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Enfermidades dos Cavalos - Armen Thomassian-ilovepdf-compressed.pdf
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granulomatosa, associa- do a terapia com anfotericina B ou ketoconazol. A dose inicial de anfotericina B e 0,30 mg/kg, na dose total diaria de 150 mg, pela via intravenosa, dilulda em 1 litro de glicose 5%, em infusao com agulha fina (40 x 10) e lenta- mente, A cada 3 dias a dose pode ser aumentada em 50mg ou 1mg/kg, ate atingir um maxi- mo de 0,8 a 0,9 mg/kg por dia ou 400 mg totais, Esta dose e administrada por ate 30 dias quando 0 exsudato diminui, 0 te- cido de granulayao se contrai e a epitelizayao se inicia. Ao trata- mento intravenoso, pode-se as- sociar 0 usa t6pico de 50 mg de anfotericina B e DMSO 20% em Figura 2.19 Granulac;8.oexuberante na pitiose ap6s resseCC;8.ocirurgica. penso umido que deve ser tro- cado diariamente, assim como a administrayao de 1g/15 kg, no maximo de 20 g/dia de iodeto de potassic pela via oral. A dura- yao do tratamento em media devera ser de 30 dias, Devido a nefrotoxicidade da anfotericina B, e recomendavel a monitorizayao dos rins a cada 72 horas, atraves de exames de urina e nlveis sericos de ureia e creatinina, Caso estes exames indiquem alterayao renal, 0 tra- tamento pode ser interrompido temporariamente e retomado ap6s a normalizayao dos para- metros bioqulmicos. Outra pre- cauyao a ser tomada, diz respei- to a fie bite decorrente da forte irritayao que podera ser causa- da na parede do vasa pela anfotericina B, A imunoterapia envolvendo vacinayao com antlgenos deri- vados de culturas do Pythium insidiosum tem sido recomenda- da em alguns palses, Preventivamente deve-se evi- tar a perman€mciade animais em areas de alagadiyos, ou pantano- sos, devido a gravidade com que se revestea lesaoe,aos altos cus- tos do tratamento preconizado, E uma enfermidade conside- rada infecciosa cr6nica, nao con- tagiosa, produzida por Staphylo- coccus aureus.0 nome botriomi- cose deve-se ao fato de, inicial- mente, pensar-se tratar de fungo e nao de bacteria. As les6es botriomic6ticas originam-se pela invasao do S. aureus de forma difusa por todo o corpo, agravando-se, com fre- quencia, em regi6es expostas a traumatismos, Desenvolve-se sob a forma de n6dulos de tamanho que va- riam ate 10 cm de diametro com centro firme, ou flutuantes a pal- payao. Eventualmente, podem fistulizar dando salda a pus, de colorayao esbranquiyada e as- pecto granuloso, principal men- te no tecido subcutaneo e no cordao espermatico de cavalos recem-castrados e com funi- culite de castrayao, Clinicamen- te 0 estado geral do animal per- manece inalterado comendo e vivendo aparentemente sem grandes problemas, o diagn6stico baseia-se nas caracterlsticas das les6es e no pus com granulos esbranquiya- dos que ao serem examinados em microscopio, ap6s colorayao espedfica, revelam zoogleias, o tratamento e realizado com penicilina benzatina na dose de 40,000 UI/kg a cada 3 a 5 dias, associada a uma dose diaria ma- tinal, pela via intravenosa, de ter- ramicina a 10 mg/kg que pode estar associada a DMSO (dime- thylsulfoxido) na dose de 0,5 a 1,0 mg/ kg em soluyao a 20%, e a tarde 10 mg/kg de terramicina pela via intramuscular. E conve- niente, como em todo processo bacteriano, se posslvel, a realiza- yao de antibiograma para a veri- ficayao da sensibilidade do ger- me aos antibi6ticos, antes de se instituir 0 tratamento, As les6es cutaneas podem ser tratadas com limpeza com Ilquido de Dakin e nitrofurazona pomada. E um processo tumoral que acomete a pele do cavalo, cuja etiologia ainda permanece in- certa. Pensou-se que se trata- va de um tumor produzido por virus epiteliotr6fico devido a grande semelhan<;a entre 0 sar- c6ide equino e a papilomatose bovina. Porem, 0 que e certo e que existem fatores imunol6gi- cos envolvidos no aparecimen- to do tumor, independente da participa<;ao ou nao de virus. o sarc6ide equino aparece frequentemente nos membros, cabe<;a, regiao periorbital e pal- pebral, regiao ventral do abdo- men, base da orelha e regiao axi- lar e inguinal. Pode surgir de for- ma multi pia em varias partes do corpo, como uma lesao inicial que lembra a papilomatose de- vido ao espessamento da pele e seu aspedo verrugoso. Ocorre rapido desenvolvimento de fibro- se, tornando-o de consistencia firme para depois se ulcerar. 0 sarc6ide pode ainda se apresen- tar sob as formas fibroblastica, nodular e plana (oculto). o tumor pode aumentar mui- to de tamanho, apresentar infec- <;:aobaderiana secundaria com secre<;:aoseropurulenta e areas perifericas inflamadas. A forma com que ocorre a transmissao nao esta muito bem esclarecida, porem, sabe-se que e um tumor transplantavel expe- rimentalmente. o diagn6stico baseia-se na apresenta<;:ao c1lnica da lesao e nas caracterlsticas histopa- tol6gicas do fragmento colhi- do por bi6psia, na periferia da lesao. Figura 2.20 Sarc6ide palpebral e auricular. o tratamento e inconsisten- te e baseia-se na remo<;:aoci- rurgica das massas tumorais nos casos de apresenta<;:ao verrugosa, nodular e fibrobras- tica, principal mente quando fo- rem pedunculados, podendo-se associar ao tratamento a auto- hemoterapia injetando-se cerca Figura 2.22 Sarc6ide fibroblastico. Figura 2.21 Sarc6ide fibroblastico. Figura 2.23 Sare6ide plano au oeulto. de 10 ml de sangue venoso do proprio animal pela via intramus- cular, 1 vez por semana, totali- zando 4 aplicac;:6es. Ainda pode-se tambem lan- c;:armao da criocirurgia, produ- zindo-se 0 congelamento da massa com gelo seco, nitroge- nio Ilquido ou gas carbonico. A criocirurgia produz resultados em cerca de 60% dos casos. Outro metodo de tratamento usado e a imunoterapia com B.C.G. (bacillus Calmette-Guerin) atra- ves de multiplas injec;:6esna le- sac com intervalos de 1 a 2 se- manas entre as aplicac;:6es. A dose de B.C.G deve ser de 1 ml para cada 1a 2 centlmetros qua- drados de tecido, sendo, em ge- ral, necessarias de 2 a 5 aplica- c;:6es para que se obtenha os resultados desejados. Tentativas de tratamento com autovacinas nao produziram resultados sa- tisfatorios, estando os percen- tuais de cura abaixo de 20%. Esta neoplasia esta relacio- nada com celulas produtoras de melanina, substancia esta que confere a colorac;:ao escura ou preta a pele. a melanoma acomete prefe- rencialmente cavalos tordilhos e, ocasionalmente, pode ser obser- vado em animaiscom pelagensde outras cores. Raramente 0 tumor aparece em animais com menos de 6 anos de idade, nao havendo predilec;:aopara sexo ou rac;:a Clinicamente 0 melanoma possui predilec;:aopara manifes- tar-se na base da cauda, perlneo e anus, aparecendo, inicialmente, como um nodulo firme, unico ou multiplo, que com 0 tempo pode- ra ulcerar-se e apresentar secre- c;:ao.Muito embora seja um tumor com caraeterlsticas invasivas e metastaticas, alguns nao apre- sentam este comportamento agressivo ao organismo, evoluem lentamente e nao causam gran- des problemas ao animal. Sob a forma de melanosarcoma, 0 tu- mor pode comprometer a glan- dula parotida e por contiguidade atingir a bolsa gutural. A ressecc;:aocirurgica do tu- mor pelos metodos convencio- nais ou atraves de criocirurgia po- Figura 2.24 Melanoma - regiao parotid ea. Figura 2.25 Melanoma - regiao perineal. Figura 2.26 Melanoma - metastase hepatica. de ser realizada ap6s a avalia<;:ao do diametro,da quantidade de n6- dulos e da idade do animal.Trata- mentos a base de cimetidine (re- ceptor H2 antagonista) e BeG, tem sido utilizadoscom resultados promissores. Melanomas com multiplos n6dulos que envolvem a cauda e regiao anal, frequente- mente recidivam na mesma re- giao, ap6s a cirurgia e ocasional- mente podem apresentar tenden- cia de produzirem metastases. Atualmente tem se desen- volvida pesquisas para a produ- <;:aode vacina no combate ao melona instalado. E uma afec<;:aoque acome- te a face caudal da