metabolis- mo aerobio e anaerobio do siste- ma musculo-esqueletico. ° lactato e prod uta do meta- bolismo muscular em qualquer tipo de exerdcio e a aumento de sua concentra<;:13.oe decorrente da limita<;:13.oda disponibilidade de oxigenio para oxida<;:13.odo pi- ruvato na mitocondria. Desta maneira, a rela<;:13.oentre a con- centra<;:13.ode lactato e a veloci- dade de exerdcio obtida nos tes- tes de exerdcio, ilustra a situa- <;:13.0na qual ha um aumento expo- nencial de suas concentra<;:6es sangulneas quando a contribui- <;:13.0da energia aerobica come- <;:aa ser insuficiente frente aos requerimentos energeticos to- tais. A intensa produ<;:13.ode lac- tato resulta na diminui<;:13.odo pH, a qual pode limitar a capacidade para 0 trabalho por interferir na atividade enzimatica muscular. ° termo V4 representa a velocida- de em mis, na qual a concen- tra<;:13.ode lactato no sangue e de Figura 4.25 AvaliaQao da frequencia cardfaca com monitor "polar". 4 mmol/L, e e considerado um valor com repetibilidade e con- fiabilidade para a determina~ao do nivel de condicionamento. Portanto, podemos afirmar que a velocidade na qual a concen- tra~ao de lactato alcan~a 0 valor de 4 mmol/L de sangue (V4), e utilizada para se determinar a ap- tidao atletica de um cavalo. Va- rios estudos indicaram que ca- valos com alta capacidade aera- bica, normal mente tem baixas concentra<;:6esde lactato frente as intensidades de exerdcio submaximo. As mensura~6es de lactato permitem a ado~ao de condutas preventivas a saude atletica do cavalo, bem como a modifica~ao do programa de treinamento. Assim sendo, 0 conhecimento dos valores de lactato sanguineo auxilia na avalia~ao da capacida- de atletica de um cavalo subme- tido a determinado programa de treinamento, de tal modo que, al- tera~6es neste treinamento pos- sam melhorar seu desempenho e prevenir les6es, por vezes des- percebidas, ou observadas tar- diamente, e que estejam limitan- do sua capacidade funcional. E/etr6/itos sangiifneos Durante exerclcios de alta in- tensidade, altera~6es nas con- centra~6es plasmaticas de ions fortes sac decorrentes do aumen- to do volume globular e da con- centra~ao de proteinas plasmati- cas. Durante teste de exerclcio progressivo, ha uma diminui~ao do conteudo e da concentra~ao de sadie eritrocitario, indicando 0 efluxo de sadie da celula. Contu- do, 0 intenso aumento das con- centra~6es de potassio e lacta- to nao podem ser justificadas apenas pelos aumentos do he- matacrito e da concentra~ao de proteina plasmatica, indicando que ha um significante efluxo do potassio e do lactato das celulas musculares paraa circula~aosan- guinea. Uma redu<;:aona concen- tra<;:aoplasmatica venosa pode ser decorrente do movimento do cloreto para dentro das celulas musculares e dos eritracitos. Este processo e revertido nos pulm6es com consequente aumento na concentra~ao arterial de cloreto. A sudorese que ocorre em situa<;:6esde estresse em exer- dcio de alta intensidade ou nos de longa dura~ao em condi~6es de clima quente, agravam as perdas de eletralitos, notada- mente do sadio. Hematimetria °volume de eritracitos apre- senta acentuado aumento du- rante a realiza~ao de exerclcio nos cavalos, devido, inicialmen- te, a contra~ao esplenica e a re- distribui~ao de fluidos corp6reos circulantes, resultante do au- mento da pressao arterial, e, pos- teriormente, pela redu~ao do vo- lume plasmatico decorrente da desidrata<;:ao.Este fen6meno e resultante da adapta~ao dos ca- valos para a execu~ao de exer- cicio e possibilita um aumento de 50-60% a mais de afinidade pelo 02' Isso representa um ajus- te compensatario para uma que- da na pressao parcial de 02 ar- terial e de satura~ao de hemo- globina. Um grande aumento no volume de eritracitos (hipervo- lemia eritrocitaria), pode ser des- vantajoso a hemodinamica du- rante 0 exerclcio, uma vez que ha concomitante aumento da vis- cosidade do sangue. °aumento do volume eritro- citario e um importante fator que contribui para as eleva~6es da pressao sanguinea e da circu- la~ao sistemica durante 0 exer- dcio, possibilitando condi<;:6es para 0 desenvolvimento de he- morragia pulmonar induzida pelo exerclcio em cavalos. Como 0 volume eritrocitario total (VT) na circula~ao e um dos maiores determinantes da capa- cidade de trans porte de oxige- nio nos cavalos, mensura<;:6esdo volume eritrocitario total podem prover algum indice de capaci- dade de exerclcio. A mensura- ~ao do VT e frequentemente ba- seado na utiliza~ao de Azul de Evans, um corante que possibili- ta a mensura~ao do volume plasmatico utilizando-se a tecni- ca da dilui<;:aodo corante. Varios estudos relatam corre- la~ao positiva entre capacidade de exerclcio em ra~as de trote e volumes totais de hemoglobina e eritracitos. Valores normais de volume total de eritracitos variam dependendo da idade, com valo- res menores que 44 ml/kg em potros de ate 1 ano, aumentan- do para valores medios de 63 mil kg para animais de 3 anos de ida- de e 74 ml/kg para aqueles com 4 arios de idade. Valores de 89 ± 9 ml foram determinados em PSI • ro III s::o ._ E ::J :J C' ••• Q) c.ro ro > .. ~o •.. <ro 0 u-c. o IIIE Q) o ro() s:: o .- - () ro:ci " Q) ro E .~ Q) E III <ro Q) s:: <0 .- u- " ro•... () o .- .•... " o :J E ro 0-() () o III ....J ro 0" .J:: 0 - ()Q) .- •... s:: ctl ._ n.- « () Q) E ro >< Q) II ~ I'll l1J l:o ._ E :::1 ::I C' •• Q) Q.1'll I'll > 6t: Ii'll 0U-Q. o l1JE Q) o I'll() l:o .- - .50! I'll '0 '0 Q) I'll E .50! Q) E l1J 'I'll Q) l: '0 .- U- '0 I'll •... () o .- -'0 o ::I E I'll 0-U () o l1J ...J I'll 0'0 .c 0 - () Q) .- •...l: <U ,_a.. - « () Q) E ~ Q) adultos seniores e valores em tor- no de 78 a 102 ml/kg em PSI em treinamento. A quantidade total de leuc6- citos aumenta de 10 a 30%, dependendo da intensidade do exerdcio, mas nao e tao inten- so quanto ados eritr6citos. Du- rante exerdcios realizados por longas distancias e com baixa a moderada intensidade, obser- va-se leucocitose resultante da ac;:aoda liberac;:aode cortisol, e tambem neutrofilia e linfopenia. Ja, nos exerdcios de rapida ace- lerac;:ao e alta intensidade, a leucocitose e decorrente da contrac;:ao esplenica. Alem dis- so, como 0 exerdcio estimula a liberac;:aode catecolaminas e os neutr6filos presentes nas mar- gens dos vasos sac arrastados para a circulac;:ao. Bioqufmica sangDfnea As enzimas mais comumen- te utilizadas para indicar lesao muscular sac a aspartate ami- notransferase (AST), creatina quinase (CK) e a lactato desi- drogenase (LDH), embora 0 lac- tato desidrogenase seja menos espedfica que as demais cita- das. Niveis sericos de CK eAST elevados sac indicativos de le- sac muscular, uma vez, que sac observados em cavalos acome- tidos por rabdomi6lise. Entretan- to, a ocorrencia de aumentos moderados dessas enzimas em cavalos considerados higidos, submetidos a exerdcios de mo- derada a alta intensidade, po- dem ser encontrados regular- mente. Alguns autores sugeri- ram que as elevac;:6esdas enzi- mas museu lares ap6s 0 exerd- cio sejam resultantes de altera- c;:6es da permeabilidade da membrana celular, e nao pro- priamente de lesao nas celulas musculares. Somente altos ni- veis de atividade plasmatica da CK (>10000 U/L) podem ser indicativos de ocorrencia de le- saG muscular. / .~ Figura 4.26 Mensurac;:aodo lactato sanguineo com "Accutrend". Os niveis da ureia e creatinina saG utilizados para avaliac;:aoda func;:aorenal, e suas concentra- c;:6esestao aumentadas em res- posta a desidratac;:aoe ao exer- dcio. Ap6s um exerdcio de alta intensidade pode-se observar aumento na concentrac;:ao de creatinina, que se mantem por aproximadamente 60 minutos ap6s 0 termino do exerdcio. As alterac;:6esda