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Germinação Germinação é o processo que inicia com a absorção de água pela semente seca e termina com a emergência do eixo embrionário, em geral a radícula, transpondo seus tecidos circundantes Semente Origem da semente - Resultado do desenvolvimento de um óvulo fertilizado Embrião - 2n Fusão do núcleo gamético com a oosfera (n) Tegumento ou testa - originado do tegumento que envolve o óvulo Tecido de reserva - Endosperma (3n) ou cotilédones (2n), o endosperma é originário da fecundação dos 2 núcleos polares (cada um n) Desenvolvimento da semente Após a fertilização o desenvolvimento do embrião possui 3 etapas histodiferenciação ou embriogênese, maturação e dessecação. 1. Fase de divisão celular formando os tecidos que vão constituir o endosperma e o embrião, síntese de DNA 2. Expansão celular e alocação de substância (lipídios, proteínas etc) captação de água e matéria orgânica, inibição da germinação (ABA) aumento da matéria seca na semente, também chamada de fase de armazenamento, no final da maturação ocorre alta taxa de desidratação. Pode ocorrer viviparidade (germinação precoce) 3. Interrupção das conexões vasculares e declínio hídrico, tolerância a dessecação, síntese de proteínas LEA para aumentar a tolerância à desidratação e ao frio, além de proteínas de choque térmico que conferem proteção a eventuais danos Sementes recalcitrantes - Dispersas em alto teor de umidade, metabolismo ativo, não tolerantes a dessecamento, baixa viabilidade no solo Sementes Ortodoxas - Dispersa com baixo teor de umidade, metabolismo reduzido, tolerante ao dessecamento, alta viabilidade no solo Germinação Retomada do crescimento do embrião que sofreu interrupção ao final da fase de maturação Critério biológico - Radícula com 2mm de comprimento Critério agronômico - Emergência de plântulas Tipos de germinação e sua classificação Comprimento do hipocótilo Epígeo - Os cotilédones se elevam acima do nível do solo. ex: feijão Hipógeo - Cotilédones permanecem no solo. ex: ervilha Exposição dos cotilédones Criptocotiledonar - cotilédones envolvidos pelo tegumento Fanerocotiledonar - cotilédones livres Função do cotilédones Carnoso - armazenamento de energia Foliáceos - função fotossintética Etapas da germinação Embebição - A entrada de água no interior da semente, relacionado com potencial osmótico e potencial matricial; A maioria possui uma curva trifásica. ● Fase 1 - Teor de água na semente aumenta rapidamente, alteração na permeabilidade das membranas ● Fase 2 (ou estacionária) - Estabilização no conteúdo da água, ativação dos processos metabólicos para o crescimento do embrião ● Fase 3 - Início do crescimento do eixo embrionário e a retomada da absorção de água Extensão radicular - Crescimento da radícula através das estruturas envoltórias da semente, marcando, em termos fisio, lógicos, o final da germinação propriamente dita e o início do crescimento da plântula. 3 hipóteses foram elaboradas para explicar o início do crescimento da radícula ● Uma redução no potencial osmótico das células, devido ao acúmulo de solutos, possivelmente por hidrólise de polímeros ● Um aumento na extensibilidade das paredes celulares, por intermédio do rompimento e reconstituição das ligações entre moléculas de xiloglucano e microfibrilas de celulose ● O enfraquecimento, por ação enzimática, dos tecidos que recobrem o ápice radicular Controle da germinação Os principais hormônios que controlam a germinação são: ● Ácido abscísico (ABA) ● Giberelinas (AG) ● Etileno O ABA inibe a germinação restringindo a disponibilidade de metabólitos e energia, enquanto as giberelinas e o etileno promovem a germinação, giberelinas e etileno estimulam a síntese de enzimas relacionadas com a degradação da parede do endosperma. Outros hormônios que atuam no controle da germinação são as Citocininas e Brassinosteróides estimulam a germinação, enquanto o Ácido Jasmônico inibe Fatores que influenciam a germinação Luz - Fitocromo (cromoproteína vegetal) absorve luz vermelha (V) e vermelho extremo (VE), V máx 660nm e VE máx 730 nm. Comprimentos de onda ricos em VE podem inibir a germinação (ABA), as sementes podem ser divididas em 3 tipos em relação a luz: Afotobláscicas ou nuetras (feijão), Fotoblásticas positivas que possuem maior germinação sob luz do que no escuro (embaúba) e Fotoblásticas negativas que germinam melhor no escuro do que sob luz (mamona) Temperatura - Elevadas ou baixas temperaturas podem inibir ou até mesmo causar dormência na semente Fatores Químicos no solo - Nitrato (NO 3-) promove a germinação atuando juntamente com a luz e temperatura como um sinalizador do ambiente, também pode atuar na quebra da dormência. O pH do substrato influencia a disponibilidade de nutrientes Aleloquímicos - Liberação de compostos derivados do metabolismo secundários de algumas plantas pode ter efeito inibidor na germinação de outras plantas Fatores Bióticos - No ambiente natural, as sementes sofrem a influência de outras plantas e animais podendo modificar o microambiente onde se encontra a semente, como por exemplo: a) liberação de substâncias voláteis por fungos presentes no solo, que podem estimular a germinação; b) ação de larvas de insetos que penetram na semente, podendo causar danos ao tegumento e/ou ao embrião, neste último caso inviabilizando a semente; c) deslo, camento de frutos e sementes, como a mamona por formigas, que ao transportarem o material vegetal para seus ninhos podem levar a semente a microambientes mais propícios à sua germinação e/ou conser,vação; d) remoção do arilo por formigas, por exemplo, promove a germinação de sementes, como em Calathea sp. (Marantaceae); e) microrganismos do solo, como Azotobacter chroococcum, que podem inibir a germinação Fatores endógenos - Sementes podem ser quiescentes (estarem prontas para germinação com condições favoráveis) ou estar em um estado de dormência na qual mesmo que em condições favoráveis não vai ocorrer germinação Dormência Sementes que não germinam mesmo quando colocadas em condições favoráveis. Dormência primária, encontra-se presente imediatamente após a paragem do crescimento do embrião; Dormência secundária, ocorre em uma semente quiescente após a dispersão, quando ela se encontra em um ambiente desfavorável ou estressante Tipos de dormência Fisiológica - Causada por mecanismos inibitórios envolvendo os processos metabólicos, Para a superação da dormência fisiológica são comumente utilizados tratamentos com fitohormônios como o ácido giberélico (GA) Morfológica - Embrião não chegou ao estágio torpedo (não completamente desenvolvido), fazendo necessário um período adicional para seu completo desenvolvimento Física - Causada pela impermeabilidade do tegumento dos tecidos da semente e/ou do fruto, restringindo total ou parcialmente a difusão de água ao embrião. Escarificação mecânica e química, a embebição das sementes em água e tratamentos com altas temperaturas e ácidos são exemplo de quebra de dormência Química - Causada por inibidores de crescimento presentes unicamente no pericarpo. A definição foi posteriormente estendida para substâncias produzidas tanto dentro como fora da semente que, translocadas para o embrião, inibem a germinação. Lixiviação em água corrente é um método para quebra da dormência
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