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Educação de Jovens e Adultos, Fundamentos e Metodologia Discursivas

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EJA – DISCURSIVAS 
 
 “A Educação de Adultos torna-se mais que um direito: é a chave para 
o século XXI; é tanta consequência do exercício da cidadania como 
condição para uma plena participação na sociedade. Além do mais, é 
um do poderoso argumento em favor do desenvolvimento ecológico 
sustentável, da democracia, da justiça, da igualdade entre os sexos, do 
desenvolvimento socioeconômico e científico, além de um requisito 
fundamental para a construção de um mundo onde a violência cede 
lugar ao diálogo e à cultura de paz baseada na justiça. ” Declaração de 
Hamburgo, 1997. Conforme o texto acima e os estudos realizados, 
disserte sobre os princípios da Educação de Jovens e Adultos e sobre as 
finalidades da organização dos currículos na Educação de Jovens e 
Adultos. Segundo Hamburgo A educação de adultos, dentro desse 
contexto, torna-se mais que um direito: é a chave para o século XXI; é 
tanto consequência do exercício da cidadania como condição para 
uma plena participação na sociedade. A educação de adultos pode 
modelar a identidade do cidadão e dar um significado à sua vida. A 
educação ao logo da vida implica repensar o conteúdo que reflita certos 
fatores, como idade, igualdade entre os sexos, necessidades especiais, 
idioma, cultura e disparidades econômicas. Engloba todo o processo de 
aprendizagem, formal ou informal, onde pessoas consideradas pela 
sociedade desenvolvem suas habilidades, enriquecem seu 
conhecimento e aperfeiçoam suas qualificações técnicas e profissionais, 
direcionando-as para a satisfação de suas necessidades e as de sua 
sociedade. A educação de adultos inclui a educação formal, a 
educação não-formal e o espectro da aprendizagem informal e 
incidental disponível numa sociedade multicultural, onde os estudos 
baseados na teoria e na prática devem ser reconhecidos. 
 
 
 
 A inclusão de alunos com necessidades especiais é contemplada 
pelas Políticas Pública Brasileira. Descreva como surgiu o conceito de 
Educação Inclusiva. A proposta de Educação Inclusiva tem sua gênese 
na Conferência Mundial de Educação para Todos, promovida pela 
UNESCO, em 1990, na Tailândia. Nesse evento, por meio de um Plano de 
Ação, foi estabelecida Perspectiva educacional de inclusão. Uma 
orientação político-filosófica relativa às propostas educacionais dirigidas 
aos alunos com necessidades educacionais especiais para contemplar 
questões básicas de aprendizagem. A referida Conferência, cujos 
resultados foram assinados por todos os países presentes, pretendeu 
ampliar o conceito de aprendizagem para todas as crianças, jovens e 
adultos, incluindo aqueles com necessidades educacionais especiais. A 
esse respeito, cabe lembrar o seu art. I: Essas necessidades 
compreendem tanto os instrumentos essenciais para a aprendizagem 
(como a leitura e a escrita, a expressão oral, o cálculo, a solução de 
problemas) quanto os conteúdos básicos da aprendizagem (como 
conhecimentos, habilidades, valores e atitudes) necessários para que os 
seres humanos possam sobreviver, desenvolver plenamente suas 
potencialidades, viver e trabalhar com dignidade, participar plenamente 
do desenvolvimento, melhorar a qualidade de vida, tomar decisões 
fundamentadas e continuar aprendendo. 
 
 
 
 A partir das demandas dos sistemas de ensino, da SECAD/MEC, dos 
movimentos sociais e de entidades do campo educacional quanto à 
necessidade de delimitação de alguns parâmetros operacionais para a 
EJA, assim como em obediência a alguns dos pilares do Plano de 
Desenvolvimento da Educação (PDE), que indicam a necessidade de 
uma visão sistêmica da educação e, portanto, de políticas públicas 
universalizantes, em contraponto às políticas focalizadas do passado 
recente, a Comissão da câmara de Educação Básica apresenta as 
Diretrizes Operacionais Nacionais de EJA que visam nortear o 
desenvolvimento da Educação de Jovens e Adultos no contexto do 
sistema nacional de educação, compreendo-a como educação ao 
longo da vida e garantindo unidade na diversidade. Dessa forma, 
garantia de oferta de EJA deve se configurar, sobretudo, como direito 
público subjetivo, o que pressupõe qualidade social, democratização de 
acesso, permanência, sucesso escolar gestão democrática. Como o 
documento considera a EJA? Os alunos e alunas de EJA trazem consigo 
uma visão de mundo influenciada por seus traços culturais de origem e 
por sua vivência social, familiar e profissional. Podemos dizer que eles 
trazem uma noção de mundo mais relacionada ao ver e ao fazer, aberto 
à aprendizagem, eles vêm para a sala de aula com um olhar que é, por 
um lado, um olhar receptivo, sensível, e, por outro, é um olhar ativo: olhar 
curioso, explorador, olhar que investiga, olhar que pensa. O sistema ver 
EJA, como espaço de relações Inter geracionais, de diálogo entre 
saberes, de compreensão e de reconhecimento da experiência e da 
sabedoria, tensionadas pelas culturas de jovens, adultos e idosos tem, 
muitas vezes, essas relações tratadas como problemas. As formas de 
expressão conflitam com padrões homogêneos, exigindo acolher a 
discussão de juventudes, do tempo de vida adulta e de velhices, no 
plural. 
 
 
 
 A partir do que você estudou, analise cada aspecto considerado pela 
educadora Maria Clara, na tentativa de dar ao segmento da educação 
de jovens e adultos o real atendimento ao jovem e adulto que não 
completou a educação básica. Para muitos alunos, a EJA é uma via 
rápida como forma de recuperar o tempo perdido. Essa estratégia não 
parte só dos jovens, há incentivos velados das redes para que alunos 
com defasagem e indisciplinados recorram à EJA. Para Maria Clara a 
EJA no Brasil acaba cumprindo a função de reinserir no sistema 
educativo toda sorte de diversidade rejeitada pelo sistema regular, 
incluindo jovens com deficiência intelectual. A elevada matrícula de 
jovens na EJA têm representado desafios para professores e gestores. 
Planejada em sua origem para um público adulto, a EJA tem precisado 
se reinventar ao oferecer também propostas ligadas ao universo 
juvenil. Para Maria Clara, além das reclamações referentes à falta de 
valorização do professor e à falta de investimentos na EJA, a maior 
preocupação dos docentes é a disparidade entre idades. Por outro 
lado, a diversidade em sala pode apresentar ganhos para todos. Mas 
o conflito entre gerações existe porque os mais novos acham que 
sabem tudo, e aprendem mais rápido do que os mais velhos, portanto, 
o desafio dos professores é planejar atividades para todos. A LDB, de 
1996, determinou no art. 38º que a idade mínima para realizar os 
exames supletivos é de 15 anos para o Ensino Fundamental e de 18 
anos para o Ensino Médio. A partir dessa decisão, presumia-se que 
podendo prestar os exames de conclusão, o aluno também poderia 
frequentar a EJA. Porém, tema provoca discordâncias, Maria Clara 
acredita que a diminuição da idade mínima tem sido negativa, 
acredita que essa medida precisa ser revista, pois pode gerar mais 
exclusão. A EJA é oferecida pelas redes municipais e estaduais, os 
alunos estudam nas mesmas salas onde crianças e adolescentes têm 
aulas. Outra modalidade de EJA é o CIEJA (Centro Integrado de 
Educação de Jovens e Adultos), que tem infraestrutura própria. Os 
cursos de Ensino Fundamental são oferecidos em quatro anos e 
geralmente contam com os seguintes ciclos: alfabetização, básica, 
complementar e final. Os referentes ao Ensino Médio têm duração de 
dois anos. 
 
 
 
 A resolução n° 4, de 13 de julho de 2010(*) do Ministério da Educação. 
Conselho Nacional de Educação, por meio da Câmara de Educação 
Básica, define as diretrizes curriculares nacionaisgerais para a educação 
básica. No capítulo II, trata das modalidades da educação básica e, no 
art. 28, da educação de jovens e adultos e aponta com maiores detalhes 
o que a Lei n° 9394/96 traz nos artigos 37 e 38. Analise e elabore um texto 
sobre o que artigo 28 aponta como papel dos sistemas de ensino na 
educação de jovens e adultos: Art.28. A Educação de Jovens e Adultos 
(EJA) destina-se aos que se situam na faixa etária superior à considerada 
própria, no nível de conclusão do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. 
§ 1° Cabe aos sistemas educativos viabilizar a oferta de cursos gratuitos 
aos jovens e aos adultos, proporcionando-lhes oportunidades 
educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, 
seus interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos, 
exames, ações integradas e complementares entre si, estruturados em 
um projeto pedagógico próprio. Segundo as Diretrizes Curriculares 
Nacionais para a EJA, essa modalidade deve desempenhar três funções: 
Função reparadora – Não se refere apenas à entrada dos jovens e adultos 
no âmbito dos direitos civis, pela restauração de um direito a eles 
negado, o direito a uma escola de qualidade, mas também ao 
reconhecimento da igualdade ontológica de todo e qualquer ser 
humano de ter acesso a um bem real, social e simbolicamente 
importante. Mas não se pode confundir a noção de reparação com a de 
suprimento. Para tanto, é indispensável um modelo educacional que crie 
situações pedagógicas satisfatórias para atender às necessidades de 
aprendizagem específicas de alunos jovens e adultos. Função 
equalizadora – Relaciona-se à igualdade de oportunidades, que 
possibilite oferecer aos indivíduos novas inserções no mundo do trabalho, 
na vida social, nos espaços da estética e nos canais de participação. A 
equidade é a forma pela qual os bens sociais são distribuídos tendo em 
vista maior igualdade, dentro de situações específicas. Nessa linha, a EJA 
representa uma possibilidade de efetivar um caminho de 
desenvolvimento a todas as pessoas, de todas as idades, permitindo que 
jovens e adultos atualizem seus conhecimentos, mostrem habilidades, 
troquem experiências e tenham acesso a novas formas de trabalho e 
cultura. Função qualificadora – Refere-se à educação permanente, com 
base no caráter incompleto do ser humano, cujo potencial de 
desenvolvimento e de adequação pode se atualizar em quadros 
escolares ou não-escolar. 
 
 
 
 Analise a situação da formação docente para atuação no EJA? No 
Brasil a formação de jovens e adultos começou, quando se viu 
necessário profissionalizar a nova sociedade pós-escravidão, para a 
recente industrialização e urbanização do país. Deste período até os 
dias de hoje muito se foi feito para que a Educação de Jovens e Adultos 
fosse vista não apenas como uma forma de habilitação para o mercado 
de trabalho, mas como a formação de cidadãos críticos, reflexivos e 
autônomos. O papel do professor é de mediador desta formação, 
utilizando métodos de ensino adequados, possibilitando aos alunos a 
oportunidade de alcançarem cada vez mais um novo nível de 
conhecimento que satisfaça suas necessidades como indivíduo de uma 
sociedade. Para que esse objetivo seja alcançado têm-se a 
preocupação com a formação do professor, que deve ser contínua. A 
formação de professores voltada à EJA visa aperfeiçoar técnicas 
pedagógicas, metodologias de ensino que possibilitem a permanência 
desses educandos na escola, proporcionando-lhes um ensino 
significativo, que os levem à análise crítica dos fatos abordados em sala 
de aula e do seu meio social. 
 
 
 
 Ao longo dos anos, como tem sido a questão da EJA no Brasil? A EJA 
vem ocupando um espaço reduzido no sistema educativo, estando 
marcada por apresentar um caráter estritamente compensatório e por 
constituir lugar exclusivo e reconhecido dos desprovidos de valor social. 
Alfabetizar jovens e adultos tem sido um desafio para o sistema 
educacional brasileiro, pois ainda constatamos a existência de pessoas 
adultas pouco ou não alfabetizadas. Essa constatação fere um dos 
principais princípios do direito à cidadania, que é o direito à Educação 
Básica, em qualquer idade e para toda a vida. Atualmente, quando 
tratamos da Educação de Jovens e Adultos, referimo‑nos à oferta da 
Educação Básica, que inclui o Ensino Fundamental e o Ensino Médio para 
os que não estudaram ou completaram seus estudos na idade própria. 
Por muito tempo, a preocupação fora a erradicação do analfabetismo e 
a manutenção de classes de alfabetização. 
 
 
 
 Com relação ao atendimento aos alunos com necessidades 
educacionais especiais como deve ser o processo de construção do 
P.P.P. da escola? Face aos princípios e diretrizes da educação inclusiva 
é possível afirmar que o Brasil ainda não reúne condições de efetivar tal 
projeto em toda a sua dimensão. Ainda hoje o precário atendimento as 
necessidades escolares dos alunos brasileiros são responsáveis pelos 
elevados índices de evasão e repetência escolar. 
 
 
 
 Como a autora Maria Fernanda Rezende Nunes define que o 
neoliberalismo entra no cenário mundial? Entra no cenário mundial 
difundindo a crença no mercado o Estado mínimo a exaltação da 
empresa privada e o darwinismo social, com a naturalização dos índices 
de desemprego. As políticas passam a se dirigir para a privatização o 
corte dos gastos públicos entre eles os benefícios sociais. Entretanto o 
desmonte do Estado do Bem-Estar Social nos países que foram 
efetivamente beneficiados por ele não é e nem tem sido tão fácil quanto 
a formulação teórica sugere, pois, os trabalhadores organizados tem 
forças para lutar pela garantia das suas conquistas. Ele vai entrando 
como “uma luva” no Brasil sendo defendidas por tendências políticas 
divergentes. 
 
 
 
 Como é composto o aluno do EJA? Os alunos do EJA são jovens e 
adultos que representam uma parcela grande da população, que não 
tiveram acesso ao seu direito de estudar no tempo previsto em Lei, de 6 
a 14 anos. O público do EJA é composto, como o próprio nome diz, de 
pessoas jovens e adultas, e isso significa que do ponto de vista da 
aprendizagem, elas não podem ser consideradas pessoas vazias. Elas 
têm uma história, uma trajetória, e por isso mesmo trazer consigo 
diferentes experiências, bagagens e conhecimentos acumulados ao 
longo de sua existência. A inserção em diferentes espaços, como família, 
trabalho, grupo religioso, entre outros, vai dando a esses jovens e adultos 
uma visão muito particular de mundo, de valores, vai formando sua 
personalidade. Além disso, no contexto da sala de aula, é impossível 
dissociar a vida pessoal de cada um: seus sonhos e frustrações, 
conquistas e decepções, memórias, alegrias e traumas construídos ao 
longo de sua trajetória. 
 
 
 
 
 
 Como Fáveo e Andrade definem a Política Pública da Educação de 
Jovens e adultos no Brasil? A Educação de Jovens e Adultos (EJA), no 
Brasil, sempre ocupou espaço reduzido nos sistemas educativos, com um 
caráter estritamente compensatório e quase que exclusivo dos 
desprovidos de valor social. Os currículos, conteúdos, métodos e 
materiais didáticos utilizados na Educação de Jovens e Adultos 
geralmente reproduzem inadequadamente os modelos voltados às 
crianças. A origem dos problemas está na não-universalização do Ensino 
fundamental e no afastamento do poder público no que se refere à 
definição e implementação de políticas públicas que garantam o 
atendimento de jovens e adultos trabalhadores. As ações definidas para 
a EJA configuram-se como campanhas ou movimentos, em geral 
desenvolvidos a partir dogoverno, com envolvimento de organizações 
da sociedade civil para a realização de propostas de eliminação do 
analfabetismo ou de formação de mão-de-obra, em curtos espaços de 
tempo. Essas políticas não têm atingido as causas do problema, perdem 
-se na descontinuidade administrativa e são associadas ao ensino 
noturno supletivo que absorve jovens e adultos que não conseguiram 
concluir o ensino básico na idade regular. 
 
 
 
 
 Como Lourenço Filho via a questão do analfabetismo? Lourenço Filho 
trouxe o conceito de alfabetização funcional da Educação Fundamental 
ou da Educação de Base, a qual consistia no desenvolvimento dos 
conhecimentos de leitura, escrita e cálculo, noções gerais de história, 
geografia, ciências, higiene, saúde e civismo para as crianças e também 
para os adultos analfabetos. A educação de base corresponderia aos 
conteúdos da escola primária. Assim, a educação de adultos, com os 
mesmos conteúdos da escola primária para as crianças, já contribuía 
para a realização do ideal de educação para todos. No caso específico 
do Brasil, atribuía‑se ao ensino supletivo o esforço de fornecer a todos a 
educação de base ou educação fundamental, entendendo‑se por 
educação de base o processo educativo dedicado a proporcionar a 
cada indivíduo os instrumentos indispensáveis da cultura de seu tempo, 
em técnicas que facilitassem o acesso a essa cultura – como a leitura, a 
escrita, a aritmética elementar, noções de ciências, de vida social, de 
civismo, de higiene – e com as quais, segundo suas capacidades, cada 
homem pudesse desenvolver‑se e procurar melhor ajustamento social. 
 
 
 
 
 De acordo com Valle (2009) o pensamento neoliberal educacional vê 
a escola? Como espaço do desenvolvimento de talentos, hábitos de 
preparação para desafios conectada com a atividade geral das vidas 
humanas, pois a nova liberdade é a política do conflito regulado e a 
economia social da maximização de oportunidades da vida intelectual. 
 
 
 
 Elabore uma lista sobre as características dos alunos da EJA. Os alunos 
e alunas de EJA trazem consigo uma visão de mundo influenciada por 
seus traços culturais de origem e por sua vivência social, familiar e 
profissional. Podemos dizer que eles trazem uma noção de mundo mais 
relacionada ao ver e ao fazer, aberto à aprendizagem, eles vêm para a 
sala de aula com um olhar que é, por um lado, um olhar receptivo, 
sensível, e, por outro, é um olhar ativo: olhar curioso, explorador, olhar 
que investiga, olhar que pensa. O sistema ver EJA, como espaço de 
relações Inter geracionais, de diálogo entre saberes, de compreensão e 
de reconhecimento da experiência e da sabedoria, tensionadas pelas 
culturas de jovens, adultos e idosos tem, muitas vezes, essas relações 
tratadas como problemas. As formas de expressão conflitam com 
padrões homogêneos, exigindo acolher a discussão de juventudes, do 
tempo de vida adulta e de velhices, no plural. 
 
 
 
 
 Em nossos estudos destacam-se a importância do processo de 
interação entre o professor e o aluno da EJA, no desenvolvimento do 
trabalho pedagógico ao se buscar uma mudança na prática 
pedagógica, visando a vida do trabalho e de estudos do aluno da EJA, 
visando ao acesso, permanência com sucesso e inclusão na 
escolaridade básica brasileira. Quais são as características do projeto 
pedagógico do Eja para que... O reconhecimento da diversidade na EJA 
levou a legislação educacional a tomar a decisão de garantir o acesso 
e a permanência dos alunos na escola, e para que eles tenham sucesso 
na aprendizagem, com um ensino de qualidade, possibilitando‑lhes um 
atendimento de acordo com as suas condições e modos de vida. 
Encontramos, na legislação artigos que determinam, esclarecem e 
orientam ações, programas e projetos que dão suporte ao 
desenvolvimento dessa modalidade de ensino. A metodologia desse 
ensino está voltada para a discussão do desenvolvimento e aprendizado 
de jovens e adultos, a organização das atividades em projetos e o papel 
do professor na organização e direção das situações de aprendizagem 
dos alunos. A metodologia da Língua Portuguesa é discutida tendo o 
texto de uso social como o condutor da alfabetização de jovens e 
adultos, considerando a prática social e localização cultural. A 
metodologia de Matemática tem como fundamento articular os 
conteúdos com questões da realidade e evitar a fragmentação por meio 
do trabalho em torno de eixos ou núcleos centrais que possibilitem a 
análise dos fenômenos. A metodologia de Estudos da Sociedade e da 
Natureza tem o objetivo de aprimorar a formação da cidadania, 
considerando os educandos como sujeitos de sua própria história e da 
de seu tempo, tendo em vista que a complexidade do mundo moderno, 
as rápidas transformações das tecnologias de informação e 
comunicação e as mudanças nas formas de produção exigem o 
desenvolvimento de habilidades e competências que levem os alunos a 
compreender criticamente a sociedade em que vivem, inserindo‑os na 
realidade, de forma consciente e participativa. 
 
 
 Enunciado: Que a educação seja o processo através do qual o 
indivíduo toma a história em suas próprias mãos, a fim de mudar o rumo 
da mesma. Como? Acreditando no educando, na sua capacidade de 
aprender, descobrir, criar soluções, desafiar, enfrentar, propor, escolher e 
assumir as consequências de sua escolha. Mas isso não será possível se 
continuarmos bitolando os alfabetizandos com desenhos pré-formulados 
para colorir, com textos criados por outros para copiarem, com caminhos 
pontilhados para seguir, com histórias que alienam, com métodos que 
não levam em conta a lógica de quem aprende. (FUCK, 1994, p. 14 - 15). 
Tendo por referência a passagem textual, disserte sobre as concepções 
que permearam a trajetória histórica da Educação de Jovens e Adultos e 
indique que tipo de educação deve ser desenvolvido para atender as 
necessidades de pessoas que não tiveram acesso à escola em idade 
escolar. EJA no Brasil, muitos desafios são enfrentados, o que exige tratar 
de aspectos conceituais que sustentam modos de formular e 
compreender este diagnóstico e que, mais do que isto, orientam políticas 
públicas de Estado. Primeiramente cabe abordar a concepção de 
educação de jovens e adultos, que entende educação como direito de 
aprender, de ampliar conhecimentos ao longo da vida, e não apenas de 
se escolarizar. Tratar a EJA como direito significa reafirmar a Declaração 
Universal dos Direitos Humanos, de 1948, para a qual a educação 
constitui direito fundamental da pessoa, do cidadão; mais do que isto 
significa criar, oferecer condições para que esses direitos sejam, de fato, 
exercidos. Desde o final da primeira metade do século XX, os sistemas 
nacionais de educação vêm decidindo seus rumos e filosofia a partir da 
prioridade política assumida por todos os Estados. Entre nós, brasileiros, 
só em 1988 o direito à educação para todos voltou à Constituição 
Federal. A solução e entender que: EJA é espaço de tensão e 
aprendizado em diferentes ambientes de vivências, que contribuem para 
a formação de jovens e de adultos como sujeitos da história. Negros, 
brancos, indígenas, amarelos, mestiços; mulheres, homens; jovens, 
adultos, idosos; quilombolas, pantaneiros, ribeirinhos, pescadores, 
agricultores; trabalhadores ou desempregados — de diferentes classes 
sociais; origem urbana ou rural; vivendo em metrópole, cidade pequena 
ou campo; livre ou privado de liberdade por estar em conflito com a lei; 
pessoas com necessidades educacionais especiais – todas elas instituem 
distintas formas de ser brasileiro, que precisam incidir no pl e execução 
dediferentes propostas e encaminhamentos para a EJA. 
 
 
 
 Escreva sobre a importância do planejamento didático. A importância 
do planejamento é para fugir da rotina, da repetição mecânica dos 
cursos e das aulas; para evitar a improvisação o que pode provocar 
ações soltas, desintegradas. É um processo que “visa dar respostas a um 
problema, estabelecendo fins e meios que apontem para a sua 
superação de modo a atingir objetivos previstos, pensando e prevendo 
necessariamente o futuro”, mas considerando as condições do presente, 
as experiências do passado, os aspectos contextuais e os pressupostos 
filosóficos, culturais, econômicos e político de quem planeja e com quem 
se planeja. Para garantir: a eficiência, eficácia e efetividade do processo 
ensino-aprendizagem; a continuidade do trabalho do professor; o 
cumprimento da programação estabelecida; a distribuição racional do 
tempo disponível; a seleção cuidadosa dos objetivos, dos conteúdos, 
assim como de metodologia, recursos e procedimentos de avaliação; o 
conhecimento por parte dos alunos, das metas do trabalho do professor. 
 
 
 
 Escreva sobre como deve ser a avaliação na EJA? A avaliação dos 
alunos da Educação de Jovens e Adultos tem o objetivo de garantir‑lhes 
a aprendizagem com sucesso na escola. A sequência de atividades 
planejadas, de antemão, pelo educador não pode ser considerada 
como um plano fixo e imóvel. Se houver necessidade, ajustes devem ser 
realizados no decorrer da realização do plano, para que os objetivos de 
aprendizagem sejam atingidos. O plano de trabalho deve ser avaliado 
não apenas quanto ao que os alunos sabem ou não sabem, mas avaliar 
a proposta pedagógica, a adequação dos trabalhos do professor em 
relação aos alunos que tem sob sua responsabilidade. Os objetivos 
didáticos é que devem orientar o estabelecimento de critérios de do 
processo de avaliação continuada das aprendizagens. Quanto à 
avaliação final, devem ser estabelecidos critérios que reflitam os 
aspectos essenciais das aprendizagens da Educação de Jovens e 
Adultos como um todo, que estão relacionados aos pilares das 
competências e habilidades do aprender a fazer e do aprender a 
aprender, que garantem independência e autonomia nos processos de 
aprendizagem individual. Podemos elencar, como critério de avaliação 
como: • compreender um texto lido; • produzir uma mensagem escrita; 
• ler e escrever números naturais; • resolver problemas simples; • 
identificar informações contidas em tabelas ou esquemas simples. 
 
 
 Escreva sobre a importância de Paulo Freire na atualidade do EJA e a 
educação como um todo? A educação popular foi por muito tempo 
marginalizada pela escola oficial. O movimento que começa no final da 
década de 50, se estende pela de 60 é uma herança cultural, uma 
verdadeira pedagogia de luta, transformação, libertação. Paulo Freire é 
símbolo dessa luta. Ele sempre tinha muito a aprender, escutar, dialogar. 
Ele não admitia educação como método ou técnica neutra, negava esta 
neutralidade. Para ele, educação é ato político. O povo não é 
desestruturado. Há um tecido social pedagógico-educativo, onde seres 
humanos se constroem, se destroem, constroem suas identidades, seus 
valores. Ao questionar o legado de Freire para a educação de jovens e 
adultos consideramos que o desafio que Freire continua nos colocando 
é como desenvolver a EJA na perspectiva e no espírito da educação 
popular e de forma a preparar o cidadão para participar ativamente do 
processo democrático. Embora a escolaridade ainda seja um dos 
principais desafios da EJA, como reconstituir e valorizar a dimensão 
política e emancipatória desse processo? Os nossos processos de ensino 
aprendizagem estão ainda excessivamente mais preocupados com o 
ensino do que com a aprendizagem. Como trazer os educandos para o 
centro da nossa preocupação pedagógica em termos teórico-
metodológicos, políticos e práticos? Num mundo ainda regido pelo 
neoliberalismo, pela predominância do mercado e pela influência da 
empregabilidade sobre os contornos da EJA, que ofertamos, como 
estabelecer novas utopias em que os princípios de qualidade de vida, 
solidariedade, justiça e sustentabilidade predominem sobre os do 
consumismo, do individualismo e de uma visão antropocêntrico da 
relação do mundo natural – humano e natureza? Freire sempre nos 
desafia e questiona. O lançamento da política de participação social 
coloca desafios imediatos que a EJA não pode se furtar a responder. A 
educação popular foi por muito tempo marginalizada pela escola oficial. 
O movimento que começa no final da década de 50, se estende pela de 
60 é uma herança cultural, uma verdadeira pedagogia de luta, 
transformação, libertação. Paulo Freire é símbolo dessa luta. Ele sempre 
tinha muito a aprender, escutar, dialogar. Ele não admitia educação 
como método ou técnica neutra, negava esta neutralidade. Para 
ele, educação é ato político. O povo não é desestruturado. Há um tecido 
social pedagógico-educativo, onde seres humanos se constroem, se 
destroem, constroem suas identidades, seus valores. 
 
 
 
 Experiências em EJA no BRASIL. Alfabetização Solidária – Com o intuito 
de reduzir os índices de analfabetismo no país, o governo brasileiro, criou 
em 1997 o Programa de Alfabetização Solidária (PAS). Diversas ações 
foram realizadas e os resultados obtidos mostraram que o PAS contribuiu 
para a diminuição do analfabetismo entre jovens e adultos. Brasil 
alfabetizado – Promover a superação do analfabetismo entre jovens com 
15 anos ou mais, adultos e idosos e contribuir para a universalização do 
ensino fundamental no Brasil. Sua concepção reconhece a educação 
como direito humano e a oferta pública da alfabetização como porta de 
entrada para a educação e a escolarização das pessoas ao longo de 
toda a vida. Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos (MOVA) - 
Surgiu em 1989 em São Paulo durante a gestão de Paulo Freire na 
secretaria municipal de educação de São Paulo, com uma proposta que 
reunia Estado e Organizações da Sociedade Civil, para combater 
o analfabetismo entre jovens e adultos. Objetivo: assegurar a todos os 
jovens e adultos a escolaridade, combatendo o preconceito em relação 
ao analfabetismo. 
 
 
 
 
 Explique o que vem a ser o Índice de Desenvolvimento da Educação 
Básica (IDEB). O IDEB é um indicador da qualidade educacional, que 
combina o Saeb, a Prova Brasil e a taxa de aprovação de cada escola e 
de cada município, considerada com o tempo médio que o aluno leva 
para concluir uma série. Foi criado com o propósito de nortear as políticas 
educacionais do país, a fim de melhorar a qualidade do processo ensino-
aprendizagem. Este índice analisa, no mesmo indicador, o desempenho 
dos alunos nas avaliações aplicadas pelo MEC nas redes públicas de 
todo o país e as taxas de evasão e repetência destas mesmas escolas. 
 
 
 
 Escreva sobre o trabalho com projetos na EJA. O que é? Como deve 
ser o trabalho? O que significa um bom projeto? Especifique suas partes. 
Preparar um projeto requer a integração de múltiplos recursos, 
conhecimento e estratégias. O projeto parte de uma situação-problema, 
de uma necessidade, tem o objetivo compartilhado com todos os 
envolvidos e prevê um produto final, predefinido e compartilhado com os 
participantes. Todo projeto necessita de uma metodologia e a 
metodologia de projetos está relacionada a uma visão interdisciplinar 
dos saberes, pelo fato dela estar centrada na resolução de problemas da 
vida prática. Deve-se ter em mente que um projeto deve estar embasado 
em problemas da vida cotidiana para que a fatia de realidaderecortada 
para o estudo seja inteiramente analisada, desmistificada e conhecida 
por todos os envolvidos. Além disso, deve-se ter em mente que o 
conhecimento advindo desse processo, resultado de uma metodologia 
de integração e superposição de saberes, possa proporcionar um novo 
jeito de ser e de sentir, trazer uma nova luz, que reflita uma nova forma 
de “estar no mundo”, processo este que nos exige sabedoria para bem 
conviver conosco e com o que nos rodeia. Entre outras coisas, um bom 
projeto tem um objetivo claro e uma justificativa coerente com o mesmo, 
o educando conhece o assunto e sabe o que os alunos conhecem e 
desconhecem do mesmo, o conteúdo do projeto é significativo em si e 
para os alunos, os alunos compartilham o objetivo do projeto, o tema e 
os desdobramentos do projeto estão incluídos em práticas sociais, de 
modo a sempre transcender os muros da escola e o produto final do 
projeto torna visíveis os processos de aprendizagem e conteúdo 
apreendidos. 
 
 
 
 Explique a responsabilidade sobre a Gestão da Educação dentro do 
contexto moderno a partir dos impactos e demandas econômicas, 
políticas e sociais, culturais e tecnológicas. As políticas e a gestão da 
educação no Brasil caracterizam políticas do governo, a importância 
dessa disciplina é justificada pelo seu compromisso e formação do 
cidadão. Vários desafios são colocados para sociedade uma vez que o 
contexto educacional é mediado pelo contento político econômico, 
social e cultural. É necessário as condições da oferta de ensino de 
qualidade, organização do trabalho escolar compatível com os objetivos 
educativos da instituição, há necessidade de formação de professores 
que vão trabalhar com esses alunos no sentido de desenvolver a 
sociedade um novo cidadão mais completo e lúcido, mas em condição 
de atuar na sociedade contribuindo para o seu enriquecimento. São 
necessários mecanismos de informação e da comunicação entre todos 
os segmentos da escola, gestão democrática, participação de diversos 
grupos e pessoas nas atividades e espaços educativos. 
 
 
 
 Lederman realizou em 1926 um dos mais antigos estudos sobre 
Andragogia, estabelecendo cinco pressupostos. Explique com suas 
palavras o que é Andragogia e comente o pressuposto abaixo dando um 
exemplo de aplicação: “A experiência é a mais rica fonte para jovens e 
adultos aprenderem; por isso, o centro da metodologia da educação de 
adultos é a análise das experiências". Andragogia é a arte ou ciência de 
orientar adultos a aprender. O termo remete a 
um conceito de educação voltada para o adulto, em contraposição 
à pedagogia, que se refere à educação de crianças (do grego paidós, 
criança). A andragogia é um conceito amplo de educação do ser 
humano, em qualquer idade. A UNESCO já usou o termo para referir-se à 
educação continuada. Ciência que estuda as melhores práticas para 
orientar adultos a aprender. É preciso considerar que a experiência é a 
fonte mais rica para a aprendizagem de adultos. Estes são motivados a 
aprender conforme vivenciam necessidades e interesses que a 
aprendizagem satisfará em sua vida. O modelo baseia-se nos seguintes 
princípios. 1. Necessidade de saber: adultos precisam saber por que 
precisam aprender algo e qual o ganho que terão no processo. 2. 
Autoconceito do aprendiz: adultos são responsáveis por suas decisões e 
por sua vida, portanto querem ser vistos e tratados pelos outros como 
capazes de se autodirigir. 3. Papel das experiências: para o adulto suas 
experiências são a base de seu aprendizado. As técnicas que 
aproveitam essa amplitude de diferenças individuais serão mais eficazes. 
4. Prontidão para aprender: o adulto fica disposto a aprender quando a 
ocasião exige algum tipo de aprendizagem relacionado a situações reais 
de seu dia-a-dia. 5. Orientação para aprendizagem: o adulto aprende 
melhor quando os conceitos apresentados estão contextualizados para 
alguma aplicação e utilidade. 6. Motivação: adultos são mais motivados 
a aprender por valores intrínsecos: autoestima, qualidade de vida, 
desenvolvimento. 
 
 
 
 
 Faça a linha do tempo da história do EJA. Inclua dados históricos e 
políticos da mesma época. Década de 30 - A educação de adultos 
começa a delimitar seu lugar na história da educação no Brasil. Década 
de 40 - Ampliação da educação elementar, inclusive da educação de 
jovens e adultos. Década de 50 - Pensamento Paulo Freire. Década de 
60 - Pensamento de Paulo Freire, assim como sua proposta para a 
alfabetização de adultos, inspira os principais programas de 
alfabetização do país. 1964 - Plano Nacional de Alfabetização, orientado 
pela proposta de Paulo Freire. Foi interrompida pelo Golpe Militar. 1967- 
Governo assume o controle dos Programas de Alfabetização de Adultos, 
tornando-os assistencialistas e conservadores. Lançado o MOBRAL. 1969 
- Campanha Massiva de Alfabetização. Década de 70 - MOBRAL 
expandiu-se pelo território nacional. PEI – Programa de Educação 
Integrada, derivado do MOBRAL, sendo uma forma condensada do 
antigo curso primário. Década de 80 - Movimentos sociais e início da 
abertura política. Os projetos de alfabetização se desdobraram em 
turmas de pós-alfabetização. 1985 - MOBRAL extinto e seu lugar ocupado 
pela Fundação Educar, que apoiava iniciativas do governo, entidades 
civis e empresas. Década de 90 - Extinção da Fundação Educar, criou-se 
um vazio na Educação de Jovens e Adultos. Década de 90 - Conferência 
Mundial de Educação para Todos. 1997 - V Conferência Internacional de 
Educação de Jovens. 1998 - LDB 9394/96. 2000 - Parecer nº 11/2000 – 
CEB/CNE trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de 
Jovens e Adultos. Também foi homologada a Resolução nº 01/00 – CNE. 
 
 
 
 Há uma explicação para o difícil processo de legitimação do direito à 
educação para as populações pobres no Brasil? O modo de tratar 
sujeitos analfabetos ou de baixa escolaridade como um grupo 
homogêneo, inadequação de currículos, conteúdos, métodos e 
materiais didáticos são a marca da discriminação que contribui 
significativamente para a manutenção das desigualdades e, 
consequentemente, para uma recorrente produção de excluídos. 
 
 
 
 Leia a epígrafe: “As características do leitor: cultura, conhecimento 
prévio e linguístico, esquemas conceituais e o seu propósito na leitura é 
que irão produzir maneiras diferenciadas de interpretação dos textos. A 
capacidade de interpretar e aprender com os textos está diretamente 
ligada àquilo que o indivíduo conhece antes do ato da leitura. As 
características do leitor são tão importantes como as do texto. ” (Durante, 
1998, p. 29). Diante do que foi citado acima e do que aprendemos na 
aula, como deve ser o trabalho com Língua Portuguesa na Educação de 
Jovens e Adultos? Que princípios norteados devem ser levados em 
consideração (cite e explique pelo menos três princípios). A metodologia 
da Língua Portuguesa é discutida tendo o texto de uso social como o 
condutor da alfabetização de jovens e adultos, considerando a prática 
social e localização cultural. Comprometida com o uso social da leitura 
e escrita, pretende romper com a aprendizagem de técnicas de leitura e 
escrita e com a dicotomia das formas mecânicas de ler e aprender. Para 
que o processo educativo com a linguagem seja realizado em direção a 
uma aprendizagem significativa, é necessário não perder de vista o que 
é ler e escrever. A resposta é relativamente simples: ler corresponde a 
compreender um texto, e escrever é produzir esse texto. A predisposição 
para a aprendizagem vem quando escrever e ler tem sentido e há, por 
partedo aluno, motivação para aprender. Por outro lado, com a crença 
de que poder é querer, o professor consegue atuar com relação à 
autoestima do educando, garantindo a aprendizagem significativa. 
Alguns objetivos gerais que são propostos para a área da Língua 
Portuguesa: como por exemplo que os educandos sejam capazes de: • 
Valorizar a língua como veículo de comunicação e expressão das 
pessoas e dos povos. • Respeitar a variedade linguística que caracteriza 
a comunidade dos falantes da Língua Portuguesa. • Expressar‑se 
oralmente com eficácia em diferentes situações, interessando‑se por 
ampliar seus recursos do sistema de representação. 
 
 Lourenço Filho defendeu a necessidade da elevação dos níveis de 
instrução de toda a população como condição para o desenvolvimento 
econômico da nação. Foi protagonista da Campanha de Educação de 
Adultos na década de 1940, que visava instituir políticas globais para 
tornar possível solucionar problemas. Em 1949, organizou e dirigiu o 
Seminário Interamericano de Alfabetização e Educação de Adultos, 
realizado no Rio de Janeiro, sob os auspícios da Organização dos Estados 
Americanos (OEA) e da Organização das Nações Unidas para a 
educação, a ciência e a cultura (Unesco). Defendia a educação comum 
para todo o Estado Brasileiro e chamava isso de educação de base que 
inclui ler, escrever, contar, princípios básicos de saúde e higiene, e 
conhecimentos de história e geografia. Nessa ocasião recebeu o título 
de “ Maestro de las Américas”. De acordo com esse texto e dos estudos 
realizados, como Lourenço Filho via a questão do analfabetismo? 
Lourenço Filho trouxe o conceito de alfabetização funcional da 
Educação Fundamental ou da Educação de Base, a qual consistia no 
desenvolvimento dos conhecimentos de leitura, escrita e cálculo, noções 
gerais de história, geografia, ciências, higiene, saúde e civismo para as 
crianças e também para os adultos analfabetos. A educação de base 
corresponderia aos conteúdos da escola primária. Assim, a educação de 
adultos, com os mesmos conteúdos da escola primária para as crianças, 
já contribuía para a realização do ideal de educação para todos. No 
caso específico do Brasil, atribuía‑se ao ensino supletivo o esforço de 
fornecer a todos a educação de base ou educação fundamental, 
entendendo‑se por educação de base o processo educativo dedicado 
a proporcionar a cada indivíduo os instrumentos indispensáveis da 
cultura de seu tempo, em técnicas que facilitassem o acesso a essa 
cultura – como a leitura, a escrita, a aritmética elementar, noções de 
ciências, de vida social, de civismo, de higiene – e com as quais, 
segundo suas capacidades, cada homem pudesse desenvolver‑se e 
procurar melhor ajustamento social. 
 
 
 Maria Clara Di Piero sobre a LDB 9394 para elevar idades mínimas de 
ingresso no EJA, que segundo a Lei 9394/96, é 15 anos para o ensino 
fundamental e 18 para o ensino médio.: O tema não reuniu consenso na 
rodada de audiências públicas realizadas pelo CNE em 2007. Minha 
posição naquela ocasião foi; Nas últimas décadas, a EJA foi chamada a 
cumprir uma nova função, qual seja , a de acolher a reinserir no sistema 
educativo adolescentes das camadas populares dele excluídos devido 
aos processos de seleção presentes na escola regular (fracasso escolar, 
rejeição a adolescentes com defasagem idade-série, discriminação de 
jovens tidos com indisciplinados, recusa ao atendimento a adolescentes 
em liberdade assistida, etc.) e relacionados a processos mais amplos de 
exclusão social ( pobreza, desemprego, novas configurações das 
famílias, violência urbana, etc.). Assim, para que se assegure o direito à 
educação de qualidade, qualquer redefinição dos parâmetros de 
acolhimento ou rejeição desses adolescentes na EJA deve ser 
acompanhada de políticas sociais a expulsar esses adolescentes. Uma 
eventual elevação da idade mínima de ingresso no EJA deve ser 
acompanhada de políticas de atenção aos adolescentes como elevada 
defasagem idade-série e aos jovens com baixa escolaridade cujas 
condições socioeconômicas impõem o ingresso precoce no mundo do 
trabalho. A partir das colocações de Maria Clara Di Pierro, discuta as 
questões relativas à função social da educação de jovens e adultos e a 
idade para o ingresso na educação de jovens e adultos no Ensino 
Fundamental e Ensino Médio. Deve-se levar em consideração o perfil 
desses estudantes, distinto daqueles que têm oportunidade de estudar na 
“idade convencional” no que diz respeito à seleção de conteúdos, 
materiais didáticos e metodologias de ensino e da avaliação, uma vez 
que esses alunos, em sua maioria, trabalham durante o dia em período 
integral. A ausência do domínio da leitura e da escrita, no entanto, não 
representa ausência de cultura e outros saberes não acadêmicos. Nesse 
contexto, os projetos pedagógicos para turmas da EJA devem ser 
pensados de maneira que possam contemplar o multiculturalismo e que 
sejam capazes de valorizar e reconhecer a complementaridade entre os 
saberes acadêmicos e os informais (ligados ao contexto sociocultural do 
educando), a experiência de vida já adquirida pelos discentes e as 
diferenças entre as formas de conhecimento. O currículo deve abranger 
temas que possibilitem compreender o contexto em que os alunos vivem, 
ou seja, que apresentem significado. Essa concepção está de acordo 
com o documento base do Proeja, que estabelece o objetivo da 
educação para adultos integrada à formação profissional. 
 
 
 
 Mariana é uma professora que se mudou recentemente para uma 
cidade no interior da Bahia e conseguiu aulas em uma escola de 
alfabetização de adultos, que trabalham o dia todo na lavoura e estudam 
à noite. Sugira uma atividade de língua Portuguesa para Mariana 
trabalhar com seus alunos. É importante que o ensino da EJA não copie 
o mesmo modelo de aula desenvolvida no ensino regular. Temos de 
considerar as condições específicas do aluno que participa das aulas. A 
metodologia da Língua Portuguesa é discutida tendo o texto de uso social 
como o condutor da alfabetização de jovens e adultos, considerando a 
prática social e localização cultural. Comprometida com o uso social da 
leitura e escrita, pretende romper com a aprendizagem de técnicas de 
leitura e escrita e com a dicotomia das formas mecânicas de ler e 
aprender. Um exemplo de atividade pode ser: Classificar palavras ou 
expressões pelo critério de proximidade do sentido (nomes de pessoas, 
nomes de animais, nomes de cores, nomes de ferramentas, expressões 
que servem para descrever uma casa, atividades que realizamos no fim 
de semana etc.). 
 
 
 
 Na Declaração de Hamburgo de 1997, há o reconhecimento do direito 
do adulto que não concluiu a educação básica na idade própria, 
conforme o texto a seguir: A Educação de Adultos torna-se mais que um 
direito: é a chave para o século XXI; é tanto consequência do exercício 
da cidadania como condição para uma plena participação na 
sociedade. Além do mais, é um poderoso argumento em favor do 
desenvolvimento ecológico sustentável, da democracia, da justiça, da 
igualdade entre os sexos, do desenvolvimento socioeconômico e 
cientifico, além de um requisito fundamental para a construção de um 
mundo onde a violência cede lugar ao diálogo e à cultura de paz 
baseada na justiça (Declaração de Hamburgo, 1997). - Quais são os 
aspectos na Declaração de Hamburgo que foram discutidos e que 
destacam a importância da educação de jovens e adultos? Em 1997, foi 
realizada uma conferência internacional sobre a educação de adultos 
em Hamburgo, que estudava o trabalho, o trabalhador e sua 
escolaridade, da qual resulta a Declaração de Hamburgo:uma agenda 
para o futuro da educação do trabalhador. Com 27 indicadores, dez 
metas na agenda para a educação de adultos para o século XXI, esse 
encontro propôs‑se a discutir dez temas, conforme vimos apontados no 
sumário apresentado anteriormente, assim como um plano, a partir da 
declaração efetivada, para o acompanhamento dos trabalhos que 
nortearão os encontros futuros. Foi assumido o compromisso de melhorar 
o nível de vida e promover uma educação democratizada; Encorajar a 
participação da sociedade civil na criação de comunidades de 
aprendizado; Também enfatizou a necessidade de eliminar toda forma 
de preconceito na educação, tendo como alvo uma educação livre e 
acessível; Reconhecimento das minorias com suas peculiaridades; A 
educação aos adultos deveria ser implementada em todos os setores da 
sociedade, como indústria, agricultura, comércio, turismo, etc.; Temas – 
1- Educação de adultos e democracia; 2- Melhorar as condições e 
qualidade da educação de adultos; 3- Garantir o direito universal à 
alfabetização e educação básica; 4- Educação de adultos, igualdade e 
equidade entre homens e mulheres e a autonomia da mulher; 5- 
Educação de adultos e a mutação no mundo do trabalho; 6- Educação 
de adultos em relação com meio ambiente, saúde e população; 7- 
Educação de adultos, cultura, meios de comunicação e novas 
tecnologias de informação; 8- Educação de adultos para todos: os 
direitos e aspirações dos diferentes grupos (idosos, migrantes e nômades, 
refugiados, deficientes e populações prisionais); 9- Aspectos econômicos 
da educação de adultos; - Fomentar a cooperação e a solidariedade 
internacional. 
 
 
 
 Na educação de jovens e adultos, o ensino da língua portuguesa deve 
ter como finalidade o desenvolvimento da capacidade de 
representação e comunicação. O texto é a unidade básica do ensino e 
não as letras, sílabas, palavras ou frases descontextualizadas. A 
aprendizagem significativa dos conteúdos implica na atribuição de 
sentido e construção de novos significados. Paulo Freire foi fonte 
inspiradora que levou a muitas experiências formais de escolarização de 
jovens e adultos, pois para alfabetizar as pessoas analfabetas parte do 
universo cultural dos alunos, reconhecendo suas experiências e histórias 
de vida e associa-os ao sentido político e social da educação. Como 
Paulo Freire pensou o processo de alfabetização para os analfabetos? 
Conforme vimos antes, Paulo Freire investe contra o discurso liberal em 
matéria de educação, condenando a educação puramente técnica e 
científica. Para ele, o trabalhador precisa adquirir uma consciência 
política, para desempenhar com inteira liberdade sua cidadania. Paulo 
Freire considera o conceito de “educação bancária”, dizendo que o 
educando memoriza os dados mecanicamente e os repete. O educador 
é o sujeito do processo e os educandos são meros objetos. Por isso, a 
educação libertadora do homem visa a construir o diálogo, através do 
qual os oprimidos possam confrontar os opressores. As idéias de Paulo 
Freire em relação ao processo de alfabetização de adultos começam 
com a crítica do sistema tradicional que tinha a “Cartilha” como base Era 
um método abstrato, pré-fabricado e imposto. A partir daí, Paulo Freire 
procurou os caminhos para encontrar um jeito mais humano de ensinar-
aprender a ler e escrever. Segundo ele “a educação deve ser um ato 
coletivo, solidário, um ato de amor”. A primeira etapa pedagógica de 
construção do método foi chamada por Paulo Freire de vários nomes: 
“levantamento do universo vocabular”, “descoberta do universo 
vocabular”, etc. O contato inicial é realizado no campo. Trata-se de uma 
pesquisa simples que tem como objetivo imediato a obtenção dos 
vocábulos mais usados pela população a se alfabetizar. Uma vez 
composto o universo das palavras geradoras, trata-se de exercitá-las 
com a participação da comunidade. As palavras geradoras são 
escolhidas após pesquisa no meio ambiente. Em seguida, projeta-se a 
palavra dividida em sílabas. A partir daí o grupo passa a criar outras 
palavras. E assim por diante. 
 
 
 
 Na Lei n° 9394/96, a seção V trata da educação de jovens e adultos, e 
encontramos no: Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada 
àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino 
fundamental e médio na idade própria. § 1° Os sistemas de ensino 
assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam 
efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais 
apropriadas, consideradas as características dos alunado, seus 
interesses, condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames. 
§ 2° O Poder Público viabilizará e estimulará a acesso e a permanência 
do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares 
entre si. § 3° A educação de jovens e adultos deverá articular-se, 
preferencialmente, com a educação profissional, na forma do 
regulamento (incluído pela Lei n° 11.741, de 2008). O que o art. 37 da Lei 
n° 9394/96 assegura aos jovens e adultos que não estudaram na idade 
própria? O artigo esclarece todos os direitos assegurados às pessoas 
jovens e adultas. Ele esclarece para quem se destina: aos que não 
puderam, por diferentes razões, ser matriculados na escola, aos que não 
puderam continuar seus estudos, seja por exclusão, abandono ou outros 
motivos, tanto o Ensino Fundamental como o Médio. 
 
 
 Na Lei º9394/96, art. 38, que trata da educação de jovens e adultos, 
estabelece que: Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames 
supletivos que compreenderão a base nacional comum do currículo, 
habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular. §1ºOs 
exames a que se refere este artigo realizar-se-ão. I- No nível de 
conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos. II- No 
nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos. 
§2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por 
meios informais serão aferidos e reconhecidos, mediante exames. Quais 
são as atribuições dos sistemas do ensino no atendimento à educação 
de jovens e adultos? O artigo informa de maneira explícita para a EJA são 
as responsabilidades dos diferentes poderes executivos: federal, 
estaduais e municipais frente à educação escolar brasileira. Deixa bem 
claro quais as atribuições de cada um deles, sugerindo o 
desenvolvimento das atribuições e competências de forma colaborativa, 
tendo como objetivo principal a oferta da educação escolar. Define as 
funções como supletivas e redistributivas, o papel da União e a garantia 
de que, em todo o território nacional, existam oportunidades 
educacionais, com recursos adequados para o padrão de qualidade 
mínimo do ensino. 
 
 No que se baseia a EJA? No princípio, estabelecido pela Constituição 
de 1988 e na LDB onde toda e qualquer educação visa o pleno 
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania 
e sua qualificação para o trabalho. Normatiza as formas de oferta da EJA, 
bem como esclarece que esta deve basear‑se na base nacional comum, 
isto é, no currículo considerado mínimo para o cidadão que conclui a 
Educação Básica. Partindo do princípio de que a educação ocorre 
durante toda a vida e em qualquer espaço, prescreve o reconhecimento 
dos conhecimentos e experiências de vida dos educandos da EJA. 
 
 
 
 Nos anos de 1950, o clima de entusiasmo em relação a educação de 
jovens e adultos diminui, as iniciativas... explique a postura de Paulo Freire 
frente ao trabalho educativo na educação de jovens e adultos. Freire 
considerava a educação um ato político, uma construção contínua 
considerando aação sobre a realidade do aluno. Para aprender a ler e 
escrever o aluno tem que perceber seu papel na sociedade e querer 
mudar, ter uma consciência crítica, perceber o mundo e suas constantes 
mudanças, observar, refletir e agir. Ele destaca o envolvimento que o 
professor deve ter com o aluno, conhecer sua história e sua capacidade 
de aprender para fazer a diferença na vida desse aluno. Também fala da 
importância desse diálogo para ampliar a visão do mundo que o aluno 
tem. Para ele o aluno deve se libertar através da educação, se ver como 
cidadão de direitos e deveres e mudar sua história. 
 
 
 Nos estudos de Luria, apontaram que os indivíduos que tinham passado 
por algum processo de instrução e trabalhado nas fazendas coletivas 
utilizavam categorias abstratas na resolução das tarefas, independente 
da experiência do seu contexto concreto. Ao contrario indivíduos não 
escolarizados que continuaram trabalhando na agricultura tradicional 
tendiam a resolver as tarefas segundo seus contextos de experiência de 
vida e relações concretas usadas no cotidiano. Conclui-se então que 
não foi o processo de escolarização/alfabetização que determinou, 
exclusivamente, mudanças nos conteúdos e formas de pensamento 
desses adultos envolvidos na pesquisa. Pesquisadores apresentam 
diferentes posições teóricas a esse respeito. Um grupo que relaciona 
desenvolvimento com aprendizagem defende que a escolarização 
formal é condição necessária para o desenvolvimento de formas mais 
elaboradas de pensamento, o que muitas vezes leva ao entendimento 
de que aqueles que não tiveram acesso à escolarização formal são 
inferiores intelectualmente. Outros pesquisadores já afirmam que o 
desenvolvimento é que determina a aprendizagem e que o 
desenvolvimento cognitivo é universal e nada tem a ver com a 
escolarização formal. Ainda, outro grupo defende que a alfabetização é 
condição para o desenvolvimento do pensamento lógico‑formal e 
abstrato. Essa postura teórica levou ao mito da alfabetização em 
sociedades letradas como o diferencial entre os indivíduos, o que 
determina o grupo de indivíduos iletrados como deficitário no 
desenvolvimento de formas mais elaboradas de pensamento. Há 
também os pesquisadores que entendem que a aquisição da leitura e 
escrita desenvolve habilidades específicas que não influenciam no 
desenvolvimento cognitivo. 
 
 
 O governo brasileiro lança pela primeira vez em 1947 uma campanha 
visando alfabetizar a população... Faça um comentário das justificativas 
que levaram Lourenço Filho a dizer que alfabetizar adultos é mais rápido 
e simples. Lourenço Filho produziu ensaios e cartilhas para representar 
seu pensamento em relação a ensinar ler e escrever. Foi o primeiro diretor 
da Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos que estabelecia programas 
mínimos para o ensino elementar onde deveriam levar em conta as 
necessidades sociais e as capacidades individuais do educando, assim, 
o adulto em meio a sua vivência, tem uma ideia do sistema de escrita 
com mais semelhanças do que diferenças em relação à criança. As 
pessoas constroem hipóteses acerca da leitura pelos próprios portadores 
de texto, como o adulto já tem contato com muitos portadores, para ele 
se torna mais fácil ler e escrever. 
 
 
 O que a EJA (Educação de Jovens e Adultos) representa? A EJA é uma 
modalidade diferente do ensino regular em sua estrutura, o indivíduo 
adulto, já traz a sua experiência de vida, dessa forma há uma mudança 
daquilo que vai ser ensinado, para torná-lo significativo e atrativo para 
que o mesmo continue em sala de aula. O adulto para EJA são 
geralmente pessoas desempregadas, trabalhadores em busca de uma 
melhor condição de vida, uma boa moradia e que lutam para superar 
suas condições precárias, no qual estão nas raízes do analfabetismo. 
Apesar do corte por idade a EJA não nos leva apenas a uma questão de 
especificidade etária, mas, a uma questão de especificidade cultural. Os 
jovens e adultos da EJA devem ser tratados sem desprezo, até porque já 
trazem consigo uma história de vida não muito boa. O professor da EJA 
deve estar preparado para trabalhar com cada tipo de vida inserida na 
sala de aula. Além de uma boa interação professor-aluno, que vai 
contribuir no processo ensino-aprendizado para o crescimento do 
educando e do educador em proporcionar meios que venham ajudar no 
desenvolvimento do aluno. A função reparadora da EJA significa não só 
os direitos civis como o direito a escola de qualidade, mas também ao 
reconhecimento da igualdade de todos e qualquer ser humano. Dessa 
forma, a EJA representa um caminho de aceleração no desenvolvimento 
do Brasil, que vem se arrastando com essa desigualdade social durante 
toda a história. 
 
 
 
 O que a LDB determina quanto aos sistemas de ensino da EJA? A Lei de 
Diretrizes e Bases da Educação (LDB 9394/96), em seu artigo 37º § 1º diz: 
Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos 
adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, 
oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as 
características do alunado, seus interesses, condições de vida e de 
trabalho, mediante cursos e exames. Segundo a LDB, em seu artigo 38º, 
“os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que 
compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao 
prosseguimento de estudos em caráter regular”. No mesmo artigo, é 
definida a idade mínima para a realização dos exames: - Maiores de 15 
anos podem prestar exames para a conclusão do Ensino Fundamental. - 
Maiores de 18 anos podem prestar exames para a conclusão do Ensino 
Médio. Adolescentes com idades inferiores as estabelecidas acima 
devem frequentar as escolas regulares. 
 
 
 
 O que acha dos recursos que utiliza na EJA? Por quê? A EJA utiliza 
integralmente ou em partes, experiências da educação não-formal 
seguem as orientações curriculares do CNE, organizando os 
componentes e conteúdos em torno de eixos temáticos e tem o trabalho 
como eixo geral integrador desses temas. Esse material tem uma 
flexibilidade que possibilita a liberdade do professor preparar seu 
planejamento, podendo incluir textos e atividades que possam melhorar 
a sala de aula e a organização do processo ensino-aprendizagem. 
 
 
 O que aponta o art. 211 da Constituição? Art. 211. A União, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração 
seus sistemas de ensino. § 1º A União organizará o sistema federal de 
ensino e o dos Territórios, financiará as instituições de ensino públicas 
federais e exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e 
supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades 
educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante 
assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996) 
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na 
educação infantil. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 
1996) § 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no 
ensino fundamental e médio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 14, 
de 1996) § 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os 
Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de 
colaboração, de modo a assegurar a universalização do ensino 
obrigatório. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) 
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao ensino 
regular. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) 
 
 
 
 Os jovens e adultos que frequentamo EJA tem qual objetivo em mente? 
Geralmente quem entra na EJA são pessoas adultas, que não tiveram a 
oportunidade de frequentar a escola na idade própria. Para uma pessoa 
adulta que retoma seus estudos, o desejo maior é o de se preparar para 
o trabalho, de ter autonomia e de se dar bem profissionalmente. Mas 
atualmente para muitos alunos jovens considerados problemáticos e 
até com atraso de aprendizagem usam recuperar o tempo perdido, e 
essa estratégia não parte só dos jovens, há incentivos velados das 
redes para que alunos com defasagem e indisciplinados recorram à 
EJA. 
 
 
 
 Paula, que assumiu uma classe de educação de jovens e adultos 
recentemente, leu sobre a importância do ensino da matemática para 
esses alunos. A partir daí, começou a fazer propostas diferentes para os 
alunos por meio da resolução de problemas. Trabalhar dessa forma 
significa que a metodologia utilizada nas salas de EJA permite ao 
professor trabalhar de forma interdisciplinar; logo, o ensino da 
matemática proporciona ao professor a condição de promover entre os 
alunos a capacidade de estabelecer relações, de pesquisar, de 
selecionar e processar informações de forma autônoma e significativa, 
partindo de suas vivências cotidianas. Os estudos acerca da educação 
de jovens e adultos destacam a importância de os professores 
compreenderem a diversidade que constitui os percursos, as 
experiências e as identidades dos sujeitos-alunos. No ensino da 
matemática não apenas as condições sociais influem, mas também as 
condições humanas individuais associadas às necessidades de como 
contar e calcular. Escrever os pontos de mudança na prática educativa 
nas aulas de matemática da Prof. Paula, influenciadas pela leitura sobre 
a aprendizagem da matemática pelos alunos da EJA. A metodologia de 
Matemática tem como fundamento articular os conteúdos com questões 
da realidade. As habilidades de leitura, interpretação e produção de 
textos matemáticos, a utilização de conceitos matemáticos na resolução 
de situações‑problema, a leitura, interpretação e construção de tabelas 
e gráficos, o reconhecimento das relações espaciais e a análise de 
propriedades geométricas serão organizados em momentos de 
aprendizagem significativa, que ampliem os recursos cognitivos dos 
alunos frente à realidade. Os jovens e adultos não alfabetizados possuem 
conhecimentos matemáticos intuitivos, que foram desenvolvidos em 
função das necessidades práticas do cotidiano. Realizam cálculos 
mentais para resolver problemas cotidianos e imediatos. O ponto de 
partida para a aprendizagem da Matemática são os conhecimentos 
prévios dos alunos, e a escola deve ensinar os processos sistematizados 
e formais. A comunicação oral é importante, pois os alunos possuem um 
conhecimento informal, baseado na linguagem oral, permite‑lhes o 
suporte para a compreensão de noções e notações matemáticas, para 
a aprendizagem significativa de procedimentos mais abstratos. O desafio 
é organizar uma proposta que auxilie os alunos na compreensão e na 
atuação em sua realidade. A resposta está em usar o cálculo mental, a 
realidade já vivenciada pelo aluno, o que é de seu domínio, para depois 
passar para a etapa escrita onde pode solicitar que os alunos formalizem, 
por escrito, o que foi exposto verbalmente, utilizando os conhecimentos 
matemáticos envolvidos em cada questão resolvida. 
 
 
 Paulo Freire é a principal referência teórica no trabalho com Educação 
de Jovens e Adultos. De acordo com a Unidade II, como Paulo Freire 
entende o ato de educar e como deve ser a relação entre educador e 
educando? Freire tem como um de seus princípios o entendimento da 
tarefa educativa como ato não isento de intenções, parte do pressuposto 
de que a educação não é neutra, de que o ato educativo é um ato 
político, considerando que, ao escolhermos as atividades para a tarefa 
de alfabetizar, escolhemos uma metodologia que facilite a 
aprendizagem dos alunos, e que essa escolha não é isenta de uma carga 
ideológica. Entende o ato de educar como construção e reconstrução 
contínua de significados acerca de uma realidade, tendo como meta a 
ação sobre essa realidade. Dessa maneira, Paulo Freire afirma ser 
indissociável, do processo de aprendizagem da leitura e escrita, o 
processo de politização. O alfabetizando é desafiado a refletir sobre o 
seu papel na realidade social, a repensar sua história. Essa reflexão 
promove a superação da visão ingênua, mágica, para a consciência 
crítica. Em Angicos, nos chamados círculos de cultura, os alfabetizandos 
aprendiam a ler as palavras e o mundo. Ao dialogar com seus pares e 
com o professor, percebiam aspectos antes imperceptíveis da realidade, 
ao analisar as condições reais, além de seus aspectos superficiais. O 
professor e o aluno realizavam o movimento de observação, reflexão, 
readmiração e ação, exercício este carregado de caráter político. 
 
 
 Pensar em EJA (Educação de Jovens e Adultos) no Brasil é voltar em 
termos históricos ao início de nossa colonização. Os autores do material 
didático priorizam esses estudos nos seguintes períodos: A- De 1940 a 
1950 B- De 1950 a 1970 C- De 1970 a 1990 D- De 1990 a 2000 E- De 2000 
até nossos dias incluindo os desafios atuais. RESPOSTA – Década de 40 - 
Ampliação da educação elementar, inclusive da educação de jovens e 
adultos. Década de 50 - Pensamento Paulo Freire. Década de 60 - 
Pensamento de Paulo Freire, assim como sua proposta para a 
alfabetização de adultos, inspira os principais programas de 
alfabetização do país. 1964 - Plano Nacional de Alfabetização, orientado 
pela proposta de Paulo Freire. Foi interrompida pelo Golpe Militar. 1967- 
Governo assume o controle dos Programas de Alfabetização de Adultos, 
tornando-os assistencialistas e conservadores. Lançado o MOBRAL. 1969 
- Campanha Massiva de Alfabetização. Década de 70 - MOBRAL 
expandiu-se pelo território nacional. PEI – Programa de Educação 
Integrada, derivado do MOBRAL, sendo uma forma condensada do 
antigo curso primário. Década de 80 - Movimentos sociais e início da 
abertura política. Os projetos de alfabetização se desdobraram em 
turmas de pós-alfabetização. 1985 - MOBRAL extinto e seu lugar ocupado 
pela Fundação Educar, que apoiava iniciativas do governo, entidades 
civis e empresas. Década de 90 - Extinção da Fundação Educar, criou-se 
um vazio na Educação de Jovens e Adultos. Década de 90 - Conferência 
Mundial de Educação para Todos. 1997 - V Conferência Internacional de 
Educação de Jovens. 1998 - LDB 9394/96. 2000 - Parecer nº 11/2000 – 
CEB/CNE trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de 
Jovens e Adultos. Também foi homologada a Resolução nº 01/00 – CNE. 
 
 
 Pode-se considerar a EJA como uma educação que irá suprir aquilo 
que ficou faltando na ausência de uma escola na idade própria, ou pela 
evasão? Não, EJA deve ser tratada com valor em si mesma, 
considerando-se principalmente, as singularidades e propriedades dessa 
modalidade educacional, levando em conta as características do aluno, 
seus interesses, condições de vida e de trabalho. 
 
 
 Porque a Educação de Jovens e Adultos no Brasil ocupa um lugar 
reduzido, marginal no cenário das políticas públicas para educação? 
Pela escassez dos recursos financeiros e materiais disponíveis para a área 
como também por práticas profundamente compensatórias, 
assistencialistas, aligeiradas, mecanicistas, com resultado pouco 
satisfatório, sem avaliação. 
 
 
 Porque a juventude vem sendo um dos grandes protagonistas na sala 
de aula? Porque a maioria desses jovens é produto de uma escolarização 
sem qualidade, pois as criançasentram na escola, não aprendem, 
repetem ou são empurradas para as series seguintes até se evadirem. 
Tornam-se jovens e adultos que receberam apenas um verniz de 
escolarização e um acúmulo de histórias educacionais de fracasso. 
 
 
 Porque há tanta evasão nesta educação? A evasão nesse segmento é 
tão alta que chega a ser encarada como natural. Os conteúdos devem 
ter relação com a vida dos alunos, estimulante, tem-se a obrigação de 
responder as necessidades e lidar com os problemas pessoais dos 
alunos, afinal, na maioria dos casos eles sofrem com questões familiares, 
profissionais, conjugais entre tantas outras. É necessário que o professor 
além de um mediador de informações também seja um estimulador a 
prática escolar. 
 
 
 Quadro da evolução das matrículas por modalidade de ensino no 
Brasil de 2007 a 2012, na educação de jovens e adultos: 
 
Segundo o Censo escolar, a Educação de Jovens e Adultos (EJA) 
apresentou queda de 3,4% (139.292), totalizando 3.906.877 matriculas em 
2012. Desse total 2.561.013 (65,6%) estão no Ensino Fundamental (inclui 
EJA integrada a educação profissional e Pró Jovem Urbano) e 1.309.871 
(34,4%) no Ensino Médio (inclui EJA integrada a educação profissional). 
Segundo dados da Pnad/IBGE 2011, o Brasil tem uma população de 56,2 
milhões de pessoas com mais de 18 anos que não frequentam a escola 
e não têm Ensino Fundamental completo. Esse contingente é uma 
clientela potencial a ser atendida pela EJA. Como podemos avaliar o 
atendimento da EJA de 2007 a 2012? O que deveria chamar atenção é o 
fato de ainda termos mais de 13 milhões de analfabetos. A forma como 
estamos lidando com a questão do analfabetismo não é a forma mais 
eficaz. O fato de ter uma matrícula que anualmente cai é significativa. 
Segundo o Censo da Educação Básica 2012, o número de matrículas na 
EJA vem apresentando queda há pelo menos seis anos. Entre 2007 e 2012, 
a modalidade perdeu cerca de 1 milhão de matrículas. Essa queda tem 
a ver com uma certa rejeição por parte dos jovens e adultos que não 
conseguem ver a relevância do que se faz na EJA para sua vida 
profissional, social, o mundo do trabalho. Ainda veem a EJA como algo 
muito parecido com a escola regular. Os horários, os espaços, as regras 
impostas, a maneira como se organiza o currículo – tudo isso faz com que 
as pessoas não vejam significado no que é oferecido. Não se aproxima 
nem um pouco daquilo que eles necessitam nesse momento da vida 
deles. É preciso repensar as políticas de EJA articulando-as com uma 
formação para o mundo do trabalho e uma formação geral para o 
trabalhador. Mas não podemos reduzir a EJA à escolarização e nem a 
uma qualificação profissional, mas sim como uma formação geral da 
pessoa como cidadã. É preciso pensar em algo que venha ao encontro 
do jovem, adulto ou idoso que lhe permita mostrar suas potencialidades. 
Ele tem uma história de vida, um caminhar. Não basta certificar sem dar 
a ele a real oportunidade de se sentir completo na sua educação. Essa 
“customização” do atendimento pode se dar por meio de tutoria, onde 
um educador acompanha um grupo de alunos e procura conhecer um 
pouco melhor suas crenças, seus valores, seus sonhos, com o objetivo de 
estabelecer conexões com o projeto de vida dos alunos. 
 
 
 Quais são as vantagens de estar sendo alfabetizado na fase adulta? A 
educação é tão valiosa que é uma condição prévia a muitas outras 
coisas de nossa sociedade: ler livros, entender cartazes, escrever cartas, 
sentar-se ao computador, navegar na rede mundial de computadores, 
votarem com consciência, assinar o nome em registros, ler um manual 
de instruções, participarem mais conscientemente de associações, 
partidos e desenvolver o poeta, ou o músico, ou o artista que reside em 
cada pessoa. 
 
 
 
 Quais possibilidades que a EJA em sua composição desperta para os 
alunos? Possibilidades de uma educação de jovens e adultos 
trabalhadores, concebida não como estratégia de compensação, 
reposição, suplência ou de adequação ao mercado, mas 
principalmente, como meio de formação ampla e integral de homens e 
mulheres. 
 
 
 Qual a melhor maneira de ensinar alunos na EJA? Para trabalhar com 
esses estudantes, é fundamental conhecê-los bem, as classes são 
heterogêneas, desta forma deverá haver uma diversificação de materiais 
e métodos, sendo eles adequados a idade e a necessidade. 
 
 
 
 Qual é a relação de aluno professor na EJA? Uma das principais 
características dos alunos na EJA é que têm baixa autoestima e 
acanhamento da sociedade, por não ser alfabetizado. Uma das mais 
importantes lições para o professor é saber que ele é quem vai descobrir 
que tem muito a aprender, o professor irá perceber que tem muito a 
descobrir. Deste modo deve informar que a educação facilita as relações 
pessoais e sua integração profissional de seus alunos. 
 
 
 
 Que a educação seja o processo através do qual o indivíduo toma a 
história em suas próprias mãos, a fim de mudar o rumo da mesma. Como? 
Acreditando no educando, na sua capacidade de aprender, descobrir, 
criar soluções, desafiar, enfrentar, propor, escolher e assumir as 
consequências de sua escolha. Mas isso não será possível se 
continuarmos bitolando os alfabetizandos com desenhos pré-formulados 
para colorir, com textos criados por outros para copiarem, com caminhos 
pontilhados para seguir, com histórias que alienam, com métodos que 
não levam em conta a lógica de quem aprende. (FUCK, 1994, p. 14 - 15) 
Tendo por referência a passagem textual, disserte sobre as concepções 
que permearam a trajetória histórica da Educação de Jovens e Adultos e 
indique que tipo de educação deve ser desenvolvido para atender as 
necessidades de pessoas que não tiveram acesso à escola em idade 
escolar. 
 
 
 Referência: PIERRO, M.C. D. I. Democratização da Gestão e qualidade 
social da Educação. Educação de jovens e Adultos. Brasília-DF, 
16/04/2008. 1- Dados básicos sobre a educação básica escolar de jovens 
e adultos. A população jovem e adulta que demanda o ensino 
fundamental público e gratuito – direito público subjetivo dos cidadãos e 
dever do Estado - é maioria: dentre as 132 milhões de pessoas com 15 
anos ou mais registradas em 2005, 67 milhões (51%) tinham baixa 
escolaridade, sendo 14 milhões de analfabetos absoluto (11%) e a cerca 
de 33 milhões de analfabetos funcionais (25%) da população com menos 
de 4 anos de estudos. Para uma demanda potencial tão extensa, a 
cobertura escolar (subestimada nas estatísticas oficiais pelo efeito 
FUNDEF) proporcionada em 2005 pela oferta de Eja em 45mil escolas (57% 
das quais no Nordeste) era reduzida: considerados o ensino presencial e 
não presencial, as matrículas somaram 3,9 milhões no Ensino 
Fundamental e 1,7 milhões no Ensino Médio, totalizando 5,6 milhões de 
estudantes, o que representava pouco mais que 10% do total de 
matrículas na Educação Básica. A eles devemos acrescentar cerca de 2 
milhões de inscrito em programas de alfabetização de adultos, 70% dos 
quais no Nordeste. Assim, a cobertura escolar na EJA Fundamental (+- 6 
milhões de estudantes) situa-se abaixo de 10% da demanda potencial. 
Explique os dados apontados por Maria Clara Di Pierro sobre o 
atendimento da EJA no Brasil em 2005 e o motivo pelo qual ela diz ser 
10% abaixo da demanda potencial. Ao analisar a política nacional de 
EJA, faz se necessário situa-la no conjunto da política nacional de 
educação. Em termos gerais, a EJA, passou por um processo de 
institucionalização vista da ótica de sua normatização e de seu 
financiamento, tornando-se parte da oferta regular de educação. Nesse 
sentido,

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