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Critérios de Seleção e Criação de Recursos 
Educacionais Digitais 
(REDs) 
 
Fonte: Wavebreak Media Ltd /123rf 
 
EXPEDIENTE 
Autoria: Carlos Eduardo Lima Braga 
Edição: Denise Pellegrini 
Leitura crítica: Ana Paula Manzalli 
Revisão: Denise Rocha 
Design instrucional: Sara Marques 
Arte: Lucas Taterka 
Coordenação: Bruna Carvalho 
Realização: Sincroniza Educação 
 
Licença Creative Commons 
 
Este conteúdo está licenciado com uma Licença ​Creative Commons 
Atribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional​. 
 
 
Objetivos ou expectativas de aprendizagem: 
● Sistematizar conceitos referentes ao Ensino Híbrido 
● Refletir sobre a importância de avaliar a qualidade dos recursos 
educacionais digitais (REDs) que desejamos incluir nas aulas 
● Conhecer um instrumento de avaliação de REDs (a rubrica) e uma 
referência de critério para a avaliação desses recursos 
● Explorar REDs de criação de conteúdos, ferramentas autorais para 
professores e estudantes voltadas para a elaboração de textos, 
questionários, sites e vídeos 
 
Tópicos a serem abordados: 
● Principais pilares e conceitos do Ensino Híbrido 
● Critérios de seleção e criação de recursos educacionais digitais (REDs) 
● REDs de criação que podem contribuir para o letramento em Língua 
Portuguesa, Matemática e Ciências 
 
 
 
 
Introdução 
Olá, cursista! 
Dando sequência a nossos estudos, vamos aprofundar discussões 
acerca dos principais pilares do Ensino Híbrido e dos critérios de seleção e 
criação de recursos educacionais digitais (REDs) para utilização em 
experiências de ensino e aprendizagem. 
Como vimos no módulo anterior, os debates sobre Ensino Híbrido e 
Metodologias Ativas vêm ocupando cada vez mais um importante espaço nos 
ambientes escolares. Porém, é muito importante a necessidade de um 
processo rígido de seleção crítica e certificação dos diversos materiais digitais 
que poderão compor suas experiências de ensino e aprendizagem. 
Em tempos de conexão digital alargada e de estruturas de comunicação 
cada vez mais acessíveis, que se juntam a plataformas e redes sociais, 
incentiva-se a criação autônoma de conteúdo pelos usuários. Nesse cenário, 
multiplicam-se informações desencontradas, sem o respaldo de instituições de 
pesquisa referenciadas, e materiais que não citam fontes ou são plagiados. 
Precisamos compreender, portanto, a complexidade desse cenário e sua 
irradiação por todas as camadas sociais, e redobrar a atenção sobre nossos 
critérios de avaliação e seleção de materiais digitais que serão utilizados no 
ambiente escolar. Para isso, aprofundaremos este debate no decorrer do 
curso. 
 
1. Principais pilares e conceitos do Ensino Híbrido 
Vamos começar reunindo e aprofundando os fundamentos do Ensino 
Híbrido. Trataremos de sua metodologia, das principais práticas e, 
principalmente, de como selecionar e utilizar os REDs nas atividades desse 
tipo, estimulando cada vez mais uma experiência de ensino e aprendizagem na 
qual o conhecimento se construa numa atmosfera de coletividade, respeito e 
descobertas. 
Como já pusemos em foco neste curso, o Ensino Híbrido é um conjunto 
de metodologias e práticas de ensino e aprendizagem que se completam entre 
 
o universo digital e o presencial, objetivando ao protagonismo dos estudantes. 
De acordo com ​Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação​, livro 
organizado por Lilian Bacich, Adolfo Tanzi Neto e Fernando de Mello Trevisani, 
existem dois principais tipos de aplicação do Ensino Híbrido nas instituições 
públicas e privadas atentas a esse movimento pedagógico transformador do 
século XXI. 
Um deles, o tipo sustentado, mantém um modelo predominantemente 
curricular, inserindo aos poucos as atividades mais inovadoras enquanto 
preserva suas estruturas de divisão de turmas, aulas, em sua maioria, 
expositivas, e espaços tradicionais de interação educacional. As aulas são 
modificadas gradativamente. Pouco a pouco, faz-se uma interação cada vez 
maior com o universo tecnológico por meio de mecanismos digitais e 
presenciais de compartilhamento. O segundo tipo de aplicação de EH, o de 
modelos disruptivos, dá-se de maneira mais estrutural. Nesse caso, a escola 
passa por uma profunda transformação na metodologia ‒ com a proposição de 
projetos em vez de aulas ‒, nas divisões de turma e na estrutura física e 
arquitetônica. 
As duas formas de aplicação do Ensino Híbrido são válidas e 
importantíssimas! Afinal de contas, vale lembrar que a melhor maneira de 
transformar sua aula e sua escola é a contextualização cultural. Para isso é 
preciso levar sempre em consideração a capacidade física, de estrutura 
material e cultural da instituição, assim como a formação gradativa do corpo 
docente. Baseando-se na utilização do Ensino Híbrido para a ampliação da 
aprendizagem e do protagonismo estudantil durante o processo de aquisição e 
compartilhamento de conhecimento, ambas as formas de aplicação 
apresentam um direcionamento político-pedagógico que, de acordo com o livro 
Ensino Híbrido: personalização e tecnologia na educação​, enfatiza: 
● O projeto de vida de cada aluna e aluno, com orientação de um mentor. 
● Valores e competências socioemocionais e de conhecimento. 
● Equilíbrio entre a aprendizagem pessoal e a coletiva, e o respeito ao 
ritmo e ao estilo de aprendizagem de cada um, combinado com as 
 
Metodologias Ativas de grupo, sem a divisão em disciplinas e com a 
integração de tempo, espaços e tecnologias digitais. 
Esses princípios fundamentais para a estruturação de um planejamento 
político-pedagógico que utilize o Ensino Híbrido são formas de garantir que as 
alunas e os alunos possam aprender em partilha ao mesmo tempo em que 
tenham respeitado seu ritmo e um direcionamento aos seus interesses durante 
todo o processo. 
A aula não se caracteriza mais como um momento de pretensa 
transferência de conhecimento de uma professora, ou um professor, para 
vários estudantes durante períodos que vão de 45 minutos a uma hora. Há 
uma reestruturação da prática escolar. O conteúdo a ser ministrado deve ser 
instigante e convidativo. Para isso, é necessário que ele seja territorializado, 
tornando-se simbolicamente mais próximo da cultura local. 
Nessas experiências, são utilizados recursos digitais que passaram por 
um processo de curadoria e seleção e que que possam servir para acrescentar 
possibilidades antes impossíveis. Não se trata apenas de inserir determinada 
ferramenta digital nas experiências de ensino e aprendizagem, mas de ter 
discernimento sobre a intencionalidade pedagógica por detrás de sua 
utilização. Isso amplia as possibilidades de aprendizagem, gerando significação 
e experimentação paralelamente ao aumento de repertório e conscientização 
relacionados ao acesso à informação durante os estudos realizados coletiva ou 
individualmente. 
Até aqui, você viu os princípios do Ensino Híbrido e as formas de implantá-lo 
em suas aulas. Antes de iniciar o próximo tópico, responda à atividade a seguir. 
 
 
 
 
 
1) Com base no que estudamos durante o curso e focados no texto sobre os 
principais pilares e conceitos do Ensino Híbrido, responda: o que é 
indispensável para uma aula que utiliza o Ensino Híbrido? 
a. Trabalhos exclusivamente individuais para que se fortaleça a 
independência e a autonomia de cada aluna e aluno. 
● Incorreta: Embora haja momentos em que as estudantes e os 
estudantes trabalham individualmente, esse procedimento não 
é geral. As aulas potencializadas pelo Ensino Híbrido preservam 
momentos de trabalho individual, em pares e em grupo. Todos 
esses momentos têm resguardado um determinado tempo para 
o compartilhamento com o grupo. 
b. Uso de tecnologia em parceria com atividades presenciais, 
preservando-se o respeito ao ritmo individual de cada estudante e o 
compartilhamento com o grupo a cada etapa. 
● Correta: a expressão Ensino Híbrido já indica a misturade 
práticas apoiadas pelas tecnologias às presenciais. Assim, uma 
aula que utiliza essa metodologia deve atuar nos meios digital e 
presencial. Para além desse fundamento, dentro do Ensino 
Híbrido estão as práticas individuais e coletivas, que atuam 
sempre em conjunto. Dessa forma, preserva-se a construção da 
autonomia em parceria constante com o desenvolvimento 
coletivo do grupo. 
c. Lição de casa em todas as aulas para que, na seguinte, sejam corrigidas. 
● Incorreta: embora haja inúmeros modelos de tarefas e 
atividades dentro das aulas que utilizam Ensino Híbrido, a lição 
de casa não é obrigatória. Mesmo porque, em uma das 
metodologias contempladas nesse curso, a sala de aula 
invertida, as tarefas são feitas em sala com o apoio da 
professora, ou do professor, enquanto o estudo do conteúdo 
expositivo é feito fora da escola com o apoio de ferramentas 
digitais. 
 
d. A utilização da tecnologia de última geração disponível no mercado. 
● Incorreta: embora um dos fundamentos do Ensino Híbrido seja 
justamente a integração entre tecnologia e atividades 
presenciais para o desenvolvimento de experiências de ensino 
e aprendizagem inovadoras, isso não quer dizer que sejamos 
reféns da utilização de determinada tecnologia, ou da mais 
atual. Devemos utilizar aquilo que está ao nosso alcance ‒ 
laboratórios, bibliotecas públicas, espaços dos mais variados, 
assim como seus equipamentos. A melhor aula inovadora é 
aquela que atende às necessidades e expectativas de 
aprendizagem, utilizando aquilo que há à disposição, 
desenvolvendo a autonomia dos estudantes, dos docentes e do 
ambiente escolar como um todo. 
e. A utilização do máximo de recursos possível, sejam eles equipamentos 
ou referências de sites, vídeos etc. 
● Incorreta: como sabemos, a internet está cheia de ótimos 
conteúdos, responsáveis e certificados, mas também de 
conteúdos falsos e irresponsáveis. Por isso é necessário um 
processo de seleção e crítica dos conteúdos a serem abordados 
nas experiências de ensino e aprendizagem. Não precisamos 
utilizar o máximo de recursos possível, mas selecionar com 
racionalidade e organização qual deles vai corresponder às 
nossas expectativas e utilizá-lo de maneira completa. 
 
 
 
 
Livro: ​Aula nota 10 - Guia Prático 
Autor: ​Doug Lemov; tradução de Leda Beck 
Ano: ​2013 
Editora: ​Boa Prosa 
ISBN: ​978-85-64684-23-2 
Resumo:​ ​Aula Nota 10​ é um guia prático de atividades para a sala de aula, um 
livro excelente para quem busca aprimorar suas aulas, mas ainda sente a 
necessidade de dicas e modelos a seguir. Ele foi desenvolvido especialmente 
para conquistar a adesão a seu uso em sala de aula, abordando formas 
práticas de elaboração de desafios e tarefas instigantes que levem os alunos a 
se interessar cada vez mais pelas atividades. Como abordado neste tópico 
acerca do Ensino Híbrido, o livro pode municiar a professora, ou o professor, 
com atividades de aquecimento e finalização das aulas. 
 
2. Critérios de seleção e criação de recursos educacionais 
digitais (REDs) 
 
Como já vimos, a educação do século XXI exige muito mais de docentes 
e estudantes do que apenas a exposição e reprodução de conteúdos 
programáticos. Em um mundo cada vez mais apoiado nas plataformas digitais, 
com possibilidades gigantescas de pesquisa e acesso à informação, a 
educação ‒ e a sociedade como um todo ‒ vive um intenso processo de 
transformação. 
Com base no debate estabelecido desde o início do curso, sabemos que 
as práticas inovadoras da educação passam, cedo ou tarde, pela utilização de 
 
plataformas metodológicas, organizacionais, de hardware e/ou de software. 
Com o decorrer do tempo, esse processo põe em xeque e problematiza 
algumas práticas tradicionais de ensino e aprendizagem, sem, contudo, 
excluí-las. 
Vale lembrar que o melhor recurso digital é aquele que mais bem se 
adapta à sua territorialidade e à cultura do território que ocupa. Para isso é 
importante avaliar cada um deles, considerando suas qualidades e deficiências. 
A ideia é que os REDs contemplem os objetivos de aprendizagem previstos e 
potencializem de tal maneira as aulas que, sem a tecnologia utilizada, a mesma 
atividade não seria possível. 
A intencionalidade pedagógica em torno do uso de tecnologias 
educacionais é fundamental. Trata-se de ampliar as possibilidades de uma 
experiência, alcançando aprendizados mais amplos e, de preferência, com o 
uso de plataformas que dependam da colaboração. Para basear esse 
processo, as professoras e os professores precisam de letramento digital e 
midiático, uma atualização conceitual e prática envolvendo as necessidades de 
um trabalho que conecta o presencial e o digital. O desenvolvimento de um 
olhar crítico é essencial, principalmente quando se fala de REDs. 
Hoje, qualquer pessoa com acesso a um computador, um notebook, um 
tablet ou um celular é capaz de produzir um conteúdo e disponibilizá-lo on-line. 
Por isso devemos ter cuidado redobrado na seleção e na utilização dos 
materiais que podem incrementar nossas experiências de ensino e 
aprendizagem, assim como despertar nas alunas e nos alunos a criticidade e o 
cuidado. 
Uma forma muito utilizada atualmente para selecionar e avaliar 
conteúdos complexos são as rubricas ‒ uma forma de configurar critérios de 
avaliação personalizados ou baseados em resultados para pontuação. De 
acordo com ​Planejamento para a compreensão: alinhando currículo, avaliação 
e ensino por meio da prática do planejamento revers ​o​, livro de ​Grant Wiggins​ e 
Jay McTighe​, as rubricas ​descrevem graus de qualidade, proficiência ou 
compreensão ao longo de um continuum.​ ​"Rubrica é um guia de avaliação 
 
baseado em critérios que consistem de uma escala de medida fixa (4 pontos, 6 
pontos ou o que for apropriado) e de descrições das características para cada 
ponto dessa gradação” (WIGGINS e MCTIGHE, p. 169). 
No contexto pedagógico, as rubricas são usadas principalmente para 
substituir a avaliação clássica, que são baseadas em notas simples, por outra, 
de caráter qualitativo. Essa mesma técnica, empregada na avaliação do 
desempenho dos estudantes, será utilizada aqui para discriminar, descrever 
em partes e classificar os conteúdos digitais. 
O estudo “Modelos de curadoria de recursos educacionais digitais”, 
publicado em 2017 pelo Centro de Inovação para a Educação Brasileira 
(CIEB), define alguns meios fundamentais para seleção, curadoria e criação de 
REDs. Entre eles está o Instrumento de Revisão de Objetos de Aprendizagem, 
conhecido como LORI ​‒ Learning Objects Review Instrument​ (NESBIT, 
BELFER e LEACOCK, 2002). 
A ideia é usarmos o modelo LORI para gerenciar a seleção de REDs a 
serem utilizados em nossas experiências de ensino e aprendizagem. Para a 
observação e a análise crítica dos recursos, ele se baseia em alguns critérios: 
● Qualidade de conteúdo 
● Alinhamento com o objetivo de aprendizagem 
● Feedback ​e adaptação 
● Motivação 
● Design ​de apresentação 
● Usabilidade de interação 
● Acessibilidade 
● Reusabilidade 
● Conformidade com padrões 
No infográfico a seguir, você vai conferir o que prevê cada um desses 
critérios. 
 
 
 
 
Até aqui vimos a importância de avaliar e escolher bem os recursos a 
serem usados em sala, e ferramentas eficazes para fazer isso. Antes de 
passar para o terceiro tópico, responda à atividade que segue. 
 
2)​ Assinale a única alternativa ​falsa​ sobre a importância de avaliar REDs: 
a. A possibilidade de qualquer um produzir e disponibilizar conteúdo on-line é 
incrível do ponto de vista da liberdade de expressão (bilhões de pessoas 
podem ter voz na internet), mas há um risco maior de utilizarmos recursos 
digitais com informações incorretas ou imprecisas, e prejudicarmos a 
aprendizagem das alunas e dos alunos. 
● Esse é realmente nosso contexto atual, ou seja, a sentença é 
verdadeira e estamos buscando a falsa. Quanto maisdemocrático é o acesso à produção de conteúdos na internet, 
mais cuidados devem ser tomados para averiguar se o 
conteúdo disponível é de boa qualidade, com informações 
corretas. 
b. As rubricas são um instrumento de avaliação que podem ser utilizadas para 
a verificação de aprendizagem das alunas e dos alunos e também para 
avaliar a qualidade de um recurso educacional, seja ele digital ou não. 
● Essa é realmente a finalidade das rubricas, ou seja, a sentença é 
verdadeira e estamos buscando a falsa. Conforme citado no 
tópico, ​"rubrica é um guia de avaliação baseado em critérios 
que consistem de uma escala de medida fixa (4 pontos, 6 
pontos ou o que for apropriado) e de descrições das 
características para cada ponto dessa gradação” (WIGGINS e 
MCTIGHE, p. 169). 
c. Os critérios do sistema LORI são um exemplo do que deve ser observado 
em um recurso educacional digital para averiguar sua qualidade e decidir se 
ele é adequado para utilização pelos alunos. 
 
● Essa sentença sobre o sistema LORI é verdadeira, e neste 
exercício estamos buscando a falsa. Existem outros 
instrumentos de avaliação de REDs pelo mundo, e você também 
pode criar o seu! O importante é considerar quais critérios nos 
permitem avaliar a qualidade do RED e se sua utilização trará 
benefícios para a aprendizagem dos alunos. 
d. Se um RED não atender a um dos critérios do sistema LORI, ou se receber 
uma pontuação baixa em um deles, significa que ele é inadequado para 
utilização pelos alunos. 
● Parabéns! Essa sentença ​não​ é verdadeira, e neste exercício 
estávamos procurando justamente por ela! Nem todos os 
critérios do sistema LORI serão aplicáveis a todos os REDs, e 
não há nada de errado nisso. É possível, também, que um RED 
não se saia brilhantemente em todos os critérios. O importante 
é que, com essa avaliação, você tenha condições de saber se 
suas falhas e faltas afetarão a aprendizagem dos alunos. 
e. Nem todos os REDs atenderão a todos os critérios de uma rubrica, e isso 
não significa que ele seja de má qualidade. Por exemplo, o Google 
Documentos é um ótimo RED, mas não atende ao critério “Qualidade de 
conteúdo”, uma vez que é uma ferramenta autoral ‒ cada usuário é 
responsável pela inclusão de conteúdo nela. 
● Essa sentença sobre o uso da rubrica é verdadeira e, neste 
exercício, estamos buscando a falsa.​ ​Existem diversos tipos de 
RED, e o sistema LORI não está adaptado a essas variações. É 
possível que alguns critérios da rubrica, portanto, não se 
apliquem a um RED, mas isso não significa que ele seja ruim ou 
inadequado. Cabe à professora, ou ao professor, identificar se 
suas falhas ou faltas afetarão a aprendizagem dos alunos. 
 
 
3. REDs de criação que podem contribuir para o letramento em 
Língua Portuguesa, Matemática e Ciências 
 
Depois de abordarmos a importância de selecionar bem os REDs a 
serem trabalhados com a turma e de apresentarmos formas de fazer isso, 
vamos tratar de exemplos práticos para que você utilize no dia a dia. Alguns 
REDs contêm os conteúdos curriculares divididos por segmento, ano e 
disciplina ‒ exemplos de ferramentas gratuitas nesse formato são a Khan 
Academy, a Escola Digital e o YouTube Edu. Outros são ferramentas que 
chamamos de autorais, ou REDs de criação, ou seja, recursos que facilitam e 
oferecem novas possibilidades de criação autoral e inédita de conteúdos em 
diferentes formatos. 
As ferramentas Google, que exploramos brevemente durante a 
formação presencial, são ótimos exemplos de REDs de criação, pois permitem 
a criação e o compartilhamento de textos (Google Documentos), 
apresentações em slides (Google Apresentações), tabelas e gráficos (Google 
Planilhas), questionários (Google Formulários) e até mesmo sites com o seu 
jeito (Google Sites). Todas essas ferramentas possibilitam uma interação 
robusta entre os estudantes, que aprimora o processo de ensino e 
aprendizagem. Além de colaborativas e criadas por educadores para 
educadores, elas são gratuitas! Por isso, neste tópico, vamos comentar um 
pouco mais sobre as possibilidades de uso dos REDs de criação. 
 
● Google Documentos 
Nosso primeiro exemplo é o Google Documentos, usado para a edição 
colaborativa de texto. Nessa plataforma você consegue compartilhar um 
documento com vários estudantes ao mesmo tempo. Há dois tipos principais 
de configuração de compartilhamento, a direta ‒ por e-mail (Gmail) ‒ e a 
indireta, via link. 
○ No compartilhamento via e-mail (Gmail) a plataforma dá acesso 
exclusivo ao documento a quem tiver o e-mail inserido. Com isso a 
 
professora, ou o professor, tem acesso completo ao histórico de 
edições, e pode verificar quem fez cada parte do documento, e em que 
momento. 
○ No compartilhamento via link, a plataforma dá acesso a todos os que 
tiverem o endereço (URL) do link do documento. Esse procedimento 
ajuda o compartilhamento rápido, porém, por não requisitar login (via 
e-mail Gmail), não é possível ter o histórico de edições discriminando 
exatamente quem fez cada edição. Quem editar o documento constará 
como anônimo. 
Com essa aplicação, é possível incentivar entre as alunas e os alunos a 
produção coletiva de textos para trabalhos acadêmicos e projetos em 
diferentes formatos, como peças de teatro e outras expressões artísticas. Uma 
possibilidade interessante é os estudantes usarem a ferramenta para analisar 
textos e materiais de outros autores e colegas, registrando suas dúvidas, 
críticas e sugestões no formato de comentário. Os grupos de alunos também 
podem registrar anotações sobre aulas expositivas ou experimentos práticos 
em um mesmo documento, de forma que todos possam se apoiar nas 
anotações e usufruir dos registros para consulta. 
Para a professora, ou o professor, a ferramenta apresenta um recurso 
que poderá auxiliar na correção de textos e trabalhos dos estudantes: é o modo 
de “Sugestão”, que fica no canto superior direito da plataforma. Repare no 
ícone de caneta, logo abaixo do botão azul “Compartilhar”. Ao clicar neste 
botão, aparecerá a seguinte grade de opções: 
 
 
Fonte:​ Printscreen​ de uma funcionalidade da ferramenta Google Documento 
Essas são as possibilidades de interação com o texto. Ao clicar na 
opção “Sugestões”, você pode indicar alterações no texto, sem apagá-las do 
documento. Assim, a estudante, ou o estudante, verá o texto original e sua 
sugestão de maneira discriminada, podendo aceitá-la ou não,além de comentar 
a ação, o que cria um ambiente respeitoso e colaborativo para a correção dos 
textos produzidos. 
Em uma turma de 6º ano, por exemplo, a professora de Língua 
Portuguesa pode utilizar o Google Documentos para trabalhar a produção de 
textos do campo jornalístico-midiático, e desenvolver a habilidade EF69LP08 
(​veja o quadro​). Com base numa pauta inicial, os grupos de alunos definiriam 
como levantar as informações, registrar os fatos descobertos por meio de 
entrevistas e pesquisas, escrever o texto seguindo as características do gênero 
jornalístico (com título, linha fina e lide) e inserir os elementos que 
acompanham uma reportagem (foto com legenda, destaque para a declaração 
de um entrevistado etc.). 
Em uma atividade posterior, um grupo de alunos acessaria a reportagem do 
outro grupo e deixaria comentários com dúvidas, sugestões, elogios etc., de 
forma que todos recebam uma devolutiva de seus pares e possam aprimorar o 
trabalho com base nisso. Por fim, a professora, ou o professor, faria uma 
correção do texto no modo “Sugestões”, marcando as alterações necessárias. 
Assim, os grupos poderiam comparar seu trabalho com o texto original e 
compreender o motivo das mudanças. 
 
 
● Google Formulários 
O Google Formulários é fantástico para utilização em sala de aula. Por 
se tratar de uma ferramenta de questionário, o app foi adaptado pelo time 
educacional da Google para funcionar como uma prova on-line, e com um 
adendo muito importantepara as professoras e os professores: a correção de 
maneira automática! 
Comece com uma atividade bem simples. Essa primeira aplicação, de 
preferência, não deve valer nota. Esse processo ajuda as alunas e os alunos a 
se habituar com a plataforma e previne situações desconfortáveis, no caso de 
haver algum erro durante o processo. 
Vá a seu ​Google Drive​, clique em “Novo”, no canto superior esquerdo, e, 
na sequência, em “Mais”. Todas as ferramentas complementares vão aparecer. 
A primeira delas será o ​Google Formulários​. Clique no ícone ou simplesmente 
abra uma nova aba no navegador e digite o endereço ​forms.new​. 
Lembre-se de que todo formulário ou prova deve começar com um 
cabeçalho. Então, inicie com as perguntas Nome, Série e Turma para 
identificação das estudantes e dos estudantes. Em seguida, basta transferir, 
por exemplo, suas questões de múltipla escolha para a plataforma. Você verá 
um pequeno botão de “+”. Clique nele para adicionar as perguntas. 
Uma professora de Matemática do 6º ano, por exemplo, ao iniciar seu 
trabalho com o objetivo de desenvolver a habilidade EF06MA05 (​veja o quadro 
 
abaixo ​), pode criar uma avaliação diagnóstica. Em uma das perguntas, pode 
inserir uma série de números e solicitar aos alunos que cliquem apenas no que 
é primo. Em outra pergunta, pode pedir que indiquem quais números são 
múltiplos ou divisores de outro etc. 
A plataforma é bem intuitiva. Ao colocar o enunciado de uma questão de 
múltipla escolha, você verá que ela, automaticamente, é configurada para o 
formato que desejamos. Após a inserção das questões, clique na engrenagem 
presente no canto superior direito da tela e depois acione o modelo de prova 
em “Testes” > “Criar teste”. 
A partir de então, em letras azuis abaixo de cada questão, estará escrito 
“Chave de resposta”. Basta clicar e adicionar as respostas certas. Pronto! É só 
deixar a tecnologia Google trabalhar para você e, ao final da atividade, a 
correção de todas as provas simuladas será feita instantaneamente pela 
plataforma. Mais do que a correção, neste mesmo link será possível ver em 
gráficos quantos e quais estudantes acertaram cada questão, em um relatório 
detalhado para o diagnóstico da turma. 
Para que as alunas e os alunos façam a prova simulada, basta clicar em 
“Enviar” ou inserir os e-mails deles ou criar um link de compartilhamento. 
Nesse caso, basta que eles cliquem no link para terem acesso à prova! 
 
● Google Sites 
Outra ferramenta autoral de criação de conteúdo oferecida gratuitamente 
pelo Google é o Google Sites. Com ela é possível desenvolver a própria página 
web, incluindo recursos de texto, foto e vídeo, links para outros materiais ou 
sites disponíveis na internet. Você pode escolher o ​layout ​da página e inserir 
elementos interativos, como textos recolhíveis (blocos de texto que podem ser 
 
escondidos ou expandidos novamente conforme o clique do usuário), e o 
carrossel de imagens (uma série de fotos que são exibidas, uma a uma, 
automaticamente, ou conforme o clique do usuário). 
Essa aplicação foi feita ‒ assim como toda a plataforma Google ‒ com 
base em intenção intuitiva de uso, ou seja, para que não seja necessária uma 
aula de informática para a sua utilização. Ao entrar no site ​sites.google.com​, 
após fazer o login com seu endereço de e-mail do Gmail, observe os ícones e 
explore suas funções. Lembre-se: você está trabalhando na nuvem, ou seja, 
não precisa clicar em “Salvar”. Todas as edições ficam salvas 
automaticamente! Quando estiver com o site pronto, clique em “Publicar”. Você 
pode escolher se deixa o site com acesso público (aberto a qualquer usuário da 
internet) ou restrito apenas a quem tiver o link. 
O Google Sites pode ser utilizado de várias formas por professores e 
alunos. Uma professora, ou um professor, de Ciências do 6º ano, por exemplo, 
pode transformar o conteúdo de uma aula sobre células em um site, 
disponibilizando o conteúdo de maneira gráfica, incluindo referências de outros 
sites, vídeos, podcasts e outros objetos adequados a seus objetivos de 
aprendizagem. 
O site pode ser o material de estudo da sala de aula invertida e, depois 
de estudá-lo em casa, os alunos vão aproveitar o tempo da aula para tirar 
dúvidas, discutir o tema e elaborar um cartaz, uma maquete ou outro produto 
que demonstre seus conhecimentos sobre a organização básica das células e 
sua função nos seres vivos. Essa aula, ou sequência de aulas, possibilitaria o 
desenvolvimento da habilidade EF06CI05 ( ​veja o quadro abaixo​). Outra opção 
é a utilização do Google Sites pelos estudantes para apresentar seus 
conhecimentos nesse formato, compartilhando, assim, conteúdos precisos e de 
qualidade com outras pessoas que estiverem pesquisando sobre o assunto. 
Vale ressaltar, portanto, a importância de buscar fontes seguras e referenciar 
todas as informações que serão disponibilizadas no site, tanto pelo professor 
quanto pelos alunos. 
 
 
● Powtoon 
 
O Powtoon é uma ferramenta muito simples e adequada ao uso em 
contextos educacionais. Trata-se de um software de animação baseado na 
web. Justamente por isso não necessita de instalação de programas nem de 
máquinas de desempenho otimizado. Em outras palavras, ele é feito para que 
qualquer pessoa, em qualquer computador, possa criar apresentações 
animadas, editar vídeos ou imagens estáticas, adicionar trilha sonora ou até 
incluir a voz na animação ‒ nesse caso, a da professora, ou do professor, e 
dos estudantes. 
A plataforma tem uma seção exclusiva para pagantes, mas oferece suas 
principais potencialidades básicas para os usuários de forma gratuita. Os 
vídeos, depois de finalizados, podem ser exportados para o YouTube 
diretamente da plataforma. 
Ao fazer o login, você responde a uma questão objetiva sobre os 
principais propósitos de utilização do Powtoon. Assim, o software consegue 
localizar e disponibilizar conteúdos específicos para o que você procura. No 
módulo gratuito as edições de vídeo e animações em geral devem estar em um 
computador conectado à internet. 
A ferramenta pode ser utilizada pela professora, ou pelo professor, para 
produção de conteúdo voltado para os estudantes ou indicada a eles para a 
criação de apresentações animadas de seus trabalhos. 
Além disso, o Powtoon oferece uma série de ​templates​, modelos de 
apresentações animadas e vídeos. Você pode fazer uma cópia e trabalhar em 
cima deles, otimizando seu tempo e conseguindo ir mais longe em suas 
apresentações logo no primeiro contato com a plataforma. 
Todo o conteúdo deste bloco tem o objetivo de ajudar você, professora, 
você, professor, a desenvolver sua competência em selecionar e criar REDs 
 
que apoiem a aprendizagem das alunas e dos alunos! No podcast a seguir, 
conheça mais sobre os diferentes níveis dessa competência e descubra em 
qual estágio você está neste momento. 
 
Agora, para fechar esse tópico, convidamos você a responder à 
atividade a seguir: 
 
 
3)​ Assinale a única alternativa ​correta​ sobre a utilização de REDs de criação: 
a. O uso do Google Sites depende de um conhecimento de programação por 
parte do professor do ou estudante que deseja utilizar essa ferramenta. 
● Incorreta: o Google Sites tem recursos e estruturas intuitivas 
que permitem a qualquer usuário desenvolver um site com 
título, diferentes seções, textos, imagens e links para outros 
sites. Nenhum conhecimento de programação é necessário para 
criar seu site! 
b. Um formulário criado com o Google Formulários só pode ser preenchido por 
quem tem e-mail Gmail. 
● Incorreta: até é possível exigir que os respondentes de um 
formulário preencham seu e-mail Gmail para enviar as 
respostas, mas esse é um recurso específico que precisa ser 
ativado. Normalmente, qualquer pessoa com acesso ao link do 
formulário pode enviar suas respostas. Se você não quiser que 
elas sejam anônimas, pode inserir uma pergunta obrigatóriapara que os respondentes ponham seu nome completo. 
 
c. Apenas professores youtubers possuem as ferramentas e os equipamentos 
necessários para criar vídeos com os conteúdos de sua disciplina. 
● Incorreta: qualquer professora, ou professor, pode acessar e 
utilizar ferramentas gratuitas, como o Powtoon, que permitem a 
criação e divulgação gratuita de vídeos. 
d. No Google Documentos só há uma forma de interação no texto, a edição. 
Por isso não dá para saber quem fez cada edição. 
● Incorreta: há três formas principais de configuração de 
interação com a plataforma, a Edição ‒ na qual os participantes 
têm livre acesso ao documento; a Sugestão ‒ na qual as 
alterações no documento são postas à parte, e dependem de 
uma aprovação para ser incluídas no texto original; e a 
Visualização ‒ na qual os usuários têm acesso apenas à leitura 
do documento (esse modo pode ser utilizado para 
compartilhamento de algum material didático para os 
estudantes). Além dessas três formas de configuração de 
compartilhamento, há os Comentários, habilitados a partir da 
seleção de um trecho do texto original. 
e. Os REDs de criação são ferramentas autorais que permitem ao usuário 
elaborar, compartilhar e publicar conteúdos de diferentes formatos, como 
slides, formulários e vídeos. Por isso são ferramentas muito importantes 
para a professora, ou o professor, integrar o uso de tecnologias em sala de 
aula de acordo com os objetivos de aprendizagem. 
● Correta: com o acesso a esses REDs de criação, tanto o 
professor quanto os alunos têm liberdade para organizar, 
sintetizar e disseminar informações que sejam relevantes ao 
processo de aprendizagem. 
 
 
 
Filme:​ The First Grader / O aluno 
Ano: ​ 2010 
Elenco: ​Oliver Litondo, Naomie Harris, Lwanda Jawar. 
Sinopse:​ o filme, baseado numa história real, tem como protagonista Kimani 
Ng'ang'a Maruge, um queniano de 84 anos. Para conseguir tornar realidade 
seu sonho de aprender a ler e escrever, ele se matricula em uma escola de 
ensino infantil no interior de seu país. Nessa difícil trajetória, em que se junta a 
alunos de 6 anos de idade, ele ainda precisa lidar com a intransigência da 
comunidade local e até mesmo do governo. 
Ao assistir a esse filme inspirador e emocionante, busque refletir sobre o 
ambiente em que leciona, suas potencialidades e dificuldades técnicas. Veja 
que, em primeiro lugar, há ambientes muito menos privilegiados para o 
desenvolvimento educacional e que, mesmo assim, há pessoas inovando e 
buscando sempre práticas alternativas. Em segundo lugar, reflita acerca de sua 
adaptabilidade. O que você pode fazer com o que há à disposição para ter o 
máximo de impacto possível sobre seus estudantes? 
Como debatemos neste módulo, a melhor tecnologia é aquela que 
melhor se adapta às características culturais e aos aspectos específicos de 
cada território em que se atua. Esperamos, então, que você se inspire nessa 
história incrível para a seleção precisa dos recursos que vai utilizar para 
incrementar suas experiências de ensino e aprendizagem. Lembre-se: sempre 
dá para fazer muito com pouco, e uma ferramenta bem utilizada é melhor do 
que ter acesso a ferramentas de ponta do mercado e não saber como 
adaptá-las à sua realidade. 
 
 
Considerações Finais 
Caro cursista, iniciamos este bloco tratando dos principais pilares e 
conceitos do Ensino Híbrido e de como ele pode ser introduzido em suas aulas. 
Você viu que atividades inovadoras podem ser inseridas aos poucos, 
preservando a estrutura curricular, e também de forma mais estrutural, o que 
envolve uma mudança metodológica profunda na escola como um todo. 
Lembramos que ambos os modelos são válidos e importantíssimos e que cabe 
a cada educadora e a cada educador filtrar suas experiências com a utilização 
de recursos educacionais digitais de acordo com a cultura e o território em que 
atua. Assim, você pode personalizar suas experiências, gerando significado e 
sentimento de pertencimento em todos os envolvidos, e melhorando 
significativamente suas aulas! 
Reforçamos também a importância de saber selecionar REDs e 
citamos formas de fazer isso, por meio de rubricas e do Instrumento de 
Revisão de Objetos de Aprendizagem, ferramenta conhecida como LORI​.​ Esse 
é um entre vários modelos de avaliação por rubricas, mas nós o selecionamos 
por considerar muito boa sua fundamentação teórica. Além disso, ele se 
encaixa nos objetivos deste módulo: propor ao cursista uma experiência crítica 
de avaliação e curadoria dos conteúdos a serem utilizados em sala de aula. 
Por fim, citamos REDs úteis para o trabalho envolvendo o Ensino 
Híbrido nas aulas de Língua Portuguesa, Matemática e Ciências, como as 
ferramentas Google. Gratuitas e de fácil acesso e compartilhamento, elas são 
amplamente reconhecidas e certificadas nos principais meios de classificação 
educativa pelo mundo, e adotadas nas principais faculdades e escolas dos 
Estados Unidos, o que demonstra um alto grau de adaptabilidade e uma busca 
constante pelo feedback​ ​dos usuários visando ao aprimoramento constante da 
ferramenta. 
 
As ferramentas Google para educação foram desenvolvidas por 
educadores para educadores, ou seja, são baseadas no trabalho coletivo e 
constantemente avaliadas e aperfeiçoadas por pessoas da área. Estão entre as 
ferramentas mais confiáveis para o desenvolvimento de experiências 
inovadoras de ensino e aprendizagem no mundo. 
Esperamos que este conteúdo tenha sido proveitoso e que contribua 
para o aprimoramento de sua trajetória. 
Até a próxima! 
 
 
 
Referências 
BACICH, L.; NETO, A. T.; TREVISANI, F. M. (orgs.). ​Ensino Híbrido: 
personalização e tecnologia na educação.​ ​Porto Alegre: Penso, 2015. 
CIEB. ​Notas técnicas #15. ​Autoavaliação de competências digitais de 
professores, 2019. Disponível em: 
http://cieb.net.br/wp-content/uploads/2019/06/CIEB_NotaTecnica15_junho_-20
19.pdf 
CIEB. ​Estudos CIEB #5.​ Modelos de curadoria de recursos educacionais 
digitais, 2017. Disponível em: 
http://cieb.net.br/wp-content/uploads/2019/04/CIEB-Estudos-5-Modelos-de-cura
doria-de-recursos-educacionais-digitais-31-10-17.pdf 
LEACOCK, T. L.; NESBIT, J. C. ​A framework for evaluating the quality of 
multimedia learning resources.​ Educational Technology & Society, 
2007.10(2), pp.44–59. 
MEC. ​Base Nacional Comum Curricular,​ 2018. Disponível em 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofin
al_site.pdf 
WIGGINS​, G; MC​TIGHE​, J. ​Planejamento para a compreensão: ​alinhando 
currículo, avaliação e ensino por meio da prática do planejamento revers​o. 
Porto Alegre: Penso, 2019. 
 
Suporte Google para as ferramentas 
GOOGLE.COM. Google Documentos, 2020. ​Ajuda do Editores de 
Documentos. ​Disponível em: 
https://support.google.com/docs/?hl=pt-BR#topic=1382883 
GOOGLE.COM. Google Forms, 2020. ​Como usar o Formulários Google. 
Disponível em: 
https://support.google.com/docs/answer/6281888?co=GENIE.Platform%3DDes
ktop&hl=pt-BR 
GOOGLE.COM. Google Sites, 2020. ​Ajuda do Sites.​ Disponível em: 
https://support.google.com/sites/?hl=pt#topic=7184580

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