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Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus Estágio Curricular Supervisionado do 8º semestre Principais Fatores de Risco para DANT Tabagismo Consumo de Álcool Consumo Alimentar Atividade Física Índice de Massa Corporal (IMC) Exames de detecção precoce de câncer MALTA et al, 2013 Hipertensão Arterial Sistêmica Hipertensão Arterial Sistêmica A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença crônica não transmissível e condição multifatorial, que depende de fatores genéticos/ epigenéticos, ambientais e sociais. Caracterizada por elevação persistente da pressão arterial (PA), ou seja, PA sistólica (PAS) maior ou igual a 140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90 mmHg. Relembrando... Tem relação direta com a resistência periférica e o débito cardíaco; Força exercida pelo sangue contra a parede de uma artéria, possuindo um componente sistólico e diastólico; Pressão arterial sistólica (PAS): resulta do volume sanguíneo ejetado na sístole e da complacência arterial; Pressão arterial diastólica (PAD): força exercida contra a parede arterial quando um ventrículo encontra-se em diástole (enchimento), com a válvula aórtica fechada. PA = DC x RVP Pressão Arterial Quantidade de sangue bombeado pelos ventrículos cardíacos em um minuto Alterações iniciais no débito cardíaco seguidas de alterações na resistência periférica (arteríolas) O aumento inicial do débito cardíaco induz uma resposta compensatória de vasoconstricção nas arteríolas que garante a normalização do fluxo sanguíneo local, mas contribui para o quadro de hipertensão. Fisiopatologia da HAS Hipertensão Arterial Sistêmica Obesidade Ingesta de Sal Climatério Resistência à Insulina Sedentarismo Estresse Alterações monogênicas Alterações Poligênicas Mecanismos Neurogênicos Sistema Renina- Angiotensina Peptídeos Vasoativos Endotélio Vascular Função e Estrutura Pressão Arterial = Débito Cardíaco x Resistência Periférica Hipertensão (↑débito ou ↑resistência) Pressão Arterial Normal Fatores Ambientais Fatores Genéticos HAS - Rastreamento Aferição e registro da pressão arterial: • Uma vez ao ano em todo adulto com 18 anos de idade ou mais. Pressão arterial (PA) deverá ser novamente verificada: • a cada dois anos , se PA menor que 120/80 mmHg; • a cada ano , se PAS entre 120 -139 e/ou PAD entre 80 - 89 mmHg nas pessoas sem outros fatores de risco para doença cardiovascular; • em mais dois momentos, em um intervalo de 1 a 2 semanas, se: ➢ PA maior ou igual a 140/90 mmHg ou ➢ PAS entre 120 – 139 e/ou PAD 80 – 89 mmHg na presença de outros fatores de risco para doença cardiovascular SES DF, 2018 HAS - Diagnóstico Verificada em pelo menos dois/três dias diferentes com intervalo mínimo de uma semana entre as medidas, ou seja, soma-se a média das medidas do primeiro dia mais as medidas subsequentes e divide-se por três. Faz-se o cálculo separadamente para PAS e PAD. *Calcula-se a média aritmética somando-se a as medidas do primeiro dia mais as duas medidas subsequentes e dividindo-se por três (intervalo de 1 semana). Faz-se o cálculo separadamente para PAS e PAD. HAS - Diagnóstico HAS - Diagnóstico PAD 85- 89 PAD 90- 99 Atribuições do enfermeiro Enfermeiro – APS • Realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias vinculadas às equipes e, quando indicado ou necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações entre outras), em todos os ciclos de vida. • Realizar consulta de enfermagem e procedimentos, solicitar exames complementares e prescrever medicações conforme protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas ou outras normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal, observadas as disposições legais da profissão. • Realizar e/ou supervisionar acolhimento com escuta qualificada e classificação de risco, de acordo com protocolos estabelecidos. • Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as pessoas que possuem condições crônicas no território, junto aos demais membros da equipe. Enfermeiro – APS • Realizar atividades em grupo e encaminhar, quando necessário, usuários a outros serviços, conforme fluxo estabelecido pela rede local. • Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas por técnicos/auxiliares de enfermagem, agente comunitário de saúde (ACS) e agentes de combate a endemias em conjunto com os outros membros da equipe. • Supervisionar as ações do técnico/auxiliar de enfermagem e ACS. • Implementar e manter atualizados rotinas, protocolos e fluxos relacionados com sua área de competência na Unidade Básica de Saúde. • Exercer outras atribuições conforme legislação profissional, que sejam de responsabilidade na sua área de atuação. In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a Consultas HAS – Consulta de enfermagem PE 1 – Avaliação de Enfermagem 2- Diagnóstico de Enfermagem 3- Planejamento de Enfermagem 4-Implementação de Enfermagem 5-Evolução COFEN, 2024 Consulta de Enfermagem – Avaliação de Enfermagem (Dados subjetivos) In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id aColeta de informações referente à pessoa, à família e à comunidade, com o propósito de identificar suas necessidades, problemas, preocupações ou reações. Consulta de Enfermagem – Avaliação de Enfermagem (Dados objetivos) Consulta de Enfermagem – Diagnósticos de Enfermagem In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a Identificação de problemas existentes, condições de vulnerabilidades ou disposições para melhorar comportamentos de saúde. Consulta de Enfermagem – Planejamento da assistência In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a Pontos importantes no planejamento da assistência: • Abordar/orientar sobre: 1. A doença e o processo de envelhecimento. 2. Motivação para modificar hábitos de vida não saudáveis (fumo, estresse, bebida alcoólica e sedentarismo). 3. Percepção de presença de complicações. 4. Os medicamentos em uso (indicação, doses, horários, efeitos desejados e colaterais). 5. Solicitar e avaliar os exames previstos no protocolo assistencial local. • Quando pertinente, encaminhar ao médico e, se necessário, aos outros profissionais. • É importante que o enfermeiro mantenha a comunicação com toda a equipe durante a implementação da SAE, ampliando o escopo do diagnóstico e do planejamento para além da equipe de enfermagem, envolvendo também o médico, os agentes comunitários de Saúde e o Núcleo de Apoio à Saúde In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a Terapia não medicamentosa In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a BARROSO et al, 2020 In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a BARROSO et al, 2020 Consulta de Enfermagem – Evolução de Enfermagem In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a ▪ Avaliar com a pessoa e a família o quanto as metas de cuidados foram alcançadas e o seu grau de satisfação em relação ao tratamento. ▪ Observar se ocorreu alguma mudança a cada retorno à consulta. ▪ Avaliar a necessidade de mudança ou de adaptação no processo de cuidado e reestruturar o plano de acordo com essas necessidades. ▪ Registrar em prontuário todo o processo de acompanhamento. In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a • Apresentar-se • Acolhimento (com respeito e linguagem acessível) • Anamnese • Exame físico (*edemas, TEC, pulsos, SSVV, peso, altura, IMC, circunferência abdominal...) • Solicitação/avaliação de exames • Realizar encaminhamentos e verificar validade de receitas • Realizar educação em saúde • Planejamento da assistência Consulta de Enfermagem - SínteseDiabetes Mellitus Slides do Prof.º Breno Santana da UnB. Produção acadêmico-científica sem fins lucrativos: distribuição e venda proibidas. 1 a cada 11 adultos (20 a 79 anos) convive com DM (463mi de pessoas) – 2017; 1 a cada 2 adultos com diabetes não possuem diagnóstico 1 a cada 5 indivíduos com diabetes tem menos de 65 anos 2 a cada 3 pessoas com diabetes vivem em áreas urbanas; 10% dos gastos globais com saúde (US$760bi). Diabetes Mellitus Distúrbio metabólico caracterizado por hiperglicemia persistente, decorrente da deficiência na produção ou ação da insulina (ou ambos os mecanismos). Insulina • Hormônio hipoglicemiante; • Secretada pelas células β pancreáticas; • Estímulo: elevação dos níveis séricos de glicose; • Único hormônio capaz de diminuir os níveis sanguíneos de glicose; • Aumenta o transporte de glicose do sangue para células musculares e hepáticas -> armazenamento como glicogênio -> diminuição da glicemia; Insulina Diabetes Mellitus - Classificação Tipo 1 ✓ Representa de 5-10% dos casos ✓ Afeta majoritariamente a população jovem (abaixo dos 20 anos) – 70% dos casos; ✓ Surgimento abrupto ✓ Crianças e Adultos sem excesso de peso ✓ Hiperglicemia acentuada ✓ Deficiência absoluta de insulina (destruição de célula beta) ✓ 80-95% dos casos diagnosticados ✓ Afeta majoritariamente pessoas com idade acima de 40 anos. ✓ Início insidioso e brando ✓ Adulto com longa história de excesso de peso e com história familiar de DM tipo 2 ✓ Fatores relacionados: obesidade, sedentarismo, HAS, dislipidemias, disfunção renal ✓ Deficiência relativa de insulina, isto é, há um estado de resistência à ação da insulina, associado a um defeito na sua secreção Tipo 2 Diabetes Mellitus – Fatores de risco • Idade superior a 45 anos; • Sobrepeso (IMC ≥ 25 kg/m 2 • Obesidade central circunferência abdominal: > 94 cm para homens e > 80 cm para mulheres • Antecedente familiar de diabetes; • Dislipidemia: triglicerídeos > 150 mg/dl e/ ou HDL<35 mg/dL; • Mulheres com história de diabetes gestacional ou de macrossomia (recém nascido com mais de 4kg); • Diagnóstico prévio de síndrome de ovários policísticos; • Doença cardiovascular, cerebrovascular ou vascular periférica definida. • Adultos assintomáticos com pressão arterial (PA) sustentada maior que 135/80 mmHg. DM - Rastreamento In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a Realização de glicemia plasmática de jejum: • Imediatamente: em pessoas com sintomas clássicos de DM (poliúria; polidipsia; polifagia; perda involuntária de peso e outros sintomas como: fadiga, letargia, prurido cutâneo ou vulvar, balanopostite e infecções de repetição). • Uma vez por ano ou mais frequentemente: quando glicemia de jejum alterada (de 100 a 126 mg/dl) ou tolerância à glicose diminuída (entre 140 e 199 mg/dl, 2 horas após sobrecarga oral). • A cada um a três anos: história de diabetes gestacional; evidências de dois ou mais componentes da síndrome plurimetabólica ou presença de dois ou mais fatores de risco • A cada três a cinco anos: idade >45 anos; DM - Rastreamento In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a Síndrome Plurimetabólica (IDF/AHA/NHLBI): a presença de pelo menos três dos seguintes critérios: • aumento da circunferência abdominal (> 94 para homens e > 80 cm para mulheres); • hipertrigliceridemia (>150 mg/dl) ou tratamento específico; • HDL baixo (< 40 mg/dl para homens e < 50 mg/dl para mulheres); • aumento da PA (PAS > 130 mmHg e PAD > 85 mmHg); e • aumento da glicemia de jejum (>100 mg/dl) In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a DM - Diagnóstico In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a • Geralmente, alterações fisiopatológicas precedem o diagnóstico da doença; • Pré-diabetes: valores glicêmicos acima dos valores de referência, mas abaixo dos valores diagnósticos de DM; resistência à insulina já está presente; condição assintomática; diagnóstico -> exames laboratoriais: Glicemia em jejum; TOTG; Hemoglobina glicada (HbA1c). Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019-2020) Nota: quando Diabetes estabelecido: mensuração da glicose ao acaso (mg/dL) ≥ 200 com sintomas inequívocos de hiperglicemia. Glicose em jejum (mg/dL) Glicemia em qualquer horário (mg/dL) Glicose 2 horas após sobrecarga com 75 g de glicose (mg/dL) HbA1c (%) Normoglicemia < 100 < 200 < 140 < 5,7 Pré-diabetes (risco aumentado para DM) ≥ 100 e < 126 - ≥ 140 e < 200 ≥ 5,7 e < 6,5 Diabetes estabelecido ≥ 126 ≥ 200 ≥ 200 ≥ 6,5 DM - Diagnóstico In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019-2020) . Exame para Diagnóstico Características Glicemia em jejum Coleta de sangue periférico após jejum calórico de no mínimo 8 horas Tolerância oral à glicose Coleta de amostra de sangue periférico em jejum calórico; Ingestão de 75 g de glicose dissolvida em água; Coleta de outra amostra de sangue 2 horas após a sobrecarga oral. Obs.: a dieta deve ser usual, sem restrição de carboidratos nos 3 dias anteriores a realização do teste. HbA1c Medida indireta da glicemia; Fornece informações acerca do índice retrospectivo da glicose plasmática (reflete 3 a 4 meses anteriores à mensuração); Não sofre grandes flutuações (pouca variação – não depende de jejum); Está diretamente relacionada ao risco de complicações Pode sofrer variações: anemias, hemoglobinopatias, uremia. DM - Diagnóstico In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a • Glicemia casual ≥ 200 com sintomas clássicos • Glicemia em Jejum ≥ 126 mg/dL em duas ocasiões distintas • Teste de Tolerância Oral a Glicose(TTG) com glicemia ≥ 200 mg/dl 2h após 75g de glicose anidra, em qualquer uma das medidas do teste. • Hemoglobina Glicada (HbA1c)> 6,5% In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a É possível prevenir a instalação da DM? DM TIPO 1 e 2 – Detecção precoce e início do tratamento o mais breve possível para minimizar danos e garantir qualidade de vida para os indivíduos acometidos! DM TIPO 2 – detecção precoce dos fatores de risco e atuação na prevenção → ações efetivas das equipes e do sistema de saúde, dos pacientes e da família! Prevenção da DM - primária A prevenção primária inclui as ações de promoção da saúde e prevenção de doenças. Estão incluídas neste item: • Alimentação saudável; • Atividade física; • Evitar tabagismo e excesso de peso; • Estímulo do aleitamento materno; • Evitar a administração do leite de vaca nos primeiros 3 meses de vida Prevenção da DM - secundária Na prevenção secundária, inclui prevenção de complicações agudas ou crônicas. Neste item podemos incluir: DM– Consulta de enfermagem PE 1 – Avaliação de Enfermagem 2- Diagnóstico de Enfermagem 3- Planejamento de Enfermagem 4-Implementação de Enfermagem 5-Evolução COFEN, 2024 In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id aColeta de informações referente à pessoa, à família e à comunidade, com o propósito de identificar suas necessidades, problemas, preocupações ou reações. Consulta de Enfermagem – Avaliação de Enfermagem (Dados subjetivos) In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a Consulta de Enfermagem – Avaliação de Enfermagem (Dados objetivos) Consulta de Enfermagem – Diagnóstico das necessidades de cuidado In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a Interpretação e conclusões quanto às necessidades, aos problemas e às preocupações da pessoa para direcionar o plano assistencial. Consulta de Enfermagem – Planejamento da assistência In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e es ti lo d e v id a Pontos importantes no planejamento da assistência: • Abordar/orientar sobre: o Sinais de hipoglicemia e hiperglicemia e orientações sobre como agir diante dessas situações; o Motivação para modificar hábitos de vida não saudáveis (fumo, estresse, bebida alcoólica e sedentarismo); o Percepção de presença de complicações; o A doença e o processo de envelhecimento; o Uso de medicamentos prescritos (oral ou insulina), indicação, doses, horários, efeitos desejados e colaterais, controle da glicemia, estilo de vida, complicações da doença; o Uso da insulina e o modo correto de como reutilizar agulhas; planejamento de rodízio dos locais de aplicação para evitar lipodistrofia. • Solicitar e avaliar os exames previstos no protocolo assistencial local. • Quando pertinente, encaminhar ao médico e, se necessário, aos outros profissionais. Exames No diagnóstico e reavaliações periódicas No diagnóstico e anualmente Fundoscopia Glicemia de jejum; creatinina sérica (TFG) e EAS Lipidograma; ácido úrico sérico; relação albumina/creatinina e microalbuminúria • Diagnóstico • A cada 2 anos para diabéticos bem compensados e sem queixas visuais • A cada ano para diabéticos classificados como de alto risco • A cada ano para pacientes com nefropatia hipertensiva e/ou diabética, bem como no momento da identificação da disfunção renal. HbA1C – Diagnóstico e 2x ano Consulta de Enfermagem – Implementação da assistência In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a • Ocorrer de acordo com as necessidades e grau de risco da pessoa e da sua capacidade de adesão e motivação para o autocuidado, a cada consulta. • As pessoas com DM com dificuldade para o autocuidado precisam de mais suporte até que consigam ampliar as condições de se cuidar. • O apoio ao autocuidado poderá ser da equipe de Saúde ou de outros recursos, familiares ou comunitários, articulados para esse fim. Consulta de Enfermagem – Avaliação da assistência In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a • Avaliar com a pessoa e a família o quanto as metas de cuidados foram alcançadas e o seu grau de satisfação em relação ao tratamento. • Observar se ocorreu alguma mudança a cada retorno à consulta. • Avaliar a necessidade de mudança ou adaptação no processo de cuidado e reestruturar o plano de acordo com essas necessidades. • Registrar em prontuário todo o processo de acompanhamento. Tratamento das Pessoas com Diabetes Mellitus na Atenção Básica O paciente sempre usará insulina. Diabetes Mellitus 1 Adoção de hábitos de vida saudáveis: • como uma alimentação equilibrada, • prática regular de atividade física, • moderação no uso de álcool e abandono do tabagismo, Estes hábitos de vida saudáveis são a base do tratamento do diabetes, e possuem uma importância fundamental no controle glicêmico, além de atuarem no controle de outros fatores de risco para doenças cardiovasculares. Acrescido ou não do tratamento farmacológico. Diabetes Mellitus 2 Controle Glicêmico Tipos de Insulina Locais para administração de insulina Alimentação ✓ Comer frutas, legumes, verduras, cereais e laticínios com baixos teores de gordura. ✓Usar menos sal, açúcar e frituras. ✓ Dar preferência às carnes brancas. ✓ Evite bebidas alcoólicas Suspensão do tabagismo “O fumo agrava várias doenças (nos rins, no coração e nos olhos)” “dificulta a redução do açúcar pela insulina” “aumenta a pressão e o colesterol” “reduz a circulação de oxigênio no organismo” ... “provoca rugas” Aumento da atividade física Mexam-se ! O exercício faz bem para o corpo e para a mente. As pequenas práticas de atividades físicas diárias previnem as doenças e melhoram a qualidade de vida. Complicações Pé Diabético • Situação de infecção, ulceração e/ou destruição dos tecidos profundos dos pés, associada a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica nos membros inferiores de pacientes com diabetes mellitus. • Nos países em desenvolvimento, 25% dos diabéticos desenvolverão pelo menos uma úlcera no pé durante a vida • No Brasil, estima-se que 40 mil pessoas por ano tenham complicações que levem à amputação dos membros inferiores. • Associação entre a neuropatia periférica sensitivo-motora e neuropatia autonômica; • Perda progressiva das sensibilidades protetora e proprioceptiva -> pé insensível e alterações na marcha, com sobrecarga da região plantar do ante-pé (lesões). • Surgem em decorrência de trauma ou alteração biomecânica, complicando-se para infecções e culminando em amputações quando o tratamento precoce não é instituído; • É uma importante causa da morbidade em diabéticos; Pé Diabético Pé neuropático É caracterizado pela perda progressiva da sensibilidade, os sintomas mais frequentes são os formigamentos e a sensação de queimação (que tipicamente pioram ao repouso e melhoram com o exercício). A diminuição da sensibilidade pode apresentar-se como lesões traumáticas indolores ou a partir de relatos, como perder o sapato sem se notar. Pé Diabético Pé isquêmico Caracteriza-se tipicamente por história de claudicação intermitente e/ou dor à elevação do membro (que pioram com o movimento e melhoram ao repouso). Ao exame físico, pode-se observar rubor postural do pé e palidez à elevação do membro inferior. À palpação, o pé apresenta-se frio, podendo haver ausência dos pulsos tibial posterior e pedioso dorsal. A maioria dos pacientes pode apresentar características mistas. Pé Diabético • A prevenção se dá particularmente em detectar as lesões pré-ulcerosas, representadas pelas bolhas, pele macerada e hemorragias; • Uso de calçados adequados, higiene adequada dos pés, prevenção de traumas, cuidados com as lesões já instaladas; • Remover calosidades, uso de palmilhas, avaliação de especialistas periodicamente, prática de atividade física e antibioticoterapia se houver lesão infectada. 1. Avaliação da pele: textura, coloração (palidez, cianose ou hiperemia), grau de hidratação da pele, presença de rachaduras, micose interdigital, deformidades, lesões de pele; 2. Avaliação musculoesquelética: inspeção de eventuais deformidades; 3. Avaliação vascular: palpação dos pulsos periféricos (pedioso e tibial posterior), temperatura cutânea (frialdade, calor) presença de pelos, estado da pele e músculos (atrofias); 4. Avaliação neurológica: identificar a Perda da Sensibilidade Protetora PSP (sensibilidade tátil, dolorosa, protetora plantar). Pé Diabético – Exame físico Slides do Prof.º Breno Santana da UnB. Produção acadêmico-científica sem fins lucrativos: distribuição e venda proibidas. 1. Teste de sensibilidade com monofilamento de 10g: Pé Diabético – Exame físico Avaliação da sensação de pressão; São avaliados 4 pontos nos pés: - Hálux (superfície plantar da falange distal) - 1ª, 3ª e 5ª cabeça dos metatarsos; 3 aplicações = 2 verdadeiras e 1 simulada. 2. Teste com o diapasão de 128 Hz: Pé Diabético – Exame físico Avaliação a sensibilidade vibratória; O cabo do diapasão deve ser posicionado sobre a falange distal do hálux; Aplicação perpendicular com pressão constante; 3 aplicações = 2 verdadeiras e 1 simulada. Slides do Prof.º Breno Santana da UnB. Produção acadêmico-científica sem fins lucrativos: distribuição e venda proibidas. 3. Teste para sensação de picada: Pé Diabético – Exame físico Avalia a sensibilidade tátil dolorosa; Utiliza-se um objeto pontiagudo para testar a percepção tátil dolorosa da picada como uma agulha ou palito, na superfície dorsal da pele próxima a unha do hálux; A falta de percepção diante da aplicação do objeto indica um teste alterado e aumenta o risco de ulceração. 4. Teste para reflexo aquileu: Pé Diabético – Exame físico Com o tornozelo em posição neutra, utiliza- se um martelo apropriado para percussão do tendão de Aquiles; O teste é considerado alterado quando há ausência da flexão do pé.Pé Diabético – Classificação Avaliação e Rastreamento Pé Diabético In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a In te rv e n ç õ e s p a ra m u d a n ç a s d e e s ti lo d e v id a • Apresentar-se • Acolhimento (com respeito e linguagem acessível) • Anamnese • Exame físico (pulsos, SSVV, peso, altura, IMC, circunferência abdominal, lesões em MMII...) • Aferição/interpretação de glicemia capilar • Avaliação do pé (testes de sensibilidade) • Solicitação/avaliação de exames • Realizar encaminhamentos e verificar validade de receitas • Realizar educação em saúde (principalmente com os pés) • Planejamento da assistência Consulta de Enfermagem - Síntese Referências • SES DF - Manejo da Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus na Atenção Primária à Saúde • Ministério da Saúde - CAB 36 (Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica diabetes mellitus) • Ministério da Saúde - CAB 37 (Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica HAS) • Barroso et al - Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020 • SBD - Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020 Slide 1: Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54 Slide 55 Slide 56 Slide 57 Slide 58 Slide 59 Slide 60 Slide 61 Slide 62 Slide 63: Tratamento das Pessoas com Diabetes Mellitus na Atenção Básica Slide 64: O paciente sempre usará insulina. Slide 65 Slide 66 Slide 67 Slide 68 Slide 69 Slide 70 Slide 71 Slide 72 Slide 73 Slide 74 Slide 75 Slide 76 Slide 77 Slide 78 Slide 79 Slide 80 Slide 81 Slide 82 Slide 83 Slide 84 Slide 85 Slide 86 Slide 87 Slide 88
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