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45
Lição 4 - Ética e Moral
Para entendermos a ética, é bom estudar um pouco de filosofia. Aristóteles 
entendia a ética como sendo o estudo de virtudes e vícios de caráter do ser 
humano no seu agir em sociedade. Kierkegaard e Foucault compreendiam 
a ética como a busca e esforço humano para existir com beleza e dignidade, 
e chamavam-na de “a arte de viver”. Kant entende a ética como a ciência 
do “dever ser” justificada pelo “imperativo categórico”, o que significa que 
a ética separa a moral da religião, entende que os acontecimentos da vida 
devem ser avaliados com a razão e as decisões têm que ser racionalmente 
morais. Vamos estudar os princípios da ética e da disciplina na vida 
profissional e pessoal.
Ao término desta lição, você deverá ser capaz de:
a) aprender que se é importante para a sociedade em que vive e que pode 
fazer grande diferença no progresso e na humanização de nosso país; 
b) compreender o significado e a importância da ética em sua vida e sua 
profissão.
1. Conceito e Problemas da Ética 
A palavra ética vem do grego ethos, significando modo de ser ou caráter, 
como forma de vida. A ética preocupa-se com a relação entre liberdade de 
escolha de um lado e moral de outro. As questões da ética circundam a vida 
humana e se resolvem com o uso da consciência para a tomada de decisões 
finais. Ela responde questões como: Por que devo ajudar o próximo? Por que 
ser honesto com o cliente? Por que cumprir as leis? Em que consiste a res-
ponsabilidade profissional? Por que devo zelar pela conservação das partes 
comuns do condomínio em que vivo? Por que não se deve dirigir bêbado? etc.
A ética deve ser compreendida como uma ciência moderna que conduz o 
homem a uma reflexão sobre a responsabilidade de sua conduta e como ela 
reflete em sua felicidade e interfere na ordem social.
Os problemas da ética consistem em responder questões de natureza exis-
tencial, como: O que é o homem? Qual a razão de ser do homem? Por que o 
homem deve obedecer normas se é livre em sua essência?
O ser humano é, por natureza, um ser investigativo, curioso, insaciável de 
conhecimentos sobre si mesmo. Sente a necessidade de saber de onde veio 
e para que veio, qual o seu papel no mundo, por que precisa passar por 
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sofrimentos e dificuldades e como pode modificar sua realidade tornando a 
vida mais doce e tranquila.
Essencialmente livre, muitas vezes o ser humano se revolta contra as regras 
impostas, pois são elaboradas por outros seres humanos, os quais também 
são falíveis e nem sempre as normas são justas.
A ética como ciência se dedica a responder filosoficamente a todas essas 
questões, inclusive atrelando-as à realidade do mundo, servindo de guia para 
a tomada de boas decisões.
2. Ética, Direito e Moral
A ética está ligada às formas de conduta das pessoas e diz respeito ao 
comportamento correto e adequado em situações concretas.
A moral diz respeito aos valores internos e pessoais internalizados ao longo 
da existência humana, que podem ser comuns a várias pessoas, criando certa 
identidade de pensamento e proceder entre elas.
O Direito, por meio de leis e normas jurídicas, disciplina as mais variadas 
relações entre particulares e o Estado, entre dois ou mais Estados, e dos 
indivíduos uns com os outros, assegurando a ordem social e estatal. O Direito 
trata de valores externos e considerados corretos no contexto geral de uma 
determinada sociedade, nos limites territoriais de um determinado Estado.
Algumas vezes, a moral e o Direito se conflitam, pois nem sempre as leis são 
consideradas moralmente corretas por todos os membros de uma mesma 
sociedade.
A ética questiona e confronta a moral e o Direito, descrevendo formas de 
comportamento adequadas e aplicáveis às situações concretas do cotidiano 
e no exercício profissional. Ela se preocupa em distinguir o bem do mal, 
impondo limites necessários à ordem social e ao bem comum. A ética serve 
de mediadora e conciliadora entre o Direito e a moral.
2.1 Virtudes Essenciais ao Homem
A virtude não se aprende, é um valor que o homem internaliza ao longo 
de suas experiências existenciais. Existem algumas virtudes essenciais ao 
homem que devem ser observadas no exercício de toda e qualquer profissão, 
como: honestidade, prudência, humildade, empatia, compreensão, sigilo, 
perseverança, solidariedade, coragem, competência e capacidade para 
vencer desafios.
Honestidade: quando alguém procura os serviços de um profissional, 
espera encontrar alguém de confiança, capacitado, decente e digno, que irá 
solucionar seus problemas de forma legal, definitiva e ética. Um profissional 
47
não deve usar de artifícios para enganar as outras pessoas ou obter vantagens 
indevidas.
Prudência: o profissional conhece os riscos e as vantagens das atividades de 
sua área e deve avaliá-los antes de tomar qualquer atitude, esclarecendo a 
seu cliente ou chefe sobre a situação e as medidas mais adequadas ao caso 
concreto.
Humildade: consiste na virtude de reconhecer suas falhas, redimir-se de seus 
erros e saber admitir quando não entende do assunto a ser tratado, buscando 
aperfeiçoar-se e estando sempre disposto a aprender.
Empatia: é a capacidade de ouvir o outro e colocar-se em sua posição, 
entendendo o que ele sente e pensa para encontrar a solução mais apropriada.
Compreensão: capacidade de perceber o problema na integralidade, sem 
envolver-se emocionalmente com a situação, entendendo a posição do outro 
e facilitando o diálogo e o encontro de soluções.
Sigilo: fator essencial e determinante do sucesso ou insucesso profissional 
de muitos. Existem profissões em que a quebra do sigilo constitui crime – 
psicólogos, advogados, médicos, gerentes de instituições financeiras etc. –; 
salvo nos casos expressamente previstos em lei.
O cliente ou chefe, quando se dirige a um profissional, quer sentir-se à vontade 
para expor sua problemática e suas necessidades, confidenciando assuntos 
que exigem total sigilo.
Perseverança: é uma grande virtude e está atrelada à autoconfiança e 
à fé. Consiste na força interior que nos motiva a prosseguir, mesmo que 
aparentemente as barreiras do meio do caminho sejam intransponíveis.
No cotidiano, os profissionais se deparam com situações em que são incom-
preendidos ou mal interpretados, principalmente quando exercem atividades 
de meio, pois os chefes e os clientes sempre esperam um resultado positivo, 
que nem sempre é possível atingir.
Solidariedade: a realidade socioeconômica em que vivemos exige cada vez 
mais a colaboração de profissionais de diversas áreas, para que a população 
menos favorecida, que não tem condições de subsistir com a própria renda, 
seja atendida em suas necessidades.
Se cada um contribuir com seu trabalho na medida de suas possibilidades, 
prestando ajuda aos colegas dentro da empresa, às pessoas necessitadas, 
aos parentes e amigos, aos poucos todos estarão assistidos e terão suas 
necessidades satisfeitas.
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Falar em solidariedade nem sempre significa almejar contribuição em 
dinheiro. Muitas vezes um pequeno gesto, uma palavra amiga, um sorriso, um 
abraço ou até mesmo ouvir o problema do outro já é de grande valia.
Coragem: elemento essencial da vida, ajuda-nos em nossas defesas, capacita-
nos a vencer obstáculos e a reagir diante de situações adversas e inesperadas. 
A coragem nos impulsiona a criar coisas novas e a modificar as já existentes.
Competência: a pessoa só deve exercer uma profissão se estiver devidamente 
preparada e instruída para fazê-lo, sendo sua obrigação atualizar-se 
constantemente sobre novas técnicas, regras e procedimentos.
Capacidade para vencer desafios: no cotidiano nos deparamos com diversos 
obstáculos, não podemos desistir diante deles, precisamos enfrentá-los e 
aprender com eles, o que significa crescer como pessoa e como profissional.
2.2 Ética e Educação
A educação como instrumento de formação ética do indivíduo é de 
importância fundamental e deve iniciar-se desde a pré-escola, ensinando 
valores morais e sociais.
Énecessário que, desde criança, tomemos contato com a realidade de que 
somos seres sociais e que as nossas atitudes podem influenciar de forma 
positiva ou negativa a vida das outras pessoas.
Vivemos atualmente uma política educacional de inclusão social que visa a 
formar o homem em sua integralidade, buscando a criação de uma sociedade 
mais justa e solidária, com menos desigualdades e mais consciência.
A ética confirma que a educação atinja sua função social, pois conduz os 
educandos a uma reflexão sobre os problemas socioeconômicos e políticos 
do país e a uma autoanálise de sua própria vida e de como pode modificar e 
melhorar a realidade atual.
2.3 Ética e Cidadania
A ética faz distinção entre o bem e o mal, confronta o Direito e a moral, 
questiona a realidade social e política de um país, levanta polêmicas e cria 
axiomas – parâmetros de ação.
Como ciência, produz conhecimento e desenvolve técnicas e regras de 
crescimento e realização do bem comum. Não há consenso no que consiste o 
bem comum, sendo discutida pela ética quando se trata de aliar a cidadania 
ao exercício efetivo dos direitos humanos assegurados pela ONU e inclusos 
na nossa Constituição Federal.
49
Não há como falar em cidadania diante da fome, da miséria e de tantas 
discrepâncias sociais, com as quais nos deparamos. É uma questão ética 
criar uma consciência nacional de igualdade, trabalho, solidariedade e 
desenvolvimento progressivo e conjunto, em que políticos e cidadãos somem 
esforços e lutem juntos por uma verdadeira cidadania, construindo uma 
nação em que impere a supremacia do bem comum e dos interesses sociais.
Para que tal ideal se transforme em realidade, é necessário que cada classe 
profissional contribua com suas regras éticas, fiscalizando o proceder de seus 
afiliados e punindo aqueles que utilizarem seu registro para fins ilícitos ou em 
detrimento de terceiros e da sociedade como um todo.
2.4 Ética no Brasil
É notório que vivemos um momento de crise mundial, com grandes índices 
de analfabetismo, desnutrição, fome e desemprego, em diversos países; mas 
estamos na era da evolução e da política mundial dos direitos humanos, 
da globalização e da inclusão social. Todos lutam contra as desigualdades 
e aderem a Convenções e Tratados Internacionais de Direitos Sociais e 
Fundamentais.
No Brasil é crescente a atuação de Organizações Não Governamentais – ONGs 
–, sem fins lucrativos, em que os próprios membros da sociedade se agrupam 
para proporcionar educação, alimentação, saúde, esportes, informação e 
acesso à justiça à população menos favorecida.
O governo tem demonstrado maior preocupação com os problemas sociais, 
utilizando-se da mídia para conscientizar a Nação de que, embora a garantia 
dos direitos fundamentais e sociais seja um dever do Estado, cada cidadão 
tem sua parcela de responsabilidade na reconstrução social e econômica do 
país.
Essa política de união de forças e conscientização nacional dos problemas 
socioeconômicos é a expressão da materialização da ética.
Neste sentido, a ética desperta no ser humano a solidariedade e a certeza de 
sua importância na comunidade.
Nosso proceder pessoal e profissional tem reflexos significativos na sociedade. 
Não somos apenas um número. Não importa a profissão, raça, cor ou classe 
social, sempre precisamos pensar antes de agir, ser uma pessoa virtuosa e 
jamais utilizar-se do “egoísmo-ético”, o que significa a teoria que fundamenta 
comportamentos em que o indivíduo ao proceder pensa apenas nas 
vantagens que obterá para si, sem se preocupar se causará danos a terceiros.
No Brasil, o “egoísmo ético” é inaceitável. Precisamos ter a consciência de 
que vivemos em um país em que somos participantes ativos e diretos de 
um processo de crescimento e retomada da economia, no qual a sociedade 
combate a exclusão social e as desigualdades que impedem o progresso.
50
2.5 Ética Profissional
Toda classe profissional necessita de normas e regras apropriadas ao contexto 
das situações que possam surgir no exercício da profissão, chamadas de 
Código de Ética Profissional.
Todo ser humano é sujeito de deveres e direitos. Percebemos que o direito 
de um corresponde a um dever de outro. Por exemplo: o direito do cliente 
de receber um serviço perfeito e no prazo fixado corresponde ao dever 
do profissional contratado, de desempenhar suas tarefas com sabedoria, 
conhecimento, capricho e pontualidade. Caso não realize suas funções 
corretamente, o profissional deverá arcar com as consequências de seus atos, 
pois toda ação corresponde uma reação.
Se o indivíduo infringir uma norma, seja ela moral, de direito ou de ética, terá 
de suportar as consequências de seu erro. Quando uma pessoa quebra uma 
regra moral, ela sofre sanções internas – autorreprovação – e/ou reprovação 
social. Se o comportamento constituir uma desobediência à ética, seu 
agente receberá as penalidades estipuladas no Código de Ética de sua classe 
profissional, que vão desde uma simples advertência até a perda da licença 
para o exercício da profissão.
Todo profissional responde civil e criminalmente pelas infrações que comete 
no exercício de sua profissão, sanções que não excluem a aplicação das 
penalidades do Código de Ética Profissional.
O Código de Ética Profissional vincula todos os profissionais da classe que 
regulamenta. Por exemplo: o Código de Ética dos Médicos vale como lei 
perante todo e qualquer médico, mesmo que não o CRM. Toda pessoa que 
exercer atividade própria e exclusiva de médico, sem a devida formação e 
licença profissional, responderá por exercício ilegal da profissão e também 
suportará as cominações do Código de Ética dos Médicos.
A Ética Profissional baseia-se em valores comuns a profissionais de uma 
mesma área, descrevendo condutas que deverão ser praticadas pelos 
profissionais no desempenho de suas funções.
2.6 Ética Profissional e Individualismo
O profissional deve deixar de lado seu individualismo e colocar acima de 
tudo a ética na tomada de decisões profissionais para evitar comportamentos 
egoístas e destrutivos.
É comum, principalmente quando se trata de profissionais liberais e 
autônomos, que se avalie logo de início os lucros e os recebimentos para 
decidir se vale ou não a pena aceitar o serviço. Na vida deve-se buscar a 
realização humana integral. 
51
Se o serviço a ser realizado não for lícito, ou se os meios a serem utilizados 
para sua execução não forem honestos, ou até mesmo se o motivo e os meios 
forem corretos, mas os fins forem ilícitos ou maus, o valor recebido não 
compensará o peso da consciência e nem os dissabores da atitude antiética.
2.7 Código de Ética
Vamos ler a seguir o Código de Ética do ramo da engenharia para nos ajudar 
a entender como funciona um código.
Código de ética profissional da engenharia, da arquitetura, da agronomia, 
da geologia, da geografia e da meteorologia
As Entidades Nacionais representativas dos profissionais da Engenharia, da Arquitetura, da 
Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia pactuam e proclamam o presente 
Código de Ética Profissional.
Brasília, 06 de novembro de 2002
Relação das Entidades Nacionais signatárias:
1 - ABEA - Associação Brasileira de Engenheiros de Alimentos
2 - ABEA - Associação Brasileira de Ensino de Arquitetura
3 - ABEAS - Associação Brasileira de Educação Agrícola Superior
4 - ABEE - Associação Brasileira de Engenheiros Eletricistas
5 - ABENC - Associação Brasileira de Engenheiros Civis
6 - ABENGE - Associação Brasileira de Ensino de Engenharia
7 - ABEQ - Associação Brasileira de Engenharia Química
8 - ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 
9 - ABETI - Associação Brasileira de Ensino Técnico Industrial
10 - AGB - Associação dos Geógrafos Brasileiros
11 - CONTAE - Conselho Nacional das Associações de Técnicos Industriais
12 - CONFAEAB – Confederação das Federações de Engenheiros Agrônomos 
do Brasil
13 - FAEMI - Federação das Associações de Engenheiros de Minas do Brasil
14 - FAEP-BR - Federaçãodas Associações dos Engenheiros de Pesca do Brasil
15 - FEBRAE - Federação Brasileira de Associações de Engenheiros
16 - FEBRAGEO - Federação Brasileira de Geólogos
17 - FENATA - Federação Nacional dos Técnicos Agrícolas
18 - FENEA - Federação Nacional dos Engenheiros Agrimensores
19 - FENTEC - Federação Nacional dos Técnicos Industriais
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20 - FISENGE - Federação Interestadual de Sindicato de Engenheiros
21 - FNA - Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas
22 - FNE - Federação Nacional dos Engenheiros
23 - IAB - Instituto de Arquitetos do Brasil
24 - IBAPE - Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia 
25 - SBEA - Sociedade Brasileira de Engenharia Agrícola
26 - SBEF - Sociedade Brasileira de Engenheiros Florestais
27 - SBMET - Sociedade Brasileira de Meteorologia
28 - SOBES - Sociedade Brasileira de Engenharia de Segurança
Preâmbulo
Art. 1º - O Código de Ética Profissional enuncia os fundamentos éticos e as 
condutas necessárias à boa e honesta prática das profissões da Engenharia, 
da Arquitetura, da Agronomia, da Geologia, da Geografia e da Meteorologia e 
relaciona direitos e deveres correlatos de seus profissionais.
Art. 2º - Os preceitos deste Código de Ética Profissional têm alcance sobre 
os profissionais em geral, quaisquer que sejam seus níveis de formação, 
modalidades ou especializações.
Art. 3º - As modalidades e especializações profissionais poderão estabelecer, 
em consonância com este Código de Ética Profissional, preceitos próprios de 
conduta atinentes às suas peculiaridades e especificidades.
Da identidade das profissões e dos profissionais
Art. 4º - As profissões são caracterizadas por seus perfis próprios, pelo saber 
científico e tecnológico que incorporam, pelas expressões artísticas que 
utilizam e pelos resultados sociais, econômicos e ambientais do trabalho que 
realizam.
Art. 5º - Os profissionais são os detentores do saber especializado de suas 
profissões e os sujeitos proativos do desenvolvimento.
Art. 6º - O objetivo das profissões e a ação dos profissionais volta-se para 
o bem-estar e o desenvolvimento do homem, em seu ambiente e em suas 
diversas dimensões: como indivíduo, família, comunidade, sociedade, nação 
e humanidade; nas suas raízes históricas, nas gerações atual e futura.
Art. 7º - As entidades, instituições e conselhos integrantes da organização 
profissional são igualmente permeados pelos preceitos éticos das profissões e 
participantes solidários em sua permanente construção, adoção, divulgação, 
preservação e aplicação.
53
Dos princípios éticos
Art. 8º - A prática da profissão é fundada nos seguintes princípios éticos aos 
quais o profissional deve pautar sua conduta: Do objetivo da profissão.
I - A profissão é bem social da humanidade e o profissional é o agente 
capaz de exercê-la, tendo como objetivos maiores a preservação e o 
desenvolvimento harmônico do ser humano, de seu ambiente e de seus 
valores; Da natureza da profissão.
II - A profissão é bem cultural da humanidade construído permanentemente 
pelos conhecimentos técnicos e científicos e pela criação artística, 
manifestando-se pela prática tecnológica, colocado a serviço da melhoria da 
qualidade de vida do homem; Da honradez da profissão.
III - A profissão é alto título de honra e sua prática exige conduta honesta, 
digna e cidadã; Da eficácia profissional.
IV - A profissão realiza-se pelo cumprimento responsável e competente 
dos compromissos profissionais, munindo-se de técnicas adequadas, 
assegurando os resultados propostos e a qualidade satisfatória nos 
serviços e produtos e observando a segurança nos seus procedimentos; Do 
relacionamento profissional
V - A profissão é praticada através do relacionamento honesto, justo e com 
espírito progressista dos profissionais para com os gestores, ordenadores, 
destinatários, beneficiários e colaboradores de seus serviços, com igualdade 
de tratamento entre os profissionais e com lealdade na competição; Da 
intervenção profissional sobre o meio.
VI - A profissão é exercida com base nos preceitos do desenvolvimento 
sustentável na intervenção sobre os ambientes natural e construído e da 
incolumidade das pessoas, de seus bens e de seus valores; Da liberdade e 
segurança profissionais
VII - A profissão é de livre exercício aos qualificados, sendo a segurança de 
sua prática de interesse coletivo.
Dos deveres
Art. 9º - No exercício da profissão são deveres do profissional:
I - ante ao ser humano e a seus valores:
a) oferecer seu saber para o bem da humanidade;
b) harmonizar os interesses pessoais aos coletivos;
c) contribuir para a preservação da incolumidade pública;
d) divulgar os conhecimentos científicos, artísticos e tecnológicos inerentes 
à profissão.
II - ante à profissão:
a) identificar-se e dedicar-se com zelo à profissão;
b) conservar e desenvolver a cultura da profissão;
54
c) preservar o bom conceito e o apreço social da profissão;
d) desempenhar sua profissão ou função nos limites de suas atribuições e de 
sua capacidade pessoal de realização;
e) empenhar-se junto aos organismos profissionais no sentido da 
consolidação da cidadania e da solidariedade profissional e da coibição 
das transgressões éticas.
III - nas relações com os clientes, empregadores e colaboradores:
a) dispensar tratamento justo a terceiros, observando o princípio da 
equidade;
b) resguardar o sigilo profissional quando do interesse de seu cliente ou 
empregador, salvo em havendo a obrigação legal da divulgação ou da 
informação;
c) fornecer informação certa, precisa e objetiva em publicidade e 
propaganda pessoal;
d) atuar com imparcialidade e impessoalidade em atos arbitrais e periciais;
e) considerar o direito de escolha do destinatário dos serviços, ofertando-
lhe, sempre que possível, alternativas viáveis e adequadas às demandas 
em suas propostas;
f) alertar sobre os riscos e responsabilidades relativos às prescrições 
técnicas e às consequências presumíveis de sua inobservância;
g) adequar sua forma de expressão técnica às necessidades do cliente e às 
normas vigentes aplicáveis.
IV - nas relações com os demais profissionais:
a) atuar com lealdade no mercado de trabalho, observando o princípio da 
igualdade de condições;
b) manter-se informado sobre as normas que regulamentam o exercício da 
profissão;
c) preservar e defender os direitos profissionais.
V - ante ao meio:
a) orientar o exercício das atividades profissionais pelos preceitos do 
desenvolvimento sustentável;
b) atender, quando da elaboração de projetos, execução de obras ou criação 
de novos produtos, aos princípios e recomendações de conservação de 
energia e de minimização dos impactos ambientais;
c) considerar em todos os planos, projetos e serviços as diretrizes e 
disposições concernentes à preservação e ao desenvolvimento dos 
patrimônios sociocultural e ambiental.
55
Das condutas vedadas
Art. 10 - No exercício da profissão são condutas vedadas ao profissional:
I - ante ao ser humano e a seus valores:
a) descumprir voluntária e injustificadamente com os deveres do ofício;
b) usar de privilégio profissional ou faculdade decorrente de função de 
forma abusiva, para fins discriminatórios ou para auferir vantagens 
pessoais;
c) prestar de má-fé orientação, proposta, prescrição técnica ou qual quer 
ato profissional que possa resultar em dano às pessoas ou a seus bens 
patrimoniais.
II - ante à profissão:
a) aceitar trabalho, contrato, emprego, função ou tarefa para os quais não 
tenha efetiva qualificação;
b) utilizar indevida ou abusivamente do privilégio de exclusividade de 
direito profissional;
c) omitir ou ocultar fato de seu conhecimento que transgrida à ética 
profissional.
III - nas relações com os clientes, empregadores e colaboradores:
a) formular proposta de salários inferiores ao mínimo profissional legal;
b) apresentar proposta de honorários com valores vis ou extorsivos ou 
desrespeitando tabelas de honorários mínimos aplicáveis;
c) usar de artifícios ou expedientesenganosos para a obtenção de vantagens 
indevidas, ganhos marginais ou conquista de contratos;
d) usar de artifícios ou expedientes enganosos que impeçam o legítimo 
acesso dos colaboradores às devidas promoções ou ao desenvolvimento 
profissional;
e) descuidar com as medidas de segurança e saúde do trabalho sob sua 
coordenação;
f) suspender serviços contratados, de forma injustificada e sem prévia 
comunicação;
g) impor ritmo de trabalho excessivo ou exercer pressão psicológica ou 
assédio moral sobre os colaboradores.
IV - nas relações com os demais profissionais:
a) intervir em trabalho de outro profissional sem a devida autorização de 
seu titular, salvo no exercício do dever legal;
b) referir-se preconceituosamente a outro profissional ou profissão;
c) agir discriminatoriamente em detrimento de outro profissional ou 
profissão;
56
d) atentar contra a liberdade do exercício da profissão ou contra os direitos 
de outro profissional;
V - ante ao meio:
a) prestar de má-fé orientação, proposta, prescrição técnica ou qualquer 
ato profissional que possa resultar em dano ao ambiente natural, à saúde 
humana ou ao patrimônio cultural.
Dos direitos
Art. 11 - São reconhecidos os direitos coletivos universais inerentes às 
profissões, suas modalidades e especializações, destacadamente:
a) à livre associação e organização em corporações profissionais;
b) ao gozo da exclusividade do exercício profissional;
c) ao reconhecimento legal;
d) à representação institucional.
Art. 12 - São reconhecidos os direitos individuais universais inerentes 
aos profissionais, facultados para o pleno exercício de sua profissão, 
destacadamente:
a) à liberdade de escolha de especialização;
b) à liberdade de escolha de métodos, procedimentos e formas de expressão;
c) ao uso do título profissional;
d) à exclusividade do ato de ofício a que se dedicar;
e) à justa remuneração proporcional à sua capacidade e dedicação e aos 
graus de complexidade, risco, experiência e especialização requeridos por 
sua tarefa;
f) ao provimento de meios e condições de trabalho dignos, eficazes e 
seguros;
g) à recusa ou interrupção de trabalho, contrato, emprego, função ou tarefa 
quando julgar incompatível com sua titulação, capacidade ou dignidade 
pessoais;
h) à proteção do seu título, de seus contratos e de seu trabalho;
i) à proteção da propriedade intelectual sobre sua criação;
j) à competição honesta no mercado de trabalho;
k) à liberdade de associar-se a corporações profissionais;
l) à propriedade de seu acervo técnico profissional.
Da infração ética
Art. 13 - Constitui-se infração ética todo ato cometido pelo profissional que 
atente contra os princípios éticos, descumpra os de- veres do ofício, pratique 
condutas expressamente vedadas ou lese direitos reconhecidos de outrem.
57
Art.14 - A tipificação da infração ética para efeito de processo disciplinar será 
estabelecida, a partir das disposições deste Código de Ética Profissional, na 
forma que a lei determinar.
Entendemos o significado e a importância da ética na vida e na profissão. 
Aprendemos que uma pessoa é importante para a sociedade em que vive e 
que pode fazer grande diferença no progresso e na humanização de nosso 
país.
Exercícios Propostos
1. O que é ética?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
2. A ética não se preocupa com a relação entre liberdade de escolha de um 
lado e moral de outro. As questões da ética circundam a vida humana 
e não se resolvem com o uso da consciência para a tomada de decisões 
finais. 
 ( ) Verdadeiro ( ) Falso
3. Associe as duas colunas, relacionando as virtudes com a sua definição:
1. Honestidade
2. Prudência
3. Humildade
4. Empatia
5.Competência
( ) O profissional conhece os riscos e as vantagens das 
atividades de sua área e deve avaliá-los antes de tomar 
qualquer atitude, sempre esclarecendo a seu cliente ou 
chefe, sobre a situação e as medidas mais adequadas ao 
caso concreto.
( ) Consiste na virtude de reconhecer suas falhas, de redi-
mir de seus erros e saber admitir quando não entende 
do assunto a ser tratado, buscando aperfeiçoar-se e 
estando sempre disposto a aprender.
( ) Um profissional não deve usar de artifícios para enga-
nar as outras pessoas ou obter vantagens indevidas.
( ) A pessoa só deve exercer uma profissão se estiver devi-
damente preparada e instruída para fazê-lo, sendo sua 
obrigação atualizar-se constantemente sobre novas 
técnicas, regras e procedimentos.
( ) É a capacidade de ouvir o outro e colocar-se em sua 
posição, entendendo o que ele sente e pensa, a fim de 
encontrar a solução mais apropriada.
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A sequência correta dessa associação é:
( ) a) (1), (2), (3), (4), (5).
( ) b) (2), (3), (1), (5), (4).
( ) c) (3), (1), (2), (4), (5).
( ) d) (2), (1), (5), (4), (3).
( ) e) (1), (4) (3), (5) (2).
4. Leia as assertivas abaixo e assinale a alternativa correta:
III. A ética não está ligada às formas de conduta das pessoas e diz respeito ao 
comportamento correto e adequado em situações concretas.
III. Não existem virtudes essenciais ao homem que devem ser observadas no 
exercício de toda e qualquer profissão.
III. Quando uma pessoa quebra uma regra moral, ela sofre sanções internas.
IV. Ao desobedecer às regras da ética, a pessoa receberá as penalidades respectivas, 
previamente estipuladas no Código de Ética de sua classe profissional.
São corretas as assertivas:
( ) a) I e III.
( ) b) II e IV.
( ) c) II e III.
( ) d) III e IV.
( ) e) I e II. 
5. A Ética Profissional baseia-se em ____________ a profissionais de uma 
mesma área, descrevendo ____________ que deverão ser praticadas 
pelos profissionais no desempenho de suas funções. A esse conjunto 
normativo denominamos ______________
Assinale a sequência que preenche as lacunas de forma correta:
( ) a) Valores diferentes, penas, Código Penal.
( ) b) Valores comuns, penas, Código de Ética Profissional.
( ) c) Valores comuns, condutas, Código de Ética Profissional.
( ) d) Valores diferentes, condutas, Código Penal.
( ) e) Valores comuns, condutas, Código Moral.

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