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RESUMO DIREITO INTERNACIONAL PUBLICO

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RESUMO DIREITO INTERNACIONAL PUBLICO
1) Fundamento: 
O fundamento do direito internacional público não se confunde com suas fontes. Enquanto estas buscam determinar de onde provem ou podem vim a provir às regras jurídicas internacionais, aquele estabelece os fatos que atribuem ao direito internacional obrigatoriedade no mundo jurídico. 
Para a corrente voluntarista, a obrigatoriedade do direito internacional decorre sempre do consentimento comum dos Estados. Esse consentimento estatal pode ainda provir além dos tratados, de uma vontade tácita ou ainda das normas do ordenamento jurídico interno. Defender o voluntarismo é permitir que os Estados possam a qualquer momento se desligar unilateralmente das normas jurídicas internacionais, sem que se possa falar em responsabilidade, nem, tampouco, em violação do direito internacional. 
A corrente objetivista aduz que a obrigatoriedade do direito internacional advém de princípios e normas superiores aos do ordenamento jurídico estatal. Tal doutrina se baseia em razões de ordem objetivista e tem como suporte e fundamento o direito natural, as teorias sociológicas do direito e normativismo jurídico. 
2) Fontes: 
A doutrina normalmente divide as fontes do Direito Internacional Público em materiais e formais:
· As fontes materiais não pertencem ao universo da Ciência do Direito propriamente, mas sim à Política do Direito, porquanto como leciona Miguel Reale, se referem ao exame do conjunto de fatores sociológicos, econômicos, ecológicos, psicológicos e culturais, que condiciona a decisão do poder no ato de edição e formalização das diversas fontes do Direito. 
Tais fontes determinam então o conteúdo (a matéria) da norma jurídica, podendo ter origens em necessidades sociais, econômicas, políticas, morais, culturais, religiosas etc. 
· Consideram-se fontes formais do direito os métodos ou processos de criação das normas jurídicas, as diversas técnicas que permitem considerar uma norma como pertencente ao mundo jurídico, vinculando os fatores para os quais se destinam. 
Denominam-se formais pelo fato de indicarem as formas pelas quais o direito pode desenvolver-se para atuar e se impor, disciplinando as relações jurídicas. 
Emanam sempre de uma autoridade que subordina a vontade dos súditos às suas deliberações. Tais fontes podem ser primárias, como a Constituição Estatal, e secundárias, como a Lei, os costumes e os princípios gerais de direito. 
A doutrina tradicional tem apontado que as fontes do Direito Internacional correspondem perfeitamente àquilo que se estipulou no citado dispositivo, sendo elas os tratados internacionais, o costume internacional e os princípios gerais do direito. 
3) Teoria dualista: 
Para os adeptos da corrente dualista, o Direito interno de cada Estado e o Direito Internacional são dois sistemas independentes e distintos, ou seja, constituem dois círculos que não se interceptam embora sejam igualmente válidos. 
As fontes e normas do Direito Internacional não têm, para os dualistas, qualquer influência sobre questões relativas ao âmbito do Direito interno e vice-versa, de sorte que entre ambos os ordenamentos jamais poderia haver conflitos. 
4) Teoria monista: 
Para a doutrina monista, a assinatura e ratificação de um tratado por um Estado significa a assunção de um compromisso jurídico, e se tal compromisso envolve direito e obrigações que podem ser exigidos no âmbito do Direito interno do Estado. O direito internacional e o direito interno formam, um conjunto, uma unidade jurídica, que não pode ser afastada em detrimento dos compromissos assumidos pelo Estado no âmbito internacional. 
Não há para os Monistas duas ordens jurídicas distintas, mas um só universo jurídico coordenando, regendo o conjunto das atividades sociais dos Estados, das Organizações Internacionais e dos indivíduos Na constituição federal Brasileira de 1988, não existe sequer uma clausula de reconhecimento ou aceitação do Direito Internacional pelo nosso direito interno. 
A única exceção na carta magna de 1988, diz respeito aos tratados internacionais de proteção dos direitos humanos, que por disposição expressa (art. 5º, § 2º), ingressam no ordenamento brasileiro com status de norma materialmente constitucional, podendo ser ainda formalmente constitucionais (art.5º, §3º). 
5) Sujeitos do Direito Internacional Público: 
O sujeito do direito internacional é uma entidade que goza de direitos e de deveres previstos pelo Direito Internacional e que tem capacidade de atuar na esfera internacional para exercê-los, ou seja, são todos aqueles entes ou entidades cujas condutas estão diretamente previstas pelo Direito Internacional Público e que tem possibilidade de atuar, direta ou indiretamente, no âmbito internacional. 
A doutrina o denomina Estado como sujeito originário ou sujeito primário da sociedade internacional. O Estado não pode ser confundido com Nação, já que esta necessita da unidade pelos mesmos elementos o que não é exigido na formação do Estado. 
Segundo a doutrina as Organizações Inter-estatais são entidades jurídicas constituídas por um acordo firmando entre os Estados e que possui personalidade jurídica própria. 
Elas são denominadas de sujeito secundária ou mediatas. 
Temos como exemplo de Organizações Internacionais a ONU, OIT, OEA, EU, MERCOSUL, etc. 
As Organizações não Governamentais, também conhecidas como “Ongs”, são atores internacionais, todavia, com personalidade jurídica de direito interno do Estado. Geralmente possui finalidade política, social ou técnica e sempre participam ativamente na sociedade internacional com questões referentes a Direitos Humanos e ao Meio Ambiente, como por exemplo, o Greenpeace. 
6) As organizações Internacionais, especialmente, a Organização das Nações Unidas (ONU); a Organização Mundial do Comércio (OMC) e o Mercosul, explicitando suas principais características, funcionamento, tratados constitutivos e órgãos de deliberação, neste último ponto, determinando se existem membros permanentes nesses órgãos deliberativos e quais são seus direitos. 
Com o surgimento da 2ª Guerra Mundial houve necessidade de manter a paz mundial e a segurança internacional, não apenas da Europa, mas de todos os continentes, mas em 1945, foi criada a Carta de São Francisco em 26.06.1945, com 111 artigos, além do Estatuto do Tribunal Internacional de Justiça e teve a Participação originariamente da ONU, com apenas 51 Estados que deveria ter como pressuposto ser amante da paz, hoje a ONU possui 193 membros. 
O Brasil foi um desses Estados, sendo beneficiado como o País convidado a fazer o discurso de abertura na Assembléia Geral. 
· Logo, o objetivo da ONU é manter a Paz e a Segurança Internacional, todavia cabe a ela outros objetivos tais como desenvolver relações de amizade entre as nações baseadas no respeito do princípio da igualdade de direitos e da autodeterminação dos povos, realizar a cooperação internacional, resolvendo os problemas internacionais de caráter econômico, social, cultural ou humanitário e ser um centro destinado a harmonizar a ação das nações para a consecução desses objetivos comuns. 
Órgãos que compõem a são:
Assembleia Geral;
Conselho de Segurança;
Secretariado;
Conselho Econômico Social;
Conselho de Tutela;
Tribunal Internacional de Justiça. 
Tendo a Assembléia Geral como seu principal órgão deliberativo da ONU, pois é constituído por todos os membros, sendo que cada membro tem o direito de um voto de cunho igualitário, podendo um membro está representado por até 05 representantes, no caso do Brasil pode representar o Presidente e Vice--Presidente da República, o Ministro da Relações Exteriores, Embaixadores e Cônsul. 
O Conselho de Segurança é o Principal Órgão da ONU, isto porque cabe a ele executar o principal objetivo da ONU que é Manter a Paz Mundial e a Segurança Internacional. 
Por mais que a Assembléia Geral tenha que discutir sobre a matéria, a Carta das Nações Unidas confere ao Conselho de Segurança a principal responsabilidade na manutenção da paz e da segurança internacionais.Além disso, o Conselho de Segurança é o único órgão com poderes decisórios sobre o assunto. 
O Conselho de Segurança é composto por 15 membros devidamente constituídos, desses 15 membros 05 são permanentes e 10 não permanentes. Os 05 membros permanentes são China, Reino Unido, EUA, França e Rússia. 
Os 10 membros não permanentes são eleitos por um período de 2 anos, sendo vedada e reeleição para o período subseqüente. Esses membros devem ser distribuídos de maneira geograficamente quantitativa, devendo ser da seguinte forma: 
5 membros do continente Africano/Asiático;
2 da América Latina; 2 da Europa Ocidental; 
1 membro da Europa Oriental (Leste Europeu). 
O Secretariado é o principal órgão administrativo por excelência da ONU. Este órgão é composto pelo Secretário-Geral e pelo pessoal exigido pela sua organização. O Secretário Geral é escolhido pela Assembléia Geral, mediante recomendação do Conselho de Segurança. Ele é o principal funcionário administrativo da ONU, possuindo um Mandato de 5 anos, renovável por mais 5 anos. 
O Conselho Econômico e Social é composto por 54 membros em sua Organização administrativa. Todos eles são eleitos pela Assembléia Geral por um período de 3 anos, permitida neste caso a reeleição. Cabe ressaltar que a renovação desses membros é anual. 
Em toda sessão ordinária da Assembléia Geral 1/3 dos membros é renovada. As decisões do Conselho Econômico e Social serão tomadas por maioria dos membros presentes e votantes. 
O Tribunal Internacional de Justiça é o principal órgão julgador da ONU. Ele começou a funcionar no ano de 1946 em Haia, Países Baixos. 
O Tribunal Internacional de Justiça é composto por 15 juízes, que são eleitos pela Assembléia Geral e pelo Conselho de Segurança para um mandato de nove anos, renovável por mais nove anos. A cada 3 anos ocorre a renovação de 1/3 dos seus membros. 
A Organização Mundial de Comércio: Foi criada em 1995 e a sede também é na cidade de Genebra. A OMC tem como foco regular o comércio internacional, incentivando os Estados a firmar acordos específicos. Além disso, ela fiscaliza e supervisiona o cumprimento de acordos. É o principal fórum para o comércio internacional. 
O seu princípio está baseado no livre comércio e na igualdade entre os Estados. 
Mercosul é a abreviação de Mercado Comum do Sul, um bloco econômico sul-americano formado oficialmente pelo Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai. O principal objetivo do Mercosul é garantir a construção de uma consolidação econômica, política e social entre os países-membros, colaborando para o aumento da qualidade de vida dos cidadãos que habitam os Estados que constituem o bloco. 
Como o próprio nome sugere, o Mercosul visa a definição de um mercado comum entre os governos pertencentes ao bloco e, para atingir esta meta, define algumas regras, como: 
Garantia da livre circulação de bens, serviços e produtos entre os países membros; 
Garantia da TEC (Tarifa Externa Comum) em negociações comerciais com Estados que não pertencem ao bloco econômico; 
Políticas macroeconômicas e setoriais nos estados-membros; 
Compromisso em fortalecer a integração entre todos os membros efetivos da organização. 
O bloco também tem objetivos sociais e de proteção à cidadania. Para isso, busca promover a valorização da diversidade de culturas dos seus países, além de melhorias em áreas como saúde e educação. 
Da mesma maneira, o Mercosul valoriza e implementa políticas que permitam a livre circulação de pessoas entre os países do bloco. O Mercosul foi criado a partir do Tratado de Assunção, assinado em 26 de março de 1991 pelos governos do Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai. Porém atualmente, o Mercosul é regido com base no Protocolo de Ouro Preto, firmado em 17 de dezembro de 1994 e em vigor desde dezembro de 1995. 
Todos os países da América do Sul estão ligados ao Mercosul, seja como membros efetivos ou como associados. A partir de 2012 os membros considerados como Estados Associados do bloco são: 
Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai (desde 26 de março de 1991).A Venezuela ingressou no bloco em 7 de dezembro de 2012, mas está suspensa desde 2016 por descumprir o Protocolo de Adesão e por desrespeitar a Cláusula Democrática do Bloco.

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