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Guia de Estudos da Unidade 2 - Patologia Geral

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Patologia Geral
UNIDADE 2
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Para início de conversa
Olá Caro(a) aluno(a), que bom que estamos juntos em mais um encontro.
Prepara do para mais informações? Vamos lá!
Na unidade I aprendemos que a célula após receber uma agressão, morre ou se adapta. 
Neste processo são ativadas formas de contra-atacar estas agressões caracterizadas 
com uma resposta inflamatória. Podemos ver estas ações fazendo uma análise 
comparativa de uma guerra onde o inimigo (agentes agressores) atacando o nosso pais, 
e nosso pais se defendendo com um contra-ataque (inflamação), como em toda guerra 
existem feridos (lesões reversíveis) e destruição com mortes (lesões irreversíveis). 
Não adianta tentar reconstruir o pais no meio de uma guerra, porem quando este fato 
acabar, teremos que reconstruir ou substituir áreas que foram destruídas. No nosso 
corpo acontece o mesmo fenômeno, denominado de REPARO TECIDUAL. 
orientações da disciPlina
Veremos nesta unidade também alterações em um sistema muito importante para 
manutenção da vida, por ser muito dinâmico, mudando a cada situação (Correndo, 
lutando, fazendo atividades física, se alimentando, pensando, descansado etc...).
O sistema cardiovascular esta sempre atuante. Caso ocorra distúrbios circulatórios 
haverá quebra na homeostasia e por tanto patologias desenvolveram. 
Vamos então continuar com nosso raciocínio. 
Mas lembre-se procure o seu tutor para tirar suas dúvidas.
reParo tecidUal
O reparo tecidual consiste em Repor tecidos e células lesadas ou necróticas, por novos elementos sadios, 
sendo oriundos de epitélio adjacente (Reepitelização), do parênquima adjacente (Regeneração) ou do 
estroma (Cicatrização). 
Podemos dizer que enquanto a reepitelização e regeneração é a reposição do tecido lesionado, a 
cicatrização consiste na substituição de um tecido necrótico pela neoformação de tecido conjuntivo 
fibroso (cicatriz).
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Palavras do Professor
Mas como saberemos se a área lesionada vai reepitelizar, regenerar ou cicatrizar? Pois o tipo de reparo 
vai depender de alguns fatores como:
capacidade regenerativas das células 
 
Células Lábeis- São encontradas em tecidos que estão em constante renovação celular. Ex: Células 
de tecido epitelial em regiões de atrito.
Células Estáveis- São células que tem a capacidade permanecer em descanso na maior parte do 
tempo, só se multiplicando quando for necessária a substituição celular. Ex: endotélio  
Células Permanentes - São células que perderam a capacidade de multiplicação, uma vez perdida 
essa capacidade, as células não são mais substituídas.
Grau de destruição
Quanto maior a destruição tecidual, menor a possibilidade de regeneração e maior a de cicatrização, 
pois o nosso corpo tem a preocupação em fechar a área lesionada mais rápido possível, e já como a 
cicatrização é uma substituição de tecido especializado, por um não especializado com menor variedade 
de substancia, se dá preferencia a cicatrização. 
tipo de inflamação
Quanto maior a duração do processo inflamatório menor a possibilidade de regeneração e maior de 
cicatrização, pois o corpo entende, que se uma inflamação estiver atuando por um longo tempo, a área 
agredida terá que ser reforçada, para evitar novas agressões, e este “reforço” é realizado pela cicatrização.
fatores locais
Fatores como a irrigação torna o tecido mais oxigenado e nutrido, diminuindo assim o tempo de reparo.
cicatriZaçÃo
A Cicatrização é um processo de reparo tecidual realizado pela substituição de tecidos destruídos por um 
tecido conjuntivo neoformado não especializado. 
Para que o corra uma cicatrização completa são necessárias a eliminação do agente agressor, além da 
área lesionada ter uma boa irrigação e por consequência uma boa nutrição e oxigenação. 
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Esses fatores, é que determinam o equilíbrio de eventos que compõem a cicatrização, eventos esses 
divididos didaticamente em três fases:
1 -fase de demolição ou inflamatória
Nesta fase, a inflamação ainda esta atuante evidenciando a liberação de mediadores químicos da 
inflamação assim como células inflamatórias dirigem a área da lesão e removem detritos celulares, 
bactérias e corpos estranhos para fazer a limpeza da área destruída, para que a cicatriz possa ser 
depositada. Nesta fase também é evidenciado a Retração do tecido (50% a 70%), resultante da ação 
dos miofibroblastos com a finalidade de diminuir a área de agressão, diminuindo por consequência a 
entrada de agentes infecciosos, assim como diminuindo a necessidade de produção exagerada de fibras 
de colágeno. 
2 - fase de crescimento do tecido de granulação ou Proliferativa
Caracterizada pela proliferação de fibroblastos e de células endoteliais dos capilares vizinhos à zona 
agredida, permitindo a chegada em maior quantidade de oxigênio e nutrientes. Nesta fase se inicia a 
secreção de fibras colágenas. 
3 - fase de maturação ou fibroplasia
Nesta, ocorre proliferação de fibroblastos e deposição de colágeno, que comprime os capilares 
neoformados, diminuindo a vascularização (desvascularização). 
Meu caro(a), a medida que vai ocorrendo e finalizando a cicatrização, não há mais necessidade do aporte 
sanguíneo, então por compressão do colágeno nos capilares, estes vão atrofiando ate entrar em desuso. 
Ao final, tem-se, com a colagenização, uma cicatriz acelular relativamente clara, que pode atenuar ou 
mesmo desaparecer clinicamente ao longo do tempo. Percebam que a cicatriz é uma formação de uma 
massa de colágeno deixando aquela área não especializada. Quanto maior a quantidade de cicatriz em 
um órgão menor a função dele.
veja o vídeo!
Que tal você dar uma olhada nas fases da cicatrização neste vídeo de apenas 1 minuto 
linK
leitUra comPlementar
Ficou interessado? Leia um pouco mais neste artigo, espero que goste. linK
https://www.youtube.com/watch?v=JYYjs32xV4g
http://www.abc.med.br/p/pele-saudavel/504094/cicatrizacao+e+cicatrizes+quais+sao+as+fases+da+cicatrizacao+como+as+cicatrizes+sao+formadas+quais+os+cuidados+que+devemos+ter+com+elas.htm
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cÉlUlas tronco
Cada vez mais pesquisas vêm sendo realizada com as células tronco, estas células são responsáveis 
pela formação de nosso sangue. Em 2001 Lovell & Badge perceberam que também são células capazes 
de se diferenciarem em todos os tecidos do corpo humano.
Esta descoberta revolucionou a Medicina Convencional. Para a melhora da qualidade de vida dos pa-
cientes nas doenças sem tratamentos (Translational researching 2010 156(3):107-11).
Para PesqUisar
Você pode pesquisar mais sobre estas células! Procure em livros, na nossa biblioteca 
virtual no nosso livro na unidade II pagina 69 e em sites!! Que uma ajuda, leia esta 
matéria do link abaixo.
Leia mais sobre esse assunto em linK © 1996 - 2016. Todos direitos reservados a 
Infoglobo Comunicação e Participações S.A. linK
distÚrBios circUlatÓrios
Caro(a) estudante, para que nosso organismo funcione bem, mantendo a saúde das células e dos 
tecidos, o sangue precisa fluir sem impedimentos pelo corpo, levando oxigênio e nutrientes necessários 
à sobrevivência e à reprodução. Porem o sistema cardiovascular pode desenvolver alterações denomina-
das de distúrbios circulatórios.
Então podemos definir estes distúrbios como alterações na hemodinâmica e na manutenção do fluxo 
sanguíneo assim como nas redes de vasos que irrigam os tecidos.
Vários tipos de patologias podem desenvolver neste sistema, veremos alguns deles.
HiPeremia
Conhecida também como congestão, a hiperemia é o aumento do volume sanguíneo localizado num 
órgão ou parte dele, com consequente dilatação vascular, por alteração no sistema da pressão arterial x 
Resistência Pré e Pós capilar.
http://oglobo.globo.com/sociedade/ciencia/a-importancia-desse-tipo-de-pesquisa-3245943#ixzz3xh8b1qig
http://www.unimep.br/phpg/mostraacademica/anais/9mostra/4/147.pdf
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A hiperemia pode ser classificada de acordo com a origem vascular:
Hiperemia Ativa (ou Arterial)
Ocorre devido o aumento sanguíneo do leito capilar consequente a vasodilatação arterial ouarteriolar. 
Esta hiperemia pode ser de natureza fisiológica como é o caso de um aumento do suprimento de O2 e 
nutrientes, paralelamente á demanda de maior trabalho em órgãos como Tubo gastrointestinal durante a 
digestão, Musculatura esquelética durante exercícios físicos e até mesmo quando uma pessoa enver-
gonhada fica com o rosto vermelho (hiperemia facial).
Ela ativa pode ser evidenciada em caráter patológico quando ocorre o aumento do fluxo sanguíneo 
devido à liberação local de mediadores bioquímicos da inflamação (Exemplos: Injúria térmica (queima-
duras ou congelamento), Irradiações intensas, traumatismos, infecções, Inflamação aguda).
Hiperemia passiva
Quando acontece uma diminuição do escoamento venoso por aumento da Resistência Pós Capilar, reten-
do maior volume de sangue nas veias, teremos a congestão passiva. Como exemplo um Garroteamento 
na punção venosa, um trombo venoso acarretando em uma obliteração parcial ou total da luz do vaso, 
embolias em sistema porta, flebectasias (varizes).
edema
Ocorre devido ao acúmulo anormal de líquido intersticial (água + sais ± proteínas) no compartimento 
extracelular e/ou nas cavidades corporais. Com frequente associação com a inflamação, em queima-
duras com aspectos bolhosos, hipersensibilidade do tipo I (alergias) e obstruções venosas ou linfáticas. 
Diversas causas podem ser atribuídas a alterações na filtração e na reabsorção por capilares.
Nos edemas que acometem cavidades pré-formadas do corpo colocamos o Prefixo HIDRO + Cavidade 
afetada (exemplos: Hidrotórax, hidrocele, hidrocefalia). No caso de órgãos pela nomenclatura colocamos 
a palavra EDEMA de + Órgão afetado ou a palavra HIDRÓPICO no final. (exemplo: edema pulmonar ou 
pulmão hidrópico).
Quando o edema acomete no corpo todo, é colocado a palavra ANASARCA para caracterizar tal fato, 
porem quando o edema acomete apenas o peritônio, causando uma tumefação abdominal, descrevemos 
esta característica como ASCITE ou hidroperitônio.
Caro(a) aluno(a), os Mecanismos envolvidos no edema esta relacionando basicamente com a saída ex-
cessiva de líquido, pelo aumento da Permeabilidade Vascular ou pela deficiência de retorno do filtrado, 
devido ao aumento da Pressão Hidrostática a nível da extremidade venular do capilar e Diminuição da 
drenagem linfática. Estas alterações podem agir isolada ou concomitantemente.
Pacientes cardiopatas podem desenvolver edema da insuficiência cardíaca congestiva, devido ao debito 
cardíaco baixo quanto a congestão passiva. O debito cardíaco baixo tende a diminuir a filtração renal 
acarretando em maior retenção de líquido.
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leitUra comPlementar
São vários os mecanismos de formação do edema, caso você se interesse, fique mais 
informado sobre este assunto no site: linK
HemorraGia (“derrame”)
É a saída de sangue da circulação para os tecidos circunvizinhos ou para o exterior do corpo, sendo 
causada na sua grande maioria por traumatismo acidental. A hemorragia pode ser originada em regiões 
venosa, arterial, capilar e cardíaca, podendo ser classificada quanto à relação com o organismo:
a)Hemorragia externa – Visível pois ocorre extravasamento para o meio externo.
b)Hemorragia interna – O sangue extravasa para o interior do próprio corpo, dentro dos tecidos ou 
cavidades pré-formadas.
você saBia?
Você sabia que os fatores determinantes para a gravidade da hemorragia esta relacionado diretamente 
ao volume de sangue perdido, calibre do vaso rompido, tipo do vaso lesado e Velocidade da perda de 
sangue? Pois é, além da relação com o organismo a hemorragia pode ser classificada quanto ao mecan-
ismo de formação:
a)Rexe ou ruptura de vasos: Mais frequentes, geralmente de origem traumática causando uma 
ruptura no vaso ou coração.
b)Diabrose ou digestão/erosão de vasos: Por necrose (exemplo: cavernas pulmonares na tubercu-
lose) ou digestão enzimática (exemplo: úlceras pépticas). Enzimas agem dissolvendo a parede do vaso.
c)Diapedese ou diátese hemorrágica: Sem lesão evidente nos vasos, geralmente a nível capilar e 
frequentemente do tipo petequial ou púrpura. As hemácias fluem através da parede vascular intacta. 
Lembrando uma diapedese inflamatória onde as células passam para o meio extravascular sem causar 
lesão no vaso.
A classificação morfológica esta mais relacionada às viscerais e tegumentares, que são denominadas 
de:
Petéquias: Mancha roxa ou hemorragia puntiforme. Hemorragias minúsculas, de 1 a 2 mm de diâmetro, 
esparsas. O vírus da dengue causa micro hemorragias teciduais no paciente, estas manhas são denomi-
nadas de petéquias.
???
http://revista.fmrp.usp.br/2004/vol37n3e4/1mecanismos.pdf
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Víbices: Hemorragias lineares. Apresenta-se em pacientes que sofreram acidentes automobilístico 
ficando com uma mancha linear no tórax provocado pelo cindo de segurança, açoite com chicotes e cipó 
também gera manchas hemorrágicas em formato lineares.
Púrpuras: Até aproximadamente 1 cm de diâmetro ou reunião de petéquias mais densamente. Não 
confunda a mancha hemorrágica purpura com a doença purpura (trombocitopenia).
Sufusões: Extravasamento de humores. Também chamadas de “Máculas hemorrágicas” (o termo “Equi-
mose” também tem sido utilizado para descrever este tipo de hemorragia, quando afetando a pele). 
Hematoma ou hematocisto: Refere-se á formação de uma cavidade com coleção sanguínea.
Apoplexia: Hemorragia massiva no órgão, grave, intensa, com destruição orgânica e manifestações 
gerais graves.
cHoqUe (síndrome da insUficiência vascUlar PerifÉrica aGUda)
Este procedimento ocorre com alteração na hemodinâmica, devido a deficiência circulatória aguda da 
irrigação tecidual, grave e generalizada, acarretando na redução do débito cardíaco e concentrando um 
maior volume sanguíneo em órgãos vitais como tentativa de manter o indivíduo vivo. Para isso os mem-
bros superiores e inferiores têm o suprimento sanguíneo reduzido acarretando em espasmos musculares 
destas regiões, lembrando o aspecto de uma pessoa quando recebe uma descarga elétrica, dai vem o 
nome de choque! Esta síndrome pode ser provocada por dois fatores:
1) Diminuição da função miocárdica (Choque Cardiogênico)
Diminuição da capacidade cardíaca: Infartos no miocárdio, inflamação em musculatura
cardíaca (miocardites), insuficiência em válvulas átrio ventricular, ritmo cardíaco lento ou irregular 
(bradicardia). Além da Diminuição da capacidade cardíaca a obstrução do fluxo sanguíneo provocado por 
Embolia pulmonar grave, pneumotórax, aneurisma aórtico contribuem para a formação de um choque 
cardiogênico.
2) Diminuição do retorno venoso
2.1 - Diminuição do volume sanguíneo (Choque Hipovolêmico):
Por perdas extensas de líquido: Hemorragia grave (Choque Hemorrágico), queimaduras extensas, intoxi-
cação com diuréticos, diarréias intensas e vômitos
2.2- Por sequestro interno: Ascite, hemotórax e hemoperitônio.
2.3- Queda do tônus vasomotor (Choque Neurogênico), com expansão do leito vascular (vasodilatação) e 
com consequência, hipovolemia relativa (retenção da volemia em vasos periféricos).
2.4- Traumatismos graves (Choque Traumático), depressão do SNC, bloqueadores ganglionares.
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2.5- Anafilaxia (Choque Anafilático) provocado por um processo alérgico sistêmico, acarretando em uma 
vasodilatação sistêmica.
Choque Septicêmico desencadeado por infecções graves com bactérias Gram positivas.
GUarde essa ideia!
Fique atento, pois um indivíduo pode ter um choque anafilático por septicemia, tendo 
uma infecção bacteriana hematogênica do qual o microrganismo libera uma substan-
cia que desencadeia uma resposta inflamatória sistêmica.
tromBose
Fisiologicamente o sangue tem que estar em constante movimentação e dentro do sistema cardiovascu-
lar, porem devido aos distúrbios circulatórios que o sangue pode ser acometido, inicia-se um processo 
de coagulação dentro do vaso sanguíneo ou coração. Esta coagulação dentro do sistema cardiovascular 
em um indivíduo vivo é denominada de trombose.
A trombose pode ser desencadeada por três etiopatogenias, que são: lesõesna parede vascular ou 
cardíaca; perturbação na hemodinâmica e alterações na composição sanguínea acarretando uma hiper-
coagulabilidade podendo agir em conjunto ou isoladamente. Estas etiopatogenias foram relatadas pelo 
patologista e pesquisador Rudolf Virchow.
O trombo pode ser classificado de acordo com sua localização, aparência e cor, sendo o mais comum 
o trombo venoso que possui uma coloração avermelha por ter uma grande concentração de hemácia. 
Quando o trombo é de origem arterial ou de cavidades cardíacas, ele possui uma cor esbranquiçada 
devido a baixa aglomeração de hemácia e alta concentração de fibrinas e plaquetas.
O trombo misto como o próprio nome já relata, possui duas cores uma ponta esbranquiçada, e o lado 
oposto vermelha. Estes trombos podem ter tamanhos enormes se acometer parcialmente uma veia dos 
membros inferiores, sendo comuns em pacientes acamados e submetidos a grandes cirurgias.
emBolia 
Qualquer substancia estranha (embolo) que não é diluído no sangue e seja transportado pela corrente 
circulatória até eventualmente se deter em um vaso de menor calibre. As embolias são classificadas em:
Êmbolos de natureza sólida: Sendo mais os mais frequentes. Tendo como a grande maioria formado por 
trombos (embolia trombótica ou tromboembolia).
Êmbolos de natureza líquida: São menos frequentes. Classicamente têm-se a Embolia amniótica e a 
Embolia lipídica ou gordurosa (altos teores de trombina). Esmagamento ósseo; Esteatose hepática; Quei-
maduras; Injeção de substâncias oleosas via endovenosa; Amniótico.
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Êmbolos de natureza gasosa: São mais raros, podendo ser ocasionados pela injeção de ar nas con-
trações uterinas durante o parto; Pneumotórax; Nas descompressões súbitas (Escafandristas, aviadores 
e astronautas) neste ultimo caso ocorre dentro do sistema circulatório o mesmo que acontece quando se 
abre uma garrafa de refrigerante. Quando um liquido possui gases dissolvido a ele e submetido por uma 
descompressão rápida, o gás se desassociam do líquido formando bolhas gasosas.
aneUrisma
É uma Dilatação localizada anômala de uma artéria, comprometendo a túnica média, tornando-a enf-
raquecida podendo levar ao rompimento do vaso ou a trombose. Observe que esta patologia é caracte-
rística da artéria! Caso ocorra uma dilatação anômala nas veias chamaremos de flebectasias.
As causas mais comuns estão relacionadas a Hipertensão arterial, Aterosclerose e a uma Síndrome 
genética que o indivíduo desenvolve uma desordem na produção do tecido conjuntivo, deixando os 
vasos sanguíneos mais elásticos denominada de síndrome de Marfan.
leitUra comPlementar
Meu caro(a), esta síndrome possui outras características além de ter uma probabili-
dade de formar aneurisma, leia mais sobre esta síndrome em: linK
Espero que goste.
isqUemia
É uma deficiência no aporte sanguíneo a determinado órgão ou tecido por diminuição da luz de artérias, 
arteríolas ou capilares. A isquemia pode apresentar-se em um tecido com uma boa irrigação sanguínea 
mas se este fluido estiver com escassez de oxigênio o tecido ficara isquêmico.
Caso a isquemia persista por muito tempo as células teciduais tentaram se adaptar, caso contrário elas 
morrem e entra em processo de necrose (Necrose de coagulação ou gangrena seca)
Normalmente as etiopatogenias são causadas por:
Causas funcionais:
* Espasmo vascular (dor, frio,...)
* Hipotensão acentuada
* Hemoglobina alterada (carboxihemoglobina)
* Redistribuição sanguínea (hiperemia gastrointestinal)
http://www.marfan.com.br/sobre_marfan/sindrome/sindromemarfan.asp?area=1
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Causas mecânicas:
* Compressão vascular (neoplasias, hematomas, abscessos);
* Obstrução vascular (trombose, embolia);
* Espessamento da parede vascular (arteriolosclerose e arterites).
infarto
as zonas necróticas isquêmicas são denominadas de infarto. se instala em áreas de interrup-
ção do fluxo sanguíneo nos tecidos, que vem logo apos a esta interrupção.
Possuindo dois tipos:
* Infarto Branco ou Anêmico ou Isquêmico:
Possui este nome, pois a área afetada não recebe suprimento sanguíneo ficando pálida, 
caracterizada por necrose de coagulação ocasionada por hipóxia letal local, em local com 
circulação terminal. a causa é sempre arterial (oclusão tromboembólica ou compressiva). os 
órgãos mais comumente lesados são os rins, o baço, o coração e o cérebro.
* Infarto Vermelho ou Hemorrágico:
acomete Área de ruptura de vasos sanguíneos onde a necrose é edematosa e hemorrágica, 
ocasionada por hipóxia letal local, devido a oclusão arterial ou venosa, em território com 
circulação dupla ou colateral.
caro(a) estudante, é comum quando alguém comentar que um parente teve um infarto você 
pensar logo que foi no coração, mas todos os órgãos que são irrigados podem enfartar. 
quando acontece na musculatura cardíaca denomina-se de infarto agudo no miocárdio. além 
da anamnese e exames físicos no paciente, exames bioquímicos de creatina quinase total e 
isoenzimas - cK ajudam no diagnostico.
veja o vídeo!
Para lhe auxiliar no entendimento deste conteúdo, assista a estes Vídeos ilustrativos 
sobre o infarto agudo do miocárdio (IAM), conhecido popularmente como infarto do 
coração, enfarte ou ataque cardíaco que é uma doença que afeta milhões de pessoas 
em todo o mundo. Acesse: linK 1 e linK 2
https://www.youtube.com/watch?v=INag1QZJ-Pk
https://www.youtube.com/watch?v=zFlahOXu3Lk
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Palavras do Professor
Bom meu caro(a) aluno(a), espero que tenha gostado do conteúdo e que na próxima 
unidade você possa avançar em seus estudos.
Não esqueça de realizar suas atividades e se precisar fale com seu tutor, ele estará a 
sua disposição no que for preciso.
Até a próxima unidade.

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