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03 _GEOGRAFIA

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SOLDADO E BOMBEIRO
POLÍCIA
MILITAR
APOSTILA
PREPARATÓRIA
WWW.FOCUSCONCURSOS.COM.BR
Este produto está licenciado para ALAN FERREIRA - CPF: 06342387958. É vedado a reprodução total ou parcial.
GEOGRAFIA
PROFESSOR
Lauderi Dalbosco
Graduado em Geografi a pela Universidade do Oest e 
do Paraná – UNIOESTE, campus de Francisco Beltrão, 
com Pós-graduação em Ensino de Geografi a pela UNI-
VALE, Professor há mais de 15 anos, atuando desde as 
séries iniciais do ensino Fundamental, Médio, Pré-vest i-
bular e Concursos Públicos, nos Colégios e Cursos Pre-
paratórios do Paraná.
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SUMÁRIO
03
SUMÁRIO
1. ESPAÇO GEOGRÁFICO TERRITÓRIO E PAISAGEM ................................................................................................................07
Do Meio Natural ao Meio Técnico-Científico-Informacional ................................................................................................................................................... 07
Meio Técnico ................................................................................................................................................................................................................................................ 08
Meio Técnico-Científico-Informacional ............................................................................................................................................................................................ 08
Conceitos Importantes da Geografia .................................................................................................................................................................................................. 08
Cartografia: Temática e Sistemática .................................................................................................................................................................................................. 09
2. COORDENADAS GEOGRÁFICAS..................................................................................................................................................... 10
Conceito ......................................................................................................................................................................................................................................................... 10
3. PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS ........................................................................................................................................................ 10
Projeção Cilíndrica .................................................................................................................................................................................................................................... 1 1
Projeção cônica ........................................................................................................................................................................................................................................... 1 1
Projeção plana ou azimutal ................................................................................................................................................................................................................... 12
Curvas de nível ........................................................................................................................................................................................................................................... 12
Escalas ............................................................................................................................................................................................................................................................ 12
4. RELEVO DO BRASIL ............................................................................................................................................................................. 13
Estrutura geológica ................................................................................................................................................................................................................................... 13
Classificações de relevo do Brasil ....................................................................................................................................................................................................... 13
5. CLIMATOLGIA......................................................................................................................................................................................... 14
Tipos de Climas ........................................................................................................................................................................................................................................... 14
Climas do Brasil .......................................................................................................................................................................................................................................... 14
Massas atmosféricas ................................................................................................................................................................................................................................. 1 5
Classificação de Koppen – Geiger ....................................................................................................................................................................................................... 1 5
Biogeografia ................................................................................................................................................................................................................................................. 1 5
Domínios Morfoclimáticos do Brasil .................................................................................................................................................................................................. 16
As faixas de transição .............................................................................................................................................................................................................................. 1 7
6. HIDROGRAFIA DO BRASIL ............................................................................................................................................................. 17
Oceanos e Mares ........................................................................................................................................................................................................................................ 19
7. DEMOGRAFIA ........................................................................................................................................................................................ 20
Teorias Demográficas ............................................................................................................................................................................................................................... 20
Transição Demográfica ............................................................................................................................................................................................................................ 21
População do Brasil ...................................................................................................................................................................................................................................22
8. URBANIZAÇÃO NO MUNDO ............................................................................................................................................................24
Urbanização brasileira ............................................................................................................................................................................................................................ 24
Desigualdades no Processo de Urbanização .................................................................................................................................................................................. 25
Problemas Urbanos ................................................................................................................................................................................................................................... 26
9. MIGRAÇÕES INTERNACIONAIS .....................................................................................................................................................27
Os problemas atuais decorrentes das migrações internacionais .......................................................................................................................................... 27
Brasil – Migrações Internas ................................................................................................................................................................................................................... 28
10. GEOGRAFIA AGRÁRIA .....................................................................................................................................................................29
Intensiva ........................................................................................................................................................................................................................................................ 29
Extensiva ....................................................................................................................................................................................................................................................... 29
Subsistência ................................................................................................................................................................................................................................................ 30
Comercial ..................................................................................................................................................................................................................................................... 30
11. OS SOLOS ................................................................................................................................................................................................ 30
Tipos de Solos .............................................................................................................................................................................................................................................. 30
Produtos Destaques no Brasil ............................................................................................................................................................................................................... 31
A Questão Fundiária no Brasil ............................................................................................................................................................................................................. 32
Pecuária Brasileira .................................................................................................................................................................................................................................... 32
12. GLOBALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO ECONOMICA ENTRE PAÍSES ....................................................................................34
13. BLOCOS ECONÔMICOS .....................................................................................................................................................................35
Zona de Preferência Tarifária ............................................................................................................................................................................................................... 35
Zona de Livre Comércio .......................................................................................................................................................................................................................... 35
União Aduaneira ........................................................................................................................................................................................................................................ 35
Mercado Comum ........................................................................................................................................................................................................................................ 35
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04
SUMÁRIO
União Econômica e Monetária.............................................................................................................................................................................................................. 35
13. O COMÉRCIO MUNDIAL E A EVOLUÇÃO DO CAPITALISMO MUNDIAL ...................................................................36
Origem ............................................................................................................................................................................................................................................................ 36
Primeira Fase: Capitalismo Comercial ............................................................................................................................................................................................ 36
Segunda Fase: Capitalismo Industrial............................................................................................................................................................................................... 36
Terceira Fase: Capitalismo Financeiro ............................................................................................................................................................................................ 36
14. AS DIVISÕES INTERNACIONAIS DO TRABALHO .................................................................................................................37
Primeira DIT ................................................................................................................................................................................................................................................ 37
Segunda DIT ................................................................................................................................................................................................................................................. 37
Terceira DIT ou “Nova DIT” ................................................................................................................................................................................................................... 37
15. PAÍS DESENVOLVIDO, SUBDESENVOLVIDO, CAPITALISMO, SOCIALISMO .............................................................38
Socialismo .....................................................................................................................................................................................................................................................38
O fim do Socialismo ................................................................................................................................................................................................................................... 38
Países Desenvolvidos ................................................................................................................................................................................................................................ 38
Países Subdesenvolvidos ......................................................................................................................................................................................................................... 38
16. FONTES DE ENERGIA .......................................................................................................................................................................39
Conceitos ....................................................................................................................................................................................................................................................... 39
Matriz energética brasileira .................................................................................................................................................................................................................. 39
17. OS GRANDES PROBLEMAS AMBIENTAIS ................................................................................................................................ 41
18. GEOGRAFIA DO PARANÁ ................................................................................................................................................................44
Localização .................................................................................................................................................................................................................................................... 44
Relevo .............................................................................................................................................................................................................................................................. 44
Hidrografia .................................................................................................................................................................................................................................................... 45
Clima ............................................................................................................................................................................................................................................................... 45
Vegetação ....................................................................................................................................................................................................................................................... 46
Aspectos Humanos .................................................................................................................................................................................................................................... 47
Aspectos Econômicos ............................................................................................................................................................................................................................... 47
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CAPÍTULO 01 - Espaço Geográfico Território e Paisagem
05
1. ESPAÇO GEOGRÁFICO 
TERRITÓRIO E PAISAGEM
Um dos principais objetos de estudo da Geografia é 
o espaço geográfico. Pois o mesmo, se constitui na prin-
cipal fonte de informações desta ciência geográfica. Po-
dem haver diferentes abordagens e até mesmo conceitos 
de espaço geográfico, no entanto, de forma geral, enten-
de-se que, espaço geográfico, é o local onde ocorrem as 
relações do homem, com a natureza, é que este espaço 
vai sendo construído ao longo do tempo pela relação das 
sociedades, sendo incorporados as técnicas desenvolvi-
das pela sociedade ao longo do tempo, que vão provocan-
do alterações, transformações neste espaço. Ao estudar 
este espaço, estamos, também observando uma relação 
das técnicas desenvolvidas pelo homem, e que foram 
usadas para transformar o espaço onde foi ocupado pelo 
indivíduo. Por isso, a análise do espaço geográfico de um 
lugar, nos ajuda a compreender as relações sociais, polí-
ticas e econômicas ali desenvolvidas ao longo do tempo. 
É importante salientar que os diferentes níveis de desen-
volvimento, influencia diretamente na transformação do 
espaço geográfico. 
Vejamos o que alguns autores escrevem sobre o es-
paço geográfico:
Há autores, como Richard Hartshorne, que defendem 
que o espaço geográfico é apenas uma construção inte-
lectual, não existindo de fato na sociedade. Seria, nesse 
caso, uma concepção da forma como nós enxergamos a 
realidade no sentido de apreender como acontece a es-
pacialização da sociedade e tudo o que por ela foi cons-
truído.
Já Milton Santos afirma que o espaço geográfico é um 
conjunto de sistemas de objetos e ações, isto é, os itens e 
elementos artificiais e as ações humanas que manejam 
tais instrumentos no sentido de construir e transformar 
o meio, seja ele natural ou social.
Já para os geógrafos humanistas, o conceito de espa-
ço geográfico estaria atrelado à questão subjetiva, cultu-
ral e individual. Nesta concepção, o espaço é o local de 
morada dos seres humanos e, mais do que isso, é o meio 
de vivência onde as pessoas imprimem suas marcas, 
suas relações, proporcionando novas análises à medida 
que a compreensão do mundo modifica-se através das 
técnicas ali empregadas. 
É importante salientarmos que o espaço se recons-
trói constantemente, como exemplo podemos citar, a 
revitalização de uma cidade, a construção de uma rodo-
via onde antes não existia, a construção de uma ponte, a 
agricultura onde havia mata. Observe que na paisagem 
que constitui este espaço geográfico, está impregnada 
aspectos culturais dos indivíduos que ali convivem.
 
Do Meio Natural ao Meio Técnico-
Científico-Informacional
Os seres humanos estão sempre transformando o lo-
cal onde convivem. Esta transformação depende de mui-
tos fatores. Entre estes fatores, estão as técnicas aplica-
das na transformação deste ambiente. Estas técnicas vão 
evoluindo com o passar do tempo, ao mesmo tempo que 
vão sendo empregadas novas alterações. O que a Ciên-
cia geográfica procura fazer, é compreender a maneira 
como estas transformações ocorreram ao longo do tem-
po. Milton Santos, com certeza um dos maiores estudio-
sos do espaço geográfico e suas relações com a socieda-
de, procura dividir esta evolução em três momentos, ou 
meios. Meio Natural, Maio Técnico, Meio Técnico-cientí-
fico- informacional. Vamos conhecer um pouco cada um 
deles, tendo como base os estudos de Milton Santos.
Meio Natural
O meio natural seria o estágio inicial do processo de 
produção das atividades humanas. Nesse longo período 
que marcou o início e a formação das primeiras civili-
zações, bem como o avanço de todas as sociedades pré-
-industriais ou não industrializadas, as práticas sociais 
eram inteiramente dependentes do meio natural.
Nesse sentido, a interferência do ser humano sobre o 
ambiente era de pouco impacto, de forma que era mais a 
natureza que condicionava as práticas econômicas, e não 
o contrário. Dessa maneira, a capacidade de recomposi-
ção da natureza era maior, haja vista que a capacidade 
do homem de ocupar e promover alterações em um am-
plo espaço era relativamente limitada.
Mas isso não impediu que práticasimportantes ainda 
hoje utilizadas fossem desenvolvidas. Assim, várias téc-
nicas agrícolas e também pecuárias foram elaboradas, 
muitas delas ainda vistas como formas de preservar os 
solos, tais como o terraceamento. As técnicas da pecuá-
ria também passaram pelo mesmo ideário.
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06
GEOGRAFIA
Meio Técnico
Com o passar do tempo, as técnicas e os objetos téc-
nicos foram sendo mais bem desenvolvidos à medida 
que o conhecimento humano expandia-se, o que propi-
ciou a formação das bases que consolidaram a ascensão 
do meio técnico, cujo marco principal envolveu as duas 
primeiras revoluções industriais. Com isso, o espaço 
transformou-se em um espaço mecanizado, dotado de 
uma gama cada vez mais ampla de bens artificiais e 
mecanizados, em vez de simplesmente culturais.
Dessa forma, o ser humano ganhou uma renovada 
capacidade de enfrentar e, em alguns casos, de man-
ter certo controle sobre as leis da natureza, com uma 
maior possibilidade de transformá-la em larga escala. 
Tal processo foi operacionalizado pelo emprego de ins-
trumentos, estes, segundo Milton Santos, “já não são 
prolongamentos do seu corpo, mas que representam 
prolongamentos do território, verdadeiras próteses”¹.
Meio Técnico-Científico-Informacional
Atualmente, diz-se que estamos vivenciando não 
mais um meio puramente mecanizado ou tecnicista, 
mas um meio também marcado pela maior presença das 
descobertas científicas e das tecnologias da informação, 
o meio técnico-científico-informacional. Ele represen-
ta, sobretudo, o período que se manifestou de maneira 
mais acabada a partir dos anos 1970 como consequência 
da Terceira Revolução Industrial, também conheci-
da como Revolução Técnico-Científica-Informacional.
O principal marco desse momento é a união entre 
ciência e técnica pautada sob os auspícios do mercado.
 Não que já não houvesse uma aproximação entre as 
produções científicas e as evoluções das técnicas, mas 
somente agora tal inserção encontra-se em um sentido 
de complementaridade, de extensão de uma em relação 
à outra. Nesse ínterim, todo objeto é técnico e informa-
cional ao mesmo tempo, pois carrega em si uma ampla 
estrutura de informações.
Tal avanço permitiu a consolidação do processo 
de globalização, mais bem compreendido como uma 
mundialização da difusão de técnicas e objetos, parâ-
metro que possui a informação como a principal energia 
motora de seu funcionamento. Tal fator proporciona alte-
rações não só do espaço geográfico em si, mas da forma 
como o percebemos e lidamos com ele.
Por fim, e não menos importante, é importante com-
preender que tais transformações não se manifestam 
pelo mundo de maneira homogênea, isto é, não se con-
solidaram em todas as partes do planeta de maneira 
igualitária. Aliás, o desenvolvimento das diferentes téc-
nicas em um número restrito de localidades permitiu o 
avanço das desigualdades e a intensificação das relações 
de dependência política e econômica entre os diferentes 
espaços.
Vimos assim, que a cada meio, estudado acima, mo-
mento em que os seres humano se relacionavam com o 
espaço geográfico, o mesmo vai sendo transformado e vai 
adquirindo características daquele momento, principal-
mente pelo uso da técnica. Isso nos ajuda a compreender 
os grandes impactos no meio ambiente tão estudados até 
hoje, ou de outra forma, os grandes problemas ambien-
tais da atualidade. Compreender esta evolução dos meio 
desenvolvidos por Milton Santos, nos ajuda a entender a 
realidade atual e agir de maneira que possamos resolver 
ou pelo menos minimizar os problemas atuais. 
Conceitos Importantes da Geografia
Território
Território para a Geografia se constitui em um es-
paço geográfico onde se observa uma relação de poder, 
ou seja, é fruto de uma disputa entre diferentes forças. 1 - SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Ed. Hucitec, 1996. p.158.
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CAPÍTULO 01 - Espaço Geográfico Território e Paisagem
07
A concepção mais comum de território (na ciência geo-
gráfica) é a de uma divisão administrativa. Através de 
relações de poder, são criadas fronteiras entre países, 
regiões, estados, municípios, bairros e até mesmo áreas 
de influência de um determinado grupo. Para um dos 
maiores autores da escola de geografia alemã Friedri-
ch Ratzel, o território representa uma porção do espaço 
terrestre identificada pela posse, sendo uma área de do-
mínio de uma comunidade ou Estado. Um exemplo que 
podemos citar, é o território da Palestina, disputado en-
tre Judeus e Árabes. Corresponde um espaço físico, com 
suas características naturais, sociais e políticas, onde se 
observa uma disputa entre diferentes grupos pelo domí-
nio deste espaço. (território)
Dentro desta visão, o conceito de território abrange 
mais que o Estado-Nação. Qualquer espaço definido e 
delimitado por e a partir de relações de poder se ca-
racteriza como território. Uma abordagem geopolítica, 
por exemplo, permite afirmar que um consulado ou uma 
embaixada em diferentes países, seja considerado como 
parte de um território de outra nação.
Por fim podemos afirmar que, o território não se res-
tringe somente às fronteiras entre diferentes países, sen-
do caracterizado pela ideia de posse, domínio e poder, 
correspondendo ao espaço geográfico socializado, apro-
priado para os seus habitantes, independentemente da 
extensão territorial.
Paisagem
Costumamos afirmar que paisagem, é tudo aquilo 
que nossos olhos veem. As paisagem podem ter dife-
rentes significados, dependendo da maneira de como 
a observamos. Desde uma simples observação até uma 
análise mais profunda, as paisagem possuem diferentes 
significados, e podem, representar coisas diferentes para 
quem a observa, tendo como referência a mesma paisa-
gem. Temos diferentes tipos de paisagem, vejamos:
a. Paisagem natural: Corresponde a um es-
paço onde não houve qualquer intervenção dos 
seres humanos. Há o predomínio de aspectos da 
natureza. Exemplo: Floresta intacta. 
b. Paisagem modificada: Corresponde a 
ação de caçadores e de coletores que, mesmo não 
exercendo atividades pastoris ou agrícolas, em 
seus constantes deslocamentos, pode modificar a 
paisagem de modo irreversível, através do fogo, 
derrubadas de árvores etc.
c. Paisagens organizadas: Correspondem 
aquelas que sofreu uma grande alteração pela 
sociedade, mas de forma organizada, não menos 
impactante, mas se observa uma certa organiza-
ção no espaço onde esta paisagem se encontra.
Cartografia: Temática e Sistemática
Cartografia Temática: É usada na elaboração de 
mapas temáticos e cartogramas. São convenções, sím-
bolos e cores usadas para que haja uma melhor compre-
ensão do tema exposto e seu espaço geográfico.
Além de indicar o fenômeno e onde ele ocorre a car-
tografia temática também pode através de símbolos in-
dicar a qualidade, a quantidade e a dinâmica desses fe-
nômeno. Para isso geralmente são usadas linhas, áreas, 
cores e pontos dependendo do assunto tratado. Observe 
o exemplo abaixo:
Já a Cartografia Sistemática, se propões a repre-
sentar aspectos da natureza, ou seja, aspectos físicos, 
como: relevo, hidrografia, clima e vegetação de um de-
terminado local. Para isso, além de se utilizar de técni-
cas modernas que exige interpretação, como imagem de 
satélite, sensoriamento etc.
Exemplo de mapa elaborado na cartografia sistemá-
tica:
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08
GEOGRAFIA
Orientação
No sentido geográfi co, orientação é o mesmo que 
rumo, direção. Portanto, orientar-se signifi ca determi-
nar a nossadireção, ou a posição de um lugar em rela-
ção aos pontos cardeais.
As formas de orientação evoluíram muit o ao longo 
do tempo. No início, os primeiros humanos se utilizavam 
de coisas da natureza como, uma fl orest a, uma monta-
nha, um rio, coisas assim. Com o passar do tempo, e um 
conhecimento maior sobre o universo, os homens pas-
saram a utilizar-se dos ast ros, como o sol, est relas, lua. 
Mais tarde houve o desenvolvimento da bússola, acredi-
ta-se que tenha sido desenvolvido pelos ch ineses, e mais 
tarde o GPS, que se utiliza de informações via satélit e.
A orientação é determinada pelos pontos CARDEAIS, 
COLATERAIS E SUBCOLATERAIS. No entanto, vamos 
antes as denominações utilizadas nos pontos cardeais:
N= Norte, Setentrional, Boreal;
S= Sul, Meridional, Aust ral;
E= Lest e, Oriente(al), Nascente;
W(O)= Oest e, Ocidental, Poente.
Podemos assim, entender a ROSA DOS VENTOS.
 Dica Focus: Observe com muit a 
atenção a indicação do mapa ou carta. A 
direção Norte, ou a indicação do SOL, mas 
atenção para a indicação do Sol da manhã, 
ou tarde.
2. COORDENADAS GEOGRÁFICAS
Conceit o
É o endereço de qualquer ponto da superfície da ter-
ra, em graus, minutos e segundos, fornecido pelas LATI-
TUDES e LONGITUDES.
LATITUDE: Dist ância referente a linha do Equador 
no sentido Norte ou Sul, podendo variar de 0 a 90º Graus 
Norte ou Sul.
As regiões intertropicais, que vão de 0 a 23º27’, po-
dem ser denominadas de baixas latit udes; as regiões 
temperadas, que vão de 23º27’ a 66º33’, de médias la-
tit udes e as polares, que vão de 66º33’ a 90º, regiões de 
altas latit udes.
LONGITUDE: Dist ância referente ao meridiano de 
Greenwich , no sentido Lest e, Oest e, podendo variar de 
0 a 180º Graus. Sempre as Longit udes serão Lest e ou 
Oest e.
 Dica Focus: Atenção para as 
orientações, latit udes (N ou S), Longit udes 
(E ou W). 
3. PROJEÇÕES CARTOGRÁFICAS
 
São ferramentas, técnicas, utilizadas pela Cartogra-
fi a, que tem por objetivo representar a Terra, toda ou 
parte dela. A elaboração de mapa é muit o antiga, e sur-
giu da necessidade dos homens de representar acidentes 
geográfi cos, normalmente, nas novas terras descobertas. 
A forma mais adequada de representar a Terra, é o glo-
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CAPÍTULO 03 - Projeções Cartográfi cas
09
bo terrest re, no entanto, vários inconvenientes como, o 
cust o, a difi culdade de manuseio, bem como a impos-
sibilidade de visualizar toda a terra, levou a elaboração 
de mapas. Surge assim a difi culdade de representar um 
espaço que é curvo em um plano. Para isso, utiliza-se as 
projeções cartográfi cas.
Os tipos de propriedades geométricas que caract eri-
zam as projeções cartográfi cas, em suas relações entre a 
esfera (Terra) e um plano (mapa), são:
a. Conformes – os ângulos são mantidos 
idênticos (na esfera e no plano) e as áreas são de-
formadas.
b. Equivalentes – as áreas apresentam-se 
idênticas e os ângulos deformados.
c. Afi láticas – as áreas e os ângulos apresen-
tam-se deformados
Projeção Cilíndrica
Est a representação é obtida com a projeção da super-
fície terrest re, com os paralelos e os meridianos, sobre 
um cilindro em que o mapa será desenhado. Ao ser de-
senrolado, apresentará sobre uma superfície plana todas 
as informações que para ele foram transferidas. Muit o 
utilizada para a representação do mapa – múndi, além 
de ser utilizada para mapas marítimos e de regiões de 
baixas latit udes, onde as deformações são mínimas.
Temos dois mapas famosos elaborados nest a proje-
ção cilíndrica:
Mercator 
Peters
Projeção cônica
Um cone imaginário em contato com a esfera é a 
base para a elaboração do mapa. Os meridianos formam 
uma rede de linhas retas e os paralelos são curvos. Utili-
zada para representar regiões de médias latit udes. 
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10
GEOGRAFIA
Projeção plana ou azimutal
A projeção azimutal é usada, em geral, para repre-
sentar as regiões polares. Os paralelos são círculos con-
cêntricos e os meridianos são retos, convergindo para os 
polos.
 Dica Focus: Os mapas nos que-
rem dizer muit as coisas, é como se eles 
“escondessem” textos por traz das fi guras, 
desenhos representados. É importante que 
se prest e muit a atenção na hora de ana-
lisar e interpretar um mapa. As legendas 
são um bom caminho para iniciar o traba-
lho de análise e interpretação. 
Curvas de nível
São linhas que unem pontos de igual altit ude num 
mapa, são ch amadas de isoípsas. O principal objetivo 
das curvas de nível, é identifi car tipos de relevo, e assim 
contribuir para uma ocupação mais adequada do espaço 
geográfi co pelo homem.
Principais Caract eríst icas:
- As curvas de nível tendem a ser quase que parale-
las entre si.
- Todos os pontos de uma curva de nível se encon-
tram na mesma elevação.
- Cada curva de nível fech a-se sempre sobre si mes-
ma.
- As curvas de nível nunca se cruzam, podendo se 
tocar em saltos d’água ou despenhadeiros.
- Em regra geral, as curvas de nível cruzam os cursos 
d’água em forma de “V”, com o vértice apontando 
para a nascente.
Escalas
É uma relação matemática entre as dimensões dos 
elementos no desenho, (espaço gráfi co) e no espaço real.
Tipos de Escalas:
GRÁFICA
É a representação gráfi ca da escala numérica sob a 
forma de uma linha graduada, na qual a relação entre 
as dist âncias reais e as representadas nos mapas, car-
tas ou outros documentos cartográfi cos é dada por um 
segmento de reta em que uma unidade medida na reta 
corresponde a uma determinada medida real.
NUMÉRICA
É a escala de um documento cartográfi co (Mapa, Car-
ta ou Planta) expresso por uma fração ou proporção, a 
qual correlaciona a unidade de dist ância do documento 
à dist ância medida na mesma unidade no terreno.
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CAPÍTULO 04 - Relevo
11
 Exemplo: 1:100.000 - Lê-se 1 por 
100.000. 
Signifi ca que 1cm no documento equivale a 100.000 
cm no terreno, ou seja, 1000m ou 1Km.
Quando se conhece a escala numérica pode-se calcu-
lar as dist âncias reais utilizando-se as expressões:
D=d x N N=D / d d=D / N
D=Dist ância real 
d=Dist ância no documento
E=Escala 
Interpretação de Escala:
Comparando os mapas A e B, observamos que há 
maior riqueza de detalhes no mapa B e sua escala é duas 
vezes maior do que no mapa A.
Observe, então, que quanto menor for o denominador 
da escala, maior ela será e mais detalhes ela nos dará.
 Dica Focus: Atenção para a 
interpretação de escala.
4. RELEVO DO BRASIL
Est rutura geológica
Chamam-se est rutura geológica de um local as ro-
ch as que o compõem, que se dispõem em diferentes ca-
madas, que apresentam diferentes tipos e idades e que 
se originaram de diferentes processos geológicos.
O Brasil, possui como caract eríst ica geral da est rutu-
ra geológica, ser:
a. Antiga;
b. Desgast ada;
c. Baixa;
d. Est ável – ausência de tect onismo recente.
A est rutura geológica brasileira é const it uída por es-
cudos crist alinos , que abrangem cerca de 36% do territ ó-
rio nacional. Os terrenos crist alinos podem ser divididos 
entre os que se formaram no período Arqueozóico ( 32%) 
e os que se formaram na era proterozóica ( 4%).
Os terrenos sedimentares ocupam 64% do total do 
país, são de diversas idades, desde a paleozóica ate a ce-
nozóica e apresentam duas riquezas principais: o carvão 
e o petróleo.
Principais bacias sedimentares: 
Era Paleozóica: Paranaica e San- Franciscana
Era Mesozóica: Maranhão-Piauí (Meio Norte ) e Re-
côncavo Baiano.Era Cenozóica: Amazônica, Pantaneira e Lit orânea ( 
Cost eira ).
Classifi cações de relevo do Brasil
Aroldo de Azevedo
É a mais antiga e utilizada , dividindo o Brasil em 
dois planaltos e três planícies. O principal crit ério para 
essa classifi cação foi a altimetria ,pela qual foram con-
siderados planaltos as superfícies com altit udes médias 
superiores a 200 metros e planícies as superfícies com 
altit udes medias inferiores a 200 metros.
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12
GEOGRAFIA
Aziz Ab’ Saber
 
Essa classifi cação baseou-se nos processos de erosão 
e sedimentação para diferenciar planalto de planície . 
Todas as superfícies onde predominam agentes da ero-
são são considerados planaltos , e as superfícies onde 
ocorre a deposição de sedimentos são classifi cadas de 
planície.
Jurandyr Ross
Est a classifi cação é a mais recente , baseada no le-
vantamento realizado pelo projeto Radambrasil , que fo-
tografou cada parte do Brasil através de radar. Dividiu o 
Brasil em 28 unidades de relevo.
5. CLIMATOLGIA
Uma das quest ões mais importantes da Geografi a, 
é saber diferenciar clima e tempo. Por mais que pareça 
não exist ir diferença, é necessário dist inguir o que é 
tempo e o que é clima.
Tempo: ondição atmosférica momentânea, pode mu-
dar rapidamente. Exemplo: Sol- ch uva, quente – frio. Etc.
Clima: é um conjunto de fenômenos meteorológicos 
(elementos), como a ch uva, a temperatura, a pressão at-
mosférica, a umidade e os ventos. Ou, um ambiente at-
mosférico const it uído pela série de est ados da atmosfe-
ra em sua sucessão habit ual. Elementos físicos também 
contribuem com o clima: fatores.
Elementos do Clima 
- Temperatura
- Pressão atmosférica 
- Umidade do ar
- Ventos
- Massas de ar
Fatores do Clima
- Altit ude
-Latit ude
-Correntes marítimas 
-Relevo
-Continentalidade/marit imidade
-Vegetação
- Poluição.
Tipos de Climas
Climas do Brasil
O Brasil tem relativa diversidade climática. Isso se 
deve à dimensão do territ ório, à extensão de sua faixa 
lit orânea, à variação de altit ude e, principalmente, à pre-
sença de diferentes massas de ar que modifi cam as con-
dições de temperatura e umidade das regiões em que 
atuam. 
A posição geográfi ca da maior parte de suas terras, 
em uma zona de baixa latit ude, determina o domínio de 
climas mais quentes. Cerca de 92% do territ ório est á si-
tuado na zona intertropical cujas médias anuais de tem-
peraturas est ão acima de 20ºC.
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CAPÍTULO 05 - Climatologia
13
Massas atmosféricas
Massas de ar
São porções de ar, que possuem caract eríst icas de 
acordo com seu local de origem. Podem ser: Quentes ou 
Frias, Secas ou Úmidas. No Brasil atuam cinco massas 
de ar, como podemos ver no mapa:
Não exist e uma única classifi cação para os climas. 
A classifi cação mais utilizada para os tipos de clima do 
Brasil é baseada no geógrafo Arthur Strahler, que con-
sidera a circulação das massas de ar como o fator mais 
importante para a caract erização climática.
A classifi cação de Arthur Strahler, adaptada ao Bra-
sil, reconhece cinco regiões climáticas, defi nidas pela 
atuação de massas de ar equatorial, tropical e polar.
Basicamente, pode-se dizer que o Brasil tem seis 
domínios climáticos: clima equatorial, tropical, tropical 
semi-árido, lit orâneo, subtropical e tropical de altit ude.
01. Clima Equatorial
 Est á localizado nas proximidades da Linha do 
Equador. Chove regularmente durante o ano todo, e em 
grande quantidade; é bast ante úmido e a temperatura 
varia pouco durante o ano, com média de 26ºC.
02. Clima Tropical
 É o clima que predomina no territ ório brasi-
leiro. Os verões são ch uvosos e os invernos são secos. 
A temperatura nesse clima é alta e não varia muit o 
durante o ano.
03. Clima Semiárido
É o clima das zonas mais secas do interior do nordes-
te, região conhecida como Sertão Nordest ino. Caract eri-
za-se pela baixa umidade e temperaturas elevadas.
04. Clima Tropical Lit orâneo (Atlântico)
Esse clima cobre todo o lit oral do país, desde do Rio 
Grande do Norte até o Paraná. Caract eriza-se pelas tem-
peraturas elevadas e pela alta umidade, devido ao alto 
índice de ch uva. No lit oral do nordest e ocorre ch uvas 
principalmente no inverno.
05. Clima Tropical de Altit ude
É o clima das áreas com altit ude superior a 800 me-
tros na região sudest e. Os verões são quentes e ch uvosos 
e os invernos frios e secos.
06. Clima Subtropical
É o clima das regiões localizadas ao sul do Tropico 
de Capricórnio. A quantidade de ch uva não varia muit o 
durante o ano, mas as temperaturas mudam bast ante.
Classifi cação de Koppen – Geiger
Biogeografi a
A dist ribuição dos biomas terrest res e seus tipos de 
fauna e fl ora est ão ligados diretamente com o clima. 
Desse modo a cada tipo climático corresponde um bio-
ma, marcado por uma cobertura vegetal. O relevo (alti-
tude), as águas continentais ou oceânicas e os solos tam-
bém infl uenciam a dist ribuição dos biomas na superfície 
da Terra.
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GEOGRAFIA
Em relação às formações vegetais, podemos classifi -
ca-las quanto a:
UMIDADE:
Higrófi la – adaptada a grande umidade;
Tropófi la – adaptada a ambientes alternados, um 
período úmido e outro seco;
Xerófi la – adaptada à ambiente seco.
FOLHA:
Latifoliada – folhas largas;
Aciculifoliada – folha em forma de agulha ou pon-
tiaguda;
SAZONALIDADE:
Perenifólia - fl orest a sempre verde, não perdendo 
as folhas em nenhuma est ação.
Decídua - folhas caducas, ou seja, plantas que per-
dem suas folhas em certas épocas do ano (principalmen-
te no inverno).
TAMANHO (PORTE):
Florest al – Árvores altas, mata fech ada;
Arbust ivas – Árvores esparsas, predomínio de ar-
bust os;
Herbáceas – Formações de gramíneas, campos;
OUTROS TERMOS IMPORTANTES:
Coníferas – árvores com aparelho reprodutor em 
forma de cone (pinheiros).
Orófi la – planta adaptada às grandes altit udes.
Vegetação Heterogênea - vegetação const it uída 
de grande variedade de espécies 
Vegetação Homogênea - vegetação const it uída de 
poucas ou de uma única espécie.
Domínios Morfoclimáticos do Brasil
01. Domínio amazônico
É formado por terras baixas: depressões, planícies 
aluviais e planaltos, cobertos pela extensa fl orest a latifo-
liada equatorial Amazônica. É banhado pela Bacia Ama-
zônica, que se dest aca pelo grande potencial hidrelétri-
co, mas não aproveit ado. Apresenta grave problema de 
degradação ambiental, representado pelas queimadas e 
desmatamentos. 
02. Domínio do cerrado
Corresponde à área do Brasil Central e apresenta 
extensos ch apadões e ch apadas, com domínio do clima 
tropical semi úmido e vegetação do cerrado. A vegetação 
do cerrado é formada por arbust os com troncos e ga-
lhos retorcidos, recobertos por casca grossa. Os solos são 
pobres e ácidos, mas com a utilização do método da ca-
lagem, colocando-se calcário no solo, est ão sendo apro-
veit ados pelo setor agrícola, transformando-se na nova 
fronteira da agricultura, representada pela expansão do 
cultivo da soja, feijão, arroz e outros produtos.
Nesse domínio est ão as áreas dispersoras da Bacia do 
Paraná, do Paraguai, do Tocantins, do Madeira e outros 
rios dest acáveis.
03. Domínio dos mares de morros
Esse domínio acompanha a faixa lit orânea do Brasil 
desde o Nordest e até o Sul do País. Caract eriza-se pelo 
relevo com topografi a em “meia laranja”, mamelonares 
ou mares de morros, formados pela intensa ação erosiva 
na est rutura crist alina das Serras do Mar, da Mantiquei-ra e do Espinhaço. Apresenta predominantemente cli-
ma tropical quente e úmido, caract erizado pela fl orest a 
latifoliada tropical, que, na encost a da Serra do Mar, é 
conhecida como Mata Atlântica. Essa paisagem sofreu 
grande degradação em consequência da forte ocupação 
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CAPÍTULO 06 - Hidrografi a do Brasil
15
humana. Além do desmatamento, esse domínio sofre in-
tenso processo erosivo (relevo acidentado e clima úmido), 
com deslizamentos frequentes e formação de voçorocas.
04. Domínio da caatinga
Corresponde à região da depressão sertaneja nordes-
tina, com clima quente e semiárido e típica vegetação de 
caatinga formada por cact áceas, bromeliáceas e árvores. 
Dest aca-se o extrativismo vegetal de fi bras, como o ca-
roá, o sisal e a piaçava. A bacia do São Francisco atraves-
sa o domínio da caatinga e tem dest aque pelo aprovei-
tamento hidrelétrico e pelos projetos de irrigação no seu 
vale, onde a produção de frutas (melão, manga, goiaba, 
uva) tem apresentado expansão. A tradicional ocupação 
da caatinga é a pecuária extensiva de corte, com baixo 
aproveit amento. No domínio da caatinga, aparecem os 
inselbergs, ou morros residuais, resultantes do processo 
de pediplanação em clima semiárido.
05. Domínio da araucária
É o domínio que ocupa o planalto da Bacia do Rio Pa-
raná, onde o clima subtropical est á associado às médias 
altit udes, entre800 e 1300 metros. Nesse domínio apare-
cem áreas com manch as de terra roxa, como no Paraná. 
A fl orest a de araucária também é conhecida como 
Mata dos Pinhais; é homogênea, aciculifoliada e tem 
grande aproveit amento de madeira e erva-mate. A in-
tensa ocupação agrária (café, soja) desse domínio é a res-
ponsável pela devast ação dessa fl orest a.
06. Domínio das pradarias
Domínio representado pelo Pampa, ou Campanha 
Gaúch a, onde o relevo é baixo, com suaves ondulações 
(coxilhas) e coberto pela vegetação herbácea das prada-
rias (campos). 
A ocupação econômica desse domínio tem-se efe-
tuado pela pecuária extensiva de corte, com gado tipo 
europeu, obtendo altos rendimentos e pela rizicultura 
irrigada.
As faixas de transição
Na passagem de um domínio para outro aparecem 
áreas onde é possível perceber a exist ência de duas ou 
mais paisagens diferentes que compõem um espaço di-
ferenciado e muit o representativo. São as faixas de tran-
sição e delas se pode dest acar: 
No Nordest e
Os manguezais na zona cost eira;
O agrest e entre a zona da mata e o sertão;
A mata dos cocais no meio-norte entre a caatinga e a 
fl orest a Amazônica.
No Sul
Zona de transição das pradarias, sit uado entre os do-
mínios da Araucária e das pradarias.
No Centro-oest e
- O Pantanal
6. HIDROGRAFIA DO BRASIL 
O Brasil é considerado o país mais rico do mundo 
em água doce, os rios são volumosos e em sua maioria, 
perenes ou seja nunca secam. 
Bacia hidrográfi ca é defi nido como uma região so-
bre a terra que faz toda a drenagem das águas de pre-
cipit ações para um ponto fi xo, sempre dos pontos mais 
altos para os pontos mais baixos.
Os rios como parte integrante de uma bacia hi-
drográfi ca é compost o em sua maioria por água doce e 
pode ser classifi cado de diversas formas, afl uente é a 
denominação dada para os rios menores que desaguam 
em rios principais o local exato onde o rio desagua é 
ch amado de foz, a foz de um rio pode ser classifi cada da 
seguintes maneiras:
FOZ TIPO ESTUÁRIO: É aquela que apresenta um 
único canal para desaguar e não exist e nenhum obst á-
culo nest e processo.
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16
GEOGRAFIA
FOZ DO TIPO DELTA: Geralmente são vários ca-
nais entre pequenas ilhas que são formadas de forma 
natural ou por sedimentos transportados pelas aguas do 
rio.
FOZ DO TIPO MISTA OU COMPLEXA: É aquela 
que apresenta os dois tipos de foz anterior no mesmo 
local ou seja foz tipo delta e foz est uário, como por exem-
plo o rio Amazonas, no Brasil.
No Brasil o tipo de foz predominante nos rios são as 
do tipo est uário, com algumas poucas exceções que é o 
caso do dela do Parnaíba, sit uado entre o maranhão e o 
Piauí. O rio Amazonas é considerado o principal rio bra-
sileiro est e possui foz mist a (em delta e est uário). 
A hidrografi a dos rios no Brasil predominam-se em 
rios de planaltos ou seja em relevo com superfície mais 
elevadas.
O Brasil possui sete bacias hidrográfi cas no entanto 
quatro delas se dest acam por sua extensão e pela im-
portância dos seus rios principais :a Amazônica ,a plati-
na ,a do São Francisco e a do Tocantins-Araguaia.
 
BACIA AMAZÔNICA: É a maior bacia hidrográfi ca 
do mundo também é muit o rica em volume de água des-
te modo resulta em um grande potencial de produção 
de energia elétrica essa bacia abrange vários est ados 
brasileiros (Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Gros-
so, Pará e Amapá), além de países vizinhos (Peru, Co-
lômbia, Equador, Venezuela, Guiana e Bolívia)
BACIA PLATINA: Se diferencia das demais por se 
const it uir de mais três bacias secundarias:
Bacia Paraná: É considerada a segunda a maior ba-
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CAPÍTULO 06 - Hidrografia do Brasil
17
cia hidroelétrica do país, seu rio principal é o Paraná 
nele estão localizadas várias hidroelétricas dentre elas 
a usina de Itaipu uma das maiores do mundo que só é 
superada pela usina de Três Gargantas.
BACIA PARAGUAI: É a maior bacia essencialmen-
te de planície, seu principal rio é o Paraguai drena o 
Pantanal mato-grossense.
BACIA URUGUAI: Se caracteriza por ter seu rio 
principal (Uruguai) sendo menor da bacia Platina. Pos-
sui suas nascentes na Serra Geral, através da conflu-
ência dos Rios Canoas e Pelotas. É um rio de planalto, 
com grande potencial hidráulico, mas no entanto, pouco 
explorado.
BACIA DO TOCANTINS-ARAGUAIA: Está lo-
calizada no centro norte do Brasil e por esse motivo é 
considerada a bacia inteiramente brasileira, em seu rio 
principal, o Tocantins, foi construída a hidrelétrica de 
Tucuruí que abastece grande parte da região norte, e 
também o projeto Grande Carajás, de exploração de mi-
nérios no Pará.
BACIA SÃO FRANCISCO: Possui suas nascentes 
em Minas Gerais, na Serra da Canastra. É um Rio de 
Planalto, portanto possui grande potencial hidráulico. 
Seu rio principal o São Francisco, é de extrema impor-
tância para a população que residem em seu percurso 
pois é navegável entre Minas Gerais e Bahia. Em seu 
curso, vem se desenvolvendo o Projeto de Transposição, 
Que tem como objetivo levar águas às regiões do semi-
árido nordestino.
Oceanos e Mares
A área do conhecimento que se propõe a estudar os 
oceanos e mares é denominado de oceanografia. Tanto 
os mares como os oceanos possuem uma grande impor-
tância no biosfera. 
 Em uma concepção ambiental, os oceanos e mares, 
contribui na composição e equilíbrio climático, uma vez 
que os oceanos abrigam seres (fitoplanctons) que são 
responsáveis pela produção de grande parte do oxigênio 
do planeta e também por reter calor em períodos maio-
res que os continentes, denominado de maritimidade.
Em uma visão mais humana e econômica, os oceanos 
e mares exerceram e ainda exercem grande importância 
no que se refere às estratégias militares e comerciais, a 
exportação, a pesca, o turismo e muitos outros.
Por isso que, países que não dispõe de um litoral per-
manecem dependentes de outras nações para escoar sua 
produção destinada à exportação e receber as importa-
ções, isso faz parte da realidade de países como Afega-
nistão, Áustria, Suíça, Paraguai e Bolívia.
Conceitos: 
Oceanos correspondem a grandesporções de água 
salgada que se encontram dispersas sobre grande parte 
da superfície terrestre. Temos, Oceano Atlântico, Pacífico 
e Índico. Alguns autores acrescentam ainda os oceanos 
Glaciar Ártico e Antártico. 
Já os mares são porções menores de água salgada e 
podem ser classificados em:
a. Abertos ou Costeiros – Possuem ampla 
ligação com os oceanos. Exemplo: Mar do Japão, 
Mar do Caribe, Mar da China etc.
b. Interiores ou Mediterrâneos –Possuem 
ligação com os oceanos, através de estreitos ou 
canais. Exemplo: Mar Mediterrâneo, Mar Verme-
lho, Mar Negro etc.
c. Fechados ou Isolados –Não possuem li-
gação visível com os oceanos. Exemplo: Mar de 
Aral, Mar Cáspio, Mar morto.
Os mares não possuem uma homogeneidade quanto 
à sua composição física no espaço geográfico. 
Mar Territorial
Correspondem a porção de águas que se encontram 
próximo ao litoral de um país. Estas águas, ou as por-
ções destas águas estão divididas em: águas interiores, 
mar territorial, zona contígua, zona econômica exclu-
siva, plataforma continental, etc., e são regulados pela 
Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar 
(CNUDM), celebrada em 1982 em Montego Bay, Jamaica, 
como resultado da Terceira Conferência das Nações Uni-
das sobre o Direito do Mar (Nova York, 1973-1982) e que 
constitui o mais recente esforço de codificação do direito 
internacional que regula os oceanos. Vamos conhecer 
um pouco sobre cada uma destas porções. 
Águas Interiores: 
É todo conjunto de porções líquidas encontradas no 
interior de um arquipélago, como mar interior, lagos, 
rios, águas subterrâneas etc. 
Mar territorial: 
Corresponde a uma faixa de águas costeiras que al-
cança 12 milhas marítimas (22 quilómetros) a partir do 
litoral de um Estado que são consideradas parte do ter-
ritório soberano daquele Estado. A largura do mar terri-
torial é contada a partir da linha de base, isto é, a linha 
de baixa-mar ao longo da costa, tal como indicada nas 
cartas marítimas de grande escala reconhecidas oficial-
mente pelo Estado costeiro.
Nesta porção de águas, o país exerce todo o direito 
estendido a sua porção continental e a suas águas inte-
riores. Qualquer embarcação, deve ter autorização para 
navegar nesta porção, bem como o reconhecimento da 
Marinha Mercante do país que possui posse neste es-
paço. 
Zona contígua: 
Nesta área a, CNUDM ( Conselho das Nações Unidas 
sobre o Direito do Mar), permite que o Estado costeiro, 
comprovando a necessidade, mantenha sob seu controle 
uma área de até 12 milhas marítimas, adicionalmente às 
12 milhas do mar territorial, para o propósito de evitar 
ou reprimir as infracções às suas leis e regulamentos 
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GEOGRAFIA
aduaneiros, fiscais, de imigração, sanitários ou de outra 
natureza no seu território ou mar territorial.
Zona Econômica Exclusiva (ZEE): 
A ZEE é uma faixa de água que começa no limite ex-
terior do mar territorial de um Estado costeiro e termina 
a uma distância de 200 milhas marítimas (370 km) do 
litoral (exceto se o limite exterior for mais próximo de 
outro Estado) na qual o Estado costeiro dispõe de direitos 
especiais sobre a exploração e uso de recursos marinhos.
Nesta Zona Econômica Exclusiva o país detém o di-
reito de: 
a. Direitos de soberania para fins de explora-
ção e aproveitamento, conservação e gestão dos 
recursos naturais, vivos ou não vivos das águas 
sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e 
seu subsolo, e no que se refere a outras atividades 
com vista à exploração e aproveitamento da zona 
para fins económicos, como a produção de ener-
gia a partir da água, das correntes e dos ventos;
b. Jurisdição, de conformidade com as dispo-
sições pertinentes da presente convenção, no que 
se refere a:
I. colocação e utilização de ilhas artificiais, 
instalações e estruturas;
II. investigação cientifica marinha;
III. proteção e preservação do meio marinho.
Plataforma Continental Jurídica (legal):
Segundo a CNUDM, “a plataforma continental de um 
Estado costeiro compreende o leito e o subsolo das áreas 
submarinas que se estendem além do seu mar territo-
rial, em toda a extensão do prolongamento natural do 
seu território terrestre, até ao bordo exterior da margem 
continental, ou até uma distância de 200 milhas marí-
timas das linhas de base a partir das quais se mede a 
largura do mar territorial, nos casos em que o bordo ex-
terior da margem continental não atinja essa distância.”
Alto Mar ou Águas Internacionais: 
Corresponde as águas que estão além da Zona Eco-
nômica Exclusiva. De maneira geral, alto-mar é o con-
junto das zonas marítimas que não se encontram sob 
jurisdição de nenhum Estado. Nos termos do direito do 
mar, qualquer reivindicação de soberania sobre tais zo-
nas, da parte de um Estado, é ilegítima.
No alto-mar ou Águas Internacionais, vigora o prin-
cípio da “liberdade do alto-mar”: são livres a navegação, 
o sobrevoo, a pesca, a pesquisa científica, a instalação 
de cabos e a construção de ilhas artificiais. Outro prin-
cípio de direito do mar aplicável ao alto-mar é o do uso 
pacífico.
A única jurisdição aplicável a um navio em alto-mar 
é a do Estado cuja bandeira a embarcação arvora. Tais 
Estados têm a obrigação, quanto aos seus navios de ban-
deira, em alto-mar, prevista pela Convenção das Nações 
Unidas sobre o Direito do Mar, de: 
a. tomar as medidas necessárias à preservação 
da segurança da navegação (condições de nave-
gabilidade dos navios, qualificação da tripulação 
etc.),
b. exigir dos capitães dos navios que prestem 
assistência a pessoas em perigo.
c. impedir o transporte de escravos,
d. impedir a pirataria, 
e. impedir o tráfico de drogas.
7. DEMOGRAFIA
A demografia é a área do conhecimento que se preo-
cupa em estudar o comportamento, as transformações e 
a dinâmica geral da população, utilizando-se principal-
mente de elementos estatísticos e pesquisas qualitativas. 
Esse ramo do saber em muito se aproxima à Geografia 
da População, que, da mesma forma, também se preocu-
pa com as dinâmicas populacionais, enfatizando as ques-
tões sociais relacionadas ao espaço geográfico.
A população é definida como o número de pessoas 
que habita um determinado território ou região. Dessa 
forma, os seus ciclos de crescimento, seu nível médio de 
renda, sua distribuição, entre outros fatores, são de fun-
damental importância para a compreensão do funciona-
mento dos diversos aspectos do espaço social.
Um dos elementos demográficos mais estudados pela 
Geografia da População e pela Demografia é o índice de 
crescimento populacional. O crescimento acelerado ou 
desacelerado das populações é algo constantemente 
debatido e teorizado por especialistas e teóricos dessas 
áreas do saber. Precisar com detalhes o funcionamento 
desse fator é importante para o planejamento de políti-
cas públicas e ações sociais.
O principal órgão brasileiro de pesquisa sobre a po-
pulação é o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 
o IBGE. Esse organismo realiza a cada dez anos o Cen-
so Demográfico, uma importante e abrangente forma 
de quantificar estatisticamente os mais diversos dados 
e informações, envolvendo desde a renda e a saúde da 
população até a sua preferência religiosa.
Teorias Demográficas
São estudos elaborados com o objetivo de conhecer 
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CAPÍTULO 07 - Demografia
19
as transformações que ocorreram e ocorrem nas popula-
ções, bem como, a utilização dos recursos naturais dispo-
níveis para a sobrevivência da espécie humana.
A formulação destas teorias, se deve a necessidade 
de se entender a dinâmica sobre a população mundial 
ou local, e hoje servemde base para o estudo e a com-
preensão do tema, mesmo que algumas destas teorias, 
já foram constatadas como ultrapassadas ou incorretas. 
Vamos conhecer um pouco sobre cada uma delas.
Teoria Malthusiana ou Malthusianismo:
 Formulada por, Thomas Robert Malthus (1766-1834), 
economista liberal e historiador inglês, elaborou ao final 
do século XVIII uma teoria populacional que apontava 
para o desequilíbrio existente entre os crescimentos 
demográficos e a disponibilidade de recursos na Terra. 
Em seu livro Ensaio sobre o princípio da população, ele 
afirmava categoricamente que o planeta, em pouco tem-
po, não seria capaz de atender ao número de habitantes 
existentes.
De acordo com a Teoria Malthusiana, as populações 
aceleravam sempre o seu ritmo de crescimento, que se-
guia a linha de uma progressão geométrica (1, 2, 4, 8, 16, 
32, 64, 128, 256, …), enquanto a disponibilidade de recur-
sos e de alimentos aumentaria conforme uma progressão 
aritmética (1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, …), sendo menor, portanto. 
Malthus previa um futuro catastrófico para a população, 
pois para ao mesmo não haveria alimentos para atender 
as necessidades da crescente população. Como solução, 
Malthus apontava para o controle moral da população. 
Em virtude de sua filiação religiosa, ele era contra a ado-
ção de qualquer tipo de método contraceptivo, dizendo 
que os casais só deveriam procriar caso houvesse con-
dições para sustentar seus filhos. Além disso, Malthus 
também dizia que os trabalhadores mais pobres deve-
riam apenas receber o mínimo para o seu sustento, pois 
acreditava que a melhoria nas condições sociais elevaria 
ainda mais o número de nascimentos.
Podemos constatar que Malthus errou em subesti-
mar os avanços tecnológicos nos processos de produção, 
que fizeram com que a oferta de recursos e alimentos se 
ampliasse muito acima do previsto. Apesar que a teoria 
foi elaboradas com base nas perspectiva da época. 
Observa-se atualmente que a tendência é que as 
sociedades mais desenvolvidas gerem menos filhos, ao 
contrário do que o economista inglês imaginava.
Teoria Neomalthusiana ou Pessimista:
Com o fima da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), 
ocorreu o que muitos autores chamam de “explosão de-
mográfica”, por que os principais países desenvolvidos 
do mundo tiveram um aumento rápido e repentino de 
sua população. Da mesma forma, nos anos seguintes, 
muitos países subdesenvolvidos (incluindo o Brasil) pas-
saram pelo mesmo processo, sobretudo porque nesses 
países, com históricos de altas natalidades e mortalida-
des, o número de óbitos foi reduzido e a expectativa de 
vida, elevada, principalmente pelas melhorias nas condi-
ções medico-sanitárias. 
Com este grande crescimento da população ass te-
orias de Malthus ganharam um novo eco entre muitos 
pensadores e governantes. Para os Neomalthusianos, as 
populações, sobretudo as de baixa renda, deveriam ter 
os seus índices de natalidade controlados. Para isso, a 
difusão dos métodos contraceptivos tornou-se funda-
mental. Em alguns países, como China e Índia, gover-
nos adotaram medidas de esterilização em massa sobre 
pessoas pobres, além de distribuírem anticoncepcionais 
gratuitamente e promover campanhas de conscientiza-
ção. Difundem-se, até os dias atuais, muitas campanhas 
ou imagens publicitárias com o modelo ideal de família 
formado pelos pais e dois filhos apenas.
Teoria Reformista, Otimista ou Marxista
Muitas críticas foram feitas a teoria Malthusiana. 
Malthus, em várias ocasiões foi acusado de disseminar 
os ideais capitalistas, ao afirmar que a miséria, a pobre-
za não só eram necessárias, como serviriam para pro-
mover o controle de natalidade para a época. A Teoria 
Reformista, surge em um momento de crítica ao sistema 
vigente na época, e possui base Socialista, que também 
surgiu como uma opção ao Capitalismo reinante neste 
período. 
O socialista utópico do século XIX, Pierre-Joseph 
Proudhon, afirmava: “Há somente um homem excedente 
na Terra: Malthus”. E nessa mesma linha seguiam muitos 
teóricos que acreditavam que a desigualdade na rela-
ção entre recursos naturais, alimentos e o crescimento 
populacional não estava no número de habitantes, mas 
na distribuição de renda. Em geral, muitas dessas ideias 
aproximavam-se dos ideais defendidos por Karl Marx, 
sendo então relacionadas com o que se chamou de Teo-
ria Marxista ou Reformista da população.
Por fim, para essa concepção, não é o “controle moral” 
da população o necessário para combater a ocorrência 
da fome e da miséria, mas a adoção de políticas sociais 
de combate à pobreza, com a aplicação de leis trabalhis-
tas que assegurem a melhoria na distribuição da renda 
do trabalhador. 
Transição Demográfica
A transição demográfica, é uma concepção que afir-
ma que todos os países passam por diferentes estágio 
em seu crescimento populacional. Este crescimento, bem 
como a transição demográfica, tem a haver diretamen-
te com as taxas de natalidade e taxas de mortalidades. 
Afirma também que todos os países passam por estes 
estágios cedo ou tarde. 
A Transição demográfica afirma que no primeiro es-
tágio, o crescimento vegetativo é baixo, pois as taxas de 
natalidade são altas, mas as taxas de mortalidade tam-
bém são altas. Já no segundo estágio, ocorre um grande 
crescimento demográfico, pois as taxas de natalidade são 
altas e ocorre uma queda acentuada das taxas de mor-
talidade, ocorrendo assim um grande crescimento da 
população ou também chamado crescimento vegetativo. 
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GEOGRAFIA
No terceiro est ágio, ocorre uma redução do crescimento 
populacional, pois as taxas de natalidade também come-
çam a cair. Portanto temos uma baixa taxa de natalidade 
e baixa taxa de mortalidade. Já é possível, na atualida-
de, observarmos um quarto est ágio na transição demo-
gráfi ca, onde as taxas de natalidade continuam baixas, 
e ocorre uma elevação das taxas de mortalidade, pelo 
envelhecimento da população. Observa-se est a sit uação 
já em alguns países europeus como a França, Itália etc. 
No caso do Brasil, est amos passando do segundo est ágio 
para o terceiro est ágio da transição demográfi ca. É pos-
sível imaginar que daqui a algumas décadas, possivel-
mente iremos atingir o quarto est ágio. É importante sa-
lientar que não há, períodos est áticos de transição de um 
est ágio para outro, depende das caract eríst icas sociais e 
econômicas de cada país. Por isso que, ao entendermos 
o processo de transição demográfi ca, nos ajuda a refl e-
tir sobre o envelhecimento da população e consequen-
temente nos permit e uma análise sobre a previdência 
social dos países. Por isso, vamos conhecer um pouco 
sobre a população brasileira no capit ulo a seguir.
População do Brasil
 
Segundo os dados do Censo Demográfi co de 2010, 
realizado pelo Inst it uto Brasileiro de Geografi a e Est atís-
tica (IBGE), a população total do Brasil era de aproxima-
damente 190.755.799 habit antes. Em 2015, est e número 
já é superior a 200.000.000 de habit antes. Esse elevado 
contingente populacional coloca o país entre os mais po-
pulosos do mundo. O Brasil ocupa hoje o quinto lugar 
dentre os mais populosos, sendo superado somente pela 
China (1,3 bilhão), Índia (1,1 bilhão), Est ados Unidos (314 
milhões) e Indonésia (229 milhões).
A dist ribuição da população brasileira é irregular, 
isso se deve a fatores hist óricos e econômicos ligados a 
ocupação do Brasil e a sua posição econômica hist órica 
voltada ao mercado externo. Percebemos assim, que a 
maior concentração populacional encontra-se respec-
tivamente no Sudest e, Nordest e, Sul, Centro-Oest e e 
Norte. O centro-Oest e e Norte do país, vem recebendo 
nos últimos anos grandes contingentes populacional, em 
face do grande números deprojetos de desenvolvimento 
econômicos, como a const rução de hidrelétricas, rodo-
vias, ferrovias etc. Mas, ainda comparada com o Sudest e, 
Nordest e e Sul, a densidade demográfi ca dest a região e 
do Centro-Oest e é bast ante baixa. 
Vejamos o mapa abaixo:
É importante reforçarmos a ideia que a dist ribui-
ção da população est á relacionada a maneira de como 
o Brasil teve sua evolução hist órica e econômica, est a 
evolução se refl ete na maneira de como a população se 
dist ribui e nos ajuda a entender, quais as áreas que mais 
vem atraindo contingentes populacionais na atualidade.
Vamos tratar um pouco sobre o crescimento da po-
pulação brasileira.
Nos últimos anos, apesar de ter se est abilizado a po-
pulação brasileira teve um certo crescimento, e vai, de 
forma mais lenta, ainda crescer, est ima-se que até o ano 
de 2025 o Brasil terá quase 250 milhões de habit antes, 
possivelmente melhor dist ribuída do que podemos ob-
servar no mapa acima.
Para podermos falar de crescimento populacional é 
preciso saber um conceit o: o de crescimento vegetativo.
Crescimento vegetativo: é a diferença entre a taxa de 
natalidade e a taxa de mortalidade.
Est e conceit o, nos permit e entender se uma popula-
ção est á em fase de crescimento, de est abilização ou já 
est á em uma fase de decréscimo de sua população.
Vamos observar o mapa abaixo: 
É importante lembrar, antes de mais nada, que a imi-
gração contribuiu para o crescimento da população, mas 
não foi e não é o fator principal dest e crescimento.
O nosso maior crescimento populacional teve início 
a partir de 1930, quando iniciou-se no Brasil o proces-
so de indust rialização e urbanização que trouxe muit as 
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CAPÍTULO 07 - Demografi a
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mudanças que ajudaram a infl uenciar no nosso cresci-
mento. Até então, o Brasil era um país agrário, com po-
pulação predominantemente vivendo no campo. 
Já nos anos 50, o lado urbano do Brasil começou a 
crescer. Muit as pessoas começaram a deixar os campos 
para trabalhar nas cidades, principalmente nas regiões 
sudest e, onde a indust rialização era muit o ativa, e na 
região centro-oest e, com a const rução de Brasília, que 
atraiu muit os trabalhadores. 
A urbanização melhorou muit o a vida dos brasileiros. 
Nas cidades havia uma melhor condição de vida (higiene 
e saúde, água tratada, serviços de vacinação, de sanea-
mento básico, como consequência a taxa de mortalidade 
diminuiu bast ante.
Com a queda nas taxas de mortalidade, houve um 
grande crescimento da população, já que as taxas de na-
talidade continuaram altas.
As novas condições de vida nas cidades e a revolu-
ção no campo da medicina, bem como o melhor acesso 
das pessoas a novos medicamentos, provocaram um alto 
crescimento vegetativo da população.
Os anos 60 foram marcados por uma revolução nos 
cost umes, não só por causa da pílula, que diminuiu mui-
to a taxa de natalidade, mas também outros fatores como 
a vida na cidade e a entrada da mulher no mercado de 
trabalho ajudaram muit o a reduzir esse índice de cres-
cimento. 
Na atualidade, as famílias não são mais tão nume-
rosas, principalmente nas zonas urbanas. O controle da 
natalidade de forma espontânea, est á se tornando hábit o 
até mesmo nas camadas mais pobres. Sem contar que 
nas décadas seguintes, as sucessivas crises econômicas, 
também contribuíram para que as famílias repensassem 
o número de fi lhos que queriam ter. 
As melhorias nas condições sociais e econômicas não 
são homogêneas, e não melhoraram as condições de vida 
de todas as pessoas. É possível ver no Brasil uma grande 
desigualdade social, não entre as regiões, mas também 
entre as pessoas dentro de uma mesma região. Podemos 
observar isso, pela expect ativa de vida do indivíduo. 
Há muit a diferença entre a expect ativa de vida dos 
sulist as e dos nordest inos. Os dados afi rmam que no sul, 
as pessoas vivem mais do que no nordest e.
A mortalidade infantil também é alta no nordest e, 
just amente por causa da precária assist ência médica, 
principalmente com as mulheres grávidas, e as próprias 
condições de miséria que vive grande parte do povo nor-
dest ino. Mas vamos conhecer um pouco mais sobre os 
indicadores sociais e econômicos.
Indicadores Sociais e Econômicos
Os indicadores sociais e econômicos, são meios uti-
lizados para classifi car os países como sendo: Ricos (de-
senvolvidos), Em Desenvolvimento (economia emergen-
te) ou Pobres (subdesenvolvidos). Tendo isso por base, 
organizações internacionais avaliam os países seguindo 
alguns crit érios:
Expect ativa de vida - É a média de anos de vida 
de uma pessoa em determinado país. Ela depende de vá-
rios fatores, entre eles podemos cit ar: alimentação, ren-
da, educação, saúde, saneamento básico, qualidade de 
vida em geral. Quanto melhores forem est es elementos, 
maior será a expect ativa de vida. 
Observe o gráfi co a seguir. 
• Taxa de mortalidade - Corresponde ao número 
de pessoas que vem a óbit o durante o ano. 
• Taxa de mortalidade infantil - Corresponde ao 
número de crianças que morrem antes de completar 1 
ano. Segundo a ONU, quanto maior a mortalidade infan-
til, piores os indicadores socioeconômicos. 
• Taxa de analfabetismo - Corresponde ao percen-
tual de pessoas que não sabem ler e nem escrever. 
• Renda Nacional Bruta (RNB) per capit a, basea-
da na paridade de poder de compra dos habit antes.
• Saúde - Refere-se à qualidade da saúde da popu-
lação, bem como o acesso que a mesma tem a saúde de 
qualidade. 
• Alimentação - Refere-se à alimentação mínima 
que uma pessoa necessit a, cerca de 2.500 calorias, e se 
essa alimentação é balanceada. É importante cit ar, que 
nem sempre se avalia a quantidade, que também é im-
portante sem dúvida, mas acima de tudo a qualidade da 
alimentação. 
• Condições médico-sanit árias – Representa o 
acesso que as pessoas tema saneamento básico. 
• Qualidade de vida e acesso ao consumo - Est á 
relacionado ao número de carros, de computadores, tele-
visores, celulares, acesso à internet entre outros. 
Vários dest es it ens, como saúde, educação e renda, 
serão base para a análise do IDH. Est e índice é utiliza-
do pela ONU, para classifi car os países dentro de um 
ranking que é divulgado em períodos como forma de 
ch amar a atenção dos governantes sobre a necessidade 
de se tomar providências sobre os maiores problemas 
que atingem a população.
O IDH é um indicador que varia de 0 a 1.0. Quanto 
mais próximo de 1.0, melhores são as condições dos it ens 
cit ados acima. Quanto mais próximo de 0, piores serão 
est es it ens e consequentemente as condições de vida da 
população analisada será pior. Vejamos o gráfi co abaixo 
a evolução do IDH brasileiro de 1980 a 2012, para que 
possamos ter ima ideia de como ele evoluiu. 
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GEOGRAFIA
O índice 1 não foi alcançado por nenhum país do 
mundo, pois tal índice iria signifi car que determinado 
país apresenta uma realidade quase que perfeit a, por 
exemplo, uma elevada renda per capit a, expect ativa de 
vida de 90 anos e assim por diante.
Também é bom ressaltar que não exist e nenhum país 
do mundo com índice 0, pois se isso ocorresse era o mes-
mo que apresentar, por exemplo, taxas de analfabetismo 
de 100% e todos os outros indicadores em níveis desas-
trosos.
Na atualidade o Brasil, possui um IDH acima de 
0.800, o que representa um IDH alto, por mais que isso 
não signifi ca que as condições reais do país sejam repre-
sentadas como sendo boas. Por isso, que o IDH, é crit ica-
do por alguns economist as, pois os mesmos afi rmam que 
ele apenas traz dados parciais pois trabalha com médias, 
e não são

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