resenha a maçã

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE
Curso:
Disciplina:
Professora:
Aluno(a):
A MAÇÃ
A interpretação desta obra iraniana é facilmente percebida em todos os traços que se apresentam, só para entender, no início do filme uma mão tremula tenta regar com uma caneca uma florzinha amarela, devido à tremulação daquela mãozinha pouca agua é retida na planta. Neste momento o diretor Samira Makhmalbaf o que a prisão faz com pessoas, não só delimitam espaços, mas debilitam o ser. E assim apresenta seu enredo que aparenta mais um formato de documentário, misturando antigos fanatismos religiosos e manipulação doentia faz com que irmãs gêmeas tenham a privação de liberdade total durante seus primeiros 11 anos, isto resulta em revolta da população local e faz com que um abaixo assinado transforme a vida das crianças. Assim fala Freire (1987) ¨...o que teme a liberdade se refugia na segurança vital...¨ para representar o que seria a visão do pai Ghorban-Ali Naderi que manipulado pela esposa e pala religião dos antigos se via oprimido a manter as garotas em cativeiro.
 A história conta a história que se passou na década de 90, sobre as irmãs gêmeas Zahra Naderi e Massoumed Naderi que viviam naquele momento, em Valiasr no Teerã e eram mantidas em cárcere privado total pelos seus pais o senhor Ghorban-Ali Naderi e sua mãe Azizeh Mohamadi, tal aprisionamento se dava sem alimentação necessária, sem escola, sem banho, sem diversão, enfim, sem vida. Este absurdo foi desfeito com o apoio dos vizinhos que por meio de abaixo assinado conseguem o apoio do departamento de bem estar colocar uma assistente social no encalço dos pais para que a liberdade fosse dada de volta às inocentes, por ventura a assistente social chamada Zahra Saghrisaz deixa os pais presos dentro de casa e só os liberta quando uma das filhas pudesse abrir fechadura. Uma coisa que fica confusa no inicio do filme é que dar-se a entender que o pai é o principal agressor, mas a mãe que era cega e vivia aparentemente em depressão era também muito intransigente e desconfortável com o fato de que as crianças não poderiam sair e manipulava o pai a seguir tradições nada contemporâneas. O simbolismo da maçã se dá pelo fato de que esta fruta foi deveras importante na ressocialização das garotas, a partir dali elas começaram a tentar reaver os anos de isolamento e agressão pisco social e motora uma vez que elas apresentavam claramente deficiências causadas pela morbidez.
	O ser humano, na teoria interacionista, interage com o meio ambiente respondendo aos estímulos externos, analisando, organizando e construindo seu conhecimento a partir do “erro”, através de um processo contínuo de fazer e refazer (COLL, 1992, p. 164). Ao analisar o filme pode-se atribuir uma correlação deveras importante entre o que trata a psicologia social e o filme, as relações intersociais de um individuo com outros indivíduos é o verdadeiro objeto de estudo no filme, uma vez a clareza com que a história, um fato real, leva o espectador a enxergar facilmente que a falta de Inter-relações levam ao transtorno adquirido, é só olhar como as gêmeas não desenvolveram uma sociabilidade, comunicação e motora normaloide para o que condiz com a idade delas, assim percebesse e fica a confirmação de que o ser se desenvolve a partir do contato com os meios físico, social e histórico, fatos de extrema importância para a formação da identidade do individuo.
	Para Piaget a criança é ativa e age com o meio por livre e espontânea vontade, agora analisando pelo filme percebesse que como as gêmeas não tinham contato com outras crianças e nem interação em escolas ou mesmo na calçada de casa, elas não conseguiam falar direito nem manter um raciocínio fixo, até para copiar um simples desenho geométrico era impossível. Ainda tratando do construtivismo sabe-se que nos adultos esta evolução é estruturalmente diferente, mas na questão funcional é igual, é como um presidiário que ficou muitos anos preso, ele fica meio institucionalizado a aquele meio em que foi inserido.
	O que um sujeito compreende se dá coma possibilidade de estudar a realidade que está participando, assim sendo, por terem sido privadas por um longo período elas possuem nitidamente um atraso cognitivo, tendo em vista que individuo e sociedade são partes integrantes de um mesmo meio para que assim sejam formadas pessoas com opiniões e caráter de compreensão e papel de cada ser na sociedade. O que se precisa ser compreendido é aquilo que esta impedindo o sujeito de se impor, de agir e transformar a sua própria vida, é tanto que quando há o contato social das gêmeas estas já desenvolvem a capacidade de interagir e de inserção de volta ao meio em que nem conheciam
	Linguagem é fundamental no âmbito de desenvolvimento do processo de consciência e meio social em que se encontra e ao que está determinado, aqui fica claro que a falta de linguagem das gêmeas as levou a te3r uma falha considerável na sua comunicação e dicção.
	Este filme deixa uma clara analise de como o meio social pode caracterizar de forma imprescindível no desenvolvimento do ser, toda relação e intermédio contidos nestes aspectos é um processo infinito por quanto dure a vida. No mais se tem é que Compreender que os dois são objetos necessários para que se construa um sujeito e uma sociedade com características próprias e libertárias.
Titulo Original: Sib                                                    Gênero: Drama
Lançamento: 1998                                                     Duração: 86 minutos
Direção: Samira Makhmalbaf                                      Tipo: Longa-metragem
Roteiro: Samira Makhmalbaf/ Mohsen Makhmalbaf
Tipo: Longa-metragem
Elenco:
Massoumed Naderi.............Massoumed
Zahra Naderi.......................Zahra
Ghorban-Ali Naderi.............Pai
Azizeh Mohamadi...............Mãe
Zahra Saghrisaz..................Assistente Social
Referências
COLL, César. As contribuições da psicologia para a educação: teoria genética e aprendizagem escolar. www.portaleducacao.com.br. Extraído em: 10/05/2019. De: https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao/sintese-das-concepcoes-das-teorias-interacionistas-de-piaget-e-de-vigotsky/19420
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, 17°. Ed. Rio de Janeiro, Paz e terra, 1987.