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Sinais Vitais

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LIVRO TEXTO - MÓDULO I 
1. DEFINIÇÃO DE SINAIS VITAIS 
São medidas que fornecem dados fisiológicos indicando as condições de saúde da pessoa. Os sinais 
vitais são um meio rápido e eficiente para monitorar as condições de um paciente ou identificar a presença de 
alguns problemas. 
Têm como objetivo auxiliar na coleta de dados e avaliação das condições de saúde da pessoa, bem 
como instrumentalizar na tomada de decisão sobre intervenções. 
Mensurados manualmente ou através de equipamentos. 
A realização do exame físico inclui também a mensuração de sinais vitais, perímetros, estatura e peso, 
além de dados coletados por meio da inspeção, palpação, percussão e a ausculta, a fim de identificar sinais 
normais e anormais nos diversos sistemas biológicos, refletindo claramente a utilização do modelo biomédico. 
 
Portanto, o conjunto dos vários sinais e sintomas apresentados pelo paciente durante o exame físico 
geral irá suscitar a necessidade de um exame mais detalhado e algum segmento. 
O enfermeiro experiente utiliza o exame geral como um recurso para estabelecer uma relação 
profissional de confiança com o paciente e, então, procederão exame específico minucioso dos sistemas que 
são necessários. 
1.1. OS SINAIS VITAIS 
 Temperatura (oC) 
 
 Pulso (bpm) 
 
 Respiração (ipm) 
Pressão Arterial ou Tensão Arterial (mmHg) 
 
 Outro objetivo da avaliação dos Sinais Vitais é auxiliar na coleta de dados e avaliação das 
condições de saúde do paciente. 
 
1.2. DIRETRIZES PARA AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS (SSVV) 
 
O profissional deve conhecer as variações normais dos sinais vitais. 
 
 
 
O enfermeiro deve conhecer a história clínica do paciente, bem como o tratamento e medicações que 
ele está utilizando. 
 
A equipe de enfermagem deve controlar os fatores ambientais que possam influenciar os valores dos 
sinais vitais. 
 
Na avaliação dos sinais vitais é necessário se ter um profissional habilitado com os padrões de 
normalidade para que possa perceber rapidamente a anormalidade. 
 
Se necessário pode-se aumentar a frequência de avaliação dos sinais vitais a depender do 
agravamento do quadro clínico do paciente. 
 
O profissional deve certificar-se de que os equipamentos estão adequados e funcionando. 
A equipe de enfermagem deve-se realizar uma abordagem geral dos sistemas do paciente para a 
verificação dos sinais vitais. 
 
O enfermeiro deve comunicar e confirmar as alterações significativas encontradas na avaliação dos 
sinais vitais. 
1.3. QUANDO AVALIAR OS SINAIS VITAIS 
 Na admissão do paciente. 
 
 Na rotina de atendimento. 
 
 No Pré e Pós-operatório do paciente. 
 
 Antes e após qualquer procedimento. 
 
 Antes e após a administração de medicamentos que afetam as funções cardíacas, respiratórias e 
do controle da temperatura. 
 
 Sempre que o paciente manifestar qualquer sintoma específico. 
 
2. TEMPERATURA 
Equilíbrio mantido entre produção e perda de calor pelo organismo no ambiente e deve-se ao 
mecanismo controlado pelo hipotálamo. 
Fatores fisiológicos que podem provocar variação da temperatura: 
 Sono e repouso; 
 
 Idade; 
 
 Exercício físico; 
 
 Fator hormonal; 
 
 Alimentação; 
 
 Banho; 
 
 
 
 Agasalho; 
 
 Emoção; 
 
 Desnutrição. 
 
Outros fatores que alteram a temperatura: 
 Determinadas drogas 
 Distúrbios emocionais 
 
 Processos infecciosos 
 
Locais de avaliação da temperatura:
 
 Axilar 
 
 Boca 
 
 Ânus 
 
 Cutâneo 
 
 Temperatura axilar – 35,8°C – 37,0°C; 
 Temperatura oral – 36,5°C – 37,5°C; 
 Temperatura retal – 37°C – 38°C. 
Terminologias Importantes 
 Afebril: 36 a 37°C 
 
 Estado febril: 37,5 a 37,8°C 
 
 Pirexia: 39 a 40°C 
 
 Hiperpirexia: acima de 40°C 
 
 Hipotermia: abaixo de 35°C 
 
 Hipertermia: 38 a 40°C 
 
Mecanismo de Controle da Temperatura:
 
 A pele possui receptores tanto para frio quanto para calor. 
 O calor é produzido como um produto secundário do metabolismo cuja fonte primária é a 
alimentação. 
 
 A temperatura central interna pode variar de 35 – 41o C dependendo das condições a pessoa 
saudável sua temperatura basal é em média 37o C. 
 
 O equilíbrio entre a perda e a produção de calor é o resultado de vários mecanismos internos de 
controle. 
 
 
 
 O hipotálamo, localizado entre os hemisférios cerebrais é o termostato corpóreo. 
 
Febre 
 
 Denomina-se febre a temperatura corpórea acima do normal. 
 
 A febre também é denominada de pirexia. 
 
 A febre é o resultado de processo patológico, ferimentos ou outras afecções e infecções. 
 
Tipos de Febres 
 
Contínua: temperatura que se mantêm elevada com poucas oscilações. 
Ex: gripe e resfriados. 
 
Intermitente: Ocorre regulamente alternância entre um período de hipertermia e um período de 
temperatura normal ou subnormal. 
Ex: viroses. 
 
Remitente: hipertermia que oscila em vários graus sem nunca chegar a um patamar normal. 
Ex: Febre Tifóide. 
 
Recrudente ou Recorrente: após um período normal de temperatura (afebril) há nova manifestação 
de hipertermia. 
EX: Febre Amarela 
 
Material utilizado 
 
Termômetro de mercúrio 
 
Termômetro Digital 
 
 
 
Técnica - Material necessário: 
 Cuba rim contendo 
 
 Algodão com álcool 
 
 Algodão seco ou papel toalha 
 
 Termômetro 
 
Limpar o termômetro dentro dos princípios de microbiologia, do meio menos contaminado para o mais 
contaminado. 
 
Locais de verificação da temperatura 
 
Axilar 
 Diminuir a temperatura do termômetro 
 
 Secar as axilas do cliente 
 
 Colocar o termômetro e deixá-lo de 5 a 7 minutos 
 
 Aferir a temperatura na altura dos olhos, segurando-o pela haste 
 
 Variação normal: 35,8oC a 37oC 
 
Vantagens: 
 
 Fácil aceitação pelo cliente. 
 
 Não há a necessidade de ser individual, podendo ser desinfectado entre aferições. 
Avaliação do 
custo X benefício. 
 
Desvantagens: 
 
 Pode sofrer alterações com presença de umidade na axila. 
 
 Processos inflamatórios na axila (abscessos e lesões cutâneas). 
 
 Pacientes caquéticos. 
 
 
 
 Fratura de membros Superiores (MMSS). 
 
Bucal 
 
 Realizar a assepsia. 
 
 Colocar o termômetro sob a língua, mantendo os lábios cerrados. 
 
 O bulbo é alongado e achatado. 
 
 A temperatura varia entre 36,3oC a 37,4oC. 
Vantagens: 
 Acessível 
 
 Confortável para o cliente. 
 
 Fornece leitura exata da temperatura superficial. 
 
Desvantagens: 
 
 Contraindicado para crianças menores de 3 anos, idosos, clientes inconscientes, com distúrbios 
mentais. 
 
 Temporariamente após o ato de fumar e de ingerir líquidos quentes ou gelados. 
 
 Uso individual 
 
Retal 
 
 O termômetro deve ser lubrificado e colocado no cliente em decúbito lateral, inserido cerca de 3,5 
cm em individuo adulto. 
 
 O seu bulbo é arredondado e proeminente. 
 
 Deve ser lavado com sabão e água corrente após o uso. 
 
 É considerada a temperatura mais fidedigna. 
 
 Oscila entre 37o a 38oC. 
 
Cutânea 
 
 Aferido em 3 minutos e lido após esperar cerca de 10 segundos. 
 
 É utilizada fita descartável, aplicada na fronte. 
 
3. PULSO 
O pulso origina-se a partir da contração do ventrículo esquerdo, onde há ejeção do volume de sangue 
para a artéria aorta. A pressão e o volume provocam oscilações ritmadas em todo sistema arterial. 
É o batimento que se percebe nas artérias e que corresponde, em condição fisiológica as contrações 
sistólicas cardíacas. 
 
 
O pulso é devido à propagação de uma onda positiva que é das grandes artérias chega até os capilares. 
Esta onda é provocada pela brusca penetração do sangue na aorta, a cada sístole ventricular. 
 
Essa sensação ondular pode ser palpada em uma das arteríolas periféricas. 
A cada contração ventricular aproximadamente 60-70 ml de sangue entram na aorta (volume 
sistólico). 
Expansão e a contração das artérias resultantes dos batimentos cardíacos. Emoções, exercícios físicos, 
alimentaçãoe drogas podem provocar alterações passageiras do pulso. 
Outros autores definem que o pulso é verificado utilizando polpas dos dedos indicador e médio, por 
meio de uma artéria, geralmente a artéria radial, contando-se durante um minuto o número de batimentos e 
verificando se suas características. 
 Intensidade (pode ser cheio ou filiforme); 
 Ritmicidade (pode ser regular ou irregular); 
 Simetria (iguais em ambos os membros). 
A frequência cardíaca pode diferenciar-se do pulso devido a arritmias cardíacas. Ela é verificada por 
meio da ausculta do pulso apical, encontrada no quinto espaço intercostal esquerdo, ou da visualização pelo 
cardioscópio, caso o paciente esteja monitorizado. 
Frequência 
 A frequência do pulso é o número de pulsações periféricas palpadas a cada minuto. 
Volume 
 
 Distingue-se pulso cheio (forte) ou pulso fino (fraco ou filiforme). 
 
 
 
 Ritmo: Rítmico ou regular (normal); arrítmico ou irregular. 
 
Fatores que interferem na frequência do pulso:
 
 Idade 
 
 Sexo 
 
 Atividade física 
 
 Febre e dor 
 
 Alteração postural 
 
 Hemorragias 
 
 Calor 
 
Características 
 
 Taquicardia – pulso acima do normal; 
 
 Bradicardia – pulso abaixo do normal; 
 
 Normocardia - frequência normal 
 
 Taquisfigmia – pulso fino e taquicárdico; 
 
 Bradisfigmia – pulso fino o bradicárdico. 
 
Características do Pulso 
 
 Pulso filiforme, fraco ou débil: redução da força ou volume sanguíneo. 
 
 Pulso forte ou cheio: aumento da força ou do volume sanguíneo. 
 
 Pulso regular ou rítmico: o intervalo entre os batimentos é o mesmo. 
 
 Pulso irregular ou arrítmico. 
 
 Pulso dicrótico: dá a impressão de dois batimentos. 
 
 Pulso imperceptível ou ausente. 
 
Locais de Verificação: As artérias nas quais podem ser verificados os pulsos são: radial, carótida, 
femural, braquial, poplítea e pedial. 
 
Pulso temporal e pulso carotídeo: Na região cefálica um dos locais de avaliação do pulso é a artéria 
temporal. E na região do pescoço pode ser avaliado o pulso na artéria carótida, local escolhido em situação de 
emergência. 
 
Pulso radial: Outro local para avaliação do pulso é a artéria radial, local mais utilizado na avaliação 
desse sinal vital. 
 
 
Pulso femoral, poplíteo e pedioso: Outros locais de avaliação do pulso é a região femoral, poplítea e 
pedial. A artéria femoral é uma das mais calibrosas um dos locais de escolhas para avaliação numa situação de 
emergência. 
Pulso apical: O pulso apical é o batimento cardíaco sentido em seu ápice (ponto máximo de impulso). 
Pode ser ouvido no 5o espaço intercostal, de 5 a 7,5 cm à esquerda do esterno, logo abaixo do mamilo 
esquerdo. 
Observações na verificação do pulso 
1. Evitar verificação do pulso em membros afetados de pacientes neurológicos e vasculares; 
2. Não verificar pulso em membro com fistula arteriovenosa; 
3. Verificar o pulso sem usar o dedo polegar, pois se o fizer estará contando o próprio pulso e não o 
do paciente. 
Técnica de verificação do pulso 
1. Lavar as mãos; 
 
2. Manter o paciente em posição confortável, preferencialmente em repouso; 
 
3. Colocar as poupas dos dedos médio e indicador sobre a artéria; 
 
4. Pressionar suavemente ate localizar os batimentos; 
 
5. Fixar o polegar suavemente sobre o dorso do punho do paciente; 
 
6. Procurar sentir bem o pulso antes de iniciar a contagem; 
 
7. Contar as pulsações durante 1 minuto, avaliando frequência, volume e ritmo; 
 
8. Anotar na ficha de controle; 
 
9. Lavar as mãos. 
 
4. RESPIRAÇÃO 
Troca de gases (oxigênio e gás carbônico) ocorrida nos alvéolos pulmonares, transformando o sangue 
venoso rico em CO2 (Dióxido de Carbono) em sangue arterial rico em O2 (Oxigênio). 
Exercícios físicos, emoções, choro, variações climáticas, drogas, podem alterar a respiração. 
Avaliação do enfermeiro no sistema respiratório 
Os enfermeiros contribuem de forma significativa para o tratamento de pacientes com problemas 
respiratórios, mediante a obtenção da anamnese e a realização do exame físico do tórax. 
A coleta de dados da anamnese deve anteceder o exame físico, pois ajuda a identificar a queixa 
principal durante o processo de entrevista. 
 
 
 
Principal função do sistema respiratório: O sistema respiratório tem como principal função a 
promoção das trocas gasosas. 
Fatores que alteram a respiração 
 Idade 
 
 Medicamentos 
 
 Estresse 
 
 Exercício 
 
 Altitude 
 
 Sexo 
 
 Posição corporal 
 
 Febre 
 
Terminologias referentes à respiração 
 
 Eupnéia: respiração normal. 
 
 Dispnéia: é a respiração difícil, trabalhosa ou curta. É sintoma comum de várias doenças 
pulmonares e cardíacas; pode ser súbita ou lenta e gradativa. 
 
 Ortopnéia: é a incapacidade de respirar facilmente, exceto na posição ereta. 
 
 Taquipnéia: respiração rápida, acima dos valores da normalidade, frequentemente pouco 
profunda. 
 
 
 
 Bradipnéia: respiração lenta, abaixo da normalidade. 
 Apnéia: ausência da respiração. 
 
 Respiração de Cheyne-Stokes: respiração em ciclos, com períodos de apnéia. 
 
 Respiração de Kussmaul: inspiração profunda seguida de apnéia e expiração suspirante. 
 
 Respiração de Biot: respirações superficiais durante 2 ou 3 ciclos, seguidos por período irregular 
de apnéia. 
 
 Respiração sibilante: sons que se assemelham a assovios. 
 
Técnica de avaliação da respiração 
Material necessário: 
 
 Relógio com ponteiro de segundos 
 
 Caneta 
 
 Caderneta de anotação 
 
 Aferir durante 1 minuto o movimento de expansão do diafragma. 
 
Princípios da avaliação da respiração 
 
 Como a respiração é um dos dados vitais devem ser verificadas junto dos mesmos; 
 Se observar anormalidades, comunicá-las; 
 
 Não deixar que o paciente perceba que você está verificando a respiração, pois ele poder controlar 
a mesma, o que ir alterar o resultado. 
 
Características da avaliação da frequência respiratória 
 FR: 12- 22 ipm (adulto) 
 
 Relação entre inspiração e expiração 1:2 
 
 Amplitude e profundidade da respiração 
 
 Ritmo (respiração superficial ou profunda) 
 
 Respiração Abdominal (homem) 
 
 Respiração Torácica (mulher) 
 
 Utilização da musculatura acessória (TIC, TSD), retração, simetrias e movimentos paradoxais 
devem ser registrados. 
 
Procedimento 
 
 Deitar o paciente ou sentar confortavelmente. 
 
 
 
 Observar os movimentos de abaixamento e elevação do tórax. Os dois movimentos (inspiração e 
expiração) somam um movimento respiratório. 
 
 Colocar a mão no pulso do paciente a fim de disfarçar a observação. 
 
 Contar durante 1 minuto. 
 
 Anotar no papel. 
 
 Lavar a mão. 
 
Observação: não permitir que o paciente fale e não contar a respiração logo após esforços do 
paciente. 
 
5. PRESSÃO ARTERIAL 
É a força exercida pelo sangue no interior das artérias. 
 
 A Pressão Arterial depende da força de contração do coração, da quantidade de sangue circulante 
e da resistência dos vasos. 
 Nas pessoas saudáveis, as paredes arteríolas são elásticas e alongam-se e encolhe-se com 
facilidade. 
 Unidade padrão da pressão arterial são milímetros de mercúrio (mmHg). 
 O pico da pressão máxima ocorre durante a sístole. 
 
 
 A pressão máxima ou sistólica resulta da contração dos ventrículos para ejetar sangue nas grandes 
artérias. 
 A pressão mínima ou diastólica corresponde ao relaxamento cardíaco. 
Fatores que influenciam a pressão arterial 
 Idade 
 
 Ansiedade 
 
 Medo 
 
 Dor 
 
 Estresse 
 
 Drogas 
 
 Hormônios 
 
 Gênero 
 
 Exercício 
 
 Emoções 
 
 Cotidiano: a pressão é mais baixa pela manhã, aumentando durante o dia, no final da tarde, início 
da noite atinge o pico diminuindo a seguir, as variações individuais são significativas. 
 
Técnica para avaliação da pressão arterial 
 
Explicar ao paciente sobre o cuidado a ser executado: 
 Lavar as mãos. 
 
 Manter o pacientesentado com o braço apoiado ao nível do coração. 
 
 Deixar o braço descoberto evitando compressão. 
 
 Colocar o manguito 2 cm acima da prega do cotovelo (fossa cubital), prendendo-o sem apertar 
demasiadamente, nem deixar muito frouxo. 
 
 Colocar o manômetro de modo que fique visível. 
 
 Localizar a artéria braquial e colocar o diafragma sobre ela. 
 Palpe o pulso radial.
 
 Feche a válvula e insufle até o desaparecimento do pulso radial. 
 Abra a válvula vagarosamente. 
Observe o manômetro o ponto que são ouvidos os primeiros batimentos ou sons de Korot Koff 
(pressão sistólica), observe o ponto que o som que foi ouvido pela última vez (pressão diastólica). 
 
 
 Retire todo o ar do manguito, remova-o e deixe o paciente confortável. 
 Anote os valores.
 
 Lave as mãos. 
Hipertensão 
Existe quando a pressão sistólica ou a diastólica ou ambas permanecem acima dos limites normais se 
for levada em conta a idade do indivíduo (PA > 140/90 mmHg). 
Uma elevação ocasional da pressão do sangue não significa necessariamente hipertensão. 
Geralmente estão associadas a: ansiedade, obesidade, doenças vasculares, AVC, falência cardíaca e 
doenças renais. 
Hipotensão 
Ocorre quando as medidas da pressão situam-se abaixo do normal, tanto a sistólica quanto a 
diastólica. (PA<120/80 mmHg). 
 A permanência da pressão sanguínea baixa parece não prejudicar, mas deve-se manter o controle. 
 A pressão baixa está geralmente associada a: choques, hemorragias e efeitos secundários de 
drogas. 
6. MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS 
São importantes no acompanhamento do desenvolvimento do cliente em todas as etapas do ciclo 
vital. 
 
São medidas antropométricas:
 
 Peso 
 
 Altura 
 
 
Perímetros 
 
Perímetro cefálico (PC), 
 
 
 
Perímetro torácico (PT) 
 
Perímetro abdominal (PA) 
 
Peso 
 
É fundamental para o cálculo de dosagem de medicamentos e acompanhamento de gestantes, 
clientes com queimaduras, com distúrbios endócrinos, recém-nascidos e crianças, etc. 
 
O peso adequado é um indicador das condições de saúde de um indivíduo. 
 
Índice de Massa Corpórea (IMC) 
 IMC = peso / A2 
 
 Valores de referência 
 
 < 20 (peso abaixo do normal) 
 
 20 – 25 (normal) 
 
 25 – 30 (sobrepeso) 
 
 30 – 35 (obesidade leve) 
 
 35 – 40 (obesidade moderada) 
 
 40 (obesidade mórbida) 
 
Tipos de Balança 
 
Plataforma – clientes em pé 
 
Maca – bebês e paciente acamado 
 
 
 
Manual – ajuste do peso pela escala da balança 
 
Digital – resultado rápido 
 
 
 
Cuidados gerais na mensuração do peso 
 Calibrar/zerar a balança 
 
 Roupas leves 
 
 Manter-se imóvel durante mensuração 
 
 Ajustar o peso até que a ponta do braço estabilize no meio da marca. 
 
Procedimento na mensuração do peso 
 
 Colocar a balança em piso plano, seco e não-escorregadio. 
 
 Forrar a balança com papel toalha. 
 
 Colocar os mostradores em zero. 
 
 Levantar o pino da trava. 
 
 Girar o parafuso de calibragem para a esquerda ou para a direita, nivelando o fiel da balança. 
 
 Abaixar o pino da trava. 
 
 Explicar o procedimento ao cliente. 
 
 Solicitar que o cliente retire os sapatos e use roupas leves. 
 
 Auxiliar o paciente a subir na balança, colocando-o no centro com os pés unidos e os braços soltos 
ao lado do corpo. 
 
 Destravar a balança. 
 
 Mover o indicador de quilos até a marca do peso aproximado do cliente. 
 
 
 
 Mover o indicador de gramas até equilibrar o fiel da balança. 
 
 Solicitar e auxiliar o cliente a descer da balança. 
 
 Colocar os mostradores em zero e travar a balança. 
 
 Verificar o peso. 
 
 Lavar as mãos. 
 
 Anotar no prontuário. 
 
Estatura 
 Cuidados gerais na mensuração da estatura 
 
 Cliente ereto sobre a balança; 
 
 Elevar barra de metal ligada à balança até altura da cabeça; 
 
 Bebês – colocar sobre superfície firme, manter pernas retas e usar dispositivo específico; 
 
Procedimento na mensuração da estatura 
 
 Explicar o procedimento ao cliente 
 
 Lavar as mãos 
 
 Auxiliar o cliente a se posicionar de costas para a escala de medida 
 
 Suspender a escala métrica, fazendo com que a haste repouse sobre a cabeça do cliente. 
 
 Manter o cliente em posição ereta, com a cabeça em posição anatômica, com os pés juntos, 
encostados na escala métrica. 
 
 Travar a haste 
 
 Auxiliar o cliente a descer da balança 
 
 Realizar a leitura 
 
 Destravar e descer a haste 
 
 Lavar as mãos 
 
 Realizar a anotação 
 
Perímetro: cefálico, torácico e abdominal 
A mensuração do PC, PT e PA é utilizada principalmente em recém-nascidos para avaliação do 
desenvolvimento e do crescimento. Em clientes pediátricos ou adultos a mensuração do PA é feita, por 
exemplo, para monitoração da ascite, e em gestantes, para monitoração da idade gestacional. 
 Cabeça – em volta da protuberância occipital e proeminência supra-orbitária; 
 
 
 Tórax – linha dos mamilos; 
 Abdome – linha umbilical (Obs. Cintura > 90 cm representa acúmulo de gordura visceral). 
 Material utilizado: fita métrica, impresso próprio e caneta para anotação. 
7. BIÓTIPOS HUMANOS 
Em seguida, deve ser observado o tipo morfológico, pois muitas patologias estão associadas ao biótipo 
do paciente. Classifica-se o indivíduo como brevilíneo, normalíneo e longilíneo, colocando-o preferencialmente 
em pé, para que se faça a relação de proporcionalidade entre o pescoço, os braços, os ossos frontais, as mãos 
e os dedos. 
 O paciente brevilíneo apresenta o pescoço curto e grosso, com membros são curtos em 
relação ao tórax, este é alargado e volumoso, a musculatura é bem desenvolvida e a estatura é baixa 
(característica de nanismo). 
 Os indivíduos normalíneos se caracterizam por apresentar o desenvolvimento harmônico da 
musculatura e a proporção equilibrada entre o tronco e os membros. 
 Os longilíneos apresentam pescoço longo e delgado, membros alongados e desproporcionais 
em relação ao tronco, tórax afilado e chato, musculatura pouco desenvolvida e estatura, elevada. 
Tipos 
 Brevilíneo 
 Longilíneo 
 Normalíneo 
 
Brevilíneo 
 Ângulo de Charpy maior que 90° 
 
 
 
 Membros curtos 
 
 Tórax alargado 
 
 Pescoço curto e grosso 
 
 Panículo adiposo desenvolvido 
 
 Estatura pouco elevada 
 
 Predisposição a obesidade, hipertensão arterial, doenças reumáticas e articulares. 
Longilíneo 
 Ângulo de Charpy menor que 90° 
 
 Predomínio dos membros sobre o Tórax 
 
 Tórax afilado e chato 
 
 Pescoço longo e delgado 
 
 Musculatura e panículo adiposo escassos. 
 
 Predispostos ao “nervosismo”, doenças do aparelho digestivo, estados anêmicos. 
 
Normalíneo 
 
 Ângulo de Charpy igual a 90° 
 
 Equilíbrio entre tronco e membros 
 
 Desenvolvimento harmônico da musculatura e panículo adiposo 
 
 Não se observam tendências mórbidas especiais 
 
8. ÉTICAS NA AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS 
A enfermagem é por definição, arte e ciência. A profissão tem se desenvolvido no processo de cuidar, 
acreditando que é a arte e a ciência de cuidar. 
Portanto cuidar é muito mais que um ato, é também uma atitude de ocupação, de preocupação, de 
responsabilidade, de envolvimento com o outro, exigindo, assim, compromisso e ética dos profissionais de 
enfermagem que cuida do indivíduo em uma situação diferenciada de sua vida. 
 A Moral é compreendida como um sistema de valores que determina um comportamento que 
varia culturalmente em dado momento histórico. 
 A ética é definida através dos questionamentos filosófico do julgamento moral. 
 A Ética profissional: Analisa, identifica e resolve os conflitos éticos que surgem no cuidado com o 
paciente. 
 
 
 A ética é, portanto, um conjunto de princípios e regras que regem transculturalmente seja de fato 
humano. 
 Um indivíduo é ético quando tem uma personalidade integrada, quando há uma maturidade 
emocional que lhe permita lidar com emoçõesconflitantes. 
 Requer uma força de caráter, um equilíbrio interior e um grau de adaptação à realidade do 
mundo. 
Compreende-se a ética do cuidado como um consenso mínimo a partir do qual possamos nos amparar 
e elaborar uma atitude cuidadora e protetora para com o outro. 
Inúmeros são os aspectos éticos envolvidos no cuidar do paciente, mas, essencialmente, todo 
procedimento de enfermagem deve ser Conduzido de acordo com a justiça e com os princípios básicos como o 
respeito pela pessoa. 
Portanto, antes da realização da avaliação dos sinais vitais e de executar qualquer procedimento, o 
enfermeiro deverá informá-lo adequadamente sobre o que será feito e aguardar o seu consentimentimento, e 
só então realizá-lo. 
A Entrevista 
A entrevista é compreendida como um instrumento de investigação bem como uma forma de 
estabelecer um relacionamento com o paciente. 
Entrevista Compreensiva: propicia a compreensão de como é a pessoa, de como esta encara o 
processo saúde doença, de quais são suas perspectivas em relação ao cuidado e de como participar do plano 
de cuidados que será estabelecido pelo enfermeiro. 
Durante a entrevista o enfermeiro deve ter algumas habilidades tais como: 
 Saber ouvir – entender o paciente. 
 
 Saber explorar os dados que o paciente traz a cerca da sua vida e do seu processo de doença. 
 
 Demonstrar interesse e conhecimento durante a entrevista. 
 
 Ser receptivo com o paciente. 
 
 Estabelecer comunicação. 
 
Entrevista 
 Instrumento para coleta de dados 
 
 Fase inicial do contato 
 
 Permite a leitura imediata das informações obtidas pela comunicação verbal e não verbal. 
 
Dificuldade e barreiras que interferem na comunicação 
 
 Defesa 
 
 
 
 Valores pessoais 
 
 É preciso ouvir antes de julgar 
 
 Juízo de valores 
 
 Impor autoridade 
 
Sugestões para a entrevista 
 
 Seja verdadeiro 
 
 Seja autêntico 
 
 Falar apenas o necessário 
 
 Ouvir atentamente 
 
 Evite interrompê-lo durante suas colocações 
 
 Dê respostas claras 
 
Objetivos das entrevistas 
 Saber como o cliente está. 
 
 Situar como o cliente é. 
 
 Conhecer como o paciente percebe o processo saúde-doença: crenças e valores. 
Identificar as 
demandas de cuidado 
 
 Identificar sinais e sintomas de alterações fisiológica, emocionais, espirituais e sociais. 
 
Durante a entrevista o enfermeiro deve atentar para 
 Apresentar-se ao paciente 
 
 Chamá-lo pelo primeiro nome 
 
 Explicar que necessita entrevistá-lo 
 
 Encorajar e estimular o paciente a expressar a percepção que possui de sua história de saúde. 
 
 Explicar ao paciente que a entrevista está terminando. 
 
 Dar oportunidade para expor algo que não tenha sido abordado. 
 
 Breve resumo dos aspectos significativos dos dados colhidos. 
 
 Esclarecer dúvidas. 
 
 Não utilizar apelidos. 
 
Paciente deve falar sobre:
 
 Funcionamento do corpo 
 
 
 
 Queixas 
 
 Sentimentos 
 
 Sofrimentos 
 
Fatores que interferem na entrevista: 
 Habilidade técnica 
 
 Habilidades interpessoais (comunicação verbal, não-verbal e ambiente interno) 
Conhecimento 
 
 Crenças e valores dos enfermeiros 
 
 Referencial teórico-filosófico adotado 
 
 Elaboração das questões 
 
 Questões abertas – estimulam a descrição / relato sobre o tema/ longas / foco/início 
Questões 
fechadas: são mais especificas. 
 
 Pode ser utilizado questões complementares. 
 
Durante a entrevista o enfermeiro deve evitar: 
 
 Perguntas tendenciosas 
 
 Caráter de julgamento 
 
Durante a entrevista o enfermeiro deve favorecer:
 
 A expressão 
 
 Estimular o paciente a dar mais informações 
 
Durante a comunicação não verbal o enfermeiro deve atentar:
 
 Gestos 
 
 Postura 
 
 Tom de voz 
 
 Olhar 
 
 Manifestação do comportamento 
 
 Postura 
 
 Toque 
 
Fatores que interferem na entrevista ambiente interno: 
 Enfermeira/ entrevistadora 
 
 Ansiosa 
 
 
 
 Apressada 
 
 Preocupada 
 
Entrevistado: 
 
 Dor 
 
 Cansado 
 
 Nervoso/ Ansioso 
 
Fatores que interferem na entrevista: 
 Ambiente externo 
 
 Entrevista 
 
 Observação 
 
 Documentação 
 
 Local que favoreça privacidade 
 
 Reserve o tempo para entrevista/ sem interrupção 
 
 Temperatura da sala 
 
 A iluminação 
 
 Acomode o paciente confortavelmente no leito ou em um assento. 
 
 Evite ficar de pé 
 
 Atentar para 
 
 Barulhos 
 
 Odores 
 Situações de distração: TV, jogo, entrada e saída de pessoas. 
 
A informação deverá ser feita em linguagem e terminologia acessível, atentando para o nível de 
escolaridade e cultura do paciente. 
 
Enfim o cuidado humano permeia todo o processo de viver e ser saudável, permitindo que este 
indivíduo tenha no seu processo de cuidado princípios ético e morais. 
 
9. AVALIAÇÃO DOS SINAIS VITAIS EM PACIENTES CARDIOPATAS 
O instrumento de coleta de dados de enfermagem é um elemento fundamental para o 
desenvolvimento do processo de enfermagem, que permite coletar os dados necessários para o 
estabelecimento do diagnóstico de enfermagem e o posterior planejamento da assistência, com metas para 
serem alcançadas e as intervenções para serem alcançados junto aos pacientes. 
 
 
 A Avaliação da pressão arterial: deve ser medida em ambos os braços. Caso, na anamnese ou no 
exame dos membros, sejam verificadas alterações nos pulsos ou sinais de comprometimento 
vascular (diminuição da perfusão alteração na coloração e na temperatura), deve-se realizar a 
medida também dos membros inferiores, observando se há variações. 
 Diferença da pressão arterial entre os membros superiores e inferiores pode ser sugestiva de 
aneurisma de aorta. 
 Utilizar manguitos de tamanhos adequados (largura equivalente a 2/3 da largura do membro e 
comprimento suficiente para envolvê-lo totalmente). 
 Pulso: preferencialmente medido na artéria radial, deve ser contado durante um minuto inteiro, 
para evitar erros. 
 Anotar o número de batimentos e as características: intensidade (cheio ou filiforme), ritmicidade 
(regular ou irregular), se é do tipo martelo d’água (característico da insuficiência aórtica). 
 Frequência Cardíaca: pode ser verificada por meio da ausculta do pulso apical ou da visualização 
pelo cardioscópio (em pacientes monitorizados). 
 Observar se existe diferença em relação à medida de pulso radial, devido a arritmias. 
 Temperatura: Habitualmente, a medida axilar, por no mínimo 5 minutos é suficiente em adultos. 
 Respiração: anotar o padrão respiratório apresentado pelo paciente: eupneia, taquipneia, 
bradipneia, desconforto respiratório, dispneia, Cheyne-Stockes, Kussmaull e as condições de 
oxigenoterapia (uso de cateter ou pronga nasal, máscara facial, cânula orotraqueal ou 
nasotraqueal e traqueostomia) ou em ventilação mecânica). 
 O enfermeiro deve anotar também a frequência respiratória (medida em 1 minuto). 
 Peso: medir com o mínimo de roupas possíveis, sem calçados, após esvaziamento da bexiga. 
 As medidas posteriores devem ser realizadas sempre no mesmo horário do dia e nas mesmas 
condições, para efeito de posteriores comparações. 
 Altura: observar a postura do paciente e medir sem calçado. 
 Tipo morfológico: brevilíneo, normalíneo e longilíneo. 
 Estado nutricional: normal, obeso ou desnutrido. 
Na avaliação do estado nutricional deverá ser utilizado o índice de massa corpórea (IMC), que 
corresponde ao peso em Kg dividido pela altura (em metros) ao quadrado. 
O nível de consciência é um dos dados da avaliação neurológica, juntamente com padrão respiratório, 
o exame pupilar e de movimentos oculares e as respostas motoras. 
O paciente pode estar alerta, consciente, inconsciente, orientado, desorientado no tempo e no 
espaço, com falhas de memória, com ausências, confusos, torporoso, sedado, comatoso (segundo a escala de 
coma de Glasgow). 
 
 
Movimentação: este item avalia o grau de dependência do paciente.O enfermeiro deve anotar 
quando o paciente: deambula, claudica, deambula com ajuda, não deambula, movimenta-se bem no leito, 
movimenta-se sem ajuda ou não se movimenta. 
O enfermeiro deve avaliar a postura do paciente tanto em pé como sentado e deitado, e as 
características dos movimentos. 
10. AVALIAÇÃO DA PELE, MUCOSA E ANEXOS 
Para realizar a avaliação da pele, mucosa e anexos, é necessário considerar uma série de fatores, como 
por exemplo, a questão da raça. 
Em pessoas de pele escura, a melanina poderá mascarar outros pigmentos, dificultando a identificação 
da palidez, vermelhidão incomum ou cianose. Nesse sentido, devemos observar a cor, a umidade, a 
temperatura, a textura, a turgescência e a presença de lesões e edemas. 
 A avaliação da coloração da pele deve ser realizada em um ambiente claro, de preferência à luz do 
dia. 
 A cor normal depende principalmente de quatro pigmentos: a melanina, o caroteno, a 
oxiemoglobina e a desoxihemoglobina. 
 A quantidade de melanina é determinada geneticamente, sendo aumentado por meio da 
exposição à luz solar. 
 O caroteno é um pigmento dourado que existe na gordura subcutânea e nas regiões 
queratinizadas do corpo, como a região palmar e a região plantar. 
 A oxiemoglobina é um pigmento vermelho, predominantemente em artéria e capilares, que causa 
vermelhidão na pele quando em excesso e palidez quando escasso. 
 Caso a oxiemoglobina perca parte de seu oxigênio para os tecidos, transforma-se em 
desoxihemoglobina, que é um pigmento mais escuro, menos avermelhado e mais azulado. 
Quando ocorrem grandes concentrações desse pigmento nos vasos sanguíneos da pele, tornando-a de 
coloração azulada, há um quadro denominado cianose, que pode ser um sinal indicativo de má perfusão 
sanguínea periférica ou, em casos graves, cianose central. 
A cianose é avaliada observando-se os lábios, a mucosa bucal e a língua e também pela verificação do 
enchimento capilar das extremidades, apertando-se a polpa digital e observando o tempo de retorno da 
circulação local. 
A coloração amarelada da pele é denominada icterícia e pode estar associada à presença excessiva de 
caroteno ou a distúrbios hepáticos ou hemólise de hemácias. Para a 
verificação da icterícia devem ser observadas as escleróticas, as conjuntivas palpebrais, os lábios, o 
palato duro e embaixo da língua. 
 
 
Em relação à umidade da pele, deve ser observada a presença de ressecamentos, oleosidade e 
sudorese. Quando à temperatura, utiliza-se o dorso dos dedos para a identificação de calor ou frio 
generalizados de pele ou de quaisquer áreas que estejam avermelhadas, com sinais de inflamação. 
A avaliação da textura da pele é importante, pois pode estar relacionada a alguma patologia, como no 
caso de apresentar aspereza no hipotireoidismo. Já a turgescência pode estar associada a estado de 
desidratação, sendo avaliada por meio da formação de uma prega cutânea, verificando-se a facilidade com 
que ela é deslocada e a velocidade do seu retorno. 
Portanto, na pele, deve-se observar, também, a presença de lesões. Muitas doenças cutâneas 
apresentam lesões distribuídas de forma característica, como por exemplo, as infecções causadas por fungos 
nas regiões interdigitais. Por essa razão, devem ser consideradas as localizações anatômicas das lesões, sua 
distribuição corporal e o tipo das lesões. 
A enfermeira deve avaliar também a presença de edema que poderá apresentar variações em sua 
consistência, duração e horário de aparecimento dependendo de sua origem, que pode estar relacionada aos 
sistemas cardiovascular, renal ou periférico. 
A pesquisa do edema é feito por meio da inspeção e da palpação. Na inspeção, observamos o aumento 
do volume, o desaparecimento das proeminências ósseas e marcas de correntes, roupas ou calçados. Na 
palpação, realiza-se a compreensão digital de uma superfície óssea, que implica uma depressão na região 
comprimida, o chamado sinal de Godet. 
As mucosas devem ser inspecionadas com bastante vigor, verificando-se sua coloração (a normal é 
rósea-avermelhada) e hidratação. A presença de icterícia e descoramento é evidenciada na mucosa ocular, e a 
cianose apresenta-se frequentemente nos lábios na língua. 
Em relação aos anexos, é fundamental a avaliação por meio da inspeção, da distribuição, da 
quantidade e da cor dos pelos, que podem variar com a maturidade sexual, a idade, o sexo e a raça. 
11. CONSIDERAÇÕES ÉTICAS 
A enfermagem é por definição, arte e ciência. A profissão tem se desenvolvido no processo de cuidar, 
acreditando que é a arte e a ciência de cuidar. 
Portanto cuidar é muito mais que um ato, é também uma atitude de ocupação, de preocupação, de 
responsabilidade, de envolvimento com o outro, exigindo, assim, compromisso e ética dos profissionais de 
enfermagem que cuida do indivíduo em uma situação diferenciada de sua vida. 
A Moral é compreendida como um sistema de valores que determina um comportamento que varia 
culturalmente em dado momento histórico 
A ética é definida através dos questionamentos filosófico do julgamento moral. 
A Ética profissional: Analisa, identifica e resolve os conflitos éticos que surgem no cuidado com o 
paciente. 
A ética é, portanto, um conjunto de princípios e regras que regem transculturalmente seja de fato 
humano. 
 
 
Um indivíduo é ético quando tem uma personalidade integrada, quando há uma maturidade 
emocional que lhe permita lidar com emoções conflitantes. 
Requer uma força de caráter, um equilíbrio interior e um grau de adaptação à realidade do mundo. 
Compreende-se a ética do cuidado como um consenso mínimo a partir do qual possamos nos amparar 
e elaborar uma atitude cuidadora e protetora para com o outro. 
Inúmeros são os aspectos éticos envolvidos no cuidar do paciente, mas, essencialmente, todo 
procedimento de enfermagem deve ser Conduzido de acordo com a justiça e com os princípios básicos como o 
respeito pela pessoa. 
Portanto, antes da realização do exame físico do paciente ou de executar qualquer procedimento, o 
enfermeiro deverá informá-lo adequadamente sobre o que será feito e aguardar o seu consentimentimento, e 
só então realizá-lo. 
A informação deverá ser feita em linguagem e terminologia acessível, atentando para o nível de 
escolaridade e cultura do paciente. 
Enfim o cuidado humano permeia todo o processo de viver e ser saudável, permitindo que este 
indivíduo tenha no seu processo de cuidado princípios ético e morais.

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