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A HISTÓRIA DOS SURDOS


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No Egito, os surdos eram considerados 
enviados. Acreditava se que estes se 
comunicavam em segredo com os deuses. 
“E disse-lhe o SENHOR: Quem fez a boca do homem? 
ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? 
Não sou eu, o SENHOR?” (Êxodo 4:11) 
 
“Não amaldiçoarás ao surdo, nem porás tropeço diante do 
cego; mas temerás o teu Deus. Eu sou o 
SENHOR”(Levítico 19:14) 
 No Egito, as mais antigas referências são 
ambivalentes, entre a caridade e a consideração 
dos surdos como indivíduos não educáveis. Os 
sacerdotes tratavam as dores de ouvidos com 
preparados e soluções de variados produtos que 
iam da urina de cabra à cinza de asa de morcego 
e aos ovos de formiga ou lagarto. 
 
 Na China, os surdos eram lançados no mar. 
Eram sacrificados ao “deus Teutates” por ocasião da 
festa do Agárico. 
 Em Atenas, os surdos eram rejeitados e 
abandonados nas praças públicas ou nos campos. 
 Em Esparta, os surdos eram jogados do alto 
dos rochedos. 
Sócrates: 
 Fez a seguinte pergunta ao seu discipulo 
Hermógenes: “Suponha que nós não tenhamos 
voz ou língua, e queiramos indicar objetos um ao 
outro. Não deveriamos nós, como os surdos, 
fazer sinais com as mãos, a cabeça e o resto do 
corpo?” 
 Hermógenes respondeu: “Como poderia 
ser de outra maneira, Sócrates?” 
384 – 322 a.C 
Aristóteles: 
 O Filósofo Grego considerava o Surdo 
como incompetente, incapaz, um ser sem 
pensamento. A linguagem (verbalizada) dava ao 
homem a condição humano para o indivíduo 
(inteligência). Considerava absurda a intenção de 
ensinar o surdo a falar. 
 
No N.T através de Jesus: 
 
E trouxeram-lhe um surdo, que falava dificilmente; e 
rogaram-lhe que pusesse a mão sobre ele. E, tirando-o à 
parte, de entre a multidão, pôs-lhe os dedos nos ouvidos; e, 
cuspindo, tocou-lhe na língua. E, levantando os olhos ao 
céu, suspirou, e disse: Efatá; isto é, Abre-te. E logo se 
abriram os seus ouvidos, e a prisão da língua se desfez, e 
falava perfeitamente (Marcos 7:32-35) 
 
 
 No século I d.C, Paulo (no Livro aos 
Romanos), teria dito que: 
 “Portanto, a fé vem por ouvir a mensagem, e a mensagem vem 
por meio da pregação a respeito de Cristo.” (Rm 10:17) 
 
 Este versiculo teria dado justificação a quem a 
usou para negar o acesso à religião, aos sacramentos 
e mesmo à salvação da alma dos surdos-mudos. 
 
 Santo Agostinho, filósofo e teólogo cristão 
emitiu opniniões sobre os surdos. Para ele, 
 
 Para os que defendem Santo Agostinho, 
dizem que, para ele, a Língua de Sinais com que 
os surdos se comunicavam, fazia as vezes da 
lingua falada. 
 Eram proibidos de receber a “comunhão” 
por serem considerados incapazes de confessar 
seus pecados. Bem como, heranças e votar 
enfim, de todos os direitos como cidadãos. 
 Em Roma eram abandonados ou o matavam 
(jogando os no rio Tiger). Também o faziam de 
escravo obrigando os a passar toda sua vida dentro 
de um moinho de trigo empurrando a manivela. 
Girolamo Cardano: 
 Médico filósofo afirmava que: “...a surdez e 
mudez não é impedimento para desenvolver a 
aprendizagem e que o meio melhor dos surdos 
aprenderem é através da escrita”. 
 Interessou se pelo estudo do ouvido, nariz e 
cérebro porque seu filho era surdo. 
 
 
Melchor de Yebra: 
 Era um monge franciscano de Madrid, foi o 
primeiro a descrever e ilustrar o alfabeto manual 
da época, publicado sete anos após a morte dele. 
A finalidade deste alfabeto seria religioso (para 
compreensão de matérias espirituais). 
Pedro Ponce de Léon: 
 Um monge beneditino espanhol discordou os 
argumentos médicos que afirmavam que os surdos 
não poderiam aprender porque tinham lesões 
cerebrais. Ele utilizava, além de sinais, treinamento 
da voz e leitura dos lábios. É o primeiro professor de 
surdos da história 
 Ensinou a dois irmãos surdos, membros da 
família da aristocracia (Francisco e Pedro Velasco). 
 
Juan Pablo Bonet: 
 O pedagogo espanhol propõe o Alfabeto Manual: 
ensinando a leitura (tratamento da fala) e a Língua de 
Sinais; Iniciou seu trabalho com outro membro surdo da 
familia Velasco, Dom Luis. Publicou o primeiro livro 
sobre a educação de surdos. 
 Seu método serviu de base para toda Europa 
(Pereire: países de língua de origem latina, Amman: 
língua alemã, Wallis: Ilhas Britânicas). 
 
1644 
John Bulwer: 
 Medico britânico, observou dois surdos 
conversarem em lingua gestual, após isso entendeu 
que esta era essencial para o surdo. Acreditava que a 
lingua de sinais era universal e seus elementos 
iconicos. 
 
1659 
John Wallis: 
 Considerado o fundador do oralismo na 
Inglaterra. Logo desistiu de ensinar o surdo a falar 
depois de varias tetativas. 
Samuel Heinicke: 
 Pai do método alemão – Oralismo Puro. Um 
grande valor era atribuido a fala, na Alemaha. Em 1778 
fundou a primeira escola de oralismo puro. Declara que: 
 
“Meus alunos são ensinados por meio de um processo fácil 
e lento de fala em sua língua pátria e língua estrangeira 
através da voz clara e com distintas entonações para 
aumentar suas habilidades de compreensão”. 
Jacob Rodrigues Pereire: 
 
 Fluente em Língua de Sinais, mas defensor do 
Oralismo. Modificou o método de BONET, 
introduziu pontuação, acentuação e números. 
Oralizou sua irmã e utilizou o ensino da fala e da 
exercicios auditivos. 
 
1759 
Charles Michel de L´ Epée: 
 
 Ensinou duas irmãs surdas (gêmeas); fundou a 1ª escola para 
surdos “Instituto Nacional para Surdos Mudos em Paris”. O surdo 
passa a ser visto como humano, realizar tarefas apenas designadas 
aos ouvintes. “Época de ouro para os surdos”. 
 Publicou o primeiro dicionário de sinais, fundou 21 escolas 
por toda a Europa. Defendeu que a língua de sinais constitui a 
linguagem natural dos surdos e que é um verdadeiro meio de 
comunicação e desenvolvimento do pensamento. 
 
Jean Marc Gaspard Itard: 
 Foi medico do instituto Nacional de Surdos 
em Paris. Sua concepção era que a surdez tinha 
que ser erradicada ou deveria ocorrer sua 
“diminuição”. A surdez para ele era uma doença, 
passivel de tratamento. 
 
 
 
Dissecou cadáveres de surdos; 
Aplicou cargas elétricas nos ouvidos de surdos; 
Furou as membranas timpânicas de alunos (um 
morreu por este motivo); 
Fraturou o crânio de alguns alunos; 
Infectou pontos atrás das orelhas deles; 
Usou sanguessugas dentro dos ouvidos; 
Jean Marc Gaspard Itard 
 Para ele a única esperança para “salvar” o 
surdo seria através do desenvolvimento da fala. 
Sua proposta era transformar o surdo em ouvinte. 
 Após 16 anos de tentativas e experiências 
frustadas de oralização e remediação da surdez, 
se rendeu ao fato de que o surdo só pode ser 
realmente educado através da língua de sinais. 
Responsável pelo clássico conhecido como o 
“Garoto Selvagem de Aveyron” 
Thomas Hopkins Gallaudet: 
 Percebeu que uma das crianças que bricavam no 
jardim, não estava participando das brincadeiras, Alice 
Gogswell, era surda. Ficou profundamente tocado e 
tentou lhe ensiná la (pois, na época não havia escolas nos 
EUA). 
 Foi até a Europa para buscar métodos para 
ensinar a Alice (não obteve êxito) e na volta para 
América (52 dias) aprende com Laurent Clerc a língua 
de sinais. 
 
 Gallaudet e Clerc fundaram a Escola Americana 
para Surdos (ASD) em 1817, em Hartford, Connecticut 
que incluía ensino infantil, fundamental e médio. 
 Em 1864 – Congresso Americano – 1ª faculdade 
para Surdos no mundo National Deaf – Mute College, 
atualmente Gallaudet University – fundada pelo filho de 
Thomas, o Edward Miner Gallaudet. 
 
Alexander Grahn Bell: 
 Defensor do Oralismo. Julgava a língua de 
sinais imprecisa e inferior á fala. Era contra a 
língua de sinais, argumentava que a mesma não 
propiciava o desenvolvimento intelectual dos 
surdos. Criticava o casamento entre pessoas 
surdas. 
 Em 1873, conhececeu a surda Mabel 
Gardiner Hulbar, em 1877 casou se com ela.Hernest Huet: 
 Professor surdo francês, formado no 
Instituto Nacional dos Surdos de Paris . Chega ao 
Brasil sob a aprovação do imperador Dom Pedro 
II, com a intenção de abrir uma escola para 
iniciar um trabalho de educação de pessoas 
surdas. 
 Fundou se no Rio de Janeiro o Imperial 
Instituto de Surdos Mudos, hoje INES, em 26 de 
Setembro (neste dia comemora se o Dia nacional dos 
surdos no Brasil). 
 Em 1875, um ex-aluno do INES, Flausino José 
da Gama, aos 18 anos, publicou “Iconografia dos 
Sinais dos Surdos”, ou seja, a criação dos símbolos, o 
primeiro dicionário de lingua de sinais no Brasil. 
 Inicialmete utilizava se a Língua de Sinais, mas 
em 1911 adotou-se o oralismo como forma de 
comunicação. 
Helen Adams Keller: 
 Um dos maiores exemplos de que a deficiencia 
não é obstáculo para se obter sucesso. Foi acometida 
de “Febre cerebral”. Ficou cega e depois surda. A 
conquista de keller é resultado de um trabalho com 
Anne Sulivan. 
 Keller escreveu que: 
“Meu trabalho com os cegos é apenas parte do que eu sou. Sou 
Solidária com todos aqueles que lutam por justiça”. 
 Ela adorava a onda de calor humano pulsando 
ao seu redor. 
Congresso de Milão: 
 Foi uma conferência internacional educadores de 
surdos. Depois de deliberações em 6 a 11 de Setembro - 
1880, o congresso declara que a educação oralista é superior 
ao da língua de sinais e aprovou uma resolução proibindo o 
uso da língua de sinais nas escolas. As escolas em todos os 
países europeus e os Estados Unidos mudaram para 
utilização terapêutica. 
 Foram retomados vários principios de Aristóteles: 
 
“... a fala viva é o privilégio do homem, o único e correto veiculo do 
pensamento, a dádiva divina, da qual foi dito verdadeiramente: a fala é a 
expressão da alma, como a alma é a expressão do pensamento divino”. 
 
 Edward Gallaudet presente no congresso defendeu 
o sistema combinado (oralidade e lingua de sinais) mas não 
foi ouvido. 
 Depois do Congresso passaram a ser vistos como 
“deficiente”, a ser tratado e curado, incapaz de responder 
aquilo que era esperado dele. 
William Stokoe: 
 Trouxe a comprovação de que as Línguas de Sinais 
eram semelhantes as Línguas Orais e que cumpriam as 
mesmas funções, com possibilidades de expressão em 
qualquer nível de abstração. Realizou estudos e comprovou 
que: 
 
FSPS tinham desenvolvimento escolar melhor que seus colegas FSPO, 
sem detrimento no desenvolvimento da fala e da leitura orofacial. 
 
 Comprovou que os Sinais não prejudicavam as 
crianças surdas, mas as ajudava no desenvolvimento 
escolar, sem prejuizo para as habiliades orais. 
 Durante quase 100 anos existiu o “império 
oralista”, e foi em em 1971, no Congresso 
Mundial de Surdos, em Paris, que a Língua de 
Sinais passou a ser novamente valorizada 
(Comunicação Total). Chegou se a conclusão que 
este 1 século de oralismo não serviu como 
solução para a educação de surdos. 
FENEIDA: 
Criada por um grupo de profissionais ouvintes e 
implementou suas ideias de reabilitação dos 
deficientes auditivos 
FENEIS: 
Fundada no Rio de Janeiro, sendo uma 
restruturação da antiga ex - FENEIDA. 
 
Marlee Beth Matlin: 
 Estreou o filme “Children of a Lesser God” 
– “Os Filhos do Silêncio” a qual pela primeira vez 
uma atriz surda norte-americana, conquistou o 
globo de ouro e o Oscar de melhor atriz 
dramática nos EUA (aos 20 anos, a mais jovem a 
ganhar o prêmio). 
Closed Caption: 
 Acesso a exibição de legenda na televisão, 
iniciado pela primeira vez no Brasil, no jornal 
Nacional. Registrado por um estenotipista (que 
ouve no mesmo momento em que o 
telespectador assiste ao programa em seu televisor 
e, assim digita o texto). 
Fernando Henrique Cardoso: 
 Sancionou em 24 de abril de 2002, a lei que 
reconhece a Língua Brasileira de Sinais como a 
de comunicação entre surdos. 
Luiz Inácio Lula da Silva 
 Regulamenta e lei federal e traz outras 
providencias, por meio do decreto federal 5.626. 
2005 
Letras/LIBRAS 
 Inicia se o curso na modalidade 
Licenciatura da UFSC em Florianópolis – SC e 
mais nove pólos em outros estados. 
2008 
Letras/LIBRAS 
 se o curso na modalidade 
Bacharelado em Florianópolis – SC.