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Matéria Direito Constitucional III

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DIREITO CONSTITUCIONAL III
MATÉRIA DO SEMESTRE 
1 - Tipos de inconstitucionalidade:
 - formal
 - material
2 - Inconstitucionalidade formal orgânica.
3 - Inconstitucionalidade formal propriamente dita - aspectos - objetivo e subjetivo.
4 - Controle prévio de constitucionalidade:
a) Poder Executivo
b) Poder Legislativo
c) Poder Judiciário
5 - Controle repressivo de constitucionalidade:
a) Poder Executivo
b) Poder Legislativo
c) Poder Judiciário
6 - Controle repressivo - Poder Judiciário:
6.1 - Controle difuso ou aberto;
6.2 - Controle concentrado ou fechado;
- Ação direta de inconstitucionalidade*;
- Ação declaratória de constitucionalidade;
- Ação direta de inconstitucionalidade por omissão;
- Ação direta de inconstitucionalidade interventiva;
- Ação de arguição de descumprimento de preceito fundamental.
INCONSTITUCIONALIDADE
INTRODUÇÃO 
Lei 9.868/1999 – da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória de constitucionalidade 
Lei 9.882/1999 - A arguição de descumprimento de preceito fundamental foi concebida por essa lei para servir como um instrumento de integração entre os modelos difuso e concentrado de controle de constitucionalidade, viabilizando que atos estatais antes insuscetíveis de apreciação direta pelo Supremo Tribunal Federal, tais como normas pré-constitucionais ou mesmo decisões judiciais atentatórias a cláusulas fundamentais da ordem constitucional, viessem a figurar como objeto de controle em processo objetivo. A despeito da maior extensão alcançada pela vertente objetiva da jurisdição constitucional com a criação da nova espécie de ação constitucional, a Lei 9.882/99 exigiu que os atos impugnáveis por meio dela encerrassem um tipo de lesão constitucional qualificada, simultaneamente, pela sua (a) relevância (porque em contravenção direta com paradigma constitucional de importância fundamental) e (b) difícil reversibilidade (porque ausente técnica processual subsidiária capaz de fazer cessar a alegada lesão com igual eficácia).
Moacyr Amaral dos Santos (processo civil)
PESQUISAR - Site do STF comentada (atualizada). PROVA TIRA DAQUI. Análise daqui.
PERGUNTA DA PROVA: sobre Controle Difuso ou Aberto - em se tratando de controle aberto, quem pode propor e quem pode realizar?
É uma faculdade outorgada pela Constituição a qualquer órgão do Poder Judiciário, cuja finalidade é declarar de plano a inconstitucionalidade de uma lei "e de outros atos do Poder Público que contrariem, formal ou materialmente, preceitos ou princípios constitucionais ", sem revogá-la, mas apenas deixando de aplicá-la no caso concreto. "Também conhecido como controle por via de exceção ou defesa, caracteriza-se pela permissão a todo e qualquer juiz ou tribunal realizar no caso concreto a análise sobre a compatibilidade do ordenamento jurídico com a Constituição Federal 
Quem pode propor: qualquer pessoa desde que demonstre interesse (material ou moral na causa)
Quem pode realizar: qualquer juiz ou Tribunal atendendo-se à legislação processual
1 - RIGIDEZ CONSTITUCIONAL - art. 60 C.F
Consequência lógica de uma constituição rígida: pode ser alterado, mas sua alteração depende da adoção, da obediência, de um procedimento formal mais dificultoso em face de uma legislação ordinária. Art. 60 CF - traz as regras para que eu possa alterar a CF.
Caso de intervenção CF não se alterada. Limitações circunstanciais de alteração da CF. 2 aprovações na câmara e no senado com aprovação de 3/5. Isso deu origem ao mensalão, já que é muito difícil aprovar.
Consequência lógica da rigidez constitucional: é a supremacia da CF. Supremacia da CF: olhar na CF que ela é a norma das normas, é o dever ser jurídico. Vai da base para toda a estrutura jurídica e exige que todo e qualquer espécie normativa seja compatível com ela.
Toda normatividade subconstitucional têm que guardar compatibilidade com a CF. Se não for compatível com a CF será inconstitucional. Isso significa que a CF não está sendo garantida.
Prisão cautelar não é inconstitucional, porém tem a frase: ninguém será culpado sem trânsito em julgado (ou seja, não poderia ser preso).
Supremacia da Constituição é uma ordem, não é um conselho, um palpite. Lei, espécie normativa tem que estar de acordo com a CF.
Controle de constitucionalidade é a partir da data 05/10/1998 - art. 59 espécie normativa. Anteriormente a essa data: ocorre recepção e revogação. Só há 1 ação que reconhece criação de lei anteriormente a essa data. STF vai fazer controle depois da data, está incompatível: recepcionada, não está, então é revogada. Se foi revogada antes da data e criada novamente depois da data, não tem problema. Não impede existência de constitucionalidade.
Lei inconstitucional entra na ordem jurídica, produz efeito. Mesma coisa com medida provisória, não é lei, mas têm força de lei. Toda lei nasce com presunção de constitucionalidade. Por isso pode ocorrer inconstitucionalidade, enquanto alguém não fizer alguma coisa vai ficar aí. Entra no mundo jurídico, mas produz efeitos, nulos, mas produz efeitos.
Exemplo: empresário recebe notificação para pagar tributo. Empresário manda para contabilidade pagar. Mas, conversa com outros empresários e eles descobrem que é inconstitucional e entra com ação para devolver o dinheiro dos impostos que ele pagaram por 20, 30 anos.
Inconstitucionalidade material: competência legislativa de município - não pode legislar sobre direito civil porque é competência da União. Isso não é inconstitucionalidade material. É a matéria, o conteúdo que está podre.
Projeto de PEC para diminuir a maioridade penal será inconstitucionalidade material, pois é cláusula pétrea. Criar pena perpétua também é inconstitucionalidade material, é cláusula pétrea, pode até argumentar, mas não pode ir além disso. Forma é procedimento ou quem está procedendo. Conteúdo: inconstitucionalidade material.
Da Emenda à Constituição
Art. 60 A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II - do Presidente da República;
III - de mais da metade das Assembléias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.
§ 2º A proposta será discutida e votada em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.
§ 3º A emenda à Constituição será promulgada pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, com o respectivo número de ordem.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I - a forma federativa de Estado;
II - o voto direto, secreto, universal e periódico;
III - a separação dos Poderes;
IV - os direitos e garantias individuais.
§ 5º A matéria constante de proposta de emenda rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.
2 - SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO: 
3 – TIPOS DE INCONSTITUCIONALIDADE
- MATERIAL: se apresenta quando a violação é ao conteúdo da Constituição. Uma norma que, por exemplo, permitisse a exploração do trabalho em condições próximas à degradante seria materialmente inconstitucional por afronta ao conteúdo de um dos fundamentos da República, qual seja o valor social do trabalho. Tal inconstitucionalidade persistiria mesmo que a norma seguisse todas as etapas formais do processo legislativo.
-FORMAL – defeitos do processo legislativo. Configura-se quando algum dos requisitos procedimentais da elaboração normativa é desrespeitado, seja a competência para disciplinar a matéria, seja um quórum específico ou mesmo um pressuposto objetivo para editar o ato normativo. Um exemplo é o pressuposto de relevância e urgência da Medida Provisória, constantemente desrespeitado hodiernamente.
A principal ideia para você compreender a constitucionalidade formal é saber que existe um processo previsto na Constituiçãopara produção das leis, chamado de processo legislativo, e se não houver a observância desse processo, haverá inconstitucionalidade formal.
A inconstitucionalidade formal pode ser dividida em orgânica e propriamente dita. Na orgânica, há uma não observância da competência legislativa para a elaboração do ato normativo. Exemplo é a lei municipal tratando de temas que são de competência dos Estados ou da União.
Na inconstitucionalidade formal propriamente dita, há uma inobservância do devido processo legislativo exigido para a formação do ato. Essa inconstitucionalidade pode se dar tanto na fase de iniciativa (maior motivo de reconhecimento de inconstitucionalidade de leis estaduais pelo Supremo Tribunal Federal nesse País), quando se diz que a lei contém vício formal subjetivo, quanto nas demais fases do processo, onde a lei pode padecer de vício formal objetivo – procedimento legislativo + espécies normativas (art. 59 CF) + medida provisória.
INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL ORGÂNICA
Decorre da inobservância legislativa para a elaboração do ato.
Como exemplo podemos citar que o Supremo Tribunal Federal já pacificou o entendimento que é inconstitucional uma lei municipal que venha a disciplinar o uso de competência da União, nos termos do artigo 22, inciso XI, a qual é de sua competência legislar sobre o trânsito e transporte.
- Fundamentação: art. 1º CF, 18 CF, 21 até 32 CF (competências tributárias dos entes da federação).
UNIÃO
CAI NA PROVA!!! IDENTIFIQUE QUAL INCONSTITUCIONALIDADE ESTÁ SENDO TRATADA
-Art. 21: Competência Material Exclusiva = indelegável (caso se delegue será uma inconstitucionalidade formal orgânica). 
-Art. 22: Competência Legislativa Privativa = delegável (pode ser transferida). Parágrafo único: se dá por Lei Complementar, sua delegação é facultativa e diz respeito a matérias especificas, não gerais. Se for por Lei Ordinária ou tratar-se da matéria geral ou um estado ou município legislar sobre a matéria sem delegação será Inconstitucionalidade formal orgânica, é necessário seguir as formalidades. 
-Art. 23: Competência Comum. Ex: câmara dos vereadores faz muito isso. 
-Art. 24: Competência Legislativa Concorrente.
§ 1º - União limitada a estabelecer normas gerais 
§ 2º - Estados e Distrito Federal tem competência suplementar, subordinada a normas gerais;
§ 3º - Competência legislativa plena dos Estados e DF quando se deparar com uma ausência de normas gerais, na ausência de normas gerais o Estado recebe competência plena para legislar. 
Exemplo: estado desconhece a existência de norma geral e cria uma legislação sobre o assunto – é inconstitucionalidade forma orgânica. 
-Regra de interpretação: a superveniência de normas gerais suspende a eficácia da Lei Estadual no que lhe for contrário (§ 4º). A procuradoria do estado que faz isso, analisa quais normas estão contrário a atual e suspende, as compatíveis permanecem. É uma regra de interpretação a posteriori quando o Estado legisla sobre normas de forma plena e a União vem e legisla de norma geral (não cai na prova). 
ESTADOS-MEMBROS
-Art. 25 caput = Competência Expressa (Art. 11 ADCT)
“Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição”.
 § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição.
Competência Reservada (-União) (-Município). Não pode invadir estes! 
-Art. 22 parágrafo único CF = Competência Delegada
-Art. 23 -  É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
-Art. 24, § 2º - Competência Legislativa Suplementar. 
 § 3º - Competência Legislativa Plena.
*Art. 34, VII = Princípios Sensíveis. Vão gerar intervenção da União se não forem acolhidos. Exemplo: forma republicana, direitos da pessoa humana, mínimo de impostos... (ADIN Interventiva).
MUNICÍPIOS
-Art. 29 – Competência Expressa. Lei Orgânica Municipal
-Art. 30 I – Interesse Local (Legislativa). 
 II – Competência Suplementar (Legislativa) – não pode legislar sobre normas gerais. 
 III – IX – competência administrativa 
OBS: município não pode legislar sobre normas de transito, mas pode criar normas de transporte coletivo, por que é interesse local. 
DISTRITO FEDERAL
-Art. 32: competência expressa - vedada sua divisão em Municípios. Lei Orgânica Distrital.
 § 1º competências reservadas para o DF assim como são reservadas para o Estado (-União). 
São atribuídas a ele as competências estaduais e municipais (reler os anteriores). 
NUNCA CONFUNDIR UMA INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL ORGÂNICA COM UMA INCONSTITUCIONALIDADE. MATERIAL.
Fermento vencido: inconstitucionalidade material
Bolo embatumado deixou mais que o tempo: inconstitucionalidade formal
INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL PROPRIAMENTE DITA
1 – vício de iniciativa 
Existem determinadas matérias para as quais o processo legislativo somente pode ser iniciado pelo Chefe do Poder Executivo, como a cobrança de tributos e o regime jurídico dos servidores públicos. Nesses casos, se o projeto de lei começar por iniciativa do Poder Legislativo, nós teremos inconstitucionalidade formal.
Art. 61 CF c.c Emenda “parlamentar”: a pessoa que iniciou o processo não era competente para isso, aspecto subjetivo. O art. 61 é extensivo, ou seja, sua competência recai sobre os demais (estado/município). 
Art. 61 - A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;
II - disponham sobre:
a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração;
b) organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal da administração dos Territórios;
c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Territórios;
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, observado o disposto no art. 84, VI; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade, remuneração, reforma e transferência para a reserva. (Incluída pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
§ 2º A iniciativa popular pode ser exercida pela apresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três décimos por cento dos eleitores de cada um deles (quórum qualificado) 
2 – Quorum 
i. absoluta (art. 69 - As leis complementares serão aprovadas por maioria absoluta). 
ii. maioria simples (art. 47 - Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de cada Casa e de suas comissões serão tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros). 
Caso não respeitado o quorum determinado em lei em casa caso, torna-se uma incostitucionalidade formal. 
3 – matéria que deve ser submetida à lei complementar, legislada por meio de lei ordinária. 
Caso a lei não estabeleça que deve ser submetida à lei complementar será por lei ordinária. 
4 – medida provisória limitações materiais (art. 62). Medida provisória não é lei mas tem força de lei. Medida provisória sobre matéria penal é inconstitucionalidade própria sob o aspecto objetivo, pois não é proibido legislar matéria penal, mas é proibidolegislar com medida provisória. 
CONTROLE PRÉVIO DE CONSTITUCIONALIDADE
Ocorre antes do nascimento jurídico da lei ou ato normativo, ou seja, legitima mecanismos hábeis ao sujeito para impedir que o objeto maculado contamine o ordenamento jurídico, por conta de não observar parâmetros constitucionais. O controle preventivo é o controle realizado durante o processo legislativo de formação do ato normativo. No momento de um projeto de lei a ser apresentado, a quem der o início do processo legislativo, deve verificar a regularidade material do aludido projeto de lei. O controle preventivo também é exercido pelos poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário.
 Será que é possível prevenir a inconstitucionalidade? Sim mas sua efetividade depende do uso do instrumento. Nesse caso há um projeto de lei, e não uma lei em si, há uma tentativa, não é algo efetivo. Pode acontecer de ser utilizado esse controle e posteriormente se tonar uma norma inconstitucional. 
- PODER EXECUTIVO veto técnico ou jurídico – art. 66, § 1º c.c art. 66, § 4º, CF. 
O controle preventivo exercido pelo Poder Executivo é realizado pelo Chefe do Poder Executivo, ou seja, pelo Presidente da República, o que aprovado o projeto de lei pelas Casas Legislativas, poderá sancioná-lo caso concorde ou vetá-lo.
O veto ocorrerá quando o Chefe do Executivo considerar que o projeto de lei é inconstitucional ou contrário ao interesse público. O Chefe do Executivo ao declarar que o projeto de lei é inconstitucional poderá vetá-lo, o que estará exercendo o controle de constitucionalidade preventivo, antes do projeto de lei virar lei.
A justificativa do veto é a inconstitucionalidade do projeto de lei – houve controle? Depende do que acontece no § 4º. Se houver colhimento do veto houve controle, caso haja rejeição não houve controle. Não tem como intenção primaria o controle de constitucionalidade. 
- PODER LEGISLATIVO – pareceres das comissões de constituição e justiça (ato jurídico, não tem caráter vinculante, não obriga, é opinativo). 
Através das Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) o Poder Legislativo irá verificar se o projeto de lei apresentado, que pode vir a ser uma lei, se o mesmo contém algum vício a ensejar a inconstitucionalidade.
Na Câmara dos Deputados o controle será exercido por sua respectiva Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, de acordo com o estabelecido na Resolução da Câmara dos Deputados n.º 20 de 2004.
Enquanto no Senado Federal, o controle também será exercido por sua respectiva Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, de acordo com o artigo 101 de seu Regimento Interno.
O projeto de lei poder ser rejeitado pelas Casas Legislativas, o que através de parecer será declarada a inconstitucionalidade por algum vício ocorrido, o que se não houver durante o trâmite do processo legislativo algum recurso em razão do parecer ser negativo ou ocorrer a possibilidade da correção do vício, o projeto será arquivado definitivamente.
Há controle? Depende, se foi ou não acolhido o parecer. Não é uma consequência lógica do parecer ser um controle de constitucionalidade. 
- PODER JUDICIÁRIO mandado de segurança para garantia da rigidez de processo legislativo. O mandado de segurança é impetrado por parlamentar ou quem estiver envolvido, é objetivo. 
O Controle Preventivo exercido pelo Poder Judiciário segue o entendimento majoritário do Supremo Tribunal Federal, ou seja, o controle preventivo a ser realizado pelo judiciário sobre projeto de lei em trâmite na Casa Legislativa é para garantir ao parlamentar o devido processo legislativo, vedando a sua participação em procedimento desconforme com as regras da Constituição.
Há controle? Depende se for acolhido ou não o mandado de segurança. Art. 60, § 4º - só cabe mandado pois é matéria de extrema importância. 
CONTROLE REPRESSIVO DE CONSTITUCIONALIDADE
Controle repressivo: significa dizer que há uma lei que já entro na ordem jurídica e já está produzindo efeitos. A lei inconstitucional entra no ordenamento jurídico, pois toda lei nasce com presunção de legitimidade. A lei inconstitucional produz efeitos nulos (não confundir com efeito inexistente). É posterior a promulgação da lei ou ato normativo. Dispõe como norte o objetivo de expulsar do ordenamento jurídico a norma acabada, incompatível com as disposições previstas na CF/88. Esse controle é feito, em regra, pelo Poder Judiciário, em que os sujeitos legitimados procuram a Justiça para que a norma inconstitucional deixe de surtir efeitos no plano material.
Poder legislativo: todavia, em se tratando de Medida Provisória, o Poder Legislativo poderá exercer repressivamente o Controle de Constitucionalidade, ou seja, cabe à Comissão Mista de Deputados e Senadores examinar as Medidas Provisórias e, sobre elas, emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
- aplicação do art. 62, § 9º, CF. 
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional
§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadores examinar as medidas provisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do Congresso Nacional.
Esse artigo trata da medida provisória, que entra no âmbito jurídico com força de lei; desde de sua imissão a MP entra no ordenamento jurídico e começa a surtir efeitos, por isso a constitucionalidade nesse caso é repressiva, pois já está surtindo efeitos. Não se pode tratar com MP assuntos que devem ser tratados por lei complementar. A comissão mista formada no § 9º vai emitir um parecer sobre a MP, esse parecer não vincula, se a matéria se tratar de assunto que não lhe é devido, eles irão emitir o parecer, se o parecer foi acolhido haverá um controle repressivo, caso não seja não haverá. 
Outra possibilidade de intervenção legislativa, refere-se à lei delegada ou ao decreto autônomo/independente, nos casos em que o Presidente da República exorbita o poder concedido de legislar e o Congresso Nacional susta ou suspende a norma criada.
- aplicações do art. 49, V (2º parte) CF. 
É da competência exclusiva do Congresso Nacional:
“Sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa”
Aplicação apenas da sua segunda parte, e não integralmente, isso causa confusão. O art. 49 primeiro parte trata de controle de legalidade e não constitucionalidade. Não se pode legislar por lei delegada determinada matérias, esse artigo irá sustar imediatamente a lei delegada que passar do limite previsto, causando um controle repressivo. 
A última possibilidade de intervenção legislativa, está relacionada caso em que o Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público.
Poder executivo: poderá o Poder Executivo determinar a não aplicação da lei, por entendê-la inconstitucional. Nessa hipótese, a lei perderá sua eficácia, possibilitando o seu descumprimento por parte do Poder Executivo, quando entender a lei ou ato normativo inconstitucional. Vale salientar que isso não é um "cheque em branco", pois essa permissão só poderá ser executada em casos excepcionais, sob pena de responsabilidade. Há uma edição de decreto autônomo determinado à administração o não cumprimento da lei. O executivo produziu um veto técnico para impedir a lei inconstitucional, mas caso o veto seja negado, o que ele faz? Edita um decreto autônomo, é um ato privativo do chefe do executivo determinando a administração o não cumprimento da lei, é uma forma de controle, mas não completa é necessário que o executivo ingresse com uma ação de controle. 
Poder judiciário 
- jurisdição constitucional difusa 
 	misto
- jurisdição constitucional concentrada 
No Brasil se chama controlemisto porque há duas jurisdições de controle de constitucionalidade no judiciário, a difusa e a concentrada. Elas possuem diferenças. 
a) Jurisdição constitucional Difuso ou aberto: é exercido no âmbito de casos concretos tendo, portanto, natureza subjetiva, por envolver interesses de autor e réu. Trata-se de demandas concretas de inconstitucionalidade. Deste modo, o mesmo se desenvolve em situações em que há uma lide no qual há dúvida quanto à constitucionalidade do ato normativo que será utilizado na apreciação pelo judiciário. Não julgam a inconstitucionalidade de uma lei ou ato normativo, apenas apreciam a questão e deixam de aplicá-la por achar inconstitucional àquele caso específico que está julgando.
É um método pelo qual a população pode se colocar contra uma lei inconstitucional. 
Deve-se lembrar do princípio da inercia da jurisdição, a jurisdição é inerte deve ser provocada. Se provoca com o exercício do direito da ação, em face do estado juiz.
Esse controle é conhecido como controle concreto, indireto, incidental. Para ter o controle concreto é preciso ter um caso concreto para trabalhar, qualquer pessoa vai poder provocar o judiciário mas para isso ela tem que levar um caso concreto, tem que dizer a pretensão, tem que provar interesse para demandar, esse interesse pode ser material ou moral, ocorre uma lide. 
PROVA: Quem pode propor o direito difuso? Qualquer pessoa, física, jurídica e há a hipótese de ações coletivas, desde que demonstre interesse material ou formal na ação. 
Quem pode realizar o controle? - qualquer juiz ou tribunal atendidas as regras de competência processual (vai depender de cada caso concreto). 
PROVA o juiz ou tribunal é obrigado a fazer o controle? não é obrigado a fazer.
O juiz ou tribunal não são obrigados a realizar, mesmo que suscitado, ele não é obrigado a defender a tese do réu ou do autor, pode até criar um terceiro entendimento sobre o assunto.
Tanto o autor quanto o réu na ação podem suscitar, citar a inconstitucionalidade daquela pretensão, se fala em direito de defesa, mas isso não significa que apenas o réu tenha esse direito, ambos podem se defender. 
No controle difuso o objeto da causa NÃO é o controle, nunca será. Esse controle é aberto, ou seja, qualquer pessoa pode propor, diferente da concentrada que se trata de controle fechado, tendo em vista que, pessoas determinados podem entrar com ação, e não qualquer uma. 
Não há regra de matéria para se entrar com a ação, pode ser divórcio, trabalhista, ou seja, uma ação comum. Obtendo uma inconstitucionalidade o sujeito pode propor. É necessário uma caso concreto.
Efeitos dessa decisão (vários efeitos)
1 – efeito “inter partes” ou entre as partes – a sentença produzira efeitos entre as partes perante a qual foi deferida e tanto autor quanto réu pode propor uma ação de inconstitucionalidade,
2 – tem efeito “ex tunc” retroativo. Exemplo: um sujeito paga 3 parcelas de um imposto, mas decide propor uma ação por considera-la inconstitucional. Caso a decisão seja deferida para o autor ele irá receber de volta o que ele pagou indevidamente (tempo máximo 5 anos para retroagir). Quem recebeu o valor de volta foi aquele que encontrou com a ação, os demais casos deixaram de pagar em razão da súmula vinculante. 
3 – Há a possibilidade de que a decisão proferida em um caso concreto tenha a sua abrangência ampliada, passando a ser oponível contra todos, ou seja erga omnes. A constituição prevê que poderá o Senado Federal suspender a execução de lei (municipal, estadual ou federal), declarada inconstitucional por decisão definitiva do STF. Tal atribuição prevista no artigo 52, X, CF, permitirá, portanto, a ampliação dos efeitos da declaração de inconstitucionalidade originária de casos concretos (via difusa). A suspensão da execução será procedida por meio de resolução do Senado federal, que é provocado pelo STF, cujos efeitos vincularão a todos apenas após a publicação da resolução, é o efeito ex nunc, ou seja, irretroativo, pois será terceiros
Art. 52, X - Compete privativamente ao Senado Federal:
“Suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal”;
Suspender não é revogar. O STF da ciência ao senado federal, e o senado é quem define se vai suspender integralmente ou parcialmente a lei, ele não é obrigado, se fizer irá suspender a executariedade. PROVA
4 – “erga omnes”. Suspende a executariedade, tem efeito “ex nunc” – nunca retroage. Enquanto o autor da ação receberá parcelas indevidas do tributo “ex nunc”, a empresa “x” terá efeito futuro, caso entre com uma ação só receberá no máximo as últimas 5 parcelas indevidas. 
A tendência é que esse tema levado ao STF e posteriormente ao senado federal seja objeto de súmula vinculante, que valerá para todos. Quando ocorre demandas consecutivas, repetitivas de ações ocorre uma mutação constitucional, é estabelecido um tema, que vai receber uma numeração, quando julgar esse tema, esse tema será aplicado para todos os processos. Se aplicar como inconstitucional para um, será para todos, se torna vinculando para todos os demais casos. 
PRINCIPIO DA CLAUSULA DE RESERVA DE PLENÁRIO – é um princípio que vai exigir que as cláusulas de controle de inconstitucionalidade difuso ou concreto, sejam declaradas pelo plenário, isso causa segurança jurídica. Todas as vezes que a declaração for feita por tribunal deve ser por maioria absoluta. Ao ser declarada a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, esta deve ser feita através da maioria absoluta da totalidade dos membros do tribunal, sob pena de nulidade da decisão
Art. 97. CF Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público.
b) Jurisdição constitucional concentrada ou fechado art. 102, I, a CF =
 art. 103, § 2º CF =
 art. 34, VII c.c 36, II CF expresso 
 art. 102, § 1º CF =
 art. 105, § 2º CF
Surgiu no Brasil através da EC n°16, que atribuiu ao STF competência para processar e julgar originariamente a representação de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual, apresentada pelo procurador-geral da República. Através desse modelo de controle, é feita a declaração de inconstitucionalidade da lei ou do ato normativo objetivando alcançar a invalidação da lei para firmar a segurança das relações jurídicas.
Não se discuti nenhum interesse subjetivo, por não haver partes (autor e réu) envolvidas no processo. Logo, ao contrário do sistema difuso, o sistema concentrado possui natureza objetiva, com interesse maior de propor alguma espécie de controle para discutir se uma lei é ou não inconstitucional e na manutenção da supremacia constitucional.
São várias as espécies de controle para de impetrar contra uma lei que seja interpretada como inconstitucional, são elas: ações diretas de inconstitucionalidade, que podem ser genérica, interventiva e por omissão; ação declaratória de constitucionalidade e arguição de descumprimento de preceito fundamental. 
É um controle fechado, pois há uma lista rol de legitimados para esse controle menor, não é qualquer pessoa que possui legitimidade para propor essa ação de controle. É chamado de concentrado em tese ou abstrato, pois não haverá uma lide propriamente dita, nos moldes comuns do dia-a-dia. O autor irá dizer, indicar a inconstitucionalidade da norma, não há fatos, pretensão resistida. 
Quem é que realiza esse controle? Não atuam juntos.
STF (art. 102, I, a/ art. 103, § 2º/ art. 34, VII c.c art 36, III. Art. 102, § 1º) - leis federais e estaduais cuja a constitucionalidade será verificada em parâmetro com a CF. 
Órgãos especiais dos tribunais de justiça (art. 125, § 2º CF) dos estados. As pessoas que poderão adentrar com a ação deverão estar descritas na constituição do estado, vedada dar a uma só pessoa. Leis estaduais e municipais, o parâmetroé a constituição do respectivo estado.
STF
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
· Quem poderá ingressar com a ação? Art. 103 – não trata os legitimidades de forma igual, recém tratamentos diferentes, haverá legitimados universais e especiais PROVA – Art. 103 CF
Regra geral: Universais - dispensados de fazer prova de interesse na ação, pois na verdade o interesse dessas pessoas é inerente ao exercícios das suas funções, o interesse é inato – ex. presidente da república, é inato da função presidencial se manter uma jurisdição rígida e constitucional. 
Art. 103 Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: 
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal; 
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
VI - o Procurador-Geral da República; - cargo de maior expressão 
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
Exceção: Especiais - precisam fazer prova de interesse e nessa ação chama-se pertinência temática, precisa fazer a demonstração do seu interesse de ver a verificação da constitucionalidade a ter uma adesão do exercício da sua função (sou governador do estado, me interessa proteger o estado) 
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
i. Ação direta de inconstitucionalidade (ADIN ou ADI) 
Tem como princípio fundamental propor a inconstitucionalidade de uma lei, diferente do controle difuso, onde está inconstitucionalidade é aplicada a um caso específico.
LEGITIMADOS ATIVOS (autor) – art. 103 CF 
Os especiais tem que fazer prova de interesse, o assunto deve ser interesse que toca a entidade de classes; já os universais não precisam, o interesse é inerente ao cargo (ex. presidente). 
Art. 103 Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade: 
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; 
V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
 
- Além do autor tem a participação do advogado geral da união – não posse considerar o advogado geral da união como uma parte, ele tem uma função constitucional na ação direta de inconstitucionalidade, ele é citado para defender o ato ou texto. Para haver um equilíbrio chama-se o advogado da união. A obrigação em si que existe é uma obrigação de que ele seja citado para se for o caso defender o ato ou texto impugnado, pode chegar e dizer que a inconstitucionalidade é chapada, ou seja, nítida. Ele é citado 
Art. 103, §3, CF - Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.
- Participação do procurador geral da república – é a expressão máxima do Ministério público federal. Nesse caso ele é ouvido, pois tem como função a manutenção da ordem pública. 
Art. 103, §1º, CF - O Procurador-Geral da República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.
OBJETOS DA ADIN: O controle de constitucionalidade só é possível a partir de 05/10/1988 – todos os atos que foram feitos após essa data poderão ser objeto – o antes é uma questão de recepção e adequação. Todos citados no artigo 59 podem ser objeto de adim.
 
Art. 59 CF processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias (art. 62 - não é lei, mas tem força de lei, sendo assim pode ser objeto durante seu período de eficácia, se entrou e ela foi rejeitada perdeu objeto, entrou perdeu eficácia com decurso do tempo, perdeu objeto se a medida foi convertida em lei se comunica a conversão)
VI - decretos legislativos; (art. 84, VI - chamado decreto autônomo poderá ser objeto). 
VII - resoluções.
Os tratados internacionais – quando o CN aprova esse tratado ele vai entrar na ordem jurídica com status de lei ordinária (art.49, I), a lei ordinária ou se aprovado como disposto no art. 5º, §3º é emenda constitucional ambos estão inclusos no rol do artigo 59. 
NÃO SERÁ OBJETO DE ADIM 
- lei revogada 
- Medida provisória (perdeu eficácia ou foi rejeitada)
- sumula vinculante (art. 103, A - O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei). 
- sumulas em geral – anteriores ao art. 103, A
- parecer da justiça eleitoral – esses pareceres é fruto de trabalho de interpretação 
- decreto regulamentador 
- O STF pode declarar uma procedência parcial ou total (totalmente inconstitucional)
Princípio da parcelaridade – significa que o STF pode considerar inconstitucional um artigo, um inciso, uma linha, um parágrafo, uma palavra, não há limitação. Pode declarar inconstitucionalidade sem declaração de nulidade, ou seja, pode dar interpretação conforme (para que permanece na ordem jurídica deverá ser interpretado dessa forma, mantem-se o texto, indica como deverá ser interpretado).
Princípio da reversa do plenário - apenas pela maioria absoluta dos membros do pleno do tribunal competente, poderá ser declarada a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do poder público.
EFEITOS – retira de uma lei ou ato normativo da ordem jurídica se ofensiva a constituição federal. Toda lei inconstitucional gera efeito nulo. E em regra geral produz efeitos “ex tunc” e “erga omnes”.
Art. 27 da lei 9.868/99 - o declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o STF, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
Esse artigo traz as modulações de efeitos: segurança jurídica e interesse social. Efeito “ex nunc” (apenas efeito futuro). Possibilidade do STF, alterar a regra geral, estabelecendo o momento em que a declaração vai surtir efeitos na ordem jurídica, efeito “ex nunc” ou regra geral “ex tunc” sempre efeito “erga omnes”.
Efeito ambivalente – se for declarada procedente haverá a declaração de inconstitucionalidade, ou seja, a ação atingiu a sua finalidade; se for declarada improcedente haverá a declaração de constitucionalidade. 
Art. 102, § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. 
Haverá um efeito vinculante – quando se fala ao demais órgão quer dizer que o STF não se vincula a suas decisões, todos estão vinculados, menoso STF. A justificativa para isso é se evitar um movimento de fossilização, engessamento do STF, ficasse impedido de julgar e etc. Os órgão do executivos todos se vinculam. 
Art. 102, I, l - a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;
PROVA – O STF prevê a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões. Se houver desobediencia poderá realizar a reclamação, para garantiar que a decição será acatada. Reclamação não é recurso e não se destina a examinar o ato impugnado em vista a repudiá-lopor alguma invalidadeprocessual-formal ou corrigi-lo por erros em face da lei ou da jurisprudencia. 
EXERCÍCIO PARA PROVA
1. Sobre o controle concentrado de constitucionalidade liste os possiveis objetos de uma adin.
Lei ou ato normativos produzidos posteriormente a constituição de 88.
O que se busca neste tipo de ação é a lei ou ato normativo que se mostrarem incompatíveis com o sistema, ou seja, a invalidação da lei ou ato normativo pelo Poder Judiciário. 
Entende-se por leis todas as espécies normativas definidas na CF/88 no artigo 59, sendo: emendas constitucionais, leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas, medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções, bem como os tratados internacionais.
Os tratados internacionais incorporados no ordenamento jurídico são celebrados pelo Presidente da República. Para serem incorporados ao ordenamento jurídico nacional, dependem de referendo do Congresso Nacional, via decreto-legislativo aprovado por maioria simples e promulgado pelo presidente do Senado (art. 49, I, da CF), e, por fim, de promulgação e publicação por decreto do Presidente da República (é o decreto presidencial que dá força executiva ao tratado). O tratado internacional incorporado no ordenamento jurídico tem força de lei ordinária.
Os atos normativos compreende-se em resoluções administrativas dos Tribunais, atos estatais de conteúdo derrogatório, as resoluções administrativas, desde que incidam sobre atos de caráter normativo.
Cumpre ressaltar que segundo o STF só podem ser objeto de controle perante o Excelso Pretório (STF) leis e atos normativos federais ou estaduais.
Se as medidas provisórias forem convertidas em lei, ou perderem a sua eficácia, a ADIN será prejudicada pela perda do objeto.
É relevante lembrar que os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por 3/5 dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes ás emendas constitucionais (art. 5º, §3º da CF).
Os Regimentos Internos dos Tribunais podem ser objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), pois são normas estaduais, genéricas e autônomas, inclusive as Resoluções administrativas dos Tribunais, inclusive dos Tribunais Regionais do Trabalho, salvo as convenções coletivas de Trabalho.
Cumpre Esclarecer que o Distrito Federal acumula a competência dos Estados e Municípios, assim se tratar de matéria estadual será objeto de Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN), mas se tratar de matéria municipal, não será objeto de ADIN.
2. Sobre a legtimação ativa para solicitar controle concentrado de constitucionalidade apresente os legitimados ativos para ADIN, especifique as duas categorias e estabeleça as distinções entre elas. 
Os legitimados para a propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade genérica visando o questionamento da constitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual contestados em face da própria Constituição Federal são aqueles definidos no artigo 103, incisos I a IX da Constituição Federal, a saber:
a) o Presidente da República; b) a Mesa do Senado Federal; c) a Mesa da Câmara dos Deputados; d) a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; e) o Governador de Estado ou do Distrito Federal; f) o Procurador-Geral da República; g) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; h) partido político com representação no Congresso Nacional; i) confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
A jurisprudência do Supremo Tribunal Federal classifica os legitimados para a propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade em legitimados universais e legitimados interessados ou especiais
Como legitimados universais: a) Presidente da República; b) a Mesa do Senado Federal; c) a Mesa da Câmara dos Deputados, d) o Procurador-Geral da República; e) o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil; f) partido político com representação no Congresso Nacional.
Os legitimados universais tem legitimação ativa universal, ou seja, não precisam demonstrar pertinência temática ao que será a questão da Ação Direta de Inconstitucionalidade.
Como legitimados interessados ou especiais – a) Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal, b) o Governador de Estado ou do Distrito Federal, c) confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
Os legitimados interessados ou especiais de acordo com o Supremo Tribunal Federal, devem, devem demonstrar interesse na propositura da ação relacionado à sua finalidade institucional.
Cumpre Ressaltar que a Mesa do Congresso Nacional (artigo 57§5º da CF/88) não tem legitimidade para a propositura da Ação Direta de Inconstitucionalidade.
3. Qual é a finalidade da Ação Declaratótia de constitucionalidade? EXPLIQUE
Busca-se por meio desta ação declarar a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. Transforma em absoluta a presunção relativa de constitucionalidade de leis ou atos normativos federais – caso seja julgado procedente
4. Faça um quadro estabelecendo as diferenças existentes entre controle difuso de constitucionalidade e controle concentrado. 
5. Apresente todos os efeitos de uma ADIN
Regra geral: possui efeito erga omnes e “ex tunt”, efeito retroativo ou retro operante – o controle fechado o efeito é pra todo mundo
Exceção: modulação de efeitos, atendidas as condições legais, 2/3 em razão de insegurança jurídica poderá mudar o efeito para “ex nunca” não retroage. 
Efeito ambivalente: retirada na norma da ordem jurídica resguardada os efeitos, julgada improcedente declara-se a constitucionalidade do ato jurídico. 
A ação direta de inconstitucionalidade tem caráter dúplice, pois conforme estabelece o artigo 24 da Lei 9.868/99, proclamada a constitucionalidade, julgar-se-á improcedente a ação direta a ação direta ou procedente eventual ação declaratória e, no mesmo passo, proclamada a inconstitucionalidade, julgar-se-á procedente a ação direta ou improcedente eventual ação declaratória.
A decisão no controle concentrado produzirá efeitos contra todos (erga omnes), e também efeito retroativo, ex tunc, retirando do ordenamento jurídico o ato normativo ou lei incompatível com a Constituição. Trata-se, portanto de ato nulo.
“As decisões definitivas de mérito proferidas pelo Supremo Tribunal Federal nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal” (art. 102, §2º da CF).
6. Indique e explique os tipos de inconstitucionalidade que podem estar contidos na ordem juridica. 
a) Inconstitucionalidade por ação x por omissão
A primeira dessas duas formas de inconstitucionalidade se apresenta por meio de uma conduta positiva do Poder Público. Ocorre com a edição de uma lei ou resolução, por exemplo, que afrontem a sistemática constitucional.
A segunda advém, por seu turno, de uma abstenção. O Poder Púbico, no momento em que deveria agir, silencia. Ocorre em face das normas de eficácia limitada, ou seja, aquelas cuja força normativa depende da edição de ato infraconstitucional. Para sanar tal inconstitucionalidade há a Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão.
b) Inconstitucionalidade material x formal
A material se apresenta quando a violaçãoé ao conteúdo da Constituição. Uma norma que, por exemplo, permitisse a exploração do trabalho em condições próximas à degradante seria materialmente inconstitucional por afronta ao conteúdo de um dos fundamentos da República, qual seja o valor social do trabalho. Tal inconstitucionalidade persistiria mesmo que a norma seguisse todas as etapas formais do processo legislativo – o conteúdo está incorreto, o assunto não é possível, não se pode legislar sobre ele. 
Já a inconstitucionalidade formal se configura quando algum dos requisitos procedimentais da elaboração normativa é desrespeitado, seja a competência para disciplinar a matéria, seja um quórum específico ou mesmo um pressuposto objetivo para editar o ato normativo. Um exemplo é o pressuposto de relevância e urgência da Medida Provisória, constantemente desrespeitado hodiernamente ou município legislando sobre a questão de energia nuclear que é matéria da União – pode se legislar no Brasil sobre o assunto, no entanto está incorreto quem legislou. Há a inconstitucionalidade formal orgânica e propriamente dita (subjetiva e objetiva). 
7. Explique o controle prévio e repressivo exercido pelos poderes da República
- Controle prévio 
Executivo: veto jurídico – institucionalidade do projeto 
Legislativos – pareceres das comissões de constituição e justiça
Judiciário – mandado de segurança 
- Repressivo 
Executivo – decreto autônomo (determinando à administração o não cumprimento da lei) 
Legislativo – sustar os atos (art. 49 A)
Judiciário – controle misto, contém a jurisdição difusa e concentrada 
O controle preventivo é o controle realizado durante o processo legislativo de formação do ato normativo.
No momento de um projeto de lei a ser apresentado, a quem der o início do processo legislativo, deve verificar a regularidade material do aludido projeto de lei.
O controle preventivo também é exercido pelos poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário.
O Controle de Constitucionalidade Repressivo ou Posterior será realizado sobre a lei, e não sobre o projeto de lei.
Os órgãos de controle irão verificar se a lei, ou ato normativo, possuem um vício formal produzido durante o processo de sua formação, ou se possuem um vício em seu conteúdo, qual seja um vício material.
Estes órgãos de controle poderão exercer os seguintes sistemas de controles, conforme adotado pelo Estado: a) político; b) jurisdicional; c) híbrido.
8. Explique porque não é cabivel o controle concentrado via ADIN de: súmula vinculante; lei revogada; leis e atos normativos anteriores a CF/88; medidade provisória rejeitada ou que perdeu a eficácia; pareceres do TSE; decreto regulamentador. 
Leis e atos normativos anteriores a CF/88 - O STF por meio de ADIN só vai fazer controle de leis ou atos normativos a apartir da CF/88, portanto, atos normativos produzidos anteriores a 5 de outubro de 1988 estão sujeitos ou a recepção (se compatível com a nova ordem constitucional) ou a revogação (incompatibilidade com a constituição vigente) – não faz controle de leis ou atos normativos de data anterior à constituição de 88. O STF tem admitido a modulação de efeitos em decisão que declara lei pré-constitucional não recepcionada.
Lei revogada – revogação é uma forma de retirada da lei da ordem juridica, não se tem interesse de fazer apreciação para se declarar inconstitucionalidade de lei que já não existe mais. Os atos normativos revogados ou de eficácia exaurida, conforme o STF, têm valor meramente histórico, portanto não são objetos de ADI.
Medida provisória – MP pode ser convertida em LO (art. 59 CF – sumula de controle). Ela pode ser revogada ou perder eficácia, será produzido um decreto legislativo que vai dizer como ficaram as relações a ela submetida (art. 59)
Pareceres do TSE – tem caráter opinativo (pareceres) 
Sumula vinculante (art.103) – STF não se vincula nunca “sempre será livre” a sumula sujeita-se a revisão e cancelamento. A súmula vinculante aprovada pelo STF e de observância obrigatória pelos órgão do judiciário e da administração pública direta e indireta não é marcada pela generalidade e abstração, como as leis. Logo, não admite o controle via ADI. Elas possuem procedimento próprio de revisão, regulado pela Lei nº 11.417/2006, distinto da ADI genérica, mas que inclui a possibilidade de seu cancelamento.
Os regulamentos e decretos regulamentares editados pelo poder executivo, em regra, também não podem ser objetos de ação direta de inconstitucionalidade. Estes são atos normativos secundários, sem autonomia jurídica, cujo fundamento de validade decorre da lei, não diretamente da Constituição. Assim, são submetidas a controle de legalidade, não de constitucionalidade. Exceção diz respeito ao decreto autônomo quando invade matéria reservada à lei, ferindo o princípio da reserva legal, decreto regulamentador inconstitucional na maioria das vezes inconstitucional é a lei. 
MATÉRIA EXAME
ii. Ação declaratória de constitucionalidade (ADECON)
STF: art. 102, I, a, CF/88. 
Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
Objetos: leis ou atos normativos federais pós 05/10/1988 – não faz controle sob normas anteriores a essa data. Sendo, porém, pressuposto para seu ajuizamento a demonstração, juntamente com a petição inicial, de comprovada controvérsia judicial que coloque em risco a presunção de constitucionalidade do ato normativo sob exame, a fim de permitir ao Supremo Tribunal Federal o conhecimento das alegações em favor e contra a constitucionalidade, bem como o modo pelo qual estão sendo decididas as causas que envolvem a matéria
Finalidade: transformar em absoluta a presunção relativa de constitucionalidade de leis ou atos normativos federais, em virtude de seus efeitos vinculantes – caso seja julgado procedente. Toda a lei nasce com uma presunção relativa de constitucionalidade, isso é necessário para que a lei entre na ordem jurídica, justamente por entrar com previsão relativa Há duas prevenções. Portanto, o objetivo primordial da ação declaratória de constitucionalidade é transferir ao STF a decisão sobre a constitucionalidade de um dispositivo legal que esteja sendo duramente atacado pelos juízes e tribunais inferiores, afastando-se o controle difuso da constitucionalidade. Uma vez que declarada a constitucionalidade da norma, o Judiciário e também o Executivo ficam vinculados à decisão proferida. No processo da ação declaratória de constitucionalidade, por visar à preservação da presunção de constitucionalidade do ato normativo que é seu objeto, não há razão para que o Advogado-Geral da União atue como curador dessa mesma presunção. Faz-se mister o parecer do Procurador-Geral da República, como órgão do Ministério Público como custos legis em sentido amplo. 
Procedimento: fixados, inicialmente, pelo STF e depois regulamentados pela Lei nº 9.868/99:
- adoção da disciplina da ação direta de inconstitucionalidade;
- necessidade de juntada da documentação relativa ao processo legislativo do ato normativo envolvido, se for alegado vício formal no processo legislativo;
- demonstração de controvérsia judicial que ponha em risco a presunção de constitucionalidade da lei ou do ato normativo federal;
- impossibilidade de desistência;
- impossibilidade de admissão de terceiros na relação processual, pela inexistência de sujeito passivo;
- desnecessidade da oitiva do Advogado-Geral da União;
- oitiva do Procurador-Geral da República, na qualidade de custos legis, no prazo de 15 dias;
- aplicação do quorum relativo à ação direta de inconstitucionalidade.
Condições de admissibilidade – vê ou não condição da ação ser recebida
Art. 14, Lei 9.868/99 
A petição inicial indicará:
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do pedido;
II - o pedido, com suas especificações;
III - a existênciade controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória.
Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato normativo questionado e dos documentos necessários para comprovar a procedência do pedido de declaração de constitucionalidade.
Art. 14, III – prova de existência de controvérsia judicial relevante sobre aplicação do dispositivo objeto de ação – controvérsia judicial: existe ação no controle difuso que está questionando a constitucionalidade de dispositivo da lei ou ato normativo federal buscando a declaração de sua inconstitucionalidade. A controvérsia se caracteriza com uma única ação no controle aberto, não se necessita de várias, se prova a existência dessa ação com a cópia do processo. 
Admite-se medida cautelar - ela suspende o processo de ação de controle difuso aberto até decisão final. Possibilidade pela via cautelar de interferência do controle aberto, suspendendo as açoes até decisão final, tem 45 das de ação. Aspectos sobre a concessão de medida liminar nas ações declaratórias de constitucionalidade:
- possibilidade do exercício do poder geral de cautela por parte do Supremo Tribunal Federal em sede de ação declaratória de constitucionalidade;
- liminar com efeitos erga omnes, ex nunc e vinculantes, havendo comunicação a todos os Tribunais Superiores, Tribunais Regionais Federais e Tribunais Estaduais;
- impossibilidade de, a partir da concessão da liminar, os demais órgãos do Poder Judiciário e o Poder Executivo deixarem de observar a lei ou ato normativo federal objeto de análise, por entendê-los inconstitucionais, em face dos efeitos vinculantes;
- utilização do instrumento da reclamação (CF, art. 102, inciso I, l) para garantir os efeitos vinculantes de liminar concedida pelo STF em ação declaratória de constitucionalidade.
PROVA: qual é a condição de admissibilidade da ADECON? É a prova de existência de controvérsia judicial relevante sobre aplicação do dispositivo da ação. 
Qual é a condição de admissibilidade da ADECON para o governador do estado de São Paulo? Para o legitimado especial é necessário primeiro provar que tem interesse depois provar controvérsia. 
Legitimados ativos: art. 103, CF - mesmos legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
I - o Presidente da República;
II - a Mesa do Senado Federal;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal; 
VI - o Procurador-Geral da República;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Universais: cujo o interesse é presumido, não precisa fazer prova de interesse na ação – faz prova apenas de existência de controvérsia. 
Especiais: precisam fazer prova de interesse (governador de estado e distrito federal; mesas do senado e câmara; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional) - tem que cumprir dupla prova de admissibilidade. 
Efeitos - se o STF concluir que a lei ou ato normativo federal é constitucional, então expressamente fará a declaração, julgando procedente a ação, que produzirá efeitos ex tunc, erga omnes e vinculantes a todos os órgãos do Poder Executivo e aos demais órgãos do Poder Judiciário. Da mesma forma, se considerar improcedente a ação, julgará a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo, com os mesmos efeitos.
a) Vinculante art. 102, §2º, CF – está vinculado, com exceção ao STF (para que não haja engessamento, possa realizar decisões), os demais órgãos. 
Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
§ 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal.
b) Dúplice ambivalente - ADECON
Julgada procedente – declarou a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal – permanece na ordem jurídica de forma qualificada, pois a sua constitucionalidade é absoluta, ou seja, não vai mais poder questionar essa lei, dispositivo que foi objeto, pois esta revestida pela constitucionalidade absoluta. Não cabe nem ação rescisória. 
Julgada improcedente – declarou a inconstitucionalidade da lei ou ato normativo federal. A lei federal sai da ordem jurídica, pois não conseguiu reverter essa presunção em absoluto, 
c) Art. 27, LEI 9.868/99 - Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado.
Isso é cabível no julgamento de sentença da ação quando improcedente, ocorre a modulação de efeitos, por motivo de insegurança jurídica ou interesse da sociedade, efeito “erga omnes”, em regra geral o efeito é “ex tunc”, mas em razão do artigo 27, se seguido as exigências, terá uma inversão efeito “ex nunc”. Tem alguns autores que aplicam esse artigo também no caso de procedência, mas não é considerado correto. 
INCOSNTITUCIONALIDADE POR AÇÃO E POR OMISSÃO
No Brasil há duas inconstitucionalidades, a ação alguém agiu, produção de uma norma inconstitucional, produz efeitos nulos no mundo jurídico. Na omissão a norma não foi produzida, há um vazio dentro da ordem jurídica. 
Temos normas de eficácia limitada, justamente por haver isso, pode acontecer essa inconstitucionalidade de omissão, pois essa norma produz eficácia mediata não plena, as vezes o que está causando essa eficácia não plena é ausência de uma norma ou ato normativo. 
No controle concentrado haverá a ação direta de inconstitucionalidade por omissão (ADO). No controle aberto ou difuso o que terá é o mandado de injunção (MI). 
iii. Ação direta de inconstitucionalidade interventiva 
Art. 34, VII c.c Art. 36, III C.F
Princípios sensíveis – é muito específica: porque ofende ao Art. 34, VII !!!
Art. 34, VII CC = princípio de não intervenção da União e de intervenção do Estado. 
São denominados princípios sensíveis constitucionais, pois sua inobservância pelos Estados-membros ou Distrito Federal no exercício de suas competências legislativas, administrativas ou tributárias pode acarretar a sanção politicamente mais grave existente em um Estado Federal, a intervenção na autonomia política.
Assim, qualquer lei ou ato normativo do Poder Público, no exercício de sua competência constitucionalmente deferida que venha a violar um dos princípios sensíveis constitucionais, será passível de controle concentrado de constitucionalidade, pela via da ação interventiva.
Nessa hipótese, porém, a chamada intervenção normativa dependerá de provimento pelo Supremo Tribunal Federal, da ação direta de inconstitucionalidade interventiva, proposta pelo Procurador-Geral da República, que detém legitimação exclusiva.
“Art. 34. A União não intervirá nos Estados nem no Distrito Federal, exceto para: VII - assegurar a observância dos seguintes princípios constitucionais:
a) forma republicana, sistema representativo e regime democrático;
b) direitos da pessoa humana;
c) autonomia municipal;
d) prestação de contas da administração pública, direta e indireta.
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino e nas açõese serviços públicos de saúde.”
Como que o 34, VII pode ser ofendido: 
1- No momento que o estado se organiza criando sua própria constituição; 
Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
a) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal;
Art. 36, III CF 
“Art. 36. A decretação da intervenção dependerá: III - de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do Procurador-Geral da República, na hipótese do art. 34, VII, e no caso de recusa à execução de lei federal.” 
Legitimado (titular) = Procurador Geral da República (somente ele). Aqui não tem que discutir se é universal ou não.
PROVA: Natureza = declaratória (que declara sempre) /constitutiva (no STF esse provimento vai constituir o presidente a promover a intervenção sobre o Estado ou sobre o DF)
PROVA: Intervenção = é obrigatória? Não. Não é necessário se a simples declaração for suficiente para devolver o quadro federativo ao seu estado como estava antes disso. A decretação da intervenção federal será sempre realizada pelo Presidente da República (CF, art. 84, X), porém na presente hipótese dependerá de requisição do STF, cujo Decreto se limitará a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da normalidade. Caso não seja suficiente, será decretada a intervenção, rompendo-se momentaneamente com a autonomia do Estado-membro. 
O Procurador-Geral, no exercício de suas atribuições e com base na independência funcional do Ministério Público, não está obrigado nem poderá ser compelido a ajuizar, perante o Supremo Tribunal Federal, a citada ação, tornando-se perfeitamente lícito ao PGR determinar o arquivamento de qualquer representação que lhe tenha sido dirigida. O PGR atua discricionariamente 
Efeito dúplice ambivalente sempre vai ter na ADI - A ação direta interventiva possui dupla finalidade, pois pretende a declaração de inconstitucionalidade formal ou material da lei ou ato normativo estadual (finalidade jurídica) e a decretação de intervenção federal no Estado-membro ou Distrito Federal (finalidade política), constituindo-se, pois, um controle direto, para fins concretos, o que torna inviável a concessão de liminar
PROVA: Estado membro e DF: estão sujeitos tanto a ADI genérica (seja porque praticaram uma inconstitucionalidade formal, formal orgânica, material, propriamente dita, vício formal propriamente dito objetivo...) quanto ADI interventiva (essa só acontece se houver ofensa aos princípios do 34, VII, CF – por isso é muito específica).
iv. Ação direta de inconstitucionalidade por omissão – ADO
Finalidade: a CF prevê que, declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em 30 dias.
O objetivo pretendido foi conceder plena eficácia às normas constitucionais, que dependessem de complementação infraconstitucional.
Assim, tem cabimento a presente ação, quando o poder público se abstém de um dever que a Constituição lhe atribuiu, ou seja, a incompatibilidade entre a conduta positiva exigida pela constituição e a conduta negativa do Poder Público omisso configura-se inconstitucionalidade por omissão. Esta omissão poderá ser absoluta (total) ou relativa (parcial), pois “a total ausência de normas, como também a omissão parcial, na hipótese de cumprimento imperfeito ou insatisfatório de dever constitucional de legislar”. O que se pretende é preencher as lacunas inconstitucionais, para que todas as normas constitucionais obtenham eficácia plena
Objeto: As hipóteses de ajuizamento da presente ação não decorrem de qualquer espécie de omissão do Poder Público, mas em relação às normas constitucionais de eficácia limitada de princípio institutivo e de caráter impositivo, em que a constituição investe o Legislador na obrigação de expedir comandos normativos. Além disso, as normas programáticas vinculadas ao princípio da legalidade, por dependerem de atuação normativa ulterior para garantir sua aplicabilidade, são suscetíveis de ação direta de inconstitucionalidade por omissão.
1- Onde a norma necessária a tomar o dispositivo efetivo não foi produzida, ou foi parcialmente produzida. Só existe por um motivo: porque tem dentro da CF normas de eficácia limitada. Se não tivesse norma de eficácia limitada não teria ação direta de constitucionalidade. 
2- Conceito de norma de eficácia limitada: aquela norma que possui eficácia, mas é mediata. Portanto, para alcançar a sua máxima efetividade, ela depende de uma produção normativa infraconstitucional, também chamada de produção ulterior. Se contrariada causará uma inconstitucionalidade. 
“Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.” Não dá para contrariar isso! desde logo ela possui uma mínima eficácia, e impede que seus dispositivos sejam contrariados. Não é que ela não tem eficácia. 
3- Omissão total (não há norma integradora produzida) /parcial (norma integradora que não contempla tudo). Exemplo: total - a lei de diretrizes de base da educação não ser produzida - ou parcial - art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram. 
PROVA: 4*- M.I. = Mandado de Injunção = CONTROLE DIFUSO – Art. 5º, LXXI, CF:
Ferramenta do controle difuso para combater a omissão, porem possui um limitador art. 5º LXXI, CF, pode ser proposto por qualquer pessoa física, jurídica ou coletividade.
“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania;”
Legitimados (titular): art. 103, CF - São legitimados para a propositura da ação direta de inconstitucionalidade por omissão: universais (Presidente da República, o Procurador-Geral da República, partidos políticos com representação no Congresso Nacional, Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil) cujo o interesse é presumido, não precisa fazer prova de interesse na ação – faz prova apenas de existência de controvérsia e especiais que precisam fazer prova de interesse (governador de estado e distrito federal; mesas do senado e câmara; confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional) - tem que cumprir dupla prova de admissibilidade. 
Importante salientar que inexiste prazo para a propositura da presente ação, havendo porém necessidade de aferir-se caso a caso a existência do transcurso de tempo razoável, que já houvesse permitido a edição da norma faltante. Não é obrigatória a oitiva do Advogado-Geral da União, nas ações diretas de inconstitucionalidade por omissão, uma vez que inexiste ato impugnado a ser defendido, porém, a Lei nº 12.063/09 trouxe importante novidade, pois a critério do relator poderá se manifestar. O Procurador-Geral da República, porém, sempre deverá se manifestar, no prazo de 15 dias, após o decurso do prazo para informações
Natureza: a natureza da decisão nas ações diretas de inconstitucionalidade por omissão tem caráter obrigatório ou mandamental,pois o que se pretende constitucionalmente é a obtenção de uma ordem judicial dirigida a outro órgão do Estado.
Efeitos da ADO
Órgão administrativo: art. 103 § 2º Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta dias
- Art. 12 da Lei 9.868/99 - trouxe importante novidade no procedimento das ações diretas de inconstitucionalidade por omissão, prevendo a possibilidade – em caso de excepcional urgência e relevância da matéria –, de concessão da medida cautelar pela maioria absoluta dos membros do Supremo Tribunal Federal, após a audiência, no prazo de 5 dias, dos órgãos ou autoridades responsáveis pela omissão inconstitucional e, se o relator entender indispensável, no prazo de 3 dias, a oitiva do Procurador-Geral da República. A concessão da medida cautelar, que deverá ser publicada em seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União, poderá consistir em: suspensão da aplicação da lei ou do ato normativo questionado, somente em se tratando de hipótese de omissão parcial; suspensão de processos judiciais ou de procedimentos administrativos; quaisquer outras providências a serem fixadas pelo STF.
Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar definitivamente a ação.
v. Ações de arguição de descumprimento de preceito fundamental
Tem origem numa ação ou omissão do poder. 
Usar para caso de ameaça, portanto, preventivamente. 
Art. 102, §1º, CF - (norma de Eficácia limitada). 
Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: 
§ 1.º A arguição de descumprimento de preceito fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal Federal, na forma da lei. 
Regulamento Lei 9.882/99
Preceito Fundamental = Art. 1º até 4º da CF; 5º, 6º, 7º, 12, 14, 15 (...). a partir daqui vai buscando mais preceitos ao longo da Constituição. Sim, são considerados preceitos fundamentais. São ditos fundamentais e sociais, são proteções, garantias. Normas de eficácia plena. 
Legitimados = Art. 2º da Lei 9.882/99: 
Art. 2º Podem propor argüição de descumprimento de preceito fundamental:
I - os legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade;
II - (VETADO) = que dizia que qualquer pessoa lesada poderia ! 
Portanto, os mesmos legitimados do art. 103, CF, ou seja, o Presidente da República, a Mesa da Câmara dos Deputados, a Mesa do Senado Federal, as Mesas das Assembleias Legislativas, os Governadores de Estado, o Procurador-Geral da República, o Conselho Federal da OAB, partidos políticos com representação no Congresso Nacional e confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional; (continuam sendo divididos em universais e especiais)
Hipóteses de cabimento: a lei possibilita a arguição de descumprimento de preceito fundamental em três hipóteses – para evitar lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público; para reparar lesão a preceito fundamental resultante de ato do Poder Público e quando for relevante o fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição; ressalte-se que a arguição de descumprimento de preceito fundamental deverá ser proposta em face de atos do poder público já concretizados, não se prestando para a realização de controle preventivo desses atos. Igualmente, a arguição de descumprimento de preceito fundamental não será cabível contra Súmulas do STF. 
Objetos: tudo o que pode e o que não pode na ADIN, pode aqui na ADPF = Art. 59, CF
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I - emendas à Constituição;
II - leis complementares;
III - leis ordinárias;
IV - leis delegadas;
V - medidas provisórias;
VI - decretos legislativos;
VII - resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
Lei federal, estadual e municipal. Ato normativo. Processos judiciais. Processos administrativos (anteriores à CF/88)
Caráter residual/subsidiário = a lei expressamente veda a possibilidade de arguição de descumprimento de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade, ou seja, só vai poder ser utilizada quando não existe outro meio para combater este descumprimento. 
Concessão de medida liminar: por decisão da maioria absoluta de seus membros, o STF poderá deferir pedido de medida liminar, em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou, ainda, no recesso, quando a liminar poderá ser deferida pelo Ministro relator, ad referendum do Plenário. A liminar poderá consistir na determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processos ou os efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a matéria objeto da arguição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se decorrentes de coisa julgada
Efeitos da decisão: a decisão terá eficácia contra todos – erga omnes – e efeitos vinculantes relativamente aos demais órgãos do Poder Público, cabendo, inclusive, reclamação para garantia desses efeitos. Em relação à amplitude e efeitos temporais da decisão, a Lei nº 9.882/99 prevê, em seu art. 11, que ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de arguição de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido em arguição de descumprimento de preceito fundamental é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação rescisória.
USO DO HC
Efeitos:
-Vinculante:
 Art. 102, §2º, CF: Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe: § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal. 
-Dúplice Ambivalente;
-Erga omnes (é para todo mundo); 
-Ex Tunc (estado antes da lesão);
EXERCÍCIOS
1. (107) A omissão inconstitucional pode ser atacada por meio de:
a) representação de inconstitucionalidade.
b) ação direta de inconstitucionalidade em face de ato normativo.
c) ação declaratória de constitucionalidade.
d) mandado de injunção. 
2. (109) Parecer normativo da Consultoria Geral da República, aprovado pelo Presidente da República,
a)   pode ser objeto de impugnação mediante ação direta de inconstitucionalidade.
b)  não pode ser objeto de ação direta de inconstitucionalidade, porque tem natureza administrativa.
c)   só pode ser objeto de controle de legalidade, não de constitucionalidade.
d)  só pode ser impugnado em controle difuso de constitucionalidade.
3. (110) A decisão proferida na Ação Direta de Inconstitucionalidade
a)   declara nula a norma impugnada, produzindo efeitos entre as partes (incorreta, pois é própria do direito difuso)
b)  produz efeitos ex tunc (incorreta - nem sempre é ex tunt, pois o efeito pode ser modulado) 
c)   produz efeitos vinculante e erga omnes (correta - efeito que sempre se evidencia)
d)  produz efeitos vinculante e ex nunc (incorreta

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