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1 ANDRÉ LUIZ NEVES LIMA RESPOSTAS FISIOLÓGICAS NO TREINAMENTO RESISTIDO PARA PESSOAS COM HIV/AIDS: REVISÃO DA LITERATURA São Paulo 2017 2 ANDRÉ LUIZ NEVES LIMA RESPOSTAS FISIOLÓGICAS NO TREINAMENTO RESISTIDO PARA PESSOAS COM HIV/AIDS: REVISÃO DA LITERATURA Trabalho de conclusão do curso, entregue ao Centro de Estudos de Fisiologia do Exercício e Treinamento como requisito parcial para obtenção do titulo de Especialista em Fisiologia do Exercício. São Paulo 2017 3 RESUMO Síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), disseminada através do vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), este presente em todo mundo, ocorrendo no Brasil 8000 mortes associadas à infecção pelo HIV. A transmissão ocorre através de relações sexuais sem proteção. O quadro clínico da AIDS apresenta hipotrofia muscular, degeneração do sistema nervoso central (SNC), processos malignos além de quadros infecciosos. A ausência do exercício físico contribui para o surgimento de doenças crônicas como hipertensão, diabetes e obesidade. O tratamento se baseia em terapia antirretroviral altamente ativa e embora exista clareza sobre os benefícios de se praticar um treino resistido, ainda é muito escasso falar desse treino para pessoas com HIV/AIDS, portanto, o presente estudo buscou Descrever os benefícios do treinamento resistido para pessoas vivendo com HIV/AIDS. Metodologia: Foi realizado uma revisão nos bancos de dados da SciELO sobre o assunto em questão, sendo incluído apenas artigos que falassem de treino resistido dentro dos últimos 5 anos. Resultados: Foram encontrados 4 artigos originais, e 1 de revisão, citando o benefício do treino resistido em pessoas com AIDS, tanto para ganho de força muscular, como para redução de gordura corporal, reduzir glicemia, melhorar sistema imune entre outros. Conclusão: O treino resistido para as pessoas com HIV/AIDS proporciona grades benefícios e deve ser prescrito para diminuir os efeitos colaterais, assim diminuir riscos e melhorar a qualidade de vida desses indivíduos. Palavras chaves: treinamento de força, soro positivo, AIDS, fortalecimento muscular, HIV, fisiologia muscular 4 SUMÁRIO INTRODUÇÃO -----------------------------------------------------------------5 OBJETIVO -----------------------------------------------------------------7 METODOLOGIA -----------------------------------------------------------------8 RESULTADOS ----------------------------------------------------------------9 DISCUSSÃO ---------------------------------------------------------------11 CONCLUSÃO ---------------------------------------------------------------13 REFERÊNCIAS ---------------------------------------------------------------14 ANEXOS ---------------------------------------------------------------15 1.1 FICHAMENTO 1 – ARTIGO ORIGINAL ---------------------15 1.2 FICHAMENTO 2 – ARTIGO ORIGINAL ---------------------20 1.3 FICHAMENTO 3 – ARTIGO DE REVISÃO -----------------25 1.4 FICHAMENTO 4 – DISSERTAÇÃO --------------------------29 1.5 FICHAMENTO 5 – DISSERTAÇÃO --------------------------34 5 INTRODUÇÃO A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS) é uma doença crônica, disseminada através do Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV) (SANTOS et al, 2013), que leva a uma supressão das células do sistema imunológico, medidas pelas células T (conhecidas como linfócitos), levando ao organismo a frequentes infecções, risco aumentado para doenças neurológicas e até a neoplasias secundarias (CABRAL et al, 2015). A maior prevalência da AIDS esta presente na África Subsaariana. Na América Latina há em torno de um milhão e meio de soropositivos, e só no Brasil uns seiscentos mil. Em 2007, além das cem mil novas infecções ocorreram também oito mil mortes associadas à infecção pelo HIV, o que torna necessários programas de conscientização e prevenção sobre o vírus e as formas de transmissão (BRITO et al, 2013; ZANETTI, 2016). A transmissão do HIV ocorre através de relações sexuais sem proteção (sem uso de preservativo), tanto por via parenteral como vertical (CABRAL et al, 2015). O público homossexual é o mais acometido, além disso, a transmissão pode ocorrer de mãe para filho, na gestação, no parto ou durante aleitamento, outra forma também, que ocorre menos, é através da transfusão de sangue (ZANETTI, 2016). A AIDS apresenta como quadro clínico a hipotrofia muscular, pode apresentar também degeneração do sistema nervoso central (SNC), alguns processos malignos além de quadros infecciosos, apresentando sinais iniciais de febre dores de cabeça e garganta, dores musculares e manchas na pele. (SANTOS et al, 2013; SOUZA et al, 2011) Os portadores de HIV podem evoluir para Síndrome da Imunodeficiência Humana (AIDS) após 7 a 10 anos se não tiverem o tratamento adequado (ZANETTI, 2016). A terapia antirretroviral altamente ativa (HAART), é o tratamento usado para as pessoas com HIV/AIDS, contribuindo para supressão do HIV, aumentando a sobrevida e melhorando a qualidade de vida de pessoas com AIDS, porém a terapia em longo prazo pode acarretar numa síndrome 6 lipodistrófica, hiperglicemia, resistência insulínica, hipertrigliceredemia e redução do HDL-c (BRITO et al, 2013). A Síndrome Lipodistrófica age como efeito adverso inibindo uma protease e diminuindo a capacidade do organismo de utilizar o oxigênio (BRITO et al, 2013; CABRAL et al, 2015), e se relaciona com resistência a insulina, dislipidemia, hipertensão arterial, e consequentemente, à síndrome metabólica (SM) e alteração no cotidiano (CABRAL et al, 2015). A SM ocorre em 18% a 50% dos casos de pessoas com HIV, e esta relacionada à morbimortalidade da população mundial e acaba envolvendo complicação do aparelho cardiovascular (ZANETTI, 2016). Outras drogas como inibidores de transcriptase reversa, também se relacionam com as alterações lipodistróficas (síndrome de redistribuição de gordura corporal), toxicidade mitocondrial e contribuem negativamente para elevação da acidose láctica (BRITO et al, 2013). Além disso, a composição da massa corporal magra também reduz a forca muscular das pessoas com AIDS (SANTOS et al, 2013). A ausência do exercício físico contribui para o surgimento de doenças crônicas como hipertensão, diabetes, obesidade e também altera a capacidade músculo-esquelético de gerar força (SANTOS et al, 2013). A mudança de hábito á partir de alimentação e a prática de exercício físico devem ser acompanhadas e inclusas como primeiro plano para o tratamento da SM (ZANETTI, 2016), conservando a massa muscular, hipertrofia, aumenta força, melhora densidade óssea e até mesmo a coordenação motora. Observa-se que o exercício físico previne contra várias doenças associadas, e essa intervenção aumenta marcadores inflamatórios e colabora com a diminuição da massa visceral e corporal (ZANETTI, 2016). Embora exista clareza apenas sobre os benefícios de se praticar um treino resistido, ainda é muito escasso falar desse treino para pessoas com HIV/AIDS e também definir series, repetições, tempo de treino, enfim, periodizar. O que torna necessário novos estudos. Portanto, o presente estudo, buscou reunir alguns artigos e elucidar a questão dos benefícios de se praticar o treino resistido para essa população. 7 OBJETIVO Descrever os benefícios do treinamento resistido em pessoas vivendo com HIV/AIDS. 8 METODOLOGIA Revisão da literatura sobre benefícios do treinamento resistido em pessoas com HIV/AIDS. A pesquisa foi realizada nos bancos de dados SciELO, cruzando as palavras em português:treinamento de força, soro positivo, AIDS, fortalecimento muscular, HIV, fisiologia muscular. 1. Critérios de inclusão - Trabalhos publicados nos últimos 5 anos. 2. Critérios de exclusão - Artigos publicados anteriores a data; - Estudos que falam só do treino aeróbio. 9 RESULTADOS Foram encontrados 4 artigos originais e 1 de revisão, citando ao longo do texto os benefícios do treino resistido nas pessoas com AIDS (tabela 1). Tabela 1. Estudos citando os benefícios do treino resistido muscular em pessoas com AIDS. AUTORES ARTIGO BENEFICIO CITADO Cabral et al, 2015 Os efeitos do treinamento de força e aeróbico em pacientes portadores de hiv/aids que utilizam haart - ganho de massa magra; - melhora força; - melhora o perfil lipídico; - melhora a qualidade de vida; - aumenta a capacidade funcional; - maior sensibilidade a insulina; - redução de gordura corporal; - melhora do sistema imune. Ciro et al, 2013 Impacto do treinamento resistido na força e hipertrofia muscular em HIV- soropositivos - evitar perda de massa magra; - evitar a perda funcional do músculo; - aumentar forca muscular; - -aumentar eficiência muscular; - reduz glicemia; - reduz perímetro de cintura; - hipertrofia. Santos et al, 2013 Efeito do treinamento resistido progressivo nos parâmetros - reduz relação de cintura quadril; - reduz percentual de gordura; - aumenta massa magra. 10 antropométricos de pessoas vivendo com HIV/AIDS Zanetti, 2016 Efeitos do treinamento resistido não linear sobre antropometria, parâmetros metabólicos, inflamatórios e imunes, força muscular e componentes da síndrome metabólica em pessoas infectadas pelo HIV: ensaio clínico randomizado. - Melhora capacidade funcional; - aumenta força muscular; - reduz gordura corporal; - aumenta densidade óssea mineral; Zanetti, 2016 Treinamento resistido não linear atenua componentes da síndrome metabólica em pessoas infectadas pelo HIV: ensaio clínico randomizado - aumento da massa magra; - diminuição da massa gorda; - aumenta mobilização; - oxidação de ácidos graxos. 11 DISCUSSÃO Com o treino de força muscular resistido é possível ver a melhora no perfil lipídico, melhora na composição corporal, preserva massa muscular, promove manutenção de reservas energéticas do organismo e melhora funções vitais e o sistema imune aumenta sua eficiência (Cabral, 2015). Como as pessoas que vivem com HIV/AIDS passam por alterações na composição corporal e possui o risco para infecção maior, o treino de força resistido já é benéfico a partir desse ponto. Além disso, a partir de algumas sessões num treino de força resistido progressivo ocorre modificações antropométricas como as dobras cutâneas, reduz a gordura corporal e aumenta a massa magra nos diversos segmentos corporais. E nos casos de infecções causadas nas pessoas com HIV/AIDS, Cabral em 2015 concluiu que com a prática de treino resistido de força muscular melhora tanto em aspectos morfológicos, fisiológicos como os aspectos psicológicos. Brito em 2013, observou o aumento da força muscular e hipertrofia, redução de gordura corporal, redução de glicemia e perímetro da cintura após 24 semanas de treino, mas levando em consideração a nutrição adequada, pensando no treino resistido de força sobre a síntese de proteína e reconstituição do glicogênio da musculatura. Santos, em 2013 constatou os mesmos benefícios citado anteriormente, e relaciona esses benefícios com o aumento da área de secção do músculo, promovendo além da força muscular a manutenção de reservas energéticas. Zanetti em 2016 observou os benefícios do treino de forca muscular após o período de 12 semanas, e relacionou que além do ganho de força muscular, e outros benefícios, não houve aumento na produção de células de defesa, porém os exercícios estimulam as mesmas e permitem melhorar a função imune. Porém, fala-se do exercício supervisionado por um profissional e com intensidade moderada, pois o exercício intenso ou de longo prazo deprime o sistema imune, e facilita as infecções. 12 Com o treino de força também aumenta a taxa metabólica basal aumentando a mobilização, oxidação de ácidos graxos e o VO2máx. Portanto, sabe que as pessoas com HIV/AIDS que incluem como terapêutica a prática do exercício físico, tem todos os seus valores antropométricos melhorados, levando melhora da qualidade de vida. 13 CONCLUSÃO Conclui-se que o treino resistido de força muscular para as pessoas com HIV/AIDS proporciona grandes benefícios e deve ser prescrito para diminuir os efeitos colaterais, assim diminuir riscos e melhorar a qualidade de vida desses indivíduos. 14 REFERÊNCIAS CABRAL, D. M; FELDMANN, L. R. A e ANJOS, S. Os efeitos do treinamento de força e aeróbico em pacientes portadores de hiv/aids que utilizam haart. 2015. Revista Ciência e Conhecimento – ISSN: 2177-3483. CIRO, J. B.; MENDES, E. L.; FERREIRA, A. P.; DE PAULA, S. O.; NÓBREGA, O. T. e CORCOVA, C. Impacto do treinamento resistido na força e hipertrofia muscular em HIV-soropositivos. Motriz, Rio Claro, v.19 n.2, p.313-324, abr./jun. 2013; SANTOS, P. G. M.; OLIVEIRA, G. T. e CARVALHO, P. R. C. Efeito do treinamento resistido progressivo nos parâmetros antropométricos de pessoas vivendo com HIV/AIDS. 2013 Rev Bras Ativ Fis Saúde p. 782-788; ZANETTI, H. R. Efeitos do treinamento resistido não linear sobre antropometria, parâmetros metabólicos, inflamatórios e imunes, força muscular e componentes da síndrome metabólica em pessoas infectadas pelo HIV: ensaio clínico randomizado. 2016. 70p. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade Federal do Triangulo Mineiro, Uberaba, MG. ZANETTI, H. R. Treinamento resistido não linear atenua componentes da síndrome metabólica em pessoas infectadas pelo HIV: ensaio clínico randomizado. 2016. 70p. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade Federal do Triangulo Mineiro, Uberaba, MG. SOUZA, H. F. MARQUES, D. M. Benefícios do treinamento aeróbio e/ou Resistido em indivíduos hiV+: Uma Revisão Sistemática. Rev Bras Med Esporte – Vol. 15, N o 6 – Nov/Dez, 2011. 15 ANEXOS 1.1 ANEXO - ARTIGO ORIGINAL 1. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA CIRO, J.B; MENDES, E.L; FERREIRA, A.P; DE PAULA, S.O; NÓBREGA, O.T e CORCOVA, C. Impacto do treinamento resistido na força e hipertrofia muscular em HIV-soropositivos. Motriz, Rio Claro, v.19 n.2, p.313-324, abr./jun. 2013. 2. INTRODUÇÃO O vírus da imunodeficiência ( HIV ), a maior prevalência esta na áfrica, um milhão e meio de soros positivos na America latina e seiscentos mil são brasileiros. A terapia antirretroviral ( HAART ) proporciona uma melhora de sobrevida, porem a terapia podem desenvolver síndrome lipodistrófica por infecção do HIV, reconhecida com efeitos adversos a terapia. Outra droga relacionada ao tratamento conhecida como transcriptase reversa contribuindo para o aumento de acido láctico. Com os efeitos da terapia de longa duração os soros positivos reduz a massa magra, perda de força e o aumneto de gordura corporal. Estudos em treinamento resistido devem ser realizados a propósito de verificar os efeitos positivos na constituição de massa magra e ganhos de força. Diante do presente estudos tem por objetivo de investigar o efeito de 24 semanas de TR em medidas antropométricas , força e hipertrofia Muscular em pacientes soropositivo com hábitos alimentares com especialista em nutrição.16 3. METEDOLOGIA Indivíduos com HIV/AIDS submetidos a HAART no total de 150 voluntários, infectados pelo menos um ano, destes 64 não desejaram participar do estudo, outros foram excluídos do estudo com diversos fatores e a amostra foram realizadas por 45 voluntários para o teste. Todos mantiveram a terapia HAART seguindo recomendações médicas e foram monitorados por médicos, nutricionistas e profissionais de educação física. Foram alocados para o grupo TR e grupo controle, pesquisadores cegos aos estudos realizaram os sorteios para divisão do grupo para não ter preferência aos estudo. Intervençâo: Foram realizadas 24 semanas de TR, precedida de uma semana de adaptação. Exercícios prescrito de acordo com American College of Sports Medicine. As cargas foram progressivamente aumentada com a evolução dos participantes com a duração de 24 semanas de TR. Avaliacão Foram avaliados antes de depois das 24 semanas de TR, foi usados instrumentos de avaliações para mensurar massa corporal, dobras cutâneas , IMC e quando a média de erro padrão era maior que 5% era realizados a quarta tentativa. Medidas bioquímicas Amostras de sangue foram realizadas no pacientes para separar o plasma , constituídas por glicemia, linfócitos cd4+, cd8+ e carga viral. 17 Variáveis hemodinâmicas Mensurada a freqüência cardíaca com frequêncímetro, pressão arterial com esfigmomanômetro registradas segundo recomendações das diretrizes Brasileiras de cardiologia. Controle nutricional Procedimentos descritos por um nutricionista, Dietas individualizadas com demandas energéticas calculadas para cada participantes. Analises estatística Analisadas as hipótese de dados, correções de valores. 4. RESULTADOS Foram observados no presente estudos os resultados do treinamento as seguintes variáveis: Sobre a avaliação física: Redução na massa corporal, IMC , % de gordura, Massa gorda, circunferência cintura, abdômen, quadril e pescoço, Pressão arterial como PAS, PAD e FCR, glicemia. Aumento na circunferência dos braços, peitoral e Pernas, Massa magra, Linfócitos (cd4,cd8 ). Sobre resultado sobre a Força: em todos os exercícios realizados no estudos foram aumentado a força relativa em todos os aparelhos e apresentados no presente estudo durante as 24 semanas de treinamento. Foram observados o aumento de 19% de aumento no grupo TR e a redução de 8% no grupo controle. 18 5. DISCUSSÃO Com a manifestações da terapia HAART necessárias as pessoas vivendo HIV, o TR demonstrou no presente estudos o efeito crônico do aumento da massa magra, redução de gordura corporal e no ganho de força nas 24 semanas de treinamento. O TR é um auxiliar ao tratamento da infecção do HIV, aumento benéfico significativamente a evolução das pessoas vivendo com HIV. O TR como tratamento não-medicamentosa auxilia no controle da glicemia e redução a resistência a insulina e controle na freqüência cardíaca. Outros autores destacam que homens tem maior resultados ao TR por situações genéticas comparados as mulheres infectadas com o vírus. 6. CONCLUSÃO: Mediante ao presente estudos, foi verificado com o TR resultados benéficos com pessoas vivendo com HIV/AIDS um melhora significativa na força muscular, hipertrofia, redução de gordura corporal,metabólicas, controle glicêmico e freqüência cardíaca . treinamento resistido contribuiu na melhora dos indivíduos vivendo com HIV mesmo com longo prazo de terapia HAART. 19 20 1.2 ANEXO - ARTIGO ORIGINAL 1. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA SANTOS, P.G.M.; OLIVEIRA, G.T. e CARVALHO, P.R.C. Efeito do treinamento resistido progressivo nos parâmetros antropométricos de pessoas vivendo com HIV/AIDS. Rev Bras Ativ Fis Saúde p. 782-788 2. INTRODUÇÃO A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (AIDS), doença crônica gerando quadros clínicos como: hipotrofia muscular, degeneração do sistema nervoso central. Dados da Joint United Nations Programme on HIV/AIDS, estimou-se 34 milhões da população mundial que viviam com hiv/aids com mortalidade de 1,7 milhões de pessoas com maior incidência de casos de morte na africa. No brasil 490.000 que viviam com a mesma hiv/aids e 15.000 morreram por causa da doença. Com o tratamento da terapia anti-retrovial (HAART), foi melhorado a sobre vida e melhorando a qualidade de vidas das pessoas com a doença adquirida. De acordo com Santos ET al. O HAART não foi capaz de eliminar o vírus, com isso o aumento da terapia foi estendido e estudos comprovam que com a terapia conjunto acarreta a síndrome lipodistrófica. Com a síndrome e junto com o vírus HIV, teve uma redução da massa magra , diminuindo circunferência, perda de força, mobilidade baixa estima. Foram introduzidas atividades físicas aos pacientes infectados. Dentro das atividades, forma acrescentados o treinamento de força conhecido como TRP (musculação), vários estudos comprovam a melhora das pessoas vivendo com HIV/AIDS , aumentando a massa magra sendo a o vírus 21 reduz o mesmo, perda de percentual de gorduras localizadas e aumentando a força dos indivíduos sendo que a síndrome lipodistrófica faz o inverso. O presente estudo foi verificar os efeitos do treinamento resistido com pesos para pessoas vivendo com HIV/AIDS 3. METODOLOGIA Amostra A amostra foram com 30 pessoas vivendo com HIV/AIDS submetidos com HAART, todos sem impedimentos físicos. Avaliações antropométricas Foi mensurada a massa corporal com uma balança, estádiômetro afim de obter o (IMC), com uma fita antropométrica foi realizada a circunferências da cintura, abdômen e quadril, Densidade óssea foi estimada e realizado com o adipômetro com quatro dobras cutâneas. As mensurações foram realizadas no pré-treino e no pós-treino para verificar se houve mudanças significativas das pessoas, a fidedignidade foi uma margem de 5% de erros. Protocolo de treinamento O protocolo de TRP foi realizado com 60 sessões com três etapas, (preparatória, transitória e especifica), a etapa inicial foi constituída por seis sessões, após a fase adaptativa os sujeitos realizaram testes submáximos de dez repetições máximas. Segunda etapa foi realizado com três series de doze 22 repetições. A fase especifica envolveu quarenta e duas sessões finais, constituída por três series de oito repetições com intervalo de noventa segundos de descanso seguindo recomendações do principio do treinamento e prescrição pela American College of Sport Medicine. O método de treinamento foi alternado por segmento entre A e B, todos os exercícios foram supervisionados por profissionais de educação físicas treinados. 4. RESULTADOS Dos dezoitos selecionados, oito foram retirados por motivo de agravamento do quadro clinico e motivos pessoais. Então a amostra foram com dez sujeitos com idade media de trinta e oito anos a submetidos com média de oitos anos de HAART. Os resultados da primeira tabela depois das sessenta sessões de TRP, apresentaram maiores valores nos pós-treinos nas circunferências de braço e panturrilha e menores valores nas dobras cutâneas. Na segunda tabela demonstra a composição corporal de pessoas vivendo com HIV/AIDS e evidenciou a redução na RCQ e na redução de gordura e aumento de massa magra. 5. DISCUSSÃO Na literatura o treinamento resistido de progressivo, proporciona a melhora no aumento da massa magra, diminuição de gordura localizada, aumento da força muscular e manutenção das reservas energéticas. Após as sessenta sessões de TRP apresentou a melhora doas pessoas vivendo com HIV/AIDS com a síndrome da hipotrofia muscular adquirida pela terapia HAART. 23 No Brasil foram realizados poucos estudos a respeito do TRP para pessoas vivendo com HIV/AIDS,sendo que o grupo experimental com todos os autores tiveram êxito em seus estudos de campo, porem no grupo controle não teve observações satisfatória 6. CONCLUSÃO O presente estudos apresentou melhoria em todos os aspectos investigados, como: redução do percentual de gordura total, diminuição de gorduras localizadas, aumento de massa magra,circunferência e aumento da força . Um fator importante que pode agregar uma possibilidade desta atividade física para pessoas vivendo com HIV/AIDS colaborando com sua qualidade de vida e sobre vida. 24 25 1.3 ANEXO - ARTIGO REVISAO 1. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA CABRAL, D. M; FELDMANN, L. R. A e ANJOS, S. Os efeitos do treinamento de força e aeróbico em pacientes portadores de hiv/aids que utilizam haart. Revista Ciência e Conhecimento – ISSN: 2177-3483. 2. INTRODUÇÃO Segundo os dados da OMS, cerca de 36 milhões de pessoas foram infectados pelo vírus HIV até 2012, sendo que o maior índice é na África. No Brasil em média são 718 mil infectados, desde 313 mil fazem tratamento com HAART. Com o tratamento do HAART proporciona uma melhora de vida sobre os infectados do vírus HIV/AIDS pois inibem a multiplicação do vírus no interior das células T4. Pacientes com uso continuo e prolongado do HAART desenvolvem SLHIV ( síndrome lipodistrófica associada ao HIV ), prejudicial a saúde caracterizado por redistribuição de gordura e alterações no metabolismo podendo aumentar o risco de doenças cardiovasculares, diminuição da utilização de oxigênio , perda de massa magra e força. Recomenda-se atividade física para o tratamento do HIV/AIDS não farmacológico para o combate dos efeitos colaterais ao uso do HAART, aumentando o ganho de massa magra, força , perfil lipídico ,funcional e maior sensibilidade a insulina dando sobre vida e qualidade de vida aos mesmos. O treinamento resistido progressivo obteve melhoria nas medidas antropométricas , redução corporal e aumento da massa magra. 26 Sempre é conveniente combinar treinamento resistido com treinamento aeróbio moderado para melhora cardiovascular, aumento de HDL e flexibilidade. 3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Sistema de busca Foram selecionados os estudos que estão indexados eletronicamente no PubMed, Scielo, Medline e ao acesso livre da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Foram utilizados os seguintes termos: exercise training and HIV disease, nos campos Title and Abstract. Critérios de inclusão - Estudos publicados no período de 1999 até 2013. - Humanos de ambos os sexos, HIV+, idade entre 18 e 71 anos. - Que investigaram, pelo menos, uma das seguintes variáveis: CD4+, carga viral, VO2máx, lactato sanguíneo, composição corporal, perfil lipídico, força muscular e aspectos psicológicos. Efeitos do haart usado como terapia para hiv/aids Novos estudos relatam que o HAART também para a diminuição de replicação do vírus e de novas transmissões. Estudos relatam que o uso continuo do HAART esta extremamente associado a síndrome lipodistrofica , trata-se da má distribuição da gordura corporal e alterações metabólicas e resistência a insulina, sendo grande incidências oportunistas para outras doenças. 27 Lipodistrofia e hiv/aids O Uso prolongado ao HAART começa oferecer efeitos colaterais dessa combinação, alterações são conhecidas como SLHIV ou o termo lipodistrofia dislipidêmica associada ao HIV/HAART. Treinamento de força e hiv/aids Treinamentos de força, autores relatam melhoras no perfil lipídico, composição corporal e aumento do sistema imune. o treinamento resistido progressivo modifica significativamente as variáveis antropométricas . Exercicio concorrente como terapia não medicamentosa no hiv/aids Estudos demonstram que o exercício de força junto com o aeróbio aumenta de massa magra, circunferência, HDL, e reduz a massa gorda , glicemia, LDL e percentual de gordura. 4. CONCLUSÃO A partir do conhecimento dos aspectos centrais da infecção pelo HIV com o uso de uma terapia não medicamentosa, conclui-se que há expressiva melhora no quadro da infecção. Foi evidenciado na maioria dos estudos que há mudanças positivas nos aspectos morfológicos, fisiológicos e psicológicos. Assim a prática de exercícios de força e aeróbico tem se mostrado benéfica para essa população, não trazendo prejuízo ou agravos para sua saúde. 28 29 1.4 ANEXO - DISSERTAÇÃO 1. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA ZANETTI, H. R. Treinamento resistido não linear atenua componentes da síndrome metabólica em pessoas infectadas pelo HIV: ensaio clínico randomizado. 2016. 70p. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade Federal do Triangulo Mineiro, Uberaba, MG. 2. INTRODUÇÃO: A terapia antirretroviral (TARV), veio para melhorar a vida e a longevidade dos indivíduos infectados. Por outro lado, o uso da TARV está associado a síndrome lipodistrofica do HIV, resistência a insulina, dislipidemia, hipertensão arterial e conseqüentemente a síndrome metabólica . Mudança do estilo de vida com a incorporação de hábitos alimentares saudáveis e exercícios físicos deve ser considerada em primeiro lugar nas vidas deles. O TRNL para pessoas obesas e adolescentes são assegurados e recomendados, agora o estudo pretende estudar o TRNL para PHIV sobre os componentes metabólicos. 3. METODOLOGIA Amostra Participaram do estudos 21 PIHIV em uso de TARV, de 18 a 60 anos e a pesquisa foi no período de 6 meses. 30 Procedimentos Os participantes foram alocados entre grupo TRNL (10) e controle (11), o grupo de TRNL participou no período de 12 semanas enquanto o grupo controle manteve seus hábitos diários normais. Foram avaliados pré-testes e pós-testes em antropométrica, aferição arterial e coleta de sangue. Avaliação antropometrica Massa corporal e estatura, IMC e circunferência. Realizadas as dobras cutâneas, composição corporal foi utilizado o calculo de densidade corporal de acordo com sexo. Pressão arterial Aferição da pressão arterial foi em estado de repouso com o método auscultatório com auxilio de um esfignomanometro. Análise bioquímica Coletas de sangue para mensurar a glicemia de jejum, hemoglobina, triglicerídea e lipoproteína, jejum de 12 horas. Síndrome metabólica 31 Para diagnostico da SM critérios com pelo menos três fatores associados: circunferência abdominal, triglicerídeos e hipertensão arterial. PROGRAMA DE TREINAMENTO RESISTIDO NÃO LINEAR Foram realizados 12 semanas de adaptação antes das 12 semanas dos testes, o programa foram TR três vezes por semana em dias não consecutivos composto por 6 exercícios. O modelo de periodização não linear consiste na variação de volume e intensidade durante a semana. 4, RESULTADOS Não foram encontrados diferenças entre grupos TRNl e controle em relação a idade, tempo de infecção, utilização da TARV, contagem de células CD4+ e carga viral no momento PRÈ intervenção. Após as 12 semanas de TR, foi encontrado uma redução na SM com triglicerídeos, gordura corporal, pressão arterial, circunferência abdominal, cintura e pescoço e PAD e PAS. Após 12 semanas de TR, foi encontrado um aumento de Circunferência do braço, massa magra e força. 5. DISCUSSÃO Primeiro estudo investigado o efeito d TRNL sobre a SM em PIHIV, observado o TRNL apresentou aumento de massa Muscular, HDL, redução de massa gorda, percentual de gordura, PAS, PAD GJ, HBA e componentes da SM. 32 Os estudos ainda são poucos explorados, mas nas 12 semanas de TR promoveram alterações positivas, tais resultados decorrentes ao treinamentoresistido são de fundamental importância para PIHIV em suas vidas cotidianas, diminuindo o impacto da TARV medicamentosa. Após 12 semanas de TR, obteve um aumento de em média de 14 MG/dl nas concentrações de HDL que podem refletir na atenuação de risco cardiovascular. PA alterada para PIHIV está relacionada á TARV o teste permaneçam inconclusivos os mecanismos pelo quais o TR diminua a PA de repouso, melhora a função endotelial, complacência vascular e variabilidade da freqüência cardíaca . Com os exercícios físicos diários podem até reduzir 60% a incidência de diabetes mellitus em pessoas a intolerância a glicose por diminuir o tecido adiposo. Após 12 semanas o presente estudo foi melhorado a glicemia em jejeum, pois o aumento de massa magra é relevante porque o volume da fibra muscular e a redução de massa gorda melhoram o perfil inflamatório. 6. CONCLUSÃO Conclui-se que o TRNL é benéfico por promover alterações da composição corporal, melhorar perfil metabólico e reduzir os fatores da SM em PIHIV. 33 34 1.5 ANEXO - DISSERTAÇÃO 1. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA ZANETTI, H. R. Efeitos do treinamento resistido não linear sobre antropometria, parâmetros metabólicos, inflamatórios e imunes, força muscular e componentes da síndrome metabólica em pessoas infectadas pelo HIV: ensaio clínico randomizado. 2016. 70p. Dissertação (Mestrado em Educação Física) – Universidade Federal do Triangulo Mineiro, Uberaba, MG. 2. INTRODUÇÃO A infecção da imunodeficiência humana (HIV), o continente africano aonde tem maior predominância, o Brasil é o maior da America latina . O curso natural pode ser dividido em três fases: síndrome retroviral aguda, fase media crônica e a imunodeficiência humana adquirida (HIV). O HIV evolui para AIDS entre 7 a 10 anos. Existe varias formas de transmissão da doença, como relações sexuais, mãe para filho durante a gestação, aleitamento e transfusão de sangue. O tratamento inicial da infecção é com a terapia Antirretrovial (TARV), que vem com retardação medicamentosa para preservar a contagem de células CD4+ melhorando a sobre vida dos infectados. A TARV pode ocasionar desconfortos na primeiras semanas, quando evolui para crônico ataca o fígado e alterações neurológicas e uma das maiores causas de morte com uso continuo da terapia, desenvolve a arterosclerose e aumento de três vezes mais o aumento de doenças arterial coronariana. Alem das alterações metabólicas, existe alterações no na composição corporais, a síndrome lipodistrófica associada ao HIV caracteriza 35 por a lipoatrofia (redução do tecido adiposo) em face e a lipohipertrofia (aumento do tecido adiposo), nas regiões do abdômen, tórax e cervical . O exercício fisco tem um excelente marcador para doenças diversas, porem também contribui para pessoas com imunodeficiência humana adquirida (HIV), um dos exercícios é o aeróbio, resistido e a flexibilidade. O Resistido conforme estudado neste artigo, melhora na redução PCR, IL-6,IL-18 e TNF-a, melhora o aumento de força , massa magra,reduz a adipose corporal, reduz o LDL e colesterol total e aumenta a densidade mineral óssea nas regiões lombar, femoral, cervical e rádio. A periodização linear e não linear tem sido utilizados nos modelos de prescrição de treinamento. O objetivo do estudo foi avaliar os efeitos do TRNL sobre o perfil antropométrico, metabólico, inflamatório, imune e força muscular. 3. Metodologia Realizado no período de seis meses com tamanho amostral de 30 indivíduos, entre 18 a 60 anos com diagnostico de HIV positivo, estejam usando regularmente o TARV há um ano. Os participantes submeteram á avaliações antropométricas, força e coleta de sangue Pré e Pós testes , logos alocados em grupo TRNL 15 indivíduos e controle 15 indivíduos. Antropometria e composição corporal Mensuradas massa corporal, altura, IMC, circunferência. Coleta de sangue Jejum de 12 horas,sem bebidas alcoólicas e 30 minutos de repouso antes dos testes 36 Força muscular Foi mensurada por teste de repetição máxima com seis exercícios escolhidos, foram dois testes por dia, um para membros superiores e um para membros inferiores, com cinco tentativas por dia e com 48 horas de intervalo. Protocolo experimental Foram submetidos a duas semanas de familiarização, o TRNL constituiu seis exercícios que priorizam grandes grupos musculares e foram verbalmente estimulados até a falha concêntrica e atingir os números de repetições máximas . 4. RESULTADOS Dados demográficos e do status da doença são apresentados. Não houve diferença (p> 0.05) para idade, tempo de infecção e tempo de TARV entre os grupos TRNL e CON. 5. DISCUSSÃO O estudo realizado demonstrou que após 12 semanas de intervenção com TRNL, houve um aumento de força, massa muscular, redução de massa gorda, percentual de gordura e circunferências. Embora o use de hormônios do crescimento tenham resultados benéficos ao ganho de massa muscular é de alto custo. O estudo de TRNL é 37 uma opção não farmacológica e viável financeiramente para promover o aumento de massa muscular. Embora os estudos foram de período pequeno ( 12 semanas ) , observaram aumentos significativos da força muscular. Entretanto não tenha encontrado diferença na massa corporal, o estudo deparou com diminuição de massa gorda, percentual de gordura e circunferências. Os resultados demonstram beneficamente o exercício físico regular pode reduzir os efeitos colaterias do TARV. 6. CONCLUSÃO Concluímos que 12 semanas de TRNL foram eficazes em modificar o perfil inflamatório e composição corporal de PIHIV