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livro historia da arte e do design

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Prévia do material em texto

HISTÓRIA DA
ARTE E DO DESIGN
PROFESSORES
Dra. Paula Piva Linke
Me. Ana Paula Furlan
Esp. Dênis Martins de Oliveira
Esp. Vanessa Barbosa dos Santos 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
2 
C397 CENTRO UNIVERSITÁRIO DE MARINGÁ. Núcleo de Educação a Distância; 
LINKE, Paula Piva; FURLAN, Ana Paula; OLIVEIRA, Dênis Martins de; 
SANTOS, Vanessa Barbosa dos.
 História da Arte e do Design. Paula Piva Linke; Ana Paula Furlan; Dênis 
Martins de Oliveira; Vanessa Barbosa dos Santos.
 Maringá - PR.:UniCesumar, 2017. Reimpresso em 2019.
 182 p.
 “Graduação em Design - EaD”.
 1. História. 2. Arte. 3. Design. 4. EaD. I. Título.
ISBN 978-85-459-0442-7
CDD - 22ª Ed. 701.1
CIP - NBR 12899 - AACR/2
NEAD 
Núcleo de Educação a Distância
Av. Guedner, 1610, Bloco 4 
Jd. Aclimação - Cep 87050-900 Maringá - Paraná
www.unicesumar.edu.br | 0800 600 6360
DIREÇÃO UNICESUMAR
Reitor Wilson de Matos Silva, Vice-Reitor Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor de Administração 
Wilson de Matos Silva Filho, Pró-Reitor Executivo de EAD Willian Victor Kendrick de Matos Silva, 
Pró-Reitor de Ensino de EAD Janes Fidélis Tomelin Presidente da Mantenedora Cláudio Ferdinandi.
NEAD - NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Diretoria Executiva Chrystiano Mincoff, James Prestes, Tiago Stachon Diretoria de Design Educacional 
Débora Leite, Diretoria de Graduação e Pós-graduação Kátia Coelho, Diretoria de Permanência 
Leonardo Spaine, Head de Produção de Conteúdos Celso L. Filho, Gerência de Produção de Conteúdo 
Diogo R. Garcia, Gerência de Projetos Especiais Daniel F. Hey, Supervisão do Núcleo de Produção 
de Materiais Nádila de Almeida Toledo, Supervisão Operacional de Ensino Luiz Arthur Sanglard, 
Coordenador(a) de Conteúdo Sandra Franchini e Larissa Camargo, Projeto Gráfico José Jhonny 
Coelho, Editoração Melina Belusse Ramos, Designer Educacional Nayara G. Valenciano, Revisão 
Textual Cíntia Prezoto Ferreira, Ilustração Gabriel Amaral, Fotos Shutterstock.
Impresso por:
Em um mundo global e dinâmico, nós trabalhamos 
com princípios éticos e profissionalismo, não 
somente para oferecer uma educação de qualidade, 
mas, acima de tudo, para gerar uma conversão 
integral das pessoas ao conhecimento. Baseamo-
nos em 4 pilares: intelectual, profissional, emocional 
e espiritual.
Iniciamos a Unicesumar em 1990, com dois cursos de 
graduação e 180 alunos. Hoje, temos mais de 100 mil 
estudantes espalhados em todo o Brasil: nos quatro 
campi presenciais (Maringá, Curitiba, Ponta Grossa 
e Londrina) e em mais de 300 polos EAD no país, 
com dezenas de cursos de graduação e pós-graduação. 
Produzimos e revisamos 500 livros e distribuímos mais 
de 500 mil exemplares por ano. Somos reconhecidos 
pelo MEC como uma instituição de excelência, com 
IGC 4 em 7 anos consecutivos. Estamos entre os 10 
maiores grupos educacionais do Brasil.
A rapidez do mundo moderno exige dos educadores 
soluções inteligentes para as necessidades de todos. 
Para continuar relevante, a instituição de educação 
precisa ter pelo menos três virtudes: inovação, 
coragem e compromisso com a qualidade. Por 
isso, desenvolvemos, para os cursos de Engenharia, 
metodologias ativas, as quais visam reunir o melhor 
do ensino presencial e a distância.
Tudo isso para honrarmos a nossa missão que é 
promover a educação de qualidade nas diferentes áreas 
do conhecimento, formando profissionais cidadãos 
que contribuam para o desenvolvimento de uma 
sociedade justa e solidária.
Vamos juntos!
Wilson Matos da Silva
Reitor da Unicesumar
boas-vindasboas-vindas
Prezado(a) Acadêmico(a), bem-vindo(a) à 
Comunidade do Conhecimento. 
Essa é a característica principal pela qual a Unicesumar 
tem sido conhecida pelos nossos alunos, professores 
e pela nossa sociedade. Porém, é importante 
destacar aqui que não estamos falando mais daquele 
conhecimento estático, repetitivo, local e elitizado, mas 
de um conhecimento dinâmico, renovável em minutos, 
atemporal, global, democratizado, transformado pelas 
tecnologias digitais e virtuais.
De fato, as tecnologias de informação e comunicação 
têm nos aproximado cada vez mais de pessoas, lugares, 
informações, da educação por meio da conectividade 
via internet, do acesso wireless em diferentes lugares 
e da mobilidade dos celulares. 
As redes sociais, os sites, blogs e os tablets aceleraram 
a informação e a produção do conhecimento, que não 
reconhece mais fuso horário e atravessa oceanos em 
segundos.
A apropriação dessa nova forma de conhecer 
transformou-se hoje em um dos principais fatores de 
agregação de valor, de superação das desigualdades, 
propagação de trabalho qualificado e de bem-estar. 
Logo, como agente social, convido você a saber cada 
vez mais, a conhecer, entender, selecionar e usar a 
tecnologia que temos e que está disponível. 
Da mesma forma que a imprensa de Gutenberg 
modificou toda uma cultura e forma de conhecer, 
as tecnologias atuais e suas novas ferramentas, 
equipamentos e aplicações estão mudando a nossa 
cultura e transformando a todos nós. Então, priorizar o 
conhecimento hoje, por meio da Educação a Distância 
(EAD), significa possibilitar o contato com ambientes 
cativantes, ricos em informações e interatividade. É 
um processo desafiador, que ao mesmo tempo abrirá 
as portas para melhores oportunidades. Como já disse 
Sócrates, “a vida sem desafios não vale a pena ser vivida”. 
É isso que a EAD da Unicesumar se propõe a fazer. 
Willian V. K. de Matos Silva
Pró-Reitor da Unicesumar EaD
boas-vindas
Seja bem-vindo(a), caro(a) acadêmico(a)! Você está 
iniciando um processo de transformação, pois quando 
investimos em nossa formação, seja ela pessoal ou 
profissional, nos transformamos e, consequentemente, 
transformamos também a sociedade na qual estamos 
inseridos. De que forma o fazemos? Criando 
oportunidades e/ou estabelecendo mudanças capazes 
de alcançar um nível de desenvolvimento compatível 
com os desafios que surgem no mundo contemporâneo. 
O Centro Universitário Cesumar mediante o Núcleo de 
Educação a Distância, o(a) acompanhará durante todo 
este processo, pois conforme Freire (1996): “Os homens 
se educam juntos, na transformação do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem 
dialógica e encontram-se integrados à proposta 
pedagógica, contribuindo no processo educacional, 
complementando sua formação profissional, 
desenvolvendo competências e habilidades, e 
aplicando conceitos teóricos em situação de realidade, 
de maneira a inseri-lo no mercado de trabalho. Ou seja, 
estes materiais têm como principal objetivo “provocar 
uma aproximação entre você e o conteúdo”, desta 
forma possibilita o desenvolvimento da autonomia 
em busca dos conhecimentos necessários para a sua 
formação pessoal e profissional.
Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento 
e construção do conhecimento deve ser apenas 
geográfica. Utilize os diversos recursos pedagógicos 
que o Centro Universitário Cesumar lhe possibilita. 
Ou seja, acesse regularmente o Studeo, que é o seu 
Ambiente Virtual de Aprendizagem, interaja nos 
fóruns e enquetes, assista às aulas ao vivo e participe 
das discussões. Além disso, lembre-se que existe 
uma equipe de professores e tutores que se encontra 
disponível para sanar suas dúvidas e auxiliá-lo(a) em 
seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe 
trilhar com tranquilidade e segurança sua trajetória 
acadêmica.
boas-vindas
Débora do Nascimento Leite
Diretoria de Design Educacional
Janes Fidélis Tomelin
Pró-Reitor de Ensino de EAD
Kátia Solange Coelho
Diretoria de Graduação 
e Pós-graduação
Leonardo Spaine
Diretoria de Permanência
autores
Dra. Paula Piva Linke
Doutorado em Ciência Ambiental pelo Procam (USP) com bolsa Capes, desenvolvendo pesquisa na área de Moda e 
Sustentabilidade. Mestrado em História pela Universidade Estadual de Maringá(UEM). Especialização em História e 
Sociedade (UEM). Especialização em Moda pelo Centro Universitário Cesumar (Unicesumar). Graduação em Moda (Uni-
cesumar). Atuou como professora do curso de Moda, Artes Visuais e Jornalismo no ano de 2013, e em 2014 apenas no 
curso de Moda, ministrando as disciplinas de História da Moda e Laboratório de Criação (Unicesumar). Atualmente é 
docente nos cursos de Educação a Distância (Unicesumar), no qual atua nas áreas de História da Moda e Desenho de 
Moda. Também realiza pesquisas na área de sustentabilidade e moda, bem como moda e cultura. 
Para informações mais detalhadas sobre sua atuação profissional, pesquisas e publicações, acesse seu currículo, dis-
ponível no endereço a seguir:
Link: <http://lattes.cnpq.br/1818751167908774>.
Me. Ana Paula Furlan
Mestrado em Educação para o Ensino de Ciência pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). Especialização em 
Design de Produto pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Graduação em Moda pelo Centro Universitário de 
Maringá (Unicesumar). Atualmente é docente e coordenadora do setor de estágios no Unicesumar. Consultora de 
produtos em empresas de confecção. 
Para informações mais detalhadas sobre sua atuação profissional, pesquisas e publicações, acesse seu currículo, dis-
ponível no endereço a seguir:
<https://wwws.cnpq.br/cvlattesweb/PKG_MENU.menu?f_cod=C4EACC54908782E9D54FB7370F806F47>
Esp. Dênis Martins de Oliveira
Especialização em Docência no Ensino Superior pelo Centro Universitário de Maringá (Unicesumar/2016). Graduação 
em Artes Visuais (Unicesumar/2012).
Para informações mais detalhadas sobre sua atuação profissional, pesquisas e publicações, acesse seu currículo, dis-
ponível no endereço a seguir:
Link: <http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4654860J3>
Esp. Vanessa Barbosa dos Santos
Especialização em Artes Visuais, Cultura e Criação pelo SENAC-PR (2013). Graduação em Design de Interiores pelo Centro 
de Ensino Superior de Maringá (2007). Tem experiência na área de Artes, com ênfase em Design Gráfico.
Link: <http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8153006Y1>
apresentação do material
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN
Paula Piva Linke; Ana Paula Furlan; Dênis Martins de Oliveira e Vanessa Barbosa dos Santos
Prezado(a) aluno(a) do curso de Tecnologia em Design, este é seu livro da dis-
ciplina de História da Arte e do Design. Ele integra cinco unidades de estudo e 
foi elaborado para que você compreenda da melhor maneira possível os assuntos 
referentes à disciplina.
Analisar a evolução histórica do ser humano, bem como as diferentes manifesta-
ções artísticas e estilísticas expressas nos diferentes períodos se faz necessário em 
praticamente todas as profissões que têm em sua organização a essência criativa; 
compreender como as manifestações de arte ocorreram nos diferentes períodos 
trará a você, aluno(a), uma bagagem rica de conteúdos e assuntos pertinentes para 
sua completa formação acadêmica.
A disciplina de História da Arte e do Design tem por objetivo levar a você conhe-
cimentos acerca dos principais movimentos artísticos e estilísticos, para que você 
compreenda como as questões sociais influenciaram a arte e como contribuíram 
para o despertar de novos conceitos e percepções nos mais diversos campos, dentre 
eles, o do Design. Assim, iniciaremos nossos estudos a partir da História da Arte, 
assunto que será abordado nas Unidades um, dois e três do livro.
Compreender o mundo ao nosso redor por meio das manifestações artísticas cons-
truídas até aqui é um dos objetivos deste livro. Munido do conteúdo pertinente à 
história da humanidade, apresentado mediante as diversas expressões artísticas, 
você, aluno(a), conhecerá como se deu a construção das diversas culturas nos 
diferentes períodos e, também, como esta influenciou e está presente em nossa 
sociedade até os dias atuais.
Assim, o livro de História da Arte e do Design foi elaborado a partir de referenciais 
bibliográficos ricos em informações que, mesclados com nossa experiência nos 
diferentes assuntos tratados no decorrer do livro, trarão a você, de maneira clara 
e objetiva, os diferentes assuntos, para que você absorva da melhor forma todo o 
conteúdo necessário para uma formação plena.
Iniciamos, então, nossos estudos, como mencionado, a partir dos conceitos per-
tinentes ao estudo da História da Arte. Na primeira Unidade, temos a definição 
de arte, que se faz necessária para que você analise todo o conteúdo das unidades 
um e dois com clareza; apresentam-se, também, as manifestações de arte expressas 
na Pré-história, bem como no Egito Antigo, expressões essas em que suas carac-
terísticas perduram por diversos anos e refletem no estilo expressivo de outros 
povos. Veremos, ainda, as manifestações de arte na Mesopotâmia e em Creta. Na 
sequência, temos a importância da arquitetura, da pintura e da escultura na Grécia 
antiga, bem como em Roma.
Na Unidade dois passamos pela influência da arte Bizantina, chegando à Idade 
Média, com o estilo cristão, românico e gótico. Em seguida, há uma continua-
ção das questões históricas e artísticas, apresentando o período conhecido como 
Renascimento, salientando as mudanças que ele trouxe não só para a sociedade, 
mas também para as questões artísticas e estilísticas que foram se modificando 
conforme as questões sociais foram se transformando. Assim, o homem passa a 
compreender, de maneira clara, sua capacidade de transformar a realidade que 
o cerca e um novo período ganha destaque na história, o Renascimento. Nessa 
unidade, também analisaremos as manifestações de arte durante os séculos XVII e 
XVIII, denominados Barroco e Rococó, e observaremos como tais manifestações 
se fundiram com as manifestações sociais ocorridas no período.
Ainda em se tratando de História da Arte, na Unidade três veremos o surgimento 
da Arte Moderna e os movimentos que a influenciaram, como o Impressionismo 
e o Pós-impressionismo. Veremos, portanto, a arte do final do século XIX e os 
movimentos que permeiaram o século XX. 
Após finalizada a História da Arte, o livro busca apresentar, a você, o Design, por 
meio das Unidades quatro e cinco. A Unidade quatro apresentará o significado 
do termo design, assim como os principais movimentos artísticos e estilísticos 
que influenciaram o design contemporâneo, como o Arts e Crafts e o Bauhaus. 
Por fim, lhe será apresentado seu histórico e representação pelo mundo, além das 
suas manifestações no Brasil. 
Na última unidade de nosso livro, apresentamos os diversos tipos de design, suas 
particularidades, bem como possíveis vertentes oriundas das especificidades de 
cada tipo de design.
Desejamos a você, caro(a) aluno(a), um excelente estudo e sucesso em sua carreira, 
pois acreditamos que os conteúdos aqui apresentados são de suma importância 
para sua formação, que será plena e de grandes conquistas futuras.
sumário
UNIDADE I
DOS PRIMÓRDIOS À 
ARTE CLÁSSICA
14 A Origem Da Arte: Primeiras Manifestações
22 A Arte Egípcia
26 Creta e Grécia
34 A Arte Romana
UNIDADE II
DA IDADE MÉDIA 
AO SÉCULO XVIII
50 Idade Média
56 Renascimento
64 Barroco e Rococó
UNIDADE III
ARTE
NO SÉCULO XIX E XX
86 Impressionismo e Pós-Impressionismo
92 Arte Moderna
100 Arte Pós-Moderna
UNIDADE IV
O DESIGN
118 O Design e sua Origem
123 Movimentos Importantes para o Design
128 O Design pelo Mundo
UNIDADE V
ÁREAS DO DESIGN
150 Design de Interiores
153 Design de Moda
158 Design Efêmero
160 Design Gráfi co
164 Design de Produto
165 Design Digital
Professora Dra. Paula Piva Linke 
Professor Esp. Dênis Martins de Oliveira
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• A origem da arte: primeiras manifestações
• A arte egípcia 
• Creta e Grécia
• A arte romana
Objetivos de Aprendizagem• Descrever o conceito de arte e explicar como ela se 
desenvolveu na Pré-História e na Mesopotâmia.
• Apresentar as principais características da arte no Egito 
Antigo. 
• Explicitar as principais características da arte em Creta e na 
Grécia. 
• Apresentar a Arte Romana e sua transição para o 
Cristianismo.
DOS PRIMÓRDIOS À ARTE CLÁSSICA 
I
unidade
INTRODUÇÃO
Olá caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) à disciplina de História da 
Arte de Design. O objetivo desta unidade é o de apresentá-lo(a) a arte, o 
conceito propriamente dito e como ela se manifestou em diversas civili-
zações, especificamente da Pré-História à Antiguidade Clássica. 
Esta unidade encontra-se dividida em quatro partes. A primeira delas 
se refere a conceituação e ao entendimento do que é arte e, em seguida, 
as primeiras manifestações artísticas do início da história do homem, ou 
seja, na Pré-História e na civilização mesopotâmica, serão apresentadas. 
A arte na Pré-História e na Mesopotâmia marcaram o início da jornada 
do homem na produção de objetos e do belo, desenvolvendo-se em di-
versas outras civilizações. 
Na segunda parte, você verá como se desenvolveu a arte na civiliza-
ção egípcia, uma civilização que se fundou no deserto, às margens do rio 
Nilo, e que teve mais de 3.000 anos de história, cuja arte se voltou para os 
aspectos religiosos que influenciavam a vida cotidiana dessa civilização.
Na terceira parte, você terá acesso a arte da civilização cretense e gre-
ga, duas civilizações que se destacaram devido a sua produção cultural, 
filosófica e política. Destaca-se, nessas culturas, a arte voltada à arquite-
tura e escultura, assim como a utilização do mármore como material base 
para as esculturas. 
Por fim, na quarta parte, você verá a arte romana. Observará como 
essa civilização, com base em muitos valores estéticos gregos, inovou e 
criou suas próprias manifestação de arte. Essa civilização foi o berço do 
Cristianismo, que também influenciou a arte em diferentes momentos 
históricos. 
O objetivo desta unidade, caro(a) aluno(a), é o de apresentá-lo(a) aos 
primórdios da arte, desde as primeiras manifestações do homem. Espero 
que aprecie a leitura e os conteúdos que lhe serão apresentados.
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
14 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
Olá caro(a) aluno(a), vamos iniciar nossos estudos 
procurando entender o que é arte e como ela se 
manifesta. Santos (2005) afi rma que, desde os pri-
mórdios tempos, o homem esteve envolvido com o 
fazer, mas o fazer referente à produção de objetos e 
conhecimento. 
Desde a Pré-História, o homem, ao aprender a 
confeccionar objetos, os utilizou como ferramentas 
para auxiliá-lo nas mais diversas atividades, desde as 
domésticas até as relacionadas ao trabalho. Assim, 
foram desenvolvidos uma grande variedade de obje-
tos, com os mais variados usos. Esses objetos foram 
criados por diversas civilizações ao longo do tempo 
e têm não somente uma valor funcional, mas estético 
também, pois é da natureza humana desenvolver o 
belo nos objetos mais corriqueiros (SANTOS, 2012). 
Ao longo da história, esses objetos produzidos 
pelas diversas civilizações foram estudados com o 
intuito de decifrar como viviam os diferentes povos, 
e por apresentar particularidades que expressam a 
cultura daquele povo, tais objetos passaram a ser re-
conhecidos como objetos de arte.
A Origem da Arte: 
Primeiras Manifestações
 DESIGN 
 15
Em outras palavras, 
o homem cria objetos não apenas para se ser-
vir utilitariamente, mas também para expressar 
seus sentimentos diante da vida e, mais ainda, 
para expressar sua visão de momento histórico 
em que vive (SANTOS, 2005, p. 07). 
Por estar rodeados por objetos, a autora prossegue afir-
mando, ainda, que a arte é algo que não está desconec-
tada da vida cotidiana, mas sim intimamente ligado a 
ela, pois os objetos, assim como as moradias que foram 
utilizadas em outros períodos, foram reconhecidos 
como obras de arte por apresentarem significativa-
mente um hábito ou forma de viver de uma sociedade 
em um dado período histórico (SANTOS, 2005). 
Contudo, a arte além do cotidiano também expres-
sa valores estéticos reconhecidos como arte por uma 
determinada sociedade, objetos construídos para a con-
templação. Assim sendo, pode-se entender a arte como: 
A obra de arte é um objeto de prazer, que visa 
provocar determinada experiência gratificante, 
que consiste numa espécie de vivência senso-
rial-perceptivo-intelectual, onde são engaja-
das especialmente a memória e a imaginação 
(TREVISAN, 1990, p. 91-92).
Para Coli (1995), a obra de arte passa por um julgamen-
to estético de críticos e especialistas que determinam o 
que é ou não reconhecimento como arte. Normalmen-
te, um objeto é considerado uma obra de arte devido a 
sua estética ou historicidade, pois é um exemplar único 
O que é Arte?
A arte é uma das melhores maneiras do ser 
humano expressar seus sentimentos e emo-
ções. Ela pode estar representada de diversas 
maneiras: por meio da pintura plástica, da 
escultura, do cinema, do teatro, da dança, da 
música, da arquitetura, dentre outros. A arte é 
o reflexo da cultura e da história dos diferen-
tes povos, considerando os valores estéticos 
da beleza, do equilíbrio e da harmonia.
Considerando o contexto atual de socieda-
de, podemos, ainda, dizer que a arte pode 
ser também definida como algo inerente ao 
ser humano, feito por artistas a partir de um 
senso estético, com o objetivo de despertar 
e estimular o interesse da consciência de um 
ou mais espectadores, além de causar algum 
efeito. Cada expressão artística possui seu 
significado único e diferente.
Fonte: História da Arte ([2017], on-line)1.
SAIBA MAIS
ou representativo de uma cultura, apresentando sécu-
los de idade ou valores que o identificam como um ob-
jeto que deve ser mantido como obra de arte.
Para o autor, ainda há muitos problemas em se de-
finir o que é arte e quais são os objetos representativos 
que devem ser colocados em museus. Isso se deve em 
função das diversas linhas de pensamento que discu-
tem e estudam a arte e sua história (COLI, 1995). 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
16 
No entanto, caro(a) aluno (a), a arte está relacionada 
a produção cotidiana de uma determinada socie-
dade, assim como templos, casas e palácios relacio-
nados a personalidades importantes e aos objetos 
construídos para contemplação, como por exemplo, 
os quadros. 
Além disso, Santos (2012) chama atenção, ainda, 
para a temporalidade. Muitos dos objetos que per-
meiam os museus têm séculos de história e represen-
tam a forma como viviam determinadas sociedades. 
Compreender o valor desses objetos, muitas vezes, é 
uma tarefa difícil, pois tendemos a olhar com estra-
nheza aquilo que não nos é familiar, ou seja, avalia-
mos a arte com os olhos do presente, sem procurar 
entender a importância dela para quem a produziu. 
Assim sendo, ao observar uma obra de arte ou 
mesmo durante a leitura deste livro, busque entender a 
arte como uma manifestação cultural de um determi-
nado período histórico e de uma civilização, compre-
endendo os valores estéticos e as regras que a orientam. 
Contudo, você deve estar se perguntando: como 
se deu o entendimento sobre a arte ou mesmo como 
se conhece a história e os objetos de arte produzidos 
por civilizações que desapareceram há milhares de 
anos? A resposta para essa pergunta não é simples, 
mas graças a permanência de resquícios de civiliza-
ções que permaneceram, mesmo com o passar do 
tempo, e ao trabalho de arqueólogos, antropólogos 
e historiadores é que foi possível entender a arte das 
diversas civilizações que habitaram a terra (SAN-
TOS, 2012). 
Os trabalhos de escavação de sítios arqueológi-
cos, catalogação e pesquisa dos mais variados artefa-
tos históricospermitem entender como viviam tais 
civilizações e como se expressavam culturalmente, 
produzindo arte. 
Graças aos estudos de diferentes pesquisadores, 
foi possível até mesmo compreender como viviam 
os povos pré-históricos, os ancestrais do homem, e 
como se deu o processo civilizatório. 
As primeiras manifestações artísticas se deram 
ainda na pré-história. Vou usar a expressar arte para 
me referir a produção de objetos, artefatos, arquite-
tura e outras formas de expressão humana que pos-
sibilitam contar nossa história e são representativos 
de uma determinada civilização. 
Veremos, a seguir, como se deu as expressões ar-
tísticas na Pré-História e, em seguida, na civilização 
mesopotâmica. 
PRÉ-HISTÓRIA 
De acordo com Santos (2005), a Pré-História marca 
o surgimento da civilização humana, onde não havia 
escrita e os objetos descobertos por escavações au-
xiliam a contar a história de como viviam os povos 
primitivos. 
Como a duração da pré-história foi muito longa, 
os historiadores a dividiram em três períodos: 
Paleolítico inferior (cerca de 500.000 a.C), Pa-
leolítico superior (30.000 a.C) e Neolítico (por 
volta de 10.000 a.C) (SANTOS, 2005, p. 11).
Devido a extensão desse período e ao objetivo do li-
vro que é estudar a História da Arte, vamos nos ater 
a dois períodos específicos ao Paleolítico superior e 
ao Neolítico, períodos que marcam os primeiros re-
gistros das manifestações artísticas do homem. 
De acordo com Santos (2012), as primeira mani-
festação artísticas referentes ao Paleolítico superior 
eram muitos simples. Sua maioria é encontrada em 
cavernas, pois, naquele momento, o homem ainda 
era nômade e habitava cavernas, locais que serviram 
de base para suas manifestações. 
 DESIGN 
 17
Inicialmente, os homens pré-históricos apenas 
faziam riscos nas paredes ou “mãos em negativo”, 
sendo que somente muito tempo depois começaram 
a pintar animais. Os desenhos feitos nas paredes das 
cavernas são conhecidos como pinturas rupestres e 
são as formas de expressão do homem pré-histórico 
(JANSON, H.; JANSON, A., 1996). 
O pó, que era a tinta utilizada na pintura de 
mãos em negativo, era obtido por meio da 
trituração de rochas com diversos pigmentos.
(Maria das Graças Vieira Proença dos Santos)
REFLITA
Figura 1 - Mãos em negativo
A técnica de mão em negativo consistia em colocar 
a mão sobre as paredes das cavernas e, em seguida, 
aplicar um pó colorido sobre as mãos e a parede, as-
sim, ao retirar as mãos, ficava a silhueta da mesma 
na parede. Observe um exemplo na Figura 1. 
Após dominar a técnica de mãos em negativo, 
iniciou-se o desenho com ilustrações de animais, 
sendo a principal característica desses desenhos o 
naturalismo, ou seja, se desenhava um animal de 
acordo com a visão que se tinha dele (JANSON, H.; 
JANSON, A., 1996). 
Em outras palavras, como afirmam Gombrich e 
Cabral (1999), as pinturas rupestres apresentam certo 
grau de complexidade com traços, linhas e cores que 
expressavam as características do animal, bem como 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
18 
a crença de que ao pintar um animal ferido duran-
te uma caçada, permitia que ele morresse com mais 
facilidade. Portanto, as pinturas também apresentam 
um aspecto mítico. O autor prossegue afirmando que:
A explicação mais provável para as pinturas 
rupestres ainda é a de que se trata das mais 
antigas relíquias da crença universal no poder 
produzido pelas imagens; dito em outras pa-
lavras, parece que esses caçadores primitivos 
imaginavam que, se fizessem uma imagem de 
sua presa- e até a espicaçassem com suas lanças 
e machados de pedra-, os animais verdadeiros 
também sucumbiriam ao seu poder (GOM-
BRICH; CABRAL, 1999, p. 42).
As pinturas rupestres apresentam particularidades 
referentes à construção do desenho. Santos (2005) 
afirma que os animais que representavam força e mo-
vimento eram carregados de traços que expressavam 
tais características, enquanto que para outros animais 
mais dóceis, os traços eram mais leves e revelavam 
fragilidade. Observe um exemplo na Figura 2.
Além da pintura, também havia trabalhos com a 
escultura, onde predominava a figura feminina, assim 
como na pintura rupestre. A escultura possuia forma 
rudimentar, com a cabeça surgindo como um prolon-
gamento do pescoço, seios volumosos, ventre saltado 
e grandes nádegas. Veja um exemplo na Figura 3.
Já no período seguinte, no Neolítico, por vol-
ta de 10.000 a.C, as manifestações de arte mudam 
significativamente, primeiramente devido ao fato 
que o homem aprende a construir instrumento 
com pedra polida, mas principalmente devido ao 
desenvolvimento da agricultura e da domesticação 
de animais, o que possibilitou ao homem aban-
donar a vida nômade e se fixar em um território, 
dando início às primeiras civilizações primitivas 
(JANSON, H.; JANSON, A., 1996). 
Figura 4 - Pintura rupestre do Neolítico 
Figura 2 - Pintura rupestre
Figura 3 - Reprodução da Vênus de Willendorf 
 DESIGN 
 19
A partir de então, o homem aprendeu a tecer a 
palha, construir cerâmica e moradias, assim como 
aprendeu a produzir o fogo. Todas essas transforma-
ções são conhecidas como Revolução Neolítica, pois 
modificou a forma de viver do homem primitivo 
(SANTOS, 2012). 
Todas essas transformações também modifica-
ram o estilo da arte, que deixou de ser naturalista 
para se tornar simplificado e geometrizado. Inicia-se 
aqui um processo de interpretação da imagem, onde 
as figuras sugerem animais e seres humanos (STRI-
CKLAND; BOSWELL, 2014). Observe a Figura 4.
Além de representar animais, iniciou-se uma 
nova temática, a vida cotidiana, sendo representa-
da por danças, colheitas e demais atividades. Com 
a preocupação de criar movimento nas pinturas, a 
forma de desenho das figuras foi se solidificando, se 
simplificando, com traços leves e fluidos e pouca cor. 
A partir de então, surgiu o primeiro sistema de es-
crita baseado em figuras: a escrita pictográfica, que 
consiste em representar seres e ideias por meio do 
desenho (SANTOS, 2005). 
Além da pintura, a cerâmica também se desenvol-
veu, havendo um forte senso estético, o objeto além 
de funcional também deveria ser belo. A utilização do 
metal também se mostrou presente em esculturas que 
representavam mulheres e guerreiros. A construção 
de moradias também se tornou comum. Os Nuragues 
eram edificações em pedra em forma de cone sem a 
utilização de argamassa que servia como moradia 
(JANSON, H.; JANSON, A., 1996).
MESOPOTÂMIA
A Figura 5 traz um exemplo da arte de baixo relevo 
dos povos mesopotâmicos. Essa arte expressa, nor-
malmente, grandes autoridades ou fatos marcantes, 
Figura 5 - Baixo relevo da mesopotâmia
como guerras. Este é mais um exemplo das antigui-
dades da arte que foram descobertas por antropólo-
gos e que nos ajudam a entender um pouco sobre a 
história desse povo. 
As descobertas que ocorreram na pré-histó-
ria, como o controle sobre o fogo, a agricultura 
e a domesticação de animais, levou o homem a 
viver em comunidade, o que deu origem às pri-
meiras civilizações. Dentre essas civilizações des-
taca-se a Mesopotâmia (GOMBRICH; CABRAL, 
1999). 
A civilização mesopotâmica se desenvolveu 
por volta do século VI a.C, mesmo período histó-
rico em que desenvolvia o Egito. Localizada entre 
dois rios, Tigre e Eufrates, território hoje corres-
pondente ao Iraque e proximidades, essa civiliza-
ção foi povoada por diferentes povos, tais como: 
sumérios, assírios, babilônicos e persas (STRI-
CKLAND; BOSWELL, 2014). 
A arte se desenvolveu de forma específica em 
cada um desses povos, contudo, há que se destacar 
algumas características para escrita, arquitetura, 
música, dentre outros elementos de manifestações 
que ocorreram nessa região. Vejamos cada uma de-
las a seguir. 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN20 
Figura 6 - Escrita cuneiforme 
vimento da arquitetura e mesmo da urbanização. 
Gombrich e Cabral (1999) afirmam que os povos da 
Mesopotâmia foram os primeiros urbanistas, pois 
suas cidades eram organizadas e estruturadas. 
Devido a escassez de pedras, utilizavam-se tijolos 
para a construção de templos e palácios caracteriza-
dos pelo luxo e grandiosidades no espaço e formato. 
Os zigurates eram templos de base retangular, com vá-
rios andares, e se destacaram na arquitetura. Contudo, 
foram os jardins suspensos dos babilônios que cha-
mavam a atenção, pois os palácios eram construídos 
possuindo vários andares, e em cada uma deles 
havia imensos jardins (STRICKLAND; 
BOSWELL, 2014). Observe, nas 
imagens a seguir, o zigurate e o 
jardins suspensos. 
Já a escultura e pin-
tura se destacavam como 
elementos decorativos. Na 
escultura, se usava a técnica 
do baixo relevo, onde o traba-
lho era desenvolvido sobre paredes 
ou murais. As cenas retratadas 
representavam criaturas míticas 
ou então cenas de batalhas e seus 
heróis. A pintura mural era um 
complemento da escultura, nor-
malmente feita com cores vivas 
e brilhantes, sendo utilizadas 
largamente em paredes e 
murais (GOMBRICH; CA-
BRAL, 1999). Veja o exem-
plo na figura que se segue. 
A música, o canto e a 
dança possuem valores mí-
tico-religiosos, ou seja, estão 
A escrita que se desenvolveu na Mesopotâmia é 
chamada de cuneiforme, foi desenvolvida pelos su-
mérios e utilizada por outros povos. A característica 
principal dessa escrita é que cada imagem significava 
uma ideia, e a mesma estava ligada a fins de registros 
religiosos e políticos. Essa escrita recebeu o nome de 
cuneiforme devido a presença de cunhas feitas em pla-
cas de argila, o que proporcionou a construção da es-
crita, visto que ainda não havia o papel (GOMBRICH; 
CABRAL, 1999). Observe um exemplo na Figura 6.
Além da escrita, houve um intenso desenvol-
 DESIGN 
 21
Figura 7 - Zigurate e jardins suspensos nos palácios 
ligados às crenças voltadas a religião, mitos e lendas de 
cada povo que viveu nas terras entre os rios Tigre e Eu-
frates (GOMBRICH; CABRAL, 1999).
Outro elemento a ser destacado se refere a cerâmica 
que era feita de argila, assim como tijolos esmaltados 
utilizados na construção como elementos decorativos. 
No que se refere a ourivesaria, houve destaque para a 
produção de estátuas de cobre e ouro, assim como jóias 
tais como: colares, braceletes e brincos, destacando-se 
também utensílios domésticos produzidos em metais 
finos, como afirma Gombrich (1999). 
Além dos mesopotâmicos, muitas outras civili-
zações foram se desenvolvendo nesse período, como 
o Egito, que veremos a seguir. 
Figura 8 - Escultura e pintura em baixo relevo 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
22 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
A Arte Egípcia 
O Egito se desenvolveu às margens do rio Nilo. 
Inicialmente, as tribos nômades se fi xaram às 
margens do rio para obtenção de água e aprende-
ram a agricultura, que se mostrou bastante van-
tajosa devido às cheias do rio que inundava as 
terras das margens e as fertilizava, deixando uma 
grande quantidade de húmus quando a água re-
tornava ao seu volume original (STRICKLAND; 
BOSWELL, 2014). 
Janson H. e Janson A. (1996) ressaltam que a so-
ciedade egípcia iniciou-se como império por volta de 
3.000 a.C, quando houve a unifi cação do alto e do bai-
xo Egito por meio do Faraó Menés, que deu origem a 
primeira das 30 dinastias que reinaram no Egito. 
A cultura, assim como o próprio império e sua 
política, é fortemente infl uenciada pela religião. O 
Faraó é considerado chefe político e religioso, re-
presentante de deus entre os homens. Assim sendo, 
toda a produção cultural e social desse povo está 
atrelada às crenças religiosas (SANTOS, 2005). 
Havia uma grande preocupação com a vida ter-
rena, a qual não só era garantida por meio de diver-
sos rituais e oferendas, mas também com a passagem 
para a morte e a vida após a morte, a qual exigia uma 
morada para a alma e o corpo após a morte, assim 
como a conservação do corpo para que se pudes-
se retornar a vida após o julgamento de Osíris, deus 
responsável por julgar os mortos (SANTOS, 2012). 
 DESIGN 
 23
Devido a essas crenças, muitos conhecimentos fo-
ram desenvolvidos de forma avançada no Egito, como 
a medicina e o embalsamamento para a conservação 
do corpo; a arquitetura por meio de grandes monu-
mentos; e grandes obras de engenharia, como canais 
de irrigação e palácios. A arte, assim como a forma de 
se viver no Egito, também se voltava à religião. 
O conhecimento que se tem da cultura e da for-
ma de vida dos egípcios se deve ao fato de que eles 
desenvolveram um sistema de escrita organizado. 
A escrita hieroglífi ca era formada pela combinação 
dos hieróglifos - são pequenas fi guras que possuíam 
signifi cado próprio e que, agrupadas, proporciona-
vam a construção da escrita, como afi rma Janson H. 
e Janson A. (1996). Veja um exemplo na Figura 9. 
Os egípcios deixaram registros detalhados de 
sua forma de vida, organização social e crenças por 
meio de sua escrita, o que nos possibilita entender 
como viviam. 
Além da escrita, também desenvolveram a ar-
quitetura por meio de monumentos mortuários, 
como as pirâmides do egito, que são os túmulos que 
deveriam abrigar o corpo e a alma do Faraó após a 
morte. As pirâmides se desenvolveram de diferentes 
formas ao longo da história do Egito, assim como a 
arte. Com mais de 3 mil anos de história, dividiu-se a 
história do Egito em Antigo Império (2.700 — 2200 
a.C.), Médio Império (2.033 — 1.710 a.C.) e Novo 
Império (1559 — 1.069 a.C.) (SANTOS, 2005). 
No Antigo Império, iniciou-se a construção das 
pirâmides. É nesse momento que se iniciam as cons-
truções monumentais, a primeira delas foi a pirâ-
mide de Djoser, construída pelo arquiteto Imotep, 
sendo a primeira das obras de grandes proporções 
Figura 9 - Escrita egípcia por meio de hieróglifos
Figura 10 - Pirâmide de Djoser
do Egito, como afi rma Santos (2005). Observe um 
exemplo dessa pirâmide na Figura 10.
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
24 
Figura 11 - Pirâmides do Egito
Além da pirâmide, que era o túmulo do Faraó, todo o 
seu interior era preparado para a nova vida do sobera-
no, a fim de garantir que fosse julgado de forma corre-
ta. Sendo assim, o interior da pirâmide era preparado 
para a nova vida. No interior desses monumentos, a 
vida do faraó deveria ser contada e todos os seus feitos 
narrados, para tanto, os escritos eram feitos nas diver-
sas paredes das câmaras que compunham a pirâmide. 
Além disso, havia também a presença da pintura e de 
baixos relevos para ornamentar e enfatizar os feitos do 
soberano (GOMBRICH; CABRAL, 1999). 
Após experimentos e anos de prática, os egíp-
cios mudaram o formato da pirâmide, adaptando 
o modelo de Imotep e construindo as pirâmides de 
Quéops, Quéfren e Miquerinos. Ademais, entre as 
grandes obras também se destacou a Esfinge, que re-
presenta o faraó Quéfren. Contudo, devido ao tem-
po, acabou mudando sua aparência para uma figura 
enigmática como destaca Santos (2005).
Santos (2005) ressalta que a pintura e o baixo re-
levo seguiam a lei da frontalidade, obrigatória na 
arte egípcia. “Essa lei determinava que o tronco da 
pessoa fosse representado sempre de frente, enquan-
to sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de 
perfil” (SANTOS, 2005, p. 19). 
Figura 12 - Pintura de baixo relevo seguindo a lei da frontalidade 
A pintura e mesmo a escultura em baixo re-
levo representavam muitas vezes a figura do 
Faraó perante Osíris, o deus responsável por 
julgar os mortos. Esses dois elementos artís-
ticos eram muito usados na decoração de 
interiores em composições com a escrita para 
registrar os grandes feitos do faraó.(Maria das Graças Vieira Proença dos Santos)
REFLITA
 DESIGN 
 25
A intenção dessa forma de pintura era que o ob-
servador entendesse imediatamente que se tratava 
de uma mera representação. Observe um exemplo 
na Figura 12. 
Em se tratando da escultura, cabe ressaltar ain-
da que havia uma grande preocupação em repre-
sentar os indivíduos em seus mínimos detalhes, 
desde a fisionomia do rosto ao formato do corpo. 
De acordo com Santos (2005), a escultura foi a ma-
nifestação artística que possuiu maior representa-
tividade, pois ganhou as mais belas representações 
do Antigo Império. 
O Médio Império trouxe pouca representativi-
dade a arte, continuou com a pintura e escultura em 
baixo relevo; no entanto, a escultura tradicional mu-
dou drasticamente, pois nesse período havia uma 
preocupação em representar um ideal e não mais o 
indivíduo em sua aparência real. Assim, a escultura 
tornou-se apenas decorativa e apresenta os sobera-
nos e deuses com uma aparência eleita como perfei-
ta (JANSON, H.; JANSON, A., 1996). 
Os autores prossegue afirmando que o Novo Im-
pério trouxe grandes transformações a arte, princi-
palmente no que se refere a construção de grandes 
monumentos e as modificações na estrutura da pin-
tura (JANSON, H.; JANSON, A., 1996). 
Gombrich e Cabral (1999) destacam que os Fa-
raós diminuíram o poder dos sacerdotes, o que pos-
sibilitou rever alguns padrões estéticos, como ocorre 
no caso da pintura, onde se ousou representar mo-
vimento e figuras mais elaboradas; contudo, devido 
às disputas de poder e retomada do poder por parte 
dos sacerdotes, fez com que a pintura voltasse a lei da 
frontalidade. 
Os autores destacam, ainda, o desenvolvimen-
to de objetos fúnebres, objetos que eram colocados 
na câmara do faraó, tais como urnas, vasos, mobília, 
jóias, carroças, dentre outros objetos. Destaca-se en-
tre esses objetos o sarcófago, uma urna mortuária que 
guardava o corpo mumificado do faraó (GOMBRI-
CH; CABRAL, 1999). Observe um exemplo de sarcó-
fago na Figura 13. 
Os egípcios dominaram o trabalho com metais 
e pedras preciosas, assim uma grande parte dos 
objetos, inclusive o sarcófago, eram feitos de outro 
maciço e adornados com pedras preciosas (SAN-
TOS, 2012). 
Contudo, apesar dessa vasta riqueza, assim 
como qualquer império, o Egito teve suas crises e 
passou por diversas invasões, o que provocou mu-
danças significativas em sua cultura e arte, modifi-
cando o estilo de vida desse povo. O império entrou 
em decadência após ser invadido por diversos po-
vos, como gregos e romanos. 
A arte egípcia retrata uma forma de pensar 
e viver onde a religião e as crenças estão 
intimamente ligadas à vida cotidiana e que 
permanece até a atualidade. 
REFLITA
Figura 13 - Sarcófago 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
26 
Creta e Grécia 
Assim como se desenvolveu o Egito às margens do 
rio Nilo, muitas outras civilizações se desenvolve-
ram e se destacaram, deixando vestígios que nos 
permitem entender sua história. Uma das civiliza-
ções que se desenvolveu no que seria hoje atuais 
ilhas gregas, foi a civilização de Creta, ou civilização 
Minóica (SANTOS, 2012). 
Janson H. e Janson A. (1996) apontam que essa ci-
vilização apresenta uma história bem peculiar. Pouco se 
sabe ainda sobre seu estilo de vida e cultura, pois sua es-
crita ainda não foi decifrada. Além disso, Santos (2005) 
destaca que são poucos os resquícios de monumentos e 
objetos produzidos por tal cultura que permaneceu, já 
que seus monumentos eram, em sua maioria, feitos de 
tijolos de barro, não resistindo à passagem do tempo. 
Essa civilização existiu por volta de 2.600 a 1.460 
a.C, sendo extinta devido às invasões de outros po-
vos. No que se refere à arquitetura, ela era bastante 
complexa para a época, sendo o Palácio de Cnossos 
seu maior exemplar. 
Cnossos destaca-se como sítio arqueológico 
mais importante de Creta. As escavações reali-
zadas entre 1900 e 1935 por sir Arthur Evans 
na região, revelam afrescos, belos e delicados 
recipientes pintados e estatuetas de mármore e 
fiança. Todas essas descobertas proporcionaram 
informações importantes sobre a indumentária 
e a Arte cretense (COSGRAVE, 2012, p. 33).
Observe, caro(a) aluno(a), o palácio de Cnossos na 
Figura 14.
 DESIGN 
 27
A arquitetura do palácio apresenta características 
importantes; a primeira delas se refere à organiza-
ção do espaço com salas que levam a imensos pátios, 
proporcionando luminosidades e ambientes abertos 
para descanso e jardins. Outro aspecto relevante é 
que o mesmo possuía, no mínimo, dois andares; es-
tima-se que fossem três ou quadro, o que pressupu-
nha distribuir colunas e escadas de forma adequada 
para dar sustentação ao prédio. 
Para Janson H. e Janson A. (1996), o palácio é 
um exemplar elaborado da arquitetura que também 
expressa a arte decorativa, muito utilizada, especial-
mente, em murais.
A pintura era empregada como decoração em 
grandes afrescos e murais decorativos. Os temas 
mais comuns envolvem atividades cotidianas e mes-
mo a vida marinha, visto que Creta era uma ilha. 
Observe alguns exemplos na Figura 15:
Figura 14 - Palácio de Cnossos 
Figura 15 - Murais decorativos do Palácio de Cnossos 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
28 
A pintura seguia alguns padrões. Ela tinha influên-
cia egípcia, pois aplicava alguns dos princípios da lei 
da frontalidade, a diferença aqui é que havia mais 
dinamicidade e cor nos afrescos. As cores mais uti-
lizadas eram o vermelho, azul e branco, assim como 
tons de ocre, azul e marrom (SANTOS, 2005). 
Além da pintura havia um intenso trabalho com 
metais e cerâmica. E, em termos de metais, havia 
larga fabricação de joias e pequenos adereços, assim 
como pequenas estátuas de bronze e ferro (COS-
GRAVE, 2012). Já a escultura se desenvolveu em pe-
quenos exemplares decorativos, e havia uma grande 
representação de mulheres. Essa civilização ainda é 
um mistério, mas podemos observar seu desenvolvi-
mento pelos afrescos e pintura. 
A Grécia, assim como o Egito, é uma civilização 
que deixou muitos vestígios para estudos e desen-
volveu-se de forma bastante ampla nas artes, princi-
palmente na escultura e na arquitetura. 
A Grécia possuía abundância e variedade de 
materiais para utilização em diversas áreas, 
como a arquitetura e escultura. Dentre esses 
materiais destacam-se a madeira, as pedras 
calcárias e o mármore. 
O mármore foi um dos materiais mais utili-
zados, sendo empregado em grandes cons-
truções públicas e templos, assim como em 
decoração de interiores. Contudo, é na escul-
tura grega que esse material possibilitou a 
elaboração de estátuas detalhadas em termos 
de anatomia e vestuário, visto que possibilita-
va entalhar com detalhes rugas, expressões 
faciais, dobras de roupas e tecidos. 
Fonte: Gombrich (1999).
SAIBA MAIS
Dentre os povos da Antiguidade, os gregos foram os 
que mais tiveram liberdade artística, não se subme-
tendo a sacerdotes ou reis autoritários, mas sim prio-
rizado a criação e a valorização da estética, buscan-
do sempre produzir o belo (SANTOS, 2005). 
A civilização grega se desenvolveu por volta do 
século XII a.C, quando os diversos povos que viviam 
na região começaram a intensificar o comércio entre 
si e fortalecer suas fronteiras formando as cidades 
estados ou as Pólis. Contudo, é somente a partir do 
século VII a.C que essas cidades se fortalecem e, 
devido ao comércio com outros povos, acabam por 
incorporar certas influências e adaptá-las à sua cul-
tura, nascendo assim uma identidade cultural entre 
as cidades, formando a civilização grega (SANTOS, 
2012). 
A arte grega passou por três momentos distintos: 
Período Arcaico (800 a 500 a.C), Período Clássico 
(500 a 336 a.C) e Período Helenístico (336 a 146 a.C). 
Janson H. e Janson A. (1996) afirmamque cada um 
desses períodos apresenta características marcantes 
em termos de desenvolvimento artístico. Vejamos 
cada um deles. 
No Período Clássico (500 a 336 a.C) se desta-
ca a arquitetura e a escultura e também a pintura. 
No que se refere à arquitetura, cabe destacar que os 
gregos tinham uma preocupação maior com obras 
monumentais dedicadas aos deuses ou ao estado, 
ficando as moradias em segundo plano (GOMBRI-
CH, 1999). 
A base das construções gregas se dá por meio 
das colunas, que é o suporte para qualquer tipo de 
construção. As colunas são compostas por três par-
tes: base, fuste e capitel. 
• Base: o suporte da coluna, uma espécie de 
pedestal entre o piso do edifício e o fuste. 
 DESIGN 
 29
• Fuste: o corpo alongado vertical da coluna, 
que determina a altura da construção. Ge-
ralmente, tem a forma cilíndrica. 
• Capitel: é a parte superior da coluna, cuja ca-
racterística decorativa é a mais evidente nas 
ordens gregas (TRINDADE, 2007, p. 37).
As colunas não servem apenas como sustentação, 
mas também como elementos decorativos, princi-
palmente por meio do modelo do capitel que pode 
ser no estilo Dórico, Jônico e Coríntio. Veja como 
Trindade (2007) descreve cada uma delas e observe 
o exemplo na figura seguinte: 
• Ordem Dórica: simples e maciça.
• Ordem Jônica: mais detalhada e com mais 
leveza.
• Ordem Coríntia: carregada de detalhes, mais 
ornamentada e detalhada do que a Jônica.
Figura 16 - Estilos das colunas gregas, Dórico, Jônico e Conríntio.
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
30 
Figura 17 - Polímedes de Argos — Os irmãos Cleóbis e Biton (c.615-590 a.C.)
Fonte: Wikipédia (2015, on-line)2.
A principal manifestação arquitetônica desse perío-
do foram os templos, construídos não somente como 
locais para adoração aos deuses, mas sim como local 
de proteção as estátuas dos deuses (SANTOS, 2005). 
O grande destaque da arquitetura desse momen-
to vai para o tempo de Héraion de Olímpia, dedi-
cado a deusa Hera, como afirma Trindade (2007). 
Os templos também apresentavam ornamentação e 
culturas ainda bastante primitivas.
As esculturas do período arcaico têm uma forte 
influência egípcia, são bastante rígidas e apresentam 
a lei da frontalidade assim como uma preocupação 
exagerada com as simetria, o que tornava a escultura 
rígida e sem movimento. Esse tipo de escultura era 
chamado de Kouros, que significava homem jovem. 
Observe o exemplo na Figura 17.
No que se refere à pintura, nada restou dos pai-
néis e murais presentes em tempos. A cerâmica é 
que nos oferece uma grande quantidade de exempla-
res da pintura no período arcaico. As temáticas que 
aparecem se referem a cenas cotidianas, mitologia e 
lendas, como afirma Janson H. e Janson A. (1996). 
Nesse período, as cores da cerâmica eram aper-
feiçoadas de forma que as figuras fossem trabalhadas 
com tinta preta e detalhadas com uma ferramenta 
que retirava a cor, proporcionando maiores detalhes 
aos exemplares e movimento (SANTOS, 2012). 
O período arcaico apenas marca o ínicio da arte 
na Grécia. É no Período Clássico (500 a 336 a.C) 
que a arte grega floresce, expandindo-se e ganhando 
maior apelo estético, principalmente na escultura, 
como destaca Trindade (2007). 
A arquitetura do Período Clássico mostra-se monu-
mental. O maior exemplo desse período é o Parthenon, 
templo dedicado a deusa Atena, protetora da Cidade de 
Atena. A estrutura do templo foi pensada de forma a dar 
estabilidade e proporcionar amplitude. Havia uma preo-
cupação muito grande com a estética, o que proporcio-
nou o surgimento e utilização da coluna no estilo Corín-
tio, largamente utilizada por ser mais decorada. Observe 
o templo da deusa Atena na Figura 18.
Além dos templos, muitos teatros foram cons-
truídos. Nesse período, o teatro era composto “por 
3 partes: uma cena, a orquestra (espaço circular ou 
semicircular central, onde ficava o coro) e um semi-
círculo de degraus onde ficava a platéia” (TRINDA-
DE, 2007, p. 40). 
Os gregos apreciavam a música, a dança e 
também a encenação, que se dava em espaços pú-
blicos dedicados a essas atividades, os teatros. De-
 DESIGN 
 31
Figura 18 - Parthenon 
senvolveu-se, na Grécia, os gêneros de comédia e 
tragédia. 
Ainda nesse período, a arquitetura era voltada 
para obras públicas e monumentais que passaram 
a receber ornamentos cada vez mais sofisticados, 
como as esculturas. 
A escultura e a pintura, como afirma Janson H. e 
Janson A. (1996), eram antropocêntricas, ou seja, o 
O teatro tem sua origem na Grécia Antiga, 
tendo como destaque, principalmente, os 
gêneros de tragédia e comédia. 
REFLITA
homem era o centro da representação, havendo uma 
preocupação muito grande com a perfeição estética 
na construção da pintura e também da escultura.
É nesse período que a escultura se desenvolve 
buscando movimento, leveza e estética, assim os ar-
tistas estudam a forma do corpo, posições, músculos 
e materiais que possibilitem compor as novas estátu-
as. Inicialmente, o material utilizado era o mármore, 
contudo, devido a sua fragilidade, em muitos casos 
era substituído pelo bronze (SANTOS, 2005). 
Nesse período, a preocupação era que a escul-
tura apresentasse movimento e perfeição estética. 
A obra deveria ser bela de todos os ângulos, sendo 
as estátuas, exemplificadas na Figura 19, os maiores 
exemplares desse período. 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
32 
Figura 19 - Poseidon e Discóbolo em mármore
Fonte: Trindade (2007, p. 41).
Na pintura, houve inversão nas cores, pois antes 
elas eram representadas em preto e, nesse período, 
passaram a ser representadas em tons claros, crian-
do maior contraste cromático e movimento. Obser-
ve a diferença na Figura 20.
Ao inverter as cores proporciona-se maior har-
monia e movimento, assim como leveza ao trabalho 
de pintura em cerâmicas. 
O período Helenístico (336 a 146 a.C) marca 
uma fase onde as culturas grega e oriental se fun-
diram, dando origem ao mundo Helenístico sob 
domínio de Alexandre, O Grande, que conquistou 
muitas terras e disseminou a cultura grega que aca-
bou por ser influenciada por outros elementos cul-
turais também (TRINDADE, 2007).
Esse é o momento em que o escultor tem maior 
liberdade de expressão e veremos a temática feminina 
entrando com força na escultura. Mulheres seminuas 
ou nuas aparecem com frequência; além disso, a dra-
maticidade é incorporada à escultura (SANTOS, 2012). 
Em se tratando da escultura, a intenção era 
proporcionar ao observador inquietação, seja pela 
 DESIGN 
 33
beleza ou pela dramaticidade da obra. A expressão 
corporal e mesmo facial era trabalhada em detalhes 
para expressar vida e provocar emoções. 
Os maiores exemplares desse período foram Vênus 
de Milo e Vitória (Nike) de Samotrácia. A primeira re-
presenta a deusa Vênus seminua, com corpo delineado 
apresentando sensualidade. A segunda é uma estátua 
que representa a vitória de uma batalha militar; a es-
tátua foi colocada na proa de um navio. Essa obra traz 
movimento devido as asas simbolizando a vitória e ao 
drapeado, que parece se esvoaçar com o vento. 
No que se refere à escultura, ela se volta para 
a moradia, que passa a ganhar atenção com co-
lunas, murais e ambientes suntuosos. Os teatros 
também se modificam, aproximando mais o pú-
blico dos atores. 
Após esse período, a cultura grega começa a en-
trar em decadência devido às invasões e influências 
de outros povos. Contudo, ela influenciou profun-
damente outra civilização, Roma, que aprimorou 
muito do que se desenvolveu na Grécia. 
Figura 20 - Pintura no estilo arcaico e pintura no estilo clássico 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
34 
A Arte Romana
A formação de Roma envolve uma série de lendas e 
mitos sobre dois irmãos alimentados por uma loba, 
contudo, apesardesses mitos, se sabe que essa civi-
lização teve origem por volta dos anos de 700 a.C e 
sofreu fortes influências dos etruscos e gregos que 
habitavam a região da Itália, dando origem aos ro-
manos (SANTOS, 2005). 
Gombrich e Cabral (1999) ressaltam que os ro-
manos construíram sua cultura com bases etruscas 
e gregas para, então desenvolver um estilo próprio. 
Janson H. e Janson A. (1996) destacam que, devido 
a essas influências, a arquitetura romana desenvol-
veu-se de forma distinta e promoveu inovações no 
mundo antigo. 
Em se tratando da arquitetura, dos etruscos, os 
romanos aprenderam a projetar a abóbada, compos-
ta por várias pedras, formando um espaço côncavo, 
onde as pedras se apoiavam umas sobre as outras, 
dispensando o uso exagerado de colunas como fa-
ziam os gregos (SANTOS, 2012).
A autora prossegue afirmando que dos gregos 
os romanos utilizaram as colunas, não apenas como 
sustentação, mas como elementos decorativo que 
compunham a estrutura de templos e prédios públi-
cos (SANTOS, 2012).
Devido a essas duas influências, a arquitetura ro-
mana tornou-se mais ampla, com grandes espaços 
internos, que possibilitam a circulação de pessoas e 
 DESIGN 
 35
proporcionam a sensação de amplidão. O referido 
autor destaca que por volta do século I d.C, os roma-
nos possuíam um estilo próprio. 
No que se refere a construção de templo, os ro-
manos valorizavam o espaço interno por meio das 
abóbadas e apreciavam também as colunas que eram 
utilizadas nas fachadas frontais e mesmo como ele-
mentos decorativo na parte interna, sem a função de 
sustentação. 
Além disso, Trindade (2007) destaca que os 
templos eram construídos em planos mais elevados, 
sendo acessados por meio de escadarias que davam 
acesso a uma fachada frontal, bem diferente das la-
terais do templo, aspecto bem divergente dos gregos. 
O maior exemplo desse tipo de arquitetura é o tem-
plo chamado de Panteão, projetado para reunir uma 
grande variedade de deuses, possibilitando que uma 
quantidade opulenta da população pudesse se reu-
nir para o culto. Observe esse templo na Figura 21. 
Os romanos também desenvolveram diferentes 
aspectos na arquitetura do teatro. Muito apreciado-
res de diversos espetáculos, assim como as lutas en-
tre gladiadores, os romanos desenvolveram diversos 
teatros e anfiteatros. Ao dominar a arquitetura base-
ada em arcos, os romanos aprenderam a distribuir o 
peso e dar maior sustentação à construção, podendo 
fazê-la em qualquer espaço com proporções gigan-
tescas (TRINDADE, 2007).
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
36 
Figura 21 - Panteão 
Posteriormente, na Era Cristã, o Panteão foi 
adaptado a religião católica, sendo um dos 
únicos templos pagãos que hoje é ocupado 
por uma igreja cristã. 
Toda a estrutura externa e interna do templo 
se manteve; as colunas decoradas, o frontão 
e o espaço aberto na parte da frente também. 
O monumento se manteve e é considerado 
patrimônio cultural.
Embora o templo traga uma influência não 
cristã, sua adaptação a religião católica o fez 
permanecer. 
Fonte: Santos (2005).
SAIBA MAIS
Por apreciar as lutas entre gladiadores, que podia 
ser vista de todos os ângulos, os romanos construí-
am um novo estilo de arquitetura para o espetáculo, 
com uma arena central oval e as arquibancadas dis-
tribuídas ao redor da arena. O maior exemplar desse 
tipo de arquitetura é o Coliseu. 
Além do anfiteatros e templos, outro elemento 
que tinha fundamental importância para os roma-
nos eram as moradias. Santos (2012) destaca que os 
romanos possuíam uma estrutura rígida e formal 
para as casas, que consistia em um retângulo no qual 
a entrada se dava por uma das partes menores, onde 
havia uma sala principal, o átrio. Nessa sala havia 
um espaço aberto no teto e um tanque para coletar 
água da chuva no chão, bem embaixo do espaço do 
teto. Esse espaço aberto possibilitava a entrada de ar 
e luz no ambiente. 
Figura 22 - Vista interna do Coliseu 
 DESIGN 
 37
Os estádios de futebol foram inspirados no 
Coliseu graças a sua estrutura.
Devido a sua distribuição de espaço, o Coli-
seu serviu de inspiração para a construção 
dos estádios de futebol dos dias atuais. 
REFLITA
A partir dessa entrada, o átrio se seguia para o 
cômodo principal da casa e para dos demais cômo-
dos. Os cômodos eram bem organizados, contu-
do, os romanos apreciavam o peristilo, um espaço 
aberto rodeado por colunas que foi incorporado aos 
fundos das casas romanas, dando acesso a outros 
cômodos. Observa-se, portanto, que os romanos 
incorporaram elementos de diferentes culturas à ar-
quitetura, adaptando-os às suas necessidades.
A pintura que se desenvolveu em Roma é bas-
tante particular, estando muito ligada a decoração 
de interiores e é classificada em quatro estilos, como 
afirma Santos (2005). 
O primeiro deles não se refere especificamente à 
pintura, mas sim a recobrir as paredes de uma sala 
com gesso imitando mármore; contudo, mais tarde, 
o gesso foi dispensado, pois os pintores perceberam 
que apenas a pintura poderia imitar o mármore, sem 
a necessidade do gesso (SANTOS, 2005). 
O segundo estilo se refere à possibilidade de 
criar painéis que davam a ilusão de janelas abertas 
com paisagens cotidianas, ou seja, por meio do estu-
do de profundidade e iluminação, criava-se ilusões 
de portas e janelas com diversas paisagens ou faziam 
grandes pinturas murais, acrescentando barrados 
próximos ao piso e ao teto e montavam cenas deco-
rativas em toda a parede (SANTOS, 2005). 
Santos (2005) afirma que o terceiro estilo valo-
rizava a delicadeza com pequenos detalhes; assim, 
as grandes pinturas murais foram aos poucos aban-
donadas, isso por volta do século I a.C. Já o quarto 
estilo é a junção da ilusão do espaço buscando am-
plitude e da delicadeza do terceiro estilo. Nesse esti-
lo, pequenos painéis eram distribuídos nas paredes, 
proporcionando harmonia e delicadeza. 
Figura 23 - Escultura do Imperador Augusto
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
38 
desenvolveu muito como elemento decorativo de pai-
néis e paredes, ou seja, a escultura mural, como afirmam 
Gombrich e Cabral (1999). A escultura mural relatava 
grandes feitos de generais, imperadores e batalhas. Esse 
tipo de escultura era comum em palácios, templo, obras 
públicas e mesmo no interior de algumas casas. 
As esculturas romanas eram muito detalhadas 
e expressivas, assim como sua arquitetura. Após o 
século I d.C., Roma começou a sofrer invasões cons-
tantes e, por volta do século V, foi completamente 
invadida pelos povos bárbaros, marcando a queda 
do império e o início da Idade Média.
Caro(a) aluno(a), espero que tenha apreciado a 
leitura referente ao início da arte e como ela se de-
senvolveu nas civilizações antigas. Até breve. 
No que se refere à escultura, os romanos eram 
grandes admiradores da escultura grega e aprende-
ram muito ao observar e estudar tal estilo; contudo, 
os romanos apresentavam uma preocupação mais 
realista, ou seja, buscavam retratar os indivíduos 
com todos o seus traços, inclusive imperfeições, bem 
diferente do ideal de beleza grega (SANTOS, 2012). 
Portanto, as estátuas romanas apresentam-se 
de forma a colocar os traços étnicos no indivíduo, 
de acordo com suas imperfeições; o mesmo se valia 
para o vestuário, que expressava movimento e acom-
panhava o corpo. As poses buscavam imponência e 
respeito, retratando perfeitamente a anatomia do 
corpo, como afirma Santos (2005). 
Além das estátuas, a escultura romana também se 
Figura 24 - Escultura mural 
 39
considerações finais
Caro(a) aluno(a), entender o que é arte e como ela se manifesta não é algo simples. Lem-
bre-se que a arte está relacionada aos objetos que o ser humano produz e que são represen-
tativos de uma determinada cultura, seja pelo seu valorhistórico ou pela raridade. 
Portanto, podemos entender que, em sua maioria, a produção humana está ligada à 
arte. Desde a Pré-História até os dias atuais, o homem produz objetos para contar sua 
história, seja com utensílios ou para simples contemplação; são esses objetos que nos per-
mitem entender como viviam os povos da Antiguidade.
A arte da Pré-História estava mais associada às pinturas rupestres; no entanto, com 
o desenvolvimento das civilizações, a arte se desenvolveu de forma diferenciada em cada 
uma delas. 
As civilizações que se desenvolveram à margem dos rios Tigre e Eufrates deram origem 
a Mesopotâmia, que trouxeram elementos importantes para a urbanização, assim como 
jardins suspensos. 
Os egípcios, por exemplo, têm em sua arte uma forte influência religiosa voltada para 
a vida após a morte. O conhecimento dessa cultura se deu devido ao sistema de escrita 
detalhado, que possibilitou entender como viviam. 
Já os gregos se inspiraram nos egípcios, mas aprimoraram a arte se desenvolvendo 
muito na escultura e arquitetura. Na escultura, usaram as colunas como suporte para seus 
templos, assim como elementos decorativos, havendo uma proporção com a naturalidade 
da obra, assim como a estética. 
Os romanos tiveram influência grega e também etrusca e inovaram na arquitetura por 
meio dos arcos e abóbadas, criando o Panteão e o Coliseu. Na escultura, se preocuparam 
com a expressão da realidade, retratando os indivíduos como eram, com suas imperfeições 
e características particulares. 
O que podemos perceber, caros(as) alunos(as), é que a arte assume características úni-
cas para cada período histórico e para cada civilização. Espero que tenham apreciado a 
leitura. Até breve!
40 
atividades de estudo
1. Os objetos fazem parte do cotidiano e muitos deles expressam a arte devido ao seus 
valor histórico e de raridade. Por que os homens criam objetos? Explique.
2. Os homens pré-históricos deram início às manifestações artísticas. Qual é a mani-
festação artística mais comum desse período?
a. Pintura em cerâmica.
b. Cestaria.
c. Pinturas rupestres.
d. Escultura.
e. Nenhuma das opções anteriores está correta.
3. A Mesopotâmia é uma civilização que se desenvolveu entre os rios Tigre e Eufrates. 
Referente a arte que ali se desenvolveu, leia as alternativas que seguem.
I. A escrita que se desenvolveu na Mesopotâmia é chamada de multiforme.
II. Devido a escassez de pedras, utilizavam-se tijolos para a construção de templos e 
palácios caracterizados pelo luxo e grandiosidades no espaço e formato.
III. Já a escultura e pintura se destacavam como elementos decorativos.
IV. Havia grandes construções de palácios com jardins suspensos.
Marque a alternativa correta.
a. I, II e III estão corretas.
b. I e III estão corretas.
c. I, II e IV estão corretas.
d. II, III, e IV estão corretas.
e. Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
4. O Egito foi uma das civilizações mais avançadas e produziu grandes monumentos 
artísticos. Referente à arte egípcia, leia as alternativas e marque V para verdadeiro e 
F para falso.
( ). Desenvolveram um sistema de escrita organizado, a escrita hieroglífica, formada pela 
combinação dos hieróglifos, pequenas figuras que possuíam significado próprio.
( ). Desenvolveram a arquitetura por meio de monumentos mortuários, como as pirâmi-
des do Egito, que são túmulos que deveriam abrigar o corpo e a alma do Faraó após 
a sua morte.
 41
atividades de estudo
( ). A pintura e a escultura seguiam a lei da simetria.
( ). A escultura foi a manifestação artística que possuiu maior representatividade, pois 
ganhou as mais belas representações do Antigo Império.
Marque a alternativa correta.
a. V, V, V, F.
b. F, V, V, V
c. V, F, V, V
d. V, V, F, V
e. Nenhuma das alternativas anteriores está correta.
5. Creta foi uma civilização que se desenvolveu em uma das diversas ilhas gregas, apre-
sentando várias particularidades referentes à arte. Leia as alternativas abaixo e 
marque a opção incorreta referente à arte cretense.
a. Cnossos destaca-se como sítio arqueológico mais importante de Creta.
b. A arquitetura era bela, mas pouco desenvolvida.
c. A pintura era empregada como decoração em grandes afrescos e murais decorati-
vos.
d. O trabalho com metais e cerâmicas era bem desenvolvido.
e. Nenhuma das opções anteriores está correta.
6. A escultura e a pintura grega eram antropocêntricas. Explique o que isso significa.
7. Roma sofreu duas grandes influências na construção de sua arte. Que influências 
foram essas? Marque a opção correta.
a. Etrusca e grega.
b. Cretense e grega.
c. Egípcia e etrusca.
d. Egípcia e grega.
e. Nenhuma das opções anteriores está correta.
42 
LEITURA
COMPLEMENTAR
Origem da arte
O mundo da arte pode ser observado, compreendido e apreciado. É através do conheci-
mento que o ser humano desenvolve sua imaginação e criação adquirindo conhecimento, 
modifi cando sua realidade, aprendendo a conviver com seus semelhantes e respeitando 
as diferenças. 
A arte é quase tão antiga quanto o homem, pois ela é uma forma de trabalho, e o traba-
lho é uma propriedade do homem. Entre suas características, pode ser defi nida como um 
processo de atividades deliberadas para adaptar as substâncias naturais as vontades hu-
manas; é a relação de conexão entre o homem e a natureza, comum em todas as formas 
sociais.
O homem executa seu trabalho através da transformação da natureza. A arte, como um 
trabalho mágico do homem, é utilizada como uma tentativa de transformação da natureza, 
que sonha em modifi car os objetos, dar uma nova forma à sociedade. Trata-se de externar 
uma imaginação do que signifi ca a realidade, portanto, o homem é considerado, por princí-
pio, um mágico, pois é capaz de transformar a realidade através da arte.
Para executar suas atividades, o homem, através das artes, como por exemplo, as pinturas 
em paredes, gerou conhecimento e criou ferramentas para atender seus interesses. O ho-
mem cria a arte como uma forma para sobreviver no meio, expressar o que pensa, divulgar 
suas crenças (ou a de outros), para estimular e distrair a si mesmo e aos outros, para explo-
rar novas formas de olhar e interpretar objetos e cenas. 
Para que a arte exista é necessário a existência de três elementos: o artista, o observador e 
a obra de arte. O artista é aquele que tem o conhecimento concreto, abstrato e individual 
sobre determinado assunto, que se estressa e transmite esse conhecimento através de um 
objeto artístico (pintura, escultura, dentre outros) que represente suas ideias. O segundo, o 
observador, é aquele que faz parte do público que observa a obra para chegar ao caminho 
de mundo que ela contém. Ainda terá que ter algum conhecimento de história e história da 
arte para poder entender o contexto de tal arte. O terceiro, a obra de arte, é a criação do 
objeto artístico que vai até o entendimento do observador, pois todas as artes têm um fi m 
em si, ou seja, uma tradução.
Fonte: Ferreira e Oliveira ([2017], on-line)3
 DESIGN 
 43
História da arte
 Maria das Graças Vieira Proença dos Santos
Editora: Ática
Sinopse: poucas obras conseguem, como esta, apresentar de 
maneira tão abrangente e tão didática toda a história da arte 
ocidental. Da Pré-História ao Pós-Moderno, desfi lam por suas 
páginas as obras mais signifi cativas da produção cultural do 
Ocidente. O texto do livro - conciso e agradável - é apoiado por 
mais de 350 reproduções, além de numerosos esquemas. Uma leitura utilíssima para estu-
dantes e para o público em geral. 
O vídeo apresenta brevemente as mais importantes obras da arquitetura e da Arte Romana, 
explicando sua estrutura e função. 
Acesse o link disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=J8s6UiJV3jo>.44 
referências
COLI, J. O que é Arte. 15. ed. São Paulo: Editora Brasiliense, 1995.
COSGRAVE, B. História da indumentária e da moda: Da antiguidade aos dias atu-
ais. Barcelona: GG moda, 2012.
GOMBRICH, E. H.; CABRAL, Á. A história da arte. 16. ed. Rio de Janeiro: LTC, 
1999.
JANSON, H. W.; JANSON, A. F. Iniciação a história da arte. 2. ed. São Paulo: Mar-
tins Fontes, 1996.
SANTOS, M. G. V. P. História da arte. 16. ed. São Paulo: Ática, 2005.
______. História da arte. 17. ed. São Paulo: Ática, 2012.
STRICKLAND, C.; BOSWELL, J. Arte comentada: da pré-história ao pós-moderno. 
15. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.
TREVISAN, A. Como apreciar a arte; do saber ao sabor: uma síntese possível. Porto 
Alegre: Mercado Aberto, 1990.
TRINDADE, S. História da Arte. Bahia: Faculdade de Tecnologia e Ciências, 2007.
REFERÊNCIAS ON-LINE
1 Em: <http://historia-da-arte.info/o-que-e-arte.html>. Acesso em: 02 ago. 2017.
2 Em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Kouros>. Acesso em: 02 ago. 2017.
3 Em: <https://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/setores/241/texto%205.
pdf>. Acesso em: 25 set. 2017.
 45
gabarito
1. O homem cria objetos não apenas para se servir utilitariamente, mas também 
para expressar seus sentimentos diante da vida e, mais ainda, para expressar 
sua visão do momento histórico em que vive.
2. c)
3. d)
4. d)
5. b)
6. O homem era o centro da representação, havendo uma preocupação muito 
grande com a perfeição estética na construção da pintura e também da escul-
tura.
7. a)
Prof.ª Dr.ª Paula Piva Linke 
Prof.ª Me. Ana Paula Furlan
Plano de Estudo
A seguir, apresentam-se os tópicos que você estudará nesta 
unidade:
• Idade Média 
• Renascimento
• Barroco e Rococó
Objetivos de Aprendizagem
• Descrever a arte na sociedade bizantina e na Idade Média.
• Caracterizar as mudanças sociais e artísticas que 
ocorreram entre os séculos XIV e XVI.
• Apresentar e caracterizar o Barroco e o Rococó. 
DA IDADE MÉDIA AO SÉCULO XVIII
II
unidade
INTRODUÇÃO
Olá, caro(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) a segunda Unidade do livro de 
História da Arte e do Design. O objetivo desta unidade é o de apresentar 
a você a arte do período medieval, renascentista e os movimentos que se 
desenvolveram no século XVII e XVIII, ou seja, o Barroco e o Rococó. 
A intenção é que você compreenda como a sociedade humana evo-
luiu ao longo do tempo e como isso se reflete na arte e na forma de viver, 
portanto, é sempre importante associar os períodos históricos às mani-
festações artísticas. 
Iniciaremos esta unidade com a arte medieval. Após a queda do Im-
pério Romano, houve um grande êxodo urbano e as pessoas passaram a 
morar em grandes propriedade rurais, sobre a proteção dos senhores feu-
dais. Assim surgiu o feudalismo, que marca a Idade Média, assim como a 
influência religiosa na arte.
No fim da Idade Média, por volta do final do século XIV, mas cer-
tamente no século XV, houve o renascimento do comércio, da vida na 
corte e nas cidades. Esse período ficou conhecido como Renascimento, 
movimento artístico e cultural que teve início na Itália e marcou a reto-
mada de alguns valores artísticos da antiguidade clássica, principalmente 
inspirados na Grécia e em Roma.
Por volta do século XVII, inicia-se outro movimento artístico, o Bar-
roco, que influencia principalmente a arquitetura, apresentando grandes 
proporções na decoração de interiores com muitos elementos decorati-
vos, pouca luz e tons escuros. Em seguida, no século XVIII, vem o Roco-
có, que nega os exageros do Barroco e preza por uma arte mais leve, com 
forte apreço decorativo em tons mais claros, com mais luz e cores mais 
leves. 
O que veremos nesta unidade, além do vasto período histórico que 
estudaremos, é como se deu as transformações na arte, desde a pintura 
até a arquitetura, e como elas refletem os ideais de uma sociedade. Espero 
que aprecie a leitura.
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
50 
Idade Média
A Idade Média foi um período que durou mil anos, 
aproximadamente entre o século V e o século XIV. 
Nesse período, se desenvolveram manifestações artís-
ticas condizentes com o modo de vida da população. 
Santos (2005) destaca que a Idade Média tem 
uma forte influência cristã na arte, isso se deve ao 
fato de que a Igreja Católica adquiriu alto poder po-
lítico e espiritual, influenciando a arte. 
A arte cristã se iniciou muito antes da Idade Mé-
dia, por volta do séculos III e IV, momento em que os 
cristãos ainda eram perseguidos pelo Império Roma-
no. Gombrich e Cabral (1999) ressaltam que, devido a 
essas perseguições, as manifestações artísticas, em sua 
maioria, eram apenas pequenas pinturas realizadas 
nas catacumbas com adorno ao túmulo dos católicos. 
Para Santos (2012), essa arte era ainda muito pri-
mitiva e feita pela população, não havendo artistas. 
Contudo, com o fim das perseguições e com o Império 
Romano se tornando cristão, essa arte foi desenvolvida 
em pequenas estátuas e as pinturas se tornaram mais 
elaboradas. Entretanto, devido a invasão dos povos 
bárbaros, a população europeia que vivia nas cidades 
foi aos poucos migrando para grandes propriedades 
de terras, vivendo sob a proteção de um lorde, assim, a 
vida na cidade deu lugar a vida no campo. 
Contudo, Janson H. e Janson A. (1996) desta-
 DESIGN 
 51
cam que houve uma parte do Império Romano que 
sobreviveu, na cidade de Constantinopla, e formou 
um pequeno império, que permaneceu até o século 
XV, quando foi invadida. 
Nessa sociedade, a arte adquiriu características 
específicas, visto que o imperador era também um 
representante de deus na terra, tornando as obras 
públicas monumentais, assim como as basílicas. 
Gombrich e Cabral (1999) ressaltam que a arqui-
tetura seguiu algumas influências romanas, com colu-
nas, arcos e abóbadas, mas a estrutura foi melhorada de 
forma a se tornar mais resistente e proporcionar maior 
suporte aos monumentos. O maior exemplar de arqui-
Figura 1 - Basílica de Santa Sofia
tetura dessa civilização é a Basílica de Santa Sofia.
Além da arquitetura, desenvolveu-se a pintura, 
os mosaicos e a pintura de ícones, como destaca 
Trindade (2007). Esses elementos eram muito utili-
zados na decoração de interiores. 
Na pintura foi utilizada a frontalidade, que con-
sistia em desenhar as figuras sempre na posição 
frontal, como sinônimo de imponência e superio-
ridade, respeitando também a visão do observador, 
que poderia contemplar a figura em sua vista mais 
expressiva. Trindade (2007) acrescenta, ainda, que a 
posição dos pés, mãos, dobras das roupas e demais 
detalhes foram cuidadosamente estudados. 
HISTÓRIA DA ARTE E DO DESIGN 
52 
Cabe destacar, ainda, que os imperadores eram 
representados quase como santos, e a própria figu-
ra de Jesus era representada como imperador, ou 
seja, aproximava-se a figura terrena e divina (STRI-
CKLAND; BOSWELL, 2014). 
Os mosaicos seguiram basicamente as mesmas 
regras da pintura, mas ao invés de tinta usavam-se 
pedras preciosas para representar cenas bíblicas, 
personalidades importantes e demais elementos que 
faziam parte da cultura bizantina. 
A pintura de ícones nos quadros seria a repre-
sentação dos ancestrais. Tais pinturas eram realiza-
das sobre placas de metal ou couro. Esse material re-
Figura 2: - Mosaico da civilização bizantina 
cebia uma camada de tinta à base de ouro e a figura 
de santos era pintada sobre essa base dourada, sendo 
os detalhes de bordados e rendas feitos por uma fer-
ramenta que retirava uma camada de tinta, deixan-
do a mostra o fundo dourado (SANTOS, 2012). 
Enquanto isso, no restante da Europa, até o sécu-
lo X, apenas alguns povos bárbaros se dedicavam à 
produção de pequenos objetos decorativos e de ouri-
vesaria, visto que a outra parte da população vivia no 
campo e pouco se dedicou

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