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RESPOSTA DO RÉU

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RESPOSTA DO RÉU
No processo civil o contraditório e a ampla defesa são exercidos através da resposta do réu.
A principal forma de defesa do réu é a contestação
O processo se inicia com a petição inicial da parte autora, o réu até então não sabe que existe um processo contra ele, até que é citado;
A citação convocará o réu, que terá ciência da existência de um processo contra si a parti daquele momento, e poderá apresentar sua resposta ao pedido formulado pelo autor. 
O réu após o esgotamento de todas as formas de conciliação/mediação poderá apresentar a contestação, reconvenção ou até mesmo argüir a parcialidade do juiz através da exceção de impedimento ou suspeição 
 (
Argüir: Alegar como prova ou razão
)
MODALIDADES DE RESPOSTA (DEFESA) DO RÉU:
1. A contestação: É a principal modalidade de defesa do réu, nela deve conter todas as defesas possíveis para negar a pretensão do autor. 
2. A reconvenção: Tem como objetivo possibilitar um contra ataque do réu em face do autor. 
3. Arguir da parcialidade do juiz: No prazo da resposta através de exceção ou suspeição.
CONTESTAÇÃO:
De acordo com o art 335, o réu terá 15 dias para oferecer contestação escrita. 
A contestação somente poderá ser oferecida após a audiência de conciliação/mediação, depois de esgotadas todas as possibilidades de conciliação ou mediação, após frustradas essas possibilidades ou no caso em que seja cancelada por opção das partes. 
Na contestação o réu deverá contar com todas as defesas possíveis. 
Poderá apresentar:
DEFESA PROCESSUAL Dilatória e peremptória 
DEFESA DE MÉRITO: Direta e indireta
Na defesa processual o réu atacará o processo em si, e não o mérito da demanda. Então, incumbe ao réu alegar antes de discutir o mérito as matérias ali elencadas, caso o réu não vá argüir as preliminares da contestação e perder o prazo, esse irá cair na preclusão. 
Essas defesas devem ser arguidas como preliminares da contestação e definem se o juiz apreciará ou não o mérito da demanda. Por essa razão, devem ser arguidas como preliminar. Ou seja, 
O réu deverá fazer sua defesa por meio da contestação, sendo ela uma defesa processual ou de mérito. Na defesa processual, se divide em dilatória e peremptória. As defesas processuais devem ser arguidas na contestação e assim o juiz definirá se irá apreciar o mérito ou não. 
As defesas processuais podem ser classificadas como dilatórias e peremptórias, e estão elencadas no ART 337 DO CPC.
 As defesas dilatórias são aquelas que, se acolhidas, retardarão o processo, mas não provocarão a extinção do processo.
 São defesas processuais dilatórias: a inexistência ou nulidade de citação (art. 337, I); a incompetência relativa ou absoluta (art. 337, II); a incorreção do valor da causa (art. 337, III); a conexão (art. 337, VIII); e a indevida concessão do benefício da gratuidade de Justiça (art. 337, XIII).
Obs: na defesa dilatória só irá retardar o prazo do processo, ou seja, ainda haverá resolução do mérito. 
Já as defesas processuais peremptórias, se acolhidas, acarretarão a extinção do processo sem resolução do mérito. São exemplos de defesas processuais peremptórias: a inépcia da inicial (art. 337, IV); a perempção (art. 337, V); a litispendência (art. 337, VI); a coisa julgada (art. 337, VII); entre outras.
Alguns exemplos podem facilitar a compreensão. Pensemos na hipótese em que o réu alega a incompetência relativa do juízo. A ação deveria ser distribuída no domicílio do réu, por se tratar de direito pessoal (art. 46 do CPC), mas foi ajuizada erroneamente no domicílio do autor. 
Se o réu, ao oferecer a contestação, alegar, em preliminar, a incompetência relativa do juízo, e se esta defesa for acolhida, o juiz declinará de sua competência para o juízo competente. Nesse caso, o processo não será extinto, mas encaminhado para o juízo competente. Esse trâmite dilatará o tempo do processo, mas não acarretará a sua extinção. 
O mesmo não acontecerá se o réu alegar como defesa a existência de coisa julgada. Se o juiz reconhecer a existência de coisa julgada prévia, o processo será extinto sem resolução do mérito.
DEFESA DE MÉRITO
A Defesa de mérito ataca a pretensão do autor em si e não mais o processo como a defesa processual. 
Ou seja, na defesa de mérito o réu irá contra aquilo que o autor expôs em sua inicial.
A defesa de mérito se divide em defesa direta e indireta
DEFESA DIRETA: Na defesa direta do mérito o réu nega o fato constitutivo de direito do autor, ou seja, nega que o autor tenha razão em sua pretensão. 
EXEMPLO: O autor diz que tem direito á reintegração de posse, e o réu nega dizendo que o autor nunca teve a posse. 
A principal característica da defesa direta é a negativa dos fatos.
 (
Impeditivo 
Modificativo 
Extintivo
)DEFESA INDIRETA: Tem como característica o fato de que o réu reconhece o fato articulado pelo autor em sua petição inicial, mas apresenta um fato novo 
É importante compreender que o réu reconhece o fato alegado pelo autor, mas lhe opõe o novo fato, não concordando plenamente com o que foi dito.
EXEMPLO:
Um caso em que o autor ajuíza uma ação de cobrança em face do réu:
· O réu em sua contestação reconhece que deve, sim, ao autor, mas já ocorreu a prescrição (FATO EXTINTIVO)
· O réu também poderia alegar que pagou parcialmente a dívida (FATO MODIFICATIVO)
· Ou que o contrato que ampara a cobrança é nulo (FATO IMPEDITIVO)
Nos exemplos acima citados demonstra que o réu embora reconheça o fato alegado pelo autor, apresenta em sua defesa um fato novo, que destrói indiretamente a pretensão do autor. 
IMPORTANTE LEMBRAR QUE 
Como foi ressaltado, o réu poderá apresentar em sua contestação defesas processuais (dilatória e peremptória) e defesas de mérito (direta e indireta), entretanto, considerando que a contestação é a principal forma de resposta do réu, este deve apresentar todas as defesas na MESMA OPORTUNIDADE. 
Trata-se do principio da eventualidade ou da concentração da defesa ART 336, que estabelece que o réu deva apresentar toda matéria de defesa na contestação sob pena de PRECLUSÃO. Assim, caberá ao réu apresentar suas defesas processuais (dilatórias e peremptórias) em preliminar de contestação e as defesas de mérito (direta e indireta) no capítulo correspondente ao mérito.
OBSERVAÇÃO: o réu deverá observar também o princípio da impugnação específica (art. 341), que estabelece que o réu deve se manifestar precisamente sobre todas as alegações do autor, sob pena de ser presumidas como verdadeiras as alegações não impugnadas. Ou seja, caso o réu não se manifeste sobre todas as alegações feitas sobre ele, se considerará verdadeira aquela que ele deixar de se manifestar.
Exemplo: Em determinada ação judicial, o autor alega que sofreu dano material e estético. O réu apresenta contestação e impugna, especificadamente, somente o dano material. Assim, as alegações referentes ao dano estético se tornaram incontroversas, por ausência de impugnação do réu, e serão presumidas como verdadeiras nos termos do art. 341 do CPC.
· CONTESTAÇÃO – PRELIMINARES: 
Algumas defesas processuais, como a impugnação ao valor da causa, a impugnação à gratuidade de Justiça ou à incompetência relativa, que anteriormente eram veiculadas através de incidentes processuais, passaram a ser arguidas na própria contestação, eliminando formalidades desnecessárias.
Agora estão todas inclusas juntas a contestação, o que antes era necessário fazer várias peças, eliminando essas formalidades desnecessárias. 
· RECONVENÇÃO:
Art 343: Na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa. 
Ou seja, trata-se de um verdadeiro contra ataque do réu contra o autor no mesmo processo. 
O réu pode, além de se defender, demandar em face do autor utilizando a mesma relação processual. 
O réu poderá contestar e reconvir ou somente reconvir.
Art 343 § 6: o réu pode propor reconvenção independentemente de oferecer contestação.
Essa autonomia é reforçada no art. 343, §2º, ao dispor que a desistência ou a extinçãoda ação principal não impede o prosseguimento da reconvenção. São duas demandas que tramitam no mesmo processo.
Para entender melhor, pensemos numa situação em que o autor ajuíza uma ação de cobrança, no valor de R$ 100.000,00, em face do réu, e este se defende (contestação), dizendo que a divida já foi paga, e aduz ainda que o autor é o devedor da quantia de R$ 20.000,00. O réu, portanto, aproveita a própria demanda ajuizada pelo autor e formula sua pretensão (cobrança dos R$ 20.000,00).
Além desses requisitos, para que a reconvenção seja admitida, se faz necessário que o juiz seja competente tanto para a ação principal como para a reconvenção.
 Será necessário, ainda, que haja a compatibilidade de procedimentos. Não se admite, por exemplo, que a demanda principal tramite pelo procedimento comum e a reconvenção tenha uma pretensão que tenha procedimento especial definido em lei. 
O último requisito diz respeito ao prazo. O réu deverá reconvir, necessariamente, no prazo de 15 dias. Ultrapassado esse prazo, deverá o réu ajuizar ação própria, com livre distribuição, em face do autor.
Reconvir é ato processual exclusivo do réu em face do autor.
Uma vez proposta a reconvenção, o autor-reconvindo será intimado, na pessoa de seu advogado (art. 343, § 1º), para apresentar resposta no prazo de 15 dias. A intimação será feita em nome do advogado, para dinamizar o processamento da demanda. Por essa razão, o código determina que o advogado inclua na procuração o endereço eletrônico e não eletrônico. O autor-reconvindo poderá utilizar todas as modalidades de respostas admitidas no Código de Processo Civil. Poderá, inclusive, apresentar reconvenção da reconvenção.
Exceção de impedimento e suspeição
A exceção de impedimento ou suspeição é um incidente processual que tem como finalidade impugnar a parcialidade do juiz em determinada demanda judicial. O art. 5º, XXXVII e LIII, da Constituição Federal de 1988, dispõe sobre o princípio do juiz natural, e assegura que os litigantes serão julgados por juiz independente e imparcial. Entretanto, ocorrendo a parcialidade do juiz, caberá ao interessado apresentar exceção de impedimento ou suspeição, conforme o caso.
A parcialidade do juiz7 pode ser relativa ou absoluta. A parcialidade relativa tratará de hipóteses subjetivas de envolvimento do juiz com uma das partes (suspeição). O art. 145 enumera os fatos que são considerados suspeição8. Por se tratar de parcialidade relativa, que envolve interesse das partes, a exceção deverá ser apresentada no prazo de 15 dias, sob pena de preclusão. Transcorrido esse prazo, o vício da parcialidade estará sanado e o juiz, inicialmente suspeito, habilitado para julgar a causa.
A parcialidade absoluta (impedimento) é um vício grave e pode ser aferido de forma objetiva. O art. 144 do CPC enumera as hipóteses de impedimento, tais como atuação prévia do juiz como advogado da parte, membro do Ministério Público ou perito; que tenha apreciado a causa no primeiro grau de jurisdição; quando seu cônjuge for parte no processo; entre outras. Por se tratar de vício que viola interesse público, a parte terá 15 dias para apresentar exceção de impedimento, mas não haverá preclusão, podendo a parte arguir a parcialidade absoluta após o trânsito julgado através de ação rescisória (art. 966, II, do CPC).
O procedimento da exceção é simplificado (art. 146). A parte excipiente apresentará a exceção no prazo de 15 dias, apontando os motivos da recusa e as provas necessárias para demonstração do alegado. O juiz, ao receber a petição, poderá reconhecer a suspeição ou o impedimento9, e encaminhar os autos ao substituto legal. A parcialidade é do juiz, não do juízo. Nesse caso, o processo continuará sua tramitação no juízo competente, mas o juiz substituto oficiará no processo em substituição do juiz suspeito ou impedido.
Se o juiz não admitir a parcialidade, determinará a autuação do incidente e terá o prazo de 15 dias para apresentar suas razões. Em seguida, os autos serão encaminhados ao tribunal competente. Distribuído o incidente no tribunal, o relator determinará os efeitos em que o mesmo será recebido (com ou sem efeito suspensivo).
Caso o tribunal verifique que a alegação do excipiente não procede, julgará improcedente o incidente e o juiz excepto permanecerá na causa. Acolhida a alegação do excipiente, o juiz excepto será afastado da causa, arcará com as custas judiciais do incidente e o substituto legal conduzirá o processo. Caso o juiz excepto discorde da decisão, poderá recorrer.

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