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ACIDENTE DE TRANSITO

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Prévia do material em texto

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CIVEL DA COMARCA DE SALVADOR - ESTADO DA BAHIA.
ANDRÉ CRISLAN SILVEIRA SANTOS, brasileiro, maior, capaz, solteiro, profissão, inscrito no CPF sob nº 027.609.705-07, portador da carteira de identidade RG sob nº 011.288.838-05 expedida pela SSP/BA, ZENAIDE BISPO SILVEIRA, brasileira, maior, capaz, viúva, profissão, inscrita no CPF sob nº 595.624.475-53, portador da carteira de identidade RG sob nº 006.075.850-30 expedida pela SSP/BA, e ZIANE SILVEIRA SANTOS TOBIAS, brasileira, maior, capaz, solteiro, profissão, inscrito no CPF sob nº 595.624.555-72, portador da carteira de identidade RG sob nº 003.657.056-75 expedida pela SSP/BA, todos residentes e domiciliados na Avenida da Prata, nº 681, bairro de Itapuã, Eunápoles/BA, por intermédio de seu advogado, ALFREDO ALVES DE SOUZA NETO, inscrito na OAB/BA sob o nº 38.286, com endereço profissional na Rua Ewerton Visco, nº 290, Ed. Boulevard Side Empresarial, Sala 1901, Caminho das Árvores, Salvador/BA, CEP.: 41.820-022, procuração em anexo, vêm a Vossa Excelência ajuizar
AÇÃO INDENIZATÓRIA DE DANOS MORAIS E MATERIAIS
em face de XXXXXXXXXXXXX, brasileiro, casado, aposentado, inscrito no CPF sob nº xxx.xxx.xxx-xx, portador da carteira de identidade RG sob nº xx.xxx.xxx-xx, residente e domiciliado na Rua Ewerton Visco, nº 290, Ed. Boulevard Side Empresarial, Sala 1901, Caminho das Árvores, Salvador/BA, CEP.: 41.820-022, pelos motivos de fatos e direito ínfero suscitados.
I. DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA 
Os autores não possuem condições financeiras para arcar com as despesas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do próprio sustento e de seus familiares, em razão de ser pessoa pobre, na acepção jurídica do termo.
Assim, requer a concessão dos benefícios da gratuidade judiciária, nos termos do artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal c/o Art. 4º da Lei nº. 1060/50.
II. DOS FATOS
No dia 17 de junho de 2014, o senhor Abílio Pereira dos Santos, enquanto estava sendo transportado para o Hospital São Rafael, por uma Ambulância da prefeitura de Planalto/BA, para submeter-se a avaliação urológica de doença crônica, ao parar na Avenida Luiz Vianna Filho - Paralela, com fito de buscar informações da localização do Hospital, fora atingida ferozmente por um ônibus da empresa Novo Horizonte, que lançou a Ambulância para fora da pista vitimando-o, e mais 2 dos seus ocupantes. 
Após o acidente, a vítima deu entrada no HGE, conduzido pela SAMU, e segundo o prontuário médico, o acidente causou-lhe lesões na coluna lombar, equimoses no abdome, escoriações em joelho esquerdo, equimose na face anterior da tíbia direita e escoriações em MMSS (membros superiores) que vieram agravar as condições de saúde da vítima, que já lutava contra um enfermidade.
A vítima permaneceu por 24h internada até que recebeu alta, segundo os médicos, os traumas consequentes do acidente convalesceram por demasia a vítima, que deveria tratar-se junto a família em sua casa, posto reduzido a capacidade de reação clínica do quadro crônico existente. 
Logo, os danos do acidente, concorreram para o agravamento da doença, e o senhor Abílio veio a falecer em 28 de dezembro de 2014.
A vítima trafegava com sua motocicleta, marca Honda, modelo XRE 300, cor vermelha, placa NZE 9687, chassi nº 9C2ND0910BR215141, pela Rua do Conde Porto Alegre, sentido Largo do Tamarineiro, quando fora surpreendido por um automóvel, de marca Fiat, cor vermelha, placa nº OUO 5762 de propriedade do Réu, que saiu do Supermercado Bom Preço e invadiu a pista, sem observar as normas de condução do CTB, vindo a colidir com o Autor.
A manifesta imprudência da Ré ocasionou danos a Motocicleta, bem assim causou fratura exposta na perna direita do Autor, conforme relatório médico e relatório de avarias feito por autoridade policial em anexo.
A farta documentação acostada aos autos comprova que o Autor fora submetido a procedimento cirúrgico, pra tratar da fratura exposta no membro inferior direito, mas especificamente a tíbia, permanecendo hospitalizado até o dia 13/05/2016, quando recebeu alta, devendo no entanto, terminar o tratamento de reabilitação em sua residência, submetendo-se a sessões fisioterápicas. 
Em razão do sinistro, o Autor acumulou danos de ordem moral e material, que nessa oportunidade vem, perante este juízo pleitear a devida indenização.
III. DO DIREITO - RESPONSABILIDADE CIVIL 
Está assegurado na Constituição Federal de 1988 o direito relativo à inviolabilidade da propriedade e da vida, em seu artigo 5º:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Partindo destes direitos constitucionais, buscando sua proteção e efetivação, fora positivado ainda no cortex Civilista, o dever de indenizar. Vejamos: 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
O dever de indenizar sob o prisma da responsabilidade civil, sofre refração, decompondo-se em ato ilícito, omissivo ou comissivo, por negligência, imprudência ou imperícia, em dano a outrem e o nexo causal, requisitos garantidores do direito/dever de indenizar. Assim faz-se mister subsumir-se o caso a aqueles.
IV. A CONDUTA ILÍCITA
Passaremos então a caracterização da ação do Réu como ato ilícito, consubstanciando o dever de indenizar. 
Maria Helena Diniz assim o define-o:“O ato ilícito (CC, art.186) é praticado em desacordo com o ordenamento jurídico, violando direito subjetivo individual. Causa dano a outrem, criando o dever de reparar o prejuízo (CC, art. 927 e 944) seja ele moral ou patrimonial (súmula 37 do STJ).”
A ilicitude de qualquer conduta, segundo ensinamento supramencionado decorre de fato antijurídico, cujo seus efeitos nocivos, ao gerar dano a terceiro, deve ser reparado. A partir de um olhar mais minucioso, chegaremos os elementos essenciais para o reconhecimento dessa ilicitude: (1) a conduta comissiva ou omissiva do agente; (2) a culpa latu sensu e strito sensu; (3) o dano causado; (4) e o nexo de causalidade entre a conduta e o prejuízo experimentado por terceiro.
Subsumindo-se a definição ao caso concreto temos que: (1) A ação do Réu consistiu em ato ilícito comissivo no momento em que ingressou abruptamente na via, sem observar as determinações legais afetas a condução preventiva e defensiva que deve nortear a todos os motoristas.
Neste sentido, o Código de Trânsito Brasileiro estabelece o caráter supra exposto ao condutor de veiculo automotor nos seguintes dspositivos:
Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstáculo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda causar danos a propriedades públicas ou privadas;
E ainda:
Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à segurança do trânsito.
Não seria necessário qualquer outra exposição ou citação com a finalidade de demonstrar a ilicitude da conduta do Réu, no entanto, adentrando-nos as normas e regras do Código de Transito Brasileiro, veremos exaustivamente, o quanto o ato do Réu contrapõe-se aquele.
Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.
Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, procedente de um lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos veículos e pedestres que por ela estejam transitando.
O Réu, ao ingressar na via, saindo do Supermercado Bom Preço, que encontra-se em lote lindeiro, deveria certificar-se de que poderiafazê-lo sem colocar em perigo os demais usuários da via. No entanto aquele se quer parou o veículo para avaliar o transito, que na oportunidade, por pretender adentrar a via, deveria ainda respeitar a preferência do Autor que já transitava por esta.
A jurisprudência do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, em casos análogos, segue no sentido de que aquele que faz a conversão deve ser responsabilizado em caso de acidente de trânsito:
APELAÇÕES AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS ACIDENTE DE TRÂNSITO Manobra de conversão à esquerda realizada sem a observância das cautelas indispensáveis na condução de veículo automotor, caracterizando o manifesto desrespeito às regras de trânsito e justificando a responsabilidade pela indenização [...](TJ-SP - APL: 9201218142009826 SP 9201218-14.2009.8.26.0000, Relator: Hugo Crepaldi, Data de Julgamento: 24/10/2012, 25ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 25/10/2012 – grifo nosso)
INDENIZAÇÃO - ACIDENTE DE VEÍCULO - CONVERSÃO À ESQUERDA PELO CONDUTOR DO VEÍCULO DO RÉU - AUSÊNCIA DA NECESSÁRIA CAUTELA À MANOBRA EXCEPCIONAL - CULPA PELA COLISÃO DEMONSTRADA - SENTENÇA MANTIDA - Demonstrado nos autos que o condutor do veículo do réu, ao efetuar conversão à esquerda, não logrou com a cautela exigida para tal manobra excepcional, interceptando a trajetória do automóvel da autora, de rigor é o acolhimento do pedido indenizatório - Apelo improvido. (TJ-SP - APL: 9172828342009826 SP 9172828-34.2009.8.26.0000, Relator: José Malerbi, Data de Julgamento: 03/09/2012, 35ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 03/09/2012, grifo nosso)
In casu, a manobra não interceptou o autor em sentido contrário, no entanto, ainda assim sua é a responsabilidade, posto que o autor seguia seu  trajeto em linha reta, e quem convergia era o réu.
Era sua a responsabilidade de se certificar da possibilidade de fazê-lo sem prejuízo para os outros usuários da via. Também neste sentido é o mais recente entendimento E. Tribunal de Justiça de São Paulo:
[...] INDENIZAÇÃO - ACIDENTE DE TRÂNSITO CULPABILIDADE CRUZAMENTO CONVERSÃO À ESQUERDA - VIA URBANA LOCAL NÃO SINALIZADO - AUTOMÓVEL E MOTOCICLETA. O condutor que pretende entrar à direita ou à esquerda e que queira executar uma manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais usuários da via considerando sua posição, sua direção e sua velocidade. Feito anulado a partir de fls. 183, e em sede de novo julgamento, acolhe-se parcialmente o recurso adesivo, desacolhido o principal.” (TJ-SP - APL: 243580320088260114 SP 0024358-03.2008.8.26.0114, Relator: Clóvis Castelo, Data de Julgamento: 06/08/2012, 35ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 07/08/2012)
ACIDENTE DE TRÂNSITO. Ação de indenização de danos morais e estéticos. Conversão à esquerda. Manobra excepcional. Ônus de quem a realiza de demonstrar sua regularidade. Dúvida que se aproveita em favor de quem circulava em condições normais. Réu que não faz essa comprovação da regularidade de sua manobra. Danos estéticos não comprovados. Indenização sob tal título cancelada. Indenização por danos morais devida e fixada com equidade. Procedência. Apelação parcialmente provida. (TJ-SP - APL: 90808620098260126 SP 0009080-86.2009.8.26.0126, Relator: Sebastião Flávio, Data de Julgamento: 27/06/2012, 25ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 12/07/2012 – grifo nosso sempre)
Apelação Acidente de trânsito Seguradora Manobra irregular e perigosa. Tendo sido afirmado pela própria ré a prática de manobra irregular e perigosa ao efetuar conversão à esquerda em local com faixa dupla contínua, em via de mão dupla, na saída de posto de combustível, desnecessária a produção de outras provas. Apelação desprovida. (TJ-SP - APL: 9289289262008826 SP 9289289-26.2008.8.26.0000, Relator: Lino Machado, Data de Julgamento: 25/07/2012, 30ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 26/07/2012 – grifo nosso)
Descabido será protestar que não havia animus nocendi na atitude do réu, visto que a responsabilidade aquiliana funda-se tanto no dolo quanto na culpa (em sentido estrito, negligência, imperícia e imprudência).
A conduta do Réu denota claramente sua culpa (2), quando assumiu o risco de causar o acidente ao adentrar na via sem observar as medidas legais de segurança na conduto de veiculo automotor, saliente-se ser estas de conhecimento de todo condutor habilitado, que é o caso do Réu. Esta assim configurado o segundo elemento que caracteriza a conduta ilícita indenizável. Foi, no mínimo, imprudente o réu, Excelência, e é o que basta, consoante esclarece-nos Maria Helena Diniz: 
[...] não se reclama que o ato danoso tenha sido, realmente, querido pelo agente, pois ele não deixará de ser responsável pelo fato de não ter-se apercebido do seu ato nem medido as suas conseqüências.
Bem assim, é notório que o Réu causou danos ao Autor. Encontram-se acostados nestes autos os documentos que comprovam o dano sofrido (3), boletim de ocorrência da autoridade competente e fotos da Motocicleta do Autor, bem como todo o prontuário médico comprovando a lesão e sua causa. Este ultima nos documentos de atendimento da SAMU ainda no local do acidente, o que comprova a correlação com o evento danoso (4), consubstanciando assim o fato ilícito indenizável, ante a presença de todos os seus elementos.
Vejamos de forma destacada o que se mostra inquestionável:
1. veículo dirigido pelo réu atingiu a motocicleta do autor;
2. O réu adentrou inadvertidamente a via onde o autor trafegava com sua motocicleta, indo ao seu encontro, ocasionando-lhe diversos ferimentos, dentre eles a fratura exposta da perna, que redundaram, inclusive, em limitação de movimentos da perna direita.
3. A conduta do Réu contrariou diversos dispositivos legais que norteiam a convivência segura no transito com o intuito de salvaguarda a vida dos condutores e transeuntes, logo assumiu o risco em causar-lhes eventuais danos.
4. Da farta documentação acostada, precipuamente a“FICHA DE ATENDIMENTO PRÉ HOSPITALAR”da SAMU, nº 2500, bem assim o RAT – Registro de Acidente de Transito, lavrado na Transalvador, demonstram claramente o nexo causal exigido para configuração do dever de indenizar.
Não restando qualquer resquício de duvida quanto ao dever de indenizar ao Autor, passemos agora a caracterização do danos.
V. DOS DANOS MATERIAS – LUCROS CESSANTES E DANOS EMERGENTES
Como já exaustivamente debatido, a conduta ilícita que ocasiona danos patrimoniais a outrem, esta sujeita ao dever de indenizar, que se fará através das perdas e danos. O artigo 402 do Código Civil classifica os danos como lucros cessantes e danos emergentes, in verbis:
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de ganhar.
Os danos emergentes congregam as perdas efetivas provenientes da lesão, e visam reestabelecer o statu quo, patrimonial, do ofendido. Ensina-nos Maria Helena Diniz:
O dano positivo ou emergente, consiste num déficit real e efetivo do patrimônio do credor, isto ém numa concreta diminuição de sua fortuna, seja porque se depreciou o ativo, seja porque aumentou o passivo.[...]
No caso sub oculi,... 
Os lucros cessantes ou frustrados, referem-se ao que o Autor deixou de ganhar em consequência da conduta ilícita do Réu, em outras palavras, é a consequente frustração das expectativa de lucro em razão desta. Nas palavras de Cristiano Chaves:
[...]Correspondem ao acréscimo patrimonial concedido ao ofendido, se a obrigação contratual ou extracontratual não fosse objeto de descumprimento. Seria o reflexo futuro do ato lesivo sobre o patrimônio do credor.
Especificamente no caso sub oculi, deve-se interpretar regras acima em conjunto com o que prescreve o atual Código Civil em seu artigo 949:
Art. 949. No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até ao fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haversofrido.
Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu.
O jurista João Casillo, in "Dano a pessoa e sua indenização", Editora Revista dos Tribunais, ensina o seguinte:
Na apuração dos lucros cessantes, também o critério é o dos rendimentos. Aquele que vê sua saúde abalada, ou deixa de produzir ou passa a fazê-lo em escala menor, sofrendo, portanto, perda em seus ganhos, deve ser indenizado, e, se algum é responsável pelo evento, deve arcar com o dano causado. Na apuração do quantum, a base de cálculo é o valor da remuneração, real ou presumida.
Destarte tudo o que réu deixou de auferir, desde o momento em que não mais pôde trabalhar em razão da lesão incapacitante, constitui lucros cessantes.
Em decorrência do acidente o autor ficou impossibilitado de trabalhar por longo período, teve altos custos com médicos e medicamentos, além de todo o prejuízo patrimonial com sua motocicleta, que ficou bastante danificada.
Então imagine Vossa Excelência a situação do autor desde então:
· Sem poder trabalhar por X meses;
· Sofrendo dores terríveis até hoje;
· Com sua moto inutilizada; 
· Com uma deformidade eterna na perna;
· Com inúmeros gastos com medicamentos, remédios e passagens de ônibus;
Enquanto isso o réu, continuou vivendo sua vida normal, jamais tendo oferecido qualquer tipo de ajuda ao autor.
Ressalte-se que, após a reabilitação, depois que voltou a trabalhar, jamais conseguiu atingir os mesmos patamares, devido a limitação física, bem como o trauma psíquico para dirigir motocicleta, devendo ser indenizado por lucros cessantes também no período posterior, o que deverá ser apurado em liquidação.
As marcas herdadas do acidente provoca ainda traumas psíquicos, tanto quanto ao trabalho que fazia com sua motocicleta por lembrar-lhe constantemente de todo o sofrimento por qual passou, como ainda causar-lhe o constrangimento estético que o acompanhará por toda vida.
Desta forma, após o acidente causado pelo réu, o autor deixou de perceber, em média, menos da metade da renda anterior ao acidente, devendo isso ser computado como lucros cessantes.
Também deverá receber uma indenização, a ser arbitrada de uma só vez, nos termos do artigo 950, parágrafo único do CC, em decorrência da diminuição de sua capacidade de trabalho, devendo eventual perícia técnica levar em conta todos os fatores supramencionados.
Vejamos então um resumo de todos eles:
1) Prejuízo com a avaria da motocicleta, cujo valor para conserto foi de R$ XXXXX, bem como os custos com o pátio da TRANSALVADOR. 
2) Indenização pelas despesas de tratamento já havidas e com as que se fizerem necessárias até a mais ampla recuperação do autor, incluindo-se as referentes a cirurgias plásticas, próteses estéticas, medicamentos, tratamento ambulatorial, e outros;
4) Lucros cessantes pelo período em que ficou sem trabalhar;
5)  Indenização pela diminuição na capacidade de trabalho, cujo grau para arbitramento deverá ser apurado através de perícia técnica, estimada em XX% da renda média desde o acidente até quando o autor completaria 75 anos;
Assim, fica claro a configuração do dano material do caso da lide, restando agora quantifica-los. 
DA QUANTIFICAÇAO DO DANO MATERIAL
Douto Magistrado, estabelece o Código Civil que em seu artigo 944, determina: “A indenização mede-se pela extensão do dano.”
A reparação pelos danos materiais sofridos deverá se orientar por dados que demonstrem (docs. em anexo e outros que serão juntados) tudo o que o autor deixou de ganhar desde o fatídico dia, bem como as despesas que teve de suportar.
O dano material sofrido pelo Autor é facilmente liquidado, pois, diante das faturas acostadas aos autos, a cobrança iniciou-se em julho de 2013, permanecendo por 20 meses, até que a conta foi cancelada, havendo variações nos valores que estão demonstrados na planilha abaixo, bem com sua soma final:
	Mês da cobrança
	Valor em R$
	Julho de 2013
	39,90
	Agosto de 2013
	39,90
	setembro de 2013
	39,90
	outubro de 2013
	39,90
	novembro de 2013
	52,90
	dezembro de 2013
	52,90
	Janeiro de 2014
	52,90
	fevereiro de 2014
	60,80
	março de 2014
	52,90
	abril de 2014
	52,90
	maio de 2014
	52,90
	junho de 2014
	89,90
	Julho de 2014
	89,90
	Agosto de 2014
	95,90
	setembro de 2014
	95,90
	outubro de 2014
	95,90
	novembro de 2014
	95,90
	dezembro de 2014
	95,90
	janeiro de 2015
	95,90
	fevereiro de 2015
	95,90
	20 meses
	Total: R$ 1.389,20
A identificação das cobranças foi possível através de documento cedido pelo gerente da Ré, mediante consulta do cadastro do convenente SKY, no Sistema de Convênios da Caixa Econômica Federal, contendo ali o código que identifica a empresa SKY, usado nas operações realizadas na conta dos clientes. 
Do simples somatório das mensalidades cobradas em debito em conta, chegamos ao valor de R$ 1.389,20 de dano material.
Este capítulo apenas vem dar ciência ao juízo dos danos decorrentes da violação da intimidade do Autor e alcance dos transtornos causados.
VI. DOS DANOS MORAIS
É entendimento já consolidado na jurisprudência pátria, ratificado na SÚMULA n.º 37 do STJ - São cumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato.
O inesquecível Pontes de Miranda, citando Hermenegildo de Barros, in "Tratado de Direito Privado, tomo 53, págs. 228 e 229, salienta:
[...] embora o dano seja um sentimento de pesar íntimo da pessoa ofendida, para o qual se não encontra estimação perfeitamente adequada, não é isso razão para que se lhe recuse em absoluto uma compensação qualquer. Essa será estabelecida, quando e como possível, por meio de uma soma, que não importando uma exata reparação, todavia representará a única salvação cabível nos limites das forças humanas. O dinheiro não os extinguirá de todos; não os atenuará mesmo por sua natureza; mas pelas vantagens que o seu valor permutativo poderá proporcionar, compensando, indiretamente e parcialmente embora, o suplício moral que os vitimados experimentem.
Segundo a mais realista jurisprudência, fundada em Silvio Rodrigues, amparada por Ripert e Boulanger (A Reparação nos acidentes de Trânsito, 2ª edição revista e ampliada, Revista dos Tribunais, 1986, pág. 121):
Se a vítima experimenta ao mesmo tempo um dano patrimonial defluente da diminuição de sua capacidade para exercer seu ofício e um dano moral derivado do aleijão, deve receber dupla indenização, aquela proporcional à deficiência experimentada e esta fixada moderadamente.
Torna-se pugente destacar que não se confundem a indenização reparadora do dano moral e do dano estético, disciplinada pelo artigo 949 do Código Civil.
A obrigatoriedade de reparar o dano exclusivamente moral encontra amplo fundamento na legislação pátria, tendo expressão tanto na Carta Magna (artigo 5º, incisos V e X), quanto em legislação ordinária. A doutrina moderna é unanime quanto ao dever de indenizar outrem pelo dano moral cometido, como reza a Constituição Federal de 1988, in verbis:
“São invioláveis, a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação” (cf, art. 5º, x). 
Prescreve o Código Civil:
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Acerca do dano moral, Pontes de Miranda bem observou que:
No cômputo das suas substâncias positivas é dúplice a felicidade humana: bens materiais e bens espirituais (tranqüilidade, honra, consideração social, renome). Daí o surgir do princípio da ressarcibilidade do dano não patrimonial.
Nesse sentido, servimo-nos das sábias palavras de Silvio de Salvo Venosa:
Dano moral é o prejuízo que afeta o animo psíquico,moral e intelectual da vítima. Sua atuação é dentro dos direitos de personalidades. Nesse campo, o prejuízo transita pelo imponderável, daí por que aumentam as dificuldades de se estabelecer a justa recompensa pelo dano. Em muitas situações, cuida-se de indenizar o inefável.
Parece mais razoável, assim, caracterizar o dano moral pelos seus próprios elementos; portanto, como a privação ou diminuição daqueles bens que tem um valor precípuo na vida do homem e que são a paz, a tranqüilidade de espírito, a liberdade individual, a integridade individual, a integridade física, a honra e os demais sagrados afetos.
Assim o dano moral é aquele que afeta a paz interior, a tranquilidade de espírito, a liberdade e integridade individual de cada um. Atinge a pessoa causando-lhe dor e sofrimento.
No caso, mostrou-se configurado o dano indenizável, com a consequente obrigação de repará-lo, visto que o Autor(a) sofreu dano decorrente de conduta ilícita do Réu, tendo seu membro inferior direito dilacerado, submetido a tratamento cirúrgico , permaneceu hospitalizado por aproximadamente 1 mês, ainda, já em alta se submeteu a tratamento fisioterápico, experimentado um universo de dissabores, dentre os quais os desdobramentos emocionais quanto ao seu tratamento e recuperação, receio de sequelas que lhe impedissem de exercer o labor, isolamento social quando em tratamento, entre outros transtornos.
Quanto a necessidade de comprovação do dano moral, por muito tempo se vinculou a configuração da reparação extrapatrimonial à dor e sofrimento da vítima, destacando-se, a comprovação das consequentes lesões como elemento inerente à natureza do respectivo instituto jurídico. 
Essa subjetivação tornava o reconhecimento do direito perseguido inteiramente inconsistente, e quando da eventual deferimento, sua aferição uma tarefa hercúlia.
Atualmente caminha-se no sentido de se aferir o dano moral como decorrente de ofensa à Dignidade da Pessoa Humana, a qual, sob uma ótica factível, comporta definição como sendo uma "lesão a um interesse existencial concretamente merecedor de tutela."
Consequentemente, qualquer ofensa a um bem jurídico da personalidade é séria e, uma vez constada objetivamente, evidenciará o dano moral, não se admitindo gradação acerca da gravidade da lesão. Caberá ao magistrado, portanto, analisar o caso concreto para auferir a ofensa ao interesse existencial do ser humano, reconhecendo o dano moral caso configurada, tão somente.
A jurisprudência pátria assim vem se posicionando:
O dano simplesmente moral, sem repercussão no patrimônio, não há como ser provado. Ele existe tão-somente pela ofensa, e dela é presumido, sendo bastante para justificar a indenização.” (TJPR – 4ª.C – Ap. – Rel. Wilson Reback – j. 12.12.1990 – RT 681/163)
No presente caso, temos a imputação de responsabilidade extracontratual em face da violação da obrigação geral de selar pela segurança no transito, como direito da coletividade, assegurando a integridade (física e patrimonial) dos condutores e transeuntes, que consequentemente incorreu no dano físico e patrimonial do Autor, conforme supra-exposto. A sua Conduta antijurídica fez surgir o legítimo interesse extrapatrimonial em face de, a lesão sofrida ter atingido a saúde, a integridade psíquica, além de mudança brusca de projetos e programações na vida do autor com relação aos seus afazeres profissionais e pessoais, quando se viu compelido a lidar com a enfermidade e a sua superação, consoante se infere da narrativa fática, e relatórios médicos em anexo.
No que pertine ao quantum a ser fixado a título de indenização, que deve revelar o caráter justo, compensatório que deve ter a indenização por danos morais, têm decidido os Tribunais Pátrios que:
Acostar jurisprudência
O brilhante magistrado e professor de Direito Civil José Osório de Azevedo Junior ensina com propriedade e equilíbrio:
O valor da indenização deve ser razoavelmente expressivo. Não deve ser simbólico, como já aconteceu em outros tempos (indenização de um franco). Deve pegar no bolso do ofensor como um fator de desestímulo a fim de que não reincida a ofensa. Mas deve, igualmente, haver cometimento, a fim de que o nobre instituto não seja desvirtuado em mera fonte de enriquecimento.
Alternativamente, para o caso deste juízo entender a não configuração do dano moral no aspecto psíquico, pugna o Autor pelo reconhecimento da vertente punitiva do dano moral, que tem o escopo de educar os transgressores, coibindo as praticas ilícitas, como é o caso. 
Coaduna-se a este entendimento as palavras de Silvio Venosa, vejamos:
Há função de pena privada, mais ou menos acentuada, na indenização por dano moral, como reconhece o direito comparado tradicional. Não se trata, portanto, de mero ressarcimento de danos, como ocorre na esfera dos danos materiais. Esse aspecto punitivo da verba indenizatória é acentuada em muitas normas de índole civil e administrativa. Aliás, tal função de reprimenda é acentuada nos países de common Law. Há um duplo sentido de indenização por dano mora: ressarcimento e prevenção. Acrescente-se ainda o cunho educativo, didático ou pedagógico que essas indenizações apresentam para a sociedade.
A melhor doutrina também reconhece o caráter punitivo da indenização. Para Antonio Chaves “A obrigação de reparar o dano corresponde, sem dúvida, a um princípio da mais estreita equidade em benefício da vítima. Mas desempenha uma função admoestadora e educativa [...]”
Deveras, a função punitiva da indenização mostra efeito social sadio, na medida em que dissuade o agente que age dolosamente em prejuízo alheio (sem cometer ilícito penal), e contribui para que todos os que agem de boa-fé agucem ainda mais seus sentidos para que não incorram em imprudência, negligência ou imperícia.[9]
Nesse panorama, com o fito de penalizar, e efetivamente atingir o caráter educativo, sugerimos ao M.M. juízo acompanhar a farta jurisprudência colacionada.
Jurisprudêcia
VII. DOS DANOS ESTÉTICOS
O dano estético, é terceira espécie de dano, amparado na Carta Magna e se sustenta na reparação da ofensa à integridade física do ser humano. A Autonomia do dano estético depende da compreensão de sua natureza, posto que confundir o dano proveniente da deformações corpóreas com o sofrimento moral, psíquico, claramente apontaria para o bis in idem, ao acumula-la com dano moral. 
Os artigos 6º e 196 da Constituição Federal apresentam, como direito fundamental da pessoa humana e direito social, a proteção da saúde, sendo positivado que “A saúde é direito de todos.”
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.
Logo a reparação do dano à integridade física, é sucedâneo da proteção à saúde, sendo amparado na Constituição Federal, a mais importante norma regulamentadora da integral e plena reparação do dano estético, não havendo falar-lhe como espécie do gênero dano moral.
Não paira qualquer duvida quanto a lesão a integridade física do Autor, decorrente do acidente, no mesmo esteio, as sequelas deixadas em seu corpo, que o acompanharam por toda sua existência, o que agrava o dano estético, posto no caso em comento, o Autor fora acometido tanto em sua integridade física, atendando contra sua saúde, como contra a sua imagem.
A proteção a imagem, inserta na Lei Maior, que Miguel Reale a classificou como sendo a dimensão ética que a pessoa possui perante a coletividade, também pode ser interpretada como dano à saúde e à integridade física, dando mais substrato a autonomia do dano estético.
A parte final do artigo 949 do Código Civil, também sustenta a autonomia do dano estético quando abre a possibilidadeindistinta de reparação, ao descrever que “No caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do tratamento e dos lucros cessantes até o fim da convalescença, além de algum outro prejuízo que o ofendido prove haver sofrido.”
Essa compreensão aqui aludida, funda-se no dever-se compreender o ordenamento jurídico como um organismo, onde os princípios constitucionais irradiam-se norteando a sua compreensão e interpretação. Nesse sentido, o Superior Tribunal de Justiça, pacificou as discussões ao publicar, em 01.09.09, a Súmula 387, prevendo que “É lícita a cumulação das indenizações de dano estético e dano moral.”
Queda-se assim presente o dever de indenizar o Autor na esfera do dano estético, cuidando-se o Douto Juiz, que sendo autônomos e independentes os danos material, moral e estético, consequentemente, as reparações (quantum) também o serão, cabendo a separação das verbas relativas a cada espécie de dano, já que a finalidade precípua da reparação do dano estético é obter compensação pelo prejuízo à saúde, à integridade física, sem prejuízo da obtenção de indenização por dano moral e material.
VIII. DOS PEDIDOS
Ante ao exposto, requer-se a Vossa Excelência:
a) A condenação do Réu na restituição dos prejuízos sofridos pelo Autor, danos emergentes, na exata quantia de R$ 6965,00 (seis mil novecentos e sessenta e cinco reais) corrigidos monetariamente e acrescidos dos juros legais desde a data do acidente até a data do efetivo pagamento, bem como indenização pelas despesas de tratamento que se fizeram necessárias até a mais ampla recuperação do autor, incluindo-se as referentes a cirurgias plásticas, próteses estéticas, medicamentos, tratamento ambulatorial, e outros, conforme apurado em posterior liquidação; 
b) A condenação do Réu na reparação dos ganhos que o Autor ficou impedido de perceber decorrente do acidente, de [incluir dados do caso e valor], apurado conforme a média acima informada, nos termos do artigo 949 do Código Civil, lucros cessantes, na exata quantia de R$ 6965,00 (seis mil novecentos e sessenta e cinco reais) corrigidos monetariamente e acrescidos dos juros legais.
c) A condenação ao pagamento de uma indenização, a ser arbitrada e paga de uma só vez, nos termos do parágrafo único do artigo 950, parágrafo único do mesmo codex, pelos danos materiais suportados por perda de no mínimo 50% de sua capacidade laborativa, estimando-se para efeitos de valor da causa o tempo da data do acidente (deduzindo, se o caso, o valor da condenação do item b.2)  até quando o autor completar 75 anos, não devendo ser inferior a quantia de [incluir valor], sem prejuízo dos reajustes  e juros legais, que se aplicam a categoria do autor;
d) A condenação do Réu a reparação dos danos morais, na quantia sugerida de R$ 6965,00 (seis mil novecentos e sessenta e cinco reais). 
e) A condenação do Réu a reparação dos danos estético (aleijão), a serem apurados através de perícia médica, na forma do artigo 950 e seu parágrafo único, do Código Civil, mas que não se espera seja inferior a quantia sugerida de R$ 6965,00 (seis mil novecentos e sessenta e cinco reais). 
f) A concessão do benefício da justiça gratuita nos termos do art. Artigo 5º, inciso LXXIV da Constituição Federal c/o Art. 4º da Lei nº. 1060/50.
g) A citação do Requerido, via Correio, na forma autorizada pelos artigos 221, inciso I e 223, ambos do Código de Processo Civil, a ser dirigida ao endereço inicialmente declinado, com registro de horário de recebimento, para que tome conhecimento, advertindo-o do prazo que dispõe para oferecimento de contestação, caso queira, sob pena de revelia, como estabelecem os artigos 285 e 319 do Estatuto Processual.
h) Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial prova de natureza pericial médica, que desde já requer, depoimento pessoal do réu sob pena de revelia, oitiva das testemunhas cujo rol segue abaixo, que comparecerão mediante intimação, e, ainda, a posterior juntada de documentos que se fizerem necessários ao deslinde da presente causa;
i) Finalmente, a condenação do Réu ao pagamento das custas, despesas processuais, e demais verbas sucumbenciais, nos termos da Lei.
Dá-se à causa, o valor de R$ 0.000,00 (mil reais)
Nestes termos
pede deferimento.
Salvador/BA, 22 de Agosto de 2016
ADVOGADO
OAB /BA 00.000

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