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PAPER DISLEXIA

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2
 EDUCAÇÃO INCLUSIVA
 Gracieli Samara Andrade Schäffer
Prof. Roseli Benner
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso Pedagogia(PED14890)– Estágio anos iniciais
03/06/2019
RESUMO
A Dislexia é conhecida por ser uma dificuldade de aprendizagem bastante comum nas unidades escolares, porém ainda existe pouco conhecimento sobre ela, principalmente, por parte da comunidade escolar, professores, gestores, pais e até mesmo dos alunos. Essa situação causa o sofrimento, desânimo e o desconforto dos disléxicos, porque inúmeras vezes são tratados como preguiçosos, desatentos, e sem interesse para aprender. Os professores têm limitações para lidar com este assunto, pois não foram preparados adequadamente para trabalhar com estas dificuldades. Por isso, há a necessidade de reflexão sobre o trabalho voltado as dificuldades de escrita e leitura, além do desenvolvimento de orientações e formação dos professores sobre a dislexia. Este trabalho apresentará também, a vivência do estágio que se constitui em 12 horas de observação e 20 horas de aplicação totalizando 32 horas.
Palavras-chave: Dislexia. Informação. Leitura e Escrita.
1 INTRODUÇÃO
 O presente trabalho apresentado tem como objetivo apresentar a necessidade em ampliar as concepções sobre a dislexia fazendo uma importante reflexão da situação que os disléxicos enfrentam nas escolas e o preparo de seus professores, pois não se tem ainda uma resposta concreta no meio escolar para todos os problemas relacionados à dislexia, em particular de leitura e escrita, e muitas vezes nem se tem um trabalho interdisciplinar ou ainda a ajuda de uma equipe multidisciplinar feita de maneira regular e sistemática para auxiliá-los. O presente trabalho apresentará o histórico da dislexia, seu conceito, leitura e escrita para os disléxicos, a classificação da dislexia, sinais, diagnósticos e tratamento, o papel dos professores e algumas estratégias para ajudar o aluno disléxico.
Para obter essas informações e se ter como auxílio para os professores usarem com os alunos disléxicos e alcançarem seus objetivos com sucesso foi realizadas várias pesquisas nos sites, livros e textos de especialistas. 
2 HISTÓRICO DA DISLEXIA
A dislexia vem sendo estudada, historicamente por diferentes estudiosos como oftalmologistas, físicos, neurologistas, pediatras entre outros. Esses estudos acontecem desde o final do século XIX.
A expressão “dislexia” foi utilizada por um oftalmologista alemão chamado Rudolf Berlin em 1887 para se referir a um garoto que apresentava dificuldades no aprendizado da leitura e escrita, mesmo que em outros aspectos mostrava habilidades intelectuais normais para o aprendizado. O transtorno foi identificado pela primeira vez por Osvald Berkhan em 1881.
O oftalmologista escocês James Hinshelwood, publicou no final do século XIX vários artigos nos jornais médicos descrevendo casos similares. Em 1917 James publica uma monografia sobre Cegueira Verbal Congênita, que se caracteriza por uma deficiência no processamento verbal dos sons que foram encontrados nos pacientes que possuam inteligência normal, mas apresentam dificuldades no aprendizado da leitura e da escrita.
Um físico britânico que se chama W. Pringle Morgam em 1896 fez uma publicação sobre uma descrição de uma desordem específica de aprendizagem na leitura. Esse artigo descreve o caso de um garoto de 14 anos de idade que não aprendeu a ler, apresentando inteligência normal e que realizava todas as atividades comuns para uma criança dessa idade.
No ano de 1925 o neurologista Samuel T. Orton, que em sua carreira já havia trabalhado com várias vítimas de traumatismos, apresentou o caso de um garoto que não conseguia ler e apresentava alguns sintomas parecidos aos de algumas vítimas de traumatismo. Estudou os problemas de leitura concluindo que havia uma síndrome que não se relacionava a traumatismos neurológicos que provocava a dificuldade do aprender a ler. Descreveu sua teoria a respeito de indivíduos com dislexia, nomeou essa condição como strephosymbolia (símbolos invertidos) se baseando na principal característica de inverter as letras, sílabas ou palavras dos disléxicos.
No Brasil em 1983, foi criada a Associação Brasileira de Dislexia (ABD), que tem como objetivo divulgar, esclarecer, ampliar conhecimentos e contribuir com os disléxicos em todas as suas dificuldades específicas de linguagem.
Fo apresentadas uma grande variedade de investigações neurobiológicas nas últimas décadas por cientistas de todo o mundo, tendo documentado o sistema neuronal para a leitura em disléxicos e foram aparecendo recentemente algumas confirmações importantes de que é uma dificuldade de aprendizagem de origem neurológica, onde existem falhas em áreas do cérebro responsáveis pela leitura e que existe uma incidência expressiva de fator genético em suas causas.
2.1 O QUE É DISLEXIA?
Há muito tempo o estudo das dificuldades de leitura, escrita e da dislexia atormentam muitos profissionais entre eles: Os pediatras, neurologistas, psicólogos, professores, pedagogos e estes últimos, ainda mais, porque eles se preocupam com as causas do fracasso ou sucesso escolar dos alunos.
Ainda hoje, a dislexia é desconhecida por vários professores e pedagogos e há muitas desinformações que geram confusões e assim criam diagnósticos muitas vezes errôneos, e isso acaba prejudicando o desenvolvimento dos alunos, por isso é imprescindível o conhecimento do que é a dislexia. A palavra “dislexia”, em sua etimologia, é formada por “dis” e “lexia”. No grego, dys significa dificuldade; e léxis significa palavra.
A dislexia foi definida em 1968 pela federação Mundial de Neurologia como: “um transtorno que se manifesta por dificuldades na aprendizagem da leitura, independentemente da instrução convencional, a inteligência normal, e das oportunidades socioculturais adequadas”.
Segundo Jean Dubois et al. (1993, p. 197), dislexia é um defeito de aprendizagem e da leitura, caracterizado por dificuldades na compreensão entre símbolos gráficos, às vezes mal reconhecido, e fonemas, muitas vezes mal identificados.
No ano 2003, o Annals of adayslexia, elaborado pela IDA, propôs uma definição nova:
Dislexia é uma dificuldade de aprendizagem de origem neurológica. É caracterizada pela dificuldade com a fluência correta na leitura e por dificuldade na habilidade de decodificação e soletração. Essas dificuldades resultam tipicamente do déficit no componente fonológico da linguagem que é inesperado em relação a outras habilidades cognitivas consideradas na faixa etária.
Essa definição trás a origem neurológica e apresenta uma questão linguística da noção que dificulta o aprendizado da leitura que é básico em todas as definições de dislexia.
Capeline et al. (2007) apud Ziliotto (2007), “a dislexia caracteriza-se pela dificuldade que a pessoa apresenta na leitura e na escrita, no tocante à aquisição da capacidade de escrever e decodificar letras, presente em tornos de 5% a 17% de escolares”. Torres e Fernandes (2001) definem dislexia como uma limitação da linguagem tendo como consequência a dificuldade da aprendizagem da leitura e da escrita. Já Cafalange (2007) apud Ziliotto (2007) diz: ”A Dislexia é uma alteração nos neurotransmissores cerebrais que impede uma criança de ler e compreender com a mesma facilidade que fazem as crianças da mesma faixa etária, independente de qualquer causa intelectual, cultural ou emociona”.
A definição que Cafalange apresenta reforça a compreensão de que a origem do problema é neurológica e que há possibilidades de encontrar estratégias que possam ajudar na aprendizagem da linguagem pelo disléxico.
Frente a tantas definições apresentadas por muitos estudiosos que se dedicaram muito a este transtorno, pode-se concluir de uma forma geral que o disléxico possui dificuldades em entender com clareza o que lê ou escreve, não sendo então problemas na cognição, já que ocorre em pessoas com inteligência média ou acima da média com condições sociais, culturais e econômicasnormais para que se tenha uma aprendizagem dentro das normalidades da linguagem.
 A dislexia não é resultado de má alfabetização, desatenção ou desmotivação, que ainda há quem penda dessa forma. A dislexia não é doença. É uma dificuldade de aprendizagem que esta relacionada com o funcionamento do cérebro. Com tudo, conclui-se que a dislexia é uma dificuldade específica que dificulta a aprendizagem da leitura, da escrita e da fala, apesar da inteligência normal ou mesmo acima da média. 
2.2 LEITURA E ESCRITA
A palavra escrita ou falada se constitui na unidade constitutiva de uma língua. A linguagem humana é a principal diferença entre os demais animais, e o que os diferenciam por oferecer à espécie condições de produção e transferência de conhecimento e cultura. Segundo Paulo Filho (1987, p.44), A linguagem não só formaliza o pensamento e o conserva, mas, sobretudo, o comunica. Através desse instrumento social de comunicação, o homem é um gigante, um santo, um demônio, e pode ser ate mesmo um semideus [...]
Nota-se na afirmação acima a importância da palavra falada, porém quando escrita se torna muito mais poderosa e reflete a concepção crítica da realidade, construindo reformas na sociedade e possibilidades por muitas interações humanas que promovem.
É a partir da linguagem que tudo, seja social ou individualmente, se constrói e se registra. Para complementar esse ponto de vista, lembra-se Freire (1986), quando afirma que “Linguagem e realidade se prender dinamicamente”.
A importância da palavra vai muito além do que a linguística explica, uma cadeia sonora recheada de significações. Ela promove as interações sociais, constrói o homem e também sua cultura. Assim, se tiver problemas em sua codificação e produção de sentidos, será um fator que determinará o fracasso pessoal e social.
A linguagem e a educação constroem o homem, considerando a vida escolar como um dos fatores mais determinantes desse processo. Os ambientes mais destinados aos indivíduos para a aquisição da linguagem escrita, de conhecimentos e diversos letramentos são as instituições de ensino e é nestes locais onde aparecem as dificuldades de aprendizagens, principalmente as que se referem à linguagem, como a dislexia, que se destaca, pois se tornam problema para a aprendizagem.
O disléxico se torna refém de suas limitações, pois é impossibilitado de reconhecer a palavra escrita total ou parcialmente, sendo assim, fica imprescindível que na unidade escolar existam meios capazes de promover sua total superação. Partindo disso, é necessário que se diferencie ensinar e instruir, pois, de acordo com Antunes (2009, p.29), o nivelamento entre ambos” já não mais cabe no dia de hoje”, já que
Ensinar quer dizer ajudar e apoiar os alunos a confrontar uma informação significativa e relevante no âmbito da relação que estabelecem com uma dada realidade, capacitando-o para construir os significados atribuídos a essa realidade e a essa relação. (ANTUNES, 2009, p. 30)
Essa afirmação constituem normas para serem seguidas, para que algo seja feito e traga resultado. No ensino da língua algumas coisas podem ser vistas como instruções para se obter um resultado significativo. 
A linguagem, seja oral ou escrita, circula ao redor de um processo com a realidade, possibilitando a compreensão dos significados e, assim, o sujeito se torna capacitado para com ela interagir e se inserir na mesma de forma crítica. O leitor necessita ter capacidade de compreendê-la para poder então interagir com o texto atribuindo sentido e reproduzi-lo.
Os problemas e soluções se confundem no mesmo instrumento para os disléxicos, como a linguagem e a escrita. Em alguns casos mais graves afetam também a linguagem oral, tornando sua superação mais complicada e dependente de mediações mais específicas.
Ler e escrever são condições indispensáveis para a inclusão do indivíduo numa sociedade de gráfica como a que se tem hoje, para poder contribuir para sua organização, estando incluso ainda ao seu êxito econômico, social, à aquisição de conhecimentos científicos, de informações e de prazer.
Como diz Fonseca (1995, p. 343), “Vivemos numa sociedade competitiva onde o diploma é sinônimo de salvo-conduto e de sobrevivência social”. Se os meios escolares trazem fundamentos para as ações na linguagem escrita, pode-se perceber o quando é negado ao disléxico se ele não receber o tratamento adequado, na fase inicial da escolarização.
Na escola há diversos tipos e modalidades de textos, imagéticos, escritos, simbólicos que interagem continuamente e para compreender o significado desses textos depende de um leitor que tenha capacidade para compreendê-lo e lhe dar continuidade.
A impossibilidade para entender os textos e decodificar a escrita gera um grande desconforto, medo, ansiedade, nervosismo, e o aluno acaba perdendo o gosto pela leitura, ele vai se desmotivando aos poucos e, como afirma Yunes (2003, p. 41), “Quem não lê não é capaz de escrever, em que língua seja”.
A escrita se caracteriza pela distância entre os sujeitos interactantes, mas isso, como afirma Ong (1998, p. 120), “desenvolver um novo tipo de exatidão na verbalização”, já que permite uma lealdade analítica à linguagem e ao pensamento. Nos disléxicos não existe essa exatidão analítica, porque a dislexia impede total ou parcial compreensão das palavras escritas. 
Pelo fato dos disléxicos não conseguirem decodificar a linguagem escrita, ele fica impossibilitado de entender o sentido, total ou parcialmente, pois não tem o reforço do contexto da produção do texto. Esse fato mostra a importância de o professor conhecer os processos de aquisição dessa modalidade linguística e da dislexia, e a escola deve disponibilizar meios especiais de aprendizagem e de avaliações aos seus portadores.
O domínio da linguagem escrita, para a maioria,” passaporte para a civilização e para o conhecimento” (Marcuschi, 2000. P. 21), é muito importante que se promova para os professores, meios que possam dar possibilidades aos disléxicos para a aquisição dessa tecnologia, sem ela eles não conseguirão alcançar o desenvolvimento psicossocial e intelectual, assim serão eternos excluídos das oportunidades de se realizarem profissionalmente e até efetivamente.
Cecília Meireles (1983, p. 146), quando trás a afirmação de que, em relação à palavra, “Todo o sentido da vida / principia a vossa porta”, este também pode, irremediavelmente, aí morrer.
2.3 CLASSIFICAÇÃO
A classificação da dislexia pode ser feita de muitas formas, depende bastante dos critérios utilizados, alguns autores classificam a dislexia tendo como base testes diagnósticos, fonoaudiólogo, pedagógicos e psicológicos.
No ano 1971, Elena Boorder e Miklebust, classificaram muitos grupos: 
Dislexia Disfonética - dificuldade auditiva, dificuldade de análise e síntese, dificuldade de discriminação, dificuldades temporais. Sintomas: trocas de fonemas e grafemas diferentes; alterações grosseiras na ordem das letras e sílabas; omissões e acréscimos etc. 
Dislexia Diseidética - dificuldades visuais, na percepção guestáltica, na análise e síntese e dificuldades espaciais. Sintomas: leitura silabada, sem conseguir a síntese; maior dificuldade para a leitura do que para a escrita.
Dislexia Visual - deficiência na percepção visual. Sintomas: 
 dificuldade na percepção viso-motora; dificuldade na habilidade visual.
Dislexia Auditiva - deficiência na percepção auditiva. Sintomas: 
 deficiente memória auditiva; deficiente discriminação auditiva.
Dislexia mista - a combinação de mais de um tipo de dislexia.
 Para Moojen apud Rotta (2006), é possível classificar a dislexia em três tipos:
Dislexia fonológica - caracterizada por uma dificuldade seletiva para operar a rota fonológica durante a leitura. 
Dislexia lexical - as dificuldades residem na operação da rota lexical, e afeta fortemente a leitura, lendo lentamente e errando com frequência.
Dislexia Mista - Os disléxicos apresentam problemas para operar tanto com a rota fonológica quanto com a lexical. São situações mais gravese exigem um esforço ainda maior para atenuar o comprometimento das vias de acesso ao léxico.
2.4 POSSIVEIS SINAIS DE DISLEXIA
 
É possível que os sintomas variam de pessoa para pessoa, porém alguns sinais importantes de dislexia podem ser apontados como em Ianhez (2002) que apresenta os seguintes: 
· Lentidão na aprendizagem dos mecanismos da leitura e escrita;
· Trocas ortográficas ocorrem, porém dependem do tipo de dislexia; 
· Problemas para reconhecer fonemas repetidos em uma frase; 
· Desempenho escolar abaixo da média, em matérias específicas, que dependem da linguagem escrita; 
· Desatenção e dispersão;
· Resultados melhores, nas avaliações orais, do que nas escritas;
· Dificuldade de coordenação motora fina; 
· Problema de lateralidade (confusão entre esquerda e direita);
· Dificuldade de expressão: vocabulário pobre, frases curtas, estrutura simples; esquecimento de palavras;
· Dificuldade de copiar as escritas do quadro, ou de um livro;
· Problema de conduta: retração, timidez, excessiva e depressão;
· Desinteresse ou negação da necessidade de ler;
· Leitura demorada, silabadas e com erros. Esquecimento de tudo o que lê;
· Pula linhas durante a leitura, acompanha a linha de leitura com o dedo;
· Demora bastante tempo na realização dos trabalhos de casa;
Pode evidenciar capacidade acima da média em áreas como: desenho, pintura, música, teatro, esporte, entre outros.
3 DIAGNÓSTICO 
Para se concluir um diagnóstico correto, precisa-se observar se na família há algum caso de dislexia ou de dificuldade de aprendizagem, e se ocorreu algum atraso na aquisição da linguagem da criança, porque as pessoas com dislexia pensam primeiramente através de sentimentos e imagens, e não com sons e palavras. 
Essas observações precisam ser feitas assim que a criança se alfabetiza e é muito importante obter informações sobre o potencial da criança, sua performance e o repertório que já adquiriu. É de grande significado obter informações sobre quais métodos de ensino já foi trabalhado com a criança.
É uma equipe multidisciplinar que deve fazer o diagnostico. Além de determinar a dislexia, o diagnóstico contribui para identificar ou elementar fatores importantes para o tratamento. E assim procurar aplicar um prognóstico encontrando elementos significativos para o programa de reeducação.
3.1 TRATAMENTO
 O tratamento em muitos dos casos pode ser feito com profissionais dentro do atendimento clínico e acompanhamento escolar, mas se for casos mais graves em que se precise medicamentos é necessário o acompanhamento médico. Esse trabalho clínico implica em usar recursos que trabalhem todos os sentidos. A recuperação na deficiência de processamento auditivo acompanhada de trabalhos educativos sensório-motor tem grande relevância. Se o disléxico não tiver concomitante ao ensino normal, apoio especializado pode sofrer muito, repetir o ano e em alguns casos até mesmo desistir de estudar. 
3.2 O PAPEL DOS PROFESSORES E ALGUMAS ESTRATEGIAS PARA AJUDAR O DISLEXICO
O papel do professor é acompanhar os alunos, devem estar sempre atentos às particularidades, observando possíveis dificuldades, incentivando o procedimento de um diagnóstico especializado e se preparar para dar o apoio necessário, resgatar a autoconfiança do aluno, ter um olhar cuidadoso e compreender que o desenvolvimento deste aluno terá tempo diferente, mas que será alcançado no decorrer das atividades auxiliadas.
 É importante que o professor tenha em suas estratégias algumas medidas que ajudaram o aluno disléxico entre elas: 
· Aplicar as avaliações através de questões orais; 
· Valorizar o que foi aprendido qualitativamente e não quantitativo;
· Conversar com o aluno individualmente sempre que houver necessidade;
· Usar sempre que possível, materiais variados de apoio e estratégias
pedagógicas para apresentar um conhecimento novo;
· Apresentar de forma contextualizada o vocabulário novo;
· Evitar falar e escrever ao mesmo tempo;
· Propor dinâmicas de grupo, entrevistas e trabalho de campo;
· Fazer avaliações diversificadas com métodos alternativos;
· Durante as avaliações permitir o uso de materiais de apoio (tabuadas, calculadoras e dicionários) 
· Dessa forma a escola estará contribuindo para amenizar as dificuldades do disléxico.
4 VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
O período de observação do estágio é um momento de grande importância. É onde se pode conhecer o ambiente onde estagiará, os professores e também tem a oportunidade de ter contato com os alunos, conhecer suas rotinas e comportamentos para que no estágio os objetivos sejam alcançados.
No primeiro dia de observação, notou-se que o ambiente escolar e de grande organização e que os alunos já estão bem acostumados com a rotina. No primeiro momento 13h15min, horário do primeiro sinal, todos os alunos, professores e direção da unidade escolar seguiram para o pátio, onde se organizam em fila por turmas para cantar o Hino Nacional brasileiro, em seguida é feito uma oração pelos estudos e a direção usa este momento para dar os recados da semana. Em seguida todos os alunos direcionaram-se para suas salas. 
Chegando em sua sala, os alunos do 4º ano sentaram-se em seus lugares e já foram tirando seus matérias da mochila, a professora cumprimentou-os e pediu para que organizassem para a chamada do dia, assim os mesmos fizeram.
Como na segunda-feira não teve aula, nesta quarta que foi o primeiro dia de observação, os alunos começaram a tarde da mesma forma que fazem nas segundas feiras, onde logo após a chamada faz-se a leitura do ajudante do dia. A professora por ondem de chamada tem todos os dias um ajudante para auxiliar no que for necessário, o mesmo escolhe uma leitura para fazer para os colegas, que ouvem em silêncio respeitando quem está lendo. Logo em seguida, a professora Jaqueline fez uma revisão sobre os substantivos primitivos e derivados, explicou-os novamente e passou atividades para que os alunos relembrassem e praticassem. Às 15h20min saíram para o lanche, pois saem 10 minutos antes dos alunos maiores, comeram e quando bateu o sinal para o recreio de todos os alunos da escola ás 15h30min, eles são liberados para brincar, 15h45min o recreio termina para todos que retornam para suas salas. Ao voltarem para a sala, continuam os exercícios e quando terminaram é corrigido tirando as últimas dúvidas dos alunos. Às 17h05min os alunos guardaram os materiais e às 17h10min a professora se descolocou com eles até o portão da escola, onde o ônibus e os pais já os esperavam.
Na quinta feira, segundo dia de observação, antes de entrar na sala a professora cumprimentou-os todos, pois tem em sua sala as placas com os cumprimentos, onde cada um escolhe de que forma quer ser cumprimentado. Ao entrar e sentarem em seus lugares, a aula começa com a chamada de todos os dias. Neste dia trabalharam sobre o Município de Atalanta, os alunos trouxeram informações sobre o mesmo que haviam pesquisado e a professora complementou, após a explicação dos conteúdos, fizeram atividades orais e escritas, essas atividades foram até na hora do lanche. Neste dia teve uma aula de arte, que foi após o recreio, nesta a aula a professora Simone ensinou para eles, as técnicas de monocromia(usando apenas uma cor e seus variantes) e policromia(misturando várias cores). Após a explicação ela entregou um desenho para que nesta aula fosse aplicada a técnica da monocromia. Ao final da aula a professora recolheu os desenhos para que os alunos continuassem na próxima aula de arte. Em seguida voltaram para a última aula em sala, conversaram mais um pouco sobre o município e já estava na hora de guardarem o material para seguirem para suas casas, como todos os dias a professora acompanhou-os até o portão.
Na sexta feira, a primeira aula foi Educação física, os alunos foram até a sala, onde a professora Aline buscou-os para acompanhá-los até a quadra de esportes. Nesta aula todos os alunos participaram, eles começaram brincando de pega-pega para aquecimento e logo começaram um circuito, pular por obstáculos, corridinha,bater a bola de um lado a até o outro da quadra e pular corda. Assim todos faziam as atividades no mesmo tempo, quando terminavam, trocavam com o colega. Faltando 05 minutos para o fim da aula, todos ajudaram a recolher os materiais e se deslocaram para a sala de aula, acompanhados pela professora. Novamente a professora Jaqueline recebeu-os na sala, fez a chamada diária e uma revisão rápida sobre os adjetivos, pois na sexta o recreio é mais cedo, então os alunos saem ás 15h05min. Na volta para a sala no fim do recreio, eles começam a fazer a prova, a qual a professora já havia marcado com eles, e eles estavam conscientes da mesma. Todos realizaram-na, Enzo se apresentou um pouco resistente, pois estava nervoso para realizá-la, mas quando acalmou-se conseguiu dar sequência a mesma. Haniel necessitou de ajuda da professora, que não mediu esforços para ajudá-lo. Usaram muito bem o tempo que tinham, conforme terminavam, entregavam para a professora e aguardavam em seus lugares. Até o fim da aula, todos já haviam entregado, e novamente 17h10min foram acompanhados pela professora até o portão.
5 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO 
Esse estágio foi um momento muito prazeroso e certamente de muito aprendizado, pode-se perceber que todos os alunos tem muita capacidade e vontade para aprender, porém cada um necessita de um tempo e as vezes formas diferente. Muitas das vezes, as atividades proposta para um aluno e concluída com facilidade, para outro pode ser muito difícil. Então precisa-se ter atenção e um olhar diferenciado para cada aluno, sem tratá-lo diferente um dos outros, mas sim, encontrando uma maneira em que todos possam adquirir os conhecimentos.
 
O fim do estágio foi muito positivo, os alunos mostraram-se curiosos e muito animados para as atividades. Percebeu-se que todos adquiriram e levaram um pouco mais de conhecimento para suas casas. Alguns adquiriram já com as primeiras atividades e outros levou um pouquinho mais de tempo, mas todos puderam aproveitar de alguma forma os novos conhecimentos.
Algumas dificuldades sempre são encontrando nos caminho trilhados, pois são aluno com idades bem próximas, famílias diferentes, pensamentos diferentes e atitudes diferentes.Cada um age de forma diferenciada um dos outros. Precisei encontrar uma forma atrativa para despertar o enteresse da turma atraindo a atenção deles para as atividades propostas, para tudo que eu havia me preparado durante dias para oferecer para eles, e com esforço e dedicação consegui com que tudo isso fosse possível em uma semana. O tempo foi pequeno, aqueles olhinhos curiosos querendo saber sempre mais sobre o assunto , questionadores e amados, várias personalidades diferentes, mas com o mesmo objetivo, queriam aprender, do mais alto astral até o mais carente, que semana maravilhosa,não só para eles, mas principalmente para mim. Poderiamos ter trabalhado muito mais, eles estavam dispostos e conteúdo tinha muito, mas o tempo foi curto, então a professora regente continuará a trabalhar com eles algumas atividades que o tempo não nos permitiu.
Com tudo isso pode se notar que a inclusão precisa existir para todos, independentes de idade, cor, raça ou classe social. Ninguém é igual a ninguém e por esse motivo todos precisam ser respeitados, porque todos tem o direito de aprender de acordo com o seu tempo e suas possibilidades.
O presente tema abordado nesse trabalho, fala muito sobre a questão do dinheiro, sua história, as formas de encontrá-lo e até mesmo quais as forma de usá-lo e guardá-lo. Muitos alunos observam o dinheiro, tem contato com ele, mas não imagimam o quão importante ele é em nossas vidas, o quanto deve ser usado de maneira correta e como é necessário o esforço e o trabalho todos os dias para adquiri-lo. Foi apresentado para eles e conversado bastante sobre o uso conciênte do mesmo, que levou eles a pensar e desenvolver formas para melhor cuidar do seu dinheiro.
ATIVIDADE QUE OS ALUNOS MAIS GOSTARAM
 Essa atividade chamou muita a atenção dos alunos e despertou grande interesse na mesma. Eles conheciam o cheque, mas não sabiam como preenche-lo, usá-lo e as diferenças que poderiam haver em uma mesma folha. Conversamos bastante sobre o mesmo, e depois passo a passo fomos preenchendo-o e tirando as dúvidas que iam surgindo, que por sinal foram muitas. Foi uma atividade prazerosa tanto para os alunos quanto para mim.
REFERÊNCIAS 
AJURIAGUERRA, Julian de e outros.A dislexia em questão: dificuldades e fracassos na aprendizagem da língua escrita.Porto Alegre: Artes Médicas, 1984.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISLEXIA (ABD). Dislexia. Disponível em: <http://www.dislexia.org.br/>. Acesso em: 20 fev. 2019.
Associação Nacional de Dislexia. Artigo Científico.Disponível em: <//www.andislexia.org.br/hdl6_12.asp> . Acesso em 25 fev. 2019.
DUBOIS, Jean et al. Dicionário de lingüística. São Paulo: Cultrix, 1993.
ZILIOTTO,GISELE SOTTA. Fundamentos psicológicos e biológicos das necessidades especiais.2.ed.rev. Curitiba: Ibepex, 2007.
Nico, Maria Ângela Nogueira e Souza, José Carlos Ferreira de. Tradução e adaptação do “Annals of Dyslexia” volume 53, 2003.
IANHEZ, Maria Eugênia e NICO, Maria Ângela. Nem sempre é o que parece: como enfrentar a dislexia e os fracassos escolares. São Paulo: Elsevier, 2002.
PAULO FILHO, Pedro. A revolução da palavra: uma visão do “homo Ioquens”. 2 ed.
São Paulo: Siciliano, 1987.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 12 ed. São Paulo: Cortez 1986, p. 11-13.
ANTUNES, Celso. Professores e Professauros: Uma reflexão sobre a aula e práticas pedagógicas diversas. 3 ed. Petrópolis: Vozes, 2009.
FONSECA, Vitor. Introdução às dificuldades de aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 1995.
YUNES, Maria Ângela Nogueira. Dislexia. Acessível em:
http://www.dislexia.org.br/materialartigod/artigo003.html. Acessado em: 24 fev. 2019.
ONG, Walter. Oralidade e cultura escrita: a tecnologia da palavra. Campinas, SP: Papirus, 1998.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. Da fala para a escrita: atividades de retextualização, 5ed. São Paulo: Cortez, 2000.
MEIRELES, Cecília. Romanceiro da inconfidência: Crônica Trovada da Cidade de San Sebastiam. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1983.
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