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Construindo Visuais: Fazer um Balanço e Avançar Sarah Maire; Sébastien Liarte Université de Lorraine - França 2018 Ilustração de um texto teórico ou imagem da realidade da época? Articuladora de poder: faz circular discursos opostos Alegoria do Bom e do Mau Governo Ambrogio Lorenzetti; Siena Sec. XIII 1. Dimensão Visual Sociedade e Cultura do Visual: nova virada de linguagem ➔ Cotidiano das Pessoas Baudrillard (1981) ➔ Nas organizações Thomas Mitchell (2005) ➔ Sociedade Contemporânea Guy Debord (1992) Materiais Visuais na Administração 1) Predomínio dos discursos verbais como fonte de dados: questionários, entrevistas ou documentos escritos; 2) Metodologias consistentes ainda não são amplamente conhecidas; 3) Normalmente os pesquisadores usam recursos visuais criados por eles mesmos como uma ferramenta metodológica de análise 2. Abordagens Categorizando a análise visual em gestão: ➔ Teórica Os materiais visuais estudados são produzidos pelos pesquisadores com ou sem colaboração: teoria da arte e semiótica ➔ Empírica Utiliza materiais visuais pré-existentes, visando à transparência: análise de conteúdo e quantificação Visual como discurso organizacional ● Imagens não são conjuntos de formas: representam sentimentos e simbolismo (sedução, tentação, poder ou medo); Nem sempre possuem suporte e materialidade ● Artefatos Visuais: figuras, fotografias, pinturas, gráficos, animações ou desenhos: “conjuntos complexos de elementos virtuais, materiais e simbólicos” A omissão do visual dos estudos gerenciais resulta em um entendimento incompleto do cotidiano e dos diversos fenômenos. Pois carrega informações que influenciam a maneira como as pessoas pensam, sonham e representam realidades e abstrações Formação e comunicação de identidades organizacionais nascimento, morte, representação de práticas, desempenho e processos; produção de sentidos A dimensão material do visual 1) O meio de exposição da imagem deve ser estudado; sua construção possui significado e afeta o público; 2) Toda imagem é um sintoma de uma causa psíquica ou social; 3) O visual não é neutro ou decorativo: possui processos sociais, contexto de produção e um lugar específico no mundo Principais Correntes Retórica Visual Analisa o simbólico e os aspectos comunicativos dos artefatos visuais e seus impactos sobre telespectadores Semiótica compreensão do significado, da produção à codificação dos signos Estética Filosofia da Arte: conjunto entre os objetos materiais que representam o visual, o espectador e o seu criador Charles Peirce, Ferdinand de Saussure e Roland Barthes Dica Se um exemplo não for suficiente para ajudar as pessoas a entender o escopo da sua ideia, escolha alguns exemplos. “Não é o conceito de itália, mas a maneira pela qual ela é representada aqui por massa, tomate, cebola e até a coloração vermelha” Denotação e conotação: o que é representado e o que é expresso Semiótica Representação de mensagens ocultas em sinais e códigos Simulacro A realidade é substituída pelos signos; os signos não significam nada, porque sua realidade inicial desapareceu e tudo é simulacro - apenas véus sob véus permanecem. Esse simulacro produz outra realidade que é objetivada na realidade e pode então se tornar real. Compreensão do belo nas organizações Filosofia da arte e Dimensão política Estética ➔ Natureza visível, estrutural e configuracional; ➔ Em grande parte Implícita na apreensão; ➔ Holística na transmissão de significado (não totalmente traduzível em forma discursiva e analisada). ➔ Inter-relação da luz, cor, dimensão do espaço e movimento do som e do tempo Joan Semmel (1932) Teoria neo- institucional; Teorias Críticas e Teoria Ator-Rede VISUAL EM GESTÃO Periódicos Visual Studies ((Taylor & Francis), Comunicação Visual (SAGE) Journal of Visual Culture (SAGE) Teoria Neo-Institucional O visual faz parte das instituições, como discursos e práticas e meio de legitimação das normas o visual pode ser uma pedra angular para a mudança, estabilidade, difusão de crenças, práticas e organização do tempo e do espaço. Os recursos visuais têm sido considerados como uma maneira de reunir posições divergentes em situações de complexidade, como, por exemplo, diferentes racionalidades Teorias críticas sociais O visual não é um objeto significativo, mas uma ferramenta de comunicação usada no processo de negociação de valores sociais; Contesta o papel da gestão nos contextos de trabalho e consumo por meio da "análise do visual; “Organizações visuais”: maneiras de apresentar as atividades e o contexto organizacional em um consenso visual coletivo. Crítica à mistificação que transforma a norma cultural burguesa em lei universal. O objetivo é lutar com os significados estabelecidos pela norma burguesa, que ele define como "o inimigo essencial" Barthes (1970) Teoria ator-rede Os atores têm o poder de alterar as práticas organizacionais e adaptá-las através de um processo de tradução O visual “nunca é reflexo inocente ou neutro da realidade: eles oferecem não um espelho do mundo, mas uma interpretação dele Para Latour (1986: 8), os auxílios visuais fazem "coisas ausentes presentes". Sugere que o poder do visual para se comunicar pode ser suficiente para persuadir o público de diferentes lugares e épocas que suas mensagens têm um significado semelhante (Latour, 1986). Métodos visuais geram evidências que outros métodos não podem produzir QUANTIFICANDO MATERIAIS VISUAIS ANÁLISE DE CONTEÚDO; DESCONSTRUÇÃO INQUÉRITO ESTÉTICO MULTIMODAIS TIPOS DE ANÁLISE INQUÉRITO ESTÉTICO Estudo de emoções: como o visual produz certos efeitos sobre o público, em vez de estudar o significado. CONTEÚDO ordem; comparação; representação de personalidades, aspectos positivos / negativos, luz, cores, perspectiva e mudanças históricas DESCONSTRUÇÃO Derrida (1983) imagens como artefatos filosóficos: [a] imagem organizacional é o embaixador estético da organização Digimizer (SOFTWARE) Obrigada!
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