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PRÁTICA SUPERVISIONADA ESTÁGIO IV Aula III: Lesões Encefálicas Adquiridas Professor: Bruno Lavor INTRODUÇÃO LESÕES ENCEFÁLICAS ADQUIRIDAS: • Acidente Vascular Encefálico • Traumatismo Crânio Encefálico • Tumores Cerebrais • Neuroinfecções Fonte: http://www.avc.cfm.org.br/ ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO Déficit neurológico súbito causado por uma injúria não traumática resultante de uma oclusão ou ruptura de um vaso sanguíneo cerebral. (FERREIRA, MS. Aspectos Clínicos das Lesões Encefálicas Adquiridas no Adulto. Em: SILVA, JB, BRANCO, FR. Fisioterapia Aquática Funcional. Artes Médicas. São Paulo: 2011.) Fonte: www.ceara.gov.br/ ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO • Maior causa simples de incapacidade neurológica • Fatores de Risco: • Hipertensão • Diabetes Mellitus • Doenças do coração (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) Fonte: www.unimed.coop.br ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO Processos Patológicos • Infarto Trombótico • Infarto Embólico • Hemorragia (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) Fonte: http://snookerclube.com.br/ ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO • Insuficiências neurológicas focais: • Tamanho • Localização • Quantidade de fluxo sanguíneo colateral • 80% : isquêmicos, trombóticos ou embólicos • 20%: hemorrágicos (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) Fonte: https://saudavelefeliz.com/avc COMPLICAÇÕES ASSOCIADAS • Espasticidade • Mudanças Na Ativação Muscular • Produção de força alterada • Distonias • Dor Nociceptiva • Dor Neuropática • Infecções Urinárias De Repetição • Broncopeumonia De Repetição • Úlceras De Pressão • Alterações de fala • Alterações cognitivas (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) (FERREIRA, MS. Aspectos Clínicos das Lesões Encefálicas Adquiridas no Adulto. Em: SILVA, JB, BRANCO, FR. Fisioterapia Aquática Funcional. Artes Médicas. São Paulo: 2011.) Fonte: https://www.fisiatria.org TEMPO DE LESÃO • Maior recuperação é dentro dos primeiros três meses • Na primeira semana: • Recuperação da área de penumbra • Melhora do fluxo de neurotransmissores no tecido ao redor da área infartada • Recuperação neurológica espontânea (FERREIRA, MS. SALLES, ICD, CECATTO, RB. Lesões Encefálicas Adquiridas. Em: CHANMLIAN, TR. Medicina Física e Reabilitação. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro: 2010) Fonte: http://www.universozn.com.br/ TEMPO DE LESÃO • Pacientes que evoluem 8 pontos na Escala de Barthel na primeira semana: melhores resultados funcionais em 12 semanas. • Pacientes que pontuam mais que 69 na MIF: serão independentes em 6 meses. (FERREIRA, MS. SALLES, ICD, CECATTO, RB. Lesões Encefálicas Adquiridas. Em: CHANMLIAN, TR. Medicina Física e Reabilitação. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro: 2010) TEMPO DE LESÃO • Pacientes que iniciam tardiamente a reabilitação também demonstram resultados satisfatórios! (FERREIRA, MS. SALLES, ICD, CECATTO, RB. Lesões Encefálicas Adquiridas. Em: CHANMLIAN, TR. Medicina Física e Reabilitação. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro: 2010) Fonte: Própria CLASSIFICAÇÃO DE BRUNNSTRON DE EVOLUÇÃO • FASE I: flacidez • FASE II: desenvolvimento gradual de espasticidade com início de sinergias • FASE III: aumento da espasticidade com algum controle voluntário das sinergias • FASE IV: diminuição da espasticidade com aumento do controle dos componentes sinérgicos • FASE V: sinergias já não controlam os atos motores • FASE VI: desenvolvimento do movimento articular individual com início de coordenação (FERREIRA, MS. SALLES, ICD, CECATTO, RB. Lesões Encefálicas Adquiridas. Em: CHANMLIAN, TR. Medicina Física e Reabilitação. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro: 2010) DEFICIÊNCIAS QUE INTERFEREM NO MOVIMENTO FUNCIONAL • PRIMÁRIAS • Força Muscular • Tônus • Ativação • Sensação • SECUNDÁRIAS • Alinhamento e mobilidade • Comprimento do tecido muscular • Dor • Edema • COMPOSTAS • Movimentos Insuficientes • Movimentos Atípicos • Compensações indesejáveis (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) Fonte: Própria AVALIAÇÃO DO PACIENTE HEMIPLÉGICO • Queixa principal • HDA • HPP • HF • HS Estados Mental, Emocional e Afetivo: labilidade emocional (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) Fonte:https://br.mundopsicologos.com AVALIAÇÃO DO PACIENTE HEMIPLÉGICO • Exame Físico: • Avaliação dos nervos cranianos • Reflexos • Teste sensorial: • Toque Leve • Dor • Propriocepção • Discriminação de dois pontos • Estereognosia (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) Fonte: https://reabilitandocomto.wordpress.com AVALIAÇÃO DO PACIENTE HEMIPLÉGICO Avaliações Padronizadas: • ESCALAS: • Índice de Barthel • Escala de Avaliação Motora (MAS) • Medida da Independência Funcional (MIF) • TESTES DE FUNÇÃO MOTORA E EQUILÍBRIO: • Fulg-Meyer • Escala de Equilíbrio de BERG • Alcance Funcional • MARCHA: • Perfil da Deambulação Funcional • TUG (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) Fonte: https://www.researchgate.net AVALIAÇÃO DO PACIENTE HEMIPLÉGICO • Avaliação do Controle de Movimento • Movimento ativo/ força • Movimento Assistido • Tônus • Escala de Ashworth • Equilíbrio e Reações Protetoras (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) AVALIAÇÃO DO PACIENTE HEMIPLÉGICO • Análise Descritivas das Atividades Funcionais: • Três fases do padrão de movimento: • Iniciação do ato • Transição • Conclusão • Dispositivos utilizados (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) Fonte: Própria AVALIAÇÃO DO PACIENTE HEMIPLÉGICO (PALMINI, SF. Avaliação e Tratamento do Paciente Adulto com Disfunção Neurológica, Conceito Bobath. Curso de Extensão. Rio de Janeiro: 2017) Fonte: Própria Transferências Trocas Posturais Deslocamentos Supino Postura sentada Postura de pé PRINCÍPIOS DA REABILITAÇÃO • Educação e Prevenção • Orientação familiar e adequação as expectativas • Evitar complicações secundárias: órteses, CR • Minimizar dor e desconforto • Favorecer a neuroplasticidade • Desenvolver potencial residual • Reintegrar o indivíduo na sociedade (produtividade e lazer) (FERREIRA, MS. SALLES, ICD, CECATTO, RB. Lesões Encefálicas Adquiridas. Em: CHANMLIAN, TR. Medicina Física e Reabilitação. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro: 2010) OBJETIVOS FUNCIONAIS Baseados nas necessidades e desejos do paciente e nas deficiências funcionais que foram identificadas pelo terapeuta na avaliação inicial. Indivíduo AmbienteTarefa (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) DEFICIÊNCIAS COMUNS E INTERVENÇÕES • INSUFICIÊNCIA DE ATIVAÇÃO MUSCULAR: • Iniciação Imprópria • Inabilidade em graduar o tempo • Produção de força • Sequenciar músculos para o desempenho de tarefas (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) Atividades para controle e reeducação do movimento. Não focar na inibição. DEFICIÊNCIAS COMUNS E INTERVENÇÕES • PERDA DE ALINHAMENTO: • Alinhamento atípico do tronco • Posição inicial atípica para o movimento funcional • Interfere nos padrões de ativação muscular • Limita transferência de peso entre as extremidades] • Padrões compensatórios (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) Técnicas de alongamento Reeducação muscular Liberação Miosfascial (PALMINI, SF. Avaliação e Tratamento do Paciente Adulto com Disfunção Neurológica, Conceito Bobath. Curso de Extensão. Rio de Janeiro: 2017) DEFICIÊNCIAS COMUNS E INTERVENÇÕES (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) ESPASTICIDADE Adequação temporária para ganho de função! Alongamento e relaxamento: seguidosimediatamente por exercícios terapêuticos para criar um ambiente de aprendizagem. DEFICIÊNCIAS COMUNS E INTERVENÇÕES (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) Disfunção articular, encurtamentos, padrão de suportes de peso inadequados e intrepretação sensorial! DOR DEFICIÊNCIAS COMUNS E INTERVENÇÕES • SUBLUXAÇÃO DO OMBRO • Inferior: Mais comum - úmero fica pendente ao lado do corpo em rotação interna e o cotovelo fica estendido • Anterior: cabeça umeral se separa anteriormente da fossa glenóide • Superior:cabeça umeral se acomoda por baixo do processo coracóide, numa posição de rotação interna e abdução suave • Adequada Avaliação • Reeducação dos padrões do tronco/escapula/posição umeral • Prevenção de alongamento da cápsula do ombro: incluindo suporte e posicionamento. (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) DEFICIÊNCIAS COMUNS E INTERVENÇÕES ATIVIDADES FUNCIONAIS • Em supino: • Rolamento • Sentado • De Pé: • Controle ao ficar de pé • Caminhar (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) EQUIPAMENTOS • Cadeiras de roda • Tipóias • Bengalas • Órteses • Talas de lona (UMPHRED, D.A, Reabilitação Neurológica. 4 Edição. Manole. São Paulo: 2004.) TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO Agente mecânico externo agressor forte o suficiente para causar lesão ao tecido encefálico: -Perda de consciência - Amnésia pós traumática - Déficits neurológicos específicos (FERREIRA, MS. Aspectos Clínicos das Lesões Encefálicas Adquiridas no Adulto. Em: SILVA, JB, BRANCO, FR. Fisioterapia Aquática Funcional. Artes Médicas. São Paulo: 2011.) TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO Importante causa de morbimortalidade em adultos jovens! Acidentes de Trânsito Violência Interpessoal (FERREIRA, MS. Aspectos Clínicos das Lesões Encefálicas Adquiridas no Adulto. Em: SILVA, JB, BRANCO, FR. Fisioterapia Aquática Funcional. Artes Médicas. São Paulo: 2011.) TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO Classificação: CAUSA/ AGENTE: penetrantes – abertos MECANISMO DE TRAUMA: direto – indireto PADRÃO DE LESÃO: Lesões difusas (concussão) ou focais (contusão) (FERREIRA, MS. SALLES, ICD, CECATTO, RB. Lesões Encefálicas Adquiridas. Em: CHANMLIAN, TR. Medicina Física e Reabilitação. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro: 2010) TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO LAD: Lesão axonal difusa Tríade clássica: Lesões hemorrágicas focais no corpo caloso, quadrante dorsolateral do mesencéfalo e ponte e alterações microscópicas da substância branca. (FERREIRA, MS. SALLES, ICD, CECATTO, RB. Lesões Encefálicas Adquiridas. Em: CHANMLIAN, TR. Medicina Física e Reabilitação. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro: 2010) TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO Lesões secundárias: Podem agravar a lesão primária e torná-la ainda mais difusa Hematomas em expansão Hidrocefalia PCR, Hipotensão arterial: regime hipóxico-isquêmico TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO Classificação: ESTRATIFICAÇÃO DA GRAVIDADE – Escala de Coma de Glasgow Leve : Pontuação ECG 13- 15 Moderado: Pontuação ECG: 9 A 12 nas primeiras 24 horas pós trauma Grave: Pontuação ECG <8 nas primeiras 24 horas, coma por mais de 6 horas (FERREIRA, MS. SALLES, ICD, CECATTO, RB. Lesões Encefálicas Adquiridas. Em: CHANMLIAN, TR. Medicina Física e Reabilitação. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro: 2010) TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO Classificação do Rancho de Los Amigos Medical Center: Foca a atenção na melhora cognitiva (FERREIRA, MS. Aspectos Clínicos das Lesões Encefálicas Adquiridas no Adulto. Em: SILVA, JB, BRANCO, FR. Fisioterapia Aquática Funcional. Artes Médicas. São Paulo: 2011.) TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO Escala de Classificação de Incapacidade (Disability Rating Scale- DRS): Específica para TCE e propõe-se ser sensível às mudanças de evolução neurológica funcional (FERREIRA, MS. SALLES, ICD, CECATTO, RB. Lesões Encefálicas Adquiridas. Em: CHANMLIAN, TR. Medicina Física e Reabilitação. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro: 2010) TRAUMATISMO CRÂNIO ENCEFÁLICO Alterações clínicas pós TCE: Hidrocefalia Hipertensão Alterações cardiopulmonares Alterações endocrinológicas Fraturas Ocultas Ossificação Heterotópica Déficits de Atenção Déficits de Memória e Aprendizado Distúrbios de linguagem e comunicação Alterações Comportamentais Crises Convulsivas (FERREIRA, MS. SALLES, ICD, CECATTO, RB. Lesões Encefálicas Adquiridas. Em: CHANMLIAN, TR. Medicina Física e Reabilitação. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro: 2010) OUTRAS LESÕES ENCEFÁLICAS ADQUIRIDAS ANÓXIA ENCEFÁLICA DIFUSA: Graves Alterações do tônus Alterações cognitivas Recuperação lenta: adequação tônica após dois anos de lesão. (FERREIRA, MS. Aspectos Clínicos das Lesões Encefálicas Adquiridas no Adulto. Em: SILVA, JB, BRANCO, FR. Fisioterapia Aquática Funcional. Artes Médicas. São Paulo: 2011.) OUTRAS LESÕES ENCEFÁLICAS ADQUIRIDAS TUMORES CEREBRAIS: Malignos: aqueles com alto pode de recidiva ou impossibilidade de ressecção cirúrgica Benignos evoluem de forma semelhante ao AVE Após ressecção teremos uma lesão focal com sintomatologia também focal! (FERREIRA, MS. Aspectos Clínicos das Lesões Encefálicas Adquiridas no Adulto. Em: SILVA, JB, BRANCO, FR. Fisioterapia Aquática Funcional. Artes Médicas. São Paulo: 2011.) OUTRAS LESÕES ENCEFÁLICAS ADQUIRIDAS NEUROINFECÇÕES: Tratamento Específico para cada agente etiológico: Neurotoxoplasmose Neurocisticercose Neurocriptococose Neuroturbeculose Meningoencefalites virais e bacterianas (FERREIRA, MS. Aspectos Clínicos das Lesões Encefálicas Adquiridas no Adulto. Em: SILVA, JB, BRANCO, FR. Fisioterapia Aquática Funcional. Artes Médicas. São Paulo: 2011.)
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