública, mas não se encaixavam nem na administração direta ou indireta. A partir disso, 
surge a administração pública policêntrica, onde existem vários centros de poder. O Estado transfere 
o exercício de atividade que lhe são pertinentes para particulares ou pessoas auxiliares suas. 
Atualmente, quem representa o centro de poder são os entes federativos, ou seja, a União, os 
Estados, os Municípios e o Distrito Federal. 
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A atividade administrativa é descentralizada quando é exercida por pessoa ou pessoas distintas 
do Estado. A atividade administrativa é centralizada quando é exercida pelo próprio Estado, ou seja, 
pelo conjunto orgânico que lhe compõe a intimidade. 
DESCONCENTRAÇÃO: delegação de parcelas de poder e funções administrativas dentro de uma 
mesma pessoa jurídica. É interna. 
DESCENTRALIZAÇÃO: quando esta delegação de funções se dá de uma pessoa jurídica para outras 
pessoas jurídicas. É externa. 
O Decreto-lei n.200/67 divide a administração pública em direta e indireta. Segundo ele, 
administração direta é a que se constitui dos serviços integrados na estrutura administrativa da 
Presidência da República e dos Ministérios (art. 4º, I), e a administração indireta é a que compreende 
as seguintes categorias de entidades dotadas de personalidade jurídica própria: a) autarquias, b) 
empresas públicas, c) sociedades de economia mista, d) fundações públicas (art. 4º, II). 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA 
É realizada pelos entes federados, consoante o artigo 18, CF, que exercem o poder, ou seja, a 
função administrativa, mediante distribuição de competências para garantir a eficiência do Estado, 
mediante a desconcentração de funções. 
ÓRGÃOS: parte integrante que não é dotada de personalidade jurídica que, no exercício de suas 
competências, dentro da estrutura hierarquizada, exerce as funções administrativas do Estado. Se o 
órgão não é dotado de personalidade jurídica, ele não pode ser parte de um contrato, mas a legislação 
define situações excepcionais (art. 2º, parágrafo único, Lei n.8666/93). 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA 
Através da descentralização, a administração pública indireta cria entidades dotadas de 
personalidade jurídica, que recebem delegação de competência para o exercício das funções 
administrativas. 
AUTARQUIAS: pessoas jurídicas de direito público; possuem todas as prerrogativas atribuídas pela 
Constituição Federal e pelo sistema jurídico que são do Estado, ou seja, os bens são bens públicos. 
Segundo o Decreto-Lei n.200/67, autarquias são “o serviço autônomo, criado por lei, com 
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para executar atividades típicas da administração 
pública, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira 
descentralizada”. 
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FUNDAÇÕES DE DIREITO PÚBLICO: é quando essa fundação é criada com personalidade de direito 
público. À elas se aplicam o mesmo regime jurídico administrativo das autarquias. 
FUNDAÇÕES PÚBLICAS: entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, sem fins 
lucrativos, criada para o desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou 
entidades de direito público,com autonomia administrativa, patrimônio gerido pelos respectivos órgãos 
de direção e funcionamento custeado por recurso da União e de outras fontes. A lei não cria, mas 
autoriza a sua criação, pois as regras estão estabelecidas no direito civil. 
AUTARQUIAS ESPECIAIS: são figuras autárquicas que possuem uma menor interferência política. 
Existem dois tipos: 
AGÊNCIAS REGULADORAS: são agencias capazes de fazer uma interface política e técnica, capazes 
de juntas o conhecimento técnico de um determinado assunto com o conhecimento do impacto desse 
assunto na ordem econômica. Não existe uma lei com regras regais, cada agência reguladora tem a 
sua própria lei; a única particularidade é a nomeação pelo Presidente da República, sob aprovação do 
Senado, dos dirigentes da autarquia, em prol destes, de mandato a certo prazo. Exemplos: ANATEL, 
ANCINE, ANVISA. 
AGÊNCIAS EXECUTIVAS: estão regulamentadas pela Lei n.9649/98, arts. 51 e 52 – mediante um 
contrato de gestão (art. 37, §8º, CF) firmado pelo ente federado e uma autarquia ou fundação de direito 
público já existente, se estabelece uma maior autonomia para essas autarquias ou fundações de 
direito público. Exemplo: INMETRO. 
EMPRESAS ESTATAIS: são criadas para que o Estado desenvolva algumas atividades mediante 
atividade empresarial. Existem dois tipos: 
EMPRESAS PÚBLICAS: entidade dotada de personalidade jurídica de Direito Privado, com patrimônio 
próprio e capital exclusivo da União, criada por lei para a exploração de atividade econômica que o 
Governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa, podendo 
revestir-se de qualquer das formas admitidas em Direito (art. 5º, Decreto-lei n.200). 
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA: entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, 
criada por lei para a exploração de atividade econômica, sob a forma de sociedade anônima, cujas 
ações com direito a voto pertençam em sua maioria a União ou a entidade da administração indireta. 
Diferenças entre empresas públicas e sociedades de economia mista: (1) nas empresas públicas 
só podem ter entes públicos, enquanto que nas sociedades de economia mista podem ter entes 
públicos e privados, mas o controle da empresa precisa ser de entes públicos; (2) empresas públicas 
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podem ser de qualquer modalidade menos sociedade anônima, enquanto as sociedades de economia 
mista só podem ter a forma de sociedade anônima. 
CONSÓRCIOS PÚBLICOS 
Associação de entes federados com o objetivo de melhor prestar serviços públicos. Traz uma 
ideia de cooperativa, associada a uma gestão que conjuga esforços dos entes com o objetivo de 
atender melhor a sociedade. Os consórcios só podem ser criados com o intuito de atender os 
interesses públicos, não podem ter fins lucrativos. 
Existem duas modalidades: (1) o consórcio público firmado mediante a aprovação de leis dos 
entes federados, integrantes do consórcio e construído sobre a modalidade autárquica; (2) a formação 
mediante associação civil, firmada por contrato de gestão. 
SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS 
São pessoas jurídicas de direito privado, criados mediante autorização estatal, que são 
custeados mediante arrecadação tributária parafiscal do Estado, que institui para isso contribuições 
específicas para financiar o sistema, através da prestação de assistência social ou qualificação 
profissional. Chamados de Sistema “S” – SESC, SEBRAE, SENAI, SESI, etc. 
É o Estado cumprindo o papel de intervir para forçar os setores estratégicos da economia para 
que se preocupem não somente com o lucro, mas também com a função social. 
TERCEIRO SETOR 
São pessoas jurídicas de direito privado, criadas sem fins lucrativos, para a prestação de serviços 
relevantes (assistência social, saúde, educação, etc), que não estavam sendo realizados pelo Estado. 
Uma vez criadas, são qualificadas como OSCIP (Organizações da sociedade civil de interesse público) 
ou OSC (Organizaço2es da sociedade civil) e passam a receber recursos públicos, utilizar bens 
públicos, recursos humanos do Estado, para atender a esses fins sociais. 
Lei n.13019/2014 – estatue as OSC. As OSCIPs que já foram criadas continuam, mas as normas 
vão ser apenas OSCs.

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