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REVISÃO Conceitos, fórmulas, passo a passo e dicas! Incidência e Prevalência • Taxas que quantificam o número de pessoas afetadas e descrevem como uma doença ocorre em determinado local em um determinado período de tempo Prevalência • Tx de Prevalência = relação entre os casos prevalentes (afetados, vivendo com a doença, casos novos e antigos) em uma população exposta (número de habitantes) em um determinado local em um determinado período de tempo. • Fotografia do momento (ponto de prevalência – muito parecido com proporção) e fotografia de um período do tempo Incidência • Tx de Incidência = relação entre os casos incidentes (NOVOS, cujo dx pode ser marcado no tempo) e a população em RISCO de adoecer em um determinado local em um determinado período de tempo. • Nunca é pontual, sempre faz referência a um período de tempo (para que a gente possa detectar o que é caso novo) • A população em risco de adoecer será considerada como o número de habitantes, A MENOS QUE o risco de adoecer seja claro em um grupo específico (ex.: CA de ovário – mulheres). Relações entre Incidência e Prevalência • Se as taxas não se alteram e a entrada e saída de casos mantém-se equivalente a cada período do tempo: •P = I x D • Lembre do exemplo dos alunos ingressantes. Se entram 80 alunos novos (incidentes) no curso de bacharelado a cada ano, e o curso tem 4 anos, temos 320 alunos (prevalentes) na EERP. Relações entre Incidência e Prevalência Incidência Prevalência Morte Cura O pulo do gato ENTENDER COMO DETERMINAR OS CASOS INCIDENTES E PREVALENTES • Em janeiro de 2016, haviam 100 pessoas com hanseníase no município de RP. Ao longo do ano foram diagnosticados 20 casos novos, 10 casos morreram e 40 obtiveram cura. A população estimada no município foi de 400.000 habitantes em julho do mesmo ano. Quantos casos são prevalentes: - Em janeiro de 2016? 100 casos - No ano de 2016 (de janeiro a dezembro)? [(100 casos de jan +20 casos novos) – (10 óbitos + 40 curas) Quantos casos são incidentes: - No ano de 2016 (de janeiro a dezembro)? 20 casos novos O segundo pulo do gato • Na incidência, entender o que é população EM RISCO de adoecer O terceiro pulo do gato • Entender muito bem as relações entre incidência e prevalência (pense na jarra)... 1. HIV/aids: aumento “bom” da prevalência por diminuição das mortes quando a TARV foi descoberta. 2. Diabetes: diminuição “ruim” da prevalência por aumento das mortes em decorrência das complicações da doença. 3. Raiva: pode ocorrer um aumento da incidência sem mudanças na prevalência por uma alta letalidade da doença. O que faz a incidência de uma doença infecciosa cair? Diagnóstico e tratamento adequado interrompendo a cadeia de transmissão. O que faz a incidência de uma doença crônica cair? Prevenção primária. Numa doença com alta letalidade e curta duração: incidência e mortalidade serão semelhantes. Mortalidade • Taxa de mortalidade geral e específica: relação entre o número de óbitos (total ou por causa específica) e a população VIVA do município (número de habitantes) • Mortalidade proporcional: relação em % do número de óbitos por uma causa X e o número total de PESSOAS MORTAS daquele município. • Taxa de Letalidade: relação em % do número de óbitos por uma causa X e o número total de PESSOAS DOENTES pela causa X naquele município. O pulo do gato Com a fórmula eu posso calcular de trás para frente e de frente para trás. Ex.: a taxa de letalidade da gripe aviária em 2015 foi de 50%. 100 pessoas adoeceram de gripe aviária naquele ano. Quantos foram os óbitos pela doença nesse período? • Um enunciado como o abaixo me permite calcular os 3 indicadores (tx geral, tx específica, a mortalidade % e a letalidade): O segundo pulo do gato • Interpretar os indicadores (é a taxa de mortalidade indica risco, não a mortalidade proporcional!) Taxas ajustadas • Para quê servem? (Zilda Pereira da Silva, FSP) existência de distribuição desigual (indesejável) de uma dada característica (idade, sexo, peso ao nascer, etc.), em duas ou mais populações objeto de análise. A padronização permite que a comparação seja feita em igualdade de condições A não utilização da técnica pode levar a conclusões equivocadas • Lembre do exemplo de notas com pesos diferentes... tirar 10,0 numa prova com 1 questão e tirar 10,0 numa prova com 100 questões tem significados diferentes... A maneira de resolver isso “pedagogicamente” é fazendo uma média ponderada! Passo a passo método direto 1-) Calcular a taxa de mortalidade para cada faixa etário de acordo com a população original, ou seja, a relação entre o total de óbitos naquela faixa etária e o total de pessoas nessa mesma faixa etária 2-) Estabelecer a população padrão (que será a soma da pop A com a pop B) para cada faixa etária e o total 3-) Calcular as mortes esperadas (CME) por meio da multiplicação entre a tx mortalidade original de cada faixa etária e a população-padrão 4-) Somar os CME 5-) Calcular a nova taxa de mortalidade geral pela relação entre os CME e o total da população-padrão Resuminho método direto 1-) Determinar taxa de mortalidade específica para cada faixa etária = total de óbitos em cada faixa etária DIVIDIDO pelo total de pessoas em cada faixa etária 2-) Determinar a população padrão total e a população padrão para cada faixa etária = soma da população A e da população B 3-) Calcular os casos de mortes esperadas (CME) para cada faixa etária = taxa de mortalidade específica de cada faixa etária MULTIPLICADO pela população padrão de cada faixa etária 4-) Somar o total de casos de mortes esperadas 5-) Calcular a taxa padronizada = total de CME (casos de mortes esperadas) DIVIDIDO pela população padrão total Passo a passo método indireto • A informação necessária é o coeficiente específico (por exemplo por idade) de uma população-padrão • Calcula-se o número de óbitos esperados, a partir da distribuição da população e do número total de óbitos • Calcula-se a relação entre o número de óbitos observados na população em evidência e os óbitos esperados = Razão de Mortalidade Padronizada (RMP) • Indicador que estima o excesso ou déficit da mortalidade de uma dada população quando comparada a outra utilizada como padrão Resuminho método indireto 1-) Determinar taxa de mortalidade específica para cada faixa etária NA POP. PADRÃO= total de óbitos em cada faixa etária DIVIDIDO pelo total de pessoas em cada faixa etária 2-) Calcular os casos de mortes esperadas (CME) para cada faixa etária NA POP. DE ESTUDO = taxa de mortalidade específica DA POP. PADRÃO MULTIPLICADO pelo número de pessoas de cada faixa etária NA POP. DE ESTUDO 4-) Somar o total de casos de mortes esperadas 5-) Calcular a RMP: total de mortes observadas DIVIDIDO pelo total de mortes esperadas Medidas de associação • Corte-transversal Como saber se é corte-transversal? Fotografia de expostos e não-expostos, doentes e não- doentes Dados sobre exposição e doença são coletados no mesmo momento em um mesmo grupo heterogêneo. Quase um descritivo, só consegue enxergar a prevalência de desfecho entre os expostos e a prevalência de desfecho entre os não-expostos (RP) Não há nenhum seguimento, não há casos e controles... Razão de Prevalência E + E- D+ D- A razão prevalência de cólica infantil entre mulheres que fumam é de 2 vezes mais que entre mulheres que não fumam 15 167 111 2477 182 2588 Pe = Desfecho+ entre o total de Expostos = 15/182 = 0,08 Pne = Desfecho+ entre o total de Não-Expostos = 111/2588 = 0,04 RP = 0,08 / 0,04 = 2 Medidas de associação • Caso-controle Como saber se é um caso controle? Parte-se do desfecho para a exposição Pesquisadores selecionam os casos (pessoas doentes) e depois escolhem controles (pessoas sem a doença) para fins de comparação (pareamento é o ideal). A partir daí coletam retrospectivamente os dados de exposição. Conseguem determinar a probabilidade da exposição entre os casos e a probabilidade da exposiçãoentre os controles (OR). E+ E- D+ D- 500 500 Casos Controles 400 400 100 100 OR 400 * 400 100 * 100 16 Produtos cruzados: Produto do que é esperado (confirma hipótese) Produto do que não é esperado (nega a hipótese) Razão de Chances Fumantes tem 16 vezes mais chance de desenvolver câncer do trato digestivo alto em relação às pessoas que não fumam. ESCLARECIMENTOS.... Parte 1: OR (exercício regular como E- e não exercício como E+)(440x240 dividido por 120X300 = 2,93) Parte 2: OR (exercício esporádico como E- e não exercício como E+) (260X240 dividido por 140X300 = 1,48) Parte 3: OR (exercício regular como E- e não exercício como E+) (440x140 dividido por 120X260 = 1,97) Neste exercício vocês devem considerar o desfecho como IAM e a exposição como aquilo que favorece a IAM (não-exercício quando comparada a exercícios esporádicos ou regulares; e exercício esporádico quando comparado a regular). Por isso, o OR será >1, ou seja, p.ex.: pessoas que não fazem exercício tem 2,93 vezes mais chance de ter IAM do que pessoas que fazem exercício regular. Caso vocês tenham feito o pensamento contrário (o exercício regular como exposição), o não- IAM será o desfecho. Dessa forma, o valor de OR será o mesmo, mas a interpretação será que quem faz exercício regular tem 2,93 vezes mais chance de NÃO ter IAM do que quem não faz exercício nenhum. Medidas de associação • Coorte Como saber se é um coorte? Parte-se da exposição para o desfecho. Pesquisadores fazem o seguimento de uma população hígida (sem o defecho), acompanham o aparecimento do desfecho (incidência do desfecho) e calculam a incidência do desfecho em expostos e não expostos. Único que estima RISCO. E+ E- D+ D- 1000 1000200 600 400 800 Ie = Desfecho+ entre o total de Expostos = 600/1000 = 0,6 Ine = Desfecho+ entre o total de Não-Expostos = 200/1000 = 0,2 RR = 0,6 / 0,2 = 3 Mulheres com depressão possuem três vezes mais risco de enfartar do que mulheres sem depressão. Risco Relativo Medidas de associação • Risco atribuível % Proporção do risco de um desfecho que leva em consideração um único fator de exposição. • Risco atribuível populacional Margem de excesso de morbidade que ocorre no conjunto de uma população e que é atribuível à presença de um determinado fator risco. No RA%, estamos destacando o impacto da exposição naquele desfecho entre pessoas expostas, deixando claro que existem uma porcentagem dos casos de IAM que ocorrem por outros fatores. No RA populacional, estamos destacando o impacto da exposição em uma população heterogênea (de expostos e não expostos). Bons estudos!