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Laboratório de Propedêutica Integrada – LPI1 AP MÓDULO I Problema 1 DOR * PACTO – Aula Inicial Horário (tolerância de 10 min.) Celular Sentar nos computadores Relatórios e resumos do assunto da aula Respondendo os objetivos gerais e específicos Livros * Roteiro Atividade Prévia (Resumo) – Próxima aula terá 2 resumos. Objetivos Gerais e Específicos Caso Clínico Integrador Discussão Inicial Mini-aula Estudo em Grupo Discussão Final * 1- Introdução A Patologia se dedica ao estudo das alterações estruturais, bioquímicas e funcionais em células, tecidos e órgãos que constituem as bases das doenças. 2- Objetivos de Aprendizagem OG1 Compreender os aspectos do processo de doença que são o cerne da Patologia OE1 OG2 Compreender as respostas celulares ao estresse e aos estímulos nocivos OE2 CASO CLÍNICO INTEGRADOR * CASO CLÍNICO: Roberto, 35 anos, etilista e tabagista. Há seis meses iniciou com dor abdominal que piorou nos últimos 15 dias. Foi hospitalizado com dor no quadrante inferior do abdome, em pontada, de moderada intensidade com irradiação para a região lombar, flanco e hipocôndrio esquerdo. Apresentava também anorexia, constipação, distensão abdominal, náuseas, vômitos e sudorese. A dor exacerbava-se com a alimentação e melhorava com uso de dipirona. Sem febre, melena ou enterorragia. Referia duas internações anteriores devido a sintomatologia semelhante. Em ambas foi tratado como cirrótico por alcoolismo, recebendo alta sem melhora de suas queixas. Apresentava-se em regular estado geral, hipocorado +/+4, dispnéico, normocárdico e normotenso. As auscultas cardíaca e pulmonar eram normais. O padrão respiratório era predominantemente torácico. No abdome havia ruídos hidroaéreos, timpanismo à percussão, tensão aumentada, dor à palpação profunda, principalmente do hipocôndrio e flanco esquerdos. À manobra de Smith-Bates evidenciava-se nodulações na parede abdominal. Estavam ausentes visceromegalias, macicez móvel e circulação colateral. Os sinais de Giordano, Blumberg e Murphy foram negativos. Não havia edema de membros inferiores. O hemograma, a bioquímica e a urina rotina mantiveram-se dentro da normalidade. As provas inflamatórias - proteína C retiva, mucoproteína, hemossedimentação - apresentavam-se positivas. O teste tuberculínico e o antivírus da imunodeficiência humana estavam negativos. * CASO CLÍNICO CONT.: A radiografia de tórax demonstrou imagens nodulares na região infraclavicular direita e no terço inferior direito.O ultra-som abdominal evidenciou alteração hepática sugestiva de cirrose, ascite grau II, espessamento de alças intestinais, traves de fibrina, espessamento e nódulos peritoneais. A paracentese guiada por ultra-som e a análise do líquido ascítico enviado para análise revelou caráter inflamatório exsudativo e pesquisa de Bacilo de Koch negativa. A tomografia abdominal confirmou os achados ultrasonográficos, evidenciando com mais precisão o espessamento e a nodulosidade peritoneais. A hipótese de tuberculose peritoneal foi aventada e foi realizada laparotomia exploradora com biópsia para diagnóstico definitivo. Observou-se importante espessamento peritoneal, com tecido friável e com pontos brancos (caseosos?) na superfície intestinal. Presença de líquido ascítico claro, de moderada quantidade e com grande número de aderências impossibilitou a visualização do abdome superior.Foi coletado material peritoneal para biópsia e o estudo microscópico evidenciou processo inflamatório crônico, com granulomas, muitos deles com necrose caseosa central e outros associados às células gigantes. Foram isolados raros bacilos. Foi estabelecido o diagnóstico de tuberculose peritoneal. O tratamento foi instituído e o paciente encaminhado para tratamento ambulatorial. DISCUSSÃO INICIAL * DISCUSSÃO INICIAL A- Quais as causas de lesão celular? B- Como ocorrem as adaptações do crescimento e a diferenciação celular? C- Como ocorre a lesão celular reversível? Quais as alterações microscópicas que podem ser visualizadas? D- Como ocorre morte celular? Quais os diferentes tipos de necrose? E- Como podemos correlacionar com o caso acima? Qual o mecanismo da necrose caseosa? Quais as alterações anatomopatológicas você espera encontrar? F- Quais os mecanismos de lesão celular? * MINI-AULA INTRODUÇÃO Introdução ao Estudo da Patologia Patologia (Origem e Conceito) Saúde e Doença Sistema biológico (célula) Conceito biológico de adaptação Saúde (perfeita adaptação) eumorfismo e eufunção (ausência de lesão) Doença (falta de adaptação) dismorfismo e disfunção (presença de lesão) Sinais e Sintomas SAÚDE E DOENÇA Estímulos CÉLULA Estímulos Exógenos Endógenos resposta resposta adequada inadequada ADAPTAÇÃO LESÃO Eumorfismo Dismorfismo Sinais e Sintomas Eufunção Disfunção Resposta (Saúde) (Doença) Inflamatória Morte - Alterações Degenerativas Alterações de Crescimento e Desenvolvimento PATOLOGIA Divisões da Patologia: Etiologia (causas) Patogenia (mecanismos) Anatomia Patológica (alt. morfológicas) Fisiopatologia (alt. funcionais) PATOLOGIA Causas Mecanismos Alt. morfológicas Alt. funcionais Sinais e Sintomas Etiologia Patogênese Anatomia Patológica Fisiopatologia Propedéutica Diagnóstico/Prognóstico Terapêutica/Prevenção Patologia MEDICINA Lesão Celular Introdução Lesão Reversível Alterações Degenerativas Alterações Adaptativas Lesão Irreversível (Morte Celular) Célula Eucariótica Estado de Equilíbrio (HOMEOSTASE) Introdução LESÃO E ADAPTAÇÃO CELULAR Introdução Células reagem aos estímulos adversos de várias formas: Suportando uma lesão reversível Lesão irreversível e morte celular Adaptando-se: Alterações adaptativas de crescimento e desenvolvimento (ex: atrofia, hipertrofia) Alterações degenerativas (ex: deg. hidrópica, gordurosa) Lesão celular Definição Cél. normal Cél. morta Cél. Lesada Agressão (injúria) Mudanças ambientais que superam a capacidade da célula em manter a homeostase (estado de equilíbrio) com o meio ao redor. Injúria transitória, passageira, leve ( Lesão reversível Injúria persistente, intensa ( Lesão irreversível Lesões reversíveis Alterações regressivas das células manifestadas por modificações das estruturas citoplasmática e nuclear e por diminuição da função celular e manutenção da vitalidade. LESÃO REVERSÍVEL Lesão (injúria) celular reversível: Associada a uma injúria transitória ou branda - edema (tumefação celular), alteração hidrópica (acúmulo de líquidos na célula), degeneração vacuolar, com certas alterações no(a): - suprimento de ATP - bomba de sódio - membrana plasmática (estruturalmente intacta) - núcleo intacto (acúmulo de cromatina) Exemplo de lesão reversível devido a hipóxia (baixa quantidade de oxigênio nos tecidos). R E V E R S Í V E L Eucariontes EXEMPLOS ALTERAÇOES DEGENERATIVAS Acúmulo de líquido na célula Alteração ou degeneração hidrópica ou vacuolar Alterações da bomba de Na/K, redução de suprimento de ATP na membrana celular (estruturalmente intacta) por redução de síntese protéica e hipóxia. Lâmina 29.1 ________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Lâmina 28 ________________________________________________________________________________________________________________________________________________ Lâmina 28.a ________________________________________________________________________________________________________________________________________________ ALT. OU DEG. HIDRÓPICA ALT. OU DEG. HIDRÓPICA Degenerações Hidrópicas Degeneração Gordurosa Esteatosegordurosa: ALTERAÇOES DE ADAPTAÇÃO OU CRESCIMENTO EXEMPLOS ATROFIA HIPERTROFIA Hipotrofia Atrofia-Hipotrofia Células musculares H/E Atrofia Homem 82 anos Homem 36 anos Hipertrofia Hipertrofia Causas de lesão celular Hipóxicas/Anóxicas (isquêmicas): redução brusca parcial ou completa de O 2 Físicas: calor, frio, eletricidade, radiação Químicas: ácidos, bases, agentes fixadores Biológicas: vírus, bactérias, protozoários Imunológicas: autoimunidade Defeitos genéticos: anomalias congênitas Distúrbios nutricionais: desnutrição, raquitismo Padrões de Morte Celular: Necrose Apoptose Necrose Morte local de uma célula, tecido, parte de um órgão ou parte do corpo no organismo vivo. TIPOS DE NECROSE: Coagulativa Liquefativa Gangrenosa Caseosa Gordurosa Fibrinosa Necrose Coagulativa Necrose Coagulativa Necrose Liquefativa Necrose Liquefativa Necrose Caseosa Necrose Caseosa Necrose Gordurosa Necrose Gordurosa Necrose fibrinóide - tipo específico de necrose que ocorre ao redor dos vasos com o acúmulo de fibrina Exemplos: pericardite fibrinosa, vasculite Necrose gangrenosa Necrose Gangrenosa Estudo em Grupo - Módulo I Lâminas: P02 – HE, Identificar o órgão e o tipo de necrose, justificar P42 – HE, Identificar o órgão e o tipo de necrose, justificar P43 – HE, Identificar o órgão e o tipo de necrose, justificar L66-HE, Cx1 – Tipo de necrose, órgão, justificar L76-HE, Cx1 – Tipo de necrose, órgão, justificar L31- HE, Cx2 – Tipo de necrose, órgão, justificar L32 – HE, Cx2 – Tipo de necrose, órgão, justificar L35-HE, Cx2 – Tipo de necrose, órgão, justificar Relatorio - COMPLEMENTAR: ANAT-PAT UNICAMP * DISCUSSÃO FINAL * The end * * FIM * Injúria transitória, passageira, leve Lesão reversível Injúria persistente, intensa Lesão irreversível
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