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Aula 14 - HAS e DM

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Hipertensão Arterial 
Sistêmica e Diabetes 
Mellitus
Estágio Curricular Supervisionado do 8º semestre
Principais Fatores de Risco para 
DANT
Tabagismo
Consumo 
de Álcool
Consumo 
Alimentar
Atividade 
Física
Índice de 
Massa 
Corporal 
(IMC)
Exames de 
detecção 
precoce de 
câncer
MALTA et al, 2013
Hipertensão Arterial Sistêmica
Hipertensão Arterial Sistêmica
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença
crônica não transmissível e condição multifatorial, que
depende de fatores genéticos/ epigenéticos, ambientais
e sociais.
Caracterizada por elevação persistente da pressão
arterial (PA), ou seja, PA sistólica (PAS) maior ou igual a
140 mmHg e/ou PA diastólica (PAD) maior ou igual a 90
mmHg.
Relembrando...
Tem relação direta com a resistência periférica e o débito cardíaco;
Força exercida pelo sangue contra a parede de uma artéria, possuindo um componente sistólico
e diastólico;
Pressão arterial sistólica (PAS): resulta do volume sanguíneo ejetado na sístole e da
complacência arterial;
Pressão arterial diastólica (PAD): força exercida contra a parede arterial quando um ventrículo
encontra-se em diástole (enchimento), com a válvula aórtica fechada.
PA = DC x RVP
Pressão Arterial
Quantidade de sangue
bombeado pelos
ventrículos cardíacos em
um minuto
Alterações iniciais no débito cardíaco seguidas de alterações na resistência periférica 
(arteríolas)
O aumento inicial do débito cardíaco induz uma resposta compensatória de 
vasoconstricção nas arteríolas que garante a normalização do fluxo sanguíneo local, 
mas contribui para o quadro de hipertensão. 
Fisiopatologia da HAS
Hipertensão Arterial Sistêmica
Obesidade
Ingesta de Sal
Climatério
Resistência à Insulina
Sedentarismo
Estresse
Alterações monogênicas
Alterações Poligênicas
Mecanismos Neurogênicos
Sistema Renina-
Angiotensina
Peptídeos Vasoativos Endotélio Vascular
Função e Estrutura
Pressão Arterial = Débito Cardíaco x Resistência Periférica
Hipertensão
(↑débito ou ↑resistência)
Pressão Arterial Normal
Fatores 
Ambientais
Fatores 
Genéticos
HAS - Rastreamento 
Aferição e registro da pressão arterial: 
• Uma vez ao ano em todo adulto com 18 anos de idade ou mais. 
Pressão arterial (PA) deverá ser novamente verificada: 
• a cada dois anos , se PA menor que 120/80 mmHg;
• a cada ano , se PAS entre 120 -139 e/ou PAD entre 80 - 89 mmHg nas pessoas sem outros 
fatores de risco para doença cardiovascular;
• em mais dois momentos, em um intervalo de 1 a 2 semanas, se:
➢ PA maior ou igual a 140/90 mmHg ou
➢ PAS entre 120 – 139 e/ou PAD 80 – 89 mmHg na presença de outros fatores de risco para 
doença cardiovascular
SES DF, 2018 
HAS - Diagnóstico
Verificada em pelo menos dois/três dias diferentes com
intervalo mínimo de uma semana entre as medidas, ou seja, soma-se
a média das medidas do primeiro dia mais as medidas subsequentes e
divide-se por três. Faz-se o cálculo separadamente para PAS e PAD.
*Calcula-se a média aritmética somando-se a as medidas do primeiro dia mais as duas
medidas subsequentes e dividindo-se por três (intervalo de 1 semana). Faz-se o cálculo
separadamente para PAS e PAD.
HAS - Diagnóstico 
HAS - Diagnóstico 
PAD 85- 89 PAD 90- 99
Atribuições do 
enfermeiro
Enfermeiro – APS 
• Realizar atenção à saúde aos indivíduos e famílias vinculadas às equipes e, quando indicado ou
necessário, no domicílio e/ou nos demais espaços comunitários (escolas, associações entre
outras), em todos os ciclos de vida.
• Realizar consulta de enfermagem e procedimentos, solicitar exames complementares e
prescrever medicações conforme protocolos, diretrizes clínicas e terapêuticas ou outras
normativas técnicas estabelecidas pelo gestor federal, estadual, municipal ou do Distrito
Federal, observadas as disposições legais da profissão.
• Realizar e/ou supervisionar acolhimento com escuta qualificada e classificação de risco, de
acordo com protocolos estabelecidos.
• Realizar estratificação de risco e elaborar plano de cuidados para as pessoas que possuem
condições crônicas no território, junto aos demais membros da equipe.
Enfermeiro – APS 
• Realizar atividades em grupo e encaminhar, quando necessário, usuários a outros serviços,
conforme fluxo estabelecido pela rede local.
• Planejar, gerenciar e avaliar as ações desenvolvidas por técnicos/auxiliares de enfermagem,
agente comunitário de saúde (ACS) e agentes de combate a endemias em conjunto com os
outros membros da equipe.
• Supervisionar as ações do técnico/auxiliar de enfermagem e ACS.
• Implementar e manter atualizados rotinas, protocolos e fluxos relacionados com sua área de
competência na Unidade Básica de Saúde.
• Exercer outras atribuições conforme legislação profissional, que sejam de responsabilidade na
sua área de atuação.
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Consultas
HAS – Consulta de enfermagem
PE
1 – Avaliação de Enfermagem
2- Diagnóstico de 
Enfermagem
3- Planejamento
de Enfermagem
4-Implementação de 
Enfermagem
5-Evolução 
COFEN, 2024
Consulta de Enfermagem –
Avaliação de Enfermagem 
(Dados subjetivos)
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aColeta de informações referente à
pessoa, à família e à comunidade, com
o propósito de identificar suas
necessidades, problemas,
preocupações ou reações.
Consulta de Enfermagem –
Avaliação de Enfermagem 
(Dados objetivos)
Consulta de Enfermagem – Diagnósticos de Enfermagem
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Identificação de problemas existentes, condições de vulnerabilidades ou disposições para melhorar
comportamentos de saúde.
Consulta de Enfermagem – Planejamento da assistência
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Pontos importantes no planejamento da assistência:
• Abordar/orientar sobre:
1. A doença e o processo de envelhecimento.
2. Motivação para modificar hábitos de vida não saudáveis (fumo, estresse, bebida alcoólica e sedentarismo).
3. Percepção de presença de complicações.
4. Os medicamentos em uso (indicação, doses, horários, efeitos desejados e colaterais).
5. Solicitar e avaliar os exames previstos no protocolo assistencial local.
• Quando pertinente, encaminhar ao médico e, se necessário, aos outros profissionais.
• É importante que o enfermeiro mantenha a comunicação com toda a equipe durante a implementação da
SAE, ampliando o escopo do diagnóstico e do planejamento para além da equipe de enfermagem,
envolvendo também o médico, os agentes comunitários de Saúde e o Núcleo de Apoio à Saúde
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Terapia não medicamentosa
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BARROSO et al, 2020 
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BARROSO et al, 2020 
Consulta de Enfermagem – Evolução de Enfermagem
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▪ Avaliar com a pessoa e a família o quanto as
metas de cuidados foram alcançadas e o seu
grau de satisfação em relação ao tratamento.
▪ Observar se ocorreu alguma mudança a cada
retorno à consulta.
▪ Avaliar a necessidade de mudança ou de
adaptação no processo de cuidado e
reestruturar o plano de acordo com essas
necessidades.
▪ Registrar em prontuário todo o processo de
acompanhamento.
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• Apresentar-se
• Acolhimento (com respeito e linguagem acessível)
• Anamnese
• Exame físico (*edemas, TEC, pulsos, SSVV, peso, altura, IMC, circunferência
abdominal...)
• Solicitação/avaliação de exames
• Realizar encaminhamentos e verificar validade de receitas
• Realizar educação em saúde
• Planejamento da assistência
Consulta de Enfermagem - SínteseDiabetes Mellitus
Slides do Prof.º Breno Santana da UnB.
Produção acadêmico-científica sem fins lucrativos: distribuição e venda proibidas.
1 a cada 11 adultos (20 a 79 anos) convive com DM (463mi de pessoas) –
2017;
1 a cada 2 adultos com diabetes não possuem diagnóstico
1 a cada 5 indivíduos com diabetes tem menos de 65 anos
2 a cada 3 pessoas com diabetes vivem em áreas urbanas;
10% dos gastos globais com saúde (US$760bi).
Diabetes Mellitus
Distúrbio metabólico caracterizado por
hiperglicemia persistente, decorrente da
deficiência na produção ou ação da insulina
(ou ambos os mecanismos).
Insulina
• Hormônio hipoglicemiante;
• Secretada pelas células β pancreáticas;
• Estímulo: elevação dos níveis séricos de
glicose;
• Único hormônio capaz de diminuir os níveis
sanguíneos de glicose;
• Aumenta o transporte de glicose do sangue
para células musculares e hepáticas ->
armazenamento como glicogênio ->
diminuição da glicemia;
Insulina
Diabetes Mellitus - Classificação
Tipo 1
✓ Representa de 5-10% dos casos
✓ Afeta majoritariamente a população jovem 
(abaixo dos 20 anos) – 70% dos casos;
✓ Surgimento abrupto
✓ Crianças e Adultos sem excesso de peso
✓ Hiperglicemia acentuada
✓ Deficiência absoluta de insulina (destruição 
de célula beta) 
✓ 80-95% dos casos diagnosticados
✓ Afeta majoritariamente pessoas com idade acima
de 40 anos.
✓ Início insidioso e brando
✓ Adulto com longa história de excesso de peso e
com história familiar de DM tipo 2
✓ Fatores relacionados: obesidade, sedentarismo,
HAS, dislipidemias, disfunção renal
✓ Deficiência relativa de insulina, isto é, há um estado
de resistência à ação da insulina, associado a um
defeito na sua secreção
Tipo 2
Diabetes Mellitus – Fatores de risco
• Idade superior a 45 anos;
• Sobrepeso (IMC ≥ 25 kg/m 2
• Obesidade central circunferência abdominal:
> 94 cm para homens e > 80 cm para
mulheres
• Antecedente familiar de diabetes;
• Dislipidemia: triglicerídeos > 150 mg/dl e/ ou
HDL<35 mg/dL;
• Mulheres com história de diabetes
gestacional ou de macrossomia (recém
nascido com mais de 4kg);
• Diagnóstico prévio de síndrome de ovários
policísticos;
• Doença cardiovascular, cerebrovascular ou
vascular periférica definida.
• Adultos assintomáticos com pressão arterial
(PA) sustentada maior que 135/80 mmHg.
DM - Rastreamento
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Realização de glicemia plasmática de jejum:
• Imediatamente: em pessoas com sintomas clássicos de DM (poliúria; polidipsia; polifagia; perda
involuntária de peso e outros sintomas como: fadiga, letargia, prurido cutâneo ou vulvar, balanopostite
e infecções de repetição).
• Uma vez por ano ou mais frequentemente: quando glicemia de jejum alterada (de 100 a 126 mg/dl) ou
tolerância à glicose diminuída (entre 140 e 199 mg/dl, 2 horas após sobrecarga oral).
• A cada um a três anos: história de diabetes gestacional; evidências de dois ou mais componentes da
síndrome plurimetabólica ou presença de dois ou mais fatores de risco
• A cada três a cinco anos: idade >45 anos;
DM - Rastreamento
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Síndrome Plurimetabólica (IDF/AHA/NHLBI): a presença de pelo
menos três dos seguintes critérios:
• aumento da circunferência abdominal (> 94 para homens e >
80 cm para mulheres);
• hipertrigliceridemia (>150 mg/dl) ou tratamento específico;
• HDL baixo (< 40 mg/dl para homens e < 50 mg/dl para
mulheres);
• aumento da PA (PAS > 130 mmHg e PAD > 85 mmHg); e
• aumento da glicemia de jejum (>100 mg/dl)
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DM - Diagnóstico
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• Geralmente, alterações fisiopatológicas precedem o diagnóstico da doença;
• Pré-diabetes: valores glicêmicos acima dos valores de referência, mas abaixo dos valores diagnósticos
de DM; resistência à insulina já está presente; condição assintomática; diagnóstico -> exames
laboratoriais:
Glicemia em jejum;
TOTG;
Hemoglobina glicada (HbA1c).
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019-2020)
Nota: quando Diabetes estabelecido: mensuração da glicose ao acaso (mg/dL) ≥ 200 com sintomas inequívocos de hiperglicemia.
Glicose em jejum 
(mg/dL)
Glicemia em 
qualquer horário
(mg/dL)
Glicose 2 horas após 
sobrecarga com 75 g 
de glicose (mg/dL)
HbA1c (%)
Normoglicemia < 100 < 200 < 140 < 5,7
Pré-diabetes (risco 
aumentado para DM)
≥ 100 e < 126 - ≥ 140 e < 200 ≥ 5,7 e < 6,5
Diabetes estabelecido ≥ 126 ≥ 200 ≥ 200 ≥ 6,5
DM - Diagnóstico
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Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2019-2020)
.
Exame para
Diagnóstico
Características
Glicemia em jejum Coleta de sangue periférico após jejum calórico de no mínimo 8 horas
Tolerância oral à glicose
Coleta de amostra de sangue periférico em jejum calórico;
Ingestão de 75 g de glicose dissolvida em água;
Coleta de outra amostra de sangue 2 horas após a sobrecarga oral.
Obs.: a dieta deve ser usual, sem restrição de carboidratos nos 3 dias 
anteriores a realização do teste.
HbA1c
Medida indireta da glicemia;
Fornece informações acerca do índice retrospectivo da glicose plasmática 
(reflete 3 a 4 meses anteriores à mensuração);
Não sofre grandes flutuações (pouca variação – não depende de jejum);
Está diretamente relacionada ao risco de complicações
Pode sofrer variações: anemias, hemoglobinopatias, uremia.
DM - Diagnóstico
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• Glicemia casual ≥ 200 com sintomas clássicos
• Glicemia em Jejum ≥ 126 mg/dL em duas ocasiões distintas
• Teste de Tolerância Oral a Glicose(TTG) com glicemia ≥ 200 mg/dl 2h após 75g de glicose 
anidra, em qualquer uma das medidas do teste.
• Hemoglobina Glicada (HbA1c)> 6,5%
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É possível prevenir a instalação da DM?
DM TIPO 1 e 2 – Detecção precoce e início 
do tratamento o mais breve possível para 
minimizar danos e garantir qualidade de vida 
para os indivíduos acometidos!
DM TIPO 2 – detecção precoce dos fatores 
de risco e atuação na prevenção → ações 
efetivas das equipes e do sistema de saúde, 
dos pacientes e da família!
Prevenção da DM - primária
A prevenção primária inclui as ações de promoção da
saúde e prevenção de doenças.
Estão incluídas neste item:
• Alimentação saudável;
• Atividade física;
• Evitar tabagismo e excesso de peso;
• Estímulo do aleitamento materno;
• Evitar a administração do leite de vaca nos primeiros 3
meses de vida
Prevenção da DM - secundária
Na prevenção secundária, inclui
prevenção de complicações
agudas ou crônicas.
Neste item podemos incluir:
DM– Consulta de enfermagem
PE
1 – Avaliação de Enfermagem
2- Diagnóstico de 
Enfermagem
3- Planejamento
de Enfermagem
4-Implementação de 
Enfermagem
5-Evolução 
COFEN, 2024
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aColeta de informações referente à
pessoa, à família e à comunidade, com
o propósito de identificar suas
necessidades, problemas,
preocupações ou reações.
Consulta de Enfermagem –
Avaliação de Enfermagem 
(Dados subjetivos)
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Consulta de Enfermagem – Avaliação de 
Enfermagem (Dados objetivos)
Consulta de Enfermagem – Diagnóstico das necessidades de cuidado
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Interpretação e conclusões quanto às necessidades, aos problemas e às preocupações da pessoa para
direcionar o plano assistencial.
Consulta de Enfermagem – Planejamento da assistência
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Pontos importantes no planejamento da assistência:
• Abordar/orientar sobre:
o Sinais de hipoglicemia e hiperglicemia e orientações sobre como agir diante dessas situações;
o Motivação para modificar hábitos de vida não saudáveis (fumo, estresse, bebida alcoólica e sedentarismo);
o Percepção de presença de complicações;
o A doença e o processo de envelhecimento;
o Uso de medicamentos prescritos (oral ou insulina), indicação, doses, horários, efeitos desejados e colaterais, controle da
glicemia, estilo de vida, complicações da doença;
o Uso da insulina e o modo correto de como reutilizar agulhas; planejamento de rodízio dos locais de aplicação para evitar
lipodistrofia.
• Solicitar e avaliar os exames previstos no protocolo assistencial local.
• Quando pertinente, encaminhar ao médico e, se necessário, aos outros profissionais.
Exames
No diagnóstico e
reavaliações periódicas
No diagnóstico e 
anualmente
Fundoscopia
Glicemia de jejum; creatinina sérica (TFG) e EAS
Lipidograma; ácido úrico sérico; relação albumina/creatinina e 
microalbuminúria
• Diagnóstico 
• A cada 2 anos para diabéticos bem compensados e sem 
queixas visuais
• A cada ano para diabéticos classificados como de alto risco
• A cada ano para pacientes com nefropatia hipertensiva e/ou 
diabética, bem como no momento da identificação da 
disfunção renal.
HbA1C –
Diagnóstico 
e 2x ano
Consulta de Enfermagem – Implementação da assistência
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• Ocorrer de acordo com as necessidades e grau de risco da pessoa e da sua capacidade de adesão e
motivação para o autocuidado, a cada consulta.
• As pessoas com DM com dificuldade para o autocuidado precisam de mais suporte até que consigam
ampliar as condições de se cuidar.
• O apoio ao autocuidado poderá ser da equipe de Saúde ou de outros recursos, familiares ou
comunitários, articulados para esse fim.
Consulta de Enfermagem – Avaliação da assistência
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• Avaliar com a pessoa e a família o quanto as metas de cuidados foram alcançadas e o seu grau de
satisfação em relação ao tratamento.
• Observar se ocorreu alguma mudança a cada retorno à consulta.
• Avaliar a necessidade de mudança ou adaptação no processo de cuidado e reestruturar o plano de acordo
com essas necessidades.
• Registrar em prontuário todo o processo de acompanhamento.
Tratamento das Pessoas
com Diabetes Mellitus na
Atenção Básica
O paciente sempre usará insulina.
Diabetes Mellitus 1
Adoção de hábitos de vida saudáveis:
• como uma alimentação equilibrada, 
• prática regular de atividade física, 
• moderação no uso de álcool e abandono do tabagismo,
Estes hábitos de vida saudáveis são a base do tratamento do diabetes, e possuem 
uma importância fundamental no controle glicêmico, além de atuarem no 
controle de outros fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Acrescido ou não do tratamento farmacológico. 
Diabetes Mellitus 2
Controle Glicêmico
Tipos de Insulina
Locais para 
administração de 
insulina
Alimentação 
✓ Comer frutas, legumes, verduras, cereais e 
laticínios com baixos teores de gordura.
✓Usar menos sal, açúcar e frituras.
✓ Dar preferência às carnes brancas.
✓ Evite bebidas alcoólicas
Suspensão do tabagismo
“O fumo agrava várias doenças (nos rins, no 
coração e nos olhos)” 
“dificulta a redução do açúcar pela insulina” 
“aumenta a pressão e o colesterol”
“reduz a circulação de oxigênio no 
organismo” ...
“provoca rugas”
Aumento da atividade física
Mexam-se !
O exercício faz bem para o corpo e para a mente. As 
pequenas práticas de atividades físicas diárias previnem 
as doenças e melhoram a qualidade de vida. 
Complicações
Pé Diabético
• Situação de infecção, ulceração e/ou destruição dos tecidos profundos dos pés,
associada a anormalidades neurológicas e vários graus de doença vascular periférica
nos membros inferiores de pacientes com diabetes mellitus.
• Nos países em desenvolvimento, 25% dos diabéticos desenvolverão pelo menos uma
úlcera no pé durante a vida
• No Brasil, estima-se que 40 mil pessoas por ano tenham complicações que levem à
amputação dos membros inferiores.
• Associação entre a neuropatia periférica sensitivo-motora e neuropatia autonômica;
• Perda progressiva das sensibilidades protetora e proprioceptiva -> pé insensível e
alterações na marcha, com sobrecarga da região plantar do ante-pé (lesões).
• Surgem em decorrência de trauma ou alteração biomecânica, complicando-se para
infecções e culminando em amputações quando o tratamento precoce não é instituído;
• É uma importante causa da morbidade em diabéticos;
Pé Diabético
Pé neuropático
É caracterizado pela perda progressiva da
sensibilidade, os sintomas mais frequentes são os
formigamentos e a sensação de queimação (que
tipicamente pioram ao repouso e melhoram com o
exercício).
A diminuição da sensibilidade pode apresentar-se
como lesões traumáticas indolores ou a partir de
relatos, como perder o sapato sem se notar.
Pé Diabético
Pé isquêmico
Caracteriza-se tipicamente por história de
claudicação intermitente e/ou dor à elevação do
membro (que pioram com o movimento e
melhoram ao repouso). Ao exame físico, pode-se
observar rubor postural do pé e palidez à
elevação do membro inferior. À palpação, o pé
apresenta-se frio, podendo haver ausência dos
pulsos tibial posterior e pedioso dorsal.
A maioria dos pacientes pode apresentar
características mistas.
Pé Diabético
• A prevenção se dá particularmente em detectar as lesões pré-ulcerosas, representadas pelas bolhas, 
pele macerada e hemorragias;
• Uso de calçados adequados, higiene adequada dos pés, prevenção de traumas, cuidados com as 
lesões já instaladas;
• Remover calosidades, uso de palmilhas, avaliação de especialistas periodicamente, prática de 
atividade física e antibioticoterapia se houver lesão infectada.
1. Avaliação da pele: textura, coloração (palidez, cianose ou hiperemia), grau de hidratação
da pele, presença de rachaduras, micose interdigital, deformidades, lesões de pele;
2. Avaliação musculoesquelética: inspeção de eventuais deformidades;
3. Avaliação vascular: palpação dos pulsos periféricos (pedioso e tibial posterior),
temperatura cutânea (frialdade, calor) presença de pelos, estado da pele e músculos
(atrofias);
4. Avaliação neurológica: identificar a Perda da Sensibilidade Protetora PSP (sensibilidade
tátil, dolorosa, protetora plantar).
Pé Diabético – Exame físico
Slides do Prof.º Breno Santana da UnB.
Produção acadêmico-científica sem fins lucrativos: distribuição e venda proibidas.
1. Teste de sensibilidade com monofilamento de 10g:
Pé Diabético – Exame físico
Avaliação da sensação de pressão;
São avaliados 4 pontos nos pés:
- Hálux (superfície plantar da falange distal)
- 1ª, 3ª e 5ª cabeça dos metatarsos;
3 aplicações = 2 verdadeiras e 1 simulada.
2. Teste com o diapasão de 128 Hz:
Pé Diabético – Exame físico
Avaliação a sensibilidade vibratória;
O cabo do diapasão deve ser posicionado
sobre a falange distal do hálux;
Aplicação perpendicular com pressão
constante;
3 aplicações = 2 verdadeiras e 1 simulada.
Slides do Prof.º Breno Santana da UnB.
Produção acadêmico-científica sem fins lucrativos: distribuição e venda proibidas.
3. Teste para sensação de picada:
Pé Diabético – Exame físico
Avalia a sensibilidade tátil dolorosa;
Utiliza-se um objeto pontiagudo para testar a
percepção tátil dolorosa da picada como
uma agulha ou palito, na superfície dorsal da
pele próxima a unha do hálux;
A falta de percepção diante da aplicação do
objeto indica um teste alterado e aumenta o
risco de ulceração.
4. Teste para reflexo aquileu:
Pé Diabético – Exame físico
Com o tornozelo em posição neutra, utiliza-
se um martelo apropriado para percussão do
tendão de Aquiles;
O teste é considerado alterado quando há
ausência da flexão do pé.Pé Diabético – Classificação
Avaliação e Rastreamento
Pé Diabético
In
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• Apresentar-se
• Acolhimento (com respeito e linguagem acessível)
• Anamnese
• Exame físico (pulsos, SSVV, peso, altura, IMC, circunferência abdominal, lesões
em MMII...)
• Aferição/interpretação de glicemia capilar
• Avaliação do pé (testes de sensibilidade)
• Solicitação/avaliação de exames
• Realizar encaminhamentos e verificar validade de receitas
• Realizar educação em saúde (principalmente com os pés)
• Planejamento da assistência
Consulta de Enfermagem - Síntese
Referências
• SES DF - Manejo da Hipertensão Arterial Sistêmica e Diabetes Mellitus na Atenção
Primária à Saúde
• Ministério da Saúde - CAB 36 (Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica
diabetes mellitus)
• Ministério da Saúde - CAB 37 (Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica
HAS)
• Barroso et al - Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020
• SBD - Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2019-2020
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