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Morfofisiologia do Estômago

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Estômago 
Embriologia 
	 O estômago começa a se desenvolver na quarta semana de vida embrionária. Ele surge do 
intestino primitivo anterior, de uma porção caudal. A parte mais cranial do intestino anterior 
forma a faringe primitiva, imediatamente abaixo da faringe primitiva a parte média dá origem ao 
esôfago, e a parte mais caudal da origem ao duodeno e estômago.
	 O estômago aparece inicialmente durante a quarta semana como uma dilatação fusiforme 
(anterior e posterior) em plano mediano. Essa dilatação cresce e aumenta sua dilatação, só que a 
dilatação posterior cresce mais que a dilatação anterior. Por isso a parte posterior forma a 
curvatura maior do estômago, e a anterior forma a curvatura menor. 
	 Durante o desenvolvimento do estômago ele faz uma rotação de 90º no sentido horário. 
Supõe-se que isso acontece por conta de seu peso desigual. Tudo que era anterior vai para o lado 
direito e tudo que era posterior vai para o 
lado esquerdo. O que era esquerdo vira 
ventral e o que era direito vira dorsal - por 
isso o nervo vago direito está na porção 
posterior e o esquerdo na porção anterior. 
Além de rodar ele inclina um pouco, a 
porção cranial vai um pouco para baixo e 
a posição caudal vai um pouco para cima, 
como evidenciado na imagem.
	 Enquanto o estômago se 
desenvolve, e as outras vísceras 
abdominais também, ele é fixado pelo 
mesentério. O mesentério é formado por 
um duplo folheto de peritônio. O 
peritônio parietal da parede abdominal 
se une e faz um duplo folheto e passa a 
revestir estruturas abdominais e forma o 
peritônio visceral. Quando ele segue como duplo folheto ele é chamado de mesentério. No 
estômago, chamamos esse mesentério de mesogastro, a parte que se localiza a frente do 
estômago é chamada de mesogastro ventral e atrás é chamada de mesogastro dorsal. 
	 O mesogastro dorsal, quando o estômago gira, ele dobra até que o estômago encosta e 
forma a bolsa omental. A bolsa omental, então, é um espaço virtual que se localiza atras do 
estômago e serve para permitir a movimentação do estômago. Ao se juntar tem um recesso 
inferior, como se fosse uma sobra, que cresce e cobre as estruturas como um avental, o omento 
maior. Esses folhetos se fundem fazendo com que o omento maior tenha quatro folhetos. O 
mesogastro ventral vai virar o omento menor, que vai trazer o fígado para o lado direito.
	 
Histologia 
	 Histologicamente só existem três regiões no estômago: cárdia, fundo/corpo e antro. 
Encontram-se as quatro camadas histológicas: mucosa, submucosa, muscular e serosa. 
	 A camada muscular externa do estômago tem uma subcamada extra: oblíqua, uma 
camada mais interna descontínua presente principalmente na região inicial. Isso acontece porque 
o estômago precisa de grande potência em sua trituração, ele transforma algo sólido (bolo 
alimentar) e em algo líquido/
pastoso (quimo). O plexo 
mioentérico aí continua entre a 
circular e a longitudinal, não muda 
de lugar.
	 Na submucosa encontram-
se vasos sanguíneos, vasos 
linfáticos, e o plexo submucoso. 
Não possui glândulas.
	 Quando o estômago está 
vazio ele apresenta pregas 
longitudinais, ou rugas, que são 
dobras de mucosa e submucosa, 
permitindo que o estômago tenha 
tamanho reduzido quando ele está vazio. Quando o estômago está cheio elas desaparecem e não 
é possível vê-las.
	 O epitélio de revestimento do estômago é o epitélio colunar simples - como todo o 
epitélio do TGI exceto do esôfago. É um epitélio glandular, que contém as glândulas gástricas. As 
glândulas, apesar de serem invaginações do 
epitélio de revestimento, sua localização específica 
é na lâmina própria. As aberturas das glândulas 
são chamadas de fossetas. 
	 O epitélio de revestimento e as fossetas de 
todas as regiões tem o mesmo tipo de células, as 
células mucosas, que são células colunares. 
Essas células produzem muco, rico em mucina e 
também produzem bicarbonato. O HCl produzido 
pelas células gástricas podem lesionar a mucosa 
estomacal, por isso produzem esse bicarbonato 
que fica aderido a parede (porque esse muco é 
bem viscoso) como mecanismo de proteção da 
parede contra a acidez do HCl.
	 Essas células mucosas possuem junções 
oclusivas fortes entre si, que tem como objetivo 
não deixar que substâncias penetrem na mucosa 
do estômago, esse é um outro mecanismo de 
proteção para a defesa da mucosa gástrica. Isso 
evita que substâncias tóxicas que estariam presentes no 
lúmen do estômago penetrem na mucosa. Mas isso acaba 
dificultando muito a absorção estomacal, só é possível 
absorver ácidos graxos de cadeia curta. O álcool 
desestabiliza essas junções e passa paracelularmente, por 
isso é uma das causas de gastrite (perde um mecanismo de 
proteção da parede gástrica). A alta vascularização do 
estômago permite com que ele remova rapidamente 
substâncias tóxicas, o que reduz suas chances de lesão. O 
comprometimento de qualquer um desses diminui as 
defesas da parede, que pode resultar em lesão.
	 A diferença histológica entre esses tecidos é o tipo 
de célula presente na glândula. As glândulas da cárdia são 
simples (pequenas e pouco ramificadas), e compõem-
se de células mucosas e algumas ocasionais e raras 
células parietais (produtoras de HCl e fator intrínseco). 
	 As glândulas de fundo e corpo são altamente 
ramificadas, podendo ter seis glândulas para uma 
única fosseta. As glândulas dessa região são tão 
grandes e profundas que são divididas em três áreas: 
a parte inicial é o istmo, temos também o colo e a 
base. O tipo de célula presente no istmo são células 
mucosas em diferenciação, que tem função de 
substituir as células do epitélio de revestimento em 
cima, existem células tronco presentes no istmo dão 
origem às células que estão em cima, mas também 
podem dar origem a células que estão embaixo. No 
colo é a região onde a maior parte das células 
parietais estão, e tem também as células mucosas do colo, enquanto as células mucosas 
produzem muco viscoso/grudento, essas células produzem um muco fluido, que vai ajudar na 
lubrificação do quimo. Na base tem ocasionais células 
parietais, mas as mais características são as células 
principais (produtora de pepsinogênio e lipase). Na 
base pode-se encontrar células entero-endócrinas 
que fazem parte do sistema endocrino difuso, o que 
significa que o TGI é capaz de produzir hormônios. 
Essas células entero-endocrinas que podem ser 
encontradas na base são as ECL (enterocromafim like), 
ela produz a histamina, importante secreção para 
funcionamento gástrico.
	 A região antro pilórica tem fossetas bem 
profundas com glândulas mais curtas. Nessa região 
não tem células parietais - não pode ter células 
parietais. Existem duas células enteroendócrinas 
muito importantes: as células D e as células G. As 
células G produzem gastrina e as D somatostatina.
	 A célula parietal, ou oxíntica, contém alta 
quantidade de mitocôndrias. Por isso, nas lâminas elas 
aparecem mais eosinofílicas, ou seja, mais rosinhas. Quanto mais mitocôndrias uma célula tem 
mais transporte iônico ela faz. Ela transporta H⁺ e Cl⁻ para o lúmen, que pode se transformar em 
ácido clorídrico. Ela faz isso através da bomba de prótons (bomba hidrogênio potássio ATPase), 
que coloca o H⁺ para o lúmen. Quando ela está em repouso, sua superfície fica menor, e acaba 
não tendo uma área de membrana muito grande, isso faz com que ela não tenha muitos desses 
transportadores em sua superfície, mas dentro da célula ela tem um sistema túbulo vesicular, que 
tem os transportadores em questão. Quando essa célula é ativada, esse sistema tubulo vesicular 
se funde com a membrana, aumentando o tamanho do canalículo e aumentando o tamanho de 
microvilosidades. Isso quer dizer que a produção de HCl é muito diferente em repouso e em 
atividade. Em repouso o pH do estômago pode ser em torno de 5, e em atividade pode ser menor 
que 2. Elas também produzem o fator intrínseco.
	 As células principais ou zimogênicas, tem RER bem desenvolvido, por isso elas 
aparecem mais roxas (marcação basófila)nas lâminas. Elas têm esse nome por que produzem 
enzimas, as enzimas produzidas por elas são o pepsinogênio e a lipase gástrica. 
Fisiologia 
	 A fisiologia do estômago se estuda em duas porções diferentes porque ele é um potente 
secretor que vai ajudar no processo de digestão para formação do quimo. Mas, ele também 
participa da trituração, tendo papel de motilidade. 
	 A célula parietal está em predominância em relação as outras células, então ela tem um 
papel importante na produção de ácido clorídrico, fazendo com que o ambiente do estômago seja 
inóspito, ou seja, estéril. Além disso, uma outra função desse pH baixo é converter o 
pepsinogênio (pró-enzima, ou seja, enzima na sua forma inativa) em pepsina – quanto mais ácido 
o estômago mais rápida é essa conversão. Lembrando que a pepsina quebra proteínas em 
peptídeos, mas não chega a transformar em aminoácidos.
	 A célula parietal como qualquer outra célula tem uma membrana basolateral e outra apical 
– a apical está voltada para o lúmen e a basolateral tem a bomba de sódio/potássio. A bomba de 
sódio/potássio joga sódio para fora e potássio para dentro, se sódio está saindo ele aumenta fora 
da célula e a concentração de potássio fica maior dentro da célula – se sódio está em maior 
concentração fora da célula ele quer entrar na célula e potássio quer sair, então, o potássio 
consegue sair porque ele tem um transportador (sai a favor do gradiente de concentração). 
Quando o potássio vai para o lúmen, ele é captado pela outra bomba, a bomba que troca potássio 
por hidrogênio, mas só troca se o potássio tiver saído. Quando se troca esses dois, o hidrogênio 
vai para o lúmen – esse hidrogênio veio da reação mediada pela anidrase carbônica (gás carbônio 
e água). Se gerou hidrogênio, também gerou bicarbonato, e esse bicarbonato precisa sair 
trocando por cloreto para que haja continuação da produção de hidrogênio – o cloreto entra pela 
membrana basolateral e sai para o lúmen, então se tem tanto cloreto quanto hidrogênio livres no 
lúmen. 
	 Esse transporte acontece o tempo todo na célula, não é necessário um estímulo – desde 
que a bomba de sódio/potássio esteja funcionando esse transporte será contínuo. No entanto, 
com o estímulo, o número de transportador potássio/hidrogênio ATPase é aumentado, havendo 
um maior transporte de hidrogênio. Já o fator intrínseco, para ser liberado precisa de estímulo 
porque ele sai por exocitose. 
	 As células mucosas produzem um muco rico em bicarbonato; as principais secretam 
enzimas, que é a pepsina e a lipase. As células parietais liberam hidrogênio, cloreto e o fator 
intrínseco. Perto das parietais, tem as células ECL, que liberam histamina; distante delas (região 
antro-pilórica) se tem as células G que liberam gastrina. Então, o primeiro momento para 
estimular essas células é na fase cefálica e a fase oral (quando pensa, cheira o alimento é 
cefálica, e, quando sente o gosto é a fase oral já se estimula as células – a informação chega 
através do nervo vago). 
	 É o nervo vago que leva a informação predominantemente para o sistema nervoso 
entérico – dificilmente ele ativa diretamente as células. O sistema nervoso entérico libera a 
acetilcolina para as células mucosas que têm receptores para ela, aumentando a produção de 
muco e bicarbonato. Age também nas principais, parietais, ECL e células G, portanto, todas as 
células respondem ao estímulo de acetilcolina potencializando a sua secreção. 
	 A fase gástrica não precisa obrigatoriamente do nervo vago – o alimento já estimula 
distendendo a parede do estômago que ativa o sistema nervoso entérico que, por sua vez, 
estimula essas células através da liberação da acetilcolina. A acetilcolina é liberada em maior 
quantidade na fase gástrica que na cefálica e oral. 
	 A gastrina estimulada pela acetilcolina (sinalização neural) cai na circulação (sinalização 
endócrina) e aí estimula as células ECL a produzir histamina e as parietais a secretar hidrogênio, 
cloreto e fator intrínseco. 
	 O sistema nervoso entérico também chega na célula G e, os seus terminais nervosos, 
podem liberar não só acetilcolina como também o peptídeo liberador de gastrina. Uma vez que 
a célula é ativada, libera gastrina que cai na circulação, vai até a região de fundo e corpo e 
estimula as células ECL a produzir histamina e as células parietais a secretar hidrogênio, cloreto e 
fator intrínseco. A gastrina tem um efeito trófico nas células ECL – estimula em tamanho e 
número. 
	 A histamina produzida pela célula ECL estimula as células parietais, ela é o maior 
estimulador do ácido, sendo uma sinalização parácrina. 
	 A acetilcolina age através do receptor muscarínico 3 que leva ao aumento de cálcio. A 
gastrina age no receptor CCK2 que também leva ao aumento de cálcio e a histamina tem um 
receptor H2 que leva ao aumento de AMPc – por isso acham que a histamina potencializa mais, 
por utilizar uma outra via. 
	 O feedback negativo é gerado pelas células D – na região antro-pilórica se tem células D 
e células G, mas não tem células parietais, então nessa região não tem produção de ácido 
clorídrico. Portanto, quando o conteúdo ácido chega, as células D são ativadas, inibindo a célula 
G pela somatostatina, diminuindo os níveis de gastrina – sem gastrina se reduz a produção de 
histamina, já tirando a estimulação da célula parietal. 
	 A prostaglandina age sobre receptores acoplados a Gi, então tem um efeito inibitório 
sobre a produção de ácido. O AINE inibe a COX que transporta ácido aracdônico em 
prostaglandina, então, sem a prostaglandina a célula passa a produzir mais ácido que o normal. 
	 O fator intrínseco é importante para a absorção da vitamina B12, sem ele não ocorre a 
absorção. Resumidamente, se tem a ingestão da cobalamina que se liga a uma proteína chamada 
R – não consegue se ligar ao fator intrínseco no estômago porque o pH é muito ácido. No 
intestino, a cobalamina consegue se ligar ao fator, digerindo a proteína R. no íleo terminal, o 
complexo cobalamina-fator intrínseco é reconhecido e, portanto, é absorvido. 
	 A parte de motilidade gástrica se refere ao movimento do estômago, ao músculo. Quando 
se fala de motilidade, existem funções referentes ao estômago: armazenamento de alimento, 
mistura, trituração e propulsão de alimento – o relaxamento receptivo é quando uma parte do 
estômago relaxa para que haja a recepção do alimento. Além disso, o estômago tem uma 
regulação da velocidade de esvaziamento gástrico, mas essa não é uma função do estômago e 
sim do intestino. 
	 Anatomicamente, o estômago é dividido em cárdia, fundo, corpo e antro e, 
histologicamente, em cárdia, fundo/corpo e antro. Fisiologicamente, é dividido em duas 
regiões, região proximal e região distal – a região proximal pega o fundo e grande parte do 
corpo, enquanto que a distal pega um pedaço do corpo e o antro, então são duas regiões em 
que a motilidade é diferente. Na proximal, ocorre um relaxamento receptivo, ou seja, tem 
função de reservatório, armazenamento do alimento, enquanto que a distal tem função de 
triturar, misturar o que era sólido em um componente líquido ou pastoso, o quimo, tendo a 
função, portanto, de bomba antral. 
	 O neurotransmissor liberado na área proximal é o VIP e o óxido nítrico, então o vago 
tem essas fibras para que haja o relaxamento. Enquanto que na área distal, ele tem fibras 
colinérgicas, liberando acetilcolina. 
	 Como que é possível em cada reação existir uma função se elas são formadas de junções 
comunicantes? Isso ocorre porque existe uma reação de marca-passo e, a partir dessa região 
existe um grupo de células que não existiam antes, as chamadas células intersticiais de Cajal, 
que são células diferenciadas de fibroblastos e de músculo liso que são capazes de gerar uma 
auto despolarização. Essas células passam uma onda de despolarização por dentro das fibras, 
fazendo com que as fibras fiquem próximas ao limiar contrátil, então, quando o sistema nervoso 
entérico passa elas se contraem de maneira mais rápida.As células de Cajal geram ondas lentas, então produzem um ritmo elétrico basal – essa 
onda de despolarização muitas vezes está abaixo do limiar de contração, e fica acima quando 
coincide com o estímulo do sistema nervoso entérico. 
	 As células de Cajal servem porque o estômago precisa de uma força de contração muito 
alta para triturar o alimento, então elas facilitam com que haja essa contração – apenas a partir 
delas é que pode existir a contração, por isso que o relaxamento fica só na região proximal. 
	 Se tem o início da contração, tem uma onda que mistura e tritura, até que se gera uma 
onda tão forte que vai abrir o esfíncter pilórico, e, nesse momento, o conteúdo que tiver líquido ou 
pastoso consegue passar para o intestino – o que ainda estiver sólido vai continuar no estômago 
para que seja novamente misturado e triturado (retropropulsão) até ficar pastoso ou líquido. 
	 No período digestivo só passa o que tiver liquido ou pastoso, mas, no período 
interdigestivo – período de jejum – existe um processo de varredura, em que passa uma onda 
abrindo o esfíncter permitindo que passe tudo que não foi digerido para que o estômago fique 
vazio, sendo liberado nas fezes. O complexo migratório mioelétrico é um outro padrão motor 
que acontece somente no período interdigestivo, que faz com que remova tudo que pode não ter 
sido digerido, para que não exista presença de sujeira, permitindo a limpeza do sistema digestório 
– o hormônio responsável por isso é a motilina, que, em jejum, ela é presente, mas, quando se 
está comendo os níveis dela abaixam. 
	 Vômito e ânsia de vômito também são padrões motores, só que patológicos. Os 
fisiológicos são mistura, trituração, retropropulsão, relaxamento receptivo, complexo migratório 
mioelétrico, etc.
	 O vômito e ânsia de vômito são movimentos peristálticos invertidos – o movimento 
peristáltico acontece no sentido aboral (da cabeça ao ânus), já o vômito e ânsia de vômito 
acontecem quando se traz o conteúdo do intestino e estômago para a boca. Se ele passa do 
esfíncter esofagiano superior, é o vômito, mas, se só passar o esfíncter esofagiano inferior é 
apenas a ânsia de vômito. 
	 Toda vez que a onda peristáltica passa, o esfíncter relaxa (mesmo que em sentido 
contrário) e assim o conteúdo consegue passar por ele e chegar até a boca.
	 Uma vez que se estimule o centro do vômito, o evento acontecerá precedido pelo 
aumento da salivação, sudorese, taquicardia, contração da musculatura abdominal, elevação da 
laringe para fechar a epiglote e aí coloca o conteúdo para fora.

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