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Rota_Eng_Econ_Aula_3 (1)

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Análise das Demonstrações Contábeis 
Nas aulas anteriores, vimos os dois principais demonstrativos contábeis: o Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do 
Exercício, e a existência dos fornecedores de recursos que aplicam os recursos nas atividades da empresa. 
 
Vamos analisar essa interação na figura abaixo, com base em Assaf Neto (2010, p. 24): 
Figura 1 – As decisões financeiras do Balanço Patrimonial 
Ativo
(investimento)
Passivo
(recursos de 
terceiros)
Patrimônio 
Líquido
(recursos 
próprios
Investimento
Investimento
Lucro Gerado 
pelos Ativos
Juros
Lucro 
Líquido
 
Os recursos aplicados pela empresa são utilizados pela mesma para a geração de lucro e caixa, que por sua vez são utilizados para 
remunerar os recursos de terceiros (com os juros) e os recursos próprios (com o lucro). Para que a empresa possa alcançar seus 
objetivos, sejam econômicos, sociais, operacionais, dentre outros, precisa gerar lucro suficiente para pagar os fornecedores de 
capital e para atender seus objetivos. 
 
Neste contexto, as demonstrações contábeis podem fornecer análises sobre a situação da empresa: 
 
“[A análise de balanços] visa relatar, com base nas informações contábeis fornecidas pelas empresas, a posição econômico-
financeira atual, as causas que determinaram a evolução apresentada e as tendências futuras” (ASSAF NETO, 2010, p. 35). 
 
Passaremos agora a interpretar as demonstrações para calcular: 
 Análise horizontal e vertical 
 Indicadores de liquidez 
 Indicadores de endividamento 
 Indicadores de rentabilidade 
 Indicadores de atividade 
 Capital circulante 
 
Viram que não são poucos? Vamos a eles! 
 
Análise Horizontal 
 
A análise horizontal compara os grupos e contas das demonstrações buscando estabelecer o crescimento em períodos. Pode ser 
utilizado para traçar tendências. 
 
É obtido tomando-se o ano mais antigo como base e comparando os demais períodos com a base: 
 
 
 Variação = (Valor Atual / Valor Base) x 100 
 
Exemplos: 
Conta 2013 2014 
Ativo Circulante 12.000 18.000 
 
Cálculo: (18.000 / 12.000) x 100 
Conta 2013 Período Base 2014 Análise Horizontal 
Ativo Circulante 12.000 100 18.000 150 
 
O valor de 150 quer dizer que houve um aumento de 2013 para 2014, sendo de 50% esse aumento. 
Se tivéssemos mais períodos, o ano base seria sempre o primeiro e todos seriam comparados em relação a ele. 
Análise Vertical 
Utilizada também para comparação, no entanto, a comparação é realizada entre uma conta com um valor base, dentro do mesmo 
período. Quando analisada ao longo do tempo mostra a evolução entre os diferentes períodos. 
 
 
O cálculo é realizado verticalmente, calculando a participação de uma conta em relação a outra. 
 
Variação = (Valor Comparado / Valor Base) x 100 
 
 
Exemplos: 
Conta 2013 2014 
Ativo Circulante 12.000 18.000 
Estoques 7.000 12.000 
 
Cálculo: (18.000,00 / 12.000,00) x 100 
Conta 2013 Análise Vertical 2014 Análise Vertical 
Ativo Circulante 12.000 100,00% 18.000 100,00% 
Estoques 7.000 58,33% 12.000 66,67% 
 
O percentual de 58,33%, no ano de 2013, indica que o item Estoque corresponde a 58,33% do total do Ativo Circulante, sendo o 
item de maior representatividade. Essa mesma conta aumentou em 2014, passando a representar 66,67% do total do grupo, 
evidenciando um aumento da concentração dos valores do Ativo Circulante no grupo Estoques. 
 
Indicadores de Liquidez 
No Balanço Patrimonial, vimos que, no lado do Ativo, são registrados os bens e direitos da empresa e, no lado do Passivo, 
registram-se as obrigações. 
 
Os indicadores de liquidez analisam a relação entre o ativo circulante e não circulante e o passivo circulante e não circulante, 
evidenciando a situação financeira da empresa, se a mesma possui recursos para quitar suas obrigações. Divide-se em: Liquidez 
imediata; corrente; seca e geral. 
 
A seguir, vamos analisar cada um. 
 
 
 
Indicador de Liquidez Imediata 
Também chamado de índice de liquidez imediata. Analisa os recursos que a empresa tem no Caixa e Equivalentes de Caixa (Caixa, 
Bancos e Aplicações de curto prazo) para fazer frente às obrigações de curto prazo (Passivo Circulante). A fórmula é: 
 
Liquidez imediata: Caixa e Equivalentes de Caixa / Passivo Circulante 
 
Exemplos: 
Conta 2013 2014 Conta 2013 2014 
Ativo Circulante 12.000 18.000 Passivo Circulante 10.000 12.000 
Caixa e Equivalentes de Caixa 2.000 4.000 
 
 
Cálculo: 2013 = (2.000 / 10.000) = 0,20 
 2014 = (4.000 / 12.000) = 0,33 
 
O índice revela que para cada R$ 1,00 que temos no Passivo Circulante (as dívidas), possuímos no Caixa da empresa R$0,20 em 
2013. Já para o ano de 2014, o índice sobe para R$0,33 para cada R$1,00 de dívidas. Em função das empresas deixarem poucos 
recursos alocados em caixa, bancos e aplicações, e a grande maioria dos recursos ser utilizada na atividade operacional, esse índice 
é de pouco interesse para as empresas. 
 
Indicador de Liquidez Corrente 
Compara o ativo circulante com o passivo circulante de determinado período. Sua fórmula é: 
 
Liquidez Corrente: Ativo Circulante / Passivo Circulante 
 
 
 
 
 
 
 
Exemplos: 
 
Conta 2013 2014 Conta 2013 2014 
Ativo Circulante 12.000 18.000 Passivo Circulante 10.000 12.000 
 
Cálculo: 2013 = (12.000 / 10.000) = 1,20 
 2014 = (18.000 / 12.000) = 1,50 
 
O índice revela que, para cada R$ 1,00 que temos no Passivo Circulante (as dívidas), possuímos no Ativo Circulante da empresa 
R$1,20 e R$ 1,50, em 2013 e 2014, respectivamente. As obrigações são quitadas e sobram R$0,20 em 2013 e R$0,50 em 2014, 
demonstrando uma situação confortável da empresa. Mas, apesar dessa situação confortável, é importante analisar os prazos de 
pagamentos das dívidas, pois, se as dívidas vencerem tudo em um curtíssimo prazo, talvez não tenhamos recursos em caixa 
imediatamente, pois podemos ter itens ainda no Estoque ou Contas a Receber, que serão convertidos em recursos financeiros 
posteriormente. 
 
Indicador de Liquidez Seca 
Como foi explicado no item anterior, alguns valores do Ativo Circulante compõem o estoque e, para serem convertidos em dinheiro, 
precisam passar pela fabricação do produto (se uma indústria), ser vendido e, se for venda a prazo, terá o tempo do pagamento a 
prazo do cliente para se transformar em caixa. 
 
Para analisar a situação da empresa sem esses itens, a fórmula é: 
 
Liquidez Seca: (Ativo Circulante – Estoques – Desp. Exercício Seguinte) / Passivo Circulante 
 
Exemplos: 
Conta 2013 2014 Conta 2013 2014 
Ativo Circulante 12.000 18.000 Passivo Circulante 10.000 12.000 
Estoque 6.000 8.000 
 
Cálculo: 2013 = (12.000 – 6.000) / 10.000 = 0,60 
 2014 = (18.000 – 8.000)/ 12.000 = 0,83 
 
O índice revela que, para cada R$ 1,00 que temos no Passivo Circulante (as dívidas), possuímos, no Ativo Circulante menos os 
Estoques e Despesas Antecipadas, R$0,60 e R$ 0,83, em 2013 e 2014, respectivamente. Os recursos do Ativo Circulante não são 
suficientes para quitar as obrigações da empresa, evidenciando que a conta Estoques possui valores expressivos nos dois anos 
analisados. Se os estoques forem de difícil conversão em dinheiro, por exemplo pelo ciclo de fabricação ser demorado, a empresa 
precisa analisar as obrigações para não enfrentar problemas de falta de caixa. Os números também evidenciam que o índice está 
crescente, deixando a empresa menos dependente dos estoques. 
 
Indicador de Liquidez Geral 
Demonstra a saúde financeira de longo prazo da empresa ao analisar o Ativo Circulante e o Realizável a Longo Prazo (grupo do 
Ativo Não Circulante). 
 
No grupo Realizável a Longo Prazo, são lançados valores que normalmente se encontram no curto prazo (por exemplo, Contas a 
Receber de vendas a prazo), mas serão convertidos em recursos financeiros pela empresa após 12 meses. 
 
Esses valores são comparados com todas as obrigaçõesque a empresa tem com terceiros, representado pelos valores do Passivo 
Circulante e o Não Circulante. 
Iudícibus (2010, pág. 96) alerta que os prazos de liquidação do passivo e de recebimento do ativo podem ser os mais diferenciados 
possíveis, portanto, o índice deve ser utilizado considerando esses prazos diferenciados. A fórmula para o cálculo é: 
 
Liquidez Geral: (Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo) / (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante) 
 
 
 
Exemplos: 
Conta 2013 2014 Conta 2013 2014 
Ativo Circulante 12.000 18.000 Passivo Circulante 10.000 12.000 
Ativo Não Circulante 26.000 30.000 Passivo Não Circulante 11.000 10.000 
Realizável a Longo Prazo 2.000 5.000 
 
 
Cálculo: 2013 = (12.000 + 2.000) / (10.000 + 11.000) = 0,6667 
2014 = (18.000 + 5.000)/ (12.000 + 10.000) = 1,0455 
 
O índice revela que, para cada R$ 1,00 que temos no Passivo Circulante e Não Circulante (as dívidas com terceiros), possuímos, no 
Ativo Circulante mais o Realizável a Longo Prazo, R$0,67 e R$ 1,05, em 2013 e 2014, respectivamente. Os recursos do Ativo (curto 
e longo prazo) não são suficientes para quitar as obrigações da empresa no ano de 2013, mas os mesmos apresentam-se 
suficientes no ano de 2014. No ano de 2014, os recursos do Ativo Circulante e do Realizável a Longo Prazo quitou as obrigações de 
curto e longo prazo e ainda sobram R$0,05. 
 
Para saber mais: 
 
Leia o artigo indicado a seguir para saber mais sobre a utilização das ferramentas de análise horizontal e vertical para analisar as 
demonstrações de uma empresa: 
www.spell.org.br/documentos/download/3305 
 
 
 
http://www.spell.org.br/documentos/download/3305
 Indicadores de Endividamento 
Os indicadores de endividamento relacionam as fontes de recursos entre si, demonstrando o capital próprio em relação ao capital 
de terceiros. Apresentam a relação de dependência que a empresa possui em relação ao capital obtido das fontes de terceiros. 
Vamos analisar os seguintes indicadores: 
 
 Quociente de participação de capitais de terceiros 
sobre os recursos totais; 
 Quociente de capitais de terceiros sobre capitais 
próprios; 
 Quociente de participação das dívidas de curto 
prazo sobre o endividamento total. 
 
 
 
Quociente de participação de capitais de terceiros sobre os recursos totais 
 
Apresenta o grau de comprometimento da empresa para com terceiros, em relação ao total das obrigações da empresa 
(representado por capitais de terceiros e capitais próprios). O índice demonstra o percentual da participação de terceiros sobre o 
total das obrigações da empresa. Demonstra também a porcentagem do ativo total que é financiada com recursos de terceiros. 
Vamos à fórmula: 
 
 
Endividamento Total com Terceiros: Exigível Total / (Exigível Total + Patrimônio Líquido) 
 
 
Onde o exigível total é igual ao somatório do Passivo Circulante e do Passivo Não Circulante. 
 
Exemplos: 
Conta 2013 2014 Conta 2013 2014 
Ativo Circulante 12.000 18.000 Passivo Circulante 10.000 12.000 
Ativo Não Circulante 26.000 30.000 Passivo Não Circulante 11.000 10.000 
 Patrimônio Líquido 17.000 26.000 
 
Cálculo: 2013 = (10.000 + 11.000) / (10.000 + 11.000 + 17.000) = 0,5526 x 100 = 55,26% 
2014 = (12.000 + 10.000) / (12.000 + 10.000 + 26.000) = 0,4583 x 100 = 45,83% 
 
O índice revela que 55,26% e 45,83%, em 2013 e 2014, das obrigações da empresa são de capitais de terceiros. Em contrapartida, 
44,74% e 54,17% em 2013 e 2014, respectivamente, são de capitais próprios. Pode-se afirmar que o endividamento com capitais 
de terceiros representava 55,26% no ano de 2013. No ano de 2014 o endividamento diminui para 45,83%. Quanto maior for o 
endividamento com terceiros, maiores serão as despesas financeiras, que influenciam diretamente na rentabilidade (lucro) da 
empresa. As despesas financeiras não podem ser maiores que o retorno obtido com o uso dos recursos de terceiros nas atividades 
da empresa. 
 
Quociente de capitais de terceiros sobre capitais próprios 
Esse indicador demonstra a utilização de capitais de terceiros em relação aos capitais próprios. Quanto maior for a participação de 
terceiros na estrutura financeira da empresa, maior seu endividamento e também maior o risco de solvência (CAMARGO, 2007, p. 
194). 
 
Iudícibus (2010, p. 98) explica que grande parte das empresas que vão à falência apresenta, durante um período relativamente 
longo, altos quocientes de Capitais de Terceiros em relação aos Capitais Próprios. 
 
Quando selecionamos uma alternativa de investimentos, devemos projetar os impactos que a política de financiamento terá sobre 
os resultados futuros. A fórmula para o cálculo é: 
 
 
Participação de Capitais de Terceiros: Exigível Total / Patrimônio Líquido 
 
 
Onde o exigível total é igual ao somatório do Passivo Circulante e do Passivo Não Circulante. 
Exemplos: 
Conta 2013 2014 Conta 2013 2014 
Ativo Circulante 12.000 18.000 Passivo Circulante 10.000 12.000 
Ativo Não Circulante 26.000 30.000 Passivo Não Circulante 11.000 10.000 
 Patrimônio Líquido 17.000 26.000 
 
Cálculo: 2013 = (10.000 + 11.000) / (17.000) = 1,23 
2014 = (12.000 + 10.000)/ (26.000) = 0,84 
 
Valores menores que 1,0 indicam que os capitais próprios superam os capitais de terceiros. Os valores maiores que 1,0 indicam que 
a empresa tem dependência em relação aos capitais obtidos junto à terceiros. No ano de 2013, para cada R$ 1,00 que a empresa 
dispõe de capital próprio, a mesma tem R$1,23 de capitais de terceiros. No ano de 2014, o indicador demonstra que a empresa 
possui mais recursos próprios, pois, a cada R$1,00 de capital próprio, os recursos de terceiros somam R$0,84. O indicador está 
diminuindo, ou seja, a participação dos recursos de terceiros vem caindo em relação aos recursos próprios, demonstrando um 
menor endividamento com terceiros. 
 
Quociente de participação das dívidas de curto prazo sobre o endividamento total 
Representa a parcela que vence a Curto Prazo, do Endividamento com terceiros da empresa. Esse indicador demonstra quanto a 
empresa deve para terceiros no curto prazo, ou seja, vencíveis dentro de 12 meses. Um índice elevado pode demonstrar que a 
empresa precisará gerar muito caixa no curto prazo para que consiga quitar suas dívidas. Caso não disponha de recursos, pode 
significar dificuldades financeiras. 
 
Participação da Dívida de Curto Prazo: Passivo Circulante / Exigível Total 
 
 
Onde o exigível total é igual ao somatório do Passivo Circulante e do Passivo Não Circulante. 
Exemplos: 
Conta 2013 2014 Conta 2013 2014 
Ativo Circulante 12.000 18.000 Passivo Circulante 10.000 12.000 
Ativo Não Circulante 26.000 30.000 Passivo Não Circulante 11.000 10.000 
 Patrimônio Líquido 17.000 26.000 
 
Cálculo: 2013 = 10.000 / (10.000 + 11.000) = 0,4762 ou 47,62% 
 2014 = 12.000 / (12.000 + 10.000) = 0,5455 ou 54,55% 
 
O indicador demonstra que do montante total de dívidas com terceiros, 47,62% vencerão no curto prazo em 2013. Já para 2014, o 
indicador sobe e apresenta 54,55% de dívidas vencíveis dentro de 12 meses. Um percentual alto pode indicar um horizonte de 
problemas se a empresa não dispuser de recursos no Ativo Circulante para efetuar os pagamentos. É sempre preferível um índice 
baixo, que indica uma participação pequena de dívidas de curto prazo nas dívidas totais, pois a empresa terá tempo para que seus 
investimentos, sua capacidade operacional seja aumentada e gere recursos para amortizar as dívidas e pagar os juros incidentes 
nas operações. 
 
Para saber mais sobre os indicadores de endividamento, de forma bem simplificada, assista ao vídeo abaixo: 
https://www.youtube.com/watch?v=kFvHZ-xO9Zo 
 
A seguir está disponível um artigo que faz uma revisão dos indicadores de liquidez, endividamento e lucratividade. Clique no botão 
e boa leitura! 
http://uninova.edu.br/Uni/Revista/artigos/artigo03.pdf 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=kFvHZ-xO9Zohttp://uninova.edu.br/Uni/Revista/artigos/artigo03.pdf
Indicadores de Rentabilidade 
Os Indicadores de Rentabilidade evidenciam o retorno que os investimentos recebem. Demonstram o lucro obtido pela empresa e 
sua relação com o capital investido, o retorno dos investimentos. Na aula de hoje, estudaremos: 
 
 Margem Líquida; 
 Giro do Ativo; 
 Retorno do Ativo; 
 Retorno sobre o Patrimônio Líquido. 
 
Margem Líquida 
A margem líquida compara o lucro obtido pela empresa com as vendas líquidas. Demonstra a margem da lucratividade da empresa, 
ou seja, demonstra o lucro obtido para cada R$ 1,00 de receita líquida. A empresa busca sempre o maior lucro possível e isso é 
mensurado pela margem líquida. Sua fórmula é: 
Margem líquida = Lucro Líquido / Receita Líquida 
 
A receita líquida é obtida após diminuirmos as deduções da Receita Bruta. 
Exemplos: 
Conta 2013 2014 
Receita Líquida 180.000 210.000 
.... 
Lucro Líquido 18.000 20.000 
 
Cálculo: 2013 = 18.000 / 180.000 = 0,10 ou 10,00% 
 2014 = 20.000 / 210.000 = 0,0952 ou 9,52% 
 
 
O indicador demonstra que para cada R$1,00 de receita líquida, a empresa obteve R$0,10 e R$0,0952 em 2013 e 2014, 
respectivamente, do lucro líquido. Se analisarmos percentualmente, o retorno foi de 10% em 2013 e 9,52% em 2014. Embora a 
receita líquida tenha crescido no período (de 180 para 210 mil), o lucro não acompanhou na mesma proporção, resultando na 
redução da margem líquida. 
Giro do Ativo 
O índice demonstra a relação entre as receitas geradas pela empresa e os investimentos feitos pela mesma, representados pelo 
Ativo Total. As empresas investem no seu ativo (com estoques, máquinas, instalações etc.) objetivando gerar a maior receita 
possível. Quanto maior for o índice, maior é o giro do ativo, pois ela consegue gerar mais recursos utilizando os investimentos 
realizados no ativo. Se o índice aumenta, significa que a empresa está conseguindo obter mais receitas, ser mais eficiente, com o 
montante investido no seu ativo. A fórmula é: 
 
Giro do Ativo = Receita Líquida / Total do Ativo 
A receita líquida é obtida após diminuirmos as deduções da Receita Bruta. 
Exemplos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo: 2013 = 180.000 / 38.000 = 4,73 
 2014 = 210.000 / 48.000 = 4,37 
 
O indicador demonstra que, em 2013, a empresa girou 4,73 vezes o seu ativo. O índice de 4,73 indica que para o total do ativo de 
R$38.000,00 que a empresa dispõe, ela conseguiu gerar receitas 4,73 vezes superiores ao investimento realizado. Se compararmos 
com 2014, o índice apresentou 4,37, demonstrando que a empresa não foi tão eficiente como no ano anterior, pois conseguiu 
gerar menos receitas, se comparado ao montante do Ativo da companhia em 2014. 
Conta 2013 2014 
Total do ativo 38.000 48.000 
 
Receita Líquida 180.000 210.000 
.... 
Lucro Líquido 18.000 20.000 
Retorno sobre o Ativo 
O índice compara o lucro líquido obtido pela companhia no período com os investimentos realizados no seu Ativo. Esse índice 
demonstra a taxa de retorno sobre os investimentos. A fórmula é: 
 
Retorno sobre o Ativo = Lucro Líquido / Total do Ativo 
 
Alguns autores aconselham a utilizar o Ativo médio do período, pois podem acontecer aumentos significativos nos últimos meses do 
ano, que acabam não contribuindo para a geração do lucro naquele período, ou ainda somente em parte 
do mesmo. 
 
Exemplos: 
Conta 2013 2014 
Total do ativo 38.000 48.000 
 
Receita Líquida 180.000 210.000 
.... 
Lucro Líquido 18.000 20.000 
 
Cálculo: 2013 = 18.000 / 38.000 = 0,4736 ou 47,36% 
 2014 = 20.000 / 48.000 = 0,4166 ou 41,66% 
 
O indicador demonstra que o retorno sobre o ativo foi de 47,36% e 41,66% em 2013 e 2014, respectivamente. Para cada R$1,00 
investido, o retorno foi de R$0,47 e R$0,42 em 2013 e 2014. São valores e percentuais altos, se comparados com o retorno que 
aplicações financeiras geraram no mesmo período ou, ainda, se compararmos com a taxa Selic dos dois anos. Quanto maior for o 
retorno, melhor será o retorno do investimento e a situação econômica da empresa analisada. Quanto maior for o retorno, menor 
será o prazo que o investimento será pago. 
 
Retorno sobre o Patrimônio Líquido 
Os sócios e acionistas da empresa investem para obter retornos sobre os mesmos. O investimento realizado pelos sócios é 
demonstrado no Patrimônio Líquido da companhia. O índice do retorno sobre o Patrimônio Líquido indica a taxa de retorno que os 
sócios e acionistas obtém em um determinado período de tempo. Demonstra quanto que os sócios lucram, pois analisa o lucro 
líquido do período com o capital investido na empresa. Sua fórmula é: 
 
Retorno sobre o Patrimônio Líquido = Lucro Líquido / Total do Patrimônio Líquido 
Exemplos: 
Conta 2013 2014 
Patrimônio Líquido 17.000 26.000 
 
Lucro Líquido 18.000 20.000 
 
Cálculo: 2013 = 18.000 / 17.000 = 1,0588 ou 105,88% 
 2014 = 20.000 / 26.000 = 0,7692 ou 76,92% 
 
O indicador demonstra que o retorno sobre o P.L. foi de 105,88% e 76,92%, em 2013 e 2014, respectivamente. Para cada R$1,00 
investido, o retorno foi de R$1,05 e R$0,76 em 2013 e 2014. Quanto maior for o retorno, maior será a remuneração que os sócios 
recebem e a garantia da manutenção dos investimentos na empresa. O objetivo da empresa é utilizar o dinheiro investido pelos 
sócios e gerar retorno para os mesmos, o que garantirá a continuidade da empresa. Os números do exemplo são excessivamente 
altos, que dificilmente se encontram nas empresas que trabalham com retornos mais modestos dos seus investimentos. 
O artigo indicado a seguir utilizou-se dos indicadores de rentabilidade para analisar as empresas do setor de tecidos, calçados e 
vestuário da BM&FBovespa. Clique no botão e boa leitura! 
 
http://www.convibra.com.br/upload/paper/adm/adm_3052.pdf 
 
Indicadores de Atividade 
Indicadores de Atividade são indicadores que permitem analisar a atividade operacional da empresa utilizando-se os valores do 
Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado. São indicadores que transformam os valores em tempo, dentro do ciclo 
operacional da empresa. Com base nos indicadores podemos apurar a velocidade que recebemos as vendas, o prazo para o 
pagamento dos fornecedores e o tempo que os produtos ficam estocados até a sua venda. Dividem-se em: 
 
I. Prazo médio de estocagem; 
II. Prazo médio de pagamento; 
III. Prazo médio de recebimento. 
 
http://www.convibra.com.br/upload/paper/adm/adm_3052.pdf
Prazo médio de estocagem 
Indica o tempo médio verificado desde a aquisição da mercadoria junto ao fornecedor até sua venda. Demonstra o tempo médio 
em dias que a mercadoria fica estocada. O melhor para a empresa é ter um baixo período de estocagem, que significa que ela 
adquire a mercadoria e rapidamente consegue vender a mesma, transformando em recursos financeiros. 
 
Desse modo, os recursos não ficam parados no estoque e geram receitas para a companhia. Quando utilizarmos demonstrações 
anuais, o indicador obtido deve ser multiplicado por 360, para demonstrar a rotação em números de dias. Se calcularmos com 
demonstrações mensais, é necessária a multiplicação por 30, para determinar a rotação dos estoques. 
 
Para empresas industriais, o prazo médio é o período que compreende a compra da matéria-prima, sua transformação e posterior 
venda do produto acabado. A fórmula é: 
 
Prazo médio de estocagem: 
Exemplo: 
Conta 2013 2014 
Ativo Circulante 12.000 18.000 
 Estoques 8.000 10.000 
Ativo Não Circulante 26.000 30.000 
 
 
Receita Líquida 180.000 210.000 
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (120.000) (140.000) 
 
 
Vamos considerar o valor do estoque do final de 2012 de R$6.000,00, para possibilitar o cálculo do estoque médio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cálculo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O indicador demonstra que os estoques demoram 21 dias e 
23,14 dias, respectivamente, nos anos de 2013 e 2014. O 
ciclo está aumentando,ou seja, os estoques estão ficando 
mais tempo na empresa até que os mesmos sejam vendidos. 
Quanto menor for o prazo de estocagem, mais rapidamente a 
empresa transforma as mercadorias e produtos em dinheiro e 
consegue realizar novas compras ou pagar despesas. 
 
Prazo médio de pagamento 
Mede desde o momento em que se compra a matéria-prima e mercadorias até o momento do pagamento. O prazo indica o tempo 
que a empresa dispõe para fazer o pagamento dos seus fornecedores. É calculado em dias e demonstra o crédito que a empresa 
tem junto aos seus credores. A fórmula é: 
 
Prazo médio de pagamento: PMP 
Exemplo: 
Conta 2013 2014 
Passivo Circulante 10.000 12.000 
 Fornecedores 6.000 7.000 
 
Receita Líquida 180.000 210.000 
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (120.000) (140.000) 
 
 
Vamos considerar o valor da conta Fornecedores a Pagar do final de 2012 era de R$5.000,00, para possibilitar o cálculo do estoque 
médio. 
 
Cálculo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
O indicador demonstra que a empresa tem o prazo médio de 
16,5 dias e 16,7 dias, respectivamente, nos anos de 2013 e 
2014, para efetuar os pagamentos dos fornecedores. O ciclo 
mantém-se estável. Quanto maior for o prazo de pagamento, 
mais rapidamente a empresa transforma as mercadorias e 
produtos em dinheiro e consegue efetuar os pagamentos. Se 
o prazo for muito curto, a empresa terá necessidade de fazer 
o pagamento e ainda não terá vendido e recebido pelo seu 
produto, ocasionando a necessidade de recursos para pagar 
os credores. 
Prazo médio de recebimento 
Mede do momento em que se vende a mercadoria ou produto até o momento do recebimento das vendas a prazo. O prazo indica o 
tempo que a empresa concede, em média, aos seus clientes para efetuar os pagamentos. É calculado em dias e demonstra período 
de tempo que a companhia fica sem os recursos oriundos das vendas. Quanto menor esse prazo, melhor é para a empresa, pois 
terá com mais rapidez os recursos para fazer frente às necessidades de caixa. 
 
A fórmula é: 
 
Prazo médio de recebimento: PMR 
 
Exemplo: 
Conta 2013 2014 
Ativo Circulante 12.000 18.000 
 Clientes 3.500 6.000 
Ativo Não Circulante 26.000 30.000 
 
Receita Bruta 200.000 240.000 
(-) Deduções das Vendas (20.000) (30.000) 
Receita Líquida 180.000 210.000 
(-) Custo das Mercadorias Vendidas (120.000) (140.000) 
 
Vamos considerar que o valor da conta Clientes do final de 2012 era de R$3.500,00 para possibilitar o cálculo do estoque médio. 
Cálculo: 
 
 
 
 
 
 
 
O indicador demonstra que a empresa tem o prazo médio de cobrança de 6,3 dias e 7,125 dias, respectivamente, nos anos de 
2013 e 2014. Esse prazo demonstra que as vendas a prazo são rapidamente recebidas, e que a maioria das vendas ocorre à vista, 
ou com reduzido prazo de recebimento. 
 
Ciclo Operacional 
Demonstra o prazo que vai desde a compra da matéria-prima ou mercadoria até o recebimento das vendas. A empresa tem um 
ciclo de comprar as mercadorias, manter estocado, vender e posteriormente receber pelas vendas a prazo. Esse ciclo corresponde 
ao ciclo operacional da empresa. Compreende o prazo que a empresa consegue comprar e transformar esses itens em recursos 
financeiros para que o ciclo inicie novamente. É determinado pela seguinte fórmula: 
 
Ciclo Operacional = PME + PMR 
 
É calculado com base nos ciclos anteriormente calculados. 
 
 
 
Utilizando os dados do exemplo apresentado nos ciclos de estocagem e recebimento, temos: 
 
2013: CO = 21 + 6,3 = 27,3 dias 
2014: CO = 23,14 + 7,125 = 30,265 
 
Representando graficamente, temos: 
 
 
 
 
 
 
O ciclo operacional da empresa do exemplo vem aumentando, passando de 27,3 dias para 30,26 dias, de 2013 para 2014. Em 
média, a empresa precisa de 30 dias em 2014 para comprar o produto, vender e receber pelas vendas a prazo. 
 
Ciclo Financeiro 
Demonstra o prazo que vai desde o pagamento dos fornecedores até o recebimento das vendas a prazo. Quanto menor for o ciclo 
financeiro, melhor será a situação financeira da entidade, pois é menor o período de tempo entre o recebimento pela venda e a 
necessidade do pagamento para o fornecedor. Se for muito longo o prazo entre o pagamento para o fornecedor e o recurso 
entrando no caixa, maior será a necessidade da empresa buscar recursos externos para realizar seus pagamentos. É determinado 
pela seguinte fórmula: 
 
Ciclo Financeiro = CO - PMP 
 
É calculado com base nos ciclos anteriormente calculados. 
Utilizando os dados do exemplo apresentado no ciclo operacional e pagamento, temos: 
 
2013: CF = 27,3 – 16,5 = 10,8 dias 
2014: CF = 30,265 – 16,7 = 13,565 dias 
 
Representando graficamente, temos: 
 
 
 
 
 
Analisando o ano de 2014, o Ciclo Financeiro é de 13,56 dias e compreende desde o momento em que é efetuado o pagamento 
aos fornecedores pelas compras a prazo até o recebimento pelas vendas a prazo. É o período de tempo que a empresa tem que 
desembolsar valores e ainda não recebeu. 
 
O ideal seria um ciclo negativo, ou seja, que a empresa vende e recebe pela venda antes de efetuar o pagamento para o 
fornecedor. Nessa situação, o próprio valor da operação de venda serviria para o pagamento do fornecedor. 
 
Não é o que acontece na maioria das vezes. Quanto maior é o ciclo financeiro, maior é o período que a empresa não recebe 
recursos das vendas realizadas mas tem que desembolsar valores para pagar despesas e compras. 
 
É importante a empresa analisar e compatibilizar esses prazos para não necessitar de recursos externos, por exemplo de 
empréstimos, para fazer frente aos desembolsos necessários. 
 
Para saber mais sobre o ciclo operacional, leia o artigo relacionado a seguir, que retoma as fórmulas, apresentando os ciclos 
divididos em econômico, operacional e financeiro (clique no botão): 
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm 
http://www.portaldecontabilidade.com.br/tematicas/ciclos.htm
Para revisar o conceito e fórmulas dos indicadores, leia o capítulo 2 do livro “Elementos de Engenharia Econômica” dos autores 
Ryba, Lenzi e Lenzi (acesse a biblioteca virtual no Portal Único). 
 
Capital Circulante Líquido 
O capital circulante líquido é calculado diminuindo-se o Ativo Circulante do Passivo Circulante. Representa o excedente que a 
empresa tem de recursos a curto prazo em relação às captações de recursos processadas também a curto prazo. Demonstra em 
valores absolutos os recursos que a empresa tem de sobra (ou falta) na relação ativo circulante e passivo circulante. 
 
Representa, também, a folga financeira, quanto maior o CCL, mais valores a empresa possui no seu ativo circulante para fazer 
frente às obrigações de curto prazo. O BP permite apurar a necessidade de capital de giro da empresa e/ou a qualidade da dívida 
da empresa. É calculado pela seguinte fórmula: 
 
Capital Circulante Liquido = Ativo Circulante – Passivo Circulante 
 
Pode ser representado pelas três estruturas representadas a seguir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesse caso, o volume do Ativo circulante – AC (Caixa, direito a receber, estoques, dentre outras contas de curto prazo) apresenta o 
mesmo valor que o Passivo circulante - PC (Fornecedores, Folha de pagamentos, dentre outras obrigações de curto prazo). 
Portanto, o mesmo ocorre entre o “Ativo não circulante” - ANC e o “Passivo não circulante (PNC) + Patrimônio Líquido (PL)”. O que 
isso significa? A empresa apresenta um equilíbrio no curto prazo entre o financiamento e o investimento, assim sua operação 
apresenta uma situação estável, a qual se reflete em um índice de liquidez corrente igual 1 (para cada R$1,00 de PC ela tem R$ 
1,00 de AC). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nesse caso, temos que o volume do Ativo circulante é maior do que o valor do Passivo circulante. Portanto, o “Ativo não circulante” 
é menor que o “Passivo não circulante + Patrimônio Líquido”. O que isso significa? A empresaapresenta um desequilíbrio favorável 
no curto prazo entre a linha de financiamento e o investimento. Ou seja, temos que financiamento de longo prazo (PNC+PL) está 
sendo usado no AC, assim a operação desta empresa apresenta um índice de liquidez corrente maior que 1 (para cada R$1,00 de 
PC ela tem mais de R$ 1,00 de AC para honrar seus compromissos, ela está tranquila no curto prazo). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por fim, temos que o volume do Ativo circulante é menor do que o valor do Passivo circulante. Portanto, o “Ativo não circulante” é 
maior que o “Passivo não circulante + Patrimônio Líquido”. O que isso significa? A empresa apresenta um desequilíbrio 
desfavorável entre a linha de financiamento de curto prazo e o investimento de curto prazo. Ou seja, temos aqui financiamento de 
curto prazo sendo usado no ANC, assim a operação desta empresa apresenta um índice de liquidez corrente menor que 1 (para 
cada R$1,00 de AC ela tem menos de R$ 1,00 de AC para honrar seus compromissos, por certo, ela terá dificuldade para honrar 
seus compromissos financeiros). 
 
Vamos olhar o exemplo: 
 
Conta 2013 2014 Conta 2013 2014 
Ativo Circulante 12.000 18.000 Passivo Circulante 10.000 12.000 
 
2013 = CCL = 12.000 – 10.000 = 2.000 
2014 = CCL = 18.000 – 12.000 = 6.000 
 
A folga financeira é maior, em 2014, de R$6.000,00, ou seja, a empresa dispõe de recursos de curto prazo no seu ativo para pagar 
as obrigações de curto prazo e ainda sobrará R$6.000,00. 
 
Ponto de Equilíbrio 
 
Vimos anteriormente os conceitos de receitas, custos e despesas. Utilizando esses conceitos e seus valores, conseguimos calcular o 
ponto de equilíbrio, que representa a quantidade de vendas para qual as receitas são iguais aos custos e despesas. Representa a 
quantidade mínima de produtos a serem vendidos para que a partir desse momento a empresa gere lucro. No ponto de equilíbrio 
não há lucro nem prejuízo operacional, os gastos totais (custos totais + despesas totais) são exatamente iguais às receitas totais. 
 
A fórmula para o cálculo do ponto é a seguinte: 
 
 
Receitas 
Custos 
+ 
Despesa
s 
Ponto de 
Equilíbrio 
Custo Fixo 
Corresponde a todo custo ou despesa que não varia, em valor total, com o volume de atividade ou operação. Os custos acontecem 
independente do volume de produção da empresa. Exemplos: salários dos supervisores, aluguel da fábrica, manutenção das 
máquinas etc. 
 
Custo Variável 
É aquele que se altera em relação direta com as modificações do volume de atividade. O custo variável total aumenta ou diminui 
em decorrência do aumento ou diminuição da produção. Exemplos: matéria-prima, mão de obra direta, materiais usados 
diretamente na produção etc. 
 
Receita de Vendas 
O valor total da receita de venda é determinado pela multiplicação da quantidade vendida pelo preço de venda das mercadorias ou 
produtos. 
 
 
Exemplo do cálculo, de acordo com Martins (2010, pág. 258): 
 
Preço de venda = R$500,00 por unidade 
Custos + Despesas variáveis = R$350,00 por unidade 
Custos + Despesas fixas = R$600.000,00 por mês 
 
 
 
 
Se quisermos saber o ponto de equilíbrio em reais, multiplicamos o total dos custos variáveis pela quantidade do ponto de 
equilíbrio, e depois somamos com os custos e despesas fixas: 
 
 
Variáveis: 4.000 unidades x R$350,00 por unidade = R$1.400.000,00 
Fixos = R$ 600.000,00 
Soma = R$2.000.000,00 
 
O valor de R$2.000.000,00 iguala os custos com a Receita Total (4.000 unidades x R$500,00 = R$2.000.000,00). 
 
Leia o artigo abaixo para se aprofundar sobre o ponto de equilíbrio. Clique no botão e fique por dentro! 
http://www.classecontabil.com.br/artigos/ponto-de-equilibrio 
 
http://www.classecontabil.com.br/artigos/ponto-de-equilibrio
Referências Bibliográficas: 
 
ANDRICH, Emir Guimarães; CRUZ, June Alisson Westarb. Gestão Financeira Moderna: uma abordagem prática. Curitiba: 
InterSaberes, 2013. 
 
ASSAF NETO, Alexandre. Estrutura e Análise de Balanços. 9ª Ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
CAMARGO, Camila. Planejamento Financeiro. Curitiba: Ibpex, 2007. 
 
CAMARGO, Camila. Análise de Investimentos e Demonstrativos Financeiros. Curitiba: Ibpex, 2007. 
 
IUDÍCIBUS, Sérgio. Análise de Balanços. 10ª Ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10ª Ed. São Paulo: Atlas, 2010. 
 
RYBA, Andrea; LENZI, Ervin Kaminski; LENZI, Marcelo Kaminski. Elementos de Engenharia Econômica. Curitiba: Ibpex, 2011. 
 
SCHIER, Carlos Ubiratan da Costa. Gestão de Custos. 2 ed. Curitiba: IBPEX, 2011.

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