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Políticas educacionais para qualidade na educac

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Políticas educacionais para qualidade na educação, dimensões e indicadores Nesta unidade vamos estudar os indicadores e as dimensões das políticas educacionais para uma educação de qualidade. Para tanto, serão explorados e discutidos os conceitos das políticas públicas e a sua atuação em prol do bem comum. Utilizado em discursos e textos relacionados à educação, o termo “Políticas Educacionais” é abordado de diversas maneiras. Todavia, refere-se a uma realidade diversa e mais complexa do que imaginamos. Assim, antes de aprofundar o estudo, convém colocar algumas questões para reflexão. A primeira delas remete ao questionamento acerca de como a “política educacional” deve ser pensada: se de forma singular ou plural. A política educacional abarca as várias referências desenvolvidas no projeto da escola, que tem por objetivo observar a qualidade na educação. O aspecto cultural, o aspecto social, o componente de orientação, a importância da vida escolar, a relevância da documentação e da legislação, a questão da saúde, o componente familiar e a referência pedagógica devem estar alinhados à promoção de um ensino de qualidade. E o que realmente está inserido e sendo pensado dentro dessas políticas? Aparentemente, um elemento não tem relação com o outro. Como as atividades escolares contribuem para a absorção de conhecimento e cultura por parte do educando? Elas são necessárias para o seu desenvolvimento? O uso do termo “política”, no plural, não extingue a possibilidade de uma política real. Mas, a “política educacional” é realmente suportada pelas instituições e todos os seus atores, ou ela, vêm sendo terceirizada, através do estabelecimento de um conjunto de dispositivos externos? Pode-se dizer que a política educacional vem sendo suportada por todos os parceiros: tantos os seus atores principais, como as instituições que fomentam e contribuem para a prática da cidadania, abrindo o acesso aos direitos básicos garantidos aos indivíduos. Trata-se de uma intervenção programada, realizada em série, sem a obrigação de adaptação à realidade local. O que é notável, nesse contexto, é que, muitas vezes, os alunos são expostos a intervenções externas que não serão mais exploradas pela escola ou pelo professor em suas propostas pedagógicas.
2. Como se edifica a política educacional para qualidade na educação Política educacional é uma espécie de ciência política. Ela tem por incumbência trabalhar as dimensões e indicadores, perspectivas e dinâmicas desencadeadas pelas necessidades das políticas educacionais contemporâneas. Assim, é importante articular a política educacional com o contexto e a organização de cada sociedade em busca da qualidade para educação. A sua representação depende, em grande parte, da sociedade em que ela está inserida. Por se tratar de uma questão pública, precisa ser organizada por um grupo social, isto é, por uma comunidade em coletividade. Quando se fala em qualidade da educação, e sua organização no sistema da educação nacional, tem-se o aspecto plural e global dessa política e é justamente esse viés que precisa ser compreendido, discutido e avaliado. Quem discute e molda as políticas educacionais, além do governo e seus pares, são os educadores, os teóricos, os filósofos, os cientistas, as instituições, a comunidade em que a política será ou é aplicada, entre outros atores públicos e privados. O conjunto dessas políticas norteia o planejamento do sistema, o qual é executado pelos indivíduos que nele atuam em diferentes esferas e pontos de uma nação. Política é uma palavra de origem grega (politikó), que explica a condição de participação da pessoa, que é livre, nas decisões sobre os eixos norteadores da cidade. A palavra pública advém do latim (publica), e significa povo ou do povo. Política pública vem deliberar uma situação específica da política. Ela faz referência à participação do povo nas decisões da cidade, do estado. Para Michel Foucault, toda pessoa faz política e faz política todos os dias. O conceito de público tem sido muito discutido nas últimas décadas. Desde os anos 1990, vivemos um momento em que mudamos o público de lugar, como expõem muitos autores. O que por um longo período, entendíamos que deveria ser mantido e zelado pelo atendimento de atividades de interesse público era o Estado, passamos a ouvir um discurso que afirmava que o público era de responsabilidade da sociedade.
Vivemos em uma sociedade marcada por desigualdades, fadada por problemas que transcendem às diferenças e às desigualdades. Uma sociedade em que muitos indivíduos são preteridos de participação econômica, social, política e cultural. Porém, se a cultura de um povo é democrática e ele atua nas decisões políticas, é provável que sua política educacional respeite as sugestões e as aspirações da população em seus diferentes níveis econômicos, sociais, políticos e culturais. A escola que temos hoje, infelizmente, ainda carrega como prática e estrutura conceitos que podemos considerar secular, mantendo processos de relações individualizadas que promovem a exclusão, que questionam e que não está preparada para as diferenças e que leva, muitas vezes, ao fracasso escolar. É preciso refletir em todos os sentidos da educação, pensar e construir novas condições para mudar essa realidade, para dar acesso à população ao conjunto de saberes pertinentes ao núcleo escolar, sem distinção às diferenças. Assim, para orientar nosso trabalho, vamos compreender como funcionam as políticas públicas no geral e conhecer, aos poucos, as Políticas Públicas Educacionais para alavancar a qualidade na educação. Os autores Lowi e Azevedo, percebem os três tipos de políticas públicas: • políticas públicas redistributivas, que consistem em redistribuição de recursos, renda, equipamentos e serviços públicos, que pode acontecer através de programas públicos para atender a população em sua diversidade; • políticas públicas distributivas, que estão presentes nas ações cotidianas que todo e qualquer governo precisa fazer. Essas políticas públicas, dizem respeito à oferta de serviços públicos, materiais e equipamentos que atendem ao funcionamento da cidade, mas sempre é realizada de forma pontual de acordo com a demanda local; • políticas públicas regulatórias, que estão diretamente ligadas na elaboração das leis que autorizarão os governos perpetrarem, ou não, determinadas políticas públicas redistributiva ou distributiva. Se as políticas públicas redistributivas e distributivas fazem parte das ações do poder executivo, a política pública regulatória é parte efetiva do campo de ação do poder legislativo. Esses três tipos de políticas têm o intuito de corroborar para a construção das Políticas Públicas Educacionais, entre outras políticas. As políticas públicas educacionais estão ligadas a tudo o que um governo faz, projeta, idealiza ou deixa de cumprir em educação. Entretanto, educação é um conceito muito amplo para se tratar das políticas educacionais. Isso quer dizer que políticas educacionais têm um foco mais específico do desenvolvimento e regulação da educação que, em geral, se dedica às questões escolares. Podemos dizer que políticas públicas educacionais dizem respeito à educação escolar
O que podemos examinar aqui é um sistema educacional subordinado as aspirações da sociedade e que devem ser expressos por aqueles que formulam as políticas educacionais. Seus pressupostos são a universalização do acesso, a igualdade e a qualidade, que se faz presente através da legislação educacional. Assim, a regulamentação e a discussão de uma reforma na legislação educacional e nas políticas públicas que a abrange têm ganhado espaço de destaque na literatura educacional e nas rodas de intelectuais, com o debate sobre as políticaspúblicas para uma educação de qualidade, uma vez que, em grande parte dos países do mundo, vêm se implementando reformas no âmbito da organização do currículo, gestão e financiamento dos sistemas de ensino. Isto acontece devido às grandes mudanças ocorridas no âmbito econômico, social e político e que incluem processos como a globalização, as transformações no mundo do trabalho, da tecnologia, da comunicação e no mundo da informação, além das mudanças sociais que reconfiguram a realidade em todas as partes do mundo. O atendimento educacional é feito pelo poder público em todas as suas instâncias federativas (União, estados e municípios), sem contar com as instituições privadas que integram os respectivos sistemas de ensino. Quando falamos em políticas educacionais, tratamos do ambiente escolar como ambiente de ensino-aprendizagem. Um ambiente próprio para realização das atividades educacionais, um meio em que um grupo distinto de atores irá promover o processo educacional, delimitado por um sistema que é fruto de políticas públicas. A escola é esse espaço. Seus atores, que trabalham em comunidade, articulam partes distintas nesse sistema. São eles: alunos, professores, corpo de funcionários, pais e comunidade no entorno da escola e Estado. Esse espaço é definido pela política pública educacional, mesmo sabendo que educação vai além do ambiente escolar, pois cada núcleo social, frequentado pelo aluno, é lugar de aprendizado: família, escola, rua, espaço religioso, eventos culturais, entre outros. Todos eles influenciarão a dinâmica do viver, do ser, do conhecer, do fazer no processo de aprendizagem e descoberta do mundo. Porém, o espaço escolar traçado pelas políticas públicas educacionais, é o espaço formal para construção deste conjunto de saberes. Aqui, chegamos ao ponto em que este sistema irá pensar o formal e prospectar a qualidade de ensino. O espaço estruturado por indivíduos e bens materiais para construção e manutenção do processo ensino-aprendizagem deverão contar com as seguintes peças: espaço predial, contratação profissional (professores e corpo de funcionários), formação docente, trabalho de formação continuada do docente (qualificação), plano de carreira, valorização do profissional, matriz curricular, gestão escolar, avanços tecnológicos, entre outros aspectos e pontos importantes influenciados pela sociedade para o andamento desta instituição. Afinal, essas políticas precisam ser moldadas de acordo com o crescimento e evolução da sociedade, para atingir uma educação significativa e de qualidade. É por esses fatores que existe a necessidade em se discutir políticas públicas. Os governos devem transformar e reformular suas políticas de acordo com seu tempo, para que o sistema acompanhe, com mais naturalidade, as necessidades de uma sociedade para atuar na formação de seu cidadão. A escola que conhecemos hoje pode ser considerada “jovem”, isto é, não tem mais de 150 anos. Atualmente, apesar de ainda presenciarmos a desigualdade, a escola é espaço, segundo suas políticas, para todos os grupos sociais, garantido pelo Estado, disseminador da cultura comum e universal acumulada na experiência de cada indivíduo. Cabe ao Estado formular as políticas públicas que irão construir e nortear esse espaço escolar. O tempo todo, a cultura humana passa pelas mais profundas transformações. A revolução tecnológica, por exemplo, exige um conjunto significativo de novos saberes. Desta forma, cabe ao Estado, diante destas transformações, reformular suas políticas educacionais, para acompanhar essa transformação social. Diante da necessidade de pensar as tendências, perspectivas e dinâmicas desencadeadas nas políticas educacionais contemporâneas para melhoria da educação, o desafio se torna ainda mais complexo. 3. Políticas educacionais: perspectivas para qualidade na educação Até o momento, constatamos que a educação, como direito à cidadania e ao bem social, é de responsabilidade do poder público e que cabe à sociedade exercer fiscalização sobre a oferta de educação em todos os seus níveis e modalidades. Da mesma maneira, a direção da política educacional gerenciada pelo Estado tem de tomar o rumo da garantia da igualdade, tanto de condições quanto de oportu- nidades e de concreta democratização do espaço escolar. Partindo desses pressupostos, podemos refletir sobre qual a forma de aparelha- mento da educação que realmente nos leva à realização da democratização educa- cional e da sua qualidade. Alguns fatos devem ser considerados: apesar de termos todo empenho que possa parecer, ao avaliar e planejar o sistema educacional, ofertando ensino de diversos níveis e modalidades, o nosso atendimento educacional é muito falho e precário. Através de diferentes instrumentos, governos e sociedade, auxiliados por diferentes instituições e critérios, têm se avaliado a educação e o sistema de ensino O que podemos verificar é que, ainda nos dias de hoje, permanece o analfabetismo, mesmo que funcional. Presenciamos, também, que nem todas as crianças de 7 a 14 anos estão na escola: o atendimento da educação infantil é baixíssimo; o do ensino médio não chega nem à metade dos jovens em idade própria; e, quanto à educação especial, ainda não temos estatísticas suficientes de quantos alunos deveriam ser atendidos. O ensino superior, em paridade com o Estado, é atendido, principalmente, em escolas privadas, dependendo da região do país. Ainda há muito que pensar e discutir para promoção de políticas públicas educacionais que alcance as necessidades de crescimento no país e a qualidade pretendida para a educação. Convivemos, ainda, com altos índices de reprovação e evasão, tanto por causas extraescolares como intraescolares. Os salários dos profissionais da educação são baixos e as condições materiais e físicas das escolas deixam a desejar. Os cursos de capacitação continuada e cursos de formação para docência ainda não atingem o número suficiente de profissionais. Aprofundando nos problemas, diversos estudiosos concluíram que, no Brasil, desde a década de 1970, existem problemas com a instauração de um sistema nacional de educação. Não existe um sistema nacional onde se possa garantir o conjunto das escolas, níveis e modalidades onde se possa obter uma “unidade na diversidade”. De forma geral, as análises sobre as políticas públicas para os diferentes níveis e modalidades de ensino no Brasil têm mostrado a coerência dessas políticas em âmbito interno na busca de uma nova ordem da educação. 4. O impacto da diversidade e fragmentação na qualidade da educação O governo privilegiou aos municípios a oferta da educação básica, mas manteve seus próprios projetos de presença junto aos municípios e às unidades escolares, como a Alfabetização Solidária, Programa de Alfabetização na Idade Certa, Programa de Dinheiro Direto da Escola (PDDE). Então, estados municipalizaram escolas com a primeira fase do ensino fundamental em nome do cumprimento da LDBEN. Outrossim, boa parte das suas escolas tem necessidades de manutenção supridas pelos municípios. Ao mesmo tempo, estes mantêm, direta ou indiretamente, instituições de ensino superior, ainda que não garantam a ampliação necessária de oferta na educação infantil. É importante destacar sobre os municípios que a Constituição de 1988 foi uma constituição municipalista. A partir dela, o município foi reconhecido como ente federativo em pé de igualdade com os estados. Com esse reconhecimento, foi dada uma progressiva descentralização da execução das políticas sociais – saúde, educação, habitação, saneamento, entre outros, para administração dos municípios. Em nome da autonomia, estados, municípios e escolas passaram a assumir responsabilidades ampliadas, embora antes dessa municipalização tenham participadodas definições das políticas para tais campos de serviços públicos. É importante notar que, com essa descentralização, muito teve que se adaptar, reformular e estruturar, o que resultou em diferentes impactos que serão verificados mais à frente. Essa descentralização progressiva para o atendimento educacional nos municípios deixou, por alguns momentos, escolas abertas à interferência tanto do governo federal quanto estadual, quando algum projeto lhes interessa, principalmente quanto ao financiamento desses projetos, programas e outros, pois os municípios muitas vezes não possuem independência financeira suficiente para abarcar esses projetos, assim a esfera federal, através de diferentes programas, ainda faz essa ingerência, sempre preocupados com a qualidade do ensino oferecido e sua infraestrutura. Mesmo que no campo da educação, por diferentes motivos, essa municipalização tenha permanecido em certa dubiedade na Constituição de 1988, dado que se fala de sistemas municipais, mas só se atribui aos estados e à União a competência legislativa, a Lei n. 9.394/96 ajusta esta ambiguidade ao declarar a possibilidade da criação de sistemas municipais de ensino. Ainda assim, como colocados apenas como possibilidade, muitos municípios não adequaram seus sistemas educacionais. Ocorreu, aqui, uma perda na criação do sistema nacional de educação, bem como, muitas vezes, a perda da qualidade. Assim, movimentos organizados, bem como a produção acadêmica, voltaram seus esforços à implantação de políticas de educação no domínio dos municípios. Com isso, podemos dizer que a ideia de sistema de ensino vai assumindo progressivamente um caráter local.
5. Dimensões, articulações, ações para uma educação de qualidade No campo das políticas para a educação, a cultura, a ciência e a tecnologia ainda são propostas que não se articulam por completo, como se cada setor de forma estanque fosse responsável pela solução dos problemas a partir de uma atuação isolada em cada área. Surge, no Brasil, um pensamento coerente com o mundo contemporâneo para buscar alguns esforços para aplicação de políticas públicas unificadas e integradoras para a área educacional buscando a tão sonhada qualidade sem, no entanto, ficar prisioneiro desta. Mesmo com as desarticulações dos trabalhos de secretarias e ministérios percebemos alguns avanços nos últimos anos, citando um exemplo: a política de introdução do software livre (softwares não proprietários) na administração federal, com particular destaque para a ação do MEC em lançar edital do PROINFO (Programa Nacional de Informática na Educação) para a compra de computadores, incluindo a possibilidade do software livre para as escolas, o que era praticamente impensável num passado bem recente. Esse exemplo de articulação entre ministérios e secretarias para produção de ma- terial educacional para inclusão digital das escolas é uma iniciativa pensada para o melhor desenvolvimento de novas ações que podem contribuir para a criação de um grupo crítico de alunos e professores que possam atuar de forma plena no mundo contemporâneo, e de novas políticas públicas educacionais que articulem novos espaços e ganhos para qualidade da educação.
Não existe um único espaço por excelência para a política educacional. Ela se processa onde há pessoas com a intenção de, aos poucos, administrar ações e metas que possam alavancar o sistema de ensino. Mas temos de nos atentar ao fato de que a política educacional é estabelecida por meio do poder de definição do processo pedagógico, em função de um grupo, de uma comunidade ou de setores dessa comunidade, ela tanto pode ser resultado de um amplo processo participativo, em que todos os membros envolvidos com a tarefa pedagógica – professores, alunos e seus responsáveis – debatam e opinem sobre como ela é, como deverá ser e a que fim deverá atender, como também pode ser imposição de um pequeno grupo que exerce o poder sobre a grande maioria coletiva. Existem diferentes instrumentos para a concretização da política educacional: • planejamento um instrumento para a concretização da política educacional, mas há que ter cuidado com o planejamento, para não ser inflexível e não sofrer mudanças de acordo com a dinâmica da realidade; • legislação educacional é outro instrumento técnico da política educacional, que garante a homogeneização ideológica na educação e a centralização administrativa, sempre pensando em uma educação de qualidade. Esses instrumentos podem tornar a política educacional, como chamada por alguns autores, de uma política educacional extremamente técnica ou tecnocrática. Agora, quando falamos da política-educacional municipalizante, esta implica recursos públicos desvinculados de posições político partidárias e pressupõe participação, controle e comprometimento por parte da comunidade com o motivo educacional que tratamos de qualidade na educação. Essa descentralização não requer a existência da dispendiosa burocracia. Há bastante flexibilidade nos currículos escolares, permitindo que ocorram mudanças quando e onde elas se fizerem necessárias. A gestão de cada unidade escolar é bastante democrática, pois os diretores de cada unidade escolar pertencem à comunidade em que ela está localizada, o que faz da figura do administrador escolar uma espécie de ponte entre a instituição e o contexto em que ela está inserida. Isso se dá a partir da idealização do Projeto Político Pedagógico (PPP) da unidade escolar, em que se tem início a concretização de uma educação democrática e de qualidade.
6. Qualidade na gestão: uma gestão democrática Para nos ambientarmos às condições para uma boa gestão, vamos identificar seus preceitos, as políticas públicas que exprimem as intenções do Poder Público, ao serem transformadas em práticas, que se materializam na gestão. A gestão pública, segundo Vieira (2007), é integrada por três dimensões: o valor público, as condições de implementação e as condições políticas. O valor público vai tratar da intencionalidade das políticas, como a própria expressão se revela. Quando a Constituição afirma que a educação é um “direito de todos e dever do Estado e da família” (art. 205), está declarando um valor público que, para ganhar notoriedade, precisa se traduzir em políticas. Estas, uma vez idealizadas, são colocadas em prática através de ações que concretizam a gestão. Outros aspectos importantes para gestão pública são as condições de implementação e as condições políticas: condições práticas para execução de um plano de ação ou projeto. É necessário o cuidado com dois problemas que frequentemente podemos verificar durante uma gestão: o excesso de propostas e a falta de previsão orçamentária. Por isso, durante a construção de um PPP, um plano de ação ou outro que venha corroborar com as práticas educacionais de seu município ou unidade escolar, é preciso definir metas de curto, médio e longo prazo e trabalhar para que sejam bem-sucedidas, que cada etapa cumprida e que a meta seja conquistada. Mesmo assim, é difícil transformar em ação um alto número de propostas, porque a gestão é tarefa complexa e cheia de meandros, pois é dependente das circunstâncias do dia a dia e seus atores. Temos, aqui, para articular e gerir as propostas para a gestão educacional, que fazer referência a um amplo número de iniciativas desenvolvidas pelas diferentes instâncias de governo, seja em termos de responsabilidades compartilhadas na oferta de ensino, ou de outras ações que se desenvolvem em suas áreas específicas de atuação. A gestão escolar, por sua vez, como a própria expressão indica, se coloca no plano da escola e diz respeito a tarefas que estão sob sua esfera de abrangência. Nesse sentido, pode-se dizer que: • política educacional corrobora coma gestão educacional; e • proposta pedagógica corrobora com a gestão escolar. Podemos afirmar, também, que a gestão educacional está em um espaço mais global, relacionada ao âmbito nacional, ao passo que a gestão escolar localiza-se em um espaço mais local Uma é contraponto da outra para que se efetivem as diretrizes da educação, a gestão educacional é a escola e o trabalho que nela se realiza. A gestão escolar, por sua vez, orienta-se para assegurar aquilo que é próprio de sua finalidade – promover o ensino e a aprendizagem, viabilizando a educação de qualidade como um direito de todos, conforme determinam a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases. 7. Instrumentos para melhorar a qualidade na educação: municipalização, Lei de Diretrizes e Bases, e Plano Nacional de Educação A LDBEN definiu a base comum nacional do currículo. A parte complementar cabe aos sistemas e/ou estabelecimentos de ensino. Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) são atribuídos como a referência para os exames nacionais. A representação curricular supõe um número de escolhas que, na verdade, não devem ser feitas por um pequeno grupo na medida em que é questão coletiva e pública. As experiências mais significativas dizem respeito à gestão educacional. As definições das prioridades em termos de ação governamental passaram a ser feitas em instâncias de participação popular. Hoje, muitos municípios já definem seu plano de trabalho da gestão a partir de conferências municipais de educação, da qual participaram todos os educadores da rede de ensino, do ensino fundamental e educação infantil, bem como representan- tes de outros setores do município. A implantação das ações abre espaço aos grupos de trabalho e espaços de discussões que contribuem na elaboração e exerceram controle sobre o poder público através do Conselho Municipal de Educação. Outros municípios vêm trabalhando na elaboração dos planos municipais de educação e na constituição dos conselhos municipais de educação. O que se quer, principalmente, é superar a concentração de poder no executivo municipal – as secretarias de educação – expandindo a possibilidade de participação dos sujeitos sociais que fazem parte da municipalidade. Da mesma forma, a elaboração do Plano Municipal de Educação (PNE) deve ser fruto do mais amplo debate social, buscando abarcar a participação dos setores tradicionalmente organizados pela sociedade em sindicatos, associações, ONGs, mas, além desses, os setores ainda desarticulados, que convivem em espaços não qualificados como políticos, como por exemplo as igrejas. Mas devemos ficar atentos para não comprometer esse processo e fragmentá-lo demais. Pesquisas apontam os limites da administração municipal na falta de articulação com os demais níveis de governo, também responsáveis pela educação básica. Segundo Pavan, corremos o risco, aqui, de comprometer o processo de democratização, bem como, comprometer a qualidade de infraestrutura, dado que a política de educação para o município, como um todo, pode ficar fragmentada entre uma política para as escolas municipais e outra para as escolas estaduais existentes num mesmo município, reforçando, ainda mais, as rupturas existentes entre as diversas etapas da educação básica. A municipalização do ensino, em maior ou menor escala, aponta a necessidade de se repensar o entendimento de sistema e a distinção entre único e unitário. Pensar a unidade do sistema público não deve significar a existência de um único órgão de gestão. Essa unidade do sistema público de ensino permite a gestão democrática, desde que seja coordenado, articulado, organizado, pois se propõe a um fim único, no caso, a igualdade e o sucesso do plano, e de toda e qualquer ação voltada para qualificar a educação (PAVAN, 1998, p.125). Para se alcançar sucesso nesse processo, precisamos garantir algumas diretrizes e/ou objetivos que sejam possíveis na organização dessa construção. É preciso definir o que, quanto e como deve ser centralizado e descentralizado na construção dessas políticas para que a democratização da educação se efetive conhecedora da realidade concreta visando construir um sistema de qualidade e para que essas políticas não atrapalhem o cotidiano da prática pedagógica. Quem faz tem de participar das decisões. Na esfera das políticas sociais, e particularmente na educação, há de se fazer va- ler o que está na Constituição de 1988, na LDBEN e na Lei do Plano Nacional de Educação: o regime de colaboração. Nos capítulos da legislação que determinam as respectivas competências em matéria de educação, se assegura o regime de colaboração. Considerando que convivemos com grande diversidade no ponto de partida, cujo alinhamento manterá a desigualdade como princípio, deve-se or- ganizar as formas de colaboração que permitam a progressiva unidade da diversi- dade dentro da qual serão asseguradas as mesmas condições e oportunidades de acesso e frequência à escola. Depois de todo esse processo com os municípios, deveremos partir para um debate nacional sobre o conteúdo da educação no mundo contemporâneo. Da mesma maneira que tratamos da efetivação do direito à educação, precisamos chegar a patamares comuns de condições salariais e de trabalho dos profissionais da educação. Precisamos definir, conjuntamente, quais são os indicadores de padrão de qualidade do ensino indicado, mas não estabelecido pela LDBEN. Todas essas são considerações que têm de ser levadas em conta no momento em que um município, como sujeito político, se propõe a organizar seu sistema próprio de ensino, seu conselho municipal de educação, seus conselheiros e seu Plano Municipal de Educação (PNE). Ou seja, esta organização vai ter mais sentido democrático, social e educacional, se se colocar no rumo da construção de um sistema nacional de educação.
Ao final de toda essa discussão, o que se quer, do que é de domínio público e das esferas envolvidas em construir o PNE ou as Políticas Públicas Educacionais e suas metas em busca da qualidade na educação, é a luta em defesa de uma escola, onde todos aprendam e possam exercer seus direitos e deveres – expressos em políticas que solidifiquem esse compromisso – não apenas com a perspectiva do triunfo de poucos e do fracasso de muitos, bem como não se deslumbrar que todos os problemas de aprendizagem e de gestão serão solucionados por uma proposta de política educacional, mas garantir metas efetivas para qualidade da educação. Se a democratização da escola alimenta-se da crença de ser um organismo de ascensão social em função do sucesso escolar, vamos defender a escola como espaço de aprendizagens – e de sucesso – para todos. Aprendizagens que dificilmente serão únicas e, tampouco, as últimas, pois que, na história, os objetivos escolares, objetos de disputas sociais, sempre se renovarão, ainda que não completamente, pois, enquanto novos se estabelecerão aos velhos objetivos, alguns resistirão e outros perderão sua validade. Se socialmente a concretizada vitória de todos é algo que extrapola as ações da escola, o que se pode constatar é que o projeto educacional exige que se tome a escola como questão, isto é, que seja pensada em sua totalidade e que seja garantida sua qualidade. Manter o diálogo com diferentes comunidades, professores, membros do sistema público e membros da sociedade civil para que realmente possa se contribuir para a definição de ideias a respeito dessas políticas, como também favorecer a influência de determinados grupos que conseguem atingir nos níveis local e global, enfim uma gestão democrática. Muitos instrumentos foram elaborados e estão sendo discutidos, agora, com base em elementos da qualidade da escola, levando em consideração a pesquisa para se alcançar as dimensões no ambiente educativo, naprática pedagógica, na avaliação, na gestão escolar democrática, na formação e condições de trabalho dos profissionais da escola, no espaço físico escolar e, por fim, no que se refere ao acesso, permanência e sucesso na escola. Ou seja, a qualidade da escola envolve essas dimensões, mas certamente haverá outras, que serão encontradas durante a elaboração do PNE nos municípios. A avaliação dos indicadores leva à avaliação da dimensão. Uma educação de qualidade visa à emancipação dos sujeitos sociais e não guarda em si mesma um conjunto de critérios que a delimitem. É a partir da concepção de mundo, sociedade e educação que a escola procura desenvolver conhecimentos, habilidades e atitudes que irão encaminhar a forma pela qual o indivíduo vai se relacionar com a sociedade, com a natureza e consigo mesmo. Assim, a escola de qualidade é aquela que contribui para a formação dos estudantes nos aspectos culturais, antropológicos, econômicos e políticos, para o desempenho de seu papel de cidadão
no mundo, tornando-se referencial de qualidade social. A qualidade do ensino está intimamente ligada à transformação da realidade. Para ratificar o sucesso dessa transformação, devemos considerar o fato de que múltiplos atores sociais e políticos irão contribuir com proposições teóricas e práticas no processo democrático na construção dos PNEs em seus municípios, como já descritos anteriormente, trabalhadores, pais, estudantes, dirigentes, demais atores sociais e todas e todos que se preocupam com a educação, seja por meio das entidades da sociedade civil organizada ou pelo compromisso pessoal, refletindo, discutindo e propondo caminhos para a educação brasileira. Não esquecendo pontos que transcorremos no texto, e que são imprescindíveis para assegurar com qualidade a função social da educação e das instituições educativas, ou seja, a educação inclusiva, a diversidade cultural, a gestão democrática e o desenvolvimento social, a organização e institucionalização de um Sistema Nacional de Educação, que promova, de forma articulada, em todo o País, o regime de colaboração; o financiamento e acompanhamento e o controle social da educação; a formação e valorização dos trabalhadores da educação (professores e toda equipe que vivem e ultrapassam os muros da escola). Todos esses aspectos remetem à avaliação das ações educacionais e, sobretudo, à avaliação e ao acompanhamento permanente do Plano Nacional de Educação com vistas a ajustar suas metas e diretrizes às novas necessidades da sociedade brasileira, como bem descreve o MEC. 
8. Indicadores, dimensões e bases para qualidade da educação Como vimos no decorrer desta unidade, o padrão brasileiro para construção de Política Pública Educacional é complexa e ainda torna o planejamento educacional e suas normas de cooperação uma desafiadora proposta para se alcançar a qualidade na educação. Planejar, nesse contexto, exige assumir compromissos para a eliminação das desigualdades, que são históricas no Brasil. As metas para enfrentar esses obstáculos, a fim de dar acesso e permanência na escola, são fundamentais para qualidade à educação. Todavia, com o sistema que encontramos agora, ainda temos de construir a democratização da educação para extinguir as desigualdades educacionais em cada parte de nosso território com foco nas especificidades e diferenças de sua população para que aconteça a inclusão. É necessário fazer o exercício da cidadania para emancipação da aprendizagem. Precisamos elaborar um plano de educação que, verdadeiramente, incorpore os princí- pios do respeito aos direitos humanos, à sus- tentabilidade socioambiental, à valorização da diversidade e da inclusão e à valorização dos pro- fissionais que atuam na educação todos os dias. Em relação à escola, é possível que governantes, gestores, educadores, pais e alunos compartilhem noções gerais sobre o que é uma escola de qualidade, concordando que ela é boa quando os alunos aprendem coisas importantes para a vida, sendo capazes de ler e escrever, resolver problemas, conviver, trabalhar em grupo, respeitar os pares, aprender, ser, viver, fazer e conhecer. A própria comunidade escolar pode definir o conceito de qualidade e dar eficácia às suas ações, identificando os seus pontos fortes e fracos podendo, assim, intervir através de atitudes na melhoria da qualidade da escola. Várias dimensões possibilitam o reconhecimento dos indicadores de qualidade do sistema educacional que deverão ser analisados por toda a comunidade escolar. Como vimos no decorrer da unidade, esses atores são os dirigentes, os membros de instituições públicas e privadas, as organizações governamentais e não governamentais, os pais, os professores, os gestores, os alunos, os funcionários os conselheiros tutelares, os órgãos públicos, as universidades, entre outros, que buscam discutir a qualidade na educação. A publicação “Indicadores de Qualidade na Educação / Ação Educativa 2004”, descreve os fatores a serem avaliados. Como já estudamos na Unidade 1, esses fatores são: o ambiente educativo, a prática pedagógica, a avaliação, a gestão escolar democrática, a formação e as condições de trabalho dos profissionais da escola, o ambiente físico escolar e o acesso, a permanência e o sucesso na escola. Esses indicadores são parâmetros ínfimos, pilares básicos para o alcance de uma escola de qualidade. Para se alcançar bons resultados e melhorar a qualidade na educação, é necessário buscar estratégias adequadas para o desenvolvimento organizacional, sendo prioritário identificar essas dimensões não só os acertos, mas também as indefinições, incertezas, restrições, ameaças, falhas e as precariedades encontradas na educação hoje, entre outros fatores. As dimensões para qualidade na educação são os aspectos mais gerais, que fazem a integração das esferas institucionais macro e micro. Seu destaque são as grandes particularidades ou descrições institucionais que, no seu conjunto, organizam uma identidade que será avaliada. São elas: ambiente de trabalho, práticas pedagógicas, avaliação, gestão institucional, formação dos profissionais da educação, condições de trabalho, ambiente físico da instituição e acesso, permanência e sucesso na escola. Cada dimensão é composta por indicadores que revelam algum aspecto característico daquela dimensão. Portanto, os indicadores são a expressão das situações de realidade a ser observada, avaliada e analisada. Os indicadores irão gerar descritores que são os desdobramentos e os detalhamentos dos indicadores, o que aponta a qualidade e nuance dos pontos fortes aos mais fracos das condições da existência de cada indicador, apontam como cada indicador está funcionando dentro de contexto da escolar: se bem ou mal. Vamos entender esses indicadores. Para se pensar essa educação de qualidade, é preciso considerar o ambiente educativo. É necessário considerar que a escola é um espaço de ensino, aprendizagem e vivência de valores. Na escola, os estudantes se socializam, brincam e experimentam a convivência com a diversidade. O respeito, a alegria, a amizade e a solidariedade, a disciplina, o exercício dos direitos e deveres são práticas que garantem a socialização e a convivência, e devolvem o conceito de cidadania, fortalecendo a igualdade entre todos. Essa prática inclusiva deve ser praticada todos os dias dentro de uma unidade escolar. Mas também é necessário preservar o espaço físico, a existência de condições adequadas nas instalações gerais (salas de aula, secretaria, sala de professores, espaço cultural, sanitários, quadra de esporte, biblioteca, laboratórios, cozinha, efeitório, entre outros) com espaço físico que atenda as necessidades de acesso, bem como, sua manutenção. A prática pedagógica aqui, como indicadorde qualidade na educação, começa no planejamento do professor, na ação, na meta construída com um objetivo: possibilitar a aprendizagem e o desejo de aprender cada vez mais e com autonomia aos seus alunos. Os dias atuais permitem aos estudantes o acesso à informação em tempo real, o que exige a necessidade do planejamento das aulas com base no que os alunos já conhecem o que precisam e desejam saber. Para isso é preciso que a escola tenha oportunidade de acesso às mesmas tecnologias; aqui a Proposta Pedagógica da Escola deve ser definida e conhecida por todos, permitindo o planejamento e a melhoria de qualidade da escola através de novas ferramentas existentes na cultura atual, no dia a dia da sociedade contemporânea. Assim, é fundamental a existência de um Projeto Político Pedagógico (PPP) construído e conhecido por toda a comunidade escolar. Trabalhar os conflitos através do diálogo, respeitar diferentes opiniões, esses são fatores essenciais na busca da qualidade da escola, pois permitem a discussão sobre proposta e a implementação de ações conjuntas para construção dessa qualidade. Não podemos esquecer que é necessário possibilitar aos profissionais da educação boas condições de trabalho, preparo e equilíbrio através de formação continuada e salários que correspondam à importância do trabalho dos servidores da educação, para assim concretizar os princípios político-pedagógicos em ensino-aprendizagem. Outro fator de qualidade se reflete no ambiente físico escolar que deve apresentar espaços educativos organizados, limpos, arejados, agradáveis, cuidados, com móveis, equipamentos e materiais didáticos adequados, que leve a prestação de serviços de qualidade aos alunos, aos pais, à comunidade e aos professores, diretores e funcionários. A avaliação, por sua vez, é indicador por excelência das respostas que pode dar à comunidade escolar, se constituindo em parte integrante e fundamental do processo educativo. Transforma-se em ferramenta a ser utilizada durante o ano todo, em vários momentos e diferentes formas, não se limitando a uma prova bimestral. A auto-avaliação é recurso ainda pouco utilizado, mas que possibilita ao aluno avaliar a si próprio, se tornando uma ótima estratégia de aprendizagem e construção da autonomia, permitindo ao educando ter consciência dos seus avanços, dificuldades e possibilidades. A gestão escolar democrática, que envolve toda a comunidade escolar nas decisões e reconhece os Conselhos Escolares como mecanismos de participação e transparência, possibilita as ações conjuntas das atividades de ensino e aprendizagem.
Todos os indicadores de qualidade analisados devem estar a serviço do principal desafio das escolas que é oferecer boas oportunidades de aprendizagem e educação de qualidade, para que os educandos permaneçam e consigam concluir os níveis de ensino em idade adequada. E que os direitos relativos à educação de jovens e adultos também sejam atendidos, fechando o círculo de indicadores de qualidade na educação, na medida em que o acesso, a permanência e o sucesso na escola tenham sido alcançados. Só assim é possível dizer que o sucesso do aluno é o sucesso da escola. A escola de qualidade coloca o aluno como foco de suas preocupações, desenvolve relações interpessoais, procura incentivar o progresso do aluno, a equipe escolar tem perspectiva positiva quanto à aprendizagem dos alunos, os responsáveis estão presentes nesse processo e participam das ações da escola. Todas essas premissas não exoneram procedimentos e instrumentos de gerenciamento eficazes de uma organização viva e em consonância com seus objetivos. A escola precisa estar preparada para oferecer à sociedade um serviço de qualidade. Vivenciar a política dos indicadores da qualidade na educação é como consolidar, no espaço chamado escola, uma promoção da igualdade de oportunidades educacionais que têm como objetivo levar em conta as diferenças, diversidades e desigualdades do contexto socioeconômico e cultural brasileiro. Nas próximas unidades iremos desvendar cada ator na construção da qualidade na educação, bem como continuar a discutir as dimensões seus indicadores e descritores

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