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Atividades Econômicas Civis e Registro de Empresas

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ATIVIDADES ECONÔMICAS CIVIS: COOPERATIVAS E PROFISSIONAL INTELECTUAL
3271-0272
PROFISSIONAL INTELECTUAL:
 
Não se considera empresário, por força do parágrafo único do art. 966, CC, os profissionais que praticam atividade intelectual:
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
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ATIVIDADES ECONÔMICAS CIVIS: COOPERATIVAS E PROFISSIONAL INTELECTUAL
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Estes profissionais intelectuais exploram, portanto, atividades econômicas civis, não sujeitas ao Direito Empresarial. 
São exemplos de profissionais intelectuais os profissionais liberais (advogado, médico, dentista, arquiteto etc.), os escritores e artistas de qualquer expressão (plásticos, músicos, atores etc.).
Chama-se a atenção para a exceção do parágrafo único, onde o exercício da profissão constitui elemento de empresa - salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Vejamos o seguinte exemplo: um médico, que atende num consultório; ele precisa de secretária e enfermeira. Até então ele pratica atividade intelectual e não empresarial. Mas se ele resolve montar um hospital, daí ele terá, além de outros médicos, enfermeiras e secretárias, agora ele vai precisar de advogados, contadores, especialistas em TI, entre outros. Nesse momento, o médico passa a praticar atividade de empresa.
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ATIVIDADES ECONÔMICAS CIVIS: COOPERATIVAS E PROFISSIONAL INTELECTUAL
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COOPERATIVAS:
As cooperativas, normalmente, se dedicam às mesmas atividades dos empresários e costumam atender aos requisitos legais de caracterização destes (profissionalismo, atividade econômica organizada e produção e circulação de bens ou serviços), mas, por expressa disposição legal, não são consideradas praticantes de atividade empresarial.
A natureza jurídica das cooperativas, por serem incertas, o CC em seu art. 982 considera-as como sociedades simples e não como associações, dando origem a um novo regime para elas, que devem ser assentadas no órgão competente. 
Regem-se pela determinação dos arts. 1.093 a 1.096 do CC. 
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 ATOS DO REGISTRO DE EMPRESA
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Uma das obrigações do empresário, isto é, do exercente de atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços é a de inscrever-se no Registro de Empresas, antes de dar início à exploração de seu negócio (art. 967, CC).
O Registro das Empresas está estruturado de acordo com a Lei 8.934/94 que dispõe sobre o registro público de empresas mercantis.
O registro público de empresas mercantis é um sistema integrado, sendo um órgão federal, o Departamento de Registro Empresarial e Integração – DREI, e um órgão estadual, a Junta Comercial.
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 ATOS DO REGISTRO DE EMPRESA
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A lei de registro de empresas define três atos de registro: a matrícula, o arquivamento e a autenticação.
A matrícula é utilizada para registrar empresas dos tipos: tradutores públicos e intérpretes comerciais (tradutores juramentados), leiloeiros, trapicheiros (armazéns de portos) e administradores de armazéns gerais.
O arquivamento é pertinente à inscrição do empresário individual, isto é, do empresário que exerce a atividade empresarial como pessoa física, bem como à constituição, dissolução e alteração contratual das sociedades empresárias. As cooperativas também estão sujeitas ao arquivamento. Também são arquivados os consórcios de empresas (Lei 6.404/76 – arts. 278 e seguintes), as empresas mercantis estrangeiras e as declarações de microempresas e empresas de pequeno porte.
 
Qualquer ato que modifica a inscrição do empresário deve ser igualmente arquivados.
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 ATOS DO REGISTRO DE EMPRESA
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Já a autenticação está ligada aos denominados instrumentos de escrituração, que são os livros comerciais e as fichas escriturais. 
A autenticação é a condição de regularidade determinada pela Lei 8.934/94:
Art. 39. As juntas comerciais autenticarão:
I - os instrumentos de escrituração das empresas mercantis e dos agentes auxiliares do comércio;
II - as cópias dos documentos assentados.
Parágrafo único. Os instrumentos autenticados, não retirados no prazo de 30 (trinta) dias, contados da sua apresentação, poderão ser eliminados.
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 ATOS DO REGISTRO DE EMPRESA
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O órgão responsável pela matrícula, pelo arquivamento e pela autenticação são as Juntas Comerciais dos estados. É também conhecida como o cartório das empresas.
A Lei 8.934/94 prevê dois regimes de execução do registro de empresa: o da decisão colegiada e o singular (arts. 41 e 42).
O regime de decisão singular compreende a matrícula, a autenticação e todos os demais arquivamentos. 
As Juntas Comerciais possuem dois órgãos colegiados: o Plenário e as Turmas. As decisões colegiadas são de competência das Turmas (art. 21 da Lei 8.934/94). Ao plenário compete o julgamento de recurso dos atos praticados pela Junta Comercial (art. 19 da Lei 8.934/94).
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 EMPRESÁRIO IRREGULAR – NÃO REGISTRADO
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O registro no órgão próprio não é da essência do conceito de empresário. Será empresário o exercente profissional de atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços, esteja ou não inscrito no registro de empresas.
Entretanto, o empresário individual não registrado não pode usufruir dos benefícios que o direito comercial libera em seu favor, de sorte que a eles se aplicam as seguintes restrições:
_ O empresário não registrado não tem legitimidade para o pedido de recuperação judicial e de falência.
_ O empresário não registrado não pode ter seus livros autenticados.
Quanto à sociedade empresária sem registro, esse assunto não será tratado, pois a Sociedade Comum não faz parte do nosso edital. 
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