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aulas-01-a-10-História-da-Educação-Brasileira-3

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FACULDADE FUTURA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VOTUPORANGA – SP
http://faculdadefutura.com.br/
1 
 
UMA BREVE PALAVRA SOBRE NOSSO CURSO À DISTÂNCIA. 
 
 
Fonte: www.urantiam.com 
 
Espero que todos compreendam que as aulas virtuais são 
eventos semelhantes aos da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é 
raro – quase improvável - um aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao 
professor e fazer uma pergunta para que seja esclarecida uma 
dúvida sobre o tema tratado. O comum é que esse aluno faça a pergunta em 
voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a resposta. No espaço virtual, é a 
mesma coisa. Não hesite em perguntar, mas pergunte em “voz alta”, nos fóruns. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da 
nossa disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à 
execução das atividades propostas. A vantagem é que cada participante reserva o dia 
da semana e a hora que lhe convier para isso. A organização é o quesito indispensável 
porque há uma sequência a ser seguida e prazos definidos para as atividades. Todos 
os participantes devem estar cientes acerca dessa exigência para levar o curso a bom 
termo. 
 
 
 
 
 
http://Fonte:%20www.urantiam.com
2 
 
1 EVOLUÇÃO DA EDUCAÇÃO 
 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
A História da Educação no Brasil é o estudo da evolução da Educação, do 
ensino, da instrução e das práticas pedagógicas no Brasil. Como um processo 
sistematizado de transmissão de conhecimentos, evolui em rupturas marcantes e 
fáceis de serem observadas. 
De início, a História da educação brasileira é indissociável da Companhia de 
Jesus. As negociações de Dom João III junto a esta ordem missionária católica pode 
ser considerado um marco. 
A História da Educação no Brasil inicia-se no período colonial, quando 
começam as primeiras relações entre Estado e Educação, por meio dos jesuítas que 
chegaram em 1549, chefiados pelo Padre Manoel da Nóbrega. Em 1759, com as 
reformas pombalinas, houve a expulsão dos jesuítas, passando a ser instituído o 
 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino
http://pt.wikipedia.org/wiki/Instru%C3%A7%C3%A3o
http://pt.wikipedia.org/wiki/Pedagogia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil
http://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_de_Jesus
http://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_de_Jesus
http://pt.wikipedia.org/wiki/Dom_Jo%C3%A3o_III
http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_Cat%C3%B3lica_Romana
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Hist%C3%B3ria_da_Educa%C3%A7%C3%A3o&action=edit
http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil_Col%C3%B4nia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jesu%C3%ADtas
http://pt.wikipedia.org/wiki/1549
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manoel_da_N%C3%B3brega
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Reformas_pombalinas&action=edit
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Reformas_pombalinas&action=edit
3 
 
ensino laico e público, e os conteúdos basearam-se nas Cartas Régias. 
Muitas mudanças ocorreram até que se chegasse à pedagogia dos dias de hoje. 
Até os dias de hoje muito tem se mexido no planejamento educacional, mas a 
educação continua a ter as mesmas características impostas em todos os países do 
mundo, que é a de manter o "status quo" para aqueles que freqüentam os bancos 
escolares. 
2 CONTEXTUALIZAÇÃO 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
A partir de agora, e ao longo do desenvolvimento dessa disciplina, você vai 
começar a trilhar os caminhos dos grandes educadores da história humana. Vai se 
defrontar com um mundo de ideias, conceitos e tentativas de soluções para os 
problemas. 
O conhecimento oferecido pela História da Educação será útil para 
fundamentar a sua prática como educador, respaldando o seu fazer pedagógico. E 
poderá se constituir em importante instrumento de transformação, conquistas e 
compromisso. Pois, como você sabe, conhecimento é poder. Sem ele todo o poder 
se perde, tornando-se em vão. 
A História da Educação tem início no final do século XIX. E a partir de 1880 
surgem publicações e cursos em Universidades e Escolas Normais da Europa. No 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ensino_laico
http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Carta_r%C3%A9gia&action=edit
4 
 
Brasil, a disciplina História da Educação aparece em 1927, a partir da reorganização 
do ensino proposta por Francisco Campos. 
Sendo uma das disciplinas básicas do curso de Pedagogia, sua importância é 
indiscutível na medida em que fundamenta a prática e fornece subsídios às 
discussões em torno da problemática educacional, transformando-se no alicerce da 
formação do futuro pedagogo. O estudo dessa disciplina revela-se como 
indispensável à análise das situações do presente, pois trata do desenvolvimento das 
ideias a respeito da educação nas sociedades. No entanto, a história descrita na 
maioria dos livros refere-se ao que podemos considerar como “história oficial”, visto 
que relata apenas a ação do Estado, a ação ou pensamento das elites educacionais 
e ainda a ação das reformas pedagógicas. 
Atualmente, podemos registrar a existência de uma incipiente tendência, 
presente em teses de doutoramento e em dissertações de mestrado, que pretende 
dar conta das experiências de educação popular em nosso país. 
Através de uma visão de conjunto da História da Educação, objetiva-se 
conduzir os educandos à aquisição de conhecimentos e modos de entendimento da 
realidade educacional, possibilitando uma forma permanente de vivência e de 
atenção ao fenômeno educativo e à prática docente. 
3 RODUÇÃO AOS VÁRIOS CONCEITOS DE EDUCAÇÃO 
 
Fonte: educabrasilsaoluis.blogspot.com.br 
 
http://educabrasilsaoluis.blogspot.com.br/2015/02/citacoes-sobre-historia.html
5 
 
A palavra EDUCAÇÃO tem sua origem nos verbos latinos Educare e Edurece. 
Educare tem o significado de alimentar, transmitir informações a alguém. Edurece tem 
o significado de extrair, desabrochar, desenvolver algo que está no indivíduo. 
Licurgo, personagem tido por muitos como lendário, afirmava que a educação 
espartana deveria ser a primeira e fundamental função pública a ser cumprida não 
somente pelo governo, mas também pela própria sociedade. Seu objetivo era 
estritamente militarista, devido a sua característica guerreira. 
Procure lembrar-se das aulas de filosofia. Assim, você poderá entender 
melhor esses dois verbos latinos. A máxima socrática “conheça-te a ti mesmo” 
concebe a educação como Educere, pois Sócrates pregava a introspecção, através da 
maiêutica. O seu ideal educativo consistia na felicidade humana, obtido através da 
alegria espiritual, mediante o domínio completo da alma sobre o corpo. 
Já no Cristianismo, Santo Tomás preconizava a importância da participação 
ativa do aluno na aprendizagem, bem antes de Pestalozzi e da “escola nova”. Seu 
método fazia um apelo à faculdade de pensar e de raciocinar dos alunos e leitores. 
Segundo Santo Tomás de Aquino, “só Deus é o verdadeiro agente da educação, da 
mesma forma que é a causa principal do ensino, pois a doutrina humana, que o mestre 
procura comunicar, não pode ser compreendida pelo aluno senão em virtude da luz 
da razão que Deus infunde na sua mente”. 
Durante o Iluminismo, a chamada “época das luzes”, o filósofo Rousseau 
escreveu um clássico da pedagogia Emílio, no qual expunha suas ideias e estabelecia 
as normas ideais para a educação da criança, desde o nascimento até a juventude. 
Segundo ele, a educação é essencialmente um processo com que se estimula o 
desabrochar e o desenvolvimento das capacidades e virtudes humanas. 
Já Pestalozzi surgiu como reformador das teorias educacionais de Rousseau, 
as quais teriam como objetivo a aquisição de ideias precisas e a capacidade de 
exprimi- las de forma adequada e sintética. Influenciados pelosiluministas, a “escola 
nova” floresce em 1889, com Adolphe Ferreira. Sua característica fundamental 
refere-se à filosofia naturalista, visando fins meramente terrenos, e acentuadamente 
práticos e utilitários, nos quais os interesses sociais quase sempre prevalecem sobre 
os pessoais. 
John Dewey, filósofo americano, afirmava que educação é uma reconstrução 
ou reorganização da experiência, que esclarece e aumenta o sentido desta e 
também nossa aptidão para dirigirmos o curso das experiências subsequentes. 
6 
 
Acredito que você já tenha percebido como o conceito de educação varia, de 
época para época. E que os ideais educativos são determinados pelos fatores 
históricos, políticos e sociais de seu tempo. As mudanças que ocorrem nas relações 
sociais, pressionadas pelo aumento demográfico e a transformação nas áreas 
econômica e tecnológica indicam novas técnicas que deverão promover a evolução 
do processo educacional. 
4 A IMPORTÂNCIA DA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO 
 
Fonte: mergulhandoemletras.com.br 
 
A educação não é algo isolado, abstrato, mas está relacionada estreitamente 
com a sociedade e a cultura de cada época, as quais produzem ideais e tipos 
humanos que a educação trata de realizar. É necessário, portanto, relacionar a 
educação e as concepções sociais e culturais de cada momento histórico. 
A educação não nasce com o homem. E sim é adquirida no decorrer de sua 
vida. Ela pode, como processo social, reforçar a coesão social, atuando como força 
conservadora; ou, então, estimular ou libertar as possibilidades individuais de auto 
direção e escolha entre alternativas divergentes, em determinados momentos em que 
se afrouxam os meios sociais coercitivos. Entre esses dois extremos há, portanto, um 
meio-termo que deve ser, do ponto de vista da sociedade e do indivíduo, a meta ideal 
de todo processo educacional. 
Durante o período medieval, os jesuítas, como Inácio de Loyola, 
conceberam, sob a influência da doutrina cristã-católica, fins bem definidos para a 
vida humana: educacionais. Ou seja, aqueles relativos à preparação do homem para 
7 
 
cumprir os fins próprios da vida humana, os quais foram localizados em outra vida, 
supra terrena ou de além túmulo, que consistiria numa bem-aventurança pela 
contemplação de Deus. Com a Renascença, começa, no século XV, a nova fase da 
educação. Uma nova forma de vida, uma nova concepção do homem e do 
mundo baseada na personalidade humana livre e na realidade presente. Vai 
possibilitar uma educação mais despojada, mais prazerosa e criativa, dando início a 
um domínio da natureza, desenvolvendo técnicas, artes e estudos. 
Percorrendo as diversas épocas da história do homem e do mundo, você 
passará pelo Iluminismo, estilo de época que procurará libertar o pensamento da 
repressão dos monarcas terrenos e do despotismo sobrenatural do clero. A Revolução 
Francesa tentou plasmar o educando a partir da consciência de classe, que era o 
centro do conteúdo programático. 
Educadores como Fröebel, Rousseau, Locke, Herbart e outros 
desenvolveram grandes ideias a respeito da educação e inovadoras pedagogias, a 
fim de resolver os problemas educacionais. Procure conhecê-las e encontrará um 
valioso subsídio para seu estudo e aprendizado. Compreendendo como os homens 
construíram sua história no passado, você poderá contribuir para construir a história 
do futuro. 
5 EDUCAÇÃO NA ANTIGUIDADE 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
8 
 
Vamos nos inteirar um pouco da cultura e educação antigas; esse 
conhecimento vai oferecer a você oportunidades de relacionar e identificar fatores 
que influenciam a educação nos nossos tempos. Essas civilizações antigas têm 
como fundamento educacional a religiosidade. A educação oriental afirmou 
principalmente os valores da tradição, da meditação, destacando-se o taoísmo, o 
budismo, o hinduísmo e o judaísmo. 
A educação no Oriente antigo, apesar de diversificada em relação a cada 
povo, ainda mantinha determinadas afinidades com a educação primitiva, como o 
sentido místico dos povos primitivos. A educação, portanto, era identificada com a 
atividade religiosa, sendo considerada um desdobramento da função sacerdotal. 
Outra característica da educação primitiva era o sentido rigidamente 
tradicionalista, considerando a atividade educativa, não como instrumento de 
progresso, mas como um processo de adaptação passiva das novas gerações ao 
tradicional e imutável estilo de vida dos grupos sociais a que pertenciam. 
A doutrina pedagógica mais antiga é o taoísmo, que é uma espécie de 
panteísmo, cujos princípios recomendam uma vida tranquila, pacífica, sossegada, 
quieta. Baseando-se no taoísmo, Confúcio (551- 479 a.C.) criou um sistema moral que 
exaltava a tradição e o culto aos mortos. 
Nos sistemas chinês, hindu, egípcio e hebreu, a educação centralizou-se no 
conhecimento de uma linguagem tecnicamente complexa, de difícil dominação, e na 
posse da sabedoria do passado contida em sua literatura. A conduta das massas, na 
maioria dos povos orientais, ficava a cargo da classe educada do sacerdócio. 
Ao indivíduo não se permite nenhuma variação das formas estabelecidas. A 
conduta é prescrita nos mais minuciosos detalhes. O resultado desse domínio de 
autoridade é uma sociedade estável, porém estacionária. A civilização, material e 
espiritualmente, não é progressiva. A educação simplesmente procura recapitular o 
passado, resumir no indivíduo a vida do passado, de modo que ele não a possa 
modificar nem avançar além dela. 
 
9 
 
6 HINESES, EGÍPCIOS E HEBRAICOS 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
7 O QUE VOCÊ SABE SOBRE A EDUCAÇÃO CHINESA? 
Passe a prestar mais atenção aos filmes que retratam a cultura chinesa. Não 
é verdade que a educação no período agrícola era determinada pelo regime 
matriarcal? A mãe iniciava os filhos no trabalho agrícola e nas tarefas domésticas. 
Já no período dos príncipes feudais, a educação se fazia, até os sete anos, na casa 
paterna e depois o indivíduo passava a viver com um nobre que lhe ensinava as 
artes da guerra e as maneiras da paz. 
Ao contrário do que preconizava a teoria, os adolescentes terminavam sua 
educação nos rituais de iniciação, com a tomada do barrete, que facilitava sua entrada 
na vida pública. Na época imperial, com a constituição de um Estado forte e unitário, 
a educação tomou novos rumos. A doutrina de Confúcio, grande pensador 
ereformador, trouxe para esse período contribuições notáveis. Suas ideias foram de 
caráter profundamente humano e regulavam todos os pormenores da vida, a qual 
tratava de conduzir do modo mais elevado possível. 
10 
 
Nesta época imperial, a educação chinesa era constituída por dois grandes 
setores: a da massa do povo e a dos funcionários mandarins. A primeira, de caráter 
elementar, dada no lar, e a segunda, de tipo superior, constituía uma preparação para 
os exames de mandarim. 
8 E O QUE VOCÊ DIRIA DA EDUCAÇÃO EGÍPCIA? 
A civilização egípcia, uma das mais antigas do mundo, desenvolve-se no vale 
do rio Nilo, onde se fixaram os primeiros povoadores, os camitas, originários da Ásia. 
A vida social dos egípcios obedecia ao sistema de classes. A classe privilegiada era 
a dos sacerdotes, detentores da riqueza e do saber, e, indiretamente, do poder 
político, que estava sob sua dependência. Em seguida, por ordem decrescente, 
havia os escribas, os soldados e, depois, os trabalhadores, agricultores e operários. 
A educação egípcia era muito influenciada por esse sistema de classes 
sociais, constituindo, praticamente, privilégio dos sacerdotes e das classes letradas, 
entre as quais se incluíam os médicos, os arquitetos e os escribas. Toda a educação 
era dominada pelo espírito de religião e misticismo. 
9 E OS HEBREUS? 
Foram os que mais conservaram as informações sobre sua história. A 
educação hebraica era rígida, minuciosa desde a infância; pregava o temor a Deus e 
a obediência aos pais. O método que utilizava eraa repetição e a revisão: o 
Catecismo. Foi principalmente através do Cristianismo que os métodos educacionais 
dos hebreus influenciaram a cultura ocidental. 
 
11 
 
10 EDUCAÇÃO DOS POVOS CLÁSSICOS: OS GREGOS 
 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
E os gregos? Recorda-se da filosofia grega? Os fatores sociais, políticos e 
econômicos da época influenciaram a educação, propiciando um florescimento 
cultural jamais visto anteriormente. 
A introdução de novidades como a escrita, a moeda, a lei e a polis (cidade) 
transformaram a visão que o homem tem de si. A descoberta da individualidade liberta 
o homem dos desígnios divinos e o torna capaz de construir o seu próprio caminho e, 
no debate público, de gerir os destinos comuns da cidade. Com a culminação da nova 
organização política, a polis, aparecerão, concomitantemente, os filósofos- 
educadores. 
Para facilitar a compreensão desse conteúdo, faremos um breve quadro que 
identifica os acontecimentos culturais, políticos e científicos, na tentativa de superar a 
fragmentação do conhecimento. 
É com os gregos que a escola se configurará tal como a conhecemos hoje. E 
os primeiros educadores surgiram com os sofistas, mestres ambulantes, os quais, 
12 
 
mais tarde, agruparam os alunos e formaram as primeiras escolas de Retórica. 
Ensinavam a arte de discutir e de falar como meio de vencer na política ou na 
advocacia. O ideal educativo não era a virtude, mas a habilidade. Céticos, uma vez 
que não acreditavam na existência de uma verdade objetiva, individualistas e 
utilitaristas. Essa mentalidade não agradava a seus contemporâneos e por isso não 
gozavam de boa reputação como educadores. 
Surge um filósofo preocupado com o conhecimento da verdade e do bem: 
Sócrates. Ele afirmava que a obrigação que o homem deve assumir é a de conhecer- 
se a si mesmo. O ideal educativo era a felicidade humana que só poderia ser 
alcançada pela prática da virtude, o mesmo que sabedoria. Sócrates se utilizava da 
maiêutica (em grego significa parto), método que consistia em duas partes: a primeira, 
a ironia (em grego significa perguntar), que é destrutiva, pois conclui pela descoberta 
da própria ignorância, destruindo certos conceitos; a segunda, dar à luz, a maiêutica 
– propriamente dita – é o “dar à luz” a novas ideias é portanto, construtiva. E 
assim, através de seu famoso preceito “conhece-te a ti mesmo”, poderá o indivíduo 
chegar à sabedoria, o que vale dizer, à virtude e à felicidade. 
Acompanhando seu mestre, Platão discorre pelo mundo das ideias: o mundo 
inteligível, que só é alcançado pelo conhecimento e o mundo sensível, o mundo dos 
sentidos, das aparências e dos erros. 
Platão idealizou suas teorias educacionais através dessa filosofia. A sua 
pedagogia era aristocrática, pois fazia da educação um privilégio de duas classes: a 
dos racionais e a dos sentimentais. É função da educação determinar o que cada 
indivíduo está apto por natureza a fazer, e, então, prepará-lo para esse serviço. Platão 
expõe sua filosofia no livro A República, o mais importante tratado de educação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
13 
 
11 EDUCAÇÃO DOS POVOS CLÁSSICOS: OS ROMANOS 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
Além das semelhanças com o mundo grego, você verá também certas 
características próprias, como acentuação do poder volitivo – aquele que parte da 
própria vontade –, do hábito e do exercício, com atitude realista ante a intelectual e 
idealista grega. 
Durante a primeira fase de sua história, o conteúdo da educação romana era 
a aprendizagem prática para os deveres da vida agrícola e pastoril, visto que, os 
romanos formavam ainda uma comunidade campestre. A aprendizagem tinha, assim, 
um sentido inteiramente familiar. O lugar da escola era ocupado pelo lar. O poder 
paterno, enaltecido nas suas funções, tornou a família a unidade social, mesmo em 
muitos aspectos legais. Deu grande importância à moral do lar bem como à legal e 
social. Nenhum outro povo usou tão eficazmente o exemplo das personalidades de 
importância de sua história para a formação do caráter da juventude de cada geração. 
Assim, a característica fundamental do método da educação romana era a imitação. 
Após a helenização de Roma, a influência dos gregos helênicos sistematiza o 
ensino escolar. Este período coincidiu com o período de expansão nacional fora da
14 
 
Península Itálica, assumindo uma cultura cosmopolita. Começaram as 
traduções do grego para o latim com publicações introduzidas nas escolas romanas, 
o acolhimento das escolas de retórica e o envio de jovens à Grécia para estudos de 
retórica. 
A cultura e a literatura gregas seduziram principalmente as classes 
superiores, não se estendendo às grandes massas do povo. Para essa classe 
privilegiada, fundaram-se bibliotecas e universidades. Porém, aos poucos, essas 
influências gregas foram se perdendo e a educação se tornou formal e irreal. 
Consequentemente, a vida romana tornou-se corrupta, o governo despótico e a nova 
educação ministrada pela primeira Igreja Cristã veio, gradualmente, substituir a 
velha. 
A história da Educação registra alguns ilustres educadores: Catão, pedagogo 
nacionalista, notabilizou-se pela reação que opôs à influência grega na cultura 
romana; Cícero, inspirado em Platão, estabelecia que o fim da educação era formar o 
homem e o profissional, isto é, o orador, baseando-se, para isso, nas peculiaridades 
individuais. O seu ideal de formação geral era humanitas, que era a tradução de 
Paidéia. 
Quintiliano foi o primeiro professor oficial de Roma. Estabeleceu as normas da 
formação do orador. Preferiu o ensino público ao familiar. Aconselhou que o ensino 
se fundamentasse no interesse do aluno, cujas peculiaridades psíquicas o mestre 
deveria conhecer. 
12 EDUCAÇÃO CRISTÃ E NÃO-CRISTÃ 
 
Fonte: www.erasmobraga.com.br 
http://Fonte:%20www.erasmobraga.com.br
15 
 
A civilização ocidental vem sempre buscando os teóricos gregos, na tentativa 
de explicações do mundo e do homem. Isso ocorreu na Renascença, no século XIII e 
em nossos dias. A educação grega preconizava como fim último a virtude, o bem 
supremo. Predominava o ensino intelectualizado, enquanto os romanos primavam 
pelo poder volitivo do hábito e do exercício. 
Nesta aula, você perceberá como os ideais gregos, principalmente através de 
Platão e Aristóteles, com a Patrística e a Escolástica, modificaram o cenário medieval. 
O Cristianismo se desenvolverá intelectualmente e institucionalmente até alcançar o 
apogeu com a Escolástica e o surgimento das primeiras Universidades. 
PATRÍSTICA - designação genérica da filosofia cristã nos primeiros séculos 
logo após o seu surgimento. Era a filosofia dos padres da Igreja, da qual se originaria, 
mais tarde, a escolástica. A Patrística surge quando o Cristianismo se difunde e 
consolida como religião filosófica da doutrina cristã, especialmente na medida em 
que esta se opõe ao paganismo e às heresias que ameaçam sua própria unidade 
interna 
ESCOLÁSTICA - termo que significa originariamente doutrina da escola e que 
designa os ensinamentos de filosofia e teologia ministradas nas escolas eclesiásticas 
e universidades na Europa durante o período medieval, sobretudo entre os séculos IX 
e XVII. 
As sucessivas invasões bárbaras comprometeram significativamente a 
educação no período medieval (Idade Média). Sua restauração só foi possível após a 
queda do Império do Ocidente e o controle político de Carlos Magno em 800 d.C. Com 
o domínio do Cristianismo, a educação tomou novos rumos e a instrução da doutrina 
da Igreja e a prática do culto substituíram o elemento intelectual. Uma disciplina rígida 
de conduta substituiu o treino físico e retórico. 
O Cristianismo ofereceu soluções para o problema social e educativo grego, 
aplicando o princípio de amor ou caridade cristã, em que se harmonizavam o indivíduo 
e os fatores sociais. Nos primeiros momentos do Cristianismo, a educação estevereduzida ao ensino catequista, convertendo-se no mais importante centro de cultura 
religiosa e sacerdotal da época. 
Em seguida, surgiram as escolas episcopais, sendo a mais famosa a de Santo 
Agostinho (354 - 430 d.C.), bispo de Hipona, da qual fazia parte o ensino de teologia 
e serviço eclesiástico. Após as invasões bárbaras, surgiram as escolas paroquiais ou 
16 
 
presbiteriais, as escolas das igrejas rurais. O seu objetivo era receber jovens na 
qualidade de leitores e ensinar-lhes os salmos e as lições da Escritura. 
O mais surpreendente educador desse período primitivo da Igreja foi Santo 
Agostinho. Influenciado pelo neoplatonismo e pelo estoicismo, a sua pedagogia teve 
um acentuado valor na formação humanística e na formação ascética. Segundo Santo 
Agostinho, o fim supremo a que se deve aspirar é o reino dos valores éticos, aos quais 
podem ascender também os ignorantes e humildes que tenham pureza no coração, 
amor e boa vontade. 
No final da Idade Média, surge a Escolástica. Seu objetivo principal era a 
sistematização do saber num todo harmonioso e orgânico. Contribuiu muito para a 
criação das universidades e dominou o trabalho destas instituições durante três ou 
quatro séculos. 
A Escolástica procurava apoiar a fé na razão; revigorar a vida religiosa e a Igreja 
pelo desenvolvimento intelectual. A educação escolástica visava desenvolver o poder 
de formular as crenças num sistema lógico e de expor e defender tais definições de 
crenças contra todos os argumentos que pudessem ser levantados contra ela. 
Aomesmo tempo, empenhou-se em evitar o desenvolvimento de uma crítica de 
espírito perante os princípios fundamentais já estabelecidos pela autoridade. 
Seu principal representante foi Santo Tomás de Aquino. Segundo este filósofo- 
educador, só Deus é o verdadeiro agente da educação, da mesma forma que é a 
causa principal do ensino, pois sua doutrina humana, que o mestre procura comunicar, 
não pode ser compreendida pelo aluno senão em virtude da luz da razão que Deus 
infunde na sua mente. 
 
 
 
 
17 
 
1. AS UNIVERSIDADES MEDIEVAIS 
 
 
Fonte: pt.slideshare.net 
 
O surgimento das universidades deu-se no século XII. E não foi uniforme, mas 
espontâneo, e por várias formas. A primeira das universidades medievais, as quais 
pela sua configuração social e jurídica eram essencialmente diferentes das 
universidades antigas, foi a de Paris, constituída no início do século XIII, pelo 
desenvolvimento da Escola Catedralícia de Notre Dame. Nessa época, foi 
fundadatambém a Universidade de Bolonha, originada de uma escola catedralícia e 
de outras escolas municipais e monásticas. Os professores e os alunos formavam 
corporações, “universitas”, expressão que passou a designar a escola por eles 
constituída, gozando essas corporações de vários privilégios, com direito a foro 
especial, a isenção de impostos e do serviço militar. Os alunos residiam em 
“colégios” e formavam “nações”, de acordo com a sua naturalidade. Os estudos se 
iniciavam nas Faculdades das Artes e se completavam nas outras Faculdades de 
Teologia, de Direito Canônico, de Medicina etc. 
As universidades e as escolas humanistas, embora nominalmente sob a 
organização do Estado, ou independentes, estavam realmente sob o controle da 
Igreja. 
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A partir da criação das Universidades de Paris (Notre Dame) e da Itália 
(Bolonha), surgiram outras nelas inspiradas, como a Montpellier, na França; em 
Oxford, na Inglaterra; em Salermo, Pádua e Nápoles, na Itália; em Coimbra, em 
Portugal; em Salamanca, na Espanha e em muitos outros lugares.

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