Buscar

487-7911-1-PB (1)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 9 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 9 páginas

Prévia do material em texto

Rev. Ciência e Tecnologia, Rio Grande do Sul, v.1, n.1, p 20-28, 2015 
Importância da assistência e atenção farmacêutica no ambiente 
hospitalar 
 
Importance of pharmaceutical care and services in Hospital environment 
 
 
PELENTIR, Mônica¹; DEUSCHLE, Viviane Cecília Kessler Nunes²; DEUSCHLE, Regis 
Augusto Norbert³ 
¹ Farmacêutica - moniquinha-p@hotmail.com 
² Docente do Curso de Farmácia da Unicruz - vdeuschle@unicruz.edu.br 
³ Docente do Curso de Farmácia da Unicruz - rdeuschle@unicruz.edu.br 
 
 
Resumo 
 
O Farmacêutico no ambiente hospitalar tem por objetivo, promover o uso seguro e racional de medicamentos, através das 
funções básicas de seleção, requisição, recebimento, armazenamento, dispensação e controle dos medicamentos, permitindo 
que o paciente receba os medicamentos apropriados durante um período adequado de tempo, em doses ajustadas às suas 
necessidades individuais e a um custo mais acessível. O objetivo do presente trabalho consiste em pesquisar a literatura em 
relação a importância da assistência e atenção farmacêutica no ambiente hospitalar, através de revisão em livros e bases de 
dados de periódicos científicos nacionais, delimitando o ano das publicações entre 1997 a 2014. Conclui-se, a partir dos 
resultados analisados, que a intervenção farmacêutica no âmbito hospitalar, nas formas atenção e assistência farmacêutica, 
ajudam a reduzir custos, tanto para o paciente quanto para a instituição, otimizam as prescrições, promovem maior adesão ao 
tratamento, ajudam no controle de reações adversas, e previnem problemas relacionados a medicamentos de uma forma 
geral. 
 
Palavras-chave: Atenção Farmacêutica. Assistência Farmacêutica. Serviço de Farmácia Hospitalar. 
 
Abstract 
Drug intoxication are very common in the routine of Veterinary Clinics. The most frequent cause is the administration of 
medications erratically without complying with the dosage and animal physiology. The aceturado of diminazene is a drug 
commonly used in animals and, because of its low therapeutic index, has a high potential for poisoning, particularly in small 
animals. It is a derivative diamidínico babesicida and trypanocidal where its administration adverse effects include pain at 
the injection site, hepatotoxicity and, in severe cases, even death of the animal due to neurological damage effect. Thus, this 
paper aims to review important aspects of intoxication aceturato of diminazene in dogs. Early recognition and appropriate 
treatment can be crucial to save the patient's life. 
 
Keywords: Pharmaceutical Care. Pharmaceutical Services. Pharmacy Service Hospital 
 
 
 
 
 
 
 
 
Existem atividades que não podem ser 
realizadas por um único indivíduo, e 
necessitam da cooperação de outras 
pessoas em uma ação coletiva, na busca 
de um objetivo comum. Quanto mais 
complexa a atividade, maior a necessidade 
de cooperação. Assim, em qualquer 
organização que produza bens ou serviços, 
é necessário um trabalho que se traduza 
pela combinação de pessoas, recursos e 
tecnologias para atingir os objetivos 
propostos (MARIN, 2003). 
 
Correspondência para: 
Mônica Pelentir 
Farmacêutica 
Avenida Presidente Vargas 483 
Centro 
Cruz Alta, RS 
CEP 98005-107 
moniquinha-p@hotmail.com 
 
 
mailto:moniquinha-p@hotmail.com
Rev. Ciência e Tecnologia, Rio Grande do Sul, v.1, n.1, p 20-28, 2015 
A farmácia hospitalar é um setor que 
faz ligação com vários outros 
departamentos do hospital, em diferentes 
graus de relacionamento, sendo que 
alguns deles são dependentes deste 
serviço. Desta forma, a farmácia, através 
do farmacêutico deve manter o maior 
estreitamento possível entre os setores 
envolvidos para que consiga cumprir com 
as atribuições que lhe cabem (Santos, 
2012). 
A farmácia hospitalar constitui um 
local integrado as demais unidades de 
assistência hospitalar ao paciente, sendo 
de extrema importância no que tange ao 
uso seguro e racional de medicamentos, 
serviços e outros produtos de saúde. Esta 
intenção é conseguida através da 
assistência e atenção farmacêutica 
prestada, que vai desde a seleção, 
aquisição, armazenamento, dispensação 
do medicamento, além de serviços 
especializados oferecidos, tais como, 
farmacovigilância, farmácia clínica, entre 
outros (Nascimento et al., 2013) 
 O farmacêutico, no âmbito de uma 
farmácia hospitalar, pode iniciar a 
implantação de um sistema de assistência 
farmacêutica através do acompanhamento 
ao tratamento do paciente, promoção da 
saúde e vigilância da doença, como forma 
de prestar uma melhor atenção ao 
ususário, buscando sempre sua melhora 
(Vieira, 2007). Outra forma de assistência 
farmacêutica é a avaliação de prescrições 
médicas buscando diminuir os erros em 
relação a dose, vias de administração, 
concentração, e troca do próprio 
medicamento. Desta forma, o 
farmacêutico consegue atuar junto ao 
corpo clínico e outros profissionais 
melhorando consideravelmente a 
assistência prestada, formando, assim, 
uma equipe multidisciplinar (Nunes et al., 
2008; Reis et al., 2013).
 
A assistência farmacêutica é um 
processo dinâmico e multidisciplinar, que 
visa abastecer os serviços de saúde com 
medicamentos de qualidade, 
disponibilizando o acesso de pacientes a 
medicamentos dos quais necessitam. 
Desta forma, destaca-se a importância do 
farmacêutico como profissional de saúde 
indispensável na garantia do acesso a 
medicamentos e seu uso racional, 
lembrando que o profissional qualificado 
é a garantia desse acesso e de uma 
assistência farmacêutica de qualidade 
(Brum, 2008). 
No Encontro sobre a Política Nacional 
de Medicamentos, em 1988, foi discutida 
a Assistência Farmacêutica, sendo 
definida como: “grupo de atividades 
relacionadas com o medicamento, destinada a 
apoiar as ações de saúde demandadas por 
uma comunidade. Envolve o abastecimento de 
medicamentos em todas e em cada uma de 
suas etapas constitutivas, a conservação e 
controle de qualidade, a segurança e a 
eficácia terapêutica dos medicamentos, o 
Rev. Ciência e Tecnologia, Rio Grande do Sul, v.1, n.1, p 20-28, 2015 
acompanhamento e avaliação da utilização, a 
obtenção e a difusão de informação sobre 
medicamentos e a educação permanente dos 
profissionais de saúde, do paciente e da 
comunidade para assegurar o uso racional de 
medicamentos” (Pereira; Freitas, 2008). 
Na busca da promoção da qualidade, 
do acesso, da efetividade e do uso racional 
de medicamentos encontra-se o contexto 
da atenção farmacêutica, que é: “a 
provisão responsável da farmacoterapia, 
com o objetivo de alcançar resultados 
definidos que melhorem a qualidade de 
vida dos pacientes”. Esta definição mostra 
a responsabilidade do farmacêutico no 
cuidado a saúde. É uma prática 
profissional em que o paciente é o 
principal beneficiário dessas ações, sendo 
elas um conjunto de atitudes, 
compromissos, valores éticos e 
responsabilidades na prestação da 
farmacoterapia, que pode contribuir para a 
redução do aparecimento de reações 
adversas a medicamentos (Pereira; Freitas, 
2008). 
Erros de utilização de medicamentos 
são numerosos e ocorrem em todas as 
fases do sistema de medicação, durante a 
prescrição, transcrição, dispensação e 
administração. Contudo, enfermeiros e 
farmacêuticos interceptam 86% dos erros 
de medicação relacionados a erros de 
prescrição, transcrição e dispensação. 
Quanto maior o numero de medicações 
administradas aos pacientes, maior o 
número potencial de erros (Cassiani, 
2005). 
De acordo com a Organização Mundial 
da Saúde, reações adversas a 
medicamentos são definidas como sendo 
qualquer evento nocivo e não intencional 
que tenha ocorrido no uso de 
medicamento, em doses normalmente 
usadas em humanos, com finalidades 
terapêutica, profilática ou diagnóstica 
(Mastroiani et al., 2009). No ambiente 
hospitalar, para que não ocorram erros 
dessa natureza, é necessário que hajaatuação de diferentes elementos. A equipe 
multiprofissional deve atuar de forma 
integrada nas etapas de seleção, gestão, 
prescrição, dispensação e administração 
de medicamentos. Assim, é preciso 
estabelecer um sistema contínuo de 
avaliação para que seja possível diminuir 
a incidência de erros, e consequentemente 
diminuir as reações adversas (Nunes et al., 
2008). 
Dentro dos sistemas de saúde e nas 
equipes multiprofissionais, o profissional 
farmacêutico representa uma das últimas 
oportunidades de identificar, corrigir ou 
reduzir possíveis riscos associados à 
terapêutica. Com efeito, diversos estudos 
demonstraram diminuição significativa do 
número de erros de medicação em 
instituições nas quais farmacêuticos 
intervém junto ao corpo clínico. Estes 
estudos reforçam a ideia de que a atuação 
do farmacêutico, no sentido de reduzir o 
Rev. Ciência e Tecnologia, Rio Grande do Sul, v.1, n.1, p 20-28, 2015 
número de eventos adversos, aumenta a 
qualidade da assistência prestada e 
diminui custos para o hospital (NUNES et 
al., 2008). 
Desta forma, é objetivo deste estudo 
realizar uma busca bibliográfica em livros 
e bases de dados de periódicos científicos 
nacionais em língua portuguesa, 
delimitados entre 1997 e 2014. Para isso, 
foram utilizadas as seguintes palavras-
chave: assistência farmacêutica; atenção 
farmacêutica, farmácia hospitalar, 
interação medicamentosa e reação adversa 
a medicamentos. 
Após a análise dos artigos, o presente 
trabalho apontou alguns problemas 
importantes relacionados a medicamentos 
dentro do ambiente hospitalar, 
destacando-se as reações adversas a 
medicamentos, interações 
medicamentosas e prescrições 
inadequadas. 
Pacientes hospitalizados recebem um 
grande número de medicamentos. Quanto 
maior o número destes medicamentos 
administradas aos pacientes, maior é o 
número de potencial de erros, o que afeta 
sobremaneira a população de idosos e 
pacientes em Unidades de Terapias 
Intensivas (UTIs). Com pacientes 
pediátricos o risco de erros atribuídos a 
doses incorretas é também elevado. Para 
cada 1000 prescrições, observa-se a 
frequência de 5 erros, sendo que muitos 
deles são fatais. O custo anual de 
morbidade e mortalidade em unidades de 
ambulatório relacionadas aos 
medicamentos foi, em 1997, de 76,6 
bilhões de dólares nos Estados Unidos , 
sendo que 60% desses, do total dos custos, 
poderiam ter sido evitados. Cada evento 
adverso à medicamento aumenta a 
internação de pacientes em 3,23 dias e 
consequentemente o custo para o hospital. 
Outros custos que não podem ser 
calculados dizem respeito às perdas para 
pacientes e familiares, como sofrimento 
emocional, perda de produtividade, dias 
de trabalho, tempo gasto com a 
ocorrência, telefonemas, reuniões, 
desgaste emocional da equipe de saúde, 
entre outros (Cassiani, 2005).
 
Como uma forma de minimizar esses 
problemas é de extrema importância a 
formação de equipes multidisciplinares, 
incluindo a intervenção farmacêutica, para 
proporcionar uma melhor atenção ao 
paciente e assegurar um tratamento 
adequado e eficaz. O primeiro estudo 
importante sobre a intervenção 
farmacêutica na assistência a saúde foi 
realizado nos Estados Unidos utilizando 
os dados do Projeto Minnesota de Atenção 
Farmacêutica. Os resultados mostraram 
que após um ano aumentou o número de 
pacientes que alcançaram resultados 
terapêuticos positivos, observando uma 
relação custo-benefício favorável 
(Amaral; Amaral; Provin, 2008). 
Rev. Ciência e Tecnologia, Rio Grande do Sul, v.1, n.1, p 20-28, 2015 
Através de uma revisão bibliográfica, 
foram analisados estudos de intervenção 
farmacêutica realizados no período de 
1970 a 1999 e sua influência no uso de 
medicamentos por pacientes idosos, 
concluindo que, de um modo geral, as 
intervenções mostraram resultados 
positivos, reduzindo custos, melhorando a 
qualidade das prescrições, promovendo 
maior adesão do paciente ao tratamento e 
controlando a possibilidade de reações 
adversas (Lieber et al., 2002).Outros 
estudos conjuntamente demonstram a 
melhoria da qualidade de vida de 
pacientes com insuficiência cardíaca, 
diabetes e hipertensão devido à 
intervenção farmacêutica (Araúz et al., 
2001).
 
A atuação farmacêutica vem 
destacando-se também em identificações 
de problemas relacionados a 
medicamentos, comprovado por um 
estudo onde mostra que o farmacêutico 
detectou a presença de algumas 
ocorrências na maioria dos pacientes 
hospitalizados, e, através de sua 
intervenção, houve melhoria na qualidade 
de vida e diminuição dos gastos em saúde 
(Janebro et al., 2010).
 
O farmacêutico é de extrema 
importância junto à farmácia hospitalar, 
pois desenvolve atividades fundamentais 
no que tange ao uso correto e racional de 
medicamentos. Nesse sentido, o 
farmacêutico clínico consegue identificar 
e corrigir vários problemas relacionados 
às prescrições médicas como, interações 
medicamentosas, medicamentos com a 
mesma indicação terapêutica, 
medicamentos sem via de administração, 
medicamentos sem dose, medicamentos 
sem ou com posologia alterada e 
medicamentos fora da padronização (Reis 
et al., 2013).
 
A partir destes dados, nota-se o quanto 
é relevante a atuação do farmacêutico com 
os outros profissionais da saúde, prestando 
a atenção e assistência farmacêutica para 
assim atingir os resultados esperados, para 
a equipe e principalmente ao paciente. 
Estudos tem mostrado que várias são as 
estratégias que têm sido tomadas para 
reduzir os erros nas prescrições médicas, 
pois além da interferência do 
farmacêutico, outros aspectos também são 
importantes, como a padronização dos 
processos, uso da prescrição eletrônica 
que podem reduzir a porcentagem de erros 
de medicação, já que as ordens estão 
estruturadas (incluindo dose e frequência), 
são legíveis, e podem ser identificadas 
com esse sistema de informações relativas 
ao paciente como, as alergias e interações 
medicamentosas. Isso pode ser 
comprovado através de um estudo onde 
74,8% das prescrições dos hospitais são 
manuais, sendo um dos principais fatores 
que predispõe a ocorrência de erros de 
medicação (Cassiani et al., 2004).
 
Rev. Ciência e Tecnologia, Rio Grande do Sul, v.1, n.1, p 20-28, 2015 
A assistência prestada pelo 
farmacêutico e outras equipes de saúde em 
conjunto passa a ser de extrema 
importância quando possui um canal de 
comunicação eficaz, permitindo que as 
equipes transmitam e recebam as 
informações de forma correta. Os 
problemas de comunicação que podem 
gerar atos inseguros podem ocorrer 
quando a mensagem não é corretamente 
transmitida ou quando o receptor 
interpreta de forma equivocada ou com 
atraso. Segundo um estudo realizado 
durante o período de 1993 a 1997, 
identificou-se que 16% das causas de 
erros de medicamentos fatais foram 
atribuídos a falha na comunicação (Silva 
et al., 2007).
 
Ao farmacêutico, é essencial 
conhecimentos, atitudes e habilidades que 
permitam ao mesmo integrar-se à equipe 
de saúde e interagir mais com o paciente, 
contribuindo para a melhoria da qualidade 
de vida, em especial, no que se refere à 
otimização da farmacoterapia e o uso 
adequado dos medicamentos (Marin, 
2002). É necessário promover o uso 
racional de medicamentos, de maneira que 
o paciente receba os medicamentos para a 
indicação apropriada, nas doses, vias de 
administração e duração adequadas, que 
as contra indicações e as reações adversas 
sejam mínimas, que a dispensação seja 
realizada corretamente, e que haja 
aderência ao tratamento (Vieira, 2007). 
A Assistência Farmacêutica Hospitalar 
representa na instituição, um instrumento 
básico para o cuidado do paciente e 
também para avaliar os altos custos que 
envolvem. Sabe-se que os gastos com 
medicamentos estão entre os maiores 
custos para o bom funcionamento de um 
hospital,e também para prestar a 
assistência à saúde com qualidade aos 
pacientes. Com relação aos custos totais 
do hospital, estes gastos representam um 
valor de 5 - 20% dos orçamentos (Yuk; 
Kneipp; Masher, 2006). 
Outro estudo também avalia a 
participação do farmacêutico em Unidades 
de Terapias Intensivas (UTIs) através de 
intervenções realizadas por este 
profissional. Estas intervenções 
apresentaram uma alta taxa de aceitação 
pelo corpo clínico (71-98,4 %), 
demonstrando a grande importância das 
equipes multiprofissionais nestas 
instituições, principalmente no sentido de 
diminuir os erros de medicação. Essas 
intervenções realizadas contribuíram 
ainda para reduzir os custos, o que foi 
calculado após as intervenções, sendo que 
as maiores reduções foram observadas nas 
classes de antimicrobianos e 
anticoagulantes (Pilau; Hegele; Heineck, 
2013).
 
Entre alguns dos problemas 
relacionados com a assistência 
farmacêutica no Brasil, pode-se citar: a 
crise de identidade do profissional 
Rev. Ciência e Tecnologia, Rio Grande do Sul, v.1, n.1, p 20-28, 2015 
farmacêutico e, em consequência, falta de 
reconhecimento social e sua pouca 
inserção na equipe multiprofissional de 
saúde; predomínio de interesses 
econômicos, ficando os interesses da 
saúde coletiva em segundo lugar, 
resultando na caracterização do 
medicamento como um bem de consumo, 
desvinculados do processo de atenção a 
saúde; prática profissional desconectadas 
das políticas de saúde e de medicamentos, 
com priorização nas atividades 
administrativas; falta de integração e 
unidade entre as entidades representativas 
da categoria farmacêutica e outros 
segmentos da sociedade em torno das 
políticas de saúde. Embora existam 
definições legais referentes à Assistência 
Farmacêutica e a política de 
medicamentos, há problemas referentes à 
sua efetiva implementação, incluindo-se a 
definição de mecanismos e instrumentos 
para a sua organização, avaliação e 
possíveis redirecionamentos (Ivana, 
2002).
 
 
 
Conclusão 
 
Com a realização deste estudo, foi 
possível avaliar a importância da 
assistência farmacêutica hospitalar dentro 
do contexto de um sistema de saúde que 
visa a garantia da qualidade na prestação 
de serviços aos pacientes. Atualmente, a 
farmácia hospitalar não é mais tida como 
uma simples divisão administrativa, com 
função de apenas distribuir medicamentos 
aos demais setores do hospital, mas como 
um serviço de extrema importância nas 
ações que objetivam a prevenção e a 
recuperação da saúde dos usuários do 
sistema. 
É importante frisar que o medicamento 
é de fundamental importância para o 
paciente, tornando-se um componente 
estratégico na terapêutica e na 
manutenção de melhores condições de 
vida. A principal responsabilidade do 
farmacêutico é orientar o uso racional de 
medicamentos. 
A assistência e atenção farmacêutica 
Hospitalar representam, em um hospital, 
instrumentos necessários para o cuidado 
do paciente, e também para evitar altos 
custos desnecessários, frutos de diversos 
problemas que poderiam ser evitados com 
a ampliação do papel do farmacêutico 
dentro da instituição, proporcionando-lhe 
um melhor exercício da assistência e da 
atenção. 
 
Referências 
 
AMARAL, M.F.Z.; AMARAL, R.G.; PROVIN, 
M.P. Intervenção farmacêutica no processo de 
cuidado farmacêutico: uma revisão. Revista 
Eletrônica de Farmácia, v. 5, n.1, p.60-66, 2008. 
 
ARAÚZ, A.G.; SÁNCHEZ, G.; PADILHA, G.; 
FERNANDEZ, M.; ROSELLÓ, M.; GUZMÁN, S. 
Intervención educativa comunitaria sobre la 
diabetes en el âmbito de la atención primaria. 
Revista Panamericana de Salud Pública, v. 9, n.3, 
p.145-153, 2001. 
 
Rev. Ciência e Tecnologia, Rio Grande do Sul, v.1, n.1, p 20-28, 2015 
BRUM, L.F.S. Resenha: Assistência 
Farmacêutica e acesso a medicamentos. Caderno 
de Saúde Pública, v. 24, n.6, p.1457-58, 2008. 
 
CASSIANI, S.H.B.; TEIXEIRA,T.C.A.; OPTIZ, 
S.P.; LINHARES, J.C. O sistema de medicação 
nos hospitais e sua avaliação por um grupo de 
profissionais. Revista da Escola de Enfermagem 
da USP, São Paulo, v.39, n.3, p.280-287, 2004. 
 
CASSIANI, S.H.B. A segurança de paciente e o 
paradoxo no uso de medicamentos. Revista 
Brasileira de Enfermagem, v.58, n.1, p. 95-99, 
2005. 
 
IVAMA, A.M. Consenso Brasileiro de Atenção 
Farmacêutica. Organização Pan-Americana da 
Saúde, Brasília-DF. 2002. 
 
JANEBRO, D.I.; BELEM, L.F.; TOMAZ, 
A.C.A.; PINTO, D.S.; XIMENES, L.M.A. 
Problemas Relacionados à Medicamentos em 
pacientes pediátricos de um Hospital no 
Municipio de Campinas Grande, Paraiba, Brasil. 
Latin American Journal of Pharmacy, v.27, n.5, 
p.681-687, 2008. 
 
LIEBER, N.S.R.; TEIXEIRA, J.J.V.; FARHAT, 
F.C.L.G.; RIBEIRO, E.; CROZATTI, M.T.L.; 
OLIVEIRA, G.S.A. Revisão dos estudos de 
intervenção do farmacêutico no uso de 
medicamentos por pacientes idosos. Cadernos de 
Saúde Pública, v.18, n.6, p.1499-1507, 2002. 
 
MARIN, N. Educação farmacêutica nas 
Américas. Olho Mágico, v. 9, n.1 p:41-43, 2002. 
 
MARIN, N. Assistência Farmacêutica para 
Gerentes Municipais.Opas/Organização 
Mundial de Saúde. Rio de Janeiro, 2003. 
 
MASTROIANI, P.C.; VARALLO, F.R.; BARG, 
M.S.; NOTO, A.R.; GALDURÓZ J.C.F. 
Contribuição do uso de medicamentos para a 
admissão hospitalar. Revista Brasileira de 
Ciências Farmacêuticas, v.45, n.1, p.163-170, 
2009. 
 
NASCIMENTO, A., ALMEIDA, R.M.V.R., 
CASTILHO, S.R., INFANTOSI, A.F.C. Análise 
de correspondência múltipla na avaliação de 
serviços de farmácia hospitalar no Brasil. Cad. 
Saúde Pública, v. 29, n. 6, p.1161-1172, 2013. 
 
NUNES, P.H.C.; PEREIRA, B.M.G.; 
NOMINATO, J.C.S.; ALBUQUERQUE, E.M.; 
SILVA, L.F.N.; CASTRO, I.R.S; CASTILHO, 
S.R. Intervenção farmacêutica e prevenção de 
eventos adversos. Revista Brasileira de Ciências 
Farmacêuticas, v.44, n.4, p.692-99, 2008. 
 
OLIVEIRA, R.C., CAMARGO, A.E.B., 
CASSIANI S.H.B. Estratégia para prevenção de 
erros de medicação no Setor de Emergência. 
Revista Brasileira de Enfermagem, v. 58, n.4, p. 
399-404, 2005. 
 
PEREIRA, L.R.L., FREITAS, O. A evolução da 
Atenção Farmacêutica e a perspectiva para o 
Brasil. Revista Brasileira de Ciências 
Farmacêuticas. v 44, n. 4, 2008. 
PILAU, R., HEGELE, V., HEINECK, I. Atuação 
do farmacêutico clínico em Unidade de Terapia 
Intensiva adulto: uma revisão da literatura. 
Revista Brasileira de Farmácia Hospitalar, v.5, 
n.1, p. 19-24, 2014. 
REIS, W.C.T, SCOPEL, C.T., CORRER, C.J., 
ANDRZEJEVSKI, V.M.S. Análise das 
intervenções de farmacêuticos clínicos em um 
hospital de ensino terciário do Brasil. Einstein, 
v.11, n.2, p.190-196, 2013. 
 
SANTOS, G.A.A. Gestão de farmácia 
hospitalar. 3 Ed. São Paulo: Senac, 2012. 
SILVA, A.E.B.C.; CASSIANI, S.H.B.; MIASSO, 
A.I.; OPTIZ, S.P. Problemas na comunicação: uma 
possível causa de erros de medicação. Acta 
Paulista de Enfermagem, v. 20, n.3, p.272-276, 
2007. 
 
VIEIRA, F.S. Possibilidades de contribuição do 
farmacêutico para a promoção da saúde. 
Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, RJ, v.12, 
n.1, p.213-20, jan./mar. 2007. 
 
YUK, C.S.; KNEIPP, J.M.; MAEHLER, A.E. 
Sistemática de distribuição de medicamentos 
em organizações hospitalares, 2006. Anais do 
XV Congresso de Iniciação Científica. 
Universidade Federal de Pelotas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rev. Ciência e Tecnologia, Rio Grande do Sul, v.1, n.1, p 20-28, 2015

Continue navegando