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Resenha - Gerenciamento de Riscos

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM ENGENHARIA E GESTÃO DE NERGIAS RENOVÁVEIS
Resenha Crítica de Caso
Ludmylla Adrya Bicalho Campos
Trabalho da disciplina: Gerenciamento de Riscos
 
Tutor: Prof. Eduardo de Moura
Belo Horizonte
2020
POR QUE GERENCIAR RISCO?
Referências: TUFANO, Peter. Por que gerenciar risco? Harvard Business School; Fevereiro, 2001.
No artigo “Por que gerenciar risco?”, escrito por Tufano P, temos o panorama do autor sobre as questões que envolvem a gestão de riscos dentro de uma empresa. Contempla desafios e pontos negativos e positivos do gerenciamento de riscos (GR), a fim de agregar valor para a firma e seus acionistas.
O autor cita alguns exemplos sobre os possíveis riscos a serem definidos, como exposição do lucro, do fluxo de caixa ou do valor de mercado de uma empresa a fatores externos como taxa de juros, taxas de câmbio ou preços de mercadorias. É possível compreender que o GR pode gerar valor para uma empresa, pois elimina uma possível exposição, gerando uma proteção tanto em cenário favorável (oferecendo oportunidades), quanto em cenário desfavorável. Toda empresa está exposta a situações adversas, no entanto aquelas que investem em um gerenciamento de riscos conseguem neutralizar essas situações, ou atravessá-las sem sofrerem graves consequências. 
Primeiramente o autor cita que, segundo os economistas, a maioria das pessoas é avessa a riscos, ou seja, sempre preferem ativos com retornos menos variáveis, por considera-los mais seguros. Tufano exemplifica que essa aversão é demonstrada em algumas situações, como na compra de um seguro de carro, onde a maioria das pessoas paga antecipadamente por um benefício para ser compensada por eventuais ocorrências que poderiam causar prejuízos futuros. Seguindo essa linha de raciocínio as empresas também seriam recompensadas por agir desta maneira, no entanto com a teoria de finanças a história é outra. Como exemplificado pelo autor, caso haja ausência de imperfeições o gerenciamento de riscos se torna irrelevante, pois o efeito sobre o valor da firma é nulo. O autor apresentou outras condições onde o GR seria irrelevante. Contudo se levarmos em consideração todos os riscos financeiros que cercam uma empresa, nota-se a importância do gerenciamento de riscos, pois quando aplicado consegue minimizar ameaças e maximizar oportunidades. O autor apresenta alguns dos cenários com imperfeições que fazem a gestão de risco ser relevante.
Considerando uma possível deterioração financeira, a empresa pode perder muito valor no mercado, pois como aponta o autor, uma ameaça de dificuldade financeira pode provocar sérios danos à empresa. Para reduzir a chance de enfrentar essas dificuldades, como aumento no preço de matérias primas, faz-se necessário aplicar a gestão de riscos para lidar com as oscilações do mercado com objetivo de prever e reduzir o impacto de uma possível crise. Outro ponto que justifica atividades de gestão de risco é a assimetria que existe entre o impacto das ações do investidor e o das ações da firma quando se diz respeito aos custos de dificuldade financeira.
Analisando as politicas de investimento de uma empresa percebe-se a necessidade de realizar o gerenciamento de riscos. Como no exemplo citado pelo autor, em um ano desfavorável a empresa encontra duas alternativas para lidar com a falta de dinheiro em caixa: corte de despesas ou obtenção de recursos internos. E cada empresa avalia essas alternativas de acordo com sua necessidade e condições de arcar com as consequências. Porém, com o gerenciamento de risco, a empresa seria capaz de evitar essas duas opções, pois conseguiria prever com maior precisão seus fluxos de caixa futuros, e controlar os gastos de forma que não seja afetada caso ocorra variações negativas nos ganhos. O GR oferece estabilidade frente às crises, além de maximizar valor para o acionista.
Em relação aos efeitos tributários, é preciso levar em consideração as alíquotas tributárias. Como falado pelo autor, a maioria das empresas enfrenta alíquotas tributárias progressivas ou convexas, ou seja, na prática as taxas crescem em função da renda. Em uma estrutura tributária convexa, o autor indica que “o imposto sobre o lucro médio é menor que o imposto médio sobre o lucro efetivo”, o que influencia em um aumento progressivo no pagamento de impostos dependendo do faturamento da empresa. A fim de estabilizar seus lucro e impostos, é preciso gerenciar riscos.
Os custos de transação são um exemplo do aumento no valor do acionista em virtude de uma boa gestão de riscos, pois uma empresa confiante diante as incertezas do mercado geram retorno significativo. Com a gestão de riscos é possível tornar a empresa atraente para os investidores, não é uma missão fácil, porém é possível ser desenvolvida. Em alguns casos, investir em realizar a gestão de forma externa não é vantajoso para pequenos investidores, pois isso apresenta custos mais elevados. O que para grandes investidores pode ser uma boa alternativa, pois conseguem valores mais em conta externamente. A situação do mercado e o cenário no qual a empresa se encontra é o que vai determinar qual gestão de riscos apresenta mais vantagens, seja ela interna ou externa.
Outro ponto destacado pelo autor é a necessidade de evitar informações assimétricas. É preciso transparência nos riscos financeiros da empresa para que acionistas sejam capazes de gerenciar o risco de forma eficiente. Caso não forneça todas as informações sobre os riscos, a empresa fica exposta a riscos morais e oportunismo, o que gera prejuízo financeiro para os stakeholders. Por último o autor aponta as preocupações dos executivos, que analisam o risco do emprego do seu capital no mercado financeiro, analisando indicadores quantitativos e qualitativos. 
A conclusão do autor reúne os principais argumentos citados ao longo do texto que validam a necessidade de gerenciar riscos em meio às imperfeições do mercado e aponta as vantagens do GR.
De modo geral, o artigo consegue atingir o objetivo de apresentar como o gerenciamento de riscos consegue aumentar o valor da firma e apresentar sua importância para as empresas. A importância do gerenciamento de riscos está em identificar oportunidades e também evitar e mitigar perdas. No artigo, o GR de riscos está limitado à questões financeiras, mas em sua complexidade se aplica a análise de diversos eventos futuros que podem interferir no desempenho do negócio. Reduz ameaças e oferece tranquilidade e confiança a empresa.

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