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Bloco 1 FarmacoII - SNC Colinergico, SNC Adrenergico, Opioides e Anestesicos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO 
FACULDADE DE FARMÁCIA 
 
APOSTILA DAS AULAS DE FARMACOLOGIA NEUROENDÓCRINA (FARMACOII) 2016.1 
NOTURNO 
 
Aulas 1 e 2: SNC Colinérgico 
Hoje a gente vai entrar na parte da Farmacologia do Sistema Nervoso Autônomo Colinérgico. Então 
a gente vai olhar para a parte parassimpática do sistema nervoso autônomo. O sistema nervoso 
autônomo é dividido em parassimpático e simpático. Então aqui um breve histórico para a gente 
começar nossa aula. A descoberta da ação farmacológica da acetilcolina veio de um trabalho sobre as 
glândulas adrenais isso em 1800 e alguma coisa, alguns pesquisadores já começaram a identificar que 
os extratos adrenais eles produziam epinefrina, vcs vão ver na aula de adrenérgicos que a epinefrina 
aumenta a pressão arterial. Em 1900 esse pesquisador observou (ai ela fala que isso a gente não 
precisa saber é só pra contextualizar) que a epinefrina quando retirada desses extratos adrenais a 
pressão arterial diminuía, ele atribuiu essa queda na pressão arterial não só a epinefrina mas tbm o 
conteúdo de acetilcolina. 
Quando vocês fecharem colinérgicos e adrenérgicos vcs vão ver que esses neurotransmissores 
acetilcolina e noradrenalina caminham juntos modulando várias ações no nosso organismo. 1907 esse 
pesquisador ficou impressionado com os efeitos do extrato do cogumelo, chamado “amarita 
muscarina” e foi através dessa espécie que se caracterizou o primeiro receptor colinérgico que são os 
muscarínicos e ele tbm sugeriu o primeiro .... (não deu pra ouvir) liberado pela substancia do tipo 
muscarina que atuava como transmissor “fin” então ele já começou a fazer correlação entre uma 
substância que se ligava a um receptor e gerava um efeito, qual o nome dessa substancia? AGONISTA. 
Em 1914 ele descobriu 2 tipos de atividade onde ele mostrou que existia a atividade muscarínica e 
nicotínica. E 1921 esse outro pesquisador mostrou a 1ª evidencia direta da mediação química dos 
impulsos nervosos e a liberação desses moduladores específicos, noradrenalina e acetilcolina. 
Agora que a gente vai realmente entrar na farmacologia do sistema nervoso autônomo. 
Nosso sistema nervoso é dividido em: Sistema Nervoso Central, quem ai lembra de um fármaco que 
atua no SNC? Amitriptilina (antidepressivo). Sistema Nervoso Periférico e esse Sistema Nervoso 
Periferico é dividido em: Sistema Nervoso Autônomo e Somático. E hoje a gente vai falar sobre o 
sistema nervoso autônomo parassimpática, a gente vai falar de colinérgicos, então eu vou falar sobre 
a anatomia dessa fibra ganglionar, como acontece a síntese desse neurotransmissor (acetilcolina), o 
local para onde ela vai, estocagem, liberação, e a transformação. Além disso, vamos falar dos 
receptores, dos mecanismos de ação, das ações e dos efeitos. 
Então vamos lembrar um pouquinho de F1, qual é a diferença de agonista e antagonista ? qual a 
característica principal de um agonista ? ele tem afinidade pelo receptor, tem atividade intrínseca, o 
que isso quer dizer ? que ele vai ligar no receptor e vai gerar um efeito farmacológico, então ele vai 
gerar um sinal, uma resposta. 
E antagonista ? ele não tem atividade intrínseca, ele entra no receptor, no local onde o agonista iria se 
ligar não deixando o agonista ligar, na verdade ele não modula efeito nenhum, ele só não deixa o 
agonista se ligar. Pq to fazendo vcs lembrarem isso ? porque hoje em especifico vamos falar dos 
agonistas muscarinicos e na aula de amanhã os antagonistas muscarinicos. 
Como que esses impulsos nervosos vão ser modulados por esse sistema parassimpático? Primeiro aqui 
gente, o sistema somático: ele tem uma fibra aqui chamada de neurônio motor, essa fibra ganglionar 
cai diretamente no local onde ela vai agir, aqui no caso é o músculo esquelético, então o sistema 
nervoso somático só tem 1 fibra ganglionar que chega diretamente no local de ação dela que é um 
musculo esquelético. O que essa fibra ganglionar ela libera? O neurotransmissor Acetilcolina. Vocês 
lembram daquela divisão ? Sistema nervoso periférico: Tem o somático que são esse primeiro aqui que 
a gente viu que são os neurônios motores que liberam acetilcolina que vão agir no musculo 
esquelético e nesse musculo esquelético o receptor presente é o receptor nicotínico. 
Quando a gente vai pro sistema nervoso autonômico (ou autônomo) a gente tem: o SN 
parassimpático, que é o que a gente vai estudar hoje, que é a liberação de acetilcolina, ou seja 
neurotransmissão colinérgica, e diferentemente desse sistema somático, o parassimpático tem 2 fibras 
ganglionares, 1 fibra pré ganglionar e 1 fibra pós ganglionar. Qual é a característica dessa fibra pré 
ganglionar nesse sistema parassimpático ? ela é bem mais longa se a gente comparar com o sistema 
simpático. Qual neurotransmissor que ela libera ? acetilcolina. Quando essa acetilcolina chega no 
gânglio e se ligar ao seu receptor, essa outra fibra pós ganglionar ela também libera acetilcolina que 
vai agir em receptores agora muscarinicos. E o sistema simpático ou adrenérgico que a gente vai ver 
semana que vem ele tem uma fibra pré ganglionar mais curta se vc comparar com o parassimpático e 
essa fibra pré libera acetilcolina que se liga no seu receptor presente no gânglio e essa outra fibra pós 
ganglionar leva a liberação de qual neurotransmissor ? noradrenalina. 
Então o que eu quero que vcs foquem pra hoje ? o tema principal da aula é isso aqui e a gente vai falar 
um pouco sobre receptores muscarinicos e nicotínicos, lembra que eu falei pra vcs sobre esses 
receptores típicos de acetilcolina, nicotínicos e muscarinicos. Os nicotínicos estão localizados 
basicamente no musculo esquelético e muscarinicos estão localizados em diversos locais do nosso 
organismo. Então de acordo com a sinalização a resposta vai ser diferente para cada órgão. 
O nosso sistema nervoso autonomo parassimpático tem origem na região crâniosacral e essa região 
possue diversos nervos que vão inervar nosso organismo, aqui tenho alguns exemplos, o principal 
deles e mais conhecido é o nervo 10 ou o nervo vago, toda essa modulação do nervo vago ele está 
relacionada com o coração, trato respiratório, estômago, intestino, colon, são esses nervos que 
modulam as ações fisiológicas nesses órgãos. Aqui é só uma figura pra mostrar os tipos de nervos e 
que regiões eles estão, por exemplo o nervo craniosacral 3 inervam a região dos músculos siliais do 
olho, o 10 inervam o coração, estomago, intestino. 
Aqui é uma divisão parassimpática, onde esse sistema pode tá modulando as nossas ações ? Quem 
aqui pode me dar uma ação mediada pela acetilcolina ? no nosso organismo temos uma série de 
receptores, no músculo esquelético temos o receptor nicotínico e nos outros órgão, coração, 
estomago, intestino e colon nos temos os receptores muscarinicos. E dentro dos receptores 
muscarínicos tem também os subtipos dos receptores muscarinicos. Existem 5 subtipos de receptores 
muscarinicos e cada um deles vai estar associados a um mecanismo de ação fisiológicos que vão 
modular alguma ação no nosso organismo. Se eu tenho um “boom” de acetilcolina no meu organismo 
o que posso acontecer com o meu coração ? vcs acham que a pressão arterial pode aumentar, diminuir 
? alguem respondeu aumentar... aumentar por que ? ela vai diminuir porque nesse caso vai ser 
diferente porque o subtipo de receptor muscarinico presente no coração que é o M2 e a gente vai 
entender porque ele é acoplado a uma proteína Gi então o que vai acontecer com a sinalização ? não 
vai haver contração. A gente vai ver isso com mais calma, é só pra vcs tentarem imaginar. Quando a 
gente fala de noradrenalina que é um neurotransmissor liberado em situações de fuga ou luta. Vocês 
acham que a noradrenalina faz a mesma coisa da acetilcolina ou ao contrario ? contrario. E os 
receptores são os mesmos ? não, são completamente diferentes e as modulações fisiológicas são 
completamente diferentes. Aacetilcolina quando se ligar ao seu receptor, por exemplo M2 no coração 
ela vai levar uma diminuição da frequência cardíaca, já a noradrenalina quando liberada se ligando ao 
receptor B1 no coração ela já promove efeito contrario porque o B1 lá é acoplado a proteína G 
estimulatória. (Muito legal issooooo!) 
SÍNTESE DE ACETILCOLINA: 
Como a acetilcolina é produzida? Da onde a acetilcolina vem, como ela é formada ? 
Para que ela seja formada preciso de uma enzima crucial pra esse acontecimento que é a , 
colinaacetiltransferase, que está no citoplasma dos terminais nervosos, se eu não tiver essa enzima 
eu não tenho síntese de acetilcolina. Como essa síntese vai acontecer ? a colina proveniente da dieta 
ela entra no citoplasma nos terminais nervosos através de um transportador de Na+, então entra colina 
e entra Na+, uma vez que a colina ta no citoplasma ela vai se ligar ao acetilcoA proveniente das 
mitocôndrias, e nessa região tem muito acetil coa porque tem muitas mitocôndrias. As células 
nervosas são células de alto gasto metabólico então naquela região vou ter muitas mitocôndrias. Então 
o que a colinacetiltransferase que é a “shat” vai fazer ? ela vai pegar colina e vai conjugar com a acetil 
coA para formar a acetilcolina, uma vez que a acetilcolina é formada, é vesiculada e vai ser protegida 
dentro de uma vesícula e vai ser carreada pra um terminal pré sináptico, e para que essa vesícula possa 
ser carreada eu preciso ter a entrada de Ca+. Então a acetilcolina entra na vesícula e para que essa 
vesícula se desloque do citoplasma para o terminal pré sináptico, eu preciso da entrada de cálcio para 
gerar um potencial de ação. Uma vez que essa vesícula chegou na membrana do terminal pré sináptico 
e foi liberada houve uma fusão entre as proteínas da parede da vesícula com as paredes da membrana 
eu libero acetilcolina, uma vez que a acetilcolina foi liberada pra onde ela pode ir gente ? ela pode ser 
ligar aos receptores muscarinicos nos terminais pós sinápticos e também nos receptores nicotínicos, 
além disso essa acetilcolina também pode ser degradada por uma enzima chamada acetilcolinesterase 
que é uma enzima que vai hidrolisar a acetilcolina e também uma vez que ela é liberada ela pode agir 
no receptores muscarinicos e nicotínicos nos terminais pos sinápticos. 
ISSO VOCÊS TEM QUE SABER! 
Vamos recapitular: 
1. Colina proveniente da dieta ela entra no citoplasma através de uma transportador que 
também coloca Na+ pra dentro. 
2. Colina se liga ao acetil Coa proveniente das mitocôndrias através daquela enzima crucial que 
é a colina acetiltransferase. Formei acetilcolina. 
3. A acetilcolina é vesiculada e vai ser protegida dentro de uma vesícula. 
4. Para que a vesícula vá do citoplasma para a um terminal pré sináptico eu preciso de Ca+, para 
gerar um potencial de ação e poder empurrar essa vesícula. 
5. Uma vez que as proteínas da parede da vesícula se fundem com as proteínas da parede do 
terminal pré sinaptico há liberação de acetilcolina. 
6. Uma vez que a acetilcolina foi liberada ela pode agir com receptores muscarinicos e nicotínicos 
no terminal pós sináptico. Ela pode ser degradada pela acetilcolinesterase. Ela hidrolisa 
acetilcolina. Também pode agir em receptores muscarinicos e nicotínicos do terminal pré 
sináptico. Ela é seletiva, só vai agir em muscarinico ou nicotínico. 
Há duas formas de modular a liberação de acetil colina, que são ferramentas farmacológicas mas 
não tem uso terapeutico: Hemicolinico que é um fármaco que bloqueia esse transportador, então 
ele consegue inibir a produção de acetilcolina aqui em cima, bloqueando o transportador. A 
segunda ferramenta farmacologica é a Vesamicol ele inibe a vesiculação da acetilcolina, vc ate 
consegue produzir dentro do citoplasma mas você não consegue vesicular aquela acetilcolina. E a 
ultima modulação é a Toxina botulínica, ela impede a fusão das proteínas da parede da vesícula 
com as proteínas do terminal pré sináptico. Em especifico, ela impede que as sinaptobrevinas se 
fundam com “Taxilas” (não deu pra entender). Essa toxina tem uso terapêutico, o botox, mas ela 
só não tem função estética como outras também, vamos ver no final da aula. 
Só pra lembrar: o receptor muscarínico pode estar presente no terminal pós sináptico e no pré 
sináptico. E a acetilcolina pode agir nos dois. 
RECEPTORES DE ACETILCOLINA: 
O Primeiro receptor descrito foi o muscarinico, que é um receptor acoplado a proteína G, quando eu 
falo que um receptor é acoplado a uma proteína G, ele é um receptor metabotropico. Existem 5 tipos 
desse receptor: M1, M2,M3,M4,M5. O que difere eles é a reposta da ação fisiológica. 
A M1,M3,M5 são receptores acoplados a proteína Gq. Como é a via de sinalização desses receptores 
? tem um agonista, aqui tem um receptor acoplado a proteína G. Quando esse agonista se liga ele 
promove a ativação da fosfolipase C, ela uma vez ativada vai gerar (aumentar) IP3 e DAG. O IP3 vai 
liberar Ca+ no reticulo sarcoplasmático e o DARG vai abrir canais de Ca+ na musculatura lisa, então vai 
aumentar a concentração de Ca+. Quando a gente pensa em uma musculatura lisa, o que vcs acham 
que vai acontecer com essa musculatura lisa ? contração. Esses três receptores são acoplados a 
proteína Gq que ativam a fosfolipase C, que por sua vez aumentam IP3 e DARG, o IP3 vai liberar Ca+ 
no reticulo sarcoplasmático, e o DARG vai abrir canais de Ca+ no musculo liso e por fim geram a 
contração. 
A M2 e M4 são receptores acoplados a proteína Gi, que é uma proteína inibitória. Aqui novamente nós 
temos um agonista, quando esse agonista se ligar ao seu receptor vai ter promover a inibição da 
adenilato ciclase, que vai diminuir AMP cíclico, que vai diminuir PKA, que vai diminuir a liberação de 
Ca+, e por fim não vou ter contração da musculatura. A proteína G ela tem 2 subunidades a Alfa e a 
BetaGama mas quem promove a inibição da adenilato ciclase é a subunidade Alfa. Além disso a 
subunidade BetaGama ela vai abrir canais de K+, se eu abro canais de K+ há uma hiperpolarização, 
dificulta a contração. 
Tanto a proteína Gq quanto a Gi tem as duas subunidades mas na Gq só a subunidade alfa que vai 
modular a fosfolipase C, a subunidade BetaGama não tem atividade sobre a proteína Gq. Na proteína 
Gi as duas subunidades vão ter ação sobre ela. 
RECEPTORES MUSCARINICOS – LOCALIZAÇÃO: 
Quais são os receptores e a localização deles? Agonista clássico: muscarina. 
M1: SNC, autorreceptor, gânglios autonômicos (SNS) 
M2: coração, músculo liso, SNC, autorreceptor 
M3: Glândulas exócrinas (salivares, sudoríparas, lacrimais) 
M4: SNC 
M5: SNC 
Se a gente tem um agonista pra M2, o que pode acontecer no coração ? diminuição da contração. Isso 
vai influenciar na pressão arterial, na frequência cardíaca, a gente vai ver mais pra frente. 
Aqui tem uma tabela que mostra os tipos de receptores, aonde eles estão localizados, quais são as 
respostas que vão acontecer e os mecanismos moleculares envolvidos. Por exemplo o receptor 
muscarinico do tipo M1 está nos ganglios autonomicos e no SNC. Nos gânglios autonômicos ele 
promove uma despolarização. M1 é proteína Gq logo as ações são ativação da fosfolipase C que vai 
aumentar a IP3 e DAG que vão aumentar o nível de ca+ citosolico que foi oq eu a gente viu. Já o M2 tá 
praticamente localizado no coração( nodo, átrio) ele promove essas respostas aqui e como mecanismo 
de molecular tem a ativação do canais de K, através da subunidade betagama, e a inibição da adenilato 
ciclase pela subunidade alfa. O M3 tá localizado basicamente localizadas no músculo liso, secretórias 
(exócrinas) promovendo contração dessa musculatura. Quem pode me dar um exemplo de a 
acetilcolina se ligar no M3 localizado no tratogastrointestinal o que aquela pessoa pode ter ? diarreia. 
Pq uma vez que ela se liga nesse receptor ela vai promover a contração, vai aumentar a motilidade 
gastrointestinal. 
RECEPTORES NICOTINICOS:Ele é um receptor ionotropico, ou seja são canais permeveis a íons, ele tem uma estrutura muito 
diferente daquela receber muscarinico que a gente viu, ele pode permear. Na+, K+, ca+, é um 
tentamero, são permeáveis principalmente a Na+ e Ca+. O agonista clássico é a Nicotina. 
Qual a importância de eu falar pra vocês a sinalização muscarinica e nicotinica ? 
Farmacologia estuda o efeito dos fármacos no nosso organismo. O que é farmacocinética? O que vcs 
estudaram na F1 toda? Quais são as 4 principais classes da farmacocinética ? absorção, distribuição, 
metabolização, eliminação ou excreção. É o que o nosso corpo faz com o fármaco. E a farmacodinâmica 
? é o que o fármaco faz com o nosso corpo. O que a gente faz estudar são as interações fármaco 
receptor e suas ações farmacológicas. Então qual a importância da gente estudar receptores 
muscarinicos e nicotinicos ? são alvos farmacológicos, ou agonistas ou antagonistas, a gente vai ver 
que se acordo com as indicações clinicas a gente vai preferir usar um agonista muscarinico ou 
antagonista muscarinico. Pq a gente estudar receptor? Pq temos que entender como a sinalização 
funciona, por exemplo, quando o agonista se liga ali o que ele vai promover e tals, uma serie de ações 
farmacológicas e fisiológicas, e quando o antagonista se ligar ali o que vai acontecer ? não vai 
acontecer. 
Qual a localização dos receptores nicotínicos ? temos os receptores nicotínicos musculares, os 
receptores nicotínicos neuronal. 
Nm: Músculo esquelético. 
Nn: Ganglios, medula adrenal 
Nsnc: Sistema nervoso central. 
Os receptores nicotínico do tipo muscular eles estão presentes na junção neuromuscular, que é no 
musculo esquelético. Qual são as respostas ? a gente vai ver mais pra frente, despolarização da placa 
terminal, contração do musculo esquelético. Quais são os mecanismos moleculares ? abertura do canal 
sensíveis aos íons com entrada de Ca+, Na+, vai promover a contração daquela placa motora, vamos 
falar mais pra frente. E o receptor neuronal estão presentes no gânglios autonômicos, no SNC, e as 
respostas a gente tem despolarização do neurônio, secreção de catecolaminas(são as noradrenalinas). 
Uma vez que a gente liberou acetilcolina, ela pode se ligar aos receptores nicotinicos e muscarinicos 
nas fendas pré e pós sinápticas ou ser degradada pela acetilcolinesterase que está presente na 
membrana pós sináptica. A acetilcolinesterase tem dois sítios, o catiônico e o aniônico, mas a 
acetilcolina prefere se ligar ao aniônico, e uma vez que ela se liga ela acetila essa enzima, ela satura 
essa enzima pra outras moléculas de acetilcolina, e a acetilcolinesterase vai hidrolisar a acetilcolina e 
libera a colina e o acetato. 
A acetilcolinestase é uma enzima que hidrolisa a acetilcolina, se eu modulasse ela farmacologicamente 
seria legal ? sim, seria interessante dependendo do que você quer. 
FUNÇÕES DO SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO: 
Ele é um sistema de estoque de energia e ele também prepara o nosso organismo para a sobrevivência 
futura. 
Eu já perguntei pra vocês o que aconteceria com o receptor M3 presente no tratogastrointestinal, 
agora o que aconteceria com o nosso sistema geniturinário se eu tenho o receptor M3 ? Incontinência 
urinária, aumento da micção, e a gente vai saber porque isso vai acontecer. 
M3 qual a sinalização ? acoplada a proteína Gq, aumenta fosfolipase C, que aumenta IP3 e DAG, 
aumenta Ca+ e contrai. 
Como acetilcolina age no músculo liso ? qual o receptor principal no músculo liso ? M3. Então vai 
ocorrer toda a sinalização e no final vai haver a contração. E nas células secretórias, qual o principal 
receptor ? M3, então novamente vai ocorrer toda aquela sinalização e no final vai haver a contração. 
(levando ao aumento das secreções). Aumento de acetilcolina leva a um aumento de secreções, 
inclusive no pulmão. 
Vamos agora entrar em cada órgão e seu efeito parassimpático: 
Olho: nosso olho tem dois tipos de musculatura, a circular e a ciliar (mais externa). Quando a 
acetilcolina se liga nesse receptor M3 presente nesse musculo circular ele promove contração da 
minha pupila. Promove MIOSE. Quando a acetilcolina se liga preferencialmente no musculo ciliar ela 
tbm promove a contração, e esse musculo ciliar é aquele que faz a drenagem do humor aquoso 
mantendo a pressão intraocular. O paciente com Glaucoma tem aumento da pressão intraocular. 
Então prescrever um agonista M3 é bom para um paciente com glaucoma ? Sim. Porque o agonista de 
M3 vai aumentar a contração e com isso aumento a drenagem do humor aquoso e assim diminuo essa 
pressão ocular promovida pelo glaucoma. E o antagonista ? Não seria bom porque ele iria fazer uma 
efeito contrário. 
Já nas glândulas lacrimais, a secreção delas também tá aumentada. Então em um paciente com 
aumento de acetilcolina ele vai lacrimejar mais frequentemente. 
Eles não são específicos, são agonistas muscarinicos, a gente vai ver que eles não são específicos para 
cada tipo de receptor então quando a gente administra um agonista ele pode agir em todos os 
receptores, e o grande problema disso são os efeitos colaterais. Porque por exemplo se eu administro 
um agonista muscarinico para tratar glaucoma,como esse medicamento não é seletivo ele pode agir 
no M2 do coração. Se essa pessoa tem a PA muito pequena ele pode ainda promover uma queda ainda 
maior da pressão. 
Ela fala de placebo, das pessoas que sentem os efeitos depois de ler a bula e tals. 
Pulmão: quando a acetilcolina se liga no receptor M3 a musculatura lisa do pulmão vai promover a 
contração, qual o quadro mais clássico conhecido na musculatura do pulmão ? broncoconstrição. E 
aumenta a produção de muco. Um paciente asmático pode tomar um agonista muscarinico? Não. 
Porque um paciente com asma já tem uma broncoconstrição e libera muco. 
Vamos supor que ele tenha glaucoma e asma, ele não pode tomar um agonista muscarinico em 
hipótese nenhuma, ai vai entrar naquela fase da balança né, vai preferir tratar a asma ou o glaucoma 
? Vai ser medicamento de ação local, pro glaucoma vai usar um medicamento de ação local (colírio) e 
(pra asma também ? e não um agonista muscarinico. (Mas se eu tratar asma com antagonista ?? não 
vai ser ruim pro glaucoma? DUVIDA) 
Tratogastrointestinal: quando a acetilcolina se liga ao receptor M3 promove a contração e aumenta a 
motilidade do tratogastrointestinal, então pacientes que utilizam agonistas muscarinicos podem ter 
como efeito adverso a diarréia. Quando a gente começa a pensar nas ações a gente consegue prever 
os efeitos adversos. E com relação a esses esfingters ? esfingter pilórico e outros, então esses esfingters 
relaxam quando a acetilcolina se liga no receptor M3. E em relação as secreções, elas aumentam, que 
secreções seriam essas se tratando de tratogastrointestinal ? suco gástrico, Hcl. Então no 
tratogastrointestinal eu vou ter uma contração da musculatura aumentando a motilidade, vou ter um 
relaxamento desses esfignters também facilitando essa motilidade e vou aumento das secreções em 
específico ácido gástrica. Ai a gente pensa, uma pessoa que usa um agonista muscarinico, o que ela 
pode ter como efeito adverso pensando nessa questão do aumento das secreções ? gastrite,ulcera 
péptica. O agonista muscarinico tbm não é indicado pra quem tem o que ? ulcera péptica. 
Tratogeniturinário: a musculatura lisa da bexiga contrai,logo há uma incontinência urinária, aumenta 
a micção, então o esfingter relaxa para a urina sair. Então a musculatura contrai e os esfingters 
relaxam. Já no ureter aumenta o tônus e motilidade. 
Glandulas: G salivares: essas glândulas vão aumentar a secreção de água e K+ 
G nasofaringea: aumenta a secreção 
G sudoríparas: aumentam a secreção 
G suprarrenal: aumenta a secreção de noradrenalina. A acetilcolina vai se ligar ao receptor dela no 
gânglio e vai liberar noradrenalina. 
Coração: esse órgão é especial. Quem ta presente lá ? M2.E M2 qual o mecanismo ? Tenho Gi, não 
tenho contração. Uma vez que a acetilcolina se ligar nesses receptores M2 presentes do Nodo 
sinoatrial, átrio, nodo atrioventricular e ventrículo ela vai promover alguns efeitos parassimpáticos. 
Que efeitos são esses ? quando ela se liga no M2 presente no nodo sinoatrial ela promove um 
cronotropismo negativo (diminuição da frequência cardíaca), quando se liga no átrio promove 
Inotropismo negativo (diminuição da força de contração), quando se liga no nodo atrioventricular 
promove um Dromotropismo negativo (diminuição da velocidade de condução). Então esses 3 são os 
principais efeitos que a acetilcolina promove. Ventriculo: pouco efeito. 
Receptor acoplado a proteína Gi, agonista se ligou, inibição da adenilato ciclase, diminuição do AMP 
cíclico, diminui PKA, diminui a liberação de Ca+, ai não te contração por isso esses 3 efeitos citados 
acima acontecem. 
Endotélio Vascular: veias e artérias. O sistema parassimpatico não promove nenhum efeito. O 
receptor primordial nessa região é o M3. O que a gente esperaria que acontecesse? Uma contração, 
só que no endotélio vascular não acontece contração diferentemente das outras musculaturas lisas 
que a gente viu. Pq isso acontece ? uma vez que o receptor é acoplado a proteína Gq, aumento IP3 e 
DAG e com consequente aumento de Ca+, esse Ca+ ativar a calciocalmodulina diferentemente do que 
a gente viu lá trás. Lá tras a gente viu que o aumento de ca+ leva a contração, aqui esse ca+ aumentado 
pelo IP3 ativa aquele complexo calciocalmodulina que por sua vez vai estimular a síntese de NO (oxido 
nítrico). Qual a característica principal do oxido nítrico ? Vasodilatação (relaxamento). Então apesar do 
receptor ser M3, e ser musculatura lisa, aqui a musculatura vascular quando tem uma liberação de ca+ 
por ser no vaso essa liberação de ca+ leva a liberação de NO, esse NO ativado vai ativar a Guanilil 
ciclase GMP cíclico e ele por sua vez vai ativar uma proteína quinase G que vai promover o relaxamento 
do músculo. Então não confundam, musculatura lisa normal vai contrair (com receptor M3) mas 
quando for musculatura vascular não contrai apesar de ser receptor M3. Até a liberação de Ca+ é igual 
só que quando o ca+ é liberado no endotélio vascular ele ativa a calciocalmodulina que ativa NO e que 
leva ao relaxamento.(Eu acho que é questão de prova) 
Por que vocês acham que eu coloquei aqui no slide parassimpático sem efeito ? porque tudo que a 
gente tava vendo agora com musculatura lisa era de contração, então se aqui eu tenho relaxamento e 
não contração não tem efeito do sistema parassimpático. 
Aqui eu tenho um gráfico pra vocês e mostra como a acetilcolina vai modular a pressão arterial. Tenho 
a PA, as concentrações de acetilcolina. Quando administro 2 Microgramas de acetilcolina, o que 
acontece com a PA ? ela cai bruscamente. Quando eu aumento em 25 vezes essa dose de acetilcolina 
o que acontece com a PA ? cai mais ainda. Isso ta mostrando que a acetilcolina se ligou ao receptor 
M2. (pq é coração). Uma vez que ela se liga a M2 qual a cascata que ela vai desencadear ? aquela que 
já falamos e no final não vou ter contração. Pq a pressão arterial diminui ? é devido aqueles 3 efeitos 
que já falamos: Cronotropismo, Inotropismo e Dromotropismo, então eles contribuem diretamente e 
observamos uma queda brusca de pressão. Nessa terceira figura ele administra atropina, o que 
acontece ? ele administrou a acetilcolina (agonista) e atropina (antagonista) a PA se manteve. E por 
ultimo, no mesmo experimento que tinha a atropina ele aumenta a concentração de acetilcolina ai a 
PA aumenta, isso é chamado efeito de rebote pq estimula os barorreceptores a gente vai ver isso em 
adrenérgicos. 
Qual tipo de antagonismo que está acontecendo aqui ? coloquei uma dose de atropina e se 
acetilcolina, se eu aumentar a acetilcolina e esse pico voltar a cair, o que vcs acham que ta acontecendo 
? antagonismo competitivo. 
Qual a diferença do antagonismo competitivo pro não competitivo ? o competitivo vc administra o 
antagonista e o agonista, até certo momento eles vão competir e o efeito do agonista vai ser diminuída 
mas se eu aumento a dose do agonista ele consegue superar, deslocar o antagonista do sitio e voltar 
a fazer seu efeito 
Antagonismo não competitivo: Mesmo aumentando a dose não consigo deslocar o antagonista. 
Qual a diferença de potencia e eficácia ? vou dar um ex, tenho um fármaco A, adminis 10 mg e o B 20 
Mg, os dois geram o mesmo efeito farmacológico, qual o melhor ? o A É MAIS POTENTE porque é o de 
menor dose. Ambos são eficazes ? sim. A potencia ta diretamente relacionada com a DE50. E eficacia 
tá relacionada com a ocupação de receptores. O exemplo que eu dei, ambos eram agonistas do mesmo 
receptor o que mudava era a dose, então ambos eram eficazes pq ambos conseguem se ligar com 
seletividade ao seu receptor so que um vai ser mais potente do que o outro por causa da dose. 
Vocês lembram que eu falei com vocês la do sistema nervoso somático, que eu falei que ele vai se ligar 
na musculatura lisa e vai promover ações na musculatura esquelética. O que a acetilcolina vai fazer 
quando se ligar ao seu receptor ? qual receptor presente na placa motora ou na musculatura 
esquelética ? nicotínico. É um receptor ionotropico, permea Na+, Ca+, uma vez que ele permea pra 
musculatura na+ e ca+ ele vai promover contração da musculatura. Então quando começar a entrar 
ca+ aqui nesse receptor ionotropico, isso tbm leva a liberação de Ca+ no reticulo sarcoplasmático 
levando a mais liberação de ca+, então naquele meu receptor nicotínico ele é permeável a ca+, essa 
entrada de ca+ estimula mais liberação de ca+ pelo meu reticulo sarcoplasmático e eu aumento muito 
a minha concentração de ca+ na célula e isso leva a contração. Qual a diferença da contração 
promovida aqui e a promovida no m3 do musculo liso ? Primeira diferença principal é o tipo de 
receptor, se o receptor não é o mesmo a sinalização não é a mesma mas o ca+ é o segundo mensageiro. 
Receptor M1, M3 e M5 acoplado a proteína Gq 
Receptor M2, M4 acoplado a proteína Gi 
Placa motora e musculatura esquelético: receptor nicotínico 
Tudo que a gente falou até agora foi a fisiologia do sistema autônomo, agora vamos entrar na 
farmacologia. 
Temos basicamente 4 classes farmacológicas: 
- Agentes colinérgicos diretos: Agonistas muscarinicos 
- Agentes colinérgicos indiretos: Inibidores da acetilcolinesterase 
- Antagonistas Muscarinicos 
- Antagonistas Nicotinicos 
 
Agentes colinérgicos diretos: Agonistas muscarinicos 
Qual a característica principal de um agonista ? afinidade. No caso da acetilcolina ela não é seletiva pra 
aquele tipo de receptor, quando ela é liberada vai agir em um tipo especifico de receptor. 
Quam são os agonistas muscarinos ? são esses aqui, os esteres de colina. 
O primeiro deles é a acetilcolina (olhar slide 36) e ao lado está relacionando com a afinidade pelo 
receptor muscarinico, nicotínico e a afinidade com a enzima que degrada essa acetilcolina, a 
acetilcolinesterase. Então ela tem afinidade igual para os três. A acetilcolinesterase tem muita 
afinidade com ela entçao vai tender a degradar essa acetilcolina com muita facilidade. 
A metacolina tem muita afinidade pelo receptor muscarinico e pouca pelo nicotínico e isso é bom pois 
torna ele mais seletivo pro receptor muscarinico. E tem menos afinidade pela acetilcolinesterase que 
a acetilcolina então ele vai ser degradado com menos facilidade. 
O carbacol tem menos afinidade pelo receptor muscarinico, a afinidade nicótico se mantem igual mas 
a ação da colinesterase nula, não sofre ação dela. Modificações na estrutura de um fármaco tem como 
objetivo melhorar a seletividade, até mesmo além da seletividade, a farmacocinética para ter uma boa 
absorção por exemplo. As modificações químicas são rpa melhorar a farmacocinética e 
farmaodinamica de um fármaco. 
O Betanecoltem uma amina e uma metila diferenciando. A afinidade pelo muscarino continua igual, 
não tem afinidade pelo nicotínico nem pela acetilcolinesterase. 
Olhando para esses 4, qual seria o melhor agonista ? betanecol. Pq é seletivo pra muscarinico, não 
seletivo pra nicotínico e não sofre ação da acetilcolinesterase. 
A pilocarpina que não é considerado um ester de colina, ela tem uma menor afinidade pelo receptor 
muscarinico, não tem pelo nicotínico e a ação da enzima não existe. 
Com relação a farmacocinética: os esteres de colina como eu mostrei pra vcs são aminas quaternárias, 
já a pilocarpina é uma amina terciária, e isso vai influenciar na farmacocinética, uma amina quaternária 
ela tem pouca absorção por via oral, a maioria desses fármacos que a gente viu que são esteres de 
colina eles são poucos administrados por via oral. 
 Ésteres de colina: aminas quaternárias 
Absorção via oral: pequena 
Distribuição: restrita 
Sofrem hidrólise no TGI, metabolismo por esterases 
Excreção renal 
Vias: oral, subcutânea 
 Pilocarpina: amina terciária 
Boa absorção em todas as vias 
Excreção renal 
Uso tópico 
 Usos Clínicos: 
-Hipotonia do trato gastrointestinal ou urinário – betanecol 
 -Xerostomia (Síndrome de Sjögren) - pilocarpina, cevimelina 
 -Glaucoma (P intraocular ↑)- pilocarpina, carbacol 
Reações adversas: 
 -Ativação de úlcera péptica 
-Diarreias e cólica abdominal 
-Hipotensão 
Broncoespasmo 
Contraindicações: 
obstrução do trato intestinal ou urinário, úlcera péptica, bradicardia, arritmia cardíaca, asma 
 
 
 
 
Na farmacologia 2 veremos diversos temas. Nesse primeiro bloco integra adrenérgico e colinérgico e 
tb opióides e anestésicos. No segundo bloco já vai pra parte de neuro aí vamos ver hipnóticos, 
sedativos e ansiolíticos, antidepressivos, anticonvulsivantes, anorexígenos. No terceiro bloco veremos 
a parte de insulinoterapia, antidiabéticos, inflamação, contraceptivos hormonais. O tema do primeiro 
bloco é um pouco complicado pois tem mta coisa de fisio que acaba sendo esquecida pela gente. Então 
lembrando oq vimos ontem na aula: primeira coisa, qual principal neurotransmissor que é liberado 
nessa micro-junção? Acetilcolina, q é produzida na fenda pré-sináptica por uma série de mecanismos 
e quando ela for liberada vai agir em receptores muscarínicos ou nicotínicos. Esses dois estão 
localizados nos mesmos lugares? Não, estão presentes em locais distintos. Os muscarínicos de uma 
maneira geral estão localizados no musculo liso, coração, glândulas exócrinas, sistema nervoso, já os 
nicotínicos estão principalmente localizados no musculo esquelético e tb tem aqueles localizados nos 
gânglios... 
Os fármacos que vimos ontem foram os agentes colinérgicos diretos ou os agonistas muscarínicos (se 
ligam diretamente no receptor), hj veremos os agentes colinérgicos indiretos. Como ele indiretamente 
modularia a neurotransmissão colinérgica? Lembram aquela etapa crucial quando a acetilcolina é 
liberada que ela pode se ligar em receptores muscarínicos e nicotínicos da fenda pós, da fenda pré e 
pode ser degradada pela acetilcolinesterase. Então se a gente bloquear por exemplo a 
acetilcolinesterase, a concentração de acetilcolina aumenta. Então uma classe de inibidores de 
acetilcolinesterase poderiam ser agentes colinérgicos indiretos? Sim! É isso que vamos ver agora. 
Quando bloqueia a enzima, vc indiretamente faz com que a concentração da acetilcolina aumente e aí 
ela vai tender a se ligar mais no receptor muscarínico e nicotínico. Então quando a gente pensa: 
bloqueou a enzima e liberou mta acetilcolina, qual é a limitação desse grupo de inibidores? Quando 
aumentar a acetilcolina ela vai se ligar so em muscarínicos ou so em nicotínicos ou ela pode se ligar 
nos dois? Nos dois. Então dependendo do caso do quadro clinico pro qual vou prescrever essa classe 
posso ou não escolher pq a partir do momento q aumento acetilcolina eu garanto que ela vai se ligar 
ao muscarínico q é oq eu quero, mas ela tb vai se ligar no nicotínico e pode gerar efeitos adversos. 
 
Acetilcolinesterase - sítio catalítico 
Então essa aqui é a enzima acetilcolinesterase, ela tem vários sítios de ligação só que o sitio catalítico 
dela é aniônico (sitio que tem o ácido glutâmico) e catiônico (sitio que tem serina). A acetilcolina 
quando se liga, ela se liga nessas duas porções só que a acetilação acontece no sitio aniônico que é a 
porção de ácido glutâmico. Então aqui é uma figura que mostra como seria a hidrolise de acetilcolina 
num processo normal. Então a 
acetilcolina ta aqui, ela se liga na 
enzima acetilcolinesterase no sitio 
catalítico aniônico acetilando a 
enzima e aí a enzima vai promover 
uma hidrolise rápida da 
acetilcolina que acontece em 
segundos, ela consegue ir, quebrar e liberar acetato e colina. 
Quando pensamos numa inibição reversível dessa enzima temos a neostigmina - ela se liga na estrutura 
da acetilcolinesterase no lugar da acetilcolina e ela carbamila essa enzima, quando isso ocorre torna a 
enzima menos ativa. Ela não torna a enzima completamente inativa pq a hidrolise não deixa de 
acontecer, ela acontece mas de maneira lenta. Então quando o inibidor de acetilcolinesterase se liga 
de uma maneira reversível isso quer dizer que consigo reverter o efeito, então em algum momento se 
tiver algum mecanismo pra reverter o efeito essa hidrolise pode voltar a ser normal. 
Já a inibição irreversível, temos o exemplo do isofluorfosfato q é um organofosforato, ele vai se ligar 
tb a enzima só que dessa vez ele vai fosforilar a enzima. Quando fosforila a enzima de maneira 
irreversível ele não deixa com que a hidrolise aconteça, na verdade essa hidrolise é tãooo lenta que 
chega praticamente a zero. Então vamos ver como classes de fármacos inibidores da 
acetilcolinesterase aqueles que são inibidores reversíveis onde carbamilam a enzima fazendo com q a 
hidrolise se torne lenta, e aqueles que são inibidores irreversíveis onde fosforilam a enzima fazendo 
com que não tenha hidrólise. 
 
 
Inibidores da acetilcolinesterase – Inibidores reversíveis 
O primeiro inibidor da acetilcolinesterase/primeiro uso clinico foi a fisostigmina em 1877. Ela faz parte 
de um grupo de inibidores de acetilcolinesterase que são quimicamente classificados como 
arilcarbamatos – vão carbamilar a enzima, 
logo é um inibidor reversível. Então o 
protótipo foi a fisostigmina, q tem uma 
amina terciária, e por isso ela tem uma 
menor estabilidade química, pq? Quem é 
melhor absorvido por via oral, amina 
terciária ou quaternária? Amina terciária! 
Pq ta chamando atenção disso? Nós como 
futuros farmacêuticos ao olhar uma 
estrutura química e ver que tem uma amina 
terciária e outro fármaco tem uma amina 
quaternária, conseguimos concluir que quem tem melhor biodisponibilidade oral é a terciária. Por isso 
é importante fazermos a relação estrutura/atividade. 
O segundo exemplo da classe é a neostigmina, pouco absorvida por via oral e pouca biodisponibilidade. 
Lembrando de fármaco 1, a biodisponibilidade (BD) é a quantidade do fármaco inalterada que chega 
na corrente sanguínea, então por exemplo a BD de um fármaco administrado via intravenosa é 100% 
pq ele não é absorvido e não vai sofrer efeito de primeira passagem. 
Outro exemplo dessa classe é a piridostigmina que tb tem uma baixa biodisponibilidade oral, é uma 
amina terciária, só que se compararmos essas duas vemos que tem uma BD um pouco maior (10-20%). 
A biodisponibilidade baixa não significa necessariamente que vc não pode administrar o fármaco por 
via oral. Se um fármaco tem a BD baixa, pra q ele possa ser administrado via oral poderíamos aumentar 
a dose (múltiplas doses, pois se aumenta a dose de uma vez só traria efeitos colaterais ao paciente). 
 
Outros Inibidores Reversíveis 
São outros inibidores considerados como reversíveis só que eles não são substratos da 
acetilcolinesterase, irão apenas se ligar ao sítio catalíticoda enzima (sem fazer nenhuma alteração 
química) impedindo a ligação da acetilcolina. Ex: Galantamina e Donepezila. 
 
Farmacocinética 
- Fisostigmina: amina terciária 
Boa absorção por via oral, por via subcutânea e por uso tópico (mucosas). Atravessa a barreira 
hematoencefálica, ou seja, chega ao sistema nervoso central (SNC). 
Metabolismo: por esterases plasmáticas. Obs: qual a diferença de metabolismo por esterases e 
metabolismo hepático? O hepático é oxidativo pelas CYPs e se o fármaco sofrer uma metabolização 
oxidativa ou hepática vai sofrer aquelas reações de fase 1 ou 2 dependendo da estrutura química, pq 
sabemos que o objetivo da metabolização é transformar o fármaco em uma forma mais hidrofílica pra 
q ele seja eliminado. Já a metabolização por esterases plasmáticas vai acontecer no plasma, não vai 
pro fígado e não sofre oxidação. 
Eliminação: renal 
 
- Neostigmina: amina quaternária 
Menor absorção por via oral. Atravessa menos a barreira hematoencefálica e por isso tem uma menor 
chegada ao SNC. 
Metabolismo: esterases plasmáticas 
Eliminação: renal 
 
 
 
Usos Clínicos dos Inibidores da acetilcolinesterase Reversíveis 
- Glaucoma – mais utilizados: fisostigmina, neostigmina. Usamos o inibidor dessa enzima pra tratar o 
glaucoma pq o paciente com glaucoma tem aumento da pressão intraocular, logo se inibir a enzima a 
concentração de acetilcolina aumenta e vai tender mais a se ligar em receptores muscarínicos (no caso 
especifico do olho o M3) promovendo a drenagem do humor aquoso e a diminuição da pressão 
intraocular. 
- Hipotonia do trato gastrointestinal ou genitourinário – mais utilizado: neostigmina. Aqui é a mesma 
coisa, aumentou a acetilcolina, ela se liga a receptores muscarínicos M3 presentes no trato 
gastrointestinal, promovendo a contração e aumento da motilidade. 
- Miasteniagravis – mais utilizados: neostigmina, piridostigmina (vai explicar mais abaixo) 
- Intoxicação por antimuscarínicos – mais utilizado: fisostigmina. Antimuscarínico é um antagonista. 
Quando pensamos em uma intoxicação, oq isso quer dizer? Que o paciente pode ter tomado uma dose 
excessiva/elevada daquele antagonista. Se inibo a enzima aumenta acetilcolina, e aí ela vai competir 
com o antagonista e deslocar ele do sitio. 
- Reversão do efeito de bloqueadores musculares não despolarizantes – mais utilizado: neostigmina. 
Essa classe de bloqueadores vamos ver no final da aula de hj, mas falando um pouco sobre, o bloqueio 
é em relação aos receptores nicotínicos, então se aumenta acetilcolina como que vai reverter o efeito 
dos bloqueadores nicotínicos? Vai competir com esses bloqueadores deslocando eles do sitio, 
deixando a ação normal voltarem. 
- Doença de Alzheimer (perda de neurônios colinérgicos) – mais utilizados: rivastigmina, galantamina, 
donepezila. Paciente tem uma diminuição na quantidade dos neurônios, entao se eu bloquear essa 
enzima e aumentar acetilcolina vou fazer com que esse aumento ative os poucos receptores 
remanescentes. 
 
Miasteniagravis (neostigmina, piridostigmina) 
É uma doença neuromuscular autoimune que causa fraqueza e fadiga dos músculos voluntários. Nessa 
doença o paciente produz autoanticorpos contra os receptores nicotínicos presentes na placa motora. 
Uma vez que ele é ativado pela acetilcolina vai promover a contração, se eu produzo autoanticorpos 
contra esses receptores esse paciente vai ter uma paralisia, então por isso que a pessoa tem fraqueza, 
fadiga dos músculos. A fraqueza é causada por um defeito na transmissão dos impulsos dos nervos 
para os músculos. 
Esse gráfico mostra uma situação de um paciente normal, então ta 
correlacionando um potencial de ação com uma contração da 
musculatura. Podemos ver que cada potencial de ação gerado é 
igual a uma contração num paciente normal. Já num paciente com 
Miastenia há uma diminuição no potencial de ação pq não tenho 
mais receptores e a contração tb vai diminuindo. Só que quando 
nesse paciente é administrado a neostigmina, o potencial de ação 
volta ao normal e a contração tb, isso pq? Nessa doença o paciente 
produz autoanticorpos contra os receptores. Todos os receptores 
são destruídos ou tem uma diminuição na quantidade? Tem uma 
diminuição! Entao quando administro a neostigmina e bloqueio a 
enzima, tenho o aumento de acetilcolina que tem por objetivo ativar esses receptores nicotínicos 
remanescentes, e aí por isso que o paciente volta ao potencial de ação e a ter contração. 
 
Reações Adversas 
- Salivação – inibi enzima, aumentou acetilcolina, acetilcolina se liga a M3 nas glândulas exócrinas e 
aumenta a salivação. 
- Ativação de úlcera gástrica – aumenta a secreção de ácido clorídrico. 
- Cólica abdominal – aumenta a contração/motilidade no trato gastrointestinal 
- Hipotensão (induzida apenas pela redução no débito cardíaco) – hipotensão é a diminuição da 
pressão arterial, geralmente associada com a diminuição da frequência, força de condução e 
velocidade de (??). Pq então estaria acontecendo hipotensão aqui? Efeitos por inibidores no coração. 
- Broncoespasmo – acetilcolina vai se ligar a M3 no pulmão, podendo promover a broncoconstricçao 
e o aumento da secreção pulmonar (que é ruim pro paciente asmático). 
 
Contraindicações 
- Obstrução do trato gastrointestinal ou urinário 
- Úlcera péptica 
- Bradicardia (diminuição da frequência cardíaca) 
- Arritmia cardíaca 
- Asma 
Essas ações adversas e contraindicações estão bem semelhantes aquelas que vimos ontem, os 
agonistas muscarínicos diretos. Qual a diferença de um agente colinérgico direto pra um agente 
colinérgico indireto? O direto é um agonista propriamente dito (vai lá se ligar a um receptor 
muscarínico), já o indireto vai promover uma ação que vai levar o aumento da acetilcolina. 
 
Inibidores da Acetilcolinesterase Irreversíveis 
O mecanismo de ação principal dos inibidores irreversíveis é a fosforilação da enzima de maneira 
irreversível, ou seja, vc não consegue de maneira alguma acabar com esse bloqueio. 
Esses inibidores são substratos da acetilcolinesterase. Reagem com a enzima formando uma forma 
fosfatada da mesma muito mais estável. 
São ésteres ou tio ésteres do ácido fosfórico, extremante estáveis à hidrólise, são moléculas muito 
lipofílicas que atravessam a barreira hematoencefalica (podem chegar ao SNC causando efeitos 
colaterais relacionados a esse sistema). 
Uso: não são usos terapêuticos - inseticidas e gases bélicos 
Como exemplos dessa classe temos: Paration, Sarim, Soman, Malation – 
organofosforados. 
Intoxicação por Organofosforados 
 Os pacientes dessa intoxicação apresentam algumas ações muscarínicas periféricas: 
- broncoconstricção – inibiu a enzima, aumentou acetilcolina, e se ligou nos muscarínicos no pulmão. 
- sudorese – aumenta a secreção das glândulas sudoríparas. 
- miose – contração da pupila/da musculatura circular. 
- bradicardia – diminuição da frequência. 
- incontinência urinária – aumenta a micção, se ligou o receptor M3 no trato genitourinário. 
- diarreia – aumento da motilidade. 
 Quando se liga aos receptores nicotínicos, promove algumas ações nicotínicas periféricas: 
- fasciculações – contrações bem pequenas da musculatura, lembrando que os receptores nicotínicos 
estão na placa motora/musculatura esquelética. 
- taquicardia (acetilcolina começa a estimular a liberação de adrenalina pela adrenal - descarga 
simpática). 
- hipertensão (acetilcolina começa a estimular a liberação de adrenalina pela adrenal - descarga 
simpática). Obs: essa coisa de adrenalina vamos ver melhor na semana que vem. 
 Como são lipofílicos, vão gerar efeitos no sistema nervoso central (ações centrais): 
- inquietação, insônia, convulsão, depressão respiratória (falta de ar - diminui a atividade do bulbo e 
tb a função pulmonar) e colapso cardiovascular. 
 
Como podemos reverter essa intoxicação por organofosforados: 
O paciente intoxicado não vai morrer, a não ser que elenão se trate. Então uma vez intoxicado tem 
como reverter esse quadro. Como? Podemos colocar um antagonista muscarínico - atropina (veremos 
mais a frente); podemos usar um regenerador de acetilcolinesterase – pralidoxima (vai reagir com o 
fósforo [organofosforado] vai formar um complexo, vai regenerar o OH da enzima e aí é reativada); 
anticonvulsivante – diazepam (o diazepam é da classe dos benzodiazepínicos, quando esse 
organofosforado permeia a barreira hematoencefálica ele pode atingir os canais de cloreto presentes 
no sistema nervoso central, e o diazepam que é um benzodiazepínico possuem esses canais de cloreto, 
então ele pode competir com o organofosforado impedindo que ele tenha essa ação do sistema 
nervoso central. 
Então fechamos Agentes Colinérgicos Diretos, Agentes Colinérgicos Indiretos e agora vamos entrar nos 
antagonistas muscarínicos. 
 
 
 
 
Antagonistas Muscarínicos 
O antagonista se liga no receptor e impede que o agonista se ligue. Primeiro exemplo dessa classe é a 
Atropa belladona (dilata a pupila). Foi da Atropa belladona que foi isolado a atropina que é o fármaco 
que temos hj disponível no mercado. Um outro antagonista muscarínico é Escopolamina (princípio 
ativo do buscopan). Tomamos buscopan pra cólica, qual é a lógica de tomar escopolamina nesse caso? 
Ela é um antagonista, então ela vai diminuir a contração. A escopolamina foi isolada dessa espécie 
Datura stramonium. 
Os antagonistas muscarínicos são competitivos, reversíveis, e a grande maioria é não seletivo. Se ele é 
não seletivo vao bloquear o M1, M2, M3, M4 e M5. Já a parte adrenérgica que veremos semana que 
vem já começamos a ver uma certa seletividade dos receptores. 
Temos como exemplo de fármacos 
antagonistas muscarínicos a atropina, 
escopolamina e homatropina que são 
fármacos naturais; e como exemplos de 
fármacos sintéticos temos a 
pirenzepina (seletividade pra 
antagonizar M1 e M4), ipratrópio 
(formulado na forma de brometo, 
brometo de ipratrópio. Mt prescrito 
pra pacientes com asma pq ele é um 
antagonista dos receptores 
muscarínicos e ai vai promover a broncodilatação e a diminuição das secreções), tiotrópio, tolterodina. 
 
Efeitos Antimuscarínicos 
Os efeitos antimuscarínicos, ou seja, oq acontece quando bloqueio os receptores muscarínicos, são: 
- Diminuição das secreções (ex: salivar, brônquica, sudorese) - o principal efeito adverso de quem toma 
atropina por exemplo é boca seca. 
- Midríase – dilatação da pupila. 
- Broncodilatação (principalmente em pacientes asmáticos). 
- Relaxamento da musculatura intestinal (pode ter constipação como consequência. Obs: quanto maior 
a motilidade mais sai, quanto mais relaxado menos sai), trato biliar, trato urinário (pode ter 
incontinência urinaria como consequência). 
- Taquicardia – pq bloqueia M2 no coração. 
- SNC: sedação e amnésia – efeitos menos pronunciados. 
 
 
 
 
Atropina: Relação ocupação x efeito 
Nesse primeiro gráfico A temos a frequência cardíaca e a dose de atropina, na linha mais escura tenho 
a ocupação do receptor e na mais clara tenho o efeito que no caso é em relação a frequência cardíaca. 
Podemos observar que conforme aumenta a concentração de atropina a oupaçao dos receptores 
aumenta tb. Se to falando de frequência cardíaca to falando basicamente de receptores M2. Quando 
aumenta a frequência cardíaca o efeito tb aumenta. Pq a frequência cardíaca aumenta quando 
administra atropina? Pq a acetilcolina não vai estar se ligando a M2 então ela não vai diminuir a 
frequência cardíaca. Então quando aumenta a dose do antagonista ocupa mais receptores, com isso 
aumenta a frequência cardíaca pq não to deixando a acetilcolina se ligar no M2 que é sinalização 
proteína Gi. 
 
No gráfico B temos o parâmetro da produção de saliva, então temos a saliva e a dose de atropina. 
Podemos observar que a liberação de secreção salivar quando a dose de atropina é zero está alta, 
conforme vai aumentando a dose de atropina a ocupação do receptor vai diminuindo. No intervalo 
que não é ocupação de receptores M2 temos como efeito o aumento da secreção salivar, e aí quando 
tem atropina ela vai bloquear o receptor (tanto M2 quanto M3 pq ela não é seletiva). Então conforme 
vai aumentando a concentração de acetilcolina ela vai tendendo a diminuir a ocupação dos receptores 
M2 e passa pra receptores M3, e se ela ocupa os receptores M3 ela vai diminuir a saliva. Então esse 
gráfico aqui é ocupação do receptor frente ao receptor M2, por isso estamos vendo uma diminuição. 
 
Sensibilidade Diferenciada ao Bloqueio Muscarínico 
A atropina tem uma sensibilidade diferenciada, na 
verdade alguns dos nossos sistemas tem uma 
sensibilidade diferenciada, isso quer dizer que 
determinados paramentos podem ser mais ou 
menos afetados pelo bloqueio de receptores pela 
atropina. Esse gráfico mostra pra gente alteração 
percentual e dose de atropina e aqui alguns 
parâmetros como a diminuição da salivação, 
diminuição da rapidez da micção, aumento da 
frequência cardíaca e diminuição da acomodação 
visual (dilatação da pupila - midríase). Qual o parâmetro mais afetado pelo aumento da dose de 
atropina? Salivação. Qual o efeito adverso principal do uso de atropina? Boca seca. Então a 
salivação/secreção salivar é o parâmetro mais sensível ao bloqueio da atropina. Vcs podem ver que na 
dose de 2 mg o percentual é quase 100% na diminuição da salivação. Olhando agora pra diminuição 
da rapidez da micção. Um paciente que toma um agonista tem a micção aumentada ou diminuída? 
Diminuída. Então podemos ver que a maior dose de atropina promove essa alteração em 60% da 
diminuição da micção. Olhando pro aumento da frequência cardíaca, a maior dose de atropina tende 
a aumentar bastante a frequência cardíaca. Observando as linhas/o gráfico, como podemos falar que 
a salivação e a micção são os parâmetros mais afetados pelo uso da atropina? Na menor dose que é 
0,5 mg/kg já tem um efeito sobre a salivação e a micção, então ta mostrando que esses dois 
parâmetros são ultrassensíveis ao efeito da atropina. A alteração da frequência cardíaca e a 
acomodação visual (midríase) só começa a aparecer com a dose de 1 mg. Oq quero que vcs entendam 
aqui então é que diversos parâmetros no nosso organismo podem ser afetados quando usamos um 
antagonista, só que existem parâmetros mt mais sensíveis, ou seja, com uma dose bem pequena de 
atropina esse efeito já começa se pronunciar. 
Aí ela lê essa tabelinha que mostra os principais efeitos na dose de 1 e 2 mg. 
 
Aí alguém pergunta: se não existe seletividade pq essa sensibilidade diferenciada acontece? Ele não 
tem seletividade mas se uma região expressa mt mais que a outra, aquele parâmetro vai ser mt mais 
sensível a ação da atropina. 
Aqui eu comparo a atropina com a escopolamina. A atropina ela tem um dos usos clínicos, ela é usada 
quando a pessoa tem uma parada respiratória. Isso ocorre porque esse paciente teve diminuição na 
frequência cardíaca ai se eu administro atropina a frequência aumenta. É usado também para tratar 
Brad cardíaco sinusal, que também é um quadro de diminuição da frequência, ai vai administrar e vai 
subir a frequência. Retenção do bloqueio átrio ventricular, essa pessoa tem alguma patologia que 
compromete o bombeamento de sangue do átrio para o ventrículo, ai fazendo o uso de atropina vai 
aumentar a força de contração e o sangue vai ser bombeado. Também pode ser usado como pré 
anestésico e ai ela vai bloquear os reflexos vagais não deixando que a acetilcolina se ligue, lembrem 
que o nervo vago é o principal nervo que carreia os impulsos nervosos gerados pela acetilcolina então 
vc pode usar esse fármaco como um pré anestésico para bloquear esses reflexos vagais durante uma 
intervenção cirúrgica e dessa maneira da para prevenir ta também uma secreção brônquica, deixando 
o paciente estável para a cirurgia, garantir que durante aquele procedimento o paciente não vai entrar 
emcolapso. Geralmente pra vc prevenir o aumento da secreção brônquica, porque muitos anestésicos 
inalatórios como isofurano causam o aumento da secreção brônquica, então como o médico já sabe 
disso usa a escopolamina como pré-anestésico, ai fica suave. Também posso usa ela no caso de 
intoxicação por organofosforados, ai nesse caso é o seguinte, o organofosforado é aquele bloqueador 
da enzima que degrada acetilcolina, se ele esta bloqueando a enzima vai aumentar a concentração de 
acetilcolina, ai essa acetilcolina toda que ficou liberada vai querer se ligar nos receptores muscarínicos 
e nicotínicos, então se esse aumento for muito grande e ela sair se ligando em todos esses receptores 
os efeitos adversos vão acontecer, daí uma das maneiras de resolver isso é bloqueando os receptores 
muscarínicos. Também podemos usar ela como colírio midriático para fazer exame no oftalmologista 
se ele precisa que vc esteja com a pupila dilatada vai pingar um colírio de atropina no seu olho. Já a 
escopolamina também pode ser usada como um colírio midriático e é muito usada no caso de 
simetose, quadro em que a pessoa fica enjoada ao viajar ou ficar muito tempo no ônibus essas coisas, 
ela é usada nesse caso, pois se liga nos receptores M3 no intestino evitando a diarreia e também se 
liga nos receptores M3 no cérebro na região chamada centro do vômito, vamos aprender mais pra 
frente que nós possuímos no nosso sistema nervoso central o centro do vômito e nesse centro tem 
diversos receptores, muscarínicos, dopaminérgicos, serononinérgicos, adrenérgicos, ou seja esse 
centro do vômito pode ser ativado por uma série de neurotransmissores do nosso organismo ou até 
substancias exógenas, então quando a acetilcolina no liga no receptor muscurínico láno centro do 
vômito ela pode provocar a emese, então se vc bloqueia os receptores muscarínicos tanto no centro 
do vômito quanto no trato gastro intestinal vc está diminuindo esse quadro de simetose. Pode ser 
usada também como ante-espasmódico que é pra diminuir cólicas abdominais porq ele diminui a 
motilidade intestinal. Então vimos os agonistas muscarínicos como pilocarpina e betanecos, depois 
vimos os agentes colinérgicos indiretos que são os inibidores da enzima que degrada acetilcolina 
dentro deles tem os reversíveis que carbanilam a enzima como neostigmina e os irreversíveis que 
fosforilam a enzima onde a principal classe são os organofosforados. Depois vimos os antagonistas 
muscarínicos, que se ligam ao receptor, mas não causam nenhuma ação só impedem que a ação do 
agonista ocorra. Principal representante é atropina, que modula diversos parâmetros no nosso 
organismo e que possui sensibilidade. 
Agora nós vamos para uma outra parte, é ainda dentro de antagonistas, mas nós separamos porque 
tem usos terapêuticos diferentes dos que já vimos. O ipratrópio e o tiotrópio eles são prescritos para 
pacientes com DPOC (Doença pulmonar obstrutiva crônica) e para pacientes com asma. A diferença 
entre essas duas doenças é o quadro alérgico que existe no caso da asma. A DPOC é o famoso enfisema 
pulmonar e ocorre um comprometimento da musculatura pulmonar e um aumento na secreção e isso 
também ocorre na asma, só que na asma ainda tem o problema alérgico. Então a pessoa tem 
broncoconstrição, aumento na secreção, tem o componente alérgico e ainda tem um quadro 
inflamatório bem acentuado com muitas citosinas pró-inflamatórias. Então para tratar a asma é 
necessário um esquema de tratamento específico, porque não adianta só controlar a questão da 
contração pulmonar e a secreção, vc tem q controlara também o componente alérgico e além disse o 
inflamatório, então para tratar a asma precisamos de três classes de fármacos, os antagonistas 
muscarínicos para diminuir a broncoconstrição e a secreção, agonistas beta 2 para diminuir a 
broncocostrição e secreção, um antialérgico e um anti-inflamatório. Então esses antagonistas são 
específicos para tratar a broncoconstricção. O uso é inalatório então a absorção é local, mas não é 
restrito de sofrer metabolização, porem com essa administração inalatória ele vai ser muito mais 
absorvido e vai agir de forma local. O Ipratropio é administrado 3x ao dia em forma de aerosol, e o 
diotropio é usado 1x ao dia e é um pó. O mais usado é o ipratropio, eles tem baixa absorção oral e o 
principal efeito colateral é a boca seca porque o parâmetro mais sensível a esses fármacos é a 
salivação. Dentro desses antagonistas muscarínicos também tem aqueles utilizados para tratar a 
síndrome da bexiga urinária hiperativa, que é o paciente com incontinência urinária. Esse problema é 
quando a pessoa faz xixi o tempo todo, não consegue prender, nesses casos o paciente chega a urinar 
sem sentir e podemos usar um antagonista muscarínico porq ele vai bloquear os receptores de acetil 
colina presentes no trato genito urinário e vai fazer com que a micção diminua porque vai ficar 
relaxado aquele músculo e é a contração pela acetilcolina q faz fazer o xixi. Exemplos de fármacos 
usados nesse caso são os oxibustinina, trosfiniom, touterodina, soufenacina que é seletivo M3, 
daitenacina que também é seletivo M3 então tem fármacos aq que já foram desenhados com uma 
certa seletividade, mas eles são seletivos M3 só que não tem M3 só no trato urinário então também 
vai agir em outras musculaturas lisas, só que o fármaco mais usado para tratar essa enfermidade é a 
touterodina que tem seletividade tecidual então só vai agir nos receptores M3 do trato genito urinário. 
Então a mais prescrita é ela porq seletividade m3 é diferente de seletividade tecidual, porq o m3 está 
em vários tecidos então o fármaco vai agir nos m3 todos, seletividade tecidual só vai agir naquele 
tecido então é bom. Ai ela mostra uma tabela com a farmacocinética desses fármacos. 
Oxibutinina: meia vida de 2 a 5 horas. Veiculadas em forma de comprimidos de liberação imediata ou 
de liberação prolongada. Também podem ser administradas em forma de transdérmicos ou gel tópico, 
mas ai a dose vai variar. 
Touterodina: meia vida de 2 a 10 horas quando o comprimido é de liberação imediata e de 7 a 17 horas 
quando o comprimido é de liberação prolongada. 
Comprimido de liberação imediata a dose administrada é absorvida de uma vez durando o tempo de 
meia vida do fármaco, ai passa o efeito tem q tomar outra dose. O comprimido de liberação prolongada 
a formulação dele permite q o ativo seja liberado aos poucos no nosso organismo. 
Clospiocloridrato (não deu pra ouvir direito): a meia vida dele varia de 20 a 35 
Solifenacina tem uma meia vida maior de 55h. Ai se eu penso em um fármaco com uma meia vida 
maior o paciente vai tomar menos doses desse medicamento e isso aumenta a adesão do paciente ao 
tratamento. 
Dalifenaciana: meia vida de aproximadamente 13 a 19h 
Touterodina: meia vida de 7h 
Lembrando a vocês que o mais usado é a touterodina. 
Ai ela mostra como estão os receptores nesse trato genito urinário. Tem lá receptores muscarínicos 
do tipo m3 e tem também os receptores b3 que são receptores de adrenalina. 
Em uma situação normal com um paciente saudável a gente tem um equilíbrio na quandidade dos 
receptores b3 e m3. Quando a pessoa tem essa síndrome da bexiga hiper ativa é porq ocorreu um 
desbalanço, ai ela vai expressar mais receptores m3. Ai quando vc usa o antagonista muscarínico 
reequilibra a situação. 
 Os antagonistas muscarínicos também podem ser usados na oftalmologia. O efeito principal quando 
vc administra no olho do paciente é a dilatação da pupila, midriase. Então eu uso ele para dilatar a 
pupila das pessoas para fazer um exame oftalmológico e também para induzir a ciclopegia (confirma 
esse nome) que é uma paralisia total da musculatura da pupila. Tem pessoas que tem coclopegia como 
uma doença, ela não consegue reagir as mudanças de luz ofertadas, não tem o reflexo frente as 
variações luminosas. A pupila fica sempre dilatada. Na oftalmologia o uso vai sertópico, um colírio. De 
preferência devemos usar fármacos que possuem curta duração, só durar o tempo do exame porq 
ninguém quer ficar com a pupila dilatada o tempo todo. Então os mais usados são os dois últimos. A 
atropina e a escopolamina elas promovem midriase, mas não são indicadas para o uso oftalmológico 
porq o efeito dura até 10 dias. A omotropina a duração é de um a três dias. O ciclopentolato só dura 1 
dia e a dose é bem baixa Tb. Já a Tropicamida tem um efeito de 0,25 dias então ela é uma das mais 
utilizadas para fazer exame oftalmológico. Todos causam midríase, mas tem q pensar em não deixar o 
paciente nessa situação por muito tempo então usa mais os 2 últimos. 
Dentro de antagonistas tem os de ação central q agem no sistema nervoso central. São eles o 
hiperidemo e o diecsifenidil, o principal imprego terapêutico deles é pra tratar os sintomas da doença 
de parkingson que é uma doença neurodegenerativa. Nessa doença o paciente perde o controle motor 
e acreditasse que esteja associada com a deficiência do neurotransmissor dopamina, então porque eu 
usaria um antagonista muscarínico pra tratar essa doença ¿ O paciente tem perda do controle dos 
movimentos, eu uso um antagonista muscarínico para parar com os movimentos involuntários q o 
paciente fica tendo, com os tremores da mão etc, porq esses movimentos tão associados com a ligação 
de acetilcolina aos receptores muscarínicos no cérebro. Então o M3 esta em diversos locais, no sistema 
periférico e central. São fármacos mais lipofílicos então eles vãos passar pela barreira hemato 
incefálica e chegar no sistema nervoso central. Porem eles geram reações adversa que causam alguns 
efeitos periféricos. 
As contraindicações para esses antagonistas muscarínicos. 
Glaucoma porque a pupila vai ficar dilata, relaxada porque ele vai impedir que a acetilcolina se ligue, 
ai não vai contrair e não vai drenar o humor aquoso. 
Retenção urinária (dificuldade de fazer xixi) ou constipação intestinal, porque vai diminuir a 
motilidade. 
Xerostomia é a boca seca 
Não pode administrar para grávidas e lactantes porque eles atravessam a barreira placentária e não 
se sabe o efeito q vai casar no feto. 
Atenção com idosos porque os anti-muscarínicos pode levar a uma perda de memória recente, ai o 
idoso pode ter uma diminuição considerada da memória. 
Efeitos de uma intoxicação por um anti-muscarínico: 
Xerostomia que é a boca seca 
Constipação porque vai diminuir a motilidade. 
Retenção urinária, palpitação cardíaca, agitação e euforia porq alguns agem no sistema nervoso 
central, hipertermia que é o aumento da temperatura corporal. Acredita-se que eles podem aturar no 
nosso centro termorregulador. Visão turva, ataxia (prostração, lesera) , alucinações e coma, sendo q a 
ultima ta associada a interações com o sistema nervoso central. 
Tratamento: 
Medidas de suporte e também pode utilizar a fisostigmina ( não entendi muito bem o nome, mas é um 
bloqueador da enzima q degrada acetilcolina) vai inibir a acetilcolinesterase, ai aumenta o nível de 
acetilcolina e desloca o antagonista do receptor e conseguimos reverter o quadro de intoxicação. 
Agora vamos falar dos antagonistas nicotínicos 
Como o próprio nome sugere eles vão bloquear os receptores nicotínicos presentes na placa motora 
e no sistema nervoso central, mais especificamente nos gânglios nervosos. Então esses bloqueadores 
nicotínicos podem ser ganglionares ou neuromusculares, o que vamos focar na aula de hoje é nos 
bloqueadores neuromusculares. O nosso foco são os musculares porque a quantidade é muito maior 
no músculo esquelético do que nos gânglios. Quando a acetilcolina se liga em um receptor nicotínico 
ela pode se ligar nesse receptor no gânglio e promover uma estimulação ganglionar gerando um 
potencial excitatório pós sináptico, ou pode atuar na suprarrenal liberando noradrenalina. Então a 
acetilcolina se liga nos receptores nicotínicos tanto no gânglio quanto na suprarrenal. Na suprarrenal 
tem receptor muscarínico e nicotínico. Só que nosso foco hoje vai ser o efeito somático que é avaliar 
o efeito de antagonistas nicotínicos nos receptores presentes na placa motora, ou músculo 
esquelético. Ai tem a praça motora e pra ocorrer a contração desse músculo tem que ativar os 
receptores nicotínicos, esses receptores são canais iônicos permeáveis a sódio e cálcio, então quando 
a acetilcolina se liga ao receptor abra o canal, ai entra sódio e cálcio, isso gera um potencial de placa 
motora, despolariza e contrai o músculo. Então pra cada potencial de placa motora tem uma 
contração. Na placa motora vai ocorrer uma liberação de acetilcolina e gerar um potencial de placa 
motora que gera um potencial de ação muscular, ai ativa o canal e quando entra cálcio, essa entrada 
ainda faz sair mais cálcio do retículo sarcoplasmático ai todo esse cálcio leva a contração muscular. 
Então tem os bloqueadores glanglionares que bloqueiam lá no gânglio, e vamos falar mais a fundo dos 
bloqueadores musculares que bloqueiam esse potencial de placa motora, não deixam o músculo 
contrair. Além disso vamos falar da toxina botulínica que impede a liberação de acetilcolina. Dentro 
dessa classe q vamos estudar agora que são os bloqueadores neuromusculares existem duas 
subclasses. Esses bloqueadores são fármacos que vão interferir seletivamente com a transmissão de 
impulsos nervosos na placa motora levando a um relaxamento muscular. Essa interferência seletiva 
quer dizer que ele bloqueia seletivamente os receptores nicotínicos presentes na placa motora, só lá 
no músculo por isso é seletivo, não vai bloquear os receptores do gânglio. Eles promovem relaxamento 
muscular. Existem os bloqueadores despolarizantes e os não despolarizantes ou competitivos. 
Os bloqueadores despolarizantes promovem despolarização. Se eu estou pensando que é um canal 
iônico entra cálcio e sódio a placa motora despolariza, então tem esses bloqueadores que vão 
promover a despolarização e tem aqueles q não despolarizam a placa motora. 
Ai ela mostra uma figura com o exemplo do suxametônio que é um exemplo de bloqueador muscular 
despolarizante, na segunda figura tem a tubocurarina e o apracúrio que são bloqueadores 
competitivos ou não despolarizantes. Tem também o vecurônio e o rocurônio que também são 
competitivos também, mas de outra classe química. 
Vamos falar um pouco dos bloqueadores nicotínicos não despolarizantes e o primeiro deles é a 
tubocurarina, ela é o princípio ativo do curare. Tem uma planta e o curare é extraído, ele é o veneno 
dessa planta e os índios colocam curare na ponta das flechas e usam para caçar os animais. A 
tubocurarina é muito pouco absorvida por via oral, foi o primeiro bloqueador neuromuscular utilizado 
na terapêutica, mas com o avanço da química medicinal outros fármacos sintéticos foram feitos e 
superaram os efeitos da tubocurarina natural. Uma pequena dose de curare paralisa o animal, mas se 
for uma dose muito grande pode matar o animal por paralisia. 
Mecanismo de ação dos bloqueadores não despolarizantes: Eles promovem um antagonismo 
competitivo e reversível dos receptores nicotínicos presentes nos músculos esqueléticos. Então tem o 
receptor nicotínico, a acetilcolina se ligaria no receptor, mas ai vai lá a tubocurarina, se liga no lugar 
dela e não deixa ela se ligar. Se eu não deixo a acetilcolina se ligar o canal iônico não abre, ai não entra 
nem sódio nem cálcio, não despolariza e não gera contração, ai a pessoa ou animal tem um quadro de 
paralisia motora. Existe a progressão do efeito porq a tubocurarina ou outro agonista é seletivo para 
os receptores nicotínicos do músculo esquelético, só que tem músculo esquelético ao longo do corpo 
todo ai paralisia todos olhos, face, membros, fica tudo parado. Começa paralisando os músculos 
extrínsecos, depois, pequenos músculos da face, dedos, faringe, trato respiratório, músculos 
intercostais e face, então a pessoa ouanimal pode morrer de parada respiratória se for uma dose alta. 
O protótipo foi a tubocurarina, mas depois firam desenvolvidos fármacos. Tem os que fazem parte das 
benzilisocrinolinas como metocurarina, doxacúrio, apracúrio, cisatracúrio, mivacúrio. E aqueles que 
são aminoesteróides como pancurônio, vecurônio, pipecurônio, rocurônio e alcurônio. Existem outros 
mais novos também. Esses fármacos não apresentam diferenças na eficácia, isso quer dizer que todos 
fazem o mesmo efeito, só que eles são diferentes em relação ao perfil farmacocinético e também em 
relação aos efeitos adversos. Caso eu precise prescrever um antagonista nicotínico eu preciso olhar no 
fármaco a farmacocinética, a via pela qual ele é administrado, a absorção, se vai ser muito 
metabolizado e os efeitos adversos que cada um vai causar já que a eficácia é a mesmo. 
Bloqueadores despolarizantes: Eles vão induzir uma despolarização. Diferente do outro esses 
bloqueadores não fazem a ação de antagonismo. Eles são agonistas dos receptores nicotínicos 
musculares e esse bloqueio acontece em duas etapas, na primeira fase esse bloqueador quando se liga 
ativa o canal, ele abre o canal por isso é um agonismo, ai ocorre a entrada de cálcio e sódio e a 
despolarização acontece levando a contração, só que posteriormente esse canal vai começando a se 
tornar inativo, não sabemos como isso acontece, mas o canal se torna inativo mesmo com o ligante 
ali, se esse canal vai se tornando inativo eu não tenho mais uma despolarização e sim uma 
repolarização porque não vai mais entrar sódio nem cálcio e ai não contrai mais, não tem mais 
potencial motor e aquela placa motora fica em repouso. O que ela quer que fique claro é q no 
competitivo o ligante é um antagonista, mas no despolarizante é um agonista que se liga e bloqueia o 
receptor e esse bloqueio é dividido em duas fases. Ai ela diz que no fim das contas os dois promovem 
o mesmo efeito que é relaxar a musculatura esquelética, não deixar ela contrair, mas na hora de 
receitar tem q pensar nos efeitos adversos e pensando nisso é melhor usar um bloqueador não 
despolarizante competitivo porque se for necessário será mais fácil descolar ele revertendo o efeito, 
e o outro inativa o canal então é melhor usar o competitivo. Principal fármaco dessa classe é a 
suxinilcolina só que ela tem alguns efeitos adversos importantes como aumento da pressão intra 
ocular, pois não é seletivo pra receptores nicotínicos, então ela pode se ligar a receptores muscarínicos 
no olho, promovendo relaxamento e atrapalhando a drenagem do humor aquoso. 
Hipertemia maligna que é uma condição patológica onde ocorre um aumento no canal de nianodina e 
ai vc tem uma alteração intra celular que leva a liberação exacerbada de cálcio e a pessoa q tem isso 
começa a ter espasmos musculares, contrai muito a musculatura e ai eu posso usar neste caso a 
suxinilcolina porque ela vai promover o relaxamento muscular e melhorar esses espasmos, mas ela 
não apresenta diferença de eficácia em relação aos não despolarizantes, então sendo melhor usar o 
não despolarizante porque o relaxamento é imediato e é mais fácil de reverter. 
Agora uma breve comparação: OS despolarizantes primeiro contrai para depois relaxar, isso quer dizer 
que o relaxamento é expresso na forma de fasciculações musculares que são contrações musculares 
pequenas ai depois relaxa. Já os não despolarizantes induzem um relaxamento flácido imediato. 
O efeito dos bloqueadores não despolarizantes (competitivos) é potencializado pela administração de 
anticolinesterásicos, isso ocorre porque esse tipo de bloqueador é um antagonista do receptor, ai se 
eu administro um anticolinesterásico eu diminuo a concentração de acetilcolina ai vai ter menos 
acetilcolina pra competir com meu antagonista e ele vai se ligar no receptor. 
Indicações clinicas: pacientes que precisam de entubação endotraquial, ele tem q fazer uso de 
suxametônico pra não contrair os músculos da traqueia na hora do procedimento. O efeito é rápido e 
dura pouco de 5 a 10 min, pois o paciente n pode ficar muito tempo sem contrair o músculo porq tem 
q respirar. São usados também como ultimo recurso pra controlar a ventilação, pode usar o 
pancurônio. A contra indicação é disfunção hepática ou renal porque esse fármaco é metabolizado 
pelo fígado e eliminado pela urina então se a pessoa não funciona bem desses órgãos pode dar ruim. 
O apracúrio e o cipracúrio também podem ser prescritos para controle de ventilação. Para causar um 
relaxamento cirúrgico eu tenho q ter os critérios de escolha, ai eu vou relacionar inicio e término do 
efeito, os efeitos adversos, etc.. Eu promovo um relaxamento cirúrgico pra ficar mais fácil de fazer a 
incisão, realizar o procedimento cirúrgico cortando o músculo pra chegar no órgão que quer. 
Ai no slide tem uma tabela que relaciona os fármacos. Os de curta duração são o suxametônio e o 
hipacúrio, são metabolizados por colinesterases. O apracúrio, sisapracúrio, percurônio e ocurônio são 
de ação intermediária. Os dois primeiros sofrem eliminação de hofmam q é mais fiferenciada. E tem o 
pancurônio e ipecurônio, metocurarina, doxacurônio, alcurônio e galamina que são de ação mais 
prolongada e só o primeiro é metabolizado pelo fígado e uma parte muito pequena do segundo, os 
outros não. OS perfis de efeitos adversos. A maioria dos efeitos adversos são os cardiovasculares onde 
o principal efeito é hipotensão. Quem causa esse efeito é tubocurarina, aucurônio, apracúrio, 
mivacúrio e um ultimo que não ouvi desculpa, mas deve ter no slide. Broncoespasmos também causa 
e é relacionado com a liberação de histamina, quem causa é o apracúrio, mivacúrio e sisapracúrio. 
Hipertensão e taquicardia isso já é relacionado com o bloqueio ganglionar, todos esses exemplos que 
nós falamos são bloqueadores que atuam no músculo esquelético, mas quando usados pode ser que 
eles também acabem atuando no gânglio e gerando hipertensão e taquicardia. Podem causar arritmia 
e hipercalemia ( aumento de potássio) como por exemplo o suxametônio. O suxametônio estimula 
também os gânglios e também tem ação nos receptores muscarínicos que levam a liberação de 
histaminas. A metocurarina tem um pequeno bloqueio nos gânglios, não tem ação muscarínica e 
também libera levemente histamina. O pancurônio não tem ação nos gânglios, bloqueia a ação 
muscarínica, ou seja, não é seletivo para receptores nicotínicos e não libera histamina. 
Ai tem uma outra tabela resumindo. Ela apresenta a suxinilcolina que é um Ester da coluna, tem uma 
ação despolarizante, um início de ação entre 1,5 min e duração de 5 a 8 min 
A tubocurarina que é das benzo alguma coisa que nem ela conseguiu falar, mas deve estar no slide. Ela 
promove uma ação por bloqueio competitivo, não despolarizante. Tem um inicio de ação de 4 a 6 min 
e termina o efeito de 8 a 120 min 
O apracúrio também é competitivo tem inicio de a ação de 2 a 4 min e duração de 30 a 60 min. 
Para finalizar vamos falar um pouco sobre a toxina botulínica. Essa toxina é uma proteína produzida por um 
bacilo gram negativo que é o clostidium botulínico ( lembrei de micro kk) Essa toxina pode ser usada 
clinicamente, mas ela também pode causar doença que é o botulismo, uma doença muito grave por sinal. Essa 
toxina promove uma paralisia motora progressiva, ressecamento da boca, visão turva, dificuldade de engolir, 
parada respiratória porq o diafragma é músculo e não vai contrair. Ela causa esses sintomas porq não deixa a 
vesícula contendo acetilcolina se fundir com a membrana do terminal pré-sináptico da célula. Então não tem 
liberação de acetilcolina e sem ela não vai ter contração, não vai ter secreção, a pessoa não consegue deglutir, a 
visão fica turva e tudo mais. Existem dois tipos de toxina botulínica, a A que é o botox e a B que é o miobloc. Essa 
toxina se liga a membrana pré-sináptica colinérgica e cliva as proteínas envolvidas na exocitose da acetilcolina,

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