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02 HISTÓRIA - APOSTILA POLÍCIA MILITAR DO PARANÁ - PMPR - FOCUS 2016

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SOLDADO E BOMBEIRO
POLÍCIA
MILITAR
APOSTILA
PREPARATÓRIA
WWW.FOCUSCONCURSOS.COM.BR
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HISTÓRIA
PROFESSOR
Rodrigo Eduardo Donin
Graduado em Hist ória pela Universidade Parana-
ense - UNIPAR, Campus Cascavel. Tem experiência na 
área de Hist ória, com ênfase em Hist ória do Brasil e 
Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: 
representações de poder, política, hist ória política, me-
mória e hist ória, lugares de memória, imprensa, discur-
so e manipulação. Professor de Hist ória e Atualidades 
FOCUS CONCURSOS com experiência em níveis de En-
sino Fundamental, Médio, Pré-vest ibular, ENEM e Con-
cursos Públicos em Toledo e Cascavel. Atua, desde 2010, 
como professor das disciplinas de Hist ória, Filosofi a, So-
ciologia, Ciências Humanas; desde de 2012 na disciplina 
de Atualidades e Educação Financeira a partir de 2015, 
além de Cursos Preparatórios.
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SUMÁRIO
03
SUMÁRIO
1. BRASIL IMPÉRIO – ASCENSÃO E QUEDA .................................................................................................................................05
Introdução ..................................................................................................................................................................................................................................................... 05
O Reinado no Brasil .................................................................................................................................................................................................................................. 05
A Constituição de 1824 ............................................................................................................................................................................................................................ 05
Questões Gabaritadas .............................................................................................................................................................................................................................. 08
2. REPÚBLICA VELHA, DA ESPADA A CRISE DAS OLIGARQUIAS E DO CAFÉ, 1889 – 1930 .................................. 09
Introdução ..................................................................................................................................................................................................................................................... 09
A República da Espada, 1889 – 1894 ................................................................................................................................................................................................... 10
A República Oligárquica, 1894 – 1930 ............................................................................................................................................................................................... 1 1
Movimentos Sociais Urbanos ................................................................................................................................................................................................................ 12
Movimentos Sociais Rurais .................................................................................................................................................................................................................... 12
Movimentos Militares .............................................................................................................................................................................................................................. 13
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 14
3.A ERA VARGAS ........................................................................................................................................................................................ 16
Introdução: Contexto Internacional.................................................................................................................................................................................................... 16
A Revolução de 30 e a Era Vargas ..................................................................................................................................................................................................... 16
O estopim da Revolução .......................................................................................................................................................................................................................... 1 7
O Governo Provisório, 1930 – 1934 ...................................................................................................................................................................................................... 1 7
A Paz Social .................................................................................................................................................................................................................................................. 1 7
Criação do Conselho do Café ................................................................................................................................................................................................................. 18
A diversificação da Produção Agrícola e a Indústria ................................................................................................................................................................. 18
O Governo Constitucional, 1934 – 1937 .............................................................................................................................................................................................. 18
O Estado Novo, 1937 – 1945 ..................................................................................................................................................................................................................... 19
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 19
4. O FIM DO ESTADO NOVO E A REDEMOCRATIZAÇÃO DO BRASIL, 1945 ..................................................................... 21
Introdução ..................................................................................................................................................................................................................................................... 21
O Governo Dutra, 1946 – 1950 ............................................................................................................................................................................................................... 22
O 2º Governo Vargas, 1950 – 1954 (data do suicídio) .................................................................................................................................................................... 22
A Queda e o Suicídio de Vargas ........................................................................................................................................................................................................... 22
O Governo JK, 1956 – 1960...................................................................................................................................................................................................................... 23
O Governo Jan-Jan: Jânio Quadros, UDN, e João Goulart (Jango), PTB, 1960-60 .............................................................................................................. 23
O governo Jango, 1961 – 63, e o Parlamentarismo ........................................................................................................................................................................ 23
Questões Gabaritadas .............................................................................................................................................................................................................................. 24
5. O GOVERNO DO REGIME MILITAR, 1964 – 1985......................................................................................................................25
Introdução ..................................................................................................................................................................................................................................................... 25
O Governo Castelo Branco, 1964 – 67 ................................................................................................................................................................................................. 26
O Governo Costa e Silva e o Enrijecimento da ‘Ditadura’ ......................................................................................................................................................... 26
O Governo Médici, 1969 – 1974 ............................................................................................................................................................................................................. 27
O Governo Geisel, 1974 – 1979 ............................................................................................................................................................................................................... 27
O Governo Figueiredo, 1979 – 1985 ..................................................................................................................................................................................................... 28
Questões Gabaritadas .............................................................................................................................................................................................................................. 28
6. O FIM DO REGIME MILITAR ........................................................................................................................................................... 30
Introdução ..................................................................................................................................................................................................................................................... 30
Governo Sarney, 1985 – 1989 .................................................................................................................................................................................................................. 30
O Governo Collor, 1989 – 1992 ............................................................................................................................................................................................................... 31
Governo Itamar Franco ........................................................................................................................................................................................................................... 31
Era FHC, 1994 – 2002 ................................................................................................................................................................................................................................ 31
A Era Lula, 2003 – 2010 ........................................................................................................................................................................................................................... 32
Questões Gabaritadas .............................................................................................................................................................................................................................. 32
7. HISTÓRIA DO PARANÁ .....................................................................................................................................................................34
Introdução ..................................................................................................................................................................................................................................................... 34
Ocupação e desenvolvimento ................................................................................................................................................................................................................ 34
O Paraná Província e Estado ................................................................................................................................................................................................................. 35
Questões Gabaritadas .............................................................................................................................................................................................................................. 36
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CAPÍTULO 01 - Brasil Império – Ascensão e Queda 
05
1. BRASIL IMPÉRIO – ASCENSÃO E 
QUEDA 
Introdução
De acordo com a historiografia brasileira, o período 
designado de Império no Brasil teve início com a decla-
ração de Independência por D. Pedro I, filho de D. João 
VI que acabara de retornar a Portugal pelo fim da do-
minação Napoleônica. Ao exato dia de 7 de Setembro de 
1822, portanto, as elites coloniais brasileiras interessadas 
em não retornar a condição do Brasil à Colônia impul-
sionam o processo de rompimento com a antiga Metró-
pole, Portugal. Os territórios do então Império do Brasil 
compreendiam parte dos territórios do atual país além 
da faixa do atual Uruguai. De antiga Colônia e sede do 
governo Monárquico Português entre 1808 e 1821, o Bra-
sil agora desmembrado irá coroar o Imperador D. Pedro 
I e garantir a legitimidade dos interesses das elites, bem 
como, da continuidade das características monocultoras, 
latifundiárias e baseadas no trabalho escravo que mar-
caram o período de abastecimento de matérias-primas e 
produtos manufaturados o comércio exterior.
É nesse sentido, que atentamos ao fato de que o Bra-
sil apresenta certas peculiaridades em relação aos outros 
Estados da América Latina. O Brasil, enquanto Império, 
mantém sua mesma estrutura de dominação política e 
de produção econômica, o mercado agroexportador e o 
sistema Monárquico de Governo. Com exceção do Bra-
sil e do México, outros países da América se constitui-
riam por diversas Repúblicas, casos como Argentina, 
Paraguai, Chile, Bolívia, etc. No que confere ao trabalho 
escravo, particularidade também do Brasil seria a manu-
tenção da escravatura até a assinatura da Lei Áurea em 
13 de maio de 1888, caso esse excepcional se comparado 
a precoce abolição do trabalho escravo em toda a Amé-
rica Latina.
O Período designado de Brasil Império irá compre-
ender, portanto, 3 fases políticas distintas: a fase do go-verno de D. Pedro I (1822 – 1831); uma fase intermediá-
ria de Regência, quando se governa em nome de uma 
autoridade ou Monarca, marcada por disputas de poder 
entre as principais facções políticas do país (1831 – 1840); 
e uma fase mais extensa marcada pelo governo de D. Pe-
dro II, coroado antecipadamente aos 14 anos pelo Golpe 
da Maioridade articulado entre as elites do país (1840 – 
1889); findando apenas com a Proclamação da República 
por um novo golpe militar em 15 de novembro.
O Reinado no Brasil
É comum na análise política do Brasil Independente 
a consolidação dos interesses políticos e econômicos de 
maneira relativamente distinta do conturbado momento 
que enfrentara a América Latina, marcada por conflitos, 
fragmentação política, movimentos armados e que de-
ram origem a Repúblicas retalhadas por um mapa dis-
forme e heterogêneo.
Nesse sentido, não faltam argumentos de historiado-
res que já defenderam (e ainda defendem) que a inde-
pendência do Brasil foi fácil. Longe de adentrarmos ao 
polêmico assunto, é fato que o Brasil manteve sua uni-
dade territorial em torno do Rio de Janeiro através de 
uma breve resistência portuguesa vencida em poucos 
anos e sem muitos esforços. Inclusive, tornou-se impor-
tante nesse processo à participação, mesmo indireta, da 
mediação da Inglaterra entre Portugal e Brasil. No fim 
das contas, o Brasil ainda fora obrigado a pagar uma in-
denização à antiga Metrópole pela perda dos territórios 
coloniais. A indenização, claro, fora resultado de um pa-
gamento de 2 milhões de libras esterlinas, empréstimo 
que a Inglaterra ficara contente em aprovar para o Bra-
sil. Defende-se que esse valor foi a origem da primeira 
dívida externa brasileira.
Os primeiros anos da Independência foram marca-
dos por um período de bastante incertezas e divergên-
cias políticas no país. Haviam se formado grupos com 
diferentes interesses que, por ora, apoiaram o governo 
de D. Pedro, ora se colocavam como contrários às medi-
das tomadas na discussão da 1ª constituição que o Brasil 
terá enquanto Império.
Nesse sentido seriam importantes os diferentes inte-
resses políticos e as primeiras ideologias que irão conso-
lidar o que chamamos de “Partidos Políticos”. Agrupados 
em uma polarização radical, esses partidos teriam fun-
damental interferência na elaboração e no início dos tra-
balhos da Constituinte em maio de 1823, representando 
o Partido Conservador e Liberal.
Os conservadores representavam o grupo minori-
tário. Composto por portugueses de diferentes grupos 
defendiam a manutenção do poder e a centralização po-
lítica na figura do Imperador. Por constituir uma classe 
de origem aristocrática, tinham interesses e privilégios a 
defender e estavam mais próximos do sistema burocrá-
tico e da administração do Reinado.
Os liberais, no entanto, formavam outro grupo com 
diferentes interesses, principalmente pelas atribuições 
no campo do Executivo e do Legislativo. Composto em 
sua maioria por brasileiros, os liberais adotavam uma 
postura mais moderada, sem afastar-se da Monarquia 
constitucional, mas defendendo um poder mais autôno-
mo, descentralizado nas Províncias, sem a interferência 
do Imperador nas questões Legislativas, não podendo 
dissolver a Câmara dos Deputados. Mesmo o futuro tutor 
de D. Pedro II e Primeiro-Ministro do 1° Reinado, José 
Bonifácio, pressionado por conservadores e liberais e 
pela incerteza da futura vida política do país. Esse pri-
meiro projeto defendido pelos Liberais, traria a Consti-
tuinte um modelo inspirado nos interesses dos grandes 
produtores de terra, a chamada Constituição da Man-
dioca. Esta Constituição consistia em permitir apenas 
aos maiores produtores de terra o acesso ao voto, con-
cedendo apenas aos que obtivessem uma determinada 
produção anual o direito a escolha de representantes na 
Câmara dos Deputados.
A Constituição de 1824
A primeira Constituição do Império, no entanto, se-
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06
HISTÓRIA
ria marcada pela distinta centralização política, tão de-
fendida pelos setores mais conservadores. D. Pedro na 
abertura da Constituinte deu uma prévia do que estava 
por acontecer: jurou defender a Constituição, “desde que 
fosse digna do Brasil e dele próprio”. Isso indica a dispo-
sição de manter próximo o interesse da classe aristocrá-
tica portuguesa no Brasil e comprar briga diretamente 
com os setores mais liberais, os latifundiários. Reflexo 
disso foram às contradições do Imperador, de tendên-
cias liberais (apoiou o rompimento com a Monarquia 
Portuguesa), mas práticas autoritárias, reflexo de um 
governo ainda colonial, voltado à práticas mercantilistas 
e ao Absolutismo Monárquico. A Constituição outorgada 
em 1824 foi o melhor exemplo do autoritarismo de um 
governante, que fechou o Congresso Nacional, cancelou 
a Constituinte, rasgou uma constituição (a da Mandioca 
proposta em 1823 pelos latifundiários) e decretou o Po-
der Moderador, àquele que definia intervenção quando 
lhe interessasse em determinados assuntos. Resultado: 
foi obrigado a abdicar ao trono, deixar o filho com ape-
nas 4 anos no poder, retomar o trono em Portugal afe-
tado por problemas dinásticos e abrir precedentes para 
a crise política, apenas solucionada com a ascensão ao 
trono do futuro d. Pedro II.
Esses fatos levam a crer os historiadores que a figura 
do Imperador apresentasse distintas marcas de contra-
dições. Foi um Imperador de tendências liberais (apoiou 
o rompimento com a Monarquia Portuguesa), mas com 
práticas autoritárias, reflexos de um período de habili-
dades de governo ainda voltadas ao sistema colonial, às 
práticas mercantilistas e ao Absolutismo Monárquico. A 
Constituição outorgada em 1824 foi o melhor exemplo do 
autoritarismo de um governante, que fechou o Congres-
so Nacional, cancelou a Constituinte, rasgou uma consti-
tuição (a da Mandioca proposta em 1823 pelos latifundi-
ários) e decretou o Poder Moderador, àquele que definia 
intervenção quando lhe interessasse em determinados 
assuntos. Resultado: foi obrigado a abdicar ao trono, dei-
xar o filho com apenas 4 anos no poder, retomar o trono 
em Portugal afetado por problemas dinásticos e abrir 
precedentes para a crise política, apenas solucionada 
com a ascensão ao trono do futuro d. Pedro II.
A constituição de 1824 foi determinante até o final do 
Império no Brasil. Através dela definiu-se um governo 
Monárquico, hereditário e constitucional. Seria formada 
uma nobreza através de títulos e concessões, portanto, 
ausente uma aristocracia real de sangue, por intermédio 
do Imperador. Privilégios como conde, barão, visconde, 
duque seriam comuns, com maior importância a títulos 
concedidos por D. Pedro II.
O poder Legislativo seria criado e dividido entre Câ-
mara e Senado, o que implica que a existência do voto 
será uma recorrência da Monarquia no Brasil. Deputados 
seriam eleitos em proporção temporária, enquanto que 
Senadores seriam escolhidos de maneira vitalícia atra-
vés de uma lista fechada. O voto se caracterizaria por 
ser indireto, quando dividido através de assembleias que 
escolhiam a formação da Câmara, e censitário, quando 
dependessem de comprovação de renda e não mais pro-
dução agrícola, como propunha a Constituição da Man-
dioca. Ainda a constituição previa, a eleição por cidadão 
brasileiros, inclusive ex-escravos, desde que maiores de 
25 anos e com uma renda anual de pelo menos 100 mil 
réis. Presidentes de Província (equivalentes a governa-
dores de Estados) seriam escolhidos pelo Imperador. 
Além desses mecanismos políticos, a constituição ainda 
previa um 4º Poder, o Moderador. Através dele o Impe-
rador assumia prerrogativas de mediar ou até interferir 
em decisões do Legislativo ou até do Judiciário.
Atritos no 1º Reinado
Quando dissolveua Assembleia Constituinte em 1823, 
decretou através da Constituição de 1824 o Poder Mo-
derador e, acima de tudo, exigiu uma constituição dig-
na de seu poder, D. Pedro I também abriu precedentes 
para uma crise política de proporções irreversíveis. Até 
o final do Mandato em 1831, D. Pedro abdicaria do poder 
e retornaria a Portugal com o argumento que perderia 
o trono, no entanto, a situação política que acabara en-
frentando no Brasil seria mais decisiva para o processo 
de abdicação, quando em um episódio no Rio de Janeiro 
seria recebido a garrafadas, quando liberais (brasileiros) 
atacaram as casas de conservadores (portugueses) que 
responderam atirando garrafas e cacos de vidro. Seria 
o fim do 1º Reinado com 5 dias de tumultos e o famoso 
acontecimento histórico da “Noite das Garrafadas”.
D. Pedro I ainda enfrentaria grandes instabilidades 
antes de renunciar ao trono. Em Pernambuco por exem-
plo fizeram acender ideais revolucionários e republica-
nos, misturado com ânimos anti-portugueses e federati-
vos (àqueles opostos a centralização de Poder). Importado 
ideias da Europa, grandes figuras como Cipriano Barata, 
os irmãos Andradas armaram-se ao lada da Imprensa e 
começaram seus primeiros ataques ao poder Imperial. 
Outra figura importante para o período fora Frei Caneca. 
De origem eclesiástica e humilde convertera-se numa 
figura refinada, polida e de ação. Contrários à nomea-
ção de um governador, a então Província de Pernambuco 
abriu literalmente críticas contra o Império. Em 2 de Ju-
lho de 1824, começava a declaração da emancipação de 
Pernambuco pela Confederação do Equador.
Durante o governo de D. Pedro I, a Confederação do 
Equador inspirou-se em ideias revolucionários e liberais. 
Insatisfeitos com a outorga da Carta de 1824 e pelo auto-
ritarismo do Imperador, a Confederação mobilizou mais 
de 5 províncias no Nordeste para adesão a República e 
a elaboração inspirada na Constituição da Colômbia. De-
pois de Pernambuco, o Ceará foi o que mais ativamente 
participou da Confederação do Equador. Tamanho foi à 
resposta ao Movimento que tropas vindas do exterior fo-
ram contratadas sob a liderança de Thomas Cochrane, 
militar escocês e primeiro almirante da marinha brasi-
leira, que a maioria dos líderes foram executados, entre 
eles Frei Caneca fuzilado. Além das Repúblicas de Per-
nambuco e Ceará, as províncias da Paraíba, Rio Grande 
do Norte e, supostamente, o Piauí e Pará. O conteúdo 
da Revolução, no entanto, foi acentuadamente urbano e 
popular, diferente da Revolução de 1817 em Pernambuco, 
mais elitizada.
Obrigado a abandonar o trono em 1831, D. Pedro I 
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CAPÍTULO 01 - Brasil Império – Ascensão e Queda 
07
sofrera ainda outros grandes problemas pela frente: o 
de origem da política externa. Envolveu-se na Guerra 
Cisplatina que deu origem a independência do Uruguai 
em 1825. Derrotado, para o Brasil fora uma catástrofe 
financeira. A população havia sido recrutada para lutar 
na guerra a força; os gastos haviam sido estupendos e 
agravaram a delicada situação financeira de alguns pro-
dutos de exportação como o café, o algodão, o couro, o 
cacau e o fumo. A Inglaterra ainda fora capaz de aumen-
tar a quantidade de importações em portos brasileiros, 
o que contribuiu para que as dificuldades enfrentadas 
pelo Banco do Brasil aumentassem ainda mais. Grandes 
emissões de moedas de cobre gerou uma espécie de in-
flação. Na época, os dois grandes grupos que se agluti-
navam em torno do Imperador estavam divididos entre 
Liberais e conservadores, os chamados absolutistas. Os 
absolutistas, em sua maioria portuguesa, temia que pu-
dessem perder seus privilégios e aceitavam o autorita-
rismo do Imperador. Do outro lado, a ala mais moderada 
dos liberais concentrava grandes proprietários de terra, 
porém, defendiam seus interesses com uma liberdade 
constitucional maior. Esse último grupo fora o que mais 
crescera com a desconfiança de abusos por parte do po-
der político centralizado. 
Correndo risco de retomar a condição de colônia 
quando assumisse o trono em Portugal, o Imperador 
perdeu sua grande base de apoio. O exército foi afastan-
do-se do Imperador. Grande parte dos comandantes mi-
litares, um deles pai do futuro Duque de Caxias, engros-
saram movimentos que forçaram o Imperador a abdicar 
e retornar a Portugal. Esse precedente foi aberto pela 
agora perspectiva de nomear um rei nascido no Brasil, 
um menino de apenas 5 anos de idade, que viria a assu-
mir quase uma década mais tarde o título de D. Pedro II.
O Período Regencial
Decorrente da rave crise política do 1º Reinado, a 
fase Regencial (1831 – 1840) não havia sido diferente. 
Mostrava ainda os problemas e a falta de habilidade po-
lítica deixada pelo Imperador D. Pedro I. Fora marcada 
por constantes disputas entre liberais e conservadores no 
poder, onde se elegiam regentes por períodos de 4 anos 
para governar em nome do Imperador. Essa fora a fase 
de maior instabilidade política do Reinado e marcada 
por uma radicalização de movimentos. Era o início das 
Revoltas Regenciais: a Cabanagem no Pará (1835-1840), a 
Sabinada na Bahia (1837 – 1838), a Balaiada no Maranhão 
(1838 – 1840), a Revolta dos Malês, escravos baianos que 
se rebelaram em 1835, e a Revolução Farroupilha que 
ocorreu no Rio Grande do Sul entre 1835 e 1845.
De acordo com a Constituição de 1824, uma Regência 
primeiramente constituída de 3 membros governaria o 
país. Posteriormente essa Regência Provisória fora subs-
tituída por uma Regência Permanente que governaria 
até a maioridade do Imperador. Dentre as medidas mais 
importantes em 1831, fora a instituição pela Regência de 
uma Guarda Nacional. Através dessa Guarda poderia 
torna-se mais emblemática a manutenção e a preserva-
ção da ordem de possíveis levantes, advindas de negros, 
indígenas, mestiços, geralmente homens livres e pobres. 
Com a criação da Guarda Nacional, passava a ser obri-
gatório o alistamento entre cidadãos com direito a voto. 
Responsáveis pela organização das milícias fora a figura 
do chamado Coronel, grande líder político-militar e dono 
de grandes extensões de terras. Com a criação da figura 
dos ‘coronéis’ foi possível perceber um avanço cada vez 
maior na autonomia para suprimir revoltas e garantir 
possíveis interesses regionais. Na prática, esse processo 
foi antecessor do sistema do Coronelismo.
Através de outros mecanismos também fora possíveis 
darem maior liberdade a Juízes de Paz, que estabelecia 
que cada Província pudesse ter seus próprios Tribunais 
para prender e julgar pessoas em desalinhamento com 
os interesses políticos locais. Esse mecanismo foi chama-
do de Código de Processo Criminal, em vigor desde 1832.
Outra lei de 1834, o Ato Adicional, determinou agora 
restrições sobre o Poder Moderador, que não seria mais 
exercido durante o período da Regência. Os presidentes 
continuavam a ser nomeados, no entanto, Assembleias 
Provinciais passavam a ter maior poder.
Temerosos que as Revoltas Regenciais pudessem tra-
zer uma radicalização e fragmentação do poder, o parti-
do Liberal aprovou junto aos setores ultra-conservado-
res uma antecipação da coroação do Imperador. Coroado 
aos 14 anos, o futuro Imperador enfrentará desafios a se-
rem buscados pela conciliação e pacificação de Partidos 
Políticos. Era o início do chamado Golpe da Maioridade 
de 1840.
O 2º Reinado: A Coroação de D. Pedro II
Hábil estrategista e político, D. Pedro II governa com 
maiores habilidades que fora o pai enquanto Impera-
dor. Assume o poder com o desafio de Pacificar Revol-
tas Regenciais e de Conciliar problemas entre Partidos 
Políticos diferentes. Surge desse contexto, uma série de 
medidas institucionais que serão mantidas e outras alte-
radas para garantir um período derelativa estabilidade. 
Começava o 2º Reinado, o período de maior extensão do 
Império e que fora fruto de uma articulação através de 
ultraconservadores e liberais, o Clube da Maioridade.
D. Pedro II no Poder instituiu uma quantidade de tí-
tulos de nobreza maior que o próprio pai, cerca de apro-
ximadamente 18 títulos de nobreza por ano. Formava-se 
assim a grande base de governo do Império. Através de 
diversas instabilidades políticas, o 2º Reinado fora uma 
fase de polarização de ideias, materializada nas eleições 
para Assembleias Provinciais. Tão graves seriam as elei-
ções, que em 1840 seriam constituídas por recorrência 
de violência de ambos os lados, tanto conservadores 
quanto liberais. Foram as eleições do Cacete. O Impera-
dor acabou por dissolver a Assembleia em 1842 e acatan-
do o regresso dos conservadores. Para a ira dos liberais 
explodira mais uma Revolta, a Liberal em São Paulo e 
Minas Gerais, as regiões mais importantes do país no 
curso dos acontecimentos.
Visando estabelecer um processo de estabilidade, o 
Imperador recorreu a alguns mecanismos constitucio-
nais, permitindo o revezamento da composição do Par-
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08
HISTÓRIA
lamento (aproximadamente 33 governos diferente em 50 
anos), dando maior flexibilidade as escolhas de repre-
sentantes no Congresso Nacional, como determinação da 
mesma Constituição de 1824. Era o início de uma fase 
Parlamentarista de governo.
Agora, portanto, Conservadores e Liberais compreen-
deram que disputas políticas que colocavam o país em 
guerra não seriam positivos aos negócios, firmando as-
sim políticas de alianças ente os dois grupos antagônicos. 
Essa fase denominada de Parlamentarismo às Avessas é 
o maior legado do 2º Reinado, já que possibilitou acordos 
políticos mediados pela figura do Imperador. Às aves-
sas, justamente, pois num Parlamentarismo tradicional 
(como a Inglaterra) a escolha das Câmaras cabe a pró-
pria votação de representantes, no Brasil, ao contrário, o 
Imperador pode mediar essas decisões pelo menos até 
meados de 1870, antes dos ares Republicanos afetarem 
decisivamente os rumos políticos do país.
A participação do Exército na Guerra do Paraguai em 
1865, a debilidade da saúde do Imperador, o fato de não 
possuir herdeiros masculinos para a sucessão de um 3º 
Reinado, somado aos fatores Abolicionistas da escravi-
dão aceleraram a queda do Império no País. Por todos os 
cantos ecoavam sintomas de novas ideologias, regimes e 
modernização. Os cafeicultores do Oeste Paulista viam a 
necessidade de substituição da mão-de-obra escrava por 
livre, perdendo assim, a base de sustentação dos latifun-
diários sob o regime Imperial. A chegada de imigrantes 
europeus será decisiva para acelerar a crise de um Im-
pério já em decadência, que se mostrava insustentável 
perante as rápidas mudanças do mundo industrial e ca-
pitalista.
Questões Gabaritadas
01. O dia 9 de Janeiro de 1822 possui grande 
valor simbólico para o Brasil, pois é a data da(o):
a. Fundação do Estado Imperial
b. Dia do Fico
c. Abdicação de D. Pedro I ao trono Brasileiro
d. Assembléia Constituinte
02. Em 15 de novembro de 1890, foi instalada 
a Assembleia Nacional Constituinte encarregada 
de elaborar a primeira Constituição republicana. 
O tema principal da discussão foi a relação entre 
o poder central e os estados. Ao fim e ao cabo, a 
Constituição de 1891 definiu que:
a. as rendas advindas da exportação ficariam 
com os governos estaduais.
b. as forças armadas ficariam sob o comando 
do Congresso Nacional.
c. o ensino primário deveria ficar a cargo da 
União.
d. o sistema de saúde deveria ficar a cargo dos 
governos estaduais.
e. o orçamento participativo favoreceria a re-
presentação municipal.
03. Houve um momento da história do Brasil 
Império em que a unidade territorial do Brasil so-
freu sérias ameaças. Nesse momento, os debates 
políticos giravam em torno de temas como: a cen-
tralização ou descentralização do poder; o grau 
adequado de autonomia de que deveriam gozar as 
províncias; o modelo mais adequado de organiza-
ção das Forças Armadas. A alternativa que traz a 
denominação correta do período em referência é:
a. Primeiro Reinado
b. Período Regencial
c. Segundo Reinado
d. Governo Provisório Institucional
e. Guerra do Paraguai
04. Durante as discussões da Constituinte ficou ma-
nifesta a intenção da maioria dos deputados de limitar 
o sentido do liberalismo e de distingui-lo das reivindica-
ções democratizantes. Todos se diziam liberais, mas ao 
mesmo tempo se confessavam antidemocratas e antir-
revolucionários. As ideias revolucionárias provocavam 
desagrado entre os constituintes. A conciliação da liber-
dade com a ordem seria o preceito básico desses liberais 
que se inspiravam em Benjamim Constant e Jean Baptis-
te Say. Em outras palavras: conciliar a liberdade com a 
ordem existente, isto é, manter a estrutura escravista de 
produção, cercear as pretensões democratizantes.
(COSTA, Emília Viotti da. Da Monarquia à República: Momentos Decisivos. São 
Paulo: Brasiliense, 1987.)
A Constituição de 1824 foi uma peça jurídi-
ca importante para conciliar liberdade e ordem. 
Qual característica, presente nessa Constituição, 
corrobora tal ideia? 
a. Deputados e senadores eram eleitos pelo 
voto indireto e os candidatos e eleitores deveriam 
comprovar renda mínima para exercer esses res-
pectivos direitos. 
b. Foi organizada em três poderes: executivo, 
legislativo e judiciário, como forma de controlar 
as influências portuguesas. 
c. Restringiu o direito de voto a nobres, milita-
res, letrados e clero e por isso teve curta vigência. 
d. Teve caráter federativo como forma de asse-
gurar os interesses políticos das elites regionais, 
como contrapartida ao poder do Imperador. 
05. Sobre as revoltas ocorridas durante o perí-
odo regencial, marque V para as afirmativas ver-
dadeiras e F para as falsas. 
( ) Dentre suas causas, pode-se apontar a pre-
cária condição de vida da população pobre do Im-
pério.
( ) Foram mantidas à custa de forte apoio es-
trangeiro, interessado na fragmentação do Brasil.
( ) Um dos seus efeitos mais notáveis foi a ma-
nobra liberal para emancipar Pedro de Alcântara, 
permitindo sua coroação antecipada.
( ) Dentre essas revoltas, pode-se citar a Praiei-
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CAPÍTULO 02 - República Velha, da Espada a Crise das Oligarquias e do Café, 1889 – 1930
09
ra e as ocorridas em Minas Gerais e São Paulo, 
todas de caráter liberal.
Assinale a sequência correta.
 
a. F, V, F, F 
b. V, F, V, F 
c. F, V, F, V 
d. V, F, V, V 
06. No Brasil das últimas décadas do século 
XIX, o colapso final do Segundo Reinado encer-
rou um ciclo de crises. A propósito desse quadro, 
que marca o fim do regime monárquico, assinale 
a opção correta.
a. A extinção da escravatura, longe de ser um 
processo marcado pela existência de etapas, foi 
decisão abrupta que, ao cabo, enfraqueceu politi-
camente a Monarquia.
b. Atritos entre oficiais do Exército e membros 
da elite política imperial, que se repetiam após a 
Guerra do Paraguai, contribuíram para retirar o 
apoio militar ao regime monárquico.
c. O fim do tráfico africano não apenas impe-
diu a chegada de mão de obra do exterior como 
inviabilizou o comércio interno de escravos, razão 
do declínio da economia cafeeira.
d. A proclamação da República teve amplo 
respaldo popular, confirmado pela trajetória vito-
riosa do Partido Republicano, que se transforma-
ra na maior agremiação partidária do país.
e. Por exigência da burguesia do café do Oeste 
paulista, o parlamentarismo brasileiro foi extin-
to,fato determinante para a instabilidadepolítica 
que levou ao fim do regime monárquico.
07. No Brasil, as primeiras leis anti- escravis-
tas foram assinadas a partir de meados do sécu-
lo XIX. A Lei que extinguiu o tráfico negreiro no 
nosso país, decretada em 1850 foi:
a. Lei Visconde do Rio Branco
b. Lei do tráfico de Bill Aberdeen
c. Lei Eusébio de Queirós
d. Lei Saraiva Cotegipe
e. Lei Áurea
8) A justiça condenou em 2004 um fazendeiro do 
Pará a pagar 1,3 milhão de reais de multa por manter 
em suas terras trabalhadores em situação análoga à es-
cravidão. Essa foi a maior pena financeira já aplicada no 
país para um crime desse tipo.
(In: AZEVEDO, Gislane e SERIACOPI, Reinaldo. História. São Paulo: Ática, 2005, 
p. 357. (Série Brasil))
No Brasil, as relações de produção a que o tex-
to se refere foram legalmente 
a. instituídas em dispositivos da Constituição 
de 1824.
b. criadas por imposição do Bill Aberdeen, em 
1845.
c. revogadas pela Lei Eusébio de Queiroz, em 
1850.
d. proibidas por conta da Lei do Ventre Livre, 
em 1871.
e. extintas com a assinatura da Lei Aurea, em 
1888.
09. A carta de Aristides Lobo, publicada no Di-
ário Popular de São Paulo em 18 de novembro de 
1889, é uma das fontes mais conhecidas e citadas 
sobre o evento da proclamação da República no 
Brasil. Sua percepção sobre esse acontecimento 
se caracterizou por:
 
a. destacar a ruptura com a monarquia.
b. valorizar a participação popular.
c. defender o apoliticismo dos civis.
d. identificar a unidade dos militares.
e. caracterizar a revolução liberal.
10. Acerca da economia brasileira no século 
XIX, é correto afirmar que
a. com a Abertura dos Portos, em 1808, houve 
um rápido e progressivo desenvolvimento da pro-
dução industrial brasileira.
b. as mais importantes atividades econômicas 
foram a produção de tabaco em São Paulo e a de 
algodão em Minas Gerais.
c. a abolição da escravatura na primeira me-
tade do século XIX gerou uma grande crise na 
agricultura de exportação do país.
d. durante todo o século, a mais importante ati-
vidade econômica foi a exportação de borracha 
para os Estados Unidos.
e. o Brasil continuava a ser essencialmente 
agrícola, com um destaque especial para a pro-
dução cafeeira. 
Gabarito
1-B 2-A 3-B 4-A 5-D
6-B 7-C 8-E 9-A 10-E
2. REPÚBLICA VELHA, 
DA ESPADA A CRISE DAS 
OLIGARQUIAS E DO CAFÉ, 1889 – 
1930 
Introdução
A República Velha é o período designado pelo mode-
lo republicano adotado no Brasil após o fim do Império 
com a Proclamação em 15 de novembro. Articulado pelas 
camadas do exército e uma parcela da elite civil interes-
sada em manter seus privilégios na produção agrícola, o 
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10
HISTÓRIA
golpe de Estado que colocou no exílio a Família Real foi 
fruto de uma falta de mobilização popular, que ocorreu 
sem muitos abalos, sem que houvesse, assim, rupturas 
com o Brasil agrário e latifundiário dos tempos da Co-
lônia.
Célebre ficou a frase do jornalista brasileiro Aristides 
Lobo, ao qual o país assistia ‘bestializado’ a proclamação 
da República, em que o exército que desferiu o golpe de 
Estado mais parecia com um desfile militar do que qual-
quer outra coisa. Nesse sentido, os anos que sucederam 
a Proclamação foram de muita instabilidade e incerteza 
política, marcado pelos ares da antiga monarquia e pelo 
retorno da Família Real.
Nos setores civis do golpe se concentravam algu-
mas figuras emblemáticas da República como Benjamin 
Constant, ao qual criticava o governo Imperial com acu-
sações de ações imorais aliadas à corrupção. No entanto, 
o papel secundário de militares foi decisivo para a Pro-
clamação em 15 de novembro. Deodoro da Fonseca, 1º 
presidente eleito pelo voto indireto, apesar de tudo era 
um Monarquista convicto. Pressionado por todos os la-
dos aderiu ao movimento golpista, sem ter dado um tiro 
e nem desencadeado nenhum conflito.
Nas duas fases que sucederam a República Velha, a 
da Espada e a Oligárquica, houveram, portanto, articula-
ções e acordos a serem feitos para garantir o desenvolvi-
mento do novo regime político. Os Militares agora, eleitos 
indiretamente para a Presidência da República, Deodo-
ro da Fonseca e Floriano Peixoto, se encarregariam de 
normalizar e garantir o funcionamento do país. De outro 
lado, a parcela civil se apressaria para promulgar a nova 
Constituição, a primeira republicana, de 1891. 
A República da Espada, 1889 – 1894
No início do Regime Republicano muito se discutiu 
acerca das ideologias a serem tomadas pelos interessa-
dos na manutenção do poder, agora em tempos repu-
blicanos. Nesse contexto, o Exército encarnava o ideal 
da representação política, da defesa Nacional, da repre-
sentação, acima de tudo, do povo. Nesse sentido, setores 
militares defendiam que a República fora Proclamada 
no intuito de Salvar a Honra do Exército. Por esse moti-
vo, o Exército se alinharia com o novo regime, enquanto 
a Marinha era vista como uma instituição Monarquis-
ta. Apesar de tudo, os setores militares defendiam uma 
visão diferente daquela desempenhada até então, com 
um Exército mais ativo, centralizando decisões políticas, 
sem muita margem de poder para os Estados. Para os 
jovens que haviam frequentado o Exército e participado 
da Guerra do Paraguai (1865) tratava-se de formar sol-
dados-cidadãos, dando sentido e um rumo ao país. Para 
tanto, o exército encarnava um ideal que não represen-
tava um interesse de classes, portanto, posicionavam-se 
como ‘adversários’ das oligarquias, adotando um regime 
de Poder Executivo forte, passando mais ou menos por 
uma fase de semi-ditadura, impedindo que a autonomia 
dos Estados pudesses levar a fragmentação do país.
No outro extremo ideológico, encontrava-se a parcela 
interessada no sistema Republicano. Na sua maioria ci-
vil, o grupo parte de uma elite, alinhada com a produção 
agrícola irá defender a elaboração de Constituinte con-
vocada em setembro de 1890. Após inúmeras discussões 
a Assembleia Constituinte aprovou o texto a 24 de feve-
reiro de 1891.
O modelo escolhido, de influência das grandes po-
tências, fora o Federalismo. O Brasil se reconheceria 
pelo nome de Estados Unidos do Brasil, e suas antigas 
provinciais seriam elevadas a condição de Estados. Estes 
agora poderiam ter relativa autonomia para criar leis, 
taxar impostos sobre produtos de exportação, delinear 
Tribunais de Justiça e, acima de tudo, para garantir os 
jogos eleitorais, compor milícias armadas. Nesse aspec-
to, prevaleceu o interesse das oligarquias, limitando o 
poder do Exército. Estabelecia-se assim uma República 
Federativa, Presidencialista e dividida em um modelo 
bicameral: Câmara dos Deputados e Senado Federal. Os 
poderes seriam divididos em Executivo, Legislativo e Ju-
diciário, além da extinção do Poder Moderador. O Estado 
se definira como Laico, já que a imigração de uma parce-
la de Cristãos Protestantes iria compor grande parte da 
população brasileira.
No tocante a democracia, a Constituição promulgada 
em 1891 permitira alguns mecanismos de perpetuação 
de poder ligadas as oligarquias. A República da Espada 
fora um período bastante instável politicamente falando. 
Com a eleição de Deodoro da Fonseca para a Presidên-
cia e Floriano Peixoto para a Vice-Presidência a antiga 
Constituinte transformara-se em Congresso Nacional. 
Como o legislativo tinha interesses desalinhados com o 
executivo, Deodoro da Fonseca agiu no sentido de con-
trolar ações do Executivo. Sofrendo ainda consequências 
do governo Provisório, o país passava por uma intensa 
crise econômica, decorrente de um modelo especulati-
vo no campo da industrialização. Fruto da nomeação do 
jurista baiano Rui Barbosa, a crise do Encilhamento se 
baseou numa política de emissão de papel-moeda.Com 
todas as instituições em nível Federal e Estadual emi-
tindo moedas, a consequência fora desastrosa: inflação, 
especulação, falência de empresas.
Em meio a um tenso clima, Deodoro da Fonseca de-
cide por fechar o Congresso Nacional em 3 de novembro 
de 1891 e decretar Estado de Sítio. Acuado e sem espa-
ço para agir, o Presidente renúncia após 20 dias. Pela 
Legislação, novas eleições presidenciais deveriam ser 
garantidas, mas o poder da Presidência era passado ao 
vice-presidente Floriano Peixoto, adotando uma postura 
autoritária. 
Dentro desse contexto, o país passaria ainda por duas 
grandes Revoltas que iriam demonstrar a insatisfação 
das elites contra a incipiente República. Estourava no 
Rio de Janeiro a Primeira Revolta da Armada (ainda no 
governo Deodoro) e a Segunda Revolta da Armada. De-
sencadeada a partir da Marinha, a Segunda Revolta em 
1893 exigia a deposição do Presidente da República. Para 
tanto, bombardearam a capital federal, ainda o Rio de 
Janeiro, a partir da Baía da Guanabara. A resposta do 
governo foi imediata e a Revolta da Armada acabou por 
dissipar-se em Santa Catarina.
Dispersos os marinheiros da Armada iriam encontrar 
apoio numa segunda grande Revolta: a Federalista, no 
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CAPÍTULO 02 - República Velha, da Espada a Crise das Oligarquias e do Café, 1889 – 1930
11
Rio Grande do Sul. A Federalista em termos de extensão 
e consequências alcançou maiores ‘resultados’. Durou de 
1893 a 1895 e só foi contida já no governo do Presidente 
Paulista Prudente de Morais. No Estado do Rio Grande do 
Sul, uma parcela da elite insatisfeita com o governo au-
toritário de Júlio de Castilhos rebelou-se contra o poder 
estadual, apelidados de pica-paus e membros do Partido 
Republicano. Os rebelados, chamados de Maragatos, ti-
nham uma definição mais ideológica da República. Com-
punham uma elite considerada tradicional, e localizada 
entre Estancieiros de Campanha. Diferenciavam-se dos 
Republicanos localizados no litoral, formando uma elite 
que se dispunha a monopolizar o poder. 
Quando colunas de Maragatos se juntaram aos dissi-
dentes da Armada em Santa Catarina ocorreu o ponto alto 
da Revolução. Após essa união, os revoltosos Federalistas 
buscaram derrubar o poder central no Distrito Federal, e 
chegaram a invadir o Paraná e tomaram Curitiba. Nesse 
momento que se desencadeou a batalha mais importante 
da Revolta Federalista: o Cerco da Lapa. Bravamente por 
26 dias, as tropas de Legalistas (Republicanos) lideradas 
por Coronel Carneiro resistiram ao avanço de Maraga-
tos, permitindo uma mobilização de tropas que pressio-
nou e fez recuar o exército de revoltosos. O que queriam 
os Maragatos? Defendiam um sistema de governo mais 
próximo do Parlamentarismo, mais autônomo. Do Cerco 
da Lapa em 1894, as colunas de Maragatos viriam a se 
render a partir de um acordo de mediação da República 
Oligárquica, em 1895.
A República Oligárquica, 1894 – 1930
A partir da pacificação e de acordos a República dos 
Coronéis e pautada na produção do café estava pronta 
para coexistir. A nova constituição permitia a autono-
mia dos Estados. A população em sua grande maioria 
concentrava-se no espaço rural, em alguns pontos quase 
80%. No outro extremo, donos de terra, comerciantes e 
exportadores se apoiavam em grandes figuras políticas.
Estava organizada a base do Coronelismo, o sistema 
de arranjo político que estabelecia a figura do Coronel, 
grande proprietário de terras, como intermediário na 
captação e “compra” de votos para firmar alianças com 
o governo federal. Essa política, estabelecida no governo 
Campos Sales, 1902, é a característica mais marcante da 
República Oligárquica. No tocante ao voto, a Constituição 
permitira o seu melhor mecanismo: o voto a descoberto. 
Essa prerrogativa de voto permitia ao Coronel coibir e 
cooptar votos através de um complexo sistema de troca 
de favores, o chamado Clientelismo. Através dele se co-
locava em prática o voto de cabresto, o voto fantasma, o 
curral eleitora, enfim a manipulação do sistema eleitoral 
em favor de uma oligarquia, um poder concentrado em 
poucos. Essa suposta democracia prevalecia sobre os in-
teresses coletivos, e através do voto aberto permitia um 
maior controle sobre a população amedrontada e depen-
dente das escassas políticas públicas. Ainda deve-se le-
var em consideração que a falta de uma Justiça Eleitoral, 
facilitava o processo de validação de políticos ligados às 
estruturas oligárquicas.
Pelo menos até os anos de 1930 essa aliança irá firmar 
um revezamento político no poder entre as mais impor-
tantes Oligarquias do país, a de São Paulo e Minas Ge-
rais. Através dela os grandes produtores de café e gado 
(leite), tomariam um acordo definido como “Política dos 
governadores”, onde os governos dos estados elegeriam 
presidentes, que em troca possibilitaria a distribuição de 
recursos para áreas que tivessem apoiado sua campanha 
política eleitoral. Não obstante, o período da República 
Velha ter sido marcado, quase todo ele, por presiden-
tes de origem civil, sem ligações com os meios militares, 
exceto em 1910 com a eleição de Hermes da Fonseca, 
sobrinho do ex-presidente Deodoro.
Em vários aspectos, portanto, essa política favorável 
ao protecionismo do setor cafeeiro foi responsável por 
privilegiar empréstimos que tornavam o Estado o grande 
articulador e gestor da exportação e regulação de pre-
ços do produto no mercado internacional. O Estado agia 
como um intermediário na aquisição do produto fren-
te aos cafeicultores. Essa política, em vários, momentos 
responsabilizava o Estado por gerar dívidas com o café 
enquanto que o resto do Brasil dependia de sua própria 
produção e exportação.
Os movimentos Sociais e a Modernização do Brasil
Nos quadros de transformação e desenvolvimento do 
país, muito se deve ao contexto da Primeira República. 
A imigração, por exemplo, teve grande força no final da 
crise Imperial, por volta de 1870, porém foi no governo 
de Afonso Pena em 1906 que ocorreu um grande movi-
mento concentrado nas fazendas de café do Estado de 
São Paulo. Nessa região foi muito comum uma prática 
de migração subvencionada, aquela que o governo pa-
gava passagens para migrantes suprirem a carência de 
mão-de-obra. O sul do Brasil também se favoreceu com 
essa grande leva de estrangeiros. Importante perceber 
como essa política também atendia ao interesse e a ne-
cessidade de branqueamento da população brasileira, 
tornando-a mais europeia e alinhando-se aos interesses 
dos grandes cafeicultores.
Entre a população de imigrantes grande destaque 
se deu para a italiana. Outras levas também trouxeram 
alemães, espanhóis, portugueses, poloneses, ucranianos. 
Somente o Estado do Paraná, por exemplo, foi composto 
por mais de 28 etnias diferentes, a maior diversidade do 
país. 
Torna-se importante destacar que a chegada dos imi-
grantes no país permitiu um amplo desenvolvimento da 
Modernização associada ao processo de produção cafe-
eira, gerando um grande desenvolvimento industrial em 
São Paulo e Rio de Janeiro. O grande fluxo industrial se 
concentrou em áreas têxteis, alimentícias e de bebidas. 
Grande parte desse fluxo também se deve ao contexto 
da 1ª Grande Guerra. Mesmo esse pequeno surto indus-
trial que obteve apoio e capital político não foi capaz de 
mudar a base econômica agrária no Brasil. Portanto, o 
sonho ainda de um futuro industrial só viria a se concre-
tizar com a ascensão de Getúlio Vargas em 1930.
Através da imigração, no entanto, era possível se 
esperar uma contribuição econômica para o país, mas 
também cultural. Isso foi possível graças ao desenvol-
vimento do Movimento Operário, incluindo a vertente 
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12
HISTÓRIA
anarquista que aqui chegou por italianos e espanhóis.
Movimentos Sociais Urbanos
Assim como na Europa, os grandes centros foram 
espaços de maior circulação de ideias que o campo, e, 
consequentemente, de maior número de Movimentos 
Sociais. Sofrendo com pesadas condições de trabalho, 
salário, carência de direitos trabalhistas, os operários co-
meçaram a se articular em Movimentos e Associações.
Por meio de um grupo de anarquistas, foi criada a 
primeira Confederação Operária Brasileira em 1906. Por 
meio dela uma central sindical foi organizada por meio 
de uma ideologia do anarcosindicalismo. Importada dos 
EUA e da Europa até meados da 1ª Grande Guerra, essa 
corrente pregava uma forma de organização sindical 
que ganhou força na cidade de São Paulo. A partir de 
uma menor miscigenação cultural, esse grupo defendia 
a derrubada da burguesia do poder, sem um longo perí-
odo de transição posterior (sem passar pelo Socialismo). 
Por esses motivos, acreditavam em resultados mais ime-
diatos, que não se restringissem às fábricas, mas fossem 
capazes de alterar toda a estrutura da sociedade.
Na cidade do Rio de Janeiro, o movimento se restrin-
giu mais devido a uma estrutura social mais complexa, 
mais heterogênea e marcada por setores sociais menos 
dependentes da estrutura agrária. Nesse sentido, ma-
nifestações na capital federal tiveram um aspecto mais 
popular do que definidamente operário. Exemplos recor-
rentes é a Revolta da Vacina, em 1904, contra a introdu-
ção da vacinação obrigatória da varíola, promovida por 
Osvaldo Cruz. Do ponto de vista militar, a Revolta da Chi-
bata em 1910 também foi um movimento popular contra 
os castigos impostos pela Marinha.
Apesar das dificuldades e do pouco avanço do mo-
vimento Operário, pode-se dizer que entre 1917 e 1920 
houve uma considerável proporção de crescimento do 
Movimento. Dois fatores são importantes para esse novo 
ciclo: a crise industrial gerada pela Grande Guerra; e o 
otimismo com a revolução Russa em 1917, tornando pos-
sível um sonho proletário.
O número de greves aumento consideravelmente, a 
sindicalização ganhou força e o movimento tomou a pá-
gina dos principais jornais. Destaque nesse período foi a 
Greve de 1917, em São Paulo, a de maior projeção e pro-
porção. A partir de duas fábricas têxteis, a greve tomou 
um total de 50 mil pessoas, além de estender-se para os 
Bairros do Brás, da Mooca, do Ipiranga. A Marinha fora 
mobilizada e por um fim um acordo firmado entre indus-
triais e mediado por Jornalistas.
Foi, no entanto, no curso dos acontecimentos de 1920 
que as greves e o movimento operário fora se modifi-
cando. Tratados como casos de polícia, muitos operários 
foram expulsos do país. Em 1921, o Congresso Nacional 
aprovou 2 leis que permitiram ao governo reprimir mo-
vimentos sociais. A primeira delas previa a expulsão de 
estrangeiros envolvidos em distúrbios sociais, e a se-
gunda regulamentou o combate ao anarquismo, consi-
derando crime toda a apologia ao movimento formal e 
organizado.
Poucas conquistas legais foram alcançadas nesse pe-
ríodo, pela dificuldade da organização dos trabalhadores 
e também pela pressão dos próprios industriais. Pode-se 
dizer que até 1925 duas leis apenas entraram em vigor, 
a de 15 dias de férias anuais aos trabalhadores e a de 
regulamentação do trabalho a menores.
No curso desses acontecimentos, o evento mais im-
portante desencadeou uma crise surgida do anarquismo. 
Particularidade do Brasil, o rompimento com o movi-
mento anarquista permitiu o nascimento do Partido Co-
munista Brasileiro (PCB) em 1922. Organizados a partir 
de um movimento dotado de particularidades e ideolo-
gias, o PCB, no entanto, esteve na ilegalidade em quase 
toda a sua história. Entre março e julho de 1922, contex-
to de expansão do Tenentismo, o PCB foi criado; entre 
janeiro e agosto de 1927 teve seu ciclo encerrado pela 
aprovação da Lei Aníbal de Toledo, chamada de Lei Cele-
rada, que aumentava os poderes do governo para fechar 
organizações cujos atos fossem considerados lesivos ao 
bem público.
Movimentos Sociais Rurais
É possível perceber como o interesse das elites avan-
çou no sentido de conter até mesmo Movimentos Sociais 
articulados, impedindo a formação de classes operárias 
e tornando caso de polícia aqueles que se rebelaram 
contra o sistema. Mas e a população, a grosso modo, 
onde esteve? 
Importantes movimentos considerados envoltos em 
uma esfera religiosa fizeram despertar importantes lí-
deres como Antônio Conselheiro, Pe. Cícero e até o Beato 
Zé Lourenço, cativo simpatizante de “Padim Ciço”. Além 
desses movimentos, destaque para o cangaço que de-
sencadeou inúmeros bandos armados que espalhavam o 
terror pelo interior do sertão, como forma de superar as 
dificuldades da vida.
A pobreza, a carestia, as dificuldades da vida sem-
pre foram obstáculos impostos a população do Nordeste. 
Líderes com características religiosas apareceram apro-
veitando-se das incertezas da vida. É o caso de um beato 
que surgiu no interior do sertão que resolveu peregri-
nar para ajudar a população a superar as dificuldades. 
Antônio Vicente Mendes Maciel, o Antônio Conselheiro. 
De origem Cearense, defendeu em suas pregações terra 
para os camponeses e ódio aos poderosos. Seus discí-
pulos era o povo, onde ajudava em obras de caridade, 
mutirões, construindo casas e Igrejas. Cada vez mais a 
população resolvera segui-lo, vendo-o como um homem 
milagroso, um verdadeiro beato. Suas palavras inspira-
ram um mutirão de pessoas que deu origem ao povoado 
chamado de Canudos em 1893. 
Tamanha foi a repercussão do povoado que aos pou-
cos tornou-se um entrave ao desenvolvimento da região 
do Nordeste, ameaçando o poder de bispos e coronéis. 
Quando tropas federais adentraram ao povoado foram 
reprimidos pela mobilização social. De um ano de confli-
tos, a Guerra de Canudos tornou-se 4 expedições milita-
res e mais de dois anos e meio de duração. 
Ao fim do conflito, o emissário de guerra Euclides 
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CAPÍTULO 02 - República Velha, da Espada a Crise das Oligarquias e do Café, 1889 – 1930
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da Cunha tratou de descrever o conflito enaltecendo a 
memória dos vencidos na guerra. Escreveu a obra ‘Os 
Sertões’ narrando as 4 expedições militares e o cerco ao 
arraial de Canudos.
Na mesma região do Nordeste um grande movimen-
to popular também subsistiu em torno de outro grande 
líder religioso, Padre Cícero, que teve como centro a ci-
dade cearense de Juazeiro. Entre os anos de 1870 e 1924 
o padre começou a unificação de fiéis para rezar e com-
bater a seca e a pobreza do sertão. 
Em meio ao poder consolidado dos coronéis da re-
gião, o Ceará esteve envolvido em um dos maiores con-
flitos político entre facções contrárias: os Rabelo e os 
Acioli. Em plena campanha presidencial do militar Her-
mes da Fonseca, o Nordeste fora tomado pelas ideias do 
‘Salvacionismo’, movimento político difundido por Her-
mes com o objetivo de conter o poder dos coronéis nas 
regiões dominadas pelas oligarquias. A candidatura de 
Franco Rabelo concorreria diretamente com o candidato 
apoiado pelos Accioli. Uma passeata em favor de Rabelo 
em Fortaleza desencadeou violenta repressão policial e 
a morte de algumas crianças e jovens.
A população indignada saiu as ruas revoltada contra 
o poder político dos figurões da República. Accioli, acua-
do, teve de renunciar ao governo do estado em 1912. Em 
contrapartida, Rabelo foi eleito governador do Estado, no 
entanto, acabou sofrendo deposição por um movimento 
que partiu de Juazeiro do Norte, a Sedição de Juazeiro 
em 1913 – 1914.
A cidade de Juazeiro do Norte, no entanto, era o po-
deroso reduto de uma espécie de misto de coronel e líderreligioso Pe. Cícero, que inclusive excomungado foi da 
Igreja por suas atividades, que conquistou a fidelidade 
de inúmeros sertanejos que saíram as ruas para defen-
der os Accioli. Pe.Cìcero, temendo que o mesmo pudesse 
acontecer com seu vilarejo o que aconteceu em Canudos 
e por não contar com a altar cúpula da Igreja, aproxi-
mou-se dos coronéis da região. Após meses de conflitos 
e com Rabelo deposto, certa estabilidade política alcan-
çaria as oligarquias até a ascensão da Era Vargas, no en-
tanto, a população acabaria novamente reprimida e sem 
representatividade.
O movimento liderado por Pe. Cícero é considerado 
um dos legados do Estado do Ceará, a qual é padroeiro. 
O choque entre a Igreja Católica e o líder levou a inte-
gração do sistema coronelista na região. Uma espécie de 
misto entre Padre e Coronel que se envolveu em disputas 
políticas da região. A mão-de-obra para a construção de 
açudes nos anos 20 fora recrutada devido a seu grande 
prestígio. Atualmente, a Igreja Católica perdoou puni-
ções ao Padre, permitindo sua possível beatificação para 
as regiões do interior do Ceará, segundo chanceler da 
Diocese do Crato, Ceará.
Já na Era Vargas, outro movimento social desse pe-
ríodo foi o Caldeirão. Quase um povoado semelhante a 
Monte Belo, em Canudos, o Caldeirão reuniu um con-
tingente de 3 mil pessoas sob o comando de Zé Louren-
ço, um beato paraibano que era seguidor de Pe. Cícero. 
A mando do antigo líder, o novo beato concentrou sua 
romaria nas terras de Juazeiro do Norte. Acusado pe-
las elites de propagar o comunismo, de associação aos 
bolcheviques, os arrendatários da terra desagradaram as 
elites e foram forçados a deixar a região. Após a morte 
de Cícero, em 1934, a situação tornou-se mais caótica e 
a fazenda foi incendiada e bombardeada, ocasionando 
conflitos entre sertanejos e latifundiários, deixando um 
saldo de 300 mil mortos. Considerada por muitos uma 
segunda guerra de Canudos, o episódio do Caldeirão é 
alvo de defensores dos direitos humanos, que represen-
tam hoje um esforço na tentativa de culpar e indenizar 
as famílias prejudicadas pela guerra há quase 80 anos. 
Refere-se aos vitimados como uma alusão ao Araguaia 
do Ceará.
Outro movimento de resistência também misturou 
elementos místicos e seculares. Desta vez, entre 1912 e 
1916, a região limítrofe de PR e SC foi palco de um violen-
to foco de resistência entre trabalhadores despossuídos 
que sofreram investidas do governo federal. O conflito 
denominado de Contestado imprimiu à região a marca 
dos combates. Na região passava a construção de uma 
ferrovia, a Brazil Railway, onde vários trabalhadores ru-
rais foram desapropriados. Sem espaço e territórios, es-
ses caboclos acabaram por reunir-se em torno de misto 
de monge e líder religioso, seu nome José Maria. Aqui no 
sul, no entanto, os conflitos se intensificaram, pois justa-
mente os coronéis apoiaram e deram suporte a muitos 
caboclos. Quando pegaram em armas, entretanto, as tro-
pas do exército foram implacáveis, gerando um saldo de 
quase 20 mil mortes em 4 anos de resistência.
Movimentos Militares
No decurso da República Velha, no entanto, foram se 
formando grupos e ideologias contrárias ao desenvolvi-
mento e proteção ao café. Esses grupos emergiram de 
um descontentamento dentro das estruturas do próprio 
exército.
O movimento Militar denominado de tenentismo foi, 
sobretudo, uma insatisfação sobre a política do café e as 
oligarquias. O movimento que tomou contornos armados 
e em vários momentos percorreu milhares de quilôme-
tros Brasil adentro e foi responsável, simbolicamente, 
pela desintegração das oligarquias a partir da Revolução 
em 1930 que colocou Vargas no poder. O poder simbóli-
co dos jovens tenentes foi primordial para engatilhar o 
movimento revolucionário e que, somado à crise interna-
cional em 1929, tornou insustentável o governo brasileiro 
proteger e defender única e exclusivamente o café.
Para tanto, há dois grandes períodos que se pode re-
lacionar ao Movimento Tenentista, um antes de 1930 e 
depois de 1930. O grupo foi articulado entre oficiais de 
baixa patente que incorporavam uma visão diferencia-
da de república, provavelmente dotando o país de uma 
proposta novamente centralizadora de política, porém, 
educando o povo e seguindo uma ideologia já incipiente 
nacionalista. Tratava-se de reconstruir um estado pauta-
do nos ideais liberais, longe do mal das oligarquias, que 
dividia o país em ‘vinte feudos’ cujos senhores ditavam a 
política dominante.
O primeiro ato de rebeldia dos jovens Tenentes se 
concretizou em 1922. A Revolta do Forte de Copacabana 
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HISTÓRIA
foi o emblema marcado pelos jovens militares. O clima 
de ofensas e o estopim ligado a prisão do ex-presidente 
Hermes da Fonseca e o fechamento do clube militar se-
ria uma forma de Salvar a Honra do Exército, retomando 
ideais do Movimento Salvacionista, de meados da déca-
da de 10. No forte de Copacabana os revoltosos deram 
os primeiros tiros de canhão e foram logo reprimidos, 
sofrendo bombardeios. Na ocasião, um grupo de rebel-
des resolveu se entregar, outro grupo resistiu e forte foi 
bombardeado por mar e aviões. Quando ao encontro das 
tropas governamentais, os tenentes foram alvejados e 16 
morreram e 2 ficaram feridos. O movimento dos 18 do 
Forte imprimiam a marca que seria a resistência do Te-
nentismo.
Dois anos depois, no aniversário do primeiro movi-
mento, os rebeldes emplacaram outra Revolução contra 
as oligarquias. Dessa vez, a cidade de São Paulo enfren-
taria o seu maior conflito bélico já registado. A Revolução 
de 1924 ou a Revolução de Isidoro Lopes foi mais prepa-
rada para depor o governo de Artur Bernardes (quem 
mandara prender o ex-presidente Hermes da Fonseca).
Isidoro Lopes à época fora um general que concen-
trou esforços na Revolta Federalista, à época de Floriano 
Peixoto. O movimento iniciou com a tomada de alguns 
quartéis e durou aproximadamente 20 dias. Quando a 
revolta começava a adentrar ao interior seguia em dire-
ção a Bauru. Facilitadas por uma outra leva de levantes 
no interior, a Coluna Paulista veio a se fixar no interior 
do Paraná, na região Oeste, próximos de Cascavel e Foz 
do Iguaçu. Do outro lado, enquanto a expansão dos Lega-
listas (que apoiavam o governo) acontecia, uma segunda 
coluna militar proveniente do Rio Grande do Sul come-
çava a ganhar força do Tenentismo e subia para se en-
contrar com os paulistas. Essa Coluna Gaúcha havia se 
destacado o Tenente João Alberto e o Capitão Luís Carlos 
Prestes. Em abril de 1925, das duas colunas formava-se a 
Coluna Prestes. Sob o comando de Prestes, o movimento 
percorreu mais de 24 mil Km, passando por 14 estados 
até 1927, quando seus remanescentes deram o movimen-
to por encerrado e exilaram-se no Paraguai e na Bolívia.
É importante reiterar que o movimento em si não 
fora suficiente para derrubar o governo, mas foi capaz de 
criar um efeito simbólico entre a população descontente 
com a política das oligarquias. Fora esse sentimento que 
permitiu a eclosão de um movimento novamente armado 
que impediu a posse do Presidente paulista eleito Júlio 
Prestes em 1930. Era a Revolução de 1930 que contava 
em grande parte com setores dissidentes e que apoia-
vam o Tenentismo em 1922 e 1924. O Movimento, portan-
to, não fora vencedor, mas foi capaz de mobilizar parcela 
da população civil, à exceção de Luís Carlos Prestes que 
só retornaria do exílio em meio aos movimentos de mas-
sa da Era Vargas para apoiar a Revolução Socialista no 
país, ideologia já conhecida de diversos países latino-a-
mericanos.
Torna-se salutar também evidenciar a projeção da 
Revolução de 1924, designada também de Revolução Es-
quecida de 1924, já que São Paulo também será o berçode outra importante Revolução, a Constitucionalista de 
1932, mas que contrária aos objetivos dos tenentes irá 
servir para fazer frente ao recém-tomado poder por Ge-
túlio Vargas.
Questões Gabaritadas
01. A República Brasileira começou com um 
Governo Provisório, encabeçado:
a. Por Benjamin Constant
b. Por D. Pedro I
c. Por D. Pedro II
d. Pelo Marechal Deodoro da Fonseca
e. Pelo Marechal Floriano Peixoto
02. O que procurei examinar foi sobretudo o sistema. 
O coronel entrou na análise por ser parte do sistema, 
mas o que mais me preocupava era o sistema, a estru-
tura e a maneira pelas quais as relações de poder se 
desenvolviam na Primeira República, a partir do mu-
nicípio.
LEAL,Victor Nunes. Apud. CARVALHO, José Murilo de. “Mandonismo, Coronelis-
mo, Clientelismo: uma discussão conceitual”. In Dados [on line], v. 40 no 2, 1997.
O coronelismo é uma prática política.
a. presente em vários momentos da história 
brasileira, baseada no domínio do coronel sobre 
uma dada localidade.
b. típica de vários momentos da história bra-
sileira, fundado no domínio dos coronéis sobre o 
governo estadual.
c. edificada na confluência da implantação do 
federalismo, na conjuntura de crise do trabalho 
escravo e da proclamação da República.
d. herdada do patriarcalismo da sociedade im-
perial e das hierarquias do escravismo.
e. produzida pelos conflitos entre elites civis e 
militares pelo controle da Guarda Nacional e da 
direção do Estado Republicano.
Atenção: Para responder às questões 3 e 4, 
considere o texto abaixo.
... A forma federativa deu ampla autonomia aos Es-
tados, com a possibilidade de contrair empréstimos ex-
ternos, constituir forças militares próprias e uma justiça 
estadual.
[...] A representação na Câmara dos Deputados, pro-
porcional ao número de habitantes dos Estados, foi outro 
princípio aprovado...
[...] A aceitação resignada da candidatura Prudente 
de Moraes, que marcou o início da república civil oli-
gárquica, consolidada por Campos Sales, se deu em um 
momento difícil, quando Floriano dependia do apoio re-
gional [...].
(Adaptado de: FAUSTO, Boris. Pequenos ensaios de História da República (1889-
1945). São Paulo: Cebrap, 1972, p. 2-4)
03. Com base nas informações do texto, é cor-
reto afirmar que a Constituição de 1891 
a. promoveu uma cisão das oligarquias nos 
grandes Estados e garantiu as alterações na es-
trutura da sociedade brasileira.
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CAPÍTULO 02 - República Velha, da Espada a Crise das Oligarquias e do Café, 1889 – 1930
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b. deu início a uma série de importantes trans-
formações na vida social, política, econômica e 
cultural da sociedade.
c. pôs fim á política que garantia o poder fe-
deral e poder local aos representantes dos dois 
maiores Estados brasileiros.
d. representou uma vitória dos grandes Esta-
dos e garantiu a supremacia das duas maiores 
unidades da federação. 
e. criou espaços para manifestação de novas 
forças sociais e políticas ligadas ao desenvolvi-
mento nacional.
04. O principal mecanismo para a consolida-
ção da república a que o texto se refere foi a
a. política de “salvação nacional”, desencade-
ada pelos militares ligados aos grandes fazen-
deiros mineiros e paulistas com a finalidade de 
fortalecer o poder das oligarquias estaduais do 
sudeste.
b. “campanha civilista” que defendia a regula-
mentação dos preços dos produtos de exportação 
e garantia os empréstimos contraídos no exterior 
aos fazendeiros das grandes propriedades.
c. “política dos governadores”, que consistia na 
troca de apoio entre governo federal e governos 
locais, com a finalidade de manter no poder os 
representantes dos grandes fazendeiros.
d. política do “café-com-leite”, que incentivava 
uma disputa acirrada entre os representantes dos 
pequenos Estados e enfraquecia o poder dos fa-
zendeiros paulistas e dos mineiros.
e. política de “valorização do café” realizada 
pelos Estados contribuía para o enfraquecimento 
do poder local e garantia a troca de favores entre 
os fazendeiros e o governo federal.
05. Durante a República Velha, São Paulo eMinas-
Gerais eram os estados mais ricos da nação e, dessa 
forma, eram locais onde se concentravam poderosas oli-
garquias. Além disso, por serem estados mais populosos, 
tinham o maior número de representantes no Congres-
so Nacional. Graças a políticas dos Governadores, esses 
estados dominavam tanto o Poder Legislativo quanto as 
eleições presidenciais. Até 1930, a maioria dos presiden-
tes eleitos da República foram indicados por São Paulo 
e Minas Gerais. 
(ORDOÑEZ,Marlene &MACHADO).
A característica do período descrito no frag-
mento ficou conhecida como:
a. a) República Provisória.
b. Crise do Encilhamento.
c. Questão do Contestado.
d. Política do café-comleite.
e. Industrialização do Estado Novo.
06. No Brasil, a Primeira República (1889-
1930), também conhecida como República Velha, 
caracterizou-se por:
a. a) eleições fiscalizadas pela justiça eleitoral.
b. amplo domínio das oligarquias.
c. voto direto, secreto e universal.
d. universalização do acesso ao ensino primá-
rio.
e. economia diversificada e autárquica.
07. Leia o texto.
“O texto final da Constituição de 1891 considerou elei-
tores ‘os cidadãos maiores de 21 anos’, que se alistassem 
na forma da lei. João Barbalho julgou que o fato de não 
ter sido aprovada qualquer das emendas dando direito 
de voto às mulheres importava na exclusão destas, em 
definitivo, do eleitorado.”
(BARBALHO, João. Constituição Federal brasileira. Rio de Janeiro: Lytho-Typo-
graphia, 1902. p. 291). Constituição Federal brasileira
Sobre o sufrágio feminino no Brasil é correto 
afirmar:
a. A conquista deste direito é anterior ao regi-
me republicano e remonta à Constituição de 1824.
b. Desde 1891, as mulheres com formação aca-
dêmica podiam votar e candidatar-se à Câmara 
dos Deputados.
c. Foi definido pelo Código Eleitoral de 1932, 
que estabeleceu como eleitor o cidadão maior de 
21 anos sem distinção de sexo.
d. Foi definido pelo Código Eleitoral de 1932 
somente para as mulheres que possuíssem for-
mação acadêmica.
e. O voto feminino foi oficializado pela Cons-
tituição do Estado Novo, mas seu exercício só foi 
possível em 1946.
08. Tal como ocorrido em escala mundial, o 
Brasil também sofreu os efeitos da Crise de 1929, 
que atingiu fortemente o café, sustentáculo eco-
nômico da República Velha. Relativamente ao ce-
nário de crise vivido pelo país nos anos 1920, ao 
movimento de 1930 e à Era Vargas (1930-1945), 
assinale a opção correta.
a. Em face das circunstâncias criadas pela 
Segunda Guerra Mundial, a etapa fi nal da Era 
Vargas fracassou em seu intento de inaugurar a 
indústriade base no Brasil, projeto que se mate-
rializou apenas com JK.
b. Há consenso quanto ao sentido efetivamente 
revolucionário do movimento de 1930, que depôs 
o presidente Washington Luís, pelo fato de ter 
promovido radical e profunda ruptura em relação 
à República Velha.
c. Sob o ponto de vista político, os quinze anos 
da Era Vargas foram marcados pela crescente 
democratização do Estado, seguindo a tendência 
mundial de fortalecimento dos regimes avessos a 
totalitarismos.
d. Ao contrário do que acontecia na Repúbli-
ca Velha, a Era Vargas foi decisiva para a apli-
cação dos direitos políticos e civis, mas retardou 
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HISTÓRIA
em muito a entrada em vigor no país dos direitos 
sociais.
e. As revoltas tenentistas, como a dos 18 do 
Forte de Copacabana, demonstravam a crescen-
te insatisfação de camadas da sociedade ante as 
estruturas políticas arcaicas vigentes no país e o 
caráter socialmente excludente

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