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COMÉRCIO INTERNACIONAL AULA 3 Profª Rosinda Angela da Silva 2 CONVERSA INICIAL Tão importante quanto negociar com as empresas no exterior é conhecer os documentos que são gerados a partir de um pedido de compra de importação. Em aula anterior, você já conheceu os documentos iniciais de uma importação, tal qual uma proforma invoice, ou fatura proforma, um BL (Bill of Lading) e outros. Mas você já pensou o que acontece quando a mercadoria chega ao porto ou aeroporto brasileiro? Quais são os procedimentos? Quais são os documentos envolvidos? Se ainda não pensou, chegou o momento! Nesta aula de número quatro, serão apresentados os documentos necessários para registrar a importação e transportar o produto para a empresa. Seja bem-vinda à nossa quarta aula da disciplina: Sistemática de Importação! CONTEXTUALIZANDO Assim como uma compra no mercado nacional envolve cotações, pedidos de compras, confirmações, notas fiscais, conhecimentos de transportes, certificados de qualidade do produto, entre outros, também na importação temos vários documentos que acompanham a negociação. Por isso, ter uma noção dos documentos gerados durante um processo de importação se faz importante para que a empresa possa se organizar para receber o produto no país, principalmente financeiramente, além de saber qual é a sequência lógica do desembaraço aduaneiro. Uma empresa organizada e que planeja sua importação está atenta ao movimento dos mercados internacionais e também às situações de conflitos iminentes entre países, o que pode atrapalhar toda uma operação. Os documentos que serão apresentados nesta aula estão envolvidos com o processo de nacionalização da mercadoria, ou seja, quando ela chega ao Brasil e é realizado o seu desembaraço aduaneiro. Um ponto que merece destaque é saber se o produto que a empresa pretende importar necessita de Licença de Importação (L.I.) prévia antes do embarque. A empresa importadora tem a obrigação de consultar NCM do produto (nesse caso, inicialmente consulta-se o Simulador de Tratamento Tributário e Administrativo das Importações no site da Receita Federal do Brasil – RFB) antes de fechar a negociação com o exportador. Isso deve ser realizado 3 assim que a importadora recebe a proforma invoice com a descrição detalhada da mercadoria. Nem sempre o exportador sabe qual NCM deve informar nos documentos, então compete ao importador efetivar essa consulta e solicitar que o exportador informe esse número nos documentos para evitar problemas futuros. Além disso, enquanto a empresa “aguarda” sua importação, podem ter ocorrido mudanças nas regras do comércio exterior brasileiro. Por exemplo, quando a empresa fez a importação de determinado produto, ele não necessitava de uma Licença de Importação (L.I.) prévia antes do embarque, mas, quando o produto ficou pronto para despacho, nesse intervalo de tempo, entrou para lista de itens que necessitam de L.I. Novamente compete ao importador esse acompanhamento para tomar as tratativas cabíveis e evitar problemas na chegada da mercadoria no porto/aeroporto brasileiro. Outros documentos pertinentes que estarão envolvidos na nacionalização dos produtos quando chegarem ao Brasil são: a Declaração da Importação – DI, a Declaração Simplificada de Importação – DSI e o Comprovante de Importação – CI, os quais serão apresentados oportunamente. TEMA 1 – DOCUMENTOS DE IMPORTAÇÃO Quando a empresa concretiza uma importação, inúmeros documentos são gerados desde a efetivação da compra até o encerramento da negociação. Tais documentos são importantes e não podem conter erros, pois qualquer equívoco pode gerar multas para a importadora, em muitos casos, anulando o diferencial de custo almejado pela empresa. Ao providenciar todos os documentos adequadamente, a empresa realiza a importação dentro dos parâmetros legais e comerciais exigidos, evitando dissabores no momento da chegada da mercadoria no Brasil. Esse tema elencará quais são os principais documentos que participam de um processo de importação. 1.1 Descrição e contextualização Uma operação no comércio internacional (importação ou exportação) gera uma série de documentos ao longo do processo. É possível dividir uma operação em algumas fases para compreender a importância da documentação em cada uma delas. Para facilitar o entendimento, didaticamente é possível dividir a documentação em quatro grupos: 1. pré-transação (cadastro da empresa como 4 importadora/exportadora); 2. transação comercial (documentos iniciais); 3. despacho da mercadoria (documentos finais); e 4. os documentos de finalização e pagamento (desembraço aduaneiro e pagamento). No primeiro momento, a empresa precisar “existir” para o comércio internacional. Para isso, é necessário efetivar alguns registros e habilitações, como no Radar, no SISCOMEX, no Representante Legal, entre outros, conforme apresentado na aula dois desta disciplina. Em um segundo momento, existe a parte negocial, na qual importador e exportador trocam informações, na maioria dos casos por e-mail. Nessa fase, são gerados os pedidos de compras, as proformas invoices (faturas proformas), commercial invoice, packing list, conhecimentos de transporte, certificados em geral, os quais foram apresentados na aula de número três desta disciplina. Na sequência são gerados os documentos que fazem parte do processo aduaneiro da mercadoria, tais como: licença de importação, declaração de importação (D.I.), comprovante de importação (C.I.), entre outros, os quais serão apresentados nesta aula de número quatro. Encerrando as questões documentais, ainda teremos os documentos de finalização dos processos, para comprovar os pagamentos das importações, o que será tratado em aula futura. Todos os documentos gerados devem conter informações verídicas e obedecer a legislação específica para tal. Alguns devem ser originais, assinados e carimbados pelo responsável, como a comercial invoice, o packing list e o bill of landing (BL), e outros são mais simples, os quais podem ser apenas cópias, como certificados de qualidade, resultados de testes e ensaios, entre outros. Entretanto, o mais importante em relação aos documentos é que estejam corretamente preenchidos. Compete aos gestores envolvidos no processo se atentarem a cada documento para não incorrer em penalidades legais ou aumentar os custos operacionais advindos de multas evitáveis. Isso significa ler as pequenas letras contidas nos contratos com muita atenção e verificar o idioma em que o documento se apresenta, pois nem todos são em português. Segundo Tripoli & Prates (2016), p. 158 “os documentos exercem importante função nas transações internacionais, pois formalizam as condições da negociação. Geralmente, os documentos são padronizados para facilitar a interação comercial, mas, de acordo com o país que está negociando, existem diferentes formas e modelos”. Para facilitar a visualização, segue um resumo 5 proposto pelos autores Tripoli & Prates (2016), p. 159, o qual contempla três dos quatro grupos citados anteriormente. Tabela 1 – Documentos de transações comerciais no comércio exterior Documentos da mercadoria Documentos da aduana Documentação financeira Proforma invoice Comercial invoice Packing list Nota fiscal Conhecimento de transporte Internacional Certificado de origem Fatura consular Certificado fitossanitário Certificado ou apólice de seguro Demais certificados Exportação Registro de exportação (RE) Declaração despacho exportação (DDE) Declaração simplificada de exportação (DSE) Comprovante de exportação (CE) Importação Licença de importação (L.I.) Declaração de importação (D.I.) Declaração simplificada de importação (D.S.I.) Comprovante de importação (C.I.) Carta de crédito Letra decâmbio ou saque Borderô de entrega de documentos Contrato de câmbio Fonte: Tripoli & Prates, (2016), p. 259. Os documentos aqui apresentados são básicos no comércio internacional, e os gestores devem conhecê-los detalhadamente. Segundo Diez (2016), p. 38 “esses são os documentos elementares que a empresa, certamente, manuseará em alguma parte do processo de importação ou de exportação. Documentos como carta de crédito, certificados, contratos e vários outros também são bastante comuns na rotina do comércio exterior, e, com a evolução de sua empresa no mercado internacional, tornar-se-ão cada vez mais simples sua leitura e identificação”. Atualmente as empresas envolvidas nos processos de comércio exterior já possuem know-how para fazer a documentação sem equívocos, ou com o mínimo deles, mas, mesmo assim, compete ao importador checar todos os dados para se certificar de que nada está faltando. As organizações que possuem acordos comerciais com despachantes aduaneiros contam também com a consultoria destes para o preenchimento correto dos documentos. Alguns são realizados dentro do sistema SISCOMEX, e outros são emitidos pela própria organização, os quais podem ser também orientados pelos despachantes. 6 Após todas as conferências, o exportador envia a documentação final original aos cuidados do exportador. Esse envio pode estar atrelado ao tipo de negociação financeira selada entre as empresas. Em alguns casos, a documentação original só é enviada depois que o importador já pagou pela mercadoria e necessita dos documentos originais para registrar a D.I. e nacionalizá-la. Leitura obrigatória: acesse o link a seguir e leia o estudo de caso: Alibaba® Group, que consta nas páginas 212 até 215: <http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788559721256/page s/210>. Saiba mais Acesse o link a seguir e conheça o folder que traz informações sobre os tratamentos fitossanitários determinados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (MAPA): <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/vegetal/dsv/FOLDER_IMPORTA CAO.pdf>. Curiosidade: Acesse o link a seguir e conheça alguns elementos considerados desafios para o comércio exterior. <https://noticias.terra.com.br/dino/cinco-itens-que-tiram-o-sono-de-qualquer- profissional-de-comercio- exterior,c9bf38bd1d858e382918e7267f82370fi7udsptf.html>. Indicações de vídeos do YouTube: Acesse o link a seguir e conheça o procedimento que norteia o uso da NIMF nº 15 (Norma Internacional para Medidas Fitossanitárias nº 15): <http://www.agricultura.gov.br/arq_editor/file/Vigiagro/Cap%20V%20- %20Se%C3%A7%C3%A3o%20II%20- %20embalagens%20de%20madeira.pdf>. Tema de pesquisa: Pesquise no Google sobre o assunto: NIMF 15 – Norma Internacional para Medidas Fitossanitárias nº 15 referente às embalagens de madeira e compreenda sua importância em evitar o risco de introdução de organismos prejudiciais nos países. 7 TEMA 2 – LICENÇA DE IMPORTAÇÃO (L.I.) Antes de efetivar uma importação, é importante verificar se ela não exige Licença de Importação (L.I.), a qual deve ser providenciada antes de o produto ser despachado do país de origem. A L.I. é registrada no SISCOMEX e tem como finalidade analisar se a importação de determinado produto é controlado pelos órgãos responsáveis ou não. No Brasil, muitos produtos fazem parte de uma lista que exige L.I. previamente. Como a qualquer momento novos produtos podem ser acrescentados a essa lista, é importante ficar atento a esse procedimento. Diante desse contexto, este tema discorrerá sobre como proceder no caso de produtos que exijam L.I. antes do embarque. 2.2 Descrição e contextualização Para entender por que as empresas necessitam de uma Licença de Importação (L.I.), é preciso fazer uma análise dos motivos pelos quais os governos impõem licença para alguns produtos e para outros, não. A L.I pode ser entendida a partir de vários aspectos, tais como proteção ao mercado nacional, inibição da importação de produtos com preços muito menores que no Brasil, além de evitar a entrada de produtos que não estejam dentro dos parâmetros nacionais de aceitação, evitar a importação de produtos obsoletos, materiais usados com a qualidade comprometida, lixo de vários produtos: eletrônico, pneus usados, hospitalar, entre outros. Quando o governo pretende ou precisa proteger determinado segmento, é comum determinar que o produto exija licença de importação não automática. Como isso pode acontecer a qualquer tempo, é prudente consultar a NCM do produto a ser importado com frequência ou pelo menos antes de o envio dos documentos de despacho da mercadoria ser efetivado pelo exportador, pois, caso o produto necessite de L.I., o número desta deve constar nessa documentação. De posse da proforma invoice, o importador já consegue consultar a NCM do produto no site do SISCOMEX e verificar a necessidade de L.I. ou não. Caso o produto exija L.I., antes do embarque o importador deve providenciar o registro do L.I. no site do SISCOMEX e aguardar o deferimento, ou seja, se o produto poderá ser importado ou não. Se a resposta ao pedido for 8 positiva, o SISCOMEX gera um número de L.I. que deve ser informado ao exportador para ser inserido nos documentos da importação. A partir do momento que a L.I. está aprovada, tem a validade de 60 dias, conforme explicado por Tripoli & Prates (2016, p. 274): A L.I é exigida para importação de licenciamento não automático. Trata-se de um documento eletrônico processado pelo Siscomex que tem por objetivo obter autorização para licenciar as importações de produtos cuja natureza, ou tipo de operação, está sujeita a controles de órgãos governamentais. Além disso, a LI deverá ser emitida antes do desembaraço aduaneiro no Brasil ou, até mesmo, antes do embarque no exterior e tem validade de 60 dias, contados da data de autorização. A L.I é considerada uma barreira não tarifária, porque, na verdade, não sobretaxa o produto, e sim não permite sua importação. Essa é uma das maneiras que o Governo utiliza para impedir a entrada de produtos que ameacem determinada indústria nacional. Quanto mais forte for a indústria, maiores as chances de fazer lobby junto ao Governo e conseguir que novas exigências de L.I. sejam impostas. De acordo com o site do portal SISCOMEX, a Portaria SECEX nº 23/2011 traz as informações necessárias ao importador. A seguir serão apresentados alguns itens constantes nessa Portaria, capítulo 2º, artigo 12, a partir da página 5: <http://portal.siscomex.gov.br/legislacao/biblioteca-de- arquivos/secex/portaria-no-23-de-14-de-julho-de-2011>. O sistema administrativo das importações brasileiras compreende as seguintes modalidades: I. Importações dispensadas no licenciamento; II. Importações sujeitas ao licenciamento automático; e III. Importações sujeitas a licenciamento não automático. Na subseção III – a Portaria SECEX 23/2011 diz que estão sujeitas a licenciamento não automático as importações: I. de produtos relacionados no tratamento administrativo do SISCOMEX e também disponíveis no endereço eletrônico do MDIC para simples consulta, prevalecendo o constante do aludido tratamento administrativo, onde estão indicados os órgãos responsáveis pelo exame prévio do licenciamento automático, por produto; II. efetuadas nas situações abaixo relacionadas; a. Sujeitas à obtenção de cotas tarifárias e não tarifária; 9 b. Ao amparo dos benefícios da Zona Franca de Manaus e das Áreas de Livre Comércio; c. Sujeitas à anuência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq); d. Sujeitas ao exame de similaridade; e. De material usado, salvo as exceções nos parágrafos 2º e 3º do art. 43 desta Portaria; f. Originárias de países com restrições constantes das Resoluções da Organização das Nações Unidas(ONU); g. Substituição de mercadoria, nos termos da Portaria do Ministério da Fazenda nº 150, de 26 de julho de 1982; h. Operações que contenham indícios de fraude; i. Sujeitas a medidas de defesa comercial e de bens idênticos aos sujeitos a medidas de defesa comercial, quando originários de países ou produtores não gravados. Segundo Bizelli (2014, p. 68-69), também necessitam de L.I. prévia os seguintes casos: peças e acessórios, abrangidos por contrato de garantia; doações; filmes cinematográficos; retorno de material remetido ao exterior para fins de testes, exames e/ou pesquisas, com finalidade industrial ou científica; amostras de valor superior a US$ 1.000,00 (mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda; substituição de mercadoria importada com defeito ou imprestável para a finalidade a que se destinava; arrendamento mercantil (leasing); arrendamento simples, aluguel ou fretamento; investimento de capital estrangeiro. Ainda segundo Bizelli (2014, p. 70-71), outros produtos, devido às suas características peculiares, estão sujeitos a controles especiais por órgãos anuentes. A lista é enorme, mas alguns deles são: Animais vivos, carnes e miudezas comestíveis, peixes, crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos, leite, laticínios, ovos, mel natural e outros produtos de origem animal, plantas vivas e produtos de floricultura; produtos alimentícios industrializados, bebidas e vários outros produtos de origem animal ou vegetal. Amianto, defensivos agrícolas, produtos farmacêuticos, perfumes, outros produtos de perfumarias e cosméticos e produtos correlatos da área médico-hospitalar. 10 Substâncias e produtos capazes de provocar modificações nas funções nervosas superiores; entorpecentes, psicotrópicos ou substâncias causadoras de dependência física, bem como produtos destinos à sua síntese; produtos destinados à pesquisa clínica humana ou veterinária. Armas e munições, pólvora, explosivos e semelhantes, agentes químicos de guerra, lançamento e detecção de minas, bem como de quaisquer outros destinados à sua produção ou com utilização bélica. Produtos radioativos e compostos de metais das terras raras. Petróleo bruto, seus derivados ou outros derivados do petróleo. Soro anti-hemofílico, medicamento com plasma e sangue humano, entre muitos outros. Os principais órgãos anuentes envolvidos nesses processos são: Tabela 2 – Órgãos anuentes Fonte: adaptado do material de Bizelli, (2014, p. 71) Para finalizar, temos ainda o Decex – Departamento de Operações do Comércio Exterior, o qual examina as seguintes importações: mercadorias que exijam o exame prévio do preço praticado; bens sujeitos ao exame prévio de similaridade nacional; mercadorias usadas com exame de produção nacional e avaliação do preço mediante apresentação de laudo técnico, veículos, máquinas eletrônicas programadas, diamante bruto, operações sob regime de drawback, operações sem cobertura cambial e os itens sob cota tarifária. 11 O ideal é que seja realizada uma consulta prévia da NCM no portal SISCOMEX antes de efetivar a importação, pois, como as regras mudam constantemente, um item que não necessita de L.I. hoje, pode necessitar no futuro. Textos de leitura obrigatória: Acesse o link e conheça a definição de L.I proposta pelo livro base da disciplina, página 165: <http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788559720815/pages/163>. Saiba mais Para compreender como o MDIC (Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior) trata as licenças de importação, acesse: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/importacao/dicas-de- importacao/informacoes-gerais-de-importacao>. Curiosidade: Acesse o link a seguir e leia sobre o desafio dos importadores para evitar a cobrança indevida do IPI sobre as importações: <http://www.guiamaritimo.com.br/noticias/comercio-exterior/reviravolta-para-os- importadores>. Indicações de vídeos do YouTube: Para compreender o impacto do tema licença de importação – L.I. acesse o link a seguir e leia a matéria da Folha: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/11/1832048-governo-argentino-eleva- barreiras-a-importacao-e-atinge-o-brasil.shtml>. Temas de pesquisa: Acesse o link a seguir e saiba mais sobre a discussão de que o Brasil é protecionista em relação as importações. <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016/10/1826058-falar-que-brasil-e-protecionista- e-discutivel-diz-jose-serra.shtml>. TEMA 3 – DECLARAÇÃO DE IMPORTAÇÃO (D.I.) Quando uma mercadoria importada chega ao porto ou aeroporto de destino, aguarda-se a presença de carga, procedimento corriqueiro das negociações internacionais. Em seguida, registra-se uma declaração de importação (D.I.), a qual é um documento que traz todas as informações pertinentes sobre o produto importado, como: peso, volume, preço e NCM (Nomenclatura Comum do MERCOSUL). Traz também dados do importador, do exportador, do tipo de frete, da forma de pagamento, entre outras informações 12 pertinentes. Esse tema tratará de apresentar os principais dados de uma D.I. e sua importância no processo de importação. 2.1 Descrição e contextualização Depois que a mercadoria chega ao porto ou aeroporto, é efetuado o procedimento de presença de carga com os dados da carga. Quando esta estiver liberada para o registro, é possível registrar a declaração de importação (D.I.). Vamos conhecer esses dois procedimentos: A presença de carga é um procedimento prévio ao registro da D.I e, segundo o site da Receita Federal http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/despacho-de- importacao/topicos-1/despacho-de-importacao/documentos-instrutivos-do- despacho/conhecimento-de-carga/introducao [...] o conhecimento de carga, também conhecido como conhecimento de transporte emitido pelo transportador, define a contratação da operação de transporte internacional, comprova o recebimento da mercadoria na origem e a obrigação de entregá-la no lugar de destino, constitui prova de posse ou propriedade da mercadoria e é um documento que ampara a mercadoria e descreve a operação de transporte. O conhecimento de carga recebe denominações específicas em função da via de transporte: CRT (Rodoviário), TIF (Ferroviário), BL (Marítimo) ou AWB (Aéreo). A Receita Federal ainda informa que a consignação no conhecimento de carga prova a propriedade da mercadoria e pode ser: nominativa, à ordem do embarcador ou ao portador. Além disso, o conhecimento de carga classifica-se em: único, genérico ou máster, agregado, house ou filhote, sub-master ou co- loader, em que cada classificação está atrelada ao consignatário ser ou não um desconsolidador de cargas. Para registrar a D.I., a C.E. não pode estar com bloqueio impeditivo de registro. Ao consultar o C.E. no Siscomex Carga, o usuário verificará a situação da carga (armazenada, bloqueada, desembaraçada, entregue, e outros). Caso a C.E. esteja desbloqueada, o próximo passo será registrar a declaração de importação (D.I.). A declaração de importação é um documento imprescindível para a nacionalização das mercadorias. Através desse documento, o importador presta todas as informações exigidas pela Receita Federal para que a mercadoria possa ser movimentada do porto, aeroporto ou outro recinto para a empresa. Segundo Robles & Nobre (2016, p. 201), http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/despacho-de-importacao/topicos-1/despacho-de-importacao/documentos-instrutivos-do-despacho/conhecimento-de-carga/introducao http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/despacho-de-importacao/topicos-1/despacho-de-importacao/documentos-instrutivos-do-despacho/conhecimento-de-carga/introducao http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/despacho-de-importacao/topicos-1/despacho-de-importacao/documentos-instrutivos-do-despacho/conhecimento-de-carga/introducao13 [...] o desembaraço aduaneiro é feito por comprovação da exatidão das informações do importador a respeito das mercadorias. Essa declaração de exatidão é conhecida como despacho aduaneiro de importação, que é processado pela Declaração de Importação (DI), registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior SISCOMEX. Tripoli & Prates (2016, p. 165-166) complementam explanando que [...] a DI é um documento eletrônico processado pelo SISCOMEX, a DI é o primeiro passo para a legalização da importação. É exigido antes do desembaraço aduaneiro em todas as importações constitui-se em um conjunto de informações de caráter comercial, cambial, financeiro, fiscal e tributário envolvidas no processo de importação. Para registrar a D.I. no SISCOMEX, é necessário ter em mãos uma série de informações pertinentes a importação. Segundo Vieira (2014, p.42), as principais informações que estarão na D.I. são: Especificação completa de mercadoria; forma de pagamento; meio de transporte; classificação aduaneira; eventuais benefícios fiscais. Além dessas informações elementares, será necessário informar também: Número da L.I., caso a mercadoria exija L.I. previamente; os dados completos do importador; os dados completos do adquirente da mercadoria, que pode não ser o importador, como no caso de importação por conta e ordem de terceiros; o representante legal da empresa; recinto aduaneiro; alíquotas e valores dos tributos incidentes na importação, tais como: II, IPI, PIS, COFINS, ICMS, AFRMM e capatazia; valores da mercadoria, dos tributos, o tipo de moeda negociada; valor do frete negociado, entre outros. E ainda, as informações complementares, tais como: nome do navio, número do BL, local de embarque, local de desembarque, presença de carga (C.E. mercante), quantidade e tamanho dos contêineres, quantidade de adições, INCOTERM negociado, NCM da mercadoria, informações relacionadas aos impostos, entre outros. Para finalizar, na D.I. é necessário também informar as questões cambiais, tais como: valor total da importação, forma de pagamento: antecipado, à vista ou financiado, quantidade de parcelas, número do contrato de câmbio, caso já tenha sido realizado o pagamento com banco, praça e valor na moeda negociada com o exportador, taxa utilizada, valor do seguro, caso tenha sido contratado. 14 O registro da declaração de importação (D.I.) gera um número único em todo território nacional e deve ser gerada uma D.I. para cada conhecimento de carga, salvo autorização da Secretaria da Receita Federal (SRF). Bizelli (2014, p. 165-166) [...] a DI será formulada no computador do usuário, sem que esteja conectado ao computador central (off-line). Elaborada a DI, poderá o importador transmiti-la para o computador central do SISCOMEX para simples análise ou registro, observando-se que, neste último caso, registrada a DI no sistema, considerar-se-á iniciado o processo de despacho aduaneiro. No momento do registro da D.I., pode ocorrer algum impedimento por parte da Receita Federal, os quais geralmente são: irregularidade cadastral do importador, a não confirmação pelo banco da aceitação dos débitos dos tributos federais devidos. Caso não ocorra impedimento, o SISCOMEX disponibilizará o extrato correspondente em duas vias, uma para a Secretaria da Receita Federal (SRF) e a outra para importador. (Bizelli, 2014, p.166) Depois da D.I. registrada, aguarda-se a parametrização do canal aduaneiro (verde, amarelo, vermelho ou cinza), o qual determinará o próximo procedimento. Leitura obrigatória: Amplie seu conhecimento sobre a declaração de importação. Acesse o link a seguir e leia as páginas 90 até 93: <http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788559720518/pages/87>. Saiba mais Acesse o link a seguir e amplie seu conhecimento sobre os procedimentos de registros de D.I.: <https://portogente.com.br/portopedia/78273-como-funcionam-os-registros- de-declaracao-de-importacao>. Curiosidade: Acesse o link a seguir e leia uma matéria que explica, em linhas gerais, como importar um veículo antigo: <http://revistaautoesporte.globo.com/Noticias/noticia/2013/09/um-classico-para- chamar-de-seu-saiba-como-importar-um-veiculo-antigo.html>. Indicações de vídeos do YouTube: Acesse o link a seguir e assista ao pequeno vídeo que comenta sobre um acordo que a OMC fez com alguns países para fomentar o mercado internacional: <http://g1.globo.com/jornal- 15 nacional/noticia/2015/07/acordo-zera-tarifas-de-importacao-de-produtos-de- informatica-em-80-paises.html>. Tema de pesquisa: Acesse o link a seguir e assista ao pequeno vídeo que comenta sobre o fato de que o Micro Empreendedor Individual (MEI) também pode importar. Depois disso, pesquise mais sobre o assunto, pois as regras se alteram constantemente. <https://www.youtube.com/watch?v=22lSAm5hwUs>. TEMA 4 – DECLARAÇÃO SIMPLIFICADA DE IMPORTAÇÃO (D.S.I.) Para casos de importação de menor complexidade e com valores e aplicações determinados pela legislação de comércio exterior brasileira, é possível registrar uma declaração simplificada de importação (D.S.I.) em vez de uma declaração de importação (D.I.). A D.S.I. está respaldada legalmente através do regulamento aduaneiro vigente. Este tema tratará então de explicar esse procedimento e exemplificar em quais condições é possível utilizá-la. 4.1 Descrição e contextualização A declaração simplificada de importação (D.S.I.) pode ser utilizada por pessoas físicas ou jurídicas que importam valores menores, inclusive sendo bastante útil para pequenas e médias empresas. Segundo Tripoli & Prates (2016, p. 166) a D.S.I. “é um documento eletrônico processado pelo SISCOMEX e utilizado nas importações com ou sem cobertura cambial, cujo valor não ultrapasse US$ 3.000,00 (três mil dólares americanos) ou equivalente em outra moeda”. Segundo a Receita Federal do Brasil (RFB), a D.S.I. está regulamenta através da Instrução Normativa SRF nº 611, de 18 de janeiro de 2006, que determina as seguintes regras: <http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado& idAto=15544>, constantes nos artigos 2º, 3º 4º e 5º. Vamos conhecer algumas das situações dispostas por essa Instrução Normativa (IN): Art. 2º: A Declaração Simplificada de Importação (DSI) será formulada pelo importador ou seu representante no Siscomex, a qual poderá ser utilizada nas seguintes situações: 16 I. importados por pessoa física, com ou sem cobertura cambial, em quantidade e frequência que não caracterize destinação comercial, cujo valor não ultrapasse US$ 3.000,00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda; II. importados por pessoa jurídica, com ou sem cobertura cambial, cujo valor não ultrapasse US$ 3.000,00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda; III. recebidos, a título de doação, de governo ou organismo estrangeiro por: a. órgão ou entidade integrante da administração pública direta, autárquica ou fundacional, de qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios; ou b. instituição de assistência social; IV. submetidos ao regime de admissão temporária, nas hipóteses previstas em legislação específica; V. reimportados no mesmo estado ou após conserto, reparo ou restauração no exterior, em cumprimento do regime de exportação temporária; e VI. que retornem ao País em virtude de: a. não efetivação da venda no prazo autorizado, quando enviados ao exterior em consignação; b. defeito técnico, para reparo ou substituição; c. alteração nas normas aplicáveis à importação do país importador; ou d. guerra ou calamidade pública; VII. contidos em remessa postal internacional cujo valor não ultrapasse US$ 3.000, 00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outramoeda; VIII. contidos em encomenda aérea internacional cujo valor não ultrapasse US$ 3.000,00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, transportada por empresa de transporte internacional expresso porta a porta, nas seguintes situações: a. a serem submetidos ao regime de admissão temporária, nas hipóteses de que trata o inciso IV deste artigo; b. reimportados, nas hipóteses de que trata o inciso V deste artigo; c. a serem objeto de reconhecimento de isenção ou de não incidência de impostos; ou d. destinados a revenda; 17 IX. integrantes de bagagem desacompanhada; X. importados para utilização na Zona Franca de Manaus (ZFM) com os benefícios do Decreto-Lei nº 288, de 28 de fevereiro de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação para o restante do território nacional, até o limite de US$ 3.000,00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda; XI. industrializados na ZFM com os benefícios do Decreto-Lei nº 288, de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação para o restante do território nacional, até o limite de US$ 3.000,00 (três mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda; XII. importados para utilização na ZFM ou industrializados nessa área incentivada, com os benefícios do Decreto-Lei nº 288, de 1967, quando submetidos a despacho aduaneiro de internação por pessoa física, sem finalidade comercial; ou XIII. importados com isenção, com ou sem cobertura cambial, pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) ou por cientistas, pesquisadores ou entidades sem fins lucrativos, devidamente credenciados pelo referido Conselho, em quantidade ou frequência que não revele destinação comercial, até o limite de US$ 10.000,00 (dez mil dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda. Art. 4º: Poderão ser utilizados os formulários de declaração simplificada de importação (DSI), folha suplementar e demonstrativo de cálculo dos tributos, nos modelos constantes respectivamente dos anexos ii a iv desta instrução normativa ou, alternativamente, esses mesmos formulários no formato de planilha eletrônica, disponibilizada no sítio da RFB na Internet no endereço <http://www.receita.fazenda.gov.br>, instruídos com os documentos próprios para cada caso, quando se tratar do despacho aduaneiro de: I. amostras sem valor comercial; II. livros, jornais, periódicos, documentos, folhetos, catálogos, manuais e publicações semelhantes, inclusive gravados em meio magnético, importados sem finalidade comercial, desde que não estejam sujeitos ao pagamento de tributos; 18 III. outros bens importados por pessoa física, sem finalidade comercial, de valor não superior a US$ 500,00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América); IV. bens importados ou industrializados na ZFM com os benefícios do Decreto-Lei nº 288, de 1967, cujo valor não ultrapasse o limite de US$ 500,00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, submetidos a despacho aduaneiro de internação por pessoa física; V. bens importados por missão diplomática, repartição consular de carreira e de caráter permanente, representação de organismo internacional de que o Brasil faça parte ou delegação acreditada junto ao Governo Brasileiro, bem assim por seus respectivos integrantes, funcionários, peritos ou técnicos; VI. órgãos e tecidos humanos para transplante; VII. animais de vida doméstica, sem cobertura cambial e sem finalidade comercial; VIII. importações previstas no art. 3º, quando não for possível o acesso ao Siscomex, em virtude de problemas de ordem técnica, por mais de quatro horas consecutivas; IX. doações referidas na alínea “a” do inciso III do caput do art. 3º; X. bens submetidos ao regime de admissão temporária, nas hipóteses previstas em legislação específica; XI. bens importados por órgão ou entidade integrante da administração pública direta, autárquica ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, cujo valor não ultrapasse o limite de US$ 500,00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda. XII. medicamentos, sob prescrição médica, importados por pessoa física; XIII. bens trazidos por equipe esportiva estrangeira ou a ela destinados, para seu uso ou consumo; XIV. bens trazidos por grupo artístico estrangeiro ou a ele destinados, para seu uso ou consumo; XV. equipamentos de rádio, televisão e para a imprensa em geral, no regime de admissão temporária; e 19 XVI. bens retornando ao país, cujo despacho aduaneiro de exportação tenha sido realizado por meio da declaração de que trata o art. 31. Art. 5º: No caso de bens integrantes de remessa postal internacional cujo valor não ultrapasse US$ 500,00 (quinhentos dólares dos Estados Unidos da América) ou o equivalente em outra moeda, submetidos ao regime de tributação simplificada (RTS), o despacho aduaneiro será processado mediante o pagamento dos impostos de importação incidentes, lançado pela autoridade aduaneira por meio da nota de tributação simplificada (NTS), instituída pela Instrução Normativa SRF nº 101, de 11 de novembro de 1991, sem qualquer outra formalidade aduaneira. As situações apresentadas caracterizam a possibilidade de utilizar a D.S.I. para nacionalizar a mercadoria. O registro será realizado no SISCOMEX ou, em casos específicos de falha operacional do sistema, poderá ser utilizado formulário impresso fornecido pela SRF. O registro poderá ser solicitado também pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) ou pela empresa de transporte internacional expresso – courier (FEDEX, DHL, UPS, outros). Depois de realizado o desembaraço, assim como na D.I., é gerado um extrato, do qual é entregue uma via ao importador, bem como cópia dos documentos solicitados para conferência aduaneira. A D.S.I. é considerada simplificada porque a quantidade de documentos e comprovações é menor que no caso da D.I., até porque os valores financeiros envolvidos são menores. Leitura obrigatória: Acesse o link a seguir e encontre nas páginas 165 e 166 as definições de declaração simplificada de exportação (D.S.E.) e declaração simplificada de importação (D.S.I.): <http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788559720815/page s/163>. Saiba mais Acesse o link a seguir e assista ao pequeno vídeo que explica sobre a declaração simplificada de importação: <https://www.youtube.com/watch?v=grMglQphzg0>. 20 Curiosidade: Acesse o link e conheça uma situação inusitada de importação: <http://www.sosimportacao.com.br/2015/07/importacao-de-software- personalizado-x.html>. Indicações de vídeos do YouTube: Acesse o link a seguir e conheça mais informações sobre como fazer uma DSI: <http://aprendaimportarfacilmente.com.br/como-fazer-uma-dsi-declaracao- simplificada-de-importacao/>. Tema de pesquisa: Acesse o link a seguir e conheça o “Importa Fácil” do site dos Correios. Navegue entre as páginas constantes no site e compreenda melhor como utilizar esse serviço: <https://www.correios.com.br/para- voce/correios-de-a-a-z/importa-facil>. TEMA 5 – COMPROVANTE DE IMPORTAÇÃO Após todos os procedimentos de registro da importação e o resultado do canal de parametrização (verde, amarelo, vermelho ou cinza), o SISCOMEX gera um comprovante de importação – C.I., o qual contém as principais informações do processo e permite que o importador retire o material do local onde se encontra: porto, aeroporto, porto seco ou outra possibilidade. Quando o importador está com a C.I. em mãos, significa que o processo está regularizado e pode ser transportado. Esse tema apresentará brevemente os canais de parametrização e a C.I., bemcomo explicará as principais informações contidas nesta. 5.1 Descrição e contextualização Após o registro da declaração de importação (D.I.), o processo aguardará a parametrização do canal de conferência aduaneira. Até esse momento, a empresa importadora não consegue saber se a mercadoria poderá ser sacada rapidamente do recinto alfandegado ou não, pois dependerá dessa parametrização. Os canais de parametrização na importação são: verde, amarelo, vermelho e cinza, os quais são classificados por tipo de verificação que é realizada, iniciando no verde, que é o mais simples, até o canal cinza, com as maiores exigências. A escolha dos processos para as vistorias (mais simples ou mais exigentes) é realizada de forma aleatória pelo SISCOMEX após o registro da 21 D.I., entretanto, na prática, quando a empresa é nova no uso dos recursos do comércio exterior, é comum os primeiros processos “caírem em canal amarelo ou vermelho”. Essa checagem realizada pelos fiscais da Receita Federal tem como objetivo combater as fraudes e também levantar as estatísticas de importação do comércio exterior brasileiro. Segundo o site da Receita Federal do Brasil, <http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/despacho-de- importacao/topicos-1/despacho-de-importacao/etapas-do-despacho-aduaneiro- de-importacao/parametricao>, a Instrução Normativa da Secretaria da Receita Federal nº 680/2006 (IN SRF nº 680/2006) regulamenta os canais de parametrização, os quais podem ser entendidos da seguinte maneira: Verde: o sistema registra o desembaraço automático da mercadoria, dispensados o exame documental e a verificação física da mercadoria. A D.I. selecionada para canal verde, no Siscomex, poderá ser objeto de conferência física ou documental, quando forem identificados elementos indiciários de irregularidade na importação pelo AFRFB responsável por essa atividade. Amarelo: deve ser realizado o exame documental e, não sendo constatada irregularidade, efetuado o desembaraço aduaneiro, dispensada a verificação física da mercadoria. Na hipótese de descrição incompleta da mercadoria na D.I., que exija verificação física para sua perfeita identificação com vistas a confirmar a correção da classificação fiscal ou da origem declarada, o AFRFB pode condicionar a conclusão do exame documental à verificação física da mercadoria. Vermelho: a mercadoria somente é desembaraçada após a realização do exame documental e da verificação física da mercadoria. Cinza: deve ser realizado o exame documental, a verificação física da mercadoria e a aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro, para verificar indícios de fraude, inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria. Como não há como saber em que canal a importação será parametrizada, não é prudente se comprometer com prazos muito justos com clientes, pois, dependendo da situação, o processo pode demorar semanas e até meses para ser definitivamente liberado. Isso impacta também no valor a ser pago pela armazenagem dos contêineres, chamado de demurrage ou sobre estadia, pois, findandos os dias de free time (prazo sem custo de sobre estadia concedido pelo 22 armador, negociado previamente), o valor da armazenagem contabilizada é diário. Isso pode comprometer os custos previstos para o processo. Por conta disso, para evitar prejuízos financeiros, é preciso ter todos os documentos da importação corretamente organizados e preenchidos, porque qualquer canal diferente do verde exigirá conferência dos documentos. Isso deve ficar claro ao exportador, que muitas vezes se nega a preencher corretamente os documentos e pode maximizar os problemas do importador em casos de canais diferentes do verde. Se a importadora cumprir todas as exigências do fiscal responsável pela análise fiscal, processos diferentes do verde também podem ser relativamente rápidos, por isso a importância em fazer tudo certo desde o início do processo. Após a resolução do canal de parametrização, a mercadoria será liberada para carregamento. Segundo Vieira (2015, p. 48) “o Comprovante de Importação (CI) é emitido pela Autoridade Fiscal da Secretaria da Receita Federal, após o registro do desembaraço das mercadorias no SISCOMEX, o qual será entregue ao importador, constituindo-se em documento comprobatório da nacionalização da mercadoria”. Observe um modelo conceitual de um Comprovante de Importação (CI) emitida pelo sistema: Figura 1 – Modelo de comprovante de importação Fonte: http://enciclopediaaduaneira.com.br/o-valor-do-certificado-de-imporacao-c-i/ A partir disso, o próximo passo será retirar a mercadoria do recinto alfandegado, mas para isso é preciso cumprir certos procedimentos, que, segundo Bizelli (2014, p. 180), são: 23 Apresentação dos seguintes documentos para entrega da mercadoria: a. Conhecimento de carga liberado pelo DMM – Departamento de Marinha Mercante, no caso de mercadoria importada por via marítima, fluvial ou lacustre. Esta condição está vinculada à verificação da regularidade do pagamento ou exoneração do AFRMM, que é realizada mediante consulta eletrônica do SISCOMEX ao sistema Mercante do DMM. A autorização de entrega da mercadoria fica condicionada à vinculação no referido sistema, pelo importador, do NIC – número identificador da carga ao correspondente CE – conhecimento de embarque, e a respectiva liberação da carga no Mercante. b. Comprovação, salvo disposição em contrário, do pagamento do ICMS, mesmo na hipótese de entrega de mercadoria antes do desembaraço aduaneiro. Nesse caso, o importador terá que apresentar, por meio de transação própria no SISCOMEX, declaração sobre o imposto devido no desembaraço da mercadoria submetia ao despacho de importação, que deverá ser efetivada após o registro da D.I. Em caso de exoneração do ICMS, o importador deverá indicar essa condição. Ainda segundo Bizelli (2014, p. 181), para retirar as mercadorias do recinto alfandegado, o importador deverá apresentar ao depositário os seguintes documentos: a. Via original do conhecimento de carga, ou de documento equivalente, como prova de posse ou propriedade da mercadoria; b. Comprovante do recolhimento ou da exoneração do ICMS, exceto no caso de Unidade da Federação com a qual tenha sido celebrado o convênio para o pagamento mediante débito automático em conta bancária, por meio do SISCOMEX ou quando a consulta ao SISCOMEX não indicar a necessidade de atendimento desse requisito ou da retenção desses documentos; c. Nota fiscal de entrada emitida em seu nome ou documento equivalente, ressalvados os casos de dispensa previstos na legislação estadual; e d. Documentos de identificação da pessoa responsável pela retirada das mercadorias. Compete ao responsável pelo recinto alfandegado consultar o SISCOMEX e conferir se o processo está realmente liberado e se o importador 24 está com a documentação devidamente preenchida. Findada essa fase, a mercadoria poderá ser carregada pela transportadora que presta serviços para a importadora e seguir para a empresa, acompanhada dos documentos necessários, normalmente uma cópia da D.I., cópia do C.I., cópia do conhecimento de transporte e uma cópia da nota fiscal da empresa, mas podem ter outros documentos envolvidos também, pois, no caso de importações, cada caso pode ser realmente diferenciado. Leitura obrigatória: Acesse o link a seguir e leia nas páginas 165/166 as definições de: Comprovante de Exportação (CE) e Comprovante de Importação (CI): <http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788559720815/page s/165>. Saiba mais Acesse o link da Receita Federal do Brasil (RFB) e conheça: “Consulta – Acompanhamento do Despacho”: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/despacho- de-importacao/sistemas/siscomex-importacao-web/despacho-importacao/consultas/consulta-acompanhamento-do-despacho/consulta- acompanhamento-do-despacho>. Curiosidade: Acesse a página da Receita Federal do Brasil (RFB) e conheça as condições e requisitos para retirar a mercadoria do recinto alfandegado: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/despacho-de- importacao/topicos-1/despacho-de-importacao/etapas-do-despacho-aduaneiro- de-importacao/entrega-da-mercadoria/condicoes-e-requisitos>. Indicações de vídeos do YouTube: Acesse o link a seguir e visite a página da Receita Federal do Brasil (RFB) e observe como imprimir um comprovante de importação (CI): <http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/despacho-de- importacao/sistemas/siscomex-importacao-web/declaracao-de- importacao/funcionalidades/imprimir-um-comprovante-de-importacao>. Tema de pesquisa: Para ampliar seus conhecimentos, pesquise no Google sobre a balança comercial brasileira nos últimos seis meses e compare se o Brasil é mais exportador ou importador. 25 TROCANDO IDEIAS Pesquise no Google sobre “importação de mercadorias usadas” e discuta no fórum com seus colegas de aula sobre os procedimentos para realizar esse processo. NA PRÁTICA Para esta aula, você deverá analisar um estudo de caso proposto, de acordo com critérios preestabelecidos. Num primeiro momento será apresentada a você uma história hipotética e depois alguns questionamentos para você pesquisar e responder. Terminada a atividade de estudo, análise e relato do estudo de caso, você receberá uma reposta provável para atividade realizada pelo professor que elaborou o presente estudo. Orientações para realizar a atividade: 1. Leia o estudo de caso atentamente e o material da rota. 2. Acesse o site da Receita Federal, entre no simulador de tratamento tributário e administrativo e consulte a NCM apresentada no estudo de caso. 3. Identifique no texto desta rota de aprendizagem onde estão os conceitos- chaves que você vai utilizar. Tenha o material em mãos para realizar as tarefas. 4. Bons estudos e bom trabalho! Estudo de caso nº 4: Importação de uma impressora 3D Lorena é proprietária de uma média empresa que fabrica protótipos, peças para testes. O produto da empresa de Lorena é altamente customizado, ou seja, atende a necessidade específica de cada cliente. Para atender essa diferenciação, Lorena de vez em quando importa de países como Taiwan, Índia, Paquistão, Estados Unidos, entre outros, alguns itens inovadores para servir de molde para seus produtos. Atualmente, a empresa possui duas impressoras 3D de pequeno porte, as quais são insuficientes para atender as novas demandas. Devido a isso, Lorena decidiu importar uma nova impressora 3D da China. 26 Lorena prospectou um fornecedor, o qual foi indicado por sua confiabilidade, solicitação cotação, negociou preço e demais condições e fechou o pedido. Lorena recebeu a proforma invoice com todas as características do equipamento e demais condições negociadas. Quando o equipamento ficou pronto para o despacho, o exportador informou Lorena que organizaria o embarque marítimo e encaminhou por e-mail a comercial invoice e o packing list. A partir dessa informação, Lorena precisa se organizar para a chegada da mercadoria. Em termos da documentação que será necessária, realize as seguintes atividades: a) Analise a NCM da mercadoria 8477.59.90 e verifique se ela necessitou de licença de importação (L.I.). b) Esquematize as principais informações que deverão conter na declaração de importação (D.I.). Padrão de Resposta: a) Conforme consulta ao site da Receita Federal, simulador do tratamento tributário e administrativo das importações, não há necessidade de licença de importação (L.I.) prévia para essa NCM. <http://www4.receita.fazenda.gov.br/simulador/Simulacao-tag.jsp>. b) As principais informações que deverão constar na D.I.: informações sobre o exportador, país de origem, preço, volume, transporte, carga, porto de embarque, condição de pagamento, INCOTERM, descrição detalhada da mercadoria, impostos, NCM, recinto alfandegado, entre outros. FINALIZANDO Nesta aula de número quatro, o foco maior foi expor os principais documentos envolvidos em um processo de importação a partir do momento que os produtos chegam ao porto ou aeroporto de destino, com a exceção da licença de importação (L.I.), a qual deve ser providenciada antes do embarque. Dentro desse contexto, foram apresentados: a declaração de importação (D.I.), a qual representa o registro do processo no SISCOMEX e aguarda parametrização de canal aduaneiro, a declaração simplificada de importação (D.S.I.) e também o comprovante de importação (C.I.). Com isso, esta aula 27 elucidou importantes aspectos relacionados ao procedimento de desembaraço aduaneiro de uma importação. REFERÊNCIAS AGOSTINI, R. Governo argentino eleva barreiras à importação e atinge o Brasil. Folha de S.Paulo. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2016 /11/1832048-governo-argentino-eleva-barreiras-a-importacao-e-atinge-o- brasil.shtml>. Acesso em: 25 set. 2017. BIZELLI, J. dos S. Importação: sistemática administrativa, cambial e fiscal. São Paulo: Aduaneiras, 2006. BRASIL. Instrução Normativa SRF N. 611, de 18 de janeiro de 2006. Diário Oficial da União, 20 jan. 2006. Disponível em: <http://normas.receita.fazenda.gov.br/sijut2consulta/link.action?visao=anotado& idAto=15544>. Acesso em: 25 set. 2017. BRASIL. Portaria n. 23, de 14 de julho de 2011. Diário Oficial da União, 19 jul. 2011. Disponível em: <http://portal.siscomex.gov.br/legislacao/biblioteca-de- arquivos/secex/portaria-no-23-de-14-de-julho-de-2011>. Acesso em: 25 set. 2017. BRASIL. Ministério da Fazenda. Receita Federal. Subsecretaria e Aduana e Relações Internacionais. Etapas do despacho aduaneiro de importação. Disponível em: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/aduaneira/manuais/despacho-de- importacao/topicos-1/despacho-de-importacao/etapas-do-despacho-aduaneiro- de-importacao/parametricao>. Acesso em: 25 set. 2017. _____. Consulta – Acompanhamento do despacho. 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