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DO DESEJO DE PROJEÇÃO DO REGIME CAPITULO 3

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CAPÍTULO 3
DO “DESEJO DE PROJEÇÃO” DO REGIME
À DERROTA NO PLEBISCITO DE 1988
· “Após o período de uma limitada abertura política do regime entre 1983 e 1984, 
militares e civis iniciaram uma nova fase de condução da ditadura”. (p. 84).
· “O contexto social e político do Chile após a Jornada de Protestas iniciada em 
1983 contrastava significativamente em relação aos primeiros anos após o golpe”. (p. 84).
· “enquanto muitos pensaram que em 1984 o regime de Pinochet ia cair, o governo tentou contornar todos os movimentos organizados pela oposição numa 
estratégia que associou a repressão e o fim do diálogo ao cronograma da transição proposta pela Constituição de 1980”. (p. 84).
3.1- O Acuerdo Nacional de 1985: a busca do consenso.
· “[...] construção de uma nova etapa política liderada pelos ministros García e Cuadra em contraposição à abertura, a Igreja Católica assumiu um importante protagonismo político entre os partidos de oposição ao governo de Pinochet”. (p. 85).
· “A Igreja católica chilena teve um papel fundamental tanto na luta contra a violação aos direitos humanos cometidos ao longo da ditadura, quanto na revindicação do fim do exílio e do retorno à democracia”. (p. 85).
· “Assim, baseando-se nessa longa ação da Igreja, Fresno [...] propôs a criação de uma nova estratégia para sair do estancamento político e retomar o diálogo da transição entre a oposição e o regime”. (p. 86).
· “[...] A possibilidade do diálogo entre espectros políticos distintos, classificado por Cavallo como um “ambiente de acordo” foi a principal marca do Acuerdo Nacional. (p. 86).
· “Com a missão de elaborar um documento cujo ponto de convergência entre os distintos partidos [...] houve a exclusão de movimentos e partidos tais como o MDP conduzido especialmente pela ala mais radical da esquerda [...]”. (p. 87).
· “A ordem econômica e social” se relaciona diretamente ao contexto após a crise econômica de 1982 e aos protestos subsequentes, assim como às demandas dos movimentos sociais e das lutas dos trabalhadores em relação às reformas laborais”. (p. 88).
· [...] após o impacto do Acuerdo Nacional na imprensa e na opinião pública (nacional e internacional), os políticos que assinaram o acordo passaram os meses seguintes tentando ampliar a adesão e apoio à iniciativa”. (p. 89).
· “A presença do MDP e sua perspectiva de ruptura da ditadura, além de sua política de rejeição ao documento organizado pelo cardeal Fresno, afetou o consenso entre os partidários do MUN [...]”. (p. 92).
· “[...] Os partidos políticos, em especial os que compunham a AD, trabalharam muito ao longo de 1985 para ampliar a adesão política às ideias contidas no documento”. (p. 93).
· “Assim sendo, o outro fator que nos ajuda a compreender a dificuldade em dar continuidade às metas do Acuerdo Nacional foi a total rejeição por parte de Pinochet em dialogar com a oposição sobre o mesmo”. (p. 93).
3.2- As tensões políticas no interior do regime: os dissensos sobre o Acuerdo Nacional
· “[...] Francisco de La Cuadra e Hugo Rosende foi caracterizada pela etapa na qual o governo de Pinochet criara estratégias para conter as propostas sociais de interrupção do governo surgidas com os protestos [...]”. (p. 94).
· “No dia 1º de agosto de 1985 foi anunciada a resolução do ministro Cánovas que comprovou o envolvimento da DICOMCAR e do GOPE no sequestro e assassinato das vítimas do “caso degolados”. (p. 96).
3.3 – “No vamos entregar el poder por puro gusto”: repressão e consagração da 
‘mentalidad 89’.
· A partir de 1986, o que era conhecido como “mentalidad 89” [...] tornou-se uma realidade por meio do esforço político de Pinochet, do trabalho legislativo da Junta de Governo, e da ação dos ministros civis e militares”. (p. 102).
· “Para o governo, na esteira dos tímidos resultados das reformas aplicadas ao neoliberalismo pelo ministro da Fazenda Hernán Büchi, tornou-se imprescindível acelerar as atividades da Comisión de Estudios de las Leyes Orgánicas Constitucionales”. (p. 102).
· “[...] as reivindicações versaram sobre questões econômicas e de interesses setoriais, mas também sobre questões políticas, como o processo de abertura e a violação aos direitos humanos”. (p. 106).
· “O conflito entre a AD e o MDP revelou a multiplicidade de estratégias e projetos dos diversos atores oposicionistas”. (p. 110).
· “[...] o mês de agosto de 1986 trouxe a tona o arsenal de armas montado por um grande esquema organizado pela FPMR”. (p. 110).
· “[...] a relação entre o projeto ditatorial e a personificação desse projeto na figura de Pinochet [...] tornou-se o foco das análises da oposição”. (p. 111).
· “Em relação ao Acuerdo Nacional de 1985 destacou suas contradições e suas propostas vagas, marcadas por uma integração de partidos totalmente distintos cuja aliança era apenas tática e carecia de realismo político”. (p. 112).
3.4- A corrida jurídica e institucional para o plebiscito de 1988.
· “O plebiscito de 1988 tornou-se uma das grandes datas da história contemporânea 
do Chile”. (p. 113).
· “[...] o plebiscito de 1988 não passara de um mecanismo sucessório, o processo histórico chileno da década em questão o transformou num importante ato político”. (p. 114).
· “O Tribunal Constitucional tornou-se um importante espaço de maturação do projeto político da transição democrática chilena”. (p. 114).
· “[...] o projeto de lei sobre os partidos políticos, defendido pela Junta de Governo e por Pinochet, possuía um forte caráter de intervenção do governo na organização partidária [...]”. (p. 117).
· “As “giras nacionales”, somadas ao trabalho legislativo [...] fizeram parte da estratégia da ditadura em conseguir consagrar seu projeto através da afirmação da “mentalidad 89”. (p. 124).
3.5- Organização partidária e campanha eleitoral entre o Sí e o No.
· “[...] através do documento “Convocatoria a uma Tarea Nacional”, o movimento pleiteava pelo restabelecimento das liberdades políticas, pelo fim da censura, pela democratização dos meios de comunicação, e pelo restabelecimento de eleições diretas [...]”. (p. 127).
· “O movimento pelas eleições livres tinha como principal argumento a inexistência das garantias institucionais que possibilitassem transparência aos mecanismos eleitorais que regeriam o plebiscito de 1988 [...]”. (p. 128).
· “A campanha pelas eleições diretas para presidente afetou também a ação dos partidos políticos pró-regime”. (p. 128).
· “A Renovación Nacional englobou movimentos e lideranças com opiniões e ideias muito divergentes, que se revelou na fragilidade dessa coalizão”. (p. 129).
· “O então “processo de aprendizagem” pelo qual passou a oposição consistiu num período de autocrítica e de repensar as estratégias para concretizar o retorno do regime democrático”. (p. 131).
· “A campanha do No organizada pela Concertación destacou a pluralidade partidária, utilizando-se para isso o símbolo do arco íris, propondo dessa maneira o fim da ditadura e o desejo de democracia”. (p. 136).

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