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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM DIREITO E PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Resenha Crítica de Caso Débora Geovana da Luz nascimento Trabalho da disciplina Teoria Geral do Direito Tributário Tutor: Prof. Carlos Eduardo Annechino M Miguel Belém-PA 2020 ( 4 ) TEORIA GERAL DO DIREITO TRIBUTÁRIO Referência: BALEEIRO, Aliomar. Limitações constitucionais ao poder de tributar. 8. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2010. Constituição Federal de 1988. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm>. Acesso em :25/01/2020. 1 INTRODUÇÃO O Direito Processual Tributário consiste no conjunto de atos administrativos e judiciais na esfera tributária, com o objetivo de apurar as obrigações referentes a tributos ou o descumprimento das mesmas, impossibilitando controvérsias entre Fisco e Contribuintes. Se destaca através da base dos seus princípios que são importantes para o desenvolvimento da atividade financeira do Estado, pois estes princípios instruem, fiscalizam e a cobranças dos tributos, entre o credor e o devedor que são necessários para a contribuição do crescimento do País. 2 DESENVOLVIMENTO O tributo se conceitua através da pecúnia arrecadada pelo Estado, de caráter obrigatório sempre caracterizado pela lei, para custear gastos públicos. Os contribuintes do tributo são a população, seja cidadão ou súdito; e quem recebe o valor pecuniário é o próprio Estado, seja democrático de direito ou a figura do rei. Este meio de pagamento de imposto, ou contribuição, resulta de um consentimento coletivo. Tributo não se confunde com taxa ou imposto, embora sejam palavras sinônimas a tributo, no Estado democrático de direito se tornaram subtipos de tributo. O tributo tem um caráter não sancionatório, ou seja, não se paga tributo porque praticou ilicitude, o tributo não deve se confundir com multa ou outra sanção pecuniária. O tributo será sempre instituído em lei, que definirá o fato gerador, que deve pagar e os elementos que definem a prestação, obedecendo o princípio da legalidade do tributo. Se tratando das classificações de tributos existem as classificações pluripartida e a bipartida, sendo a última a mais aceita. A teoria de classificação bipartida se determina em tributos vinculados a atuação do Estado e não vinculados a determinada atuação do Estado. A Constituição Federal determinou que as espécies de tributo serão conceituadas por lei complementar em seu artigo 146, III, sendo que a doutrina realiza questionamentos sobre a definição dessas espécies, em especial a taxa e o empréstimo compulsório. Sobre as taxas a União, Estados, Distrito Federal e Municípios realizam a arrecadação desta. Sendo, necessárias para manutenção do poder de polícia, que significa fiscalização, e utilização efetiva ou em potencial de serviço oferecido pelo ente federado que a arrecada, neste caso o fato gerador está relacionado ao Estado. A taxa de serviço consiste na arrecadação por serviço público específico e divisível quando pode ser efetivamente prestado ou posto a serviço do contribuinte. Já os impostos são recolhidos pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. A CLT em seu artigo 16 menciona como definição a obrigação para ato gerado de uma situação independente de qualquer atividade estatal do contribuinte, ou seja, o imposto tributa ao contribuinte devido uma certa característica sua, sem ocorrer uma atividade do Estado necessariamente. Ao se tratar da Contribuição de Melhoria se decorre que a obra pública que realizará a valorização da região onde o imóvel se encontra. Espécies tributarias Pedágio: A princípio a constituição federal veda tributação sobre tráfego de pessoas ou bens interestadual ou intermunicipal, porém sua fundamentação está na equivalência das taxas, por ser um serviço prestado pelo Estado e posto à disposição das pessoas que transitam entre estados e municípios. O Empréstimo compulsório é o tributo arrecadado somente pela União, diante as hipóteses do artigo 148 da Constituição Federal. As hipóteses destacadas são de gasto extraordinário por calamidade pública ou guerra externa, e investimento público urgente e de interesse nacional. Contribuições sociais, econômicas e corporativas: Tributo destinado para cobrir os gastos dos serviços sociais dados pelo estado: educação, lazer, esporte e cultura; e de seguridade social: assistência social, saúde e previdência social. Contribuição para iluminação pública: Iluminação pública, apesar de ser um serviço prestado pelos municípios e distrito federal, não são configurados como taxas, pois não se tratam de atividade divisível. Por esse motivo foi criada uma tributação própria. Princípio da legalidade tributária e tipicidade o princípio da legalidade consiste que não só na mera autorização do poder executivo, mas na definição em lei. Na lei deve conter o fato gerador, determinar quem vai pagar, em qual circunstância, a sua destinação, qual ente federado irá recolher e todos os outros aspectos do tributo. Sendo que este princípio parte do fundamento que a lei é indispensável para limitar o tributo e o poder-dever do Estado de tributar. Princípio da irretroatividade da lei tributária a lei que determina não pode afetar direito adquirido ou coisa julgada. No caso de lei referente a tributo só pode criar ou aumentar tributo que alcance fato passado se descrito em lei e que tenha uma lei anterior vigente na época do fato. Princípio da anterioridade da lei tributária o princípio da anterioridade tem maior alcance que o princípio da irretroatividade, pois define que a lei que cria o tributo ou o aumenta deve partir de um fato gerador anterior a lei. A lei deve ser autorizada no orçamento do no anterior. Existem exceções ao princípio da anterioridade, como o IPI, toma-se como exemplo que tem outros intuitos além do econômico. Princípio da isonomia ou igualdade tributária a lei deve ser igual para todas as pessoas que se enquadre na hipótese prevista na lei. A lei não enquadra pessoas em situações equivalentes, apenas as que estão em situação exatamente descrita em lei. Essas pessoas serão tratadas de forma igual tendo que pagar o tributo apenas na forma que é prevista em lei. Princípio da capacidade contributiva as pessoas pagaram tributos de acordo com sua capacidade financeira, pois não teria de onde conseguir dinheiro para pagar o imposto. A constituição federal diz que sempre que possível deve ser levada em consideração a capacidade econômica do contribuinte, como é o caso do Imposto de Renda. Princípio da vedação de tributo confiscatório é vedado ao fisco confiscar ou desapropriar bens dos contribuintes com o fim de pagar tributos. Princípio da liberdade de tráfico com a exceção do pedágio, não deve haver imposto interestadual ou intermunicipal sobre a circulação de pessoas ou bens entre municípios e estados. Princípio da transparência dos impostos o contribuinte deve ter acesso a informações sobre a finalidade dos tributos que pagam, como prevê o artigo 150, §5º da Constituição Federal.
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