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Prof.: Lucília Medeiros Uma tendência de padrão estético surgiu, onde a adiposidade e a irregularidade de pele são pouco aceitas pela sociedade. Além de desagradáveis aos olhos podem gerar problemas álgicos , redução das atividades funcionais, problemas emocionais e outras complicações. O termo “celulite” Termos que substituem na tentativa de relacionar as alterações histomorfológicas com a denominação. Fibroedema gelóide, lipodistrofia ginóide, lipoesclerose nodular, paniculopatia edemato-fibro-esclerótica. Pode ser descrito por uma desordem local que acomete o tecido subcutâneo e o tecido dérmico, com alterações nos vasos e lipodistrofia, com uma resposta esclerótica, que resulta em um aspecto macroscópico estético. Aspecto de “casca de laranja” nas regiões afetadas. Estima-se que 8 em cada 10 mulheres apresentam o problema, mesmo jovens com idade entre quinze e dezesseis anos já podem apresentar (puberdade). Alteração bioquímica da matriz intersticial aumento da viscosidade da matriz Dificuldade de trocas entre células O2 e CO2 (adipócitos) Sofrimento celular pela falta de O2 adequado principalmente para o processo de combustão (produção de energia) Aumento do tamanho do adipócito (só armazena gordura) Lipogênese (formação de gordura) Hipetrofia Compressão mecânica dos vasos circulatórios entre as células (circulação periférica - arteríolas) Alteração circulatória (aumento da compressão diminui mais ainda a circulação) Edema Local Compressão dos vasos, dificuldade de trocas CICLO VICIOSO Todas essas alterações levam a fibrose da matriz intersticial, com proliferação desordenada das fibras de colágeno e perda da sua elasticidade, gerando compressão dos lóbulos dos adipócitos e formação de micronódulos (inicialmente). Processo é praticamente irreversível, podendo gerar dor por compressão das terminações nervosas. O aspecto surge devido ao conjuntivo da derme se prender à fáscia profunda (pouca distensibilidade) através das trabéculas interlobulares da hipoderme. Essas trabéculas em sofrimento perdem elasticidade ocorrendo retração do tecido, junto a hipertrofia do adipócito (“trabécula puxa e gordura sobe”). Direção das trabéculas nos diferentes sexos. Ciclo vicioso instalado (1 e 2 grau) Organização dos adipócitos em nódulos desorganização do colágeno e elastina devido a compressão (portanto sofrimento do tecido conjuntivo da derme). As trabéculas também sofrem perdendo sua elasticidade ocorrendo retração do tecido (trabécula puxa, gordura sobe). 3 e 4 grau. Fragilidade capilar Congestão venoso-linfática (desordem circulatória) 2) Polimerização (“engrossamento da matriz intersticial” que dificulta o intercâmbio celular) 3) Fibrose (metabolismo alterado = fibras de má qualidade) 4) Nódulos (fibras e células formam um emaranhado) HORMONAIS Estrógeno – age em cada um dos componentes da unidade funcional do tecido adiposo. - Na matriz, leva à perda da elasticidade das fibras colágenas. - Nos adipócitos, estimula a principal enzima responsável pela lipogênese. – Hipertrofia do adipócito. - Na microcirculação, facilita o edema com diminuição do tônus vascular, com redução do fluxo sanguíneo. Gordura ginóide: número aumentado de receptores estrogênicos e sensibilidade à hiperinsulinemia. Progesterona- agrava devido ao edema que desencadeia no ciclo pré- mestrual. Catecolaminas- em baixa concentração elas ativam a lipólise, mas em alto nível associado ao estrógeno ativam a lipogênese. Insulina- lipogênica. SEDENTARISMO Flacidez muscular e dos tendões prejudica o retorno venoso, favorecendo a estase e edema; ativando a lipogênese. DIETA Excesso de açúcares e gordura leva a hiperinsulinemia. O sal contribui para a retenção hídrica. Falta de proteína favorece a desestruturação do tecido conjuntivo. Ingesta baixa de água e fibras dificulta o funcionamento intestinal = estase venosa. Álcool estimula a lipogênese. PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA E FAMILIAR Número, disposição e sensibilidade dos receptores hormonais nos adipócitos são determinados geneticamente. Distribuição de gordura. FATOR PSICOSSOMÁTICO Frustração, ansiedade, depressão e estresse emocional aumentam as catecolaminas. OBESIDADE E SOBREPESO Hiperinsulinemismo, hipertrofia do adipócito etc. DISTÚRBIOS CIRCULATÓRIOS Insuficiência venosa, varizes e edema linfático despertam o início da doença. “Fluxo lento leva a lipogênese, fluxo rápido ativa lipólise”. GRAVIDEZ Aumento dos hormônios e compressão, pelo útero, da circulação de retorno. DISFUNÇÕES INTESTINAIS Constipação e síndrome do intestino irritável levam à obstrução do fluxo venoso. COMPRESSÕES EXTERNAS Roupas justas e meias elásticas sem necessidade dificultam o retorno venoso. TABAGISMO Diminui o fluxo da microcirculação, aumenta os radicais livres. Por outro lado estimula a tireóide e a noradrenalina que são lipolíticos. MEDICAMENTOS Terapias estrogênicas, corticoesteróides, anti-histamínicos, antitireoideanos etc agravam a doença. TEMPERATURA O frio pode estimular a lipogênese provocada pela hipoxia nos mmii. A presença ou associação desses fatores é quem determina a mior sucetibilidade à LDG. Porém não se pode falar em causa, já que é impossível garantir a verdadeira influência.
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