Síntese: Antiguidade Clássica Roma

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Resumo do capítulo sobre ARQUITETURA e URBANISMO ROMANOS
NORBERG-SCHULZ, Christian. Arquitectura Occidental. 3.ed. Barcelona: G.Gilli, 1999.
INTRODUÇÃO
 . a compreensão sobre a contribuição dos romanos para a arquitetura é bastante recente, pois até então sua arquitetura era considerada uma degeneração da arquitetura grega
. não tem um tipo de edifício dominante – há uma multiplicidade de temas : termas, basílicas, anfiteatros, circos, que demonstra uma sociedade mais complexa
. a base em comum é a organização sobre uma base axial rígida – o eixo é uma das propriedades que diferenciam a arquitetura romana e aparece relacionado com um centro
. utilização freqüente tanto do interior quanto do exterior “ativos” – é uma arquitetura com caráter espacial, onde aparecem pela 1ª vez vastos espaços interiores isolados ou em grupos complexos, muitas vezes cobertos por cúpulas
. em vez do sistema trilíico, utilizam uma espécie de concreto para criar paredes contínuas, abóbadas e cúpulas 
. as ordens clássicas foram reduzidas a elementos decorativos
. o espaço e as articulações adquirem funções e tipos muito codificados que podem ser empregados em qualquer lugar – como um “estilo internacional”
PAISAGEM E ASSENTAMENTO
. o mundo romano esteve sempre centrado na capital : Roma – “caput mundi”
. os romanos estabeleceram uma rede centralizada de caminhos
. dominaram a natureza técnica e espacialmente (caminhos, aquedutos)
. destacavam os entroncamentos de caminhos com portas e arcos triunfais
. os sítios eram divididos segundo sistema axial : eixos ortogonais que definiam áreas - direita e esquerda, à frente e atrás (ordem cósmica) a partir do centro; constituíam-se num símbolo de autoridade
. “cardo” : eixo N-S = eixo do mundo; “decumano” : eixo L-O = trajetória do sol
. fórum, geralmente, era um espaço retangular organizado axialmente, próximo ao centro simbólico das cidades
EDIFÍCIO
. valorização do espaço interior e integração do edifício à malha urbana
. o templo romano assume uma orientação frontal; em geral, é articulado a um espaço exterior organizado axialmente
. a basílica tinha uma função análoga à stoa grega; era formada por uma nave central e duas laterais
. nas residências o átrio , de origem etrusca, é um espaço com abertura no alto, articulado por um eixo longitudinal. Às vezes tinha um peristilo de influência grega
. o teatro romano é um espaço ativo; seus assentos são colocados em forte declividade; a “scaenae frons” era alta, dando a idéia de um espaço fechado; o “proscaenium” era estreito e ornamentado axialmente
ARTICULAÇÃO
.
 os romanos criaram extensas superfícies ininterruptas que exigiram novas formas de subdivisão e tratamento
. introduziram o muro (a parede) como “encontro de forças interiores e exteriores”
. sistema estrutural formado por arcos, abóbadas, paredes e pilastras contínuos, quase sem elementos horizontais; sua aparência, no entanto, está condicionada à aplicação ornamental das ordens clássicas
. o uso mais conhecido das ordens clássicas pelos romanos foi a superposição : colunas dóricas / colunas jônicas / colunas coríntias / colunas ou pilastras, que atuam como um sistema, como um conjunto
. buscavam caracterizar o edifício como uma ordem dinâmica, dando continuidade e ritmo, caracterizando-o como um cenário
. em Pompéia, o uso de pintura em perspectiva fazia com que as paredes se dissolvessem
SIGNIFICADO E ARQUITETURA
. os elementos individuais dos gregos foram substituídos pelo conceito de interação sistemática
. para os romanos a vida terrestre era manifestação direta da vontade divina; os deuses não eram mais antropomorfos, mas agentes do processo histórico – eram forças mais do que personagens
. os imperadores foram assumindo cada vez mais as funções divinas e, como conseqüência, se perpetuaram mediante a construção de arcos, monumentos.,colunas
. o ambiente arquitetônico se converteu numa concretização do estado cósmico e da história romana
. os romanos não eram só engenheiros práticos com talento organizativo, pois sua prática era a manifestação histórica da ordem divina
. não buscavam a essência das coisas, mas a sua forma de se manifestar
 .um novo realismo se expressa na desejo de representar o momento histórico para marcar sua sucessão.