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DEFICIÊNCIAS FÍSICAS, SENSORIAIS 
E INTELECTUAIS 
Denise Marques Alexandre 
GUIA DA 
DISCIPLINA 
 2020 
 
 
1 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
1. NOVO OLHAR SOBRE A DEFICIÊNCIA FÍSICO-MOTORA 
 
Objetivo 
Desvendar as dimensões que envolvem a deficiência físico-motora com o intuito de 
compreender suas particularidades, reforçando a importância da participação dos 
profissionais de educação, saúde e principalmente da família. Tais descobertas 
possibilitarão o aprimoramento das práticas inclusivas. 
 
Introdução 
Iniciaremos, nessa nossa nova jornada, mais uma oportunidade de ampliar nossos 
olhares e percepções em relação a pessoa com deficiência, lembrando que nossas ações 
serão sempre baseadas na perspectiva inclusiva e suas riquíssimas contribuições para as 
nossas práticas. 
 
Como estreia, veremos brevemente os conceitos vinculados a deficiência físico-
motora, esse pequeno estudo será importantíssimo para nossa compreensão, afinal existe 
grande relação entre o desenvolvimento e o movimento. 
 
Sabemos que o movimento é um grande facilitador para o desenvolvimento cognitivo 
e motor do ser humano, sendo assim, aprimorar nosso conhecimento trará a possibilidade 
de desenvolver ações inclusivas educacionais e também sociais. 
 
Ressalto que para quem atua na educação, 
especificamente na educação especial, sabe da 
importância em cada vez mais devemos ampliar 
nossa construção de conhecimento, 
principalmente em relação as ações inclusivas. 
Como profissionais, atuamos em um contexto que 
também é necessário envolver a performance da 
família e da sociedade. 
 
A escolha de nos direcionarmos cada vez mais para essa atuação trará a 
possibilidade de novas construções em relação ao conhecimento, e mais ainda, em 
considerar de modo especial a diversidade de cada um em relação à suas deficiências. 
Fonte da Imagem: https://sensicare.pt/blog/post/a-deficiencia-em-portugal-o-pouco-
conhecimento-desta-area/ 
 
 
2 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Diante disso, vamos aproveitar e retomar o significado da 
palavra “deficiência” que, segundo a Organização Mundial de 
Saúde (OMS) diz, que: “deficiência é o substantivo atribuído a 
toda a perda ou anormalidade de uma estrutura ou função 
psicológica, fisiológica ou anatômica, referindo-se, portanto, à 
biologia do ser humano”. 
 
Todavia, a expressão “pessoa com deficiência” pode ser atribuída a pessoas 
portadoras de qualquer tipo (s) de deficiência (s). Porém, em termos legais, esta mesma 
expressão é aplicada de um modo mais restrito e refere-se a pessoas que se encontram 
sob o amparo da legislação vigente em nosso país. 
 
Podemos identificar como “deficiente” todo aquele que tem um ou mais problemas 
de funcionamento ou falta de parte anatômica, restringindo com isto dificuldades a vários 
níveis: 
 
 
Como vimos anteriormente, para renovar nossas atitudes será necessário iniciar com 
um novo olhar, e quem atua ou já atuou com pessoas que possuem deficiência sabe dos 
desafios de conciliar teoria e prática. Tudo que é desenvolvido precisa ser inclusivo e deve 
abranger as concepções de promoção humana. 
 
Sendo assim, todo e qualquer profissional que atua nesse panorama necessita 
compreender as características das principais deficiências, aqui particularmente as 
Locomoção
Percepção 
Pensamento
Relação Social
Fonte: Elaborado pela autora (2018) 
 
 
 
3 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
deficiências físico-motoras, que envolverão intervenções educacionais adequadas para 
esse público específico. 
 
Nesse sentido, iremos situar as questões conceituais relacionadas a deficiência 
físico-motora (DFM) que passou por amplas modificações ao longo do tempo, perpassando 
pelo modelo médico-psicológico e seguindo para o atual modelo social e funcional que visa 
valorizar as possibilidades de aprendizagem além das limitações físicas (ISRAEL, 2012) 
 
A conceituação legal de deficiência físico-motora, também conhecida como 
deficiência física não sensorial foi implementada pelo Decreto Federal 3.298/99 e 
considera: 
 
Uma alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, 
acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sobre a forma 
de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, triplegia, 
triparesia hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência de membro, paralisia 
cerebral, membros com deformidades congênitas ou adquiridas, exceto as 
deformidades estéticas e as que não produzem dificuldades para o desempenho de 
funções. 
(Legislação brasileira sobre pessoas com deficiência [recurso eletrônico]. – 7. ed. – 
Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2013.) 
 
As características da deficiência físico-motora estão ligadas ao comprometimento 
das possibilidades de movimentação corporal, da manutenção da coordenação motora e 
do equilíbrio para realizar as atividades do cotidiano. De acordo com a legislação a 
deficiência pode acompanhar a pessoa desde o seu nascimento, ou ter sido adquirida ao 
longo da vida, sendo assim transitória ou permanente. 
 
No contexto educativo as mudanças conceituais 
vieram através do Ministério da Educação - MEC (2000) que 
destacou no Referencial Curricular Nacional para Educação 
Infantil que a deficiência física abrange “variedade de 
condições não sensoriais que afetam o indivíduo em termos 
de mobilidade, de coordenação motora geral ou de fala, como 
decorrência de lesões neurológicas, neuromusculares e 
ortopédicas ou, ainda de malformação congênitas ou 
adquiridas” (p. 16). 
 
 
 
4 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
A sequência da evolução conceitual em relação a deficiência físico-motora segue as 
atuais políticas sociais que consideram a integração e a convivência um avanço em relação 
a diversidade e as práticas inclusivas. 
 
Sabemos, que com o advento da inclusão as práticas foram desenvolvidas para que 
houvessem modificações na sociedade como um todo, e afim de, promover e permitir pleno 
desenvolvimento dessa população (SASSAKI, 2005). 
 
Assim, quando se pensa em pleno desenvolvimento, é fundamental que se 
reconheça o paradigma atual de atenção à saúde. De acordo com a Organização Mundial 
da Saúde (OMS, 2003) o conceito de saúde abrange a vida humana em todos os seus 
ciclos - do nascimento até a velhice – em todos os níveis de complexidade, visando a 
qualidade de vida da pessoa e da comunidade que a cerca. 
 
Deste modo, cabe aos profissionais da área da educação e saúde a responsabilidade 
de promover ações (inter ou transdisciplinares) específicas para contribuir com o 
desenvolvimento humano, sendo assim possibilitando maior condição de equidade. 
 
Conclusão 
Conforme pudemos analisar neste texto introdutório, que o primeiro e importante 
passo enquanto profissionais é repensar nossas atitudes, falas e postura em relação à 
deficiência. Daqui em diante ao nos depararmos com uma pessoa com deficiência físico-
motora (DFM), que através desse novo conhecimento possamos modificar e proporcionar 
melhores oportunidades de valorização e respeito. 
 
 Como educadores poderemos construir novas oportunidades para as pessoas com 
DFM, desenvolvendo práticas que possibilitem utilizar o potencial que possuem para 
aprender de diferentes formas, superando seus desafios funcionais. 
 
 
Aproveite as oportunidades para ampliar seu conhecimento assistindo filmes 
ou lendo livros sobre o assunto. Segue a indicação cultural que aborda a 
deficiência físico-motora: 
 
Como Eu Era Antes de Você (2016) ‧ Drama/Romance ‧ 1h 51m 
 
 
5 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educaçãoa Distância 
2. AS PRINCIPAIS CAUSAS E CARACTERÍSTICAS DA DEFICIÊNCIA 
FÍSICO-MOTORA 
 
Objetivo 
Ampliar o conhecimento em relação as causas e características da deficiência físico-
motora, podendo assim compreender a dificuldade, a limitação ou restrição de participação 
nas atividades do cotidiano. 
 
Introdução 
Na unidade anterior tivemos a oportunidade de desvendar algumas particularidades 
sobre a deficiência, vimos que em sua concepção envolve todo e qualquer 
comprometimento que afeta a integridade da pessoa. Sendo assim, tudo aquilo que 
ocasiona danos para locomoção, coordenação de movimentos, fala, compreensão de 
informações, orientação espacial ou percepção. 
 
Acompanhando diversos autores, vimos que o conceito apresenta muitas definições, 
e as pessoas com deficiência são divididas em algum grupo previsto pela legislação sendo 
estes: física, mental, auditiva, visual e múltipla, a estes são estabelecidas algumas 
determinações. 
 
No caso da deficiência física, também conhecida como deficiência motora 
encontramos significados que descrevem restrições completas ou parciais de partes do 
corpo humano, bem como, alteração no corpo que provoca dificuldades na movimentação 
das pessoas e que as impede de participarem da vida de forma independente. 
 
No documento que apresenta a codificação da CIF (OMS, 2003), o entendimento 
conceitual descreve que quando uma pessoa tem dificuldade de realizar uma atividade, 
está com limitação e quando apresenta problemas numa situação de vida, diz-se que tem 
uma restrição de participação (ISRAEL, 2012). 
 
Relembrando que os principais tipos de deficiência física são definidos na legislação, 
segundo o Decreto no 3.298 de 20 de dezembro de 1999, sendo: paraplegia, tetraplegias, 
hemiplegia, as amputações, os casos de paralisia cerebral e as ostomias. 
 
 
 
6 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Nosso direcionamento é especifico a Deficiência Física e/ou Motora (DFM), 
considerando à alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, 
acarretando o comprometimento da função física. No quadro abaixo visualizamos 
detalhadamente os tipos e definições de (DFM): 
 
 
 
Diante das informações do quadro acima, é possível compreender que a deficiência 
física e/ou motora também pode ser considerada um distúrbio da estrutura anatômica ou 
da função, que interfere na movimentação e/ou locomoção do indivíduo. Também é 
possível verificar quanto à natureza das deficiências físicas, sendo possível dividi-las em: 
Distúrbios ortopédicos (problemas originados nos músculos, ossos e/ou articulações) e 
Distúrbios neurológicos (que se referem a deterioração ou lesão do sistema nervoso 
 
 
 
Fonte: A Inserção da pessoa portadora de deficiência e do beneficiário reabilitado no mercado de trabalho; MPT/Comissão de 
Estudos para inserção da pessoa portadora de deficiência no mercado de trabalho - Brasília/DF (2001) 
 
 
 
7 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
A deficiência física também pode ser dividida: 
 
Sabe-se que as causas da deficiência física e/ou motora são muito diversas, 
podendo estar ligada a problemas genéticos, complicações na gestação ou gravidez, ou 
ser adquirida ao longo da vida com doenças infantis e acidentes. Cabe ressaltar que, as 
causas pré-natais, perinatais e pós-natais também apresentam pontos importantes para 
compreensão da DFM, podendo identificar as diferentes implicações: 
 Causas pré-natais: problemas durante a gestação (remédios tomados pela 
mãe, tentativas de aborto malsucedidas, perdas de sangue durante a gestação, 
crises maternas de hipertensão, problemas genéticos e outras); 
 Causas perinatais: problema respiratório na hora do nascimento, 
prematuridade, bebê que entra em sofrimento na hora do nascimento por ter 
passado da hora, cordão umbilical enrolado no pescoço e outras; 
 Causas pós-natais: parada cardíaca, infecção hospitalar, meningite ou outra 
doença infecta- contagiosa ou quando o sangue do bebê não combina com o da 
mãe (se esta for Rh negativo), traumatismo craniano ocasionado por uma queda 
muito forte e outras. 
 
Observando nosso panorama nacional, também podemos citar uma das doenças 
que foi considerada a maior causa de deficiência física entre nossas crianças, a paralisia 
infantil, conhecida também (poliomielite) e que conseguiu ser erradicada, graças as amplas 
campanhas de vacinação. 
 
Conforme visto, as causas da deficiência física e/ou motora são inúmeras e podem 
afetar o indivíduo ao longo de sua existência humana, por exemplo, no caso de jovens e 
Fonte: Elaborado pela autora (2018) 
 
Congênita ou adquirida
Aguda ou crônica 
Permanente ou temporária
Progressiva ou não progressiva
 
 
8 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
adultos, a deficiência física pode ocorrer após uma lesão medular, aneurisma, acidente 
vascular cerebral e/ou outros problemas. 
 
Já no quesito das mutilações e as sequelas motoras (sejam de causas ligadas a 
moléstias ou acidentes) podemos subdividia-las de acordo com os sistemas orgânicos de 
origem, que foram afetados: 
 
 
Para complementar podemos citar, algumas causas relacionadas aos distúrbios 
neurológicos que podem levar à deficiência motora, conhecido como paralisia cerebral 
(encefalopatia crônica da infância). Considerado um distúrbio não progressivo da 
motricidade, pode ser causado por uma lesão ou mal funcionamento do cérebro e ocorre 
usualmente antes dos três anos de idade. (KOK,2003) 
 
As causas podem ocorrer por prematuridade; desnutrição materna; rubéola; 
toxoplasmose; trauma de parto; subnutrição e muitas outras situações. Acompanhando as 
bibliografias pode-se observar que 86% das causas podem ser pé e perinatais e 14% são 
provenientes de fatores pós-natais. (CORN, 2007) 
Fonte: Elaborado pela autora (2018) 
Encefálica : esclerose múltipla, o AVC e Paralisia 
Cerebral 
Espinhal : poliomielite, traumatismos com ruptura ou
compressão medular, má-formação, como espinha
bífida, por degeneração - Síndrome de Werdnig-
Hoffmann
Muscular: distrofia muscular progressiva (miopatia),
luxação coxo-femoral, artrogripose múltipla, ausência
congênita de membros ou partes de formas distróficas
como osteocondriosis (coxa plana), osteogenesis
imperfecta (“ossos de vidro”), condodistrofia, amputações,
entre outras.
 
 
9 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Acompanhando as pesquisas de alguns autores o termo PC não é adequado, uma 
vez que significaria o estacionamento total das atividades motoras e mentais, o que muitas 
vezes não é o caso. Sendo assim, outros autores têm utilizado o termo Encefalopatia 
Crônica Não Progressiva ou Não Evolutiva. 
 
Conclusão 
Nesta unidade, foi possível compreender que são inúmeras as causas e 
características da deficiência física e/ou motora, suas implicações podem ocorrer desde a 
gestação, ou ainda, afetar o indivíduo ao longo de sua existência. 
 
Como profissionais e educadores, devemos sempre nos manter informados e 
capacitados, sendo assim, poderemos desenvolver práticas inclusivas que acolham o 
indivíduo em suas limitações ou restrições de participação. 
 
Pensar em desenvolver práticas inclusivas, reforça o conceito de equidade de direito 
para todos que tenham sido acometidos pela deficiência física e/ ou motora. 
 
 
 
 
 
10 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
3. DESAFIOS E INTERVENÇÕES PARA APRENDIZAGEM DO ALUNO 
COM DEFICIÊNCIA FÍSICA 
 
Objetivo 
Compreender a importância do professor como mediador das propostas e 
intervenções no contexto escolar inclusivo para os alunos com deficiênciafísica. 
 
Introdução 
Atualmente, podemos considerar que estamos em tempos de inclusão, por isso 
espera-se que o aluno com deficiência física tenha matricula garantida para se desenvolver 
no contexto educativo. Também já se espera, que esse aluno receba atendimento 
educacional especializado para garantir o apoio e suporte necessário para manter a 
qualidade de aprendizagem e escolarização na sala comum. 
 
Especificamente, no caso da deficiência física o atendimento educacional deve 
atender as demandas de cada aluno, ajustando as práticas em relação a variedade de 
restrições e limitações apresentadas. 
 
 A organização do atendimento especializado, de 
acordo com a Política Nacional de Educação Especial na 
perspectiva da Educação Inclusiva (2008), deve 
acontecer nas Salas de Recursos Multifuncionais com 
atendimento ao aluno no horário de contra turno ao que 
está matriculado na sala comum. 
 
Porém, perpassando por várias experiências, acompanhando as pesquisas e 
bibliografias que abordam o assunto é possível verificar a dificuldade de garantir essa 
educação de qualidade aos deficientes físicos. 
 
De acordo com Pelosi e Nunes (2009), os alunos com deficiência física inseridos nas 
escolas regulares recebem atendimento educacional uma vez por semana e 
quinzenalmente, atendimento educacional especializado por meio do auxílio do professor 
itinerante na sala comum. Desses alunos, 40% apresentavam linguagem oral, porém não 
 
 
11 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
estavam alfabetizados e 35% iniciavam o processo de aquisição da escrita, mas com sérios 
atrasos e comprometimentos. 
 
Sabemos dos vários percalços vividos 
quando atuamos com educação especial no 
contexto inclusivo que, muitas vezes, como 
apontaram Mendes e Lourenço (2012), os 
recursos, principalmente os de Tecnologia 
Assistiva, não estão disponíveis nas salas comuns 
onde estão matriculados alunos com deficiência 
física, especialmente os com quadro clinico de 
Paralisia Cerebral. 
 
Todavia, mesmo diante desses desafios precisamos estar preparados e disponíveis 
para alterar esse quadro. Para que isso não aconteça, sei que não devemos romantizar a 
realidade, mas penso que o educador quando acredita no seu trabalho, cria alternativas 
para realiza-lo. 
 
A Tecnologia Assistiva, no contexto escolar, tem sido utilizada, para criar ambientes 
mais propícios à aprendizagem, para isto seus recursos e estratégias possibilitam aos 
alunos ampliar suas habilidades e desenvolver um sentimento positivo sobre o processo de 
aprendizagem. (CONNERS; JOHNSON, 2001; DELIBERATO; 2009a, 2009b) apud 
ROCHA; DELIBERATO, (2009) 
 
Diante disso, iremos focar em ferramentas e orientações que possam facilitar nossas 
atividades diárias, como por exemplo, sinais que podem ser observados em nossos alunos 
que possam indicar um quadro de deficiência física. Fique atento se o aluno apresentar: 
 Movimentação sem coordenação ou atitudes desajeitadas de todo o corpo ou de 
parte dele; 
 Anda de forma não coordenada, pisa na ponta dos pés ou manca; 
 Pés tortos ou com qualquer deformidade; 
 Dor óssea, articular ou muscular; 
 Dificuldade em controlar os movimentos, desequilíbrio e quedas constantes; 
 Segura o lápis com muita ou pouca força; 
 
 
12 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 Dificuldade de realizar encaixe e atividades que exijam coordenação motora fina. 
 
Após realizar as observações, caso esse aluno ainda não tenha sido diagnosticado, 
torna-se necessário seu encaminhamento para profissionais especializados, isso trará 
novas possibilidades de atuação e parceria em relação ao desenvolvimento desse aluno. 
 
A importância de ter um diagnóstico, faz com que ajustemos nossas práticas a cada 
caso, como vimos, muitas crianças com deficiência física apresentam comprometimentos 
motores, de locomoção, de exploração para manusear objetos e de desenvolvimento da 
linguagem oral, o que dificulta ou impede a aquisição de conhecimento e bens culturais, o 
que resulta nas dificuldades de aprendizagem. 
 
De acordo com Lorenzini (2002), a maioria das crianças com alterações motoras 
apresenta dificuldade em interagir com o meio, devido ao comprometimento motor, tais 
dificuldades comprometem o desenvolvimento global da criança, podendo mascarar as 
potencialidades. 
 
Para González (2007), as dificuldades de aprendizagem são geradas e causam 
necessidades educacionais especificas devido à ausência de recursos, os quais deveriam 
auxiliar e proporcionar suporte necessário aos alunos com deficiência, sendo assim 
contribuiria com a inserção real e efetiva destes na sociedade. 
 
Pensando nestes aspectos é importante visualizarmos as considerações 
pedagógicas que envolvem cada indivíduo, sendo assim é necessário estabelecer 
parâmetros relativos às: 
 
Implicações pedagógicas 
Limitações decorrentes do grau e da extensão das áreas
lesadas
Ações previstas e promovidas às necessidades do aluno
Estratégias que ofereçam condições de oportunidade, de
igualdade para o desenvolvimento do seu potencial.
 
 
13 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
A escola deve compor ações com diferentes dinâmicas e estratégias de ensino, pois 
os arranjos pedagógicos surgem com o objetivo de complementar, adaptar e suplementar 
o currículo quando necessário. Toda modificação das estratégias de ensino e do ambiente 
escolar irão proporcionar maiores possibilidades para o aluno aprender e se desenvolver. 
 
Conclusão 
No decorrer dessa unidade, foi possível perceber as diversas características das 
deficiências físicas e sua numerosa gama de necessidades específicas. 
 
Como profissionais, devemos planejar e respeitar as especificidades e interesses 
individuais desses alunos, promovendo um aprendizado de qualidade e ajustado a sua 
realidade. 
 
Desta forma, estaremos efetivando as condições necessárias de aprendizagem do 
aluno com deficiência física, junto aos demais profissionais da educação, saúde e 
reabilitação. 
 
Para finalizar, cabe lembrar que a busca incessante de novos conhecimentos e sua 
disseminação, surge na tentativa de minimizar as barreiras atitudinais frente as reais 
condições de aprendizagem desses alunos. 
 
Acreditem, esse é o primeiro passo para a efetivação do direito à escolarização do 
aluno com deficiência física no contexto da escola inclusiva. 
 
REPRESENTATIVIDADE 
 
 
 
 
14 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
4. DEFICIÊNCIA E SEUS DOCUMENTOS OFICIAIS 
 
Objetivo 
Ampliar conhecimento em relação a todos os documentos oficiais que envolvem 
ações normativas, diagnóstico e legislação. 
 
Introdução 
Começaremos a tecer nessa unidade a conscientização e a importância de 
acessarmos os documentos oficiais que especificam e fundamentam a definição de 
deficiência. 
 
Perpassando pelas políticas nacionais, leis e decretos, é possível acompanhar os 
avanços em relação ao desenvolvimento histórico da deficiência, bem como as ações 
promotoras de educação de qualidade para todas as pessoas com deficiência. 
 
Todos os documentos que envolvem ações normativas, diagnóstico e legislação 
trarão a percepção que a pessoa com deficiência ocupa um novo lugar socialmente, 
respeitada em seus impedimentos 
 
4.1. Conceito de Deficiência 
Segundo DECRETO Nº 3298/99 que REGULAMENTA A LEI 7853/89: 
I. Deficiência – toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou função 
psicológica, fisiológica ou anatômica. 
II. Deficiência permanente – aquela que ocorreu ou se estabilizou durante um 
período de tempo. 
III. Incapacidade – uma redução efetiva e acentuada da capacidade de 
integração social. 
 
A escola como estádada, está ultrapassada, cansada e monótona. Não atinge as 
necessidades dos alunos e nem os anseios dos professores. Mas, então, por que 
continuamos fazendo as mesmas atividades nela? Por que mantemos a nossa metodologia 
A mesma maneira que aprendemos anos/décadas atrás quando éramos estudantes? Por 
que reclamamos da escola, mas não a mudamos? São essas perguntas que buscarei 
responder ao longo dessa semana. 
 
 
15 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
4.2. O que é deficiência? 
Reconhecendo a necessidade de promover a participação entre docentes, discentes 
e responsáveis, partiremos, agora, para a ação de planejar. 
 
DECRETO Nº 5296/04 - REGULAMENTA AS LEIS 10.048 E 10.098/2000 
§ 1º Pessoa “portadora” de deficiência: possui limitação ou incapacidade para o 
desempenho de atividade e se enquadra nas seguintes categorias: 
 
 Deficiência física 
 Deficiência auditiva 
 Deficiência visual 
 Deficiência mental: funcionamento intelectual significativamente inferior à média, 
com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou 
mais áreas de habilidades adaptativas, tais como: 
1. Comunicação; 
2. Cuidado pessoal; 
3. Habilidades sociais; 
4. Utilização dos recursos da comunidade; 
5. Saúde e segurança; 
6. Habilidades acadêmicas; 
7. Lazer; 
8. Trabalho; 
 Deficiência múltipla - associação de duas ou mais deficiências; 
 
Ou seja, como fazer um planejamento que realmente esteja de acordo com as 
demandas contemporâneas e como implementá-las na escola, para que o sucesso seja 
obtido e o fracasso diminuído – o que, muito possivelmente, continuará ocorrendo, pois, a 
escola é um locus de constante mudança. Ainda assim, ressalto que só de partirmos do 
reconhecimento da importância do trabalho conjunto, muitas melhorias poderão ser 
implementadas na escola. 
 
Pensar a escola e as suas múltiplas facetas possibilitam que olhemos para ela com 
o propósito de tirar o que há de melhor, tanto de sua estrutura física predial como de seu 
capital cultural da soma de todos que ali estão. Para isso, um bom planejamento, 
 
 
16 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
dialogando com as realidades locais e demandas específicas são de fundamental 
importância para que os objetivos traçados no início do ano sejam mais facilmente 
alcançados. 
A ação de planejar, portanto, não se reduz ao simples preenchimento de formulários 
para controle administrativo, é, antes, a atividade consciente da previsão das ações 
político – pedagógicas, e tendo como referência permanente as situações didáticas 
concretas (isto é, a problemática social, econômica, política e cultural) que envolve 
a escola, os professores, os alunos, os pais, a comunidade, que integram o 
processo de ensino. (Líbano, 1994, p. 222) - LIBÂNEO, José Carlos, Didática. São 
Paulo. Editora Cortez. 1994. 
 
Uma escola localizada num bairro periférico terá demandas diferentes daquelas 
localizadas num bairro central e, justamente por esse motivo, a aula que ministramos numa 
escola nunca dará certa se ministrarmos igualmente em outra escola. O mesmo ocorre com 
o planejamento. Se não olharmos para a comunidade local, para as suas necessidades 
pontuais e pensarmos em possibilidades de melhorias conjuntamente escola-comunidade, 
a prática educativa estará impossibilitada. 
 
Planejar é pensar, dialogar, problematizar, construir, descontruir, ordenar, modificar 
e tantos outros sinônimos que possamos imaginar para uma ação ininterrupta pelo simples 
fato de que a escola não é um lugar de atividades fim, sim de atividades constantes e 
mutáveis. A ação de planejar é a ação da empatia, do olhar e buscar compreender, do 
reconhecer os limites docentes e institucionais, do pensar possibilidade para atentar as 
necessidades e, acima de tudo, de realizar um convite para a comunidade participar não 
apenas do processo de planejamento como um convite à comunidade para a escola. 
 
4.3. Processo Histórico do Conceito de Deficiência 
Para incluir socialmente as pessoas com deficiência foi necessário desenvolver 
ações que respeitassem as necessidades da sua condição. Tal ação, com o 
desenvolvimento das leis, foi reforçando e possibilitando o acesso aos serviços públicos. 
 
 
17 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
Observando o quadro é possível identificar a transformação do conceito de 
deficiência e as perspectivas em relação as diretrizes da inclusão em todas as esferas da 
vida social. 
 
Como educadores é imprescindível conhecer tais transformações, afinal foram elas 
que trouxeram melhorias para a informação, capacitação e organização para o 
funcionamento dos serviços que hoje ampliam a qualidade de vida do deficiente. 
 
4.4. Manuais de Diagnóstico 
Os manuais de diagnóstico são utilizados como referência para a prática clínica e 
foram desenvolvidos com o intuito de estabelecer diagnósticos mais confiáveis, penso que 
como educadores é interessante conhecer sua existência. 
 
O DSM é um manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais, todas as 
informações disponibilizadas são úteis para os diversos profissionais ligados aos diferentes 
aspectos dos cuidados com a saúde mental, incluindo psiquiatras, outros médicos, 
psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, de reabilitação e outros profissionais da área 
da saúde. 
 
CIDID 1989 CIDDM2 1997 CIF 2001 
Perda ou anormalidade de uma 
estrutura ou função psicológica, 
fisiológica ou anatômica; 
Restrição/falta da capacidade 
de realizar uma atividade; 
Desvantagem/incapacidade 
que limita ou impede o 
desempenho de um papel. 
 
 Enfoque na incapacidade e 
limitação. 
Enfatizam o apoio, os 
contextos ambientais e as 
potencialidades. 
Nesta perspectiva amplia a 
concepção dando 
importância a participação, 
uma vez que consiste na 
interação da PcD, as 
dificuldades da atividade e 
os fatores no contexto 
socioambientais. 
 
 Ideia de Inclusão social 
Leva em conta a capacidade 
das pessoas com 
deficiência, não a 
incapacidade ou a questão da 
doença ou a situação que 
causou a sequela, mas outros 
fatores, como a capacidade 
do indivíduo em se relacionar 
com o seu ambiente de vida. 
 
 
18 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Já o CID - Classificação Internacional de 
Doenças – é um catálogo fornecido pela Organização 
Mundial de Saúde (OMS) possui uma estrutura de 
base etiológica, ou seja, utiliza as deficiências (tais 
como, sinais e sintomas) como partes de um conjunto 
que forma uma “doença”. Lembrando que os códigos 
são sempre formados por uma letra e três números, 
por exemplo os transtornos mentais e comportamentais variam de F00 até F99, sendo 
assim com essa padronização facilitam a identificação da doença, de seus sintomas e 
aspectos fisiológicos. 
 
Conclusão 
Acompanhando essa unidade, foi possível observar que a avaliação da deficiência 
deve ser médica e social; enquanto a primeira enfatiza as funções e estruturas do corpo 
para caracterizar a deficiência, a segunda pondera sobre os fatores ambientais e pessoais 
envolvidos. 
 
Como educadores, precisamos estar atentos e seguros em relação as terminologias 
utilizadas, quanto mais acessamos os materiais, mais estaremos seguros em relação a 
ampla diversidade de deficiências. 
 
Cabe lembrar que a inclusão social das pessoas com deficiência também perpassa 
pela linguagem, pois nela se expressa o respeito ou a discriminação que carregamos em 
relação às deficiências. 
 
 
 
19 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
5. DEFICIÊNCIAS SENSORIAIS E SUAS PARTICULARIDADES 
 
Objetivo 
Compreender as especificidadesdas deficiências sensoriais desvendando suas 
particularidades através dos documentos normativos, visando pontuar as possibilidades de 
atuação do profissional no contexto escolar. 
 
Introdução 
Partindo do ponto de vista inclusivo, desvendaremos nessa unidade mais alguns 
aspectos relacionados as deficiências e suas particularidades. A proposta inicial é ampliar 
nossas percepções em relação as deficiências sensoriais, suas especificidades e variáveis. 
 
Vale lembrar também, que embora iremos falar das especificidades, é muito 
importante analisar e refletir sobre o ambiente a nossa volta, as nossas ações, afinal são 
elas que colocam as pessoas em “situação de deficiência. 
 
Os documentos normativos como a Lei Brasileira de Inclusão, e diversos 
documentos nacionais e internacionais, foram elaborados com a participação das pessoas 
com deficiência e de suas entidades representativas, como por exemplo, o Conselho 
Nacional da pessoa com Deficiência (CONADE) 
 
É possível compreender que as políticas 
destacam que, para compreender as especificidades 
é necessário adotar uma abordagem biopsicossocial 
realizada por uma equipe multiprofissional, 
interdisciplinar e principalmente com a participação 
desses sujeitos. 
 
Nessa oportunidade, iremos conhecer algumas 
dessas especificidades, que estão divididas em cinco 
grupos: 
 
 
 
20 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 
Nessa unidade, iremos conhecer a deficiência sensorial que se caracteriza pelo não-
funcionamento (total ou parcial) de algum dos cinco sentidos. Classicamente, a surdez e a 
cegueira são consideradas deficiências sensoriais, mas falaremos especificamente da 
surdez, da deficiência auditiva, da deficiência visual e a surdo-cegueira. 
 
Antes de iniciar, precisaremos retomar o Decreto Federal 5.296/2004 que define a 
deficiência auditiva ou surdez como perda bilateral, parcial ou global de 41db ou mais, 
aferidas por audiogramas em diferentes frequências e diferentes níveis. 
 
 
Do ponto de vista prático, a deficiência sensorial se caracteriza pela incapacidade de 
utilizar a plenitude dos sentidos de que se dispõe, independentemente de quantos sejam. 
Sensoriais
Físicas e/ou locomotora 
Intelectuais
Transtorno do Espectro Autista
Altas Habilidades ou Superdotação
 
 
21 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Nesta perspectiva, a deficiência sensorial não constitui a falta de um dos sentidos, mas a 
impossibilidade de usá-los plenamente. 
 
Contudo, é importante destacar que de acordo com a visão sócio histórica, 
deficiência auditiva e surdez não são sinônimos e a diferença entre as duas não está ligada 
aos níveis de audição. 
 
As pessoas que se identificam como surdos, utilizam a Língua Brasileira de Sinais 
(Libras), sendo assim a comunidade surda entende que a diferença entre os surdos e os 
ouvintes está na forma de comunicação e na interação com o mundo, dessa forma não se 
caracteriza como uma deficiência, apenas como uma especificidade. 
 
 
Já as pessoas que se identificam como deficientes auditivos, geralmente utilizam na 
comunicação oral ou auditiva, nas línguas as quais a oralidade e audição se destacam. 
Lembrando que as pessoas com deficiência auditiva, fazem uso de técnicas de 
fonoaudiologia, da fala, também fazem uso do aparelho auditivo, da leitura labial, entre 
outros. 
 
A deficiência visual se caracteriza por uma situação irreversível de percepção visual, 
podendo acontecer de forma parcial, sendo assim conhecida como baixa-visão, e também 
possui várias formas e níveis até a cegueira total (BRASIL, 2006). 
 
Pensando no campo clínico ou médico, existem diversas variáveis para se entender 
a deficiência visual, como a: 
 Percepção de Luminosidade 
 Distância 
 Campo visual 
Ter identidade
Ter cultura própria 
Se comunicar e interagir através da 
L.I.B.R.A.
 
 
22 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Porém, é extremamente importante 
levar em consideração os aspectos 
sociais, sendo importante compreender 
também o impacto do ambiente social e 
físico na relação do sujeito com o mundo. 
 
Pense, quando um deficiente visual está em um espaço sem acessibilidade, o foco 
se desloca do sujeito para o ambiente, dessa forma a mobilidade, a interação e a percepção 
não depende só da pessoa, e sim do ambiente de ser limitado ou não. Também é importante 
conhecer a origem da cegueira, isso pode ser importante para fins educacionais, porque 
qualquer resquício de memória visual pode auxiliar o trabalho do professor na alfabetização 
do estudante cego (AMIRALIAN, 1997). 
 
Diagnosticar precocemente a deficiência visual é primordial para que o 
desenvolvimento da criança não seja prejudicado (BRASIL, 2006). Sendo assim, cabe ao 
professor estar atento aos sinais que podem estar relacionados a algum tipo de deficiência 
visual. 
 
Já surdo cegueira de acordo com a ABRASC (Associação de Surdos cegos) é 
considerada uma deficiência única que apresenta a perda da audição e da visão de tal 
forma que a combinação das duas deficiências impossibilita o uso dos sentidos a distância, 
cria necessidades especiais de comunicação, causa extrema dificuldade na conquista de 
metas educacionais, vocacionais, recreativas, sociais. Elas podem ser congênitas ou 
adquirida. 
 
Podem ser subdivididas em 4 tipos: 
 Baixa audição e baixa visão 
 Surdez total e baixa visão 
 Baixa visão e cegueira total 
 Surdez e cegueiras totais 
 
A promoção de acessibilidade nessa deficiência pode ser apresentada de várias 
maneiras, pois diante das suas particularidades as formas de comunicação e interação 
precisam ocorrer de diferentes maneiras, as principais são: braile, braile digital, braile tátil 
tipo 2, letra de forma na palma da mão, fala ampliada, Libras tátil entre outras. 
 
 
23 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Muito conhecido, o Sistema Braile é uma importante ferramenta para o 
desenvolvimento da leitura e escrita para alguns desses estudantes. O material impresso 
em tinta, como os livros didáticos, apostilas, devem ser adaptados e transcritos em braile, 
e as ilustrações devem ser representadas em alto relevo, explorando o sentido do tato 
(BRASIL, 2010). 
 
Conclusão 
Vimos, que a cada deficiência um novo panorama para aprender sobre suas 
especificidades e possibilidades. Fica clara a importância de se comprometer r e possibilitar 
maiores formas de acessibilidade e menos barreiras para trazer do ambiente empresarial 
para uma melhor gestão da nossa escola. Podemos ouvir, debater, discutir, sempre no que 
se refere o assunto, sem levar para o lado pessoal, pois, assim, todos ganharão com a 
resolução daquele determinado problema. 
 
Atualmente, os recursos são inúmeros para promover a acessibilidade, podendo 
envolver ajustes arquitetônicos, eletrônico, pedagógico e principalmente atitudinal. São 
essas ações que possibilitam a integração e inclusão das pessoas com deficiência, 
respeitando-as como qualquer outra pessoa. 
 
 
 
24 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
6. ALTAS HABILIDADES E SUPERDOTAÇÃO 
 
Objetivo 
Compreender as características típicas das crianças com Altas Habilidades e 
Superdotação para criar propostas que considerem e desenvolvam suas potencialidades. 
 
Introdução 
Quando o assunto em pauta envolve os conceitos de altas habilidades e 
superdotação, podemos observar a enxurrada de informações e a quantidade de materiais 
que abordam o tema. Na maioria das vezes, as informações ressaltam o expressivo 
interesse que o indivíduo tem em relação a determinada tarefa ou a um desempenho 
específico a umaatividade. 
 
Porém, ao estudarmos a fundo o histórico do conceito de altas habilidades/dotação 
temos a consciência que a concepção de inteligência foi se ampliando no decorrer do tempo 
trazendo implicações importantes para a pratica educacional. 
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde, 3% a 5% da população brasileira é 
portadora de altas habilidades, e segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação 
Especial na Educação Básica (Ministério da Educação, 2001), o conceito de altas 
habilidades/superdotação é adotado por alguns programas brasileiros para destacar 
crianças consideradas superdotadas e talentosas. 
 
Sabemos que dentre os estudantes que compõe o público-alvo da Educação 
Especial, os alunos com AH/SD não são aqueles que mais recebem atenção por parte da 
mídia, das políticas governamentais para a educação, porém nota-se uma tendência de 
crescimento nos estudos relacionados a essa temática (Chacon & Martins, 2014). 
 
A grande preocupação em relação aos alunos AH/SD são relacionadas a coerência 
e sistematização dos estímulos. “Sem estimulo, essa pessoa pode desprezar seu potencial 
elevado e apresentar frustração e inadequação ao meio” (CUPERTINO, 2008, p. 13). 
 
As atividades precisam ser desenvolvidas baseadas nas características específicas 
desses alunos, de acordo com Winner (1998), crianças com altas habilidades são aquelas 
 
 
25 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
que apresentam três características atípicas: precocidade; insistência em fazer as coisas a 
seu modo e fúria por dominar. 
 
Segundo Simonetti, da ABAHSD Associação Brasileira para Altas Habilidades, 
“superdotação é um conceito que serve para expressar alto nível de inteligência e indica 
desenvolvimento acelerado das funções cerebrais, o talento indica destrezas mais 
específicas. ” (2007, p.1) 
 
Já para Gama (2006) a superdotação em crianças e adolescentes, é composta por 
três fatores: precocidade ou talento; pensamento divergente (criativo e/ou critico) e 
dedicação obstinada a determinadas tarefas. 
 
 
De acordo com Cupertino (2008), a criança com AH/SD requer formação ampla, que 
considere e desenvolva suas potencialidades. Para isso, as principais formas de 
atendimento utilizadas são as seguintes: aceleração, agrupamento e enriquecimento. 
 
A aceleração consiste em pular etapas da formação regular, de modo a cumprir o 
programa em menor tempo. 
 
Os agrupamentos podem ocorrer em centros específicos, como escolas e classes 
especiais ou mesmo nas classes regulares, em tempo parcial. Nestes agrupamentos, a 
interação entre semelhantes é facilitada e gera ganhos acadêmicos substanciais, no 
entanto, podem ocasionar o isolamento do grupo selecionado (CUPERTINO, 2008). 
 
Público-Alvo Características Habilidades Estratégias 
ALTAS 
HABILIDADES/ 
SUPERDOTAÇÃO. 
(AH/SD) 
Elevado nível de 
desempenho; 
pensamento criativo ou 
produtivo; capacidade 
de liderança; boa 
memória; tendem a 
questionar regras e 
autoridade, dificuldades 
no relacionamento 
social. 
Leitura, escrita e 
vocabulário 
avançado; 
perfeccionismo na 
realização das 
tarefas; pensamento 
criativo, 
originalidade nas 
ideias; flexibilidade. 
Aprendizagem 
acelerada; 
experiências de 
enriquecimento 
curricular (ampliação e 
aprofundamento dos 
conteúdos) 
 
 
26 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Conclusão 
Nessa unidade, foi possível que os alunos com características de AH/SD necessitam 
de apoio para desenvolver suas potencialidades, o que exige o oferecimento de 
oportunidades para expressar e aprimorar as habilidades. 
 
Vimos que dentre as várias características que podem ser apresentadas pelos 
alunos, a superdotação depende da interação entre os seguintes fatores: habilidade acima 
da média, manifesta precocemente; criatividade que os leva a encontrar novas formas para 
resolver problemas; e motivação intrínseca, resultando em uma dedicação extrema. 
 
Para atender essas necessidades educacionais destes indivíduos, o professor 
precisa ser capaz de identificar tais características e ainda atender a demanda com um 
olhar atento. 
 
Finalizamos essa semana mostrando a importância de que conhecer as 
particularidades das deficiências é uma premissa básica para que o professor possa 
desenvolver atividades que incluam a ampla diversidade das salas de aula. 
 
 
 
27 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
7. DEFICIÊNCIA INTELECTUAL (DI) 
 
Objetivo 
Pensar na importância da construção do conceito de deficiência intelectual para 
compreender as características, habilidades e possibilidades de atuação em sala de aula. 
 
Introdução 
Sabemos, que as pessoas com deficiência intelectual ou cognitiva costumam 
apresentar dificuldades para resolver problemas, compreender ideias abstratas (como as 
metáforas, a noção de tempo e os valores monetários), estabelecer relações sociais, 
compreender e obedecer a regras, e realizar atividades cotidianas - como, por exemplo, as 
ações de autocuidado. 
 
Nessa unidade, teremos a oportunidade de ampliar as descobertas e práticas para 
nossos alunos que apresentam o quadro de deficiência intelectual e iniciaremos pontuando 
sua terminologia. 
 
No início da nossa disciplina vimos que 
a terminologia da área dos transtornos da 
aprendizagem e do desenvolvimento definem 
deficiência como uma condição resultante de 
um impedimento, ou seja, como uma limitação 
em algum nível que compromete determinados 
desempenhos (OMS, 1995; AMERICAN 
PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 1995; SASSAKI, 2005). Assim, deficiência corresponde a 
uma habilidade em déficit, uma perda ou uma anormalidade. 
 
Podemos dizer que, o déficit dos alunos com deficiência intelectual compromete suas 
funções cognitivas dificultando a capacidade de aprender e compreender. Baseado na CID-
10 (OMS, 1995), a Classificação estatística internacional de doenças e problemas 
relacionadas à saúde, dos tipos diagnósticos em F70-F79, a deficiência intelectual 
corresponde a um desenvolvimento incompleto do funcionamento intelectual, 
caracterizada, essencialmente, por um comprometimento das faculdades que determinam 
o nível global de inteligência. 
 
 
28 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
As funções cognitivas, ou seja, nível global de inteligência englobam as capacidades 
de linguagem, aquisição da informação, percepção, memória, raciocínio, pensamento etc., 
as quais permitem a realização de tarefas como leitura, escrita, cálculos, conceptualização, 
sequência de movimentos, dentre outras (MALLOY-DINIZ et al., 2010). 
 
Observando o quadro abaixo conseguimos visualizar sinteticamente algumas 
características, habilidades contidas na deficiência intelectual, ainda podemos visualizar a 
principal estratégia no contexto educativo desse aluno. 
 
 
 
Sabemos que a educação escolar tem a função de atender todos os alunos, e quando 
falamos da perspectiva da inclusão escolar não estamos restringindo apenas a questão da 
superação das dificuldades do aluno ou a socialização, mas sim a proposta de favorecer a 
emancipação intelectual por meio da incorporação de novos conhecimentos e interações. 
 
Tendo em vista que o desenvolvimento do indivíduo está ligado ao processo de 
aprendizagem, convêm observarmos o desenvolvimento das crianças desde seus primeiros 
meses, pois algumas questões ligadas a deficiência intelectual podem ser identificadas 
precocemente. 
 
Quando a criança está acima de 2 anos, ela demonstra familiaridade com algumas 
atividades e brincadeiras, sendo assim na escola manifesta suas habilidades psicomotoras 
e pedagógicas. Porém, existem alguns comportamentos que demonstram sinais que podem 
indicar que algonão está de acordo com os parâmetros do desenvolvimento infantil. 
 
 Falta de interesse pelas atividades dadas em sala de aula; 
Público-Alvo Características Habilidades Estratégias 
DEFICIÊNCIA 
INTELECTUAL 
Funcionamento 
intelectual abaixo da 
média, limitações no 
desenvolvimento. 
Prejuízos no nível 
global de 
inteligência, aptidões 
de aprendizado, da 
fala, de habilidades 
motoras e sociais. 
V ariam de acordo com 
o grau de limitações e 
prejuízos das 
habilidades motoras e 
sociais. 
Orientação funcional 
para a condição da 
determinada 
deficiência, com apoio 
individualizado para 
melhorar a vida 
cotidiana 
Fonte: Desenvolvido pela Autora (2018) 
 
 
29 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 Pouca interação com os colegas e com a professora; 
 Dificuldade em coordenação motora (grossa e fina); 
 Dificuldade para identificar letras, desenvolver a fala de maneira satisfatória (a 
comunicação é uma das faculdades afetadas); 
 Dificuldade em se adaptar aos mais variados ambientes; 
 
A Associação Americana sobre Deficiências Intelectuais e do Desenvolvimento 
(AAIDD, em inglês), cita que uma série de fatores precisa ser levada em consideração para 
que possa configurar um diagnóstico de deficiência intelectual. 
 
Para avaliar o nível da deficiência existem 
vários procedimentos, além de alguns protocolos, 
teste de Quociente de Inteligência (QI), também é 
necessário verificar se há duas ou mais limitações 
adaptativas. Sendo assim, para cada deficiência as 
formas de cuidado e tratamento serão específicas, 
bem como, os tipos de atividades. 
 
As categorias englobam, entre outras, a capacidade de lidar com atividades do dia a 
dia, o desenvolvimento da linguagem e o desenvolvimento social. 
 
Os principais tipos de deficiência intelectual são as síndromes: 
 Síndrome de Down: é uma doença genética causada por uma mutação 
no cromossomo 21. Apresenta características que incluem olhos amendoados, 
baixa estatura, cabelos lisos, tendência à obesidade, fraqueza nos músculos, 
nariz pequeno e achatado, entre outras. Seu desenvolvimento físico e mental é 
mais lento que o de outras crianças. 
 Síndrome do X-Frágil: alteração genética que provoca atraso mental. As crianças 
com essa síndrome possuem um comportamento social atípico, são bastante 
tímidas. Apresentam características como o rosto alongado e orelhas salientes 
ou grandes, além do comprometimento ocular. Afeta principalmente meninos e 
é transmitida pelo cromossomo X 
 Síndrome de Prader-Willi: cada criança pode apresentar um quadro clínico 
diferente, de acordo com a idade. No período neonatal, ela costuma apresentar 
 
 
30 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
forte hipotonia muscular, estatura pequena e baixo peso. Em geral são 
apresentados problemas de aprendizagem e dificuldade para conceitos e 
pensamentos abstratos. 
 Síndrome de Angelman: é um distúrbio neurológico que causa deficiência 
intelectual, epilepsia, atraso psicomotor, andar desiquilibrado, ausência de fala 
(ou comprometimento), sono difícil e entrecortado e alterações no 
comportamento. 
 Síndrome de Williams: deficiência de leve a moderada. Há um comprometimento 
da capacidade visual e espacial que contrasta com um bom 
desenvolvimento oral e na música. 
 
Conclusão 
Como educadores, precisamos estar atentos e seguros em relação as terminologias 
utilizadas, bem como, fortalecidos em relação as particularidades da deficiência intelectual. 
 
Cabe lembrar que o aluno deficiente intelectual geralmente precisa de muita prática 
até conseguir assimilar um conteúdo determinado, o professor deve identificar suas 
particularidades, sem ficar preocupado em seguir o currículo, mas sim em respeitar o ritmo 
do aluno. 
 
Sendo assim, a escolarização é positiva por si só́, por constituir-se como processo-
chave para a máxima formação humana e social, também vale destacar que as 
intervenções escolares não se restringem aos alunos com deficiência intelectual, mas 
envolvem os demais alunos, como nas situações em que o professor deverá atuar como 
mediador tendo em vista a promoção de interações coletivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
31 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
8. TRANSTORNO ESPECTRO AUTISTA 
 
Objetivo 
Compreender os aspectos inerentes a pessoa com TEA para ampliar os 
conhecimentos e práticas que possam ser realizados no âmbito educacional. 
 
Introdução 
Para compreender as características do TEA, iniciaremos nossa unidade 
desvendando seu conceito e esclarecendo alguns elementos históricos que configuraram 
a utilização do termo autismo. 
 
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é denominado pela Associação 
Americana de Psiquiatria – APA (2013), como um transtorno do neurodesenvolvimento que 
se apresenta de forma precoce, antes dos três anos de idade e muitas vezes vem 
caracterizado por comprometimento das habilidades sociais, de comunicação e de 
comportamentos estereotipados. 
 
Percorrendo o referencial teórico, podemos destacar que o termo autismo foi 
utilizado pela primeira vez em 1911, por Eugen Bleuler, um psiquiatra Suíço que buscava 
em seus estudos descrever características da esquizofrenia. Porém, foi o psiquiatra Leo 
Kanner, que em suas primeiras pesquisas já abordava características do autismo de forma 
relevante (CUNHA, 2015). 
 
Segundo a Organização das Nações Unidas 
(ONU), cerca de 70 milhões de pessoas no mundo 
são acometidas pelo transtorno. As características 
podem ser agrupadas na tríade principal: 
socialização, comunicação e comportamento. 
 
Existem algumas publicações que identificam que os primeiros sinais do autismo, 
que anteriormente tinham seu aparecimento até ́os três anos de idade, agora podem estar 
presentes ao longo do período da infância. Uma vez que algumas crianças, cuja 
sintomatologia é mais branda, podem vir a manifestá-la apenas quando as demandas 
sociais excederem os limites das suas capacidades, como nos casos do início da 
escolarização de alunos com Transtorno de Asperger. 
CURIOSIDADE 
O termo Autismo vem do 
grego “autós” que 
significa “de si mesmo”. 
 
 
 
32 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Segundo Schmidt (2013), o TEA por ser definido como um distúrbio do 
desenvolvimento neurológico que deve estar presente desde a infância e apresenta déficit 
nas dimensões sociocomunicativa e comportamental. Deste modo, se justifica o uso atual 
da nomenclatura Transtorno do Espectro Autista, pois possibilita a abrangência de distintos 
níveis do transtorno, classificando-os de: 
 
 
A nova nomenclatura traz a possibilidade de diferenciar os sujeitos com autismo, 
considerando que são sujeitos diversos, com níveis de intelectualidade diferentes e com 
características diferenciadas. Como por exemplo, quanto as alterações no contato visual e 
na linguagem corporal, de acordo com cada sujeito e característica a frequência pode ser 
muito ou pouco diminuída. Já a criança sem autismo mantém o foco sobre os olhos durante 
interações, enquanto aquelas com autismo olham mais para a região da boca e preterem 
cenas sociais a imagens geométricas (Pierce et al., 2016) 
 
A proposta da nossa unidade é ressaltar como são perceptíveis as manifestações 
dos déficits do autismo no cotidiano da criança. 
 
LEVE 
MODERADO
SEVERO
Fonte: Desenvolvido pela Autora (2018) 
 
 
33 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
DÉFICITS CARACTERÍSTICAS 
Comunicação/Linguagem 
Ausência ou atraso do desenvolvimento da 
linguagem oral 
Interação Social 
Falta de reciprocidade, a dificuldade na 
socialização e o comprometimentodo contato 
com o próximo. 
Comportamental 
necessidade em estabelecer uma rotina, 
movimentos repetitivos e as estereotipias 
 
 
Sabemos que as manifestações da pessoa com autismo são consequências 
estimuladas pelo transtorno, podendo ser mais leve ou mais grave, dependendo do grau 
em que se encontra. “É também comum se observar crianças autistas fascinadas por certos 
estímulos visuais, como luzes piscando e reflexos de espelho bem como tendo certas 
aversões ou preferências por gostos, cheiros e texturas especificas” (SILVA; MULICK, 
2009, p.120). 
 
Pensando no contexto educativo, 
sabemos que temos leis que pautam e 
propiciam a inclusão escolar, a Política 
Nacional de Educação Especial na 
Perspectiva da Educação Inclusiva, 
portaria no 555/2007, prorrogada pela portaria 948/2007, “tem como objetivo assegurar a 
inclusão escolar de alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas 
habilidades/superdotação [...]” (BRASIL, 2008, p.15). 
 
Como educadores é necessário compreender as leis que garantam a inclusão da 
pessoa com autismo, considerando que os Transtornos Globais do Desenvolvimento 
abrangem vários transtornos dentre eles, o autismo. 
 
Ressalto que ainda temos no Brasil, sendo instituída pela Política Nacional de 
Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, a lei a intitulada como 
“Lei Berenice Piana” que alega que para todos os efeitos legais, o autismo passa a ser 
considerado como uma deficiência. 
Fonte: Desenvolvido pela Autora (2018) 
 
 
34 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
As leis formalizam os primeiros passos para a inclusão, sabemos que a partir de sua 
determinação alguns aspectos relevantes foram instituídos, garantindo as práticas 
educativas para as pessoas com autismo. 
 
Os avanços relacionados ao sujeito com TEA vão muito além das leis, a atuação, 
como educadores, só́ é possível quando se consegue acessar seu mundo sem estigmas, 
sensibilizando o olhar para se tornar apto a captar atitudes/ações demonstradas pelo aluno 
com autismo. 
 
 Ressalto a importância de estudar cada vez mais o tema, compreender os 
interesses da criança com autismo faz com que alguns comportamentos sinalizem uma 
possibilidade de contato. Muitos autistas tem a propensão de ser altamente restritos e 
rígidos, anormais em intensidade ou foco, porém podem aprofundar-se em temas como 
nomes de dinossauros, linhas de ônibus ou marcas de carros. Por um lado, tal característica 
torna possível ao autista apropriar-se de inúmeras informações sobre objetos ou eventos 
específicos, porém por outro lado temos as dificuldades sociais que acompanham o 
transtorno e criam obstáculos na sua interação social. 
 
 
Conclusão 
A proposta desta unidade foi reconhecer as características do TEA para trilhar um 
caminho de maior sensibilidade ao atuar com um aluno autista, é possível encontrar 
 
 
35 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
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caminhos a partir dos conhecimentos aprendidos. Sabemos que encontraremos alguns 
obstáculos, mas serão eles que nos conduzirão aos novos saberes, afinal quando 
reconhecemos as necessidades fica mais acessível desenvolver um trabalho para a 
singularidade do autista. 
 
Para ampliar as práticas e metodologias é preciso estar disposto para buscar sempre 
novos conhecimentos, também é necessário compreender que o sujeito com TEA vence 
desafios desde a sua infância e através do acompanhamento e acolhimento tem mais 
chances de terem um crescimento progressivo. 
 
Lembrando também que toda interação entre família, professores e comunidade 
escolar faz com que os laços sejam fortalecidos para superarem qualquer empecilho que 
veja prejudicar o desenvolvimento cognitivo e social da criança. 
 
 
 
36 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
9. A IMPORTÂNCIA DAS ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO 
 
Objetivo 
Finalizar a nossa disciplina mostrando a importância das estratégias de intervenção 
no desenvolvimento de propostas de atuação na educação especial e inclusiva. 
 
Introdução 
Neste último texto do nosso Guia da Disciplina, iremos compreender o que 
chamamos de intervenção e como suas ações podem ampliar o desenvolvimento dos 
nossos alunos no contexto inclusivo. Faremos esse estudo para que possamos, por fim, 
pensar, mais uma vez, em outras possibilidades escolares com o objetivo de trabalhar as 
atividades que mais desenvolvam os nossos alunos. 
 
A intervenção é considerada um processo de atuação direcionado e contextualizado 
para uma determinada situação, deve ser elaborado a partir de um conjunto de informações 
que pontue a singularidade de cada indivíduo que esteja envolvido na relação escolar. 
 
Podemos dizer que são as estratégias usadas para propiciar o desenvolvimento 
positivo do indivíduo e que tem como objetivo a construção de habilidades para uma 
inserção social positiva. Assim como o qualquer processo, é fundamental que cada aspecto 
da intervenção realizada tenha um caráter multidisciplinar, processual e singular: 
 
 
Quando falamos da intervenção multidisciplinar estaremos trabalhando todos os 
aspectos do indivíduo que possam estabelecer e garantir uma estimulação eficaz. Nesse 
caso, utilizamos todas as informações trazidas por todos os profissionais envolvidos no 
MULTIDISCIPLINAR 
PROCESSUAL
SINGULAR
Fonte: Desenvolvido pela Autora (2018) 
 
 
37 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
processo, sendo assim é possível estabelecer objetivos e estratégias comuns e também 
avaliar se os caminhos escolhidos estão tendo bons efeitos. 
 
Consideramos nesse momento partilhar questionamentos sobre o caso do aluno em 
questão, pois muitas vezes aquilo que foi proposto inicialmente não corresponde ao 
desenvolvimento esperado e se torna necessário ajustar as atividades. É comum questionar 
se: a medicação está tendo o efeito desejado? Quais as atividades prendem mais a atenção 
do aluno? Tem ido à terapia? São informações importantes que devem circular entre a 
equipe de trabalho. 
 
Outra forma de intervenção é a processual, nela se propõem ações que precisam 
seguir um padrão básico e ininterrupto: 
 
Com a aplicação do processo o indivíduo muda e novas demandas surgem, exigindo 
dos profissionais, adaptações que ajustem os objetivos, condutas e instrumentos. 
 
A intervenção singular tem um grau de importância muito grande para quem atua no 
contexto inclusivo, principalmente porque aprendemos que mesmo tendo um diagnóstico 
ou características semelhantes, cada aluno tem sua singularidade e reforça a ideia que 
todos os seres humanos são diferentes. 
 
Como vimos ao longo de nossa disciplina, 
um distúrbio, uma síndrome, uma doença, jamais 
podem se sobrepor às necessidades daquele 
indivíduo específico. Lembrando que os 
diagnósticos são utilizados como uma forma de 
orientação as práticas e não como forma de 
imposição ou padronização de intervenção. 
 
Planejar Desenvolver Avaliar Replanejar Planejar ...
Fonte: Desenvolvido pela Autora (2018) 
 
 
38 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
Como visto anteriormente, não podemos utilizar o conjunto de sintomas do 
diagnóstico para determinar e uniformizar a intervenção dos indivíduos, ressalto aqui que a 
descoberta de cada singularidade determinará os caminhos da intervenção. 
 
Vamos tomar como exemplo nossas salas de aula, que comumente tem alunos com 
diagnósticos iguais, mas apresentam necessidades específicas. Para elucidar o que foi 
visto acima, vamos pensar em dois alunos que tenham Síndrome de Down e estudem na 
mesma sala. 
 
Afirmo para vocês que o planejamento 
desenvolvidopara um não suprirá as necessidades 
específicas do outro, pois cada um tem interesses 
diferentes, bem como, características, 
competências e dificuldades que lhe são peculiares. 
Para cada aluno o educador deverá desenvolver 
projetos que contemplem essas particularidades e 
estimulem a conquista de novos aprendizados. 
 
As intervenções construídas através do diagnóstico certamente serão agentes de 
mudanças para todos os envolvidos, pois apontam novos caminhos que trazem novas 
construções e as novas aprendizagens. Cabe ressaltar que a aprendizagem é uma 
oportunidade para todos os envolvidos, nesse caso para o aluno, para família e para os 
profissionais. 
 
 Para a intervenção cumprir sua função é necessário que ela resgate o aluno e o 
habilite a lidar com as suas próprias características de maneira produtiva, indicando 
possibilidades de inserção social que respeitem sua singularidade. 
 
Quando se trata de uma intervenção educacional, o professor deverá desenvolver 
ações que atuem nas dificuldades de aprendizagem do aluno. Para que isso aconteça, 
devemos desenvolver os seguintes aspectos: 
 Trabalhar com a construção da percepção das dificuldades e consequente 
superação. 
 Ver as dificuldades como características (possibilidades) e não apenas como 
problemas. 
 
 
39 Deficiências Físicas, Sensoriais e Intelectuais 
Universidade Santa Cecília - Educação a Distância 
 Atuar nas dificuldades, transformando-as, não disfarçando, negando ou 
insistindo em alcançar um padrão. 
 
Percorrendo o material da nossa disciplina é possível perceber que o saber técnico 
é sempre muito importante, buscar novos saberes faz com que o educador esteja munido 
de novas possibilidades de atuação. 
 
Como educadores, também precisamos pensar nas posturas que adotamos para 
interagir com nosso alunado, vejo que independente da natureza das atividades que 
tenhamos proposto, é primordial manter uma postura de mediação, procurando sustentar o 
aluno em seus aspectos emocionais, sempre procurando utilizar perguntas que o estimulem 
e direcionem a desenvolver sua atividade. 
 
As vivências pautadas com essas ações trarão ao aluno a possibilidade de confiança 
em si mesmo, reforçando ainda mais o vínculo com o professor. Encorajar o aluno a faz 
com que ele cultive maior motivação para a aprendizagem. 
 
Conclusão 
Finalizamos nossa disciplina após uma longa jornada de conhecimento, tivemos a 
chance de percorrer caminhos que despertaram um novo olhar sobre a deficiência e seus 
desafios. Também vimos que, as particularidades e características dos nossos alunos 
nortearão nossas propostas de intervenção e ampliarão a possibilidade de vínculo. 
 
A premissa é respeitar o ritmo de cada um e com isso favorecer os interesses 
pessoais, reforçando a ideia que a aprendizagem acontece de forma individual, porém a 
formação integral acontece no grupo e todos se beneficiam das relações interpessoais 
estabelecidas. Quando existe a troca, o debate, a divergência, o repertório do grupo e de 
cada um de seus elementos, tudo se constrói e se enriquece. 
 
Sabemos que ainda virão estudos e mais estudos sobre a deficiência, sempre digo 
que quem escolheu a profissão de ensinar, nunca para de aprender. Estudem, estudem e 
estudem! Tanto eu, como vocês ainda teremos muito o que aprender! 
 
Agradeço a oportunidade de compartilhar conhecimento com vocês! 
Rumo a novos desafios! 
 
 
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