Buscar

Resenha Crítica-Porque Gerenciar Riscos

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE PROJETOS
Resenha Crítica de Caso
 Pedro Augusto Magalhães Junior
Trabalho da Disciplina Gerenciamento de Riscos
 
 Tutor: Prof. Eduardo de Moura
Castanhal-PA
2019
POR QUE GERENCIAR RISCO?
Referências: Tufano, Peter. Por que gerenciar risco? Harvard Business School -207-P03, Fevereiro, 28, 2001.
    No artigo “Por que gerenciar risco?”, temos a visão de Tufano P. sobre os desafios, vantagens e desvantagens de se realizar uma gestão de riscos financeiros dentro de uma empresa, com o objetivo de agregar valor para a firma e seus acionistas.
Com exemplos simples fornecidos pelo autor, é possível compreender que o gerenciamento de riscos pode gerar valor para a empresa dependendo da perspectiva levada em consideração.  É necessário observar que os processos de identificação, análise, monitoramento e controle dos riscos podem sofrer a ação de riscos tanto internos quanto externos e que é possível mitiga-los.
    Inicialmente o autor faz a colocação que, segundo os economistas, a maioria das pessoas é avessa ao risco e, seguindo essa linha de raciocínio, apresenta como seria o gerenciamento de riscos em condições ideais, sem levar em conta fatores como deterioração financeira, políticas de investimentos, efeitos tributários, custos de transação e informação assimétrica. Tufano acaba conseguindo comprovar que, como ele prefere colocar na “ausência de imperfeições” os processos para o gerenciamento dos riscos poderiam ser dispensados visto que seu efeito sobre o valor da firma é praticamente nulo.
Outro benefício da Gestão de risco surge quando uma organização enfrente conflitos delegatórios (agency) entre credores e acionistas. Para maximizar valor para o acionista, os acionistas desejam em geral, substituir projetos de risco mais baixo por projetos mais arriscados. O Aumento de risco talvez não eleve o valor esperado total da firma, mas ode transferir valor de credores para acionistas ao tornar a dívida mais arriscada. Em função do potencial para substituição de ativo, os credores exigirão retornos mais altos. Se através de atividades de gerenciamento de riscos, uma firma puder se comprometer de forma confiável a não elevar certos tipos de risco que diminuiriam o valor para os credores, talvez consiga reduzir seu custo de dívida através da redução de custos delegatórios (agency costs) potenciais. 
    Quando levados em consideração todos os riscos financeiros reais que cercam um projeto, descobre-se a importância do gerenciamento de riscos, uma vez que aplicado nos projetos, é possível maximizar os riscos positivos e minimizar as ameaças ao sucesso do projeto.
     No caso de uma possível deterioração financeira, a empresa pode perder um valor expressivo no mercado, estando sujeita a ações legais e redução de lucro, uma vez que a matéria prima do seu principal produto tenha um aumento no custo, por exemplo. Faz-se necessário aplicar a gestão de riscos para lidar com as oscilações do mercado a fim de prever e reduzir o impacto de uma possível crise.
    Analisando as políticas de investimentos de uma empresa é necessário realizar o gerenciamento de riscos, pois em um ano que o autor indica como desfavorável, há apenas duas alternativas para a empresa: corte de despesas ou a obtenção de recursos externos. Dependendo da situação do mercado no qual a empresa está inserida, ou dependendo do momento, favorável ou em crise, é necessário avaliar qual a melhora alternativa para não perder valor ou posição no mercado ou até mesmo chegar à falência. A empresa deve ser capaz de prever seus fluxos de caixa futuros e saber qual a melhor decisão a tomar graças aos resultados dos estudos baseados no gerenciamento dos riscos.
Conforme o código tributário atual é preciso levar em consideração as alíquotas tributárias à que estão sujeitas a maioria das empresas. Na prática as taxas crescem em função da renda, sendo progressivas ou convexas, o que o autor indica no texto como “o imposto sobre o lucro médio é menor que o imposto sobre o lucro efetivo”, isso implica em um aumento progressivo no pagamento de impostos dependendo do valor arrecadado pela empresa. Aplicando o gerenciamento de riscos é possível prever os lucros e consequentemente estabilizando os lucros é possível estabilizar os impostos.
Por tanto, pode-se afirmar que a ausência de gerenciamento dos riscos em projetos, provoca impacto no ciclo de vida do projeto; desequilibra Escopo, Cronograma, Recursos, Qualidade e Custos; é coadjuvante no desperdício de recursos humanos, financeiros, ferramentais e de tempo; prejudica a melhoria dos processos organizacionais e afasta os projetos dos objetivos estratégicos da instituição.
Identificar e tratar os riscos no início do desenvolvimento dos projetos diminui custo de longo prazo e ajuda a prevenir fracassos nos projetos. De forma que os impactos sejam evitados ou que sejam reduzidos o máximo possível. O gerenciamento dos riscos feito corretamente pode assegurar equilíbrio entre as áreas de conhecimento pertencentes à restrição sêxtupla, aumentando a margem de acertos e a chance de sucesso dos projetos de tecnologia da informação. Os riscos e seus impactos quando são conhecidos pela equipe, são diretamente proporcionais ao controle do rumo dos projetos. Logo, o gerenciamento de riscos em projetos contribuirá fortemente para que as equipes envolvidas entreguem exatamente o que o cliente quer e com a qualidade esperada a cada etapa. No final, tendo cumprido o cronograma, o escopo, em conformidade com os custos alocados, dentro da qualidade esperada e estando os patrocinadores satisfeitos, os projetos poderão ser considerados bem sucedidos.

Continue navegando