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Reabilitação cardíaca fase II

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TRABALHO DE ESTAGIO 
CARDIOLOGIA 
REABILITAÇÃO CARDIACA FASE II
 
ALUNA: Tauany Gonçalves de Sousa 
Reabilitação cardíaca fase II
 
A reabilitação cardíaca é uma estratégia defendida pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em virtude dos benefícios relacionados à melhoria da qualidade de vida dos indivíduos que se submetem à cirurgia ou que apresentam algum tipo de cardiopatia. Esses programas contribuem para a qualidade de vida, favorecendo a reinserção dos pacientes em suas atividades cotidianas, laborais ou de lazer. Em termos clínicos, os objetivos no tratamento de pacientes com doença coronariana incluem alívio dos sintomas de isquemia, redução na taxa de eventos cardíacos e preservação ou restauração da função ventricular, com consequente maior sobrevida em longo prazo e diminuição das chances de sofrer um novo evento cardiovascular para os já infartados. Há evidências acumuladas de que programas de exercícios físicos são efetivos no alcance desses objetivos (NETO, 2008).
A reabilitação Cardiovascular fase II deve ser iniciada após alta da fase I dura oito semanas. Com uma equipe multidisciplinar, a prescrição da intensidade dos exercícios deve ser criteriosa determinada com base na FC equivalente ao VO2 máx. obtido pela FC alcançada no ponto limiar anaeróbio, durante o teste de ergoespirometro. A determinação da intensidade do treinamento, obtendo-se a porcentagem desejada da FC obtida e qualquer um destes pontos, deverá ser calculada de acordo com estratificação de risco do paciente. 
O teste de caminhada de 6 min pode ser realizado na primeira semana de alta hospitalar. Com um protocolo padronizado: fazer o teste utilizando a escala de BORG que corresponde o nível de cansaço e dispneia do paciente. Após aferir os dados vitais do paciente e ver se ele esta apto a fazer o teste dar o comando para o paciente explicar como vai funcionar e inicia o teste, o paciente vai andar durante 3 min e será monitorada a frequência cardíaca, saturação, frequência respiratória e pressão arterial, se os dados estiverem legais o paciente continua o teste até os 6 min e será monitorado novamente. Depois do teste será feito um calculo pra ver o resultado do mesmo. 
Atentar-se na medicação do paciente, por exemplo, os betabloqueadores que modificam a resposta da FC e acaba interferindo. Tem casos que fazem o teste sem o paciente ter usado o medicamento, mas o fisioterapeuta não pode pedi que o paciente fique sem tomar esse medicamento.
A programação de exercícios deve ser realizada individualmente, normalmente são selecionados pacientes que já concluíram a fase I, sem modificações e que, pelo teste de esforço, não tenham apresentado sintomas de isquemia miocárdica ou sinais de disfunção ventricular.
O programa deve ser supervisionado por um fisioterapeuta, com controle dos sinais vitais e sintomas e monitorização cardíaca durante a fase de condicionamento. Em geral, determina-se a duração da sessão de reabilitação entre 45 e 60 min, com frequência de três a duas vezes por semana. No programa de exercícios deve conter três fases:
Aquecimento: com duração 5 a 15 min de caminhada, exercícios de baixa intensidade, flexibilidade alongamentos.
Condicionamento: com duração de 20 a 30 min, exercícios de grandes grupos musculares, fortalecimento, esteira, bicicleta ou corridas.
Relaxamento: com duração de 5 a 10 min, exercícios de alongamentos, exercícios leves, exercícios respiratórios, com o objetivo de retomar as condições de repouso.
É conta indicado a prescrição de exercícios resistidos na fase precoce da reabilitação cardiovascular pelo fato de promoverem elevação da PA além do nível desejado. Do esforço máximo, sem produção de angina ou arritmia induzidas pelo esforço. A combinação de exercícios resistidos de moderada intensidade associados ao treinamento aeróbio promove maiores ganhos de força e resistência quando comparados aos programas aeróbio isolados.
Com um trabalho bem planejado e junto com a equipe multidisciplinar, colaboração do paciente e um cuidadoso controle das respostas apresentadas serão de fundamental importância na obtenção dos benefícios dos exercícios desejados. 
Referências:
ARRUDA, Túlio Rafael Bessa. Efeitos da reabilitação cardíaca (fase II) em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca: uma revisão da literatura, 2011.
NETO, Antonio Gil Castinheiras et al. Reabilitação cardíaca após alta hospitalar no sistema público de saúde do município do Rio de Janeiro. Rev SOCERJ [internet], v. 21, n. 6, p. 399-403, 2008
REGENGA, Marisa de Morais. Fisioterapia em Cardiologia da UTI a Reabilitação. P. 253-254, 200

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