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Parasito significa “um ser que se alimenta de outro”; Vive de modo temporário ou permanente no organismo de um hospedeiro causando algum dano; IMPORTÂNCIA DOS PARASITOS: parasitoses, zoonoses, transmissões de helmintos, protozoários, bactérias e vírus a partir de artrópodes hematófagos. PRINCIPAIS HELMINTOS: Phylum Nemathelminthes Classe Nematoda: encontramos vermes cilíndricos, com simetria bilateral, com aparelho digestório completo e dimorfismo sexual. Classe Nematoda Helmintos mais patogênicos Corpo alongado Cilíndrico Não segmentado Dimensões variando de alguns milímetros até 1 metro de comprimento Simetria bilateral Dimorfismo sexual Aparelho digestivo completo CARACTERISTICAS GERAIS Boca: 3 lábios podem ter 3 interlábios Puntiforme Com dentes ou sem dentes Coroa frangeata Fêmeas: Maiores que o macho Vulva Útero com ovos (1 ou 2) Vivem para comer e reproduzir Ovíparas (maioria), ovovíparas, vivíparas Machos: Menores que as fêmeas Bolsa copuladora Espiculos (maioria com 2) Testículos (1 ou 2) Cauda curvada Gubernaculo (opcional) Abertura anal é junto com a genital pH 13 a pH 14 por 13 meses para matar o ovo e radiação ultravioleta também mata; Larvas livres são sensíveis. CICLO PRÉ-PARASITÁRIO Os ovos precisam de umidade, temperatura e oxigênio para sobreviverem. Duração variável conforme a espécie e a condição ambiental. A evolução ocorre ate a L3 (infectante). Dentro ou fora do ovo. Nematódeos que evoluem sem hospedeiro intermediário são chamados de helmintos de evolução direta. Os que necessitam de hospedeiros intermediários se chamam helmintos indiretos. PARASITAS MONOXÊNOS: 1 hospedeiro, ocorre no solo, dentro ou fora do ovo; HETEROXÊNICOS: 2 hospedeiros, ocorre no hospedeiro intermediário e a fase adulta ocorre no hospedeiro definitivo. Pode haver o hospedeiro paratênico, o animal ingere o ovo larvado, larva ou HI sem evolução da larva até que o HD ingira o hospedeiro paratênico ou seus tecidos. MODOS DE INFECÇÃO Ativamente: penetração da larva (L3) através da pele ou mucosas; Passivamente: ingetao de ovos com larvas infectantes (L3), das larvas infectantes ou dos HI contendo as larvas infectantes; Inoculação: larva infectantes por moscas ou mosquitos hematófagos; Transmamária: L3 via colostro ou leite ate 3 semanas após o parto; Transplacentária: L3 via circulação materno-fetal no período final de gestação. Transmamária Em fêmeas lactantes: Mobilizadas até 3 semanas após o parto Excretadas com o leite e fazem infecção via glândula mamária Fazem ciclo direto L3 latência passa para o colostro e leite, L3 foi ingerido pelo filhote e vai direto para o intestino delgado virando L4 e depois L5 e passa a ser adulto. Transplacentária Em fêmeas gestantes: Reativadas 3 semanas antes do parto Fazem infecção pré-natal L3 vai para a placenta, seguindo para o pulmão do feto (L3), assim que o filhote nasce a larva encontra o oxigênio e se transforma em L4 e segue para o intestino delgado, depois vira L5 e assim segue adulto. COMO CHEGA NA PLACENTA? A larva L3 esta dentro do ovo depois ela sai sendo larva L3 ainda e percorre por toda a circulação indo para o fígado (L3) e depois para o pulmão continuando L3, após isso fica em latência em qualquer técido e em seguida percorre toda a circulação da mãe para assim reativar a L3. CICLO PARASITÁRIO Ciclo direto: o parasita dentro do hospedeiro definitivo pode evoluir diretamente no local de escolha, sem penetrar na parede do órgão ou na circulação sanguínea; Ciclo tissular: quando necessário a penetração nos tecidos para ocorrer a evolução do parasita; Ciclo de Loss: o parasita precisa passar pelos pulmões. NUTRIÇÃO Quimívoros: se alimenta de quimo Histiófagos: se alimentam de tecidos Hematófagos: se alimentam de sangue O período pré-patente é o tempo que leva para o ovo crescer O período patente vai desde a maturação em machos e fêmeas adultos ate a morte natural do parasita Superfamília Ascaroidea Maiores nematódeos do tubo digestório Brancos, espessos, soltos a luz do intestino delgado Especifidades de hospedeiros Cosmopolistas e ocorre em todas as espécies animais Abertura oral circundada por 3 lábios Fêmeas: Ovíparas Os ovos possuem dupla membrana Externamente mamilonada Célula de cor castanha no interior Colocam de 20 ate 260 mil ovos/dia Vulva no 1/3 anterior do corpo Machos: Apresentam 2 espiculos iguais Sem cubernaculo CICLO: Monóxenos ou geohelmintos Ovos no ambiente evoluem para L1, L2 e L3 dentro do ovo aproximadamente 4 semanas Ovo + L3 resistente a diversas condições do meio e vira infetante de 180 dias ate 5 anos Maioria dos gêneros fazem circulação pulmonar PPP 45 a 60 dias (transplacentária) PPP em filhote 15 a 20 dias Infecção transmamária o ciclo é direto PATOGENIA Lesões hepáticas Lesões pulmonares Tosse Obstrução intestinal/ruptura Migração p/ colédoco, estômago, etc Espoliação de vitamina A e E, Fe, Proteínas Zoonose- larva migrans visceral Ingestão de ovo + L3 de toxocara canis pelo homem L3 segue o trajeto normal ate o pulmão Não consegue romper os alvéolos Volta à circulação Localização: diferentes órgãos e tecidos Vermífugo Com 15 dias desvermina: elimina uma parte Com 30 dias desvermina novamente: elimina outra parte (quando nasce) Com 45 dias desverminação + 1° vacina Já eliminou todos os vermes Depois de 30 dias: 2° vacina + vermífugo E depois de mais 30 dias: 3° vacina Não vacinar sem ter dado vermífugo primeiro Em torno de 5 dias o filhote já responde bem a desvermifugação Família heterakidae 50 espécies parasitando aves e outras 7 mamiferos Localização: ceco de aves Esbranquiçados com ate 1,5 cm de comprimento Machos: com 2 espículos desiguais Asa caudal com papilas Ventosa pré-cloacal Cauda afilada HETERAKIS X HISTOMONAS MELEAGRIDIS Ovos de Heterakis são vinculadores do protozoário histomonas meleagridis Histomonas causa enterohepatite em perus com 100% de mortabilidade Fêmea ingere o protozoário junto com o conteúdo intestinal Protozoários penetram nos ovários e ovos Desenvolvem-se no ambiente (L1, L2, L3) do Heterakis Aves ingerem ovo + L3 de heterakis + histomonas Superfamília Oxyuroidea Em equinos e asininos Localização: luz do intestino grosso Nutição: mucosa intestinal e conteúdo intestinal Nematódeos com cor esbranquiçada 3 a 5 cm de comprimento Porção anterior muito delgada Esôfago longo e filiforme Extremidade anterior encravada na mucosa do ceco Porção posterior é espessa MACHOS: Cauda é recurvada 1 espículo longo Espiculo com bainha FÊMEAS: Ovíparas Vulva próxima do esôfago Poucos prolíferas (+- 500 ovos/dia) Ovos com 2 opérculos translúcidos Com dupla membrana TRICHURIS VULPIS Tamanho: 4 a 6 cm Nutrição: sangue, liquido e tecidos Ciclo no ambiente: monoxênico Larva se desenvolve dentro do ovo Ingestão de ovos larvados L3 Penetra na mucosa do ceco (permanece por 2 a 8 dias) Estágios: L2, L3, L4, L5 Voltam para a luz ficando apenasa porção anterior encravada na mucosa Adultos acasalam e iniciam a postura de ovos Digestão de ovos Liberação da larva (L1, L2 ou L3) PPP 6 a 12 semanas Desenvolvimento pré-parasitário leva 1 a 2 meses Sobrevivência pré-parasitário do ovo é de 3 a 4 anos PATOGENIA Assintomáticos Tiflite- lesão da mucosa do ceco por enzimas proteolítica Histiófagismo ou hematofagismo Diarreia ou constipação Anemia e febre moderada (as vezes) Larvas conhecidas como microfilárias Aparecem no sangue periférico ou tecidos com intervalos regulares (noite ou dia) Periodicidade diurna ou noturna 1- GÊNERO DIPETALONEMA RECONDITUM Microfilárias não possuem bainha Movimento rápidos e progressivos HD: cão HI: pulgas e carrapatos LOCALIZAÇÃO: Adultos no tecido conjuntivo subcutâneo, tecido adiposo e perirrenal Microfilárias na circulação sanguínea Larvas na hemocele dos HI CICLO EVOLUTIVO O artrópode suga o sangue de um cão com microfilárias na corrente circulatória Pouco patogênicas (ulcerações e abcessos subcutâneos) Na confundir com a microfilária de dirofilaria 2- GÊNERO DIROFILARIA IMMITIS 31 espécies parasitas de mamíferos (coração e tecido conjuntivo) Adultos são filiformes, esbranquiçados e extremidade anterior arredondada Microfilárias não são capsuladas Locomovem-se lentamente em arrancadas e chicoteando HD: Cão, gato, carnívoros silvestres, equino, primata e acasionalmente o homem HI: Mosquitos de gêneros Aedes (fêmeas), Anopheles e culex. Pulgas do gênero Ctenocephalides canis LOCALIZAÇÃO NO CÃO Adultos: Ventrículo direito Artéria pulmonar Veia cava posterior Ocasionalmente brônquios do HD Larvas nos tubos Malphighi dos HI CICLO EVOLUTIVO Fêmeas vivíparas Eliminam microfilárias na circulação sanguínea HI: Sugam o sangue contaminado Microfilárias atingem a hemocele migrando ate os tubos de Malphigui Mudam para L2 e L3 Migram para a cabeça do HI e penetra nas peças bucais Ao picar o cão o HI inocula as L3 infectantes HD: L3 vão a circulação Chegam ao ventrículo direito onde se transformam em adultas PPP Cão 32 semanas Gato 28 semanas PP 8 anos SINAIS: Leva 8 meses para apresentar sinais clínicos Distúrbios circulatórios Insuficiência cardíaca congestiva direita (edema e ascite) Endocardite Endarterite pulmonar Embolia pulmonar (vermes mortos) Obstrução da veia cava caudal Inquietação, redução de peso Dificuldade p/ exercícios Tosse (c/ hemoptise) Dispnéia Edema e ascite DIAGNÓSTICO Radiografia: espessamento de artéria pulmonar, hipertrofia e inflamação ventricular direita Imunodiagnóstico (ELISA) ag de adulto Identificação de microfilária no sangue TRATAMENTO Não iniciar tratamento sem avaliação cardíaca, pulmonar, hepática e renal 1° tiacetarsamida remove adultos 2 v/3 dias Repouso de atividades por 6 semanas Após 3 semana remover microfilárias com: Levamisol Ditiazanina oral por 10 a 14 dias/ avermectinas, milbemicina PROFILAXIA Dietilcarbamazina diário, oral, iniciar 1 mês antes e até 2 meses após a exposição Ivermectina ou milbemicina (1 vez/mês) Parasitam intestino delgado de mamíferos (- equinos) Capsula bucal bem desenvolvida com dentes Glândulas secretoras de anticoagulantes GÊNERO ANCYLOSTOMA 1 a 2 cm de tamanho Brancos Avermelhados ou acinzentados ANCYLOSTOMA CANINUM Cão e gato 3 pares de dentes grandes É o mais patogênico ANCYLOSTOMA DUODENALE Homem, cão e gato PPP homem 35 a 60 dias Fêmea ovípara (20 a 30 mil ovos/dia) NECATOR AMERICANO HD homem Capsula bucal c/ lâminas Ovos blastomerados (10 a 20 mil/dia) L1 a L3 em 2 semanas CICLO PRÉ-PARASITARIO Obrigatório no ambiente Ovos eliminados nas fezes -> L1 no ambiente (Rabditóide) -> L2 (Filaróide) -> 1 sem L3 infectante CICLO PARASITÁRIO Penetração pela pele ou mucosa -> corrente sanguínea -> pulmões -> L4 -> migração p/ faringe -> deglutição -> intestino delgado (+- 3 dias) -> helmatofagia -> 15 dias (L5) -> 15 dias (adultos) ADULTOS: 4 a 5 anos (fixados) SINAIS CLÍNICOS Febre Alterações pulmonares Tosse com muco Alterações intestinais Dor Lesões cutâneas Perversão alimentar DIAGNÓSTICO Contagem de ovos nas fezes Hemograma
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