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Doenças das fossas nasais e dos seios paranasais · Cavidade nasal: anatomia · Hipertrofia de adenoide Paciente de 12 anos com queixa de roncos, que sempre fica gripado e dorme mal, sono agitado. RX de cavum: é o raio-x que olha a adenoide Lembrar da relação amigdala-adenoide (amigdala grande= adenoide grande) · RX normal de face Incidências: fronto-naso mento-naso (Vê melhor o seio etmoidal) (vê melhor os seios frontal e maxilar) · TC (padrão ouro!) TC de seios nasais células etmoidais/esfenoide vê palatos/ausência de adenoide · Fisiologia Funções da cavidade nasal: aquecer; umidificar; filtrar o ar; olfatória. Nariz externo: apresenta uma extremidade livre ou ápice. A margem arredondada entre ápice e raiz é o dorso. Inferiormente, apresenta duas aberturas: narinas, limitadas medialmente pelo septo nasal e que se estendem lateralmente nas asas do nariz. Sua parte superior apresenta um esqueleto ósseo constituído dos ossos nasais e inferiormente apresenta um arcabouço cartilaginoso, sendo a mais importante a cartilagem do septo nasal. Cavidade Nasal: revestida internamente pela mucosa nasal e possui um grande número de vasos sanguíneos. O calor do sangue nesses vasos aquece o ar, pois o trajeto do sangue se faz em sentido contrário ao fluxo de ar. A mucosa é dotada de cílios do epitélio respiratório e celular caliciformes produzem muco que lubrifica a mucosa e junto com pelos retém microrganismos e partículas de ar, funcionando com um filtro. Portanto, as funções da mucosa são aquecimento e umidificação do ar, limpeza e filtração. LIMITES: Superior: seio frontal, seio esfenoidal, fossa anterior do crânio e fossa media do crânio; Inferior: palato duro; Lateral: seio maxilar, seio etmoidal, órbita; Posterior: nasofaringe. Se comunica com o exterior através das narinas e seu limite ósseo no crânio é a abertura piriforme. Os coanos marcam o limite ósseo entre a cavidade nasal e a parte nasal da faringe. A cavidade nasal é dividida em direita e esquerda pelo septo nasal, conhecida como fossas nasais. O teto da cavidade nasal se estende do esqueleto cartilaginoso do nariz, anteriormente, e ao longo a superfície inferior dos ossos nasal, frontal e lamina cribiforme do osso etmoide. A cavidade nasal está separada da fossa craniana anterior somente por uma delgada lamina óssea, crivada de pequenos forames, do osso etmoide. Assim, lesões ósseas podem estabelecer comunicação entre o espaço subaracnóideo e a cavidade nasal, fluindo liquido cerebroespinal para cavidade e escoa pelas narinas. Na parte basilar do osso occipital, o tubérculo faríngeo indica o ponto posterior extremo da mucosa faríngea na base do crânio. Ele serve para fixação da faringe. PAREDE LATERAL DA CAVIDADE NASAL: CONCHAS E MEATOS NASAIS: Concha nasal e meato nasal superiores, Concha nasal e meato nasal médios, Concha nasal e meato nasal inferiores. Eles aumentam a superfície de contato do ar inspirado (umidificação e aquecimento) - Há também os ossos etmoide e maxilar. O osso etmoide, localizado abaixo da porção mediana do osso frontal e entre as orbitas, apresenta 2 massas laterais (células pneumáticas) que são os labirintos etmoidais ou seios etmoidais. Na sua parte superior, unindo os labirintos há a lamina cribiforme (seus forames permitem passagem do n. oftalmico) e lamina perpendicular que contribui para formação do septo nasal e no plano mediano apresenta a crista etmoidal. O espaço situado superior e posteriormente a concha superior é o recesso esfenoetmoidal e recebe abertura do seio esfenoidal. O espaço entre a concha superior e media: meato superior e abre-se o grupo de células etmoidais posteriores. O espaço entre a concha inferior e media: meato médio, que apresenta bolha etmoidal onde se abrem células etmoidais anteriores e no hiato semilunar abre-se o seio maxilar. O espaço inferiormente a concha inferior: meato inferior: abre-se ducto lacrimo nasal. Septo nasal: divide a cavidade nasal em metade direita e esquerda e constitui-se da lamina perpendicular do etmoide, póstero-superiormente, da cartilagem nasal, anteriormente, e do vômer, posteriormente. Inervação: n. oftálmico e maxilar (n. trigêmeo) e n. etmoidal anterior Irrigaçao: a. esfenopalatina (Ramo da a.maxilar) e a. etmoidal anterior (ramo a. oftálmica) SEIOS PARANASAIS: são cavidades pneumáticas, ou seja, evaginações da cavidade nasal a qual se comunicam. A inflamação de sua mucosa é conhecida como sinusite, que pode ter origem em uma rinite (inflamação da mucosa da cavidade nasal) que se tenha propagado para os seios paranasais. SEIO MAXILAR: Seu teto é o assoalho da orbita e seu assoalho é o processo alveolar da maxila (sinusite acompanhada com dor de dente). Abre-se no hiato semilunar do meato médio e medialmente há a parede lateral do nariz. SEIO ETMOIDAL: numerosas cavidades no labirinto etmoidal (células etmoidais); anteriormente e posteriormente ao meato superior. SEIO FRONTAL: se desenvolve através da pneumatização do osso frontal a partir do recesso frontal. Abre-se no meato médio SEIO ESFENOIDAL: corpo do osso esfenoide e drena para o recesso esfenoetmoidal da cavidade nasal. · Exame físico Observar: coloração da mucosa (é vermelha, sendo que em pacientes alérgicos/rinite se encontra rosada ou até mesmo esbranquiçada); Desvio septal (o exame padrão ouro é TC, no RX não vê); Secreção (qualificar o aspecto, cor, quantidade); Hipertrofia de cornetos; Presença de pólipos, tumoração, corpo estranho; Fibronasoscopia: hipertrofia de adenoide/atresia de coanas; · Diagnósticos Desvio septal para direita; Sinusite no seio maxilar direito; Tumoração de seio maxilar; Cisto de retenção a direita; Polipose nasosinusal; causas: asmáticos, rinite, alergias. A/B: pré-operatório/ C/D: pós-operatório (antrostomia maxilar e etmoidectomia parcial); Atresia de coana; conduta: cirurgia/ teste de glicose no nariz (se o paciente sentirá o gosto); RX sinusite no seio maxilar D; Sinusite; a direita: provavelmente crônica, pela ausência de nível hidroaéreo e espessamento; a esquerda: aguda, presença de nível hidroaéreo (liquido); Pólipo: massa gelatinosa e amarelada; Polipose à rinoscopia; Polipose à TC; TC sinusite crônica: espessamento da mucosa esfenoidal; TC com concha média bolhosa; causa: sinusite maxilar e etmoidal de repetição; conduta: cirurgia; TC concha média bolhosa; Hipertrofia de cornetos; Rinoscopia de paciente com rinite; mucosa pálida e secretiva; OBS: idoso faz rinite atrófica SINUSITE: inflamação da mucosa nasal e/ou seis paranasais Classificação: · Aguda: <30 dias; · Subaguda: 4 a 12 semanas; · Crônica: >12 semanas acompanhada de espessamento da mucosa; · Seio maxilar é o mais acometido pois o óstio de drenagem é superior, tendo que vencer a gravidade para o liquido poder ser drenado; · O seio frontal só desenvolve após os 5 anos, por isso a incidência de sinusite antes dessa idade é baixa; · Fatores de risco: Infecção prévia (gripe/resfriado); Rinite (produção excessiva de muco); Poluentes; Obstrução nasal; Natação; Desidratação; Frio (resseca e diminui o muco); Fenda palatina; · Clínica: Resfriado com duração maior que 7 a 10 dias e piora no 5º dia; Dor facial; Cefaleia; Helitose; Congestão nasal; Coriza amarelada/esverdeada; Crianças: tosse por mais de 10 dias; menores de dois anos geralmente apresentam febre baixa; adultos não apresentam febre, mas sim um mal-estar; · Diagnostico: clinica, raio-x e TC. Na TC observar presença de nível hidroaéreo (aguda) e espessamento de mucosa (crônica). · Rinoscopia e nasofibroscopia; · Microbiologia: Streptococcus pneumoniae; Haemophylus influenzae; Moraxella catarrhalis. · Tratamento: antibiótico por 10 a 14 dias; geralmente início pela amoxicilina ou amoxicilina com clavulanato; pode-se utilizar ceclor, bactrim, axitromicina, levofloxacina; além disso, o tratamento adjuvante pode ser feito com sorofisiológico, anti-histamínico, corticoide oral e tópico e descongestionantes nasais. OBS.: sinusite fúngica Bola fúngica: zona de hiperdensidade no centro; Tratamento: cirúrgico;
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