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SP5 Neurologia T4

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6
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS
UNIDADE BÁSICA DAS BIOCIÊNCIAS
CURSO DE MEDICINA
A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE
Carolina Procath Cunha
Flávia de Melo Carvalho
Gabriela Pereira Valadares
Giovanna Casagrande
Isabela Soares
Isadora da Silva Gomes
Jéssica Thayna Resende Figueiredo
Késsia Gomes
LaressaBrunnaCouto
Luma Gabriella Santos Toledo
Pollyana Nonato
Tânia Pacheco dos Santos
Thalia Araujo dos Santos
Mineiros-GO
2019
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MINEIROS
UNIDADE BÁSICA DAS BIOCIÊNCIAS
CURSO DE MEDICINA
A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE
Relatório apresentado à disciplina de Tutoria da Unidade II, do 3º período, do curso de medicina, como requisito parcial para obtenção de nota, sob orientaçãoda Professora DraNatália.
Mineiros-GO
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO	4
2.OBJETIVOS	5
2.1 Objetivo Geral	5
2.2 Objetivos Específicos	5
3. COMPREENDER OS MECANISMOS COMPORTAMENTAIS , VEGETATIVOS E MOTIVACIONAIS DO CÉREBRO .................................................................................................................................... 6
4.CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................38 REFERÊNCIAS	39
	
1. INTRODUÇÃO
O controle do comportamento é função de todo o sistema nervoso. O sistema límbico foi expandido para significar todo o circuito neuronal que controla o comportamento emocional e as forças motivacionais (GUYTON, 2006).
Os três fatores básicos no estabelecimento da aprendizagem e memória são a aquisição, o armazenamento ou retenção e a evocação de informações. Estes processos, em conjunto, conferem ao indivíduo os requisitos mínimos para sua adaptação ao meio em que vive (BRANDÃO, 2004).
Definir aprendizagem e memória não é tarefa fácil dado que, em geral, estes processos são inferidos a partir de alterações comportamentais antes que medidos diretamente. Uma das definições correntes indica que a aprendizagem corresponde à aquisição de novos conhecimentos do meio e, como resultado desta experiência, ocorre à modificação do comportamento, enquanto que a memória é a retenção deste conhecimento. A rapidez da ativação dos processos neurais envolvidos na aquisição de informações, bem como a eficiência dos mecanismos subjacentes aos processos de armazenamento e recuperação das mesmas, pode ser a representação no cérebro do que denominamos inteligência. De maneira geral, os mecanismos cerebrais da memória e aprendizagem estão também associados aos processos neurais responsáveis pela atenção, percepção, motivação, pensamento e outros processos neuropsicológicos, de forma que perturbações em qualquer um deles tendem a afetar, indiretamente, a aprendizagem e a memória (BRANDÃO, 2004).
De modo geral, podemos dizer que as estruturas límbicas telencefálicas têm um papel modulador nos sítios hipotalâmicos e mesencefálicos límbicos. O hipotálamo desempenha um papel fundamental na coordenação de diversos ajustes homeostáticos e comportamentais relacionados com respostas vitais para a manutenção da espécie ou do indivíduo, enquanto as estruturas límbicas mesencefálicas estão mais diretamente relacionadas com a execução das respostas autonômicas e comportamentais específicas (AIRES, 2012).
Desse modo, o hipotálamo é uma peça fundamental no controle da homeostasia do meio interno, bem como está criticamente envolvido no controle neural de comportamentos que garantem a preservação do indivíduo ou da espécie ("homeostasia" comportamental) e são, portanto, cercados de um alto teor emocional (AIRES, 2012).
2. OBJETIVOS 
2.1 OBJETIVO GERAL
· Compreender os mecanismos comportamentais, vegetativos e motivacionais do cérebro;
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
· Reconhecer as funções das áreas encefálicas relacionadas aos comportamentos emocionais e vegetativos do SNC;
· Descrever o sistema límbico, suas estruturas e funções;
· Descrever as interações do sistema límbico com o endócrino neuro vegetativo;
· Caracterizar os mecanismos relacionados a manutenção da atenção;
· Descrever os mecanismos fisiológicos da memória de curto e longo prazo;
· Reconhecer as diversas formas de classificação de memória quanto o tempo, função e local;
· Reconhecer os estágios do processo de aprendizado. Relacionar com atenção e memoria; 
· Relacionar a privação do sono com memória e aprendizado;
· Descrever a importância de estruturas do tronco encefálico relacionados as emoções;
· Descrever a importância do hipotálamo, tálamo, área pré-frontal dos fenômenos emocionais.
3. Compreender os mecanismos comportamentais, vegetativos e motivacionais do cérebro
3.1 Reconhecer as funções das áreas encefálicas relacionadas aos comportamentos emocionais e vegetativos do SNC
 
Sabe-se que há áreas relacionadas com os processos emocionais que ocupam territórios do encéfalo, destacando-se entre elas o hipotálamo, a área pré-frontal e o sistema límbico. O interessante é que a maioria dessas áreas está relacionada também com a motivação, em especial com os processos motivacionais primários, ou seja, aqueles estados de necessidade ou de desejo essenciais à sobrevivência da espécie ou do indivíduo, tais como fome, sede e sexo. Por outro lado, as áreas encefálicas ligadas ao comportamento emocional também controlam o sistema nervoso autônomo, o que é fácil de entender, tendo em vista a importância da participação desse sistema na expressão das emoções. Essas áreas serão compreendidas a partir da discussão do tronco encefálico, hipotálamo, tálamo e área pré-frontal. 
No tronco encefálico estão localizados vários núcleos de nervos cranianos, viscerais ou somáticos, além de centros viscerais como o centro respiratório e o vasomotor. A ativação destas estruturas por impulsos nervosos de origem telencefálica ou diencefálica ocorre nos estados emocionais, resultando nas diversas manifestações que acompanham a emoção, tais como o choro, as alterações fisionômicas, a sudorese, a salivação, o aumento do ritmo cardíaco, etc. Além disto, as diversas vias descendentes que atravessam ou se originam no tronco encefálico vão ativar os neurônios medulares, permitindo aquelas manifestações periféricas dos fenômenos emocionais que se fazem por nervos espinhais ou pelos sistemas simpático e parassimpático sacral. Deste modo, o papel do tronco encefálico é principalmente efetuador, agindo basicamente na expressão das emoções. 
Contudo, existem dados que sugerem que a substância cinzenta central do mesencéfalo e a formação reticular podem ter, também, um papel regulador de certas formas de comportamento agressivo. Cabe lembrar também que no tronco encefálico origina-se a maioria das fibras nervosas monoaminérgicas do sistema nervoso central, destacando-se aquelas que constituem as vias serotoninérgicas, noradrenérgicas e dopaminérgicas. Estas vias projetam-se para o diencéfalo e telencéfalo e, deste modo, exercem ação moduladora sobre os neurônios e circuitos nervosos existentes nas principais áreas encefálicas relacionadas com o comportamento emocional. É especialmente importante a via dopaminérgica mesolímbica, que se projeta especificamente para áreas altamente relevantes à regulação dos fenômenos emocionais, como o sistema límbico e a área pré- frontal. Em síntese, embora os centros encefálicos mais importantes para a regulação das emoções não estejam no tronco encefálico, estes centros sofrem influência de neurônios nele localizados, através das vias monoaminérgicas que aí se originam. Por fim, a discussão sobre o tronco encefálico, hipotálamo, tálamo e área pré-frontal estará mais adiante neste relatório. 
O córtex cerebral é a maior porção do sistema nervoso, uma vez que sua parte funcional apresenta uma camada de aproximadamente 100 bilhões de neurônios que cobre a superfície de toda a circunvolução do cérebro. Dessa maneira, é natural imaginar que áreas corticais cerebrais distintas apresentam funções diferenciadas. Tal fato é justificado quando há estímulos elétricos em paciente, visto que estes provocam, por exemplo, emissão de sons, elaboração do pensamento,movimentos oculares, audição, fala, padrões de memória e habilidades manuais, todas essas funções encontram-se nas áreas funcionais do córtex. 
Assim, a fim de tornar didática a discussão, falamos da divisão das áreas corticais em áreas motoras primárias e secundárias, áreas sensoriais primárias e secundárias e áreas associativas. A motora é identificada como a área dos movimentos musculares e seus padrões de atividades. A sensorial é correlacionada com as sensações específicas transmitidas dos órgãos sensoriais periféricos diretamente para o cérebro, trabalhando com a análise dos significados de tais sinais. Enquanto a área associativa é identificada por receberem e analisarem sinais simultâneos de múltiplas regiões. Essa última é dividida em três especializações que serão especificadas a seguir. 
A primeira especialização das áreas associativas é a área associativa parieto-occipitotemporal, cuja a localização é no espaço parieto-occipital, limitado à frente pelo córtex somatossensorial, abaixo pelo córtex visual e ao lado pelo córtex auditivo. Dessa maneira, é evidente que tal área possui um alto nível de interpretação para os sinais de todas as áreas sensoriais adjacentes supracitadas. Dentro dessa área associativa encontra-se a análise das coordenadas espaciais do corpo, região capaz de calcular as orientações visuais, auditivas e o cálculo que circunda o corpo. Outra área da parieto-occipitotemporal, é a Área de Wernicke, cuja importância está na compreensão da linguagem, assim é inevitável que exista o envolvimento com a função intelectual superior, uma vez que quase todas as funções intelectuais são baseadas na linguagem. Por conseguinte, o espaço necessário para dar significado as palavras percebidas visualmente – leitura – é a Área do Giro Angular. Uma observação importante quanto à lesão ou a ausência dessa área é que o indivíduo pode ter excelente compreensão da linguagem pela audição, mas não pela leitura. A última área dentro dessa primeira especialização das áreas associativas é a área para nomeação de objetos, que trata-se da compreensão das linguagens visuais e auditivas, visto que o nome é aprendido pela audição, enquanto a natureza física é pela visão. 
A segunda especialização das áreas associativas é a área associativa pré-frontal responsável por planejar padrões complexos e sequenciais de movimentos. Essa é essencial para executar os processos mentais, além da capacidade de processar informações motoras e não motoras e consequentemente pensamentos motores e não motores. Dentro desta, encontra-se a Área de Broca que fornece a circulação neural necessária para a formação das palavras com o planejamento de padrões motores para expressão de palavras individuais. Já a terceira especialização das áreas associativas é a área associativa límbica associada com a ocupação primária dos comportamentos, emoções e motivações. 
3.2 Descrever o sistema límbico, suas estruturas e funções
O sistema límbico significa todo o circuito neuronal que controla o comportamento emocional e as forças motivacionais. 
A figura a seguir mostra as estruturas anatômicas do sistema límbico, demonstrando que formam complexo interconectado de elementos da região basal do cérebro. 
Estruturas subcorticais: área septal, área paraolfatória, núcleo anterior do tálamo, partes dos gânglios da base, hipotálamo, hipocampo e a amígdala.
Estruturas corticais: área orbitofrontal, giro subcaloso, giro cingulado, giro para-hipocâmpico e unco. 
Consequentemente, nas superfícies medial e ventral de cada hemisfério cerebral existe anel principalmente de paleocórtex, que envolve o grupo de estruturas profundas intimamentes associadas ao comportamento geral e às emoções. Por sua vez, esse anel de córtex límbico funciona como via de mão dupla de comunicação e de associação entre o neocórtex e as estruturas límbicas inferiores.
Via importante de comunicação entre o sistema límbico e o tronco cerebral é o fascículo prosencefálico medial, que se estende das regiões septal e orbitofrontal do córtex cerebral para baixo pela região média do hipotálamo, para a formação reticular do tronco cerebral. Esse feixe carreia fibras em ambas as direções, formando um sistema troncular de comunicação. A segunda via de comunicação é por meio de vias curtas, entre a formação reticular do tronco cerebral, tálamo, hipotálamo e a maioria das outras áreas contíguas da parte basal do encéfalo.
· Hipotálamo
Apesar do seu pequeno tamanho de somente alguns centímetros cúbicos, contém vias bidirecionais de comunicação com todos os níveis do sistema límbico. Por sua vez, ele e suas estruturas intimamente conectadas emitem sinais em três direções:
(1) Para trás e para baixo, até o tronco cerebral, principalmente para as áreas reticulares do mesencéfalo, ponte e bulbo e dessas áreas para os nervos periféricos do SNA;
(2) Ascendente, em direção a muitas áreas superiores do diencéfalo e prosencéfalo, especialmente para a parte anterior do tálamo e porções límbicas do córtex cerebral;
(3) Para o infundíbulo hipotalâmico, para controlar, total ou parcialmente, a maioria das funções secretórias tanto da hipófise anterior quanto da posterior. 
Controle das Funções Vegetativas e Endócrinas pelo Hipotálamo:
A grande área hipotalâmica lateral (mostrada na Fig. 58-7) está presente em cada lado do hipotálamo. As áreas laterais são especialmente importantes no controle da sede, da fome e de muitos dos impulsos emocionais. 
- Regulação cardiovascular: aumento da pressão arterial, diminuição da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca e diminuição da frequência cardíaca. Em geral, a estimulação das regiões posterior e lateral do hipotálamo aumenta a pressão arteral e frequência cardíaca, enquanto a estimulação da área pré-óptica, em geral, tem efeitos opostos. 
- Regulação da temperatura corporal: a porção anterior do hipotálamo, espercialmente a área pré-óptica, está relacionada à regulação da temperatura corporal. 
- Regulação da água corporal: através da sensação de sede e pelo controle de excreção de água, na urina. O centro de sede está localizado na região lateral do hipotálamo e o mecanismo decorre do retorno da concentração de eletrólitos ao normal. Já o controle da excreção renal de água é realizado principalmente no núcleo supraóptico. 
- Regulação da contratilide uterina e da ejeção do leite pelas mamas: a estimulação dos núcleos paraventriculares causa aumento da secreção do hormônio ocitocina por suas células neuronais. Isso, por sua vez, causa aumento da contratilidade do útero, bem como a contração das células mioepiteliais circunjacentes aos alvéolos das mamas, o que então leva os alvéolos a esvaziar seu leite pelos mamilos. 
- Regulação gastrointestinal e da alimentação: a estimulação de diversas áreas do hipotálamo leva o animal a experimentar fome extrema, apetite voraz e um intenso desejo por alimento. A área associada à fome é a área hipotalâmica lateral. 
- Controle hipotalâmico da secreção de hormônios endócrinos pela hipófise anterior: à medida que o sangue passa pelo hipotálamo, antes de alcançar a hipófise anterior, hormônios específicos de liberação e inibitórios são secretados no sangue por diversos núcleos hipotalâmicos. Esses hormônios são transportados pelo sangue, para a hipófise anterior, onde agem nas células glandulares para controlar a liberação dos hormônios específicos da hipófise anterior. 
Funções comportamentais do hipotálamo e estrututras límbicas associadas:
- Região lateral do hipotálamo: sede, fome e aumento do nível geral de atividade do animal, algumas levando à raiva e à luta. 
- Núcleo ventromedial e áreas adjacentes: sensação de saciedade, diminuição da alimentação e tranquilidade. 
- Zona estreita dos núcleos periventriculares: reações de medo e punição.
- O desejo sexual pode ser estimulado especialmente nas porções mais anterior e mais posterior do hipotálamo. 
As lesões no hipotálamo em geral causam os efeitos opostos aos causados pela estimulação. 
Diversas estruturas límbicas estão, de modo particular,envolvidas com a natureza afetiva das sensações sensoriais - isto é, se as sensações são agradáveis ou desagradáveis. Essas qualidades afetivas são também chamadas recompensa ou punição, ou satisfação ou aversão. 
Centros de recompensa: os principais foram localizados ao longo do curso do fascículo prosencefálico medial, especialmente nos núcleos lateral e ventromedial do hipotálamo. 
Centros de punição: a estimulação, nessas áreas, demonstrará todos os sinais de desprazer, medo, terror, dor, punição e até mesmo doença. 
As áreas mais potentes para as tendências de punição e fugfa foram encontradas na substância cinzenta circundando o aqueduto de Sylvius, no mesencéfalo, e se estendendo para cima, para as zona periventriculares do hipotálamo e tálamo.
· Hipocampo
É a porção do córtex cerebral que se dobra para dentro para formar a superfície ventral da parede interna do ventrículo lateral. 
O hipocampo (e as estruturas adjacentes, tanto do lobo temporal quanto parietal, em conjunto, são chamadas formação hipocâmpica) tem numerosas conexões, mas principalmente indiretas com a maioria das porções do córtex cerebral, bem como com estruturas basais do sistema límbico - a amígdala, o hipotálamo, a área septal e os corpos mamilares. Quase todos os tipos de experiências sensoriais ativam pelo menos parte do hipocampo e ele emite sinais eferentes para diversas áreas do sistema límbico, principalmente através do fórnix, a principal via de comunicação. A estimulação de suas diferentes áreas leva a diferentes comportamentos (prazer, raiva, passividade, excesso de desejo sexual).
Outra característica é que ele pode ficar hiperexcitado, sendo que, mesmo estímulos elétricos fracos podem levar a convulsões (acredita-se que seja por ele ter 3, e não 6, camadas de células nervosas no seu córtex), e a convulsão permanece alguns segundos após o término da estimulação. Crises epiléticas de origem hipocâmpica envolvem diversos efeitos psicomotores (visuais, alucinações, auditivos, táteis, olfatórios) que não podem ser suprimidos enquanto a convulsão durar, mesmo que a pessoa esteja consciente. 
Aprendizado: com a remoção de partes do hipocampo para tratamento de epilepsia, os pacientes se lembram de coisas aprendidas previamente, porém perdem a capacidade de aprender novas informações verbais. Se lembram do nome de pessoas com quem convivem todos os dias somente por alguns minutos, fenômeno chamado de amnésia anterógrada. 
O hipocampo originou como parte de córtex olfativo (determinando em animais inferiores se eles comeriam ou não um alimento, ou se determinado odor sugere perigo ou convite sexual). Dessa forma, como ele possui a capacidade de tomar decisões, então se ele sinaliza que determinada informação é importante, ela provavelmente será armazenada na memória. 
Foi sugerido que o hipocampo transforma memória a curto prazo em memória a longo prazo, pois transmite sinais que fazem com que a mente repita a nova informação até que o armazenamento completo seja feito.
· Amígdala
É um complexo de múltiplos pequenos núcleos, localizados abaixo do córtex do lobo temporal, e possui várias conexões bilaterais abundantes com as áreas do sistema límbico. Possui uma porção que participa da função olfativa (núcleocorticomedial) e outra que desempenha papéis importantes em atividades comportamentais (núcleo basolateral). Ela recebe sinais neuronais de todo córtex límbico e neocórtex dos lobos temporal, parietal e occipital e especialmente das áreas de associação visual e auditiva, por isso é chamada de janela do sistema límbico. Elas projetam para o sistema límbico o estado atual da pessoa, dos seus pensamentos e do ambiente, adequando a resposta comportamental à ocasião. 
Em geral, a estimulação da amigdala pode causar praticamente os mesmos efeitos do hipotálamo: aumento ou diminuição da PA, da FC, da motilidade e secreção gastrointestinais, defecação ou micção, dilatação e raramente contração pupilar, piloereção e secreção de diversos hormônios da hipófise anterior (especialmente gonadotropinas e hormônio adrenocorticotrópico), movimentos involuntários, movimentos associados a alimentação e olfação (lamber, mastigar, deglutir), punição e recompensa, atividades sexuais (ereção, movimentos copulatórios, ejaculação, ovulação, atividade uterina e parto prematuro). 
Faz mediação e controle das atividades emocionais de ordem maior, como amizade, amor e afeição, nas exteriorizações do humor e, principalmente, nos estados de medo e ira e na agressividade. A amigdala é fundamental para a autopreservação, por ser o centro identificador do perigo, gerando medo e ansiedade e colocando o animal em situação de alerta, aprontando-se para se evadir ou lutar. O estímulo elétrico dessas estruturas provoca crises de violenta agressividade. 
Com a remoção das amigdalas, o animal não tem medo de nada, possui extrema curiosidade, esquece tudo rápido, tem a tendência de colocar tudo na boca e tentar comer, apetite sexual muito forte. Em humanos, a lesão da amígdala faz, entre outras coisas, com que o indivíduo perca o sentido afetivo da percepção de uma informação vinda de fora, como a visão de uma pessoa conhecida. Ele sabe quem está vendo mas não sabe se gosta ou desgosta da pessoa em questão.
A Síndrome de Klüver-Bucy ocasionada pela ablação bilateral da amígdala possui efeitos em animasi que demonstram: ausência de medo, extrema curiosidade sobre tudo, rápido esquecimento, tendência de colocar tudo na boca e geralmente apetite sexual forte. Embora lesões semelhantes em seres humanos sejam raras, pessoas com esse problema respondem de modo não muito diferente dos macacos.
· Córtex límbico
É o anel do cótex cerebral e funciona como área associativa cerebral de controle do comportamento.
- Ablação do córtex temporal anterior: quando o córtex temporal anterior é movido dos dois lados, as amígdalas quase invariavelmente são também danificadas, ocorrendo a síndrome de Klüver-Bucy.
- Ablação do córtex orbifrontal posterior: muitas vezes desenvolve insonia, assosciada à intranquilidade motora intensa, tornando-se incapaz de ficar quieto e se locomovendo continuamente. 
- Ablação dos giros cingulados anteriores e dos giros subcalosos: essas são as porções do córtex límbico que fazem a comunicação entre o córtex cerebral pré-frontal e as estruturas límbicas subcorticais. A destruição bilateral desses giros libera centros de raiva. Portanto, o animal pode ficar agressivo e muito mais sujeito a episódios de raiva do que o normal.
· Giro Para-hipocampal 
Intimamente relacionado ao armazenamento de memória. Processos lesivos produzem amnésia retrógrada isolada, com preservação da capacidade de armazenar novas memórias explícitas. 
· Tálamo
Relaciona-se com sensibilidade, motricidade, comportamento emocional e ativação do córtex cerebral. No entanto, sua regulação do comportamento emocional possivelmente decorre, não de uma atividade própria, mas das conexões com outras estruturas do sistema límbico. 
· Giro Cingulado
Próximo ao corpo caloso. Está intimamente relacionado à depressão, à ansiedade e à agressividade. Também coordena odores, e visões com memórias agradáveis. Há aumento de sua atividade quando as pessoas recorrem à mentira. 
· Área septal 
Estão localizados os centros do orgasmo (quatro para a mulher e um para o homem). Certamente por isto, esta região se relaciona com as sensações de prazer.
3.3 Descrever as interações do sistema límbico com o endócrino neurovegetativo
 
O termo sistema límbico foi expandido para significar todo o circuito neuronal que controla o comportamento emocional e as forças motivacionais.
Uma parte importante do sistema límbico é o hipotálamo e suas estruturas relacionadas. Além de seu papel no controle comportamental essas áreas controlam muitas condições internas do corpo, como a temperatura corporal, osmolalidade dos líquidos corporais, e os desejos de comer e beber e o controle do peso corporal. Essas funções do meio interno são coletivamente chamadas de funções vegetativas do cérebro, e seu controle está intimamenterelacionado ao comportamento.
Anatomia Funcional do Sistema Límbico; Posição-chave do Hipotálamo
	É um dos elementos centrais do sistema límbico e ao seu redor estão outras estruturas subcorticais do sistema límbico, incluindo a área septal, a área paraolfatória, o núcleo anterior do tálamo, partes dos gânglios da base, o hipocampo e a amígdala.
	Ao redor das áreas límbicas subcorticais, fica o córtex límbico, composto por anel de córtex cerebral, em cada um dos hemisférios cerebrais, (1) começando na área orbitofrontal, na superfície ventral do lobo frontal, (2) se estendendo para cima para o giro subcaloso, (3) então, de cima do corpo caloso para a região medial do hemisfério cerebral, para o giro cingulado e, por fim, (4) passando por trás do corpo caloso e para baixo, pela superfície ventromedial do lobo temporal, para o giro para-hipocâmpico e para o unco.
	Via importante de comunicação entre o sistema límbico e o tronco cerebral é o fascículo prosencefálico medial, que se estende das regiões septal e orbitofrontal do córtex cerebral para baixo pela região média do hipotálamo, para a formação reticular do tronco cerebral.
Hipotálamo, a Principal Região para Controle do Sistema Límbico
	O hipotálamo e suas estruturas intimamente conectadas emitem sinais em três direções: (1) para trás e para baixo, até o tronco cerebral, principalmente para as áreas reticulares do mesencéfalo, ponte e bulbo e dessas áreas para os nervos periféricos do sistema nervoso autônomo; (2) ascendente, em direção a muitas áreas superiores do diencéfalo e prosencéfalo, especialmente para a parte anterior do tálamo e porções límbicas do córtex cerebral; e (3) para o infundíbulo hipotalâmico, para controlar, total ou parcialmente, a maioria das funções secretórias tanto da hipófise anterior quanto da posterior.
	É uma das estruturas de controle mais importantes do sistema límbico. Ele controla a maioria das funções vegetativas e endócrinas do corpo, bem como muitos aspectos do comportamento emocional.
Controle das Funções Vegetativas e Endócrinas pelo Hipotálamo
1. Regulação Cardiovascular: A estimulação de diferentes áreas do hipotálamo pode causar muitos efeitos neurogênicos conhecidos do sistema cardiovascular, incluindo aumento da pressão arterial, diminuição da pressão arterial, aumento da frequência cardíaca e diminuição da frequência cardíaca. Em geral, a estimulação das regiões posterior e lateral do hipotálamo aumenta a pressão arterial e frequência cardíaca, enquanto a estimulação da área pré-óptica, em geral, tem efeitos opostos, causando diminuição tanto na frequência cardíaca como da pressão arterial. Esses efeitos são transmitidos principalmente pelos centros específicos de controle cardiovascular, nas regiões reticulares da ponte e do bulbo.
2. Regulação da Temperatura Corporal: A área pré-óptica, está relacionada à regulação da temperatura corporal. Aumento da temperatura do sangue, que flui por essa área, aumenta a atividade dos neurônios sensíveis a temperatura, enquanto o decréscimo da temperatura diminui sua atividade.
3. Regulação da Água Corporal: O hipotálamo regula a água corporal por duas maneiras: (1) por criar a sensação de sede, o que faz o animal ou pessoa beber água e (2) pelo controle da excreção de água, na urina. A área, chamada centro da sede, está localizada na região lateral do hipotálamo. Quando os eletrólitos do líquido, tanto nesse centro como em áreas próximas, se tornam muito concentrados, o animal desenvolve desejo intenso de beber água; ele irá procurar a fonte mais próxima de água e beber o suficiente para retornar a concentração de eletrólitos no centro da sede ao normal. 
	O controle da excreção renal de água é realizado principalmente no núcleo supraóptico. Quando os líquidos corporais ficam muito concentrados, os neurônios dessas áreas são estimulados. Fibras nervosas desses neurônios se projetam para baixo, pelo infundíbulo do hipotálamo para a hipófise posterior, onde as terminações nervosas secretam o hormônio antidiurético (também chamado vasopressina). Esse hormônio é então lançado na circulação e transportado para os rins, onde age nos duetos coletores dos rins para aumentar a reabsorção de água. Isto diminui a perda de água na urina, mas permite a excreção contínua de eletrólitos, consequentemente diminuindo a concentração dos líquidos corporais de volta ao normal.
4. Regulação da Contratilidade Uterina e da Ejeção do Leite pelas Mamas: A estimulação dos núcleos paraventriculares causa aumento da secreção do hormônio ocitocina por suas células neuronais. Isso, por sua vez, causa aumento da contratilidade do útero, bem como a contração das células mioepiteliais circunjacentes aos alvéolos das mamas, o que então leva os alvéolos a esvaziar seu leite pelos mamilos.
	Ao final da gravidez, quantidades especialmente grandes de ocitocina são secretadas, e essa secreção ajuda a promover as contrações do parto que expelem o bebê. Além disso, toda vez que o bebê sugar a mama da mãe sinal reflexo do mamilo para o hipotálamo anterior também causará a liberação de ocitocina, e ela agora realiza a função necessária de contrair os ductos da mama, expelindo o leite pelos mamilos de tal forma que o bebê possa se alimentar.
5. Regulação Gastrointestinal e da Alimentação: A área associada à fome é a área hipotalâmica lateral. Dessa forma, qualquer dano a essa área em ambos os lados no hipotálamo leva o animal a perder o desejo pelo alimento, podendo causar sua morte por inanição. 
	O centro que se opõe ao desejo por comida, chamado centro da saciedade, está localizado no núcleo ventromedial. Quando esse centro é estimulado eletricamente o animal que está comendo para abruptamente de comer e mostra completa indiferença pela comida. Entretanto, se essa área for destruída bilateralmente, o animal não poderá ser saciado; ao contrário, seu centro de fome hipotalâmico ficará hiperativo, com apetite voraz, o que resultará em grande obesidade. Outra área do hipotálamo que entra no controle geral da atividade gastrointestinal são os corpos mamilares; eles controlam, pelo menos parcialmente, os padrões de muitos reflexos da alimentação, como lamber os lábios e a deglutição.
6. Controle Hipotalâmico da Secreção de Hormônios Endócrinos pela Hipófise Anterior: A hipófise anterior recebe seu suprimento sanguíneo, em sua maior parte, pelo sangue que flui primeiro através da parte inferior do hipotálamo e, então, através dos sinusoides da hipófise anterior. À medida que o sangue passa pelo hipotálamo, antes de alcançar a hipófise anterior, hormônios específicos de liberação e inibitórios são secretados no sangue por diversos núcleos hipotalâmicos. Esses hormônios são então transportados pelo sangue, para a hipófise anterior, onde agem nas células glandulares para controlar a liberação dos hormônios específicos da hipófise anterior. 
Funções Comportamentais do Hipotálamo e Estruturas Límbicas Associadas
Efeitos Causados por Estimulação do Hipotálamo.
A estimulação ou lesões do hipotálamo pode ter profundos efeitos no comportamento emocional de animais e dos seres humanos. Alguns dos efeitos comportamentais da estimulação são os seguintes:
1. A estimulação da região lateral do hipotálamo, não apenas causa sede e fome mas também aumenta o nível geral de atividade do animal, algumas vezes levando à raiva e à luta.
2. A estimulação do núcleo ventromedial e áreas adjacentes causa principalmente os efeitos opostos aos causados pela estimulação lateral hipotalâmica —isto é, sensação de saciedade, diminuição da alimentação e tranquilidade.
3. A estimulação de zona estreita dos núcleos periventriculares localizados imediatamente adjacentes ao terceiro ventrículo (ou, também, pela estimulação da área cinzenta central do mesencéfalo, que é contínua com essa porção do hipotálamo), usualmente, leva a reações de medo e punição.
4. O desejo sexual pode ser estimulado em diversas áreas do hipotálamo, especialmente nas porções mais anterior e mais posterior do hipotálamo.
Efeitos Causados por Lesões Hipotalâmicas.Em geral causam os efeitos opostos aos causados pela estimulação. Por exemplo:
1. Lesões bilaterais, na região lateral do hipotálamo, vão diminuir a sede e fome até quase a zero, em geral, levando à inanição letal. Essas lesões causam também extrema passividade do animal, com perda da maioria dos seus impulsos motivacionais.
2. Lesões bilaterais das áreas ventromediais do hipotálamo produzem efeitos que são, em sua maioria, opostos aos causados pelas lesões na região lateral do hipotálamo: beber e comer excessivamente, bem como hiperatividade e agressividade contínua, com surtos de raiva extrema a menor provocação.
3. A estimulação ou lesões em outras áreas do sistema límbico, especialmente na amígdala, na área septal e nas áreas do mesencéfalo, em geral, produz efeitos semelhantes aos produzidos pelo hipotálamo.
Centros de Recompensa
Estudos experimentais em macacos usaram estimuladores elétricos para mapear os centros de recompensa e punição do cérebro. Os principais centros de recompensa foram localizados ao longo do curso do fascículo prosencefálico medial, especialmente nos núcleos lateral e ventromedial do hipotálamo.
Centros de recompensa, menos potentes, que são provavelmente secundários aos principais do hipotálamo, são encontrados na área septal, na amígdala, em certas áreas do tálamo e nos gânglios da base, e se estendem para baixo, pelo tegmento basal do mesencéfalo.
Centros de Punição
A estimulação, nessas áreas, faz com que o animal mostre todos os sinais de desprazer, medo, terror, dor, punição e até mesmo doença.
As áreas mais potentes para as tendências de punição e fuga foram encontradas na substância cinzenta circundando o aqueduto de Sylvius, no mesencéfalo, e se estendendo para cima, para as zonas periventriculares do hipotálamo e tálamo. Áreas de punição menos potentes foram encontradas em algumas localizações da amígdala e do hipocampo. É particularmente interessante, que a estimulação dos centros de punição pode, muitas vezes, inibir completamente os centros de recompensa e prazer, mostrando que punição e medo podem prevalecer sobre prazer e recompensa.
Raiva —Sua Associação dos Centros de Punição
A estimulação forte dos centros de punição do cérebro especialmente, na zona periventricular e na região lateral do hipotálamo, faz o animal (1) desenvolver postura defensiva, (2) estender as garras, (3) levantar sua cauda, (4) sibilar, (5) cuspir, (6) rosnar e (7) desenvolver piloereção, olhos arregalados e pupilas dilatadas. Além disso, até a menor provocação causa ataque selvagem imediato. Esse é aproximadamente o comportamento que se esperaria de animal que está sendo gravemente punido, e é o padrão de comportamento que se chama raiva ou ira.
Exatamente o contrário desses padrões emocionais de comportamento ocorrem quando os centros de recompensa são estimulados: placidez e docilidade.
A Importância da Recompensa e da Punição no Comportamento
Quase tudo que fazemos é relacionado, de alguma forma, à recompensa ou à punição. Se estivermos fazendo algo que é recompensador, continuamos a fazê-lo; e se formos punidos, paramos de fazê-lo. Portanto, os centros de recompensa e de punição, sem dúvida, se constituem em um dos controladores mais importantes das nossas atividades físicas, nossos desejos, nossas aversões e nossas motivações.
A Importância da Recompensa ou Punição no Aprendizado e na Memória —Hábito versus Reforço
Se o estímulo de fato causar recompensa ou punição, em vez de indiferença, a resposta do córtex cerebral ficará cada vez mais intensa durante estimulação repetida em vez de desaparecer, e se diz que a resposta é reforçada. O animal acumula fortes traços de memória, para sensações que são recompensadoras ou punitivas, mas, por outro lado, desenvolve habituação completa a estímulos sensoriais indiferentes.
3.4 Caracterizar os mecanismos relacionados a manutenção da atenção
 Uma maneira pela qual a percepção se torna consciente é através da atenção que, em essência, é a focalização consciente e específica sobre alguns aspectos ou algumas partes da realidade. Assim sendo, nossa consciência pode, voluntariamente ou espontaneamente, privilegiar um determinado conteúdo e determinar a inibição de outros conteúdos vividos simultaneamente. Portanto, reconhece-se a atenção como um fenômeno de tensão, de esforço, de concentração, de interesse e de focalização da consciência.
Assim, a atenção pode sofrer alterações em todos os transtornos mentais e emocionais. Mesmo quando não existam alterações psíquicas tão evidentes, como é o caso da ansiedade simples, por isso que a atenção pode apresentar oscilações. Uma série de fatores intrapsíquicos pode modificar a sua eficácia, mesmo dentro dos limites da normalidade. Vários estados emocionais podem alterar a capacidade de atenção, ora alterando sua intensidade, ora alterando sua tenacidade ou sua vigilância. Sob a influência de determinados alimentos, de bebidas alcoólicas e de substâncias farmacológicas, a atenção também pode experimentar alterações em seu rendimento e em sua eficiência.
Portanto, a atenção pode ser entendida como uma atitude psicológica através da qual concentramos a nossa atividade psíquica sobre um estímulo especifico, seja este estímulo uma sensação, uma percepção, representação, afeto ou desejo, a fim de elaborar os conceitos e o raciocínio. Assim, de modo geral a atenção parece criar a própria consciência. Por conseguinte, o mecanismo biológico é descrito que para a atenção ser processada, essa conta com a atuação de todo o sistema nervoso desde os receptores do sistema nervoso periférico ao córtex encefálico. Como o sistema nervoso é um todo dinâmico, cada uma de suas estruturas pode estar relacionada a numerosas funções, é no córtex cerebral que as sensações se tornam conscientes, são processadas e transformadas em percepções, entretanto, não atua sozinho, para desempenhar suas atividades recebe a colaboração de todo o restante do sistema nervoso.
Pode-se dividir a atenção em quatro tipos, sendo quanto aos mecanismos utilizados pelos indivíduos e outros quanto ao nível de controle.
· O primeiro tipo de atenção relativo aos mecanismos utilizados pelo individuo é a atenção seletiva. Esse tipo de atenção diz respeito a capacidade que o indivíduo tem para dar respostas a questões especificas que exigem toda a focalização e concentração de forma a alcançar certos objetivos.
· O segundo tipo, é a atenção sustentada, que consiste na atenção dada quando uma pessoa precisa de se manter consistente sobre os requisitos para realizar determinada atividade por um longo período de tempo.
· O terceiro tipo, é atenção dividida, refere-se à capacidade de uma pessoa para atender a pelo menos dois estímulos simultâneos.
· O quarto tipo e a tenção flutuante, quando o indivíduo consegue atender várias situações ao mesmo tempo, sendo por isso um estado artificial de atenção que é cultivado devido a necessidade sentida no momento.
Temos ainda outra classificação que diz respeito à atenção voluntaria a e involuntária. A atenção voluntária envolve a seleção consciente do indivíduo numa determinada ação, estando por isso, diretamente relacionada com as expectativas e motivações. Já a involuntária diz respeito à que é despertado devido às características peculiares de determinados estímulos, ou seja, acontecem quando ocorrem eventos inesperados no ambiente onde o indivíduo encontra-se inseridos.
3.5 Descrever os mecanismos fisiológicos da memória de curto e longo prazo
 Memória – papéis da facilitação sináptica e inibição sináptica
Fisiologicamente, memórias são armazenadas no cérebro pela mudança da sensibilidade básica da transmissão sináptica entre neurônios como resultado da atividade neural prévia. As vias novas ou facilitadas são chamadas de traços de memória. Eles são importantes porque uma vez que os traços são estabelecidos, eles podem ser seletivamente ativados pelos processos mentais para reproduzir as memórias.
Experimentos em animais inferiores demonstraram que os traços de memória podemocorrer em todos os níveis do sistema nervoso. Mesmo reflexos da medula espinhal podem mudar pelo menos levemente em resposta à ativação repetida da medula espinhal, e estas mudanças no reflexo são partes de um processo de memória. Além disso, memórias de longo prazo também podem resultar de condução sináptica alterada em centros subcorticais. Entretanto, a maioria das memórias que nós habitualmente associamos a processos intelectuais está baseada em traços mnemônicos estabelecidos no córtex cerebral.
MEMÓRIA DE CURTO PRAZO 
É ilustrada pela memória que se tem de 7 a 10 dígitos num telefone por alguns segundos ou até alguns minutos de cada vez, mas dura somente enquanto a pessoa continua a pensar nos números ou fatos.
Muitos fisiologistas sugeriram que esta memória de curto prazo seja causada pela atividade neural contínua resultando de sinais neurais que se propagam em círculos num traço de memória temporária num circuito de neurônios reverberantes. Ainda não foi possível provar esta teoria. Outra explicação possível para a memória de curto prazo é a facilitação ou inibição pré-sináptica. Isto ocorre em sinapses que ficam em fibras nervosas terminais imediatamente antes que estas formem sinapses com o neurônio subsequente. As substâncias neurotransmissoras liberadas em tais terminais frequentemente causam facilitação ou inibição que duram segundos ou até vários minutos. Circuitos deste tipo poderiam levar à memória de curto prazo. 
MEMÓRIA DE PRAZO INTERMEDIÁRIO 
Podem durar por muitos minutos ou até semanas. Serão eventualmente perdidas se os traços de memorias não forem ativados o suficiente para se tornarem mais permanentes, então são classificados como memórias de longo prazo. Experimentos em animais primitivos mostraram que memórias do tipo prazo intermediário podem resultar de mudanças temporárias químicas ou físicas, ou ambas, tanto nos terminais pré-sinápticos quanto nas membranas pós-sinápticas, mudanças estas que podem persistir por alguns minutos a várias semanas. Estes mecanismos são tão importantes que merecem uma descrição especial.
Memória baseada em mudanças químicas no terminal pré-sináptico ou na membrana neuronal pós-sináptica
Terminal sensorial é estimulado repetidamente, mas não há estimulação do terminal facilitador, a transmissão do sinal é inicialmente grande, mas vai se tornando cada vez menos intensa com a repetição, até quase desaparecer, fenômeno chamado de: habituação, que é um tipo de memória negativa, que faz o circuito neuronal perder sua resposta a eventos repetidos que sao insignificantes.
O caso contrário do anterior, a facilitação se tornará cada vez mais forte, e permanecerá assim por até semanas, mesmo sem estimulação adicional do terminal facilitador. Assim, o estímulo nocivo faz com que as vias de memória pelo terminal sensorial ficam facilitadas nos dias e semanas seguinte, e mesmo se a habituação ocorrer, essa vida pode ser reconvertida para a via facilitada com apenas alguns estímulos nocivos.
Mecanismo molecular da memória intermediária
Para a habituação: o efeito de habituação no terminal sensorial resulta do fechamento progressivo de canais de cálcio na membrana terminal, apesar da causa do fechamento desses não ser completamente conhecida. Quantidades muito menores de cálcio podem se difundir para o terminal habituado, portanto, muito menos neurotransmissores são liberados pelo terminal sensorial.
Para a facilitação: 
1) estimulação do terminal pré-sináptico facilitador, concomitante ao momento em que o terminal sensorial estimulado causa a liberação de serotonina, na sinapse facilitadora, na superfície do terminal sensorial (efeito associativo leva a um aumento prolongado da sensibilidade excitatória do terminal sensorial e isso estabelece o traço de memória); 
2) serotonina age em receptores serotoninérgicos na membrana do terminal Sensorial, e esses receptores ativam a enzina Adenil ciclase (lado interno da membrana). E causa formação de monofosfato de adenosina cíclico (AMPc, no terminal pré-sináptico);
 3) AMPc ativa proteinocinase que causa a fosforilação de proteína que é parte dos canais de potássio, na membrana do terminal sináptico sensorial bloqueia, então, a condutância de potássio pelos canais e pode durar até semanas;
 4) falta de conduância de potássio leva a um potencial de ação prolongado na terminação Sináptica, uma vez que a saída de íons potássio é necessária para a recuperação rápida do potencial de ação; 
5) potencial prolongado leva a ativação prolongada dos canais de Cálcio, permitindo a entrada de grande quantidade de íons cálcio no terminal sináptico Sensorial. Estes íons cálcio levam à liberação muito aumentada de neurotransmissor pela sinapse o que facilita a transmissão sináptica para o neurônio seguinte.
MEMÓRIA DE LONGO PRAZO
Pode ser recordada até anos ou mesmo a vida inteira; É o resultado de alterações estruturais reais, em vez de somente químicas nas sinapses, e estas realçam ou suprimem a condução dos sinais.
 
Mudanças estruturais que ocorrem nas sinapses durante o desenvolvimento da memória a longo prazo:
Mudanças físicas estruturais mais importantes:
1. Aumento dos locais onde as vesículas liberam a substância neurotransmissora;
2. Aumento do número de vesículas transmissoras;
3. Aumento do número de terminais pré-sinápticos;
4. Mudanças nas estruturas das espinhas dendríticas que permitem a transmissão de sinais mais fortes.
Vale ressaltar que a consolidação acontece com a repetição aumentada de informações, essa por sua vez, promove mudanças químicas, físicas e anatômicas.
Consolidação da memória
3.6 Reconhecer as diversas formas de classificação de memória quanto o tempo, função e local
 Memória é a capacidade de se adquirir, armazenar e evocar informações. A etapa de aquisição é a aprendizagem do mesmo modo que a evocação é a etapa de lembrança. São tão numerosas e diversificadas as memórias que cada um tem armazenadas no cérebro, que isso torna praticamente impossível a existência de duas pessoas iguais. Assim, a base da individualidade está na memória. O conjunto das memórias de um indivíduo é parte importante da sua personalidade. 
Memórias são armazenadas no cérebro pela variação da sensibilidade básica de transmissão sináptica, entre neurônios, como resultado da atividade neural prévia. As vias novas ou facilitadas são chamadas de traços de memória. Eles são importantes, porque, uma vez que os traços são estabelecidos, eles podem ser seletivamente ativados pelos processos mentais para produzir as memórias. 
Às vezes interpretamos as memórias como recordações positivas de pensamentos ou de experiências passadas, porém a maior parte das nossas memórias é negativa, isto é, nosso cérebro é inundado com informação sensorial de todos os nossos sentidos. O cérebro tem a capacidade de aprender a ignorar informações sem sequência, porque se não seria a capacidade de memória seria excedida. Essa capacidade resulta da inibição das vias sinápticas para esse tipo de informação; o efeito resultante chama-se habituação, que é um tipo de memória negativa.
A informação que entra no cérebro e causa consequências importantes, tais como dor ou prazer, o cérebro tem a capacidade automática diferente de realçar e armazenar os traços mnemônicos. Isso é memória positiva, resultado da facilitação das vias sinápticas e o processo se chama sensibilização de memória.
Classificação das memórias:
1) Memórias a curto prazo: inclui memórias que duram por segundos ou, no máximo minutos se não forem convertidas em memórias a longo prazo;
2) Memórias de prazo intermediário: que duram dias a semanas mas, então desaparecem;
3) Memórias a longo prazo: uma vez armazenada, pode ser recordada até anos ou mesmo uma vida inteira mais tarde;
4) Memória de trabalho: inclui a memória a curto prazo, que é usada durante o raciocínio intelectual, mas é finalizada conforme cada passo do problema for resolvido.
Memórias são classificadas segundo o tipo de informação armazenada:
1) Memória declarativa: significa basicamente a memória dosvários detalhes do pensamento integrado como, por exemplo, memória de experiência importante que inclui (1) memória do ambiente, (2) memória das relações temporais; (3) memória de causas de experiência, (4) memória do significado de experiência; e (5) memória de deduções que ficaram na mente do indivíduo;
2) Memória de habilidades: associada a atividades motoras do corpo da pessoa, tais como todas as habilidades desenvolvidas, para bater numa bola de tênis, incluindo memórias automáticas para (1) avistar a bola; (2) calcular a relação e a velocidade da bola com a raquete; e (3) deduzir rapidamente os movimentos do corpo e dos braços e da raquete necessários para rebater a bola como desejado com todas essas capacidades ativadas instantaneamente, com base no aprendizagem anterior do jogo de tênis – então, continua o próximo lance do jogo enquanto se esquecem os detalhes do lance prévio.
Para a consolidação da memória e o tempo necessário para que ela aconteça podem provavelmente serem explicados pelo fenômeno de repetição da memória a curto prazo. A repetição da mesma informação várias vezes na mente acelera e potencializa o grau de transferência da memória a curto prazo para a memória a longo prazo, e assim acelera e aumenta a consolidação.
O hipocampo promove o armazenamento das memórias. Ele é a porção medial do córtex do lobo temporal, onde ele primeiro se dobra medialmente, sob o hemisfério cerebral, e depois para cima em direção à superfície inferior e medial do ventrículo lateral. Os hipocampos figuram entre as vias de saída mais importantes, das áreas de “recompensa” e “punição” do sistema límbico. Lesões hipocampais, podem desencadear a amnésia retrógada (incapacidade de recordar memórias do passado).
3.7 Reconhecer os estágios do processo de aprendizado. Relacionar com atenção e memória
 A aprendizagem é um processo contínuo que ocorre durante toda a vida do indivíduo, desde a mais tenra infância até a mais avançada velhice. Normalmente uma criança deve aprender a andar e a falar; depois a ler e escrever, aprendizagens básicas para atingir a cidadania e a participação ativa na sociedade. Já os adultos precisam aprender habilidades ligadas a algum tipo de trabalho que lhes forneça a satisfação das suas necessidades básicas, algo que lhes garanta o sustento. As pessoas idosas embora nossa sociedade seja reticente quanto às suas capacidades de aprendizagem podem continuar aprendendo coisas complexas como um novo idioma ou ainda cursar uma faculdade e virem a exercer uma nova profissão.
Dessa forma a aprendizagem acontece da interação sujeito/sujeito ou sujeito/objeto ao longo da existência. Todo conhecimento que temos advindo da educação formal ou não, necessita permanecer em nossa memória para que seja considerado aprendizado, pois se não lembramos, é sinal que não aprendemos. Deste modo, aprendizagem tem íntima relação com memória e se não fosse por esse mecanismo, passaríamos cada minuto da nossa vida tendo de aprender.
As quatro fases do processo de aprendizagem e como elas se aplicam em nossa vida:
 1ª fase do aprendizado: incompetência inconsciente - Nessa fase há consciência da falta de habilidade para executar certa função ou atividade. Este é o estágio em que inicia o processo de aprendizado. 
 2ª fase do aprendizado: incompetência consciente - A incompetência consciente acontece quando passa a ter consciência da falta de habilidade para determinada atividade.
 3ª fase do aprendizado: competência consciente - Na fase da competência consciente passa-se fazer todas as operações de maneira correta
 4ª fase do aprendizado: competência inconsciente - A competência inconsciente significa fazer tudo de uma vez sem perceber como se faz, porque já foram muitas práticas e repetições.  
Para que haja o aprendizado é necessária a consolidação da memória, assim a conversão da memória a curto prazo para a memória a longo prazo, que pode ser evocada semanas ou anos depois, ela precisa ser “consolidada”, isto é, a memória a curto prazo se ativada repetidamente promoverá mudanças químicas, físicas e anatômicas nas sinapses que são responsáveis pela memória a longo prazo. Esse processo requer 5 a 10 minutos, para consolidação mínima e 1 hora ou mais, para consolidação forte. Por exemplo, se forte impressão sensorial é feita no cérebro, mas é seguida dentro de mais ou menos 1 minuto, por convulsão induzida eletricamente, a experiência sensorial não será lembrada. Da mesma forma, a concussão cerebral, a aplicação repentina de anestesia geral profunda ou qualquer outro efeito que bloqueie temporariamente a função cerebral dinâmica podem impedir a consolidação da memória.
A consolidação e o tempo necessário para ela ocorrer podem provavelmente serem explicados pelo fenômeno de repetição da memória a curto prazo.
 Ou seja, a repetição aumenta a transferência da memória a curto prazo para a memória a longo prazo, estudos mostraram que a repetição da mesma informação várias vezes na mente acelera e potencializa o grau de transferência da memória a curto prazo para a memória a longo prazo, e assim acelera e aumenta a consolidação. O cérebro tem tendência natural de repetir as informações novas, especialmente as que atraiam a atenção. Portanto, ao longo de certo período, as características importantes das experiências sensoriais ficam progressivamente cada vez mais fixadas nos bancos da memória. Isso explica porque a pessoa pode lembrar pequenas quantidades de informação, estudadas profundamente, muito melhor do que grande quantidade de informação estudada superficialmente. Também explica porque a pessoa bem acordada pode consolidar memórias muito melhor do que a pessoa em estado de fadiga mental.
 Nota-se então que, novas memórias são codificadas durante a consolidação uma das características mais importantes da consolidação é que novas memórias são codificadas em diferentes classes de informação. Durante esse processo, tipos semelhantes de informação são retirados dos arquivos de armazenagem de memórias e usados para ajudar a processar a nova informação. O novo e o velho são comparados a respeito de semelhanças e diferenças, e parte do processo de armazenagem consiste em guardar a informação sobre essas semelhanças e diferenças, e não em guardar a nova informação não processada. Assim, durante a consolidação, as novas memórias não são armazenadas aleatoriamente no cérebro, mas sim em associação direta com outras memórias do mesmo tipo. Isso é necessário para se poder “procurar” posteriormente a informação requerida na memória armazenada.
3.8 Relacionar a privação do sono com memória e aprendizado
 Diversos estudos foram realizados com o intuito de verificar a influência do sono no processo de codificação da memória. Os indivíduos privados de sono, exibiam significativamente uma pior performance da codificação da memória, resultando em uma menor capacidade de desempenho. 
Estudos de neuroimagem sugerem que o sono inadequado antes do aprendizado (pelo menos uma noite antes) produz mudanças na atividade cerebral durante a codificação, que envolve a incapacidade do lobo temporal medial de exercer normalmente sua função durante a aprendizagem, combinadas com tentativas de potencial compensação das regiões pré-frontal, que por sua vez podem facilitar o recrutamento da função do lobo parietal. Estudos têm demonstrado que a privação de sono, antes de eventos com algum tipo de aprendizado, pode ocasionar deficiência significativa no desempenho da codificação da memória declarativa (especificamente na “memória de trabalho”). 
O impacto da privação do sono sobre a dinâmica neural associada com a codificação da memória declarativa tem sido examinada usando FMRI (Ressonância Magnética Funcional). Há relatos que uma única noite de privação de sono produz um déficit significativo na atividade hipocampal durante a codificação da memória episódica, resultando em uma fraca retenção subsequente. Essas deficiências hipocampais causam um padrão diferente de conectividade funcional em redes no tronco cerebral e tálamo. Nessesentido, foi observado que a memória do hipocampo é prejudicada pela privação do sono, mas o sucesso ou fracasso da memória foi mais associado com a atividade em diferentes regiões do lobo pré-frontal.
No século XXI, além de se ter pouco tempo para pensar (refletir), no tempo que se tem, há uma profusão de atividades na intenção de conquistar qualidade de vida. Ascendem ao cotidiano, mais ansiedades, medos, distúrbios, transtornos e dificuldades nos ambientes sociais, incluindo o ambiente escolar. E, especificamente, no caso dos distúrbios, há o distúrbio do sono. 
Em princípio, há o reconhecimento de que o sono é qualidade de vida; é um regulador essencial das condições de saúde; é responsável pelo desempenho físico e mental de uma pessoa, capaz de influir na coordenação motora, na capacidade de raciocínio e de memória, na ansiedade, na disposição emocional e no desempenho cognitivo, além de regulação hormonal, da recuperação física e do crescimento e da temperatura corporais; também se reconhece que a falta de sono é um importante (e visível) interferidor do processo de aprendizagem, mesmo entre aprendentes de contextos sociais, ‘ensinos’ (privado e público) e turnos diferentes. 
Mas atenção, o sono não é uma função, mas um estado de vida cujas funções principais são restauração dos processos químicos e físicos e também conservar a energia do organismo. Então, quais são os hábitos modernos que estão provocando determinadas sonolências nos aprendentes, em turnos e contextos diferentes, e, por conseguinte, alterando os processos de aprendizagem, mesmo diante de atividades de ensino atrativas? Durante o sono, o sistema nervoso central está ativo e faz uma ‘higiene’ neuronal provocando um rendimento satisfatório nas tarefas diárias e fortalecendo a memória.
 Há um momento de ‘relaxamento’ interno, ainda que o funcionamento cerebral não seja suspenso. Há uma redução generalizada da descarga dos neurônios cerebrais, mas um aumento de forma notável das frequências de descarga dos neurônios. No período do sono, há a reorganização do que se apreendeu (assimilou) em vigília. Durante anos percebeu-se que muitas dificuldades intelectuais de aprendizagem referiam-se às interferências externas. Para além da percepção de que cada aprendente tem seu estilo emocional e cognitivo, diante das tantas experiências adquiridas, cresce o entendimento de que as aprendizagens sofrem determinados bloqueios tendo em vista algumas faltas: alimentação, atividade motora, autoestima, limites e sono. Este último ‘ganhou’ maior importância, principalmente, pela sua visibilidade em momentos ‘inoportunos’, mesmo diante de propostas pedagógicas dinâmicas e desafiantes. 
Na evolução do desenvolvimento humano e sua adaptação aos diferentes ambientes, o cérebro se reestruturou por questão de sobrevivência principalmente. Esta reestruturação é o ajuste necessário à incorporação de todas as informações assimiladas durante do dia (vigília) e à promoção de novas ações bioquímicas, que estabeleçam a cognição, a emoção e os comportamentos importantes à construção de boas relações e, no caso deste trabalho, do aprendizado na escola. É reconhecer a estrutura cerebral composta de córtex pré-frontal, do sistema límbico e da dupla tronco encefálico e cerebelo: é o chamado ‘cérebro triuno’. Este cérebro funciona em rede e de forma complexa e intrínseca, de acordo com seus canais comunicantes: os sentidos. Nesta trama, muitas possibilidades de aprender dependendo dos tipos de estímulos.
3.9 Descrever a importância de estruturas do tronco encefálico relacionados às emoções
No tronco encefálico estão localizados vários núcleos de nervos cranianos, viscerais ou somáticos, além de centros viscerais como o centro respiratório e o vasomotor. A ativação destas estruturas por impulsos nervosos de origem telencefálica ou diencefálica ocorre nos estados emocionais, resultando nas diversas manifestações que acompanham a emoção, tais como o choro, as alterações fisionômicas, a sudorese, a salivação, o aumento do ritmo cardíaco, etc. 
Além disto, as diversas vias descendentes que atravessam ou se originam no tronco encefálico vão ativar os neurônios medulares, permitindo aquelas manifestações periféricas dos fenômenos emocionais que se fazem por nervos espinhais ou pelos sistemas simpático e parassimpático sacral. Deste modo, o papel do tronco encefálico é principalmente efetuador, agindo basicamente na expressão das emoções. Contudo, existem dados que sugerem que a substância cinzenta central do mesencéfalo e a formação reticular podem ter, também, um papel regulador de certas formas de comportamento agressivo.
 Assim, é tronco encefálico origina-se a maioria das fibras nervosas monoaminérgicas do sistema nervoso central, destacando-se aquelas que constituem as vias serotoninérgicas, noradrenérgicas e dopaminérgicas. Estas vias projetam-se para o diencéfalo e telencéfalo e, deste modo, exercem ação moduladora sobre os neurônios e circuitos nervosos existentes nas principais áreas encefálicas relacionadas com o comportamento emocional. É especialmente importante a via dopaminérgica mesolímbica, que se projeta especificamente para áreas altamente relevantes à regulação dos fenômenos emocionais, como o sistema límbico e a área pré-frontal. Em síntese, embora os centros encefálicos mais importantes para a regulação das emoções não estejam no tronco encefálico, estes centros sofrem influência de neurônios nele localizados, através das vias monoaminérgicas que aí se originam.
Os sinais neurais no tronco cerebral ativam os hemisférios cerebrais por duas formas: (1) por estimular diretamente o nível basal da atividade neuronal, em grandes áreas do cérebro; e (2) por ativar sistemas neuro-hormonais que liberam neurotransmissores específicos, facilitadores ou inibidores, semelhantes a hormônios, em áreas selecionadas do cérebro.
Área Reticular Excitatória do Tronco Cerebral envia profusão de sinais na direção ascendente. A maioria desses sinais vai primeiro para o tálamo, onde eles excitam grupamento distinto de neurônios que transmitem sinais nervosos para todas as regiões do córtex cerebral, bem como para múltiplas áreas subcorticais".
Os sinais que passam pelo tálamo são de dois tipos. Um tipo são os potenciais de ação transmitidos rapidamente que excitam o prosencéfalo por apenas alguns milissegundos. Eles são originados de corpos neuronais grandes, situa­dos por toda a área reticular do tronco cerebral. Suas terminações nervosas liberam o neurotransmissor acetilcolina, que serve como agente excitatório, durando por apenas alguns milissegundos antes de ser destruída.
O segundo tipo de sinal excitatório se origina de grande número de pequenos neurônios, disseminados por toda área reticular excitatória do tronco cerebral. Novamente, a maioria se dirige para o tálamo, mas, dessa vez, por fibras delgadas de condução lenta, que fazem sinapse, principalmente no núcleo intralaminar do tálamo e no núcleo reticular sobre a superfície do tálamo. Daí, pequenas fibras se projetam para todo o córtex cerebral. O efeito excitatório, causado por esse sistema de fibras, pode se prolongar, progressivamente, por diversos segundos a minutos ou mais, o que sugere que seus sinais são especialmente importantes para controlar, a longo prazo, o nível basal de excitabilidade do cérebro.
Não apenas sinais excitatórios se dirigem para o córtex cerebral da área excitatória bulborreticular do tronco cerebral, mas sinais de feedback também retornam do córtex cerebral para a mesma área. Portanto, a qualquer momento em que o córtex cerebral for ativado, tanto por processos oriundos da atividade mental quanto por processos motores, sinais são enviados pelo córtex para a área excitatória do tronco cerebral, que, por sua vez, manda ainda mais sinais excitatórios para o córtex. Esse processo ajuda a manter o nível de excitabilidade do córtex cerebral ou até a aumentá-lo. Existe mecanismo geral de feedback positivo, permitindo a qualquer atividade que se inicie no córtex cerebral gerarainda mais atividade, levando então ao estado de mente “acordada”.
Além disso, há ainda a área reticular inibitória situada no tronco cerebral inferior, situada medial e ventralmente no bulbo. Essa área pode inibir a área reticular facilitadora da parte superior do tronco cerebral e consequentemente também diminuir a atividade nas porções prosencefálicas. Um dos mecanismos para essa atividade consiste em excitar neurônios serotoninérgicos; estes, por sua vez, liberam o neurotransmissor serotonina em pontos cruciais do cérebro.
Além do controle direto da atividade cerebral, pela transmissão específica de sinais neurais do tronco cerebral para as regiões corticais, ainda outro mecanismo fisiológico é muito usado para controlar a atividade cerebral. Esse mecanismo consiste na secreção de agentes hormonais neurotransmissores excitatórios ou inibitórios, na própria substância do cérebro. Esses neuro-hormônios, em geral, persistem por minutos a horas e, consequentemente, permitem longos períodos de controle, em vez de apenas ativação ou inibição instantânea. Sendo, (1) o sistema da norepinefrina; (2) o sistema da dopamina; e (3) o sistema da serotonina. Usualmente, a norepinefrina funciona como hormônio excitatório, enquanto a serotonina é inibitória e a dopamina é excitatória em algumas áreas, mas inibitória em outras. Esses três sistemas têm diferentes efeitos nos níveis de excitabilidade, em diferentes partes do cérebro. O sistema da norepinefrina se dispersa para praticamente todas as áreas do encéfalo, enquanto os sistemas serotoninérgico e dopaminérgico são direcionados para regiões muito mais específicas do encéfalo — o dopaminérgico, principalmente, para as regiões dos gânglios da base e o serotoninérgico mais para estruturas da linha média.
3.10 Descrever a importância do hipotálamo, tálamo, área pré-frontal dos fenômenos emocionais
 HIPOTÁLAMO
A participação do hipotálamo na regulação do comportamento emocional, foi amplamente confirmada em vários animais e no homem. Estimulações elétricas ou lesões do hipotálamo determinam respostas emocionais complexas, como raiva e medo, ou, conforme a área, placidez. Verificou-se, por exemplo, que a lesão do núcleo ventromedial do gato torna o animal extremamente agressivo e perigoso. Em uma experiência clássica verificou-se que, quando se retiram os hemisférios cerebrais de um gato, inclusive o diencéfalo, deixando-se apenas a parte posterior do hipotálamo, o animal desenvolve um quadro de raiva que desaparece quase completamente quando se destrói todo o hipotálamo. Sabe-se hoje que este quadro de raiva só aparece quando são incluídas na lesão áreas corticais ou subcorticais do sistema límbico. Este sistema, através de inúmeras conexões, exerce uma ação inibidora sobre o hipotálamo posterior que, quando liberado, funciona como agente de expressão das manifestações viscerais e somáticas que caracterizam a raiva. Ao que parece, o hipotálamo tem um papel preponderante como coordenador das manifestações periféricas das emoções. Sabe-se, entretanto, que a estimulação de certas áreas do hipotálamo do homem desperta uma sensação de prazer, o que sugere sua participação também no componente central, subjetivo, da emoção.
A maioria das modificações do comportamento observadas em experiências com o hipotálamo de animais já foi também observada no homem, em experiências realizadas durante o ato operatório ou como conseqüência de traumatismos, tumores, lesões vasculares ou infecções desta região. Não resta, pois, dúvidas de que o hipotálamo exerce um importante papel na coordenação e integração dos processos emocionais.
TÁLAMO
Lesões ou estimulações do núcleo dorso medial e dos núcleos anteriores do tálamo já foram correlacionadas com alterações da reatividade emocional no homem. Ao que parece, entretanto, a importância destes núcleos na regulação do comportamento emocional decorre de suas conexões. O núcleo dorso medial liga-se ao córtex da área pré-frontal ao hipotálamo e ao sistema límbico.
Os núcleos anteriores ligam-se ao corpo mamilar e ao córtex do giro do cíngulo, fazendo parte de circuitos do sistema límbico. 
 ÁREA PRÉ-FRONTAL
A área pré-frontal corresponde à parte não motora do lobo frontal, caracterizando-se como córtex de associação supramodal. Essa área desenvolveu-se muito durante a evolução dos mamíferos e no homem ocupa cerca de 1/4 da superfície do córtex cerebral. Através dos fascículos de associação do córtex ela recebe fibras de todas as demais áreas de associação do córtex, ligando-se ainda ao sistema límbico. 
Especialmente importantes são as extensas conexões recíprocas que ela mantém com o núcleo dorso medial do tálamo. Informações sobre o significado funcional da área pré-frontal têm sido obtidas principalmente através de experiências feitas em macacos e observação de casos clínicos nos quais houve lesão nessa área. Destes, um dos mais famosos ocorreu em 1868, quando P.T. Gage, funcionário de uma ferrovia americana, teve seu córtex pré-frontal destruído por uma barra de ferro, durante uma explosão. Ele conseguiu sobreviver ao acidente, mas sua personalidade, antes caracterizada pela responsabilidade e seriedade, mudou dramaticamente. Embora com suas funções cognitivas basicamente normais, ele perdeu totalmente o senso de suas responsabilidades sociais e passou a vaguear de um emprego para outro, dizendo "as mais grosseiras profanidades" e exibindo a barra de ferro que o vitimara. "Sua mente estava tão radicalmente mudada que seus amigos diziam que ele não era mais o mesmo Gage", afirma Harlow (Harlow, H.M. – 1868 – “Recovery from the passage of na iron bar through the head”. Mass. Med. Publ. 2:327).
Com base nessas experiências, Egas Moniz e Almeida Lima, dois cirurgiões portugueses, fizeram pela primeira vez, em 1936, a lobotomia (ou leucotomia) pré-frontal, para tratamento de doentes psiquiátricos com quadros de depressão e ansiedade. A operação consiste em uma secção bilateral da parte anterior dos lobos frontais, passando adiante dos cornos anteriores dos ventrículos laterais. Sabe-se hoje que os resultados devem-se principalmente à secção das conexões da área pré-frontal com o núcleo dorso medial do tálamo. Essa cirurgia melhora os sintomas de ansiedade e depressão dos doentes, que entram em estado de ‘tamponamento psíquico’, ou seja, deixam de reagir a circunstâncias que normalmente determinam alegria ou tristeza. Assim, por exemplo, pacientes com dores intratáveis causadas por um câncer e profundamente deprimidos, após a lobotomia, embora continuem a sentir dor, melhoram do ponto de vista emocional e passam a não dar mais importância à sua grave situação clínica. O trabalho de Egas Moniz e Almeida Lima sobre a leucotomia frontal teve grande repercussão, pois pela primeira vez empregou-se uma técnica cirúrgica para tratamento de doenças psíquicas (psicocirurgia). O método foi largamente usado, caindo em desuso com o aparecimento de drogas de ação antidepressiva. Uma conseqüência indesejável da leucotomia é que muitos pacientes perdem a capacidade de decidir sobre os comportamentos mais adequados diante de cada situação, podendo, por exemplo, com a maior naturalidade, urinar, defecar ou masturbar-se em público.
 Embora existam ainda muitas divergências e especulações em torno do significado funcional da área pré-frontal, a interpretação às vezes difícil de dados experimentais e clínicos, como os expostos acima, permite concluir que esta área está envolvida pelo menos nas seguintes funções:
a) escolha das opções e estratégias comportamentais mais adequadas à situação física e social do indivíduo, assim como a capacidade de alterá-las quando tais situações se modificam;
b) manutenção da atenção. Vimos que lesões na área pré-frontal causam distração, ou seja, os pacientes têm dificuldade de se concentrar e fixar voluntariamente a atenção. Cabe lembrar que outras áreas cerebrais - a formação reticular inclusive - também estão envolvidas no fenômeno da atenção. Entretanto, os aspectos mais complexos dessa função, como, por exemplo,a capacidade de seguir seqüências ordenadas de pensamentos, dependem fundamentalmente da área pré-frontal;
c) controle do comportamento emocional, função exercida juntamente com o hipotálamo e o sistema límbico.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conclui-se, portanto, que o Sistema Límbico é peça fundamental para o comportamento humano. Seus distúrbios exibem padrões que podem ser característicos de lesões específicas. Seus circuitos trabalham para proporcionar os estímulos necessários para motivar os indivíduos a perseguirem suas necessidades, e alterações como a depressão influenciam justamente sobre estes mecanismos, encarcerando o paciente em desmotivação e apatia.
O aprendizado também é fundamentalmente ligado ao sistema límbico, de maneira que as emoções como raiva e alegria, quão mais intensas forem, mais favorecidos são os processos de armazenamento, relacionando a memória e consolidação da mesma, além disso, a apatia quanto à situações e processos implica no esquecimento de determinadas experiências.
REFERÊNCIAS
 
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HALL, Guyton e. Tratado de Fisiologia Médica. 11. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006.
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Mecanismos comportamentais e motivacionais do cérebro: o sistema límbico e o hipotálamo. In: Tratado de Fisiologia Médica. 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. Cap. 58. p. 749-759.
HALL, John Edward; GUYTON, Arthur C. Tratado de fisiologia médica. Mecanismos Comportamentais e Motivacionais do Cérebro — o Sistema Límbico e o Hipotálamo. 13. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. Cap.58, pp. 745-749.
MACHADO, Angelo B. M.; HAERTEL, Lucia, M. Neuroanatomia funcional. 3.ed. São Paulo: Editora Atheneu, 2014. Cap.28, pp. 269-273.
MACHADO, Ângelo. Áreas Encefálicas Relacionadas com as Emoções. O sistema Límbico. Psiquiatria Geral. Disponível em: <https://www.psiquiatriageral.com.br/cerebro/emocoes.htm>. Acesso em: 26 abr. 2019.
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