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Réplica Acidente de trânsito


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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE ARARANGUÁ / SC – JUIZADO ESPECIAL CÍVEL
Ref. Processo 50067109520208240004
 ANDRESSA APARECIDA MONEGO DE SOUZA e CLEITON MACIEL LOPES, já devidamente qualificados nos autos do processo em epígrafe, vem mui respeitosamente por meio de seu advogado baixo assinado, propor a presente 
 RÉPLICA 
 Diante dos fatos novos alegados em contestação.
BREVE RELATO DOS FATOS
 O Réu a responder à presente demanda, trouxe fundamentos na sua narrativa que não merecem prosperar, vejamos. 
 
 Tenta usar de forma a dar menos importância a circulação da movimentada Avenida XV de Novembro como se fosse uma rua qualquer com menor importância e além do mais, que sendo a Governador Jorge Lacerda preferência por força de Lei como se em nenhum momento qualquer condutor pudesse atravessá-la, ora como no local ainda não foi construído nenhum tipo de elevada em algum momento tem-se que atravessar a rodovia e era exatamente isso que estava fazendo a autora quando foi atingida pelo veículo do réu que desatentamente avançou pela rotatória abalroando totalmente o meio do carro da autora e que pela sorte naquele momento não transportava nenhum passageiro, pois assim sendo talvez tivéssemos até vítimas fatais, dado a violência do choque e que até pode se supor que vinha em velocidade acima do permitido por aquela rodovia.
 Também de maneira leviana, faz menção a trechos da narrativa de certa forma tentando banalizar os argumentos trazidos pela autora com fidelidade e autenticidade acerca dos fatos ocorridos. 
1) Ignorando e afirmando que o item b, do inciso III, do artigo 29, do CTB não se aplica aos autos, que em cruzamentos não sinalizados aplica-se a regra do artigo 29, inciso III, letra “a”, do Código de Trânsito Brasileiro;
2) A regra é simples. Não havendo sinalização, ao chegar no cruzamento quem estiver conduzindo veículo automotor DEVE OLHAR PARA SUA DIREITA e na hipótese de visualizar outro veículo no LADO DIREITO, a preferência é deste, que vem, que provém do lado da mão direita do (a) outro (a) motorista.
3) Que é totalmente equivocada a conclusão registrada no BO.
4) Que é inverídica a alegação da proposta feita pelo réu a autora para fazer a alegação junto à seguradora para a cobertura do sinistro;
5) Que é inverídica a alegação da autora que já havia quase concluído a travessia quando foi atingida subitamente pelo veículo do réu. 
 O Réu tenta descaracterizar a prudência com que a autora sempre conduziu o seu veículo no seu trabalho, haja vista que trabalha como motorista de aplicativo e transporta pessoas de um lado para outro dentro da cidade, ao contrário do que demonstra o réu a sua imperícia e irresponsabilidade ao dirigir que claramente é demonstrado no histórico de multas sofridas num total de 11 (onze) autuações quase todas oriundas por excesso de velocidade ao volante acostado aos autos no (Doc. 08).
 Ademais, alega e até cita em sua narrativa o artigo 29 inciso III alínea “a” do CTB em sua defesa, porém, esquece a alínea “b” que diz que: No caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela; (grifo nosso).
 Alega e que a regra é simplesmente o condutor observar o veículo que vem pela direita, isso é óbvio, porém in casu, a autora já tinha a preferência no trajeto pois justamente o que a autora estava fazendo....já concluindo a travessia da rotatória quando foi atingida pelo veículo do réu. 
 Isto se pode comprovar pelo Boletim de Ocorrência lavrado pela autoridade policial que possui fé pública e a experiência necessária para assim o fazê-lo, e que notadamente o acusado tenta aqui também diminuir no seu falho argumento e dando conta de que o réu, foi o causador do acidente, bem como a própria foto que o réu traz a luz dos autos (evento 11,) que comprova a posição dos veículos e que o carro da autora ao ser atingido depois do meio da travessia da rotatória rodopiou e ficou em sentido contrário da pista, tal foi a violência do choque. O próprio agente policial foi quem removeu o veículo desobstruindo a avenida. 
 A autora tanto não tem nada a temer no seu testemunho da verdade acerca dos acontecimentos dos fatos, que colocou a disposição de Vossa Excelência o “print” da tela do seu celular com a ligação originária do telefone do réu propondo “inventar” que ela era a culpada para incluir o concerto do seu veículo no sinistro e que se pudesse ser demonstrada a ligação efetuada, derrubaria por si só toda a argumentação inverídica do réu. 
 Finalmente para comprovar ainda mais a imperícia, irresponsabilidade e falta de atenção do réu ao conduzir a sua caminhoneta pelo trajeto, que se pode observar na foto 2 ora aqui acostada, que existe a placa solicitando que o condutor dê a preferência para quem ingressar na rotatória. 
 Excelência, diante dos fatos e todas as provas inseridas nos autos demonstram que o réu tenta em vão ludibriar este juízo com argumentos descabidos ante todas as provas e relatos no processo.
 Diante do exposto requer-se o acolhimento da presente RÉPLICA, acompanhada das provas bem como a oitiva dos agentes policiais.
Nesses termos,
Pede deferimento.
Araranguá, 17 fevereiro de 2020.
LEONARDO HENRIQUE MALLMANN
ADVOGADO - OAB / SC 52.450