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1 2 3 1ª edição Brasília – DF 2010 Maristella Miranda Ribeiro Gondim (in memorian) Selma Alves Passos Wanderley Dias 4 E Q U I P E E D I T O R I A L Armênio Bello Schimidt Eliane Alves de Melo Eliete Ávila Wolff Ivanilde Oliveira de Castro Rosimar da Silva Feitosa Soares Costa Sisley Cíntia Lopes Rocha Viviane Costa Moreira Wanessa Zavareze Sechim A S S E S S O R I A P E D A G Ó G I C A Aurelice Lopes Queiroz Ana Maria Morais Angélica Maria Frazão de Souza Elaine Maria Augusto Azevedo Eliane Alves de Melo Karla Giane Cruz Vighi Maria de Fátima da Costa Saraiva Sisley Cíntia Lopes Rocha Viviane Costa Moreira P R O J E T O G R Á F I C O André Carvalho & Iluminura Design D I A G R A M A Ç Ã O Bruno Ribeiro Braga D E S I G N d e P E R S O N A G E N S Estevan Gracia I L U S T R A Ç Õ E S Edson Farias R E V I S Ã O Denise Goulart D A D O S I N T E R N A C I O N A I S D E C A T A L O G A Ç Ã O N A P U B L I C A Ç Ã O ( C I P ) C E N T R O D E I N F O R M A Ç Ã O E B I B L I O T E C A E M E D U C A Ç Ã O ( C I B E C ) Dias, Selma Alves Passos Wanderley. Caderno de ensino e aprendizagem : língua portuguesa 4 / Selma Alves Passos Wanderley Dias. – Brasília : Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade, 2010. 180 p. : il. -- (Programa Escola Ativa) 1. Educação no campo. 2. Língua portuguesa. 3. Programa Escola Ativa. I. Dias, Selma Alves Passos Wanderley. II. Mattos, Maria Célia Elias. III. Título. IV. Série. ISBN: 978-85-7994-027-9 CDU 373.3(1-22) Coordenação Geral de Educação do Campo – CGEC/SECAD/MEC SGAS Quadra 607, Lote 50, sala 104 CEP: 70.200-670 – Brasília - DF (61) 2022- 9011 coordenacaodocampo@mec.gov.br 5 6 LEITURA ATIVIDADE EM CASA ATIVIDADE NO CADERNO ATIVIDADE COLETIVA ATIVIDADE EM PEQUENOS GRUPOS ATIVIDADE INDIVIDUAL ATIVIDADE EM DUPLA ATIVIDADE INDIVIDUAL COM O EDUCADOR ATIVIDADE EM DUPLA COM O EDUCADOR REDAÇÃO / ORTOGRAFIA 88 9 10 Peça ao seu educador(a) para ler em voz alta este poema. Em casa treine a sua leitura oral. Promova uma audição na sala de aula. Faça um circulo, uma roda com seus colegas. Assente-se no chão. Leia o texto do seguinte modo: a Leia o 1o verso. Pense em seu significado procurando descobrir o que Ricardo Azevedo quis dizer. Você entendeu? Discuta com seus colegas. b Passe para o 2o verso. E proceda do mesmo modo. c Continue com o 3o verso até o 13o e a conclusão. – Pronto? Agora leia o texto todo. Distribua um verso para cada colega ler em ordem de acordo com o texto: Todos - 1, 2, 3... 13 - Todos. Cuidado com a pronúncia, a entonação e o ritmo. Procure, atravez da leitura expressiva, passar a emoção, a beleza das plavras, despertando a imaginação, apreciando a leitura (fruição literária). Feche os olhos, tente ver ouvir e sentir o poema. 11 Unidade 1 SOBRE O CAMPO, ÁRVORES E VOCÊ! 11 12 A SOBRE O CAMPO, ÁRVORES E VOCÊ! Vamos fazer uma aula-passeio? 1 Escolha, com seu grupo, uma árvore perto da escola. Observe bem essa árvore em todos os seus aspectos. Ponha todos os seus sentidos em ação: perceba cheiro, gosto, textura, tamanho, cor, posição, peso, sons... Comente com seus colegas: • O que o grupo já sabe sobre essa árvore? • Quais informações foram acrescentadas ao que já sabia? As árvores vão lhe dar um presente! Aceite-o! 2 Aprenda a ouvir o silêncio. • Convide pessoas de sua família ou comunidade para aprender com você. ESCOLA 13 Reparta o benefício de ouvir o silêncio com outras pessoas. Faça o exercício do NÃO-FAZ-NADA, que significa fazer muito para o seu bem-estar. É tudo de bom! Repita sempre. O relaxamento e a meditação são muito benéficos à saúde física e mental. As pessoas nem imaginam o quanto! 1 Escolha uma árvore, sente-se bem encostado ao tronco para melhor ouvir o silêncio. 2 Leia o texto, parágrafo por parágrafo, e faça uma pausa sentindo o que leu. Melhor ainda se alguém ler para você em voz baixa e pausada. (Se possível, use uma gravação. Não se preocupe, é opcional) 3 Relaxe e… Escute o silêncio! Em completo silêncio, escute atentamente os ruídos à sua volta. Aprenda a perceber o som dos galhos, das folhas, a diferenciar os ruídos que são de pássaros e outros animais e não de árvores. Sente-se confortavelmente recostado no tronco da árvore. Feche os olhos e sinta como se estivesse com um pouquinho (só um pouquinho) de sono. Relaxe os braços, os ombros, as mãos, as pernas e os pés. Respire lentamente, com bastante calma. Deixe os pensamentos livres e deixe que as ideias venham e vão. O único esforço que você deve fazer é o de só permitir que ideias agradáveis passem pela sua cabeça. 14 Procure não pensar em uma coisa só, mas faça o possível para que todas as ideias que surjam sejam sobre coisas boas, lugares agradáveis, brincadeiras divertidas, comidas gostosas e momentos felizes. Esqueça os problemas, as brigas e os brinquedos quebrados. Árvores não gostam de nada disso. É muito importante que você fique em completo silêncio. Não diga uma palavra. Fique assim por mais ou menos dez minutos. Depois, levante-se e agradeça à árvore pelo encosto e a sombra e vá fazer outra coisa qualquer. MAQUI. Magia das árvores. São Paulo: FTD, 1993 (Fragmento). 15 Pensando... e Registrando! • Comente com seus colegas: — O que já sabem sobre essa árvore? — O que acrescentam ao que já sabiam? 1 Selecione as informações mais importantes. Registre-as numa Ficha de Informação. • Os dados a serem registrados na Ficha de Informação vão depender do seu objetivo, ou seja, do tipo de informação necessária num dado momento. • Elabore uma ficha, em seu caderno. Veja uma sugestão: • Registre, nela, as informações que considerar mais importantes sobre a árvore que observou. (Lembre-se do título que indica o conteúdo da ficha e de ser objetivo claro, conciso (só escrever o importante, o necessário, sem enfeites e comentários dispensáveis) além da linguagem correta e adequada.) 16 2 Arquive sua ficha no Banco de Dados. Decida como será esse Banco de Dados: uma caixa? uma pasta de arquivo? um fichário? outro tipo? • Identifique-o com uma legenda. • Organize as fichas ordenando-as por assunto, em ordem alfabética, se quiser. • Coloque-o no Cantinho da Leitura. Você elaborou uma ficha de observação sobre uma árvore, mas… • Aposto que nenhuma ficha fala de uma árvore fantástica que dá todas as frutas ao mesmo tempo. — Você sabia que essa árvore existe? — Será? • Esta árvore está no livro de Mirna Pinsky: A Árvore de Tudo. — Você gostaria de ler esse livro? • Então, telefone ou escreva para a Editora Miguilim, pedindo esse livro para o Cantinho da Leitura. Identifique-se, contando alguma coisa sobre você e sobre sua escola. Endereço da Editora Miguilim Ltda: Avenida Bernado Monteiro, 52. CEP: 30150-280 - FLoresta Belo Horizonte - Minas Gerais Telefax (031) 3296-3381/3296-3658 • Peça o livro, agradeça a atenção dispensada e aguarde resposta. Não deixe de enviar o seu endereço. 17 Conhecendo sua língua Você já sabe usar a língua em várias situações de sua vida diária. Reconhece também a importância da linguagem escrita em várias funções: para comunicar, perguntar, explicar, argumentar, divertir… Está ficando um craque, um Pelé das letras, heim!… 1 Discuta isto com seus colegas de grupo e dê exemplos reais do uso que faz e pode fazer dessa linguagem. • Você fez um pedido à Editora Miguilim, solicitando um livro de literatura. — Como você fez isto? — Escrevendo um bilhete, telegrama, carta, telefonando, passando um FAX, um e-mail (imêiul), usando recursos da internet, ou outros meios de comunicação que você conhece. • Todos esses meios e outros mais facilitam nossa comunicação a distância com outras pessoas. A carta é um desses meios. Ela pode ser escrita de várias maneiras: da mais formal ou presa a modelos obrigatórios (comercial) às mais simples e descontraídas,chegando às poéticas (livres e criativas), muito encontradas na literatura. Vamos aprender a escrever cartas mas pesquise e ilustre outras formas de comunicação desde o homem primitivo até o atual. Vai se surpreender. B 18 Pensando e compreendendo textos Vamos escrever uma carta para alguém, ensinando a ouvir o silêncio. Explique como isso é feito: os passos ou etapas de se ouvir o silêncio. Como escrever uma carta? Uma carta precisa ter: 1 nome do lugar onde foi escrita e a data; 2 saudação ou cumprimento; 3 nome de quem vai receber a carta; 4 o assunto da carta (o que se quer dizer); 5 o fechamento e a despedida; 6 o nome de quem envia a carta (assinatura do remetente). Você sabe endereçar um envelope de carta? 19 • O texto que se segue pode ajudá-lo a compreender melhor como se escreve uma carta. Você conhece a história da Cinderela (Gata Borralheira)? Se não, peça ao seu educador(a) para contá-la antes da leitura do texto que está relacionado a essa história. José Roberto, apelidado de Sacarrolha, encontrou uma carta para o Dr. Paulo, assinada por vários personagens dos contos de fadas, na sala de leitura da escola. Nessa carta, Cinderela (Gata Borralheira) reclamou de sua alergia a abóbora. • Leia a carta a seguir, na próxima página. 20 Observe como essa carta foi organizada. Veja se ela contém todos os ítens do roteiro que foi apresentado. Caro Dr. Paulo, Temos um grande problema aqui na sala de leitura. Já faz um certo tempinho que isso vem ocorrendo, mas agora ficou tão grave que não podemos resolver sem sua ajuda. A Cinderela não aguenta mais ir ao baile com a tal carruagem de abóbora. Toda vez que a tia Lenice conta sua história e ela tem que entrar na carruagem, a pobrezinha passa mal do estômago. Ela não suporta mais o cheiro de abóbora. Está de tal forma enjoada do cheiro adocicado de abóbora que fica na carruagem. Diz preferir ficar borralheira para o resto da vida. Já pensou a decepção da meninada quando souber disso? Precisamos resolver depressinha o problema, pois, na próxima quinta-feira, tia Lenice vai contar novamente sua história para a criançada da segunda série. Podemos contar com você? Assinado, Introdução, apresentação do assunto Cumprimento ao destinatário Desenvolvimento, explicação do assunto Fechamento Assinaturas dos remetentes 21 Você gostaria de saber a resposta a esta carta? O que aconteceu? Então, procure ler: GARCIA, E.G. Tantas histórias no escurinho da escola. São Paulo: FTD, 1986. Sacarrolha pensou numa solução para ajudar Cinderela. Ele resolveu conversar com a sua educadora, Tia Lenice. — O que será que aconteceu? Leia o que ele contou: Conversa com tia Lenice — Tia Lenice, preciso de sua ajuda. — O que foi? Não dormiu bem? Está com dor no pescoço? — Nada disso... — Então, diga lá... — A senhora gosta muito de contar histórias para nós, não é?! — Gosto muito. — A senhora se importa em mudar uma história? — Mudar uma história? Se a história não é minha... sem autorização de quem inventou a história... — É história antiga... quem escreveu já morreu faz muito tempo... tanto tempo que nem vai se importar... vai até gostar quando souber que sua história tem um probleminha… — Que história? Que probleminha, Zé Roberto? — Esquece isso. A senhora topa ou não mudar um trecho de uma história? — Posso pelo menos saber qual a história e qual o trecho? — É a história da Cinderela... quando sua Fadamadrinha transforma uma abóbora em carruagem. — Sim, e daí? — Tenho certeza de que a Cindi... 22 — Quem?!! — A Cinderela… Tenho certeza de que ela não agüenta mais o cheiro de abóbora, e se pudesse ela trocaria abóbora por uma melancia... Tia Lenice caiu na gargalhada. Esperei que ela parasse de rir e continuei. — E então... A senhora pode mudar a história? — Você está mesmo falando sério, Zé Roberto? — Sério, muito sério... Já pensou passar centenas de anos com um cheiro que a gente não suporta?! Tia Lenice fez cara de quem estava entrando no meu pedido. A mesma que faz quando conta histórias, de quem sai do mundo real e abre a portinha da imaginação... — É... mas melancia? Será que ela vai gostar? — Vai... com certeza. — Como você sabe? — Simples. A senhora conhece alguém que não gosta de melancia? Ela pensou um bocadinho e respondeu: — Eu não... — Nem eu. — Você pode ter razão. Vou atender a seu pedido, Zé Roberto. Da próxima vez que eu contar a história da Cinderela, sua carruagem vai ser feita de uma melancia... — Obrigado, tia Lenice. — Espero que as crianças gostem… GARCIA, E.G. Tantas Histórias no Escurinho da Escola. São Paulo: FTD, 1996. 23 1 Leia, agora, a resposta de Cinderela. Querido Sacarrolha Minha vida mudou depois que a abóbora foi substituída pela melancia. Fiquei mais alegre e até tenho mais prazer em dançar com meu príncipe encantado... graças a você! Sou muito agradecida. O resto da turma manda-lhe um grande abraço. Ah! Não se esqueça… daqui a algum tempo, quero trocar o sapatinho de cristal… Um beijão. Cindi 2 Discuta: — Por que será que a Cinderela quer trocar o sapatinho de cristal? Comente em casa a conversa de Sacarolha com Tia Lenice. 24 Agora, aprecie a história a seguir. Ela também fala sobre as árvores. A história deste livro, A Árvore da Montanha, foi cedida, integralmente, texto e ilustrações, pela autora, Ângela Leite de Souza e pela Editora Scipione. Ângela Leite de Souza escreve, desenha, pinta, canta, recorta, cola, inventa e cria! A história desse livro é um jogo-canção! Identifique o título ou nome do livro o nome da autora o nome da editora Descubra com que foi feita a capa do livro o que é — lengalenga como Converse com seus colegas sobre essas identificações e descobertas 25 • Observe que a palavra lengalenga está repetida muitas vezes, em sequência (uma depois da outra). — Há um motivo para essa representação gráfica? — Qual é? — O que tem a ver com o livro, com o jogo-canção? Deixe para responder a essa pergunta depois de ler todo o livro e jogar o jogo. Aí, vai ser fácil! Enquanto isso... 26 1 Faça uma leitura silenciosa de todo o livro, do princípio até o fim, sem fazer parada. para: • o texto como um todo. • a ligação entre as idéias e os fatos; • a sua ordem de aparecimento; • a lógica, o elemento de ligação entre as idéias no texto. • sobre o efeito ou resultado agradável desse tipo de construção de texto. • o que é que está no fim do texto. Sentir Descobrir Concluir Encontrar Procure esse livro para apreciá-lo melhor. É um livro de muitas páginas, todas ilustradas e sequenciadas no jogo-canção, que é maravilhoso. Porém, neste livro 4 você vai encontrar apenas “flashes”do livro, como um “trailler”, uma sugestão para leitura. Não deixe de fazê-lo! Compare e sinta a diferença! Discuta com seus colegas e educador. S x C .h u 27 Essa árvore tinha um galho, ai que galho, belo galho, ai, ai, ai, que amor de galho, o galho da árvore. A árvore da montanha, olê-i-a-ô (repete) Esse galho tinha um broto, ai que broto, belo broto, ai, ai, ai, que amor de broto, o broto do galho, o galho da árvore. A árvore da montanha, olê-i-a-ô (repete) 2 Leia com atenção 28 Esse broto tinha uma folha, ai que folha, bela folha, ai, ai, ai, que amor de folha, a folha do broto, o broto do galho, o galho da árvore. A árvore da montanha, olê-i-a-ô (repete) Essa folha tinha um ninho, ai que ninho, belo ninho ai, ai, ai, que amor de ninho, o ninho da folha, a folha do broto, o broto do galho, o galho da árvore. A árvore da montanha, olê-i-a-ô (repete) Esse ninho tinha um ovo, ai que ovo, belo ovo, ai, ai, ai que amor de ovo, o ovo do ninho, o ninho da folha, a folha do broto, o broto do galho, o galho da árvore. A árvore da montanha, olê-i-a-ô (repete) Esse ovo tinha uma ave, ai que ave, bela ave, ai, ai, ai, que amor de ave, a ave do ovo, o ovo do ninho, o ninho da folha, a folha do broto, o broto do galho, o galhoda árvore. A árvore da montanha, olê-i-a-ô (repete) 29 Essa ave tinha uma pena, ai que pena, bela pena, ai, ai, ai, que amor de pena, a pena da ave, a ave do ovo, o ovo do ninho, o ninho da folha, a folha do broto, o broto do galho, o galho da árvore. A árvore da montanha, olê-i-a-ô (repete) Essa pena tinha um índio, ai que índio, belo índio, ai, ai, ai, que amor de índio, o índio da pena, a pena da ave, a ave do ovo, o ovo do ninho, o ninho da folha, a folha do broto, o broto do galho, o galho da árvore. A árvore da montanha, olê-i-a-ô (repete) Esse índio tinha um arco, ai que arco, belo arco, ai, ai, ai, que amor de arco, o arco do índio, o índio da pena, a pena da ave, a ave do ovo, o ovo do ninho, o ninho da folha, a folha do broto, o broto do galho,o galho da árvore. A árvore da montanha, olê-i-a-ô (repete) 30 Esse arco tinha uma flecha, ai que flecha, bela flecha, ai, ai, ai, que amor de flecha, a flecha do arco, o arco do índio, o índio da pena, a pena da ave, a ave do ovo, o ovo do ninho, o ninho da folha, a folha do broto, o broto do galho, o galho da árvore. A árvore da montanha, olê-i-a-ô A árvore da montanha, olê-i-a-ô Essa flecha deu na árvore, ai que árvore, bela árvore, ai, ai, ai, que amor de árvore. A árvore da montanha, olê-i-a-ô, olê-i-a-ô, olê-i-a-ô, olê-i-a-ô. A árvore da montanha, olê-i-a-ô, olê-i-a-ô. 31 A ár vo re d a m on ta nh a E se gu e a le tr a, s em pr e au m en ta nd o um c om pa ss o na m ús ic a, n a pa rt e (C ). Pa ra fin al iz ar , c an te o r ef rã o (A ), ca nt e a úl tim a es tr of e (B ) e e nc er re c om o r ef rã o (A ). 32 Você sabe o que é partitura? É um modo de escrever a música com suas notas na pauta, dividida em compassos (partes da música dividida em traços verticais) e outras notações. É preciso ter estudado música para saber ler a partitura. Procure alguém na sua comunidade para tocá-la num violão, numa flauta, numa sanfona, num órgão, piano ou gaita. Se você procurar bem, você vai encontrar. Sucesso! Para cantar, você deve seguir a letra, sempre aumentando um compasso. Veja a parte C na partitura. Para finalizar, cante o refrão – parte A, cante a última estrofe (B) e encerre com o refrão (A). 33 3 Peça ao educador ou a alguém de onde você mora que ensine você e seus colegas a cantarem a música da história. Vocês podem, com a ajuda, fazer a leitura da partitura. 4 A história fica cada vez mais longa! E o final... Está difícil? Discuta com seus colegas e socializem com o(a) educador(a), apontando no texto suas conclusões. Por falar em final, qual é o final? Encontrou? A pista é a flecha! Obs.: Você só vai entender isso se ler integralmente o livro, não se esqueça. Tente conseguí-lo. Escreva para a editora. Boa sorte! Agora, vamos ao jogo! Cante jogando! Jogue cantando! Leia, cantando! Vá seguindo, em ordem, página por página! Cante em ordem! Quem trocar ou esquecer, sai do jogo! 34 5 Observe: No texto da história aparecem palavras que se repetem e se organizam em frases, formando blocos de sentido (significado). Quais são essas palavras? Escreva-as na cruzadinha (Faça no seu caderno). Gostou da história? Leia para alguém a história da Árvore da Montanha. Cante e jogue com essa pessoa. Entendeu o porquê do jogo canção? 6 Registre sua conclusão no caderno. 1 6 10 3 5 4 9 11 7 8 2 35 Já que estamos falando sobre árvores... As árvores do país imaginário de São Saruê são diferentes. Por exemplo: uma goiabeira, além da fruta goiaba, também dá goiabada com queijo, e queijo de Minas... Pelo menos é isso o que nos conta Orígenes Lessa, na página 49 de seu livro Aventuras em São Saruê (São Paulo: Nórdica,1983, cap. 16, p. 49). Você se lembra da Árvore de Tudo de Mirna Pinsky? Você escreveu uma carta para a editora pedindo esse livro, não foi? Se não o fez, faça agora! • Quer saber mais sobre as árvores de São Saruê? É só ler o texto: São Saruê é um país especial para quem gosta de botânica. Árvore é uma coisa boa, todo mundo sabe: dá laranja, dá cereja, dá manga-rosa, abacate, mamão, araticum. E flor que não acaba mais. Abelha que o diga... Em qualquer país. Em São Saruê também. Mas há algumas diferenças entre as terras dos homens comuns e a terra de São Saruê. Uma delas é que lá há árvores que não dão só laranjas, mas laranjada. Há outras que dão suco de uva, cajuada e vitamina de um modo geral. Em algumas, você espeta o tronco e a vitamina jorra na sua boca, é preciso até tomar cuidado para não levar uma vitaminada na cara. 36 Mas isso ainda não é nada. No nosso mundo, digo1, no mundo de vocês, porque eu fiquei uma espécie de são- -saruense honorário, no mundo de vocês, eu dizia, milho, por exemplo, é uma planta muito útil, certo? Mas o que é que o pé de milho dá? Só espiga de milho, certo? Pois bem: em São Saruê tem pé de milho que dá pamonha já embrulhada, pipoca pulando na cara da gente, broa de fubá, angu, polenta e há, também, naturalmente, aquele que dá apenas o milho comum, pra galinha, que todo mundo conhece. 1 A palavra digo, entre vírgulas (,), serve para indicar uma mudança de sentido. É muito usada em atas, onde não pode haver rasuras. 37 Conhecendo sua língua 1 Observe: Queijo de Minas > > > queijo mineiro Árvore que dá laranja ou árvore de laranja > > > laranjeira Árvore que dá limão ou árvore de limão > > > limoeiro Árvore que dá caju ou árvore de caju > > > cajueiro Árvore que dá manga ou árvore de manga > > > mangueira O que você descobriu? • Discuta com o educador e colegas. • Escreva a descoberta no caderno: A terminação eiro(a) é uma unidade significativa colocada no final da palavra. É um sufixo. O modo de composição de palavras pode ser por meio de afixos: prefixos, se colocados antes (pre), no início, anterior; e sufixos, se colocados depois (pós), no final, posterior à palavra principal. Desafi o! Descubra utilizando o dicionário e complete a frase. Eiro ou eira quer dizer 38 Curiosidade! Mineiro pode significar: nascido em Minas Gerais, ou vindo, oriundo, originário de Minas Gerais, ou quem trabalha nas minas. Manga poder ser: uma fruta; uma parte do vestuário (roupa) que cobre o braço, ex.: camisa de manga comprida, blusa de manga curta; ou lugar onde se criam porcos. E agora? Como você vai saber qual é o significado? Observe o contexto (onde está inserido o texto) e lembre-se de que uma palavra só tem SIGNIFICADO e FUNÇÃO na frase. 2 Com seus colegas, leia este recorte do texto: a) …fiquei uma espécie de são-saruense honorário… A expressão sublinhada significa que o nativo de São Saruê é são-saruense, mas uma pessoa que não nasceu lá pode se tornar são-saruense através de um título de cidadão honorário, concedido solenemente pela prefeitura ou governo do lugar. Divirta-se e... Aprenda! Há vários sufixos de origem ou procedência e, também, palavras completamente diferentes. Veja: Quem nasce em (ou é natural de) Manaus é manauense ou manauara. 39 Você já viu em algum documento a opção Naturalidade? É para dizer onde nasceu, natural de... (tal lugar). Não confunda: na opção Nacionalidade, escreva o nome de seu país. Assim, quem nasceu no Rio Grande do Norte é rio- grandense do-norte ou potiguar. No (ou do) Rio Grande do Sul é rio-grandense do sul ou gaúcho. No (ou do) Espírito Santo é espírito-santense ou capixaba. Em (ou de) São Paulo (capital) é paulistano; em São Paulo (estado) é paulista. Na (da) Bahia (capital - Salvador) é soteropolitano; na Bahia (estado) é baiano. Em El Salvador (país da América Central) é salvadorenho. Nos países da América do Sul, no Chile é chileno, na Argentina é argentino e no Uruguai é uruguaio. Bem interessante, não é? Lembra-se daquela árvore que você escolheu para relaxar à sua sombra? Que tal retornar até lá com seus colegas para brincar com o jogo A PALAVRA É…? Veja como: Você diz: — Quemnasce em (ou é natural de)… É… Aponta alguém para responder. Este responde e repete a pergunta com outro lugar indicando um terceiro participante. E assim o jogo continua. Você pode combinar o jogo por pontos ganhos ou perdidos; por pagamento de prendas; por eliminação; por times etc. 40 C Você já brincou, cantou, jogou. Viu como é gostoso sentar-se sob uma arvore e sentir a sua energia? Enquanto relaxava ou brincava, você pensou sobre a importância das árvores para as pessoas? De que forma você pode ajudar na preservação das árvores, das matas, das florestas da sua região? • Que tal adotar uma árvore com seus familiares — Como será essa escolha? — Já pensou em alguma árvore? — Existe alguma que chama sua atenção no caminho da escola ou perto de sua casa? • Você já plantou uma árvore? — Quais atitudes você deverá ter para com a árvore adotada ou plantada? 1 Faça, em seu caderno, uma lista dos seus compromissos para com a árvore que você adotou ou plantou: 41 2 Converse com seus colegas e seus pais sobre a possibilidade de organização de uma sociedade, cooperativa ou outra forma de integração com o objetivo de cuidar de árvores. O que vocês vão precisar para se organizar? 3 Que tal fazer um Cartaz de Combinados com: • elaboração dos objetivos da organização; • formação com os comitês e suas tarefas; • definição do local para se reunir; • fixação a data da reunião. Vocês devem escolher um local para afixar o cartaz. Definir as ações e o tempo de duração da campanha. Monitorar e avaliar a campanha. APRESENTE AO EDUCADOR SUAS ATIVIDADES REALIZADAS NESTE MÓDULO E PEÇA QUE ELE REGISTRE SEU AVANÇO NA FICHA DE CONTROLE DE PROGRESSO . 42 A PLANTANDO E… COLHENDO… Com as árvores, você aprendeu a ouvir o silêncio e até adotou uma delas. Você adotou ou plantou sua árvore? Está cuidando bem dela? Já pensou em cuidar de muitas plantas em uma horta medicinal, de verduras e legumes, ou uma roça de milho, de arroz, macaxeira ou algo da sua região? Pense: Existem muitas hortas ou plantações na sua comunidade? • Milharal, arrozal? • Viveiros de plantas? • De que tipo? • Quem cuida delas? Como? • Recebem alguma orientação? De quem? • Qual o destino dos produtos hortigranjeiros? • Existe alguma cooperativa? • Como funciona, se for o caso? • Achou difícil responder? Você pode descobrir tudo isso e muito mais, e tomar algumas decisões importantes para você, seus familiares e sua comunidade. Como? Por meio de uma pesquisa realizada em uma aula-passeio. 43 Com seus colegas e o educador, faça uma PESQUISA na comunidade sobre as plantações existentes. a) Entreviste (converse e pergunte) ao maior número possível de pessoas. b) Para a entrevista, elabore um questionário (relação de perguntas sobre o que você quer saber). c) Faça isso com a ajuda de seus colegas e do(a) educador(a). • Programe a aula-passeio. Forme os comitês. Divida as tarefas. Leve papel e lápis para anotar as respostas das perguntas e registrar as observações que parecerem importantes. Uma sugestão é fazer fichas de informação com os dados obtidos na pesquisa (entrevista). Não se perca nos registros. Estas fichas podem ficar no banco de dados do Cantinho de Aprendizagem e serem usadas por outros educandos. • Reúna os comitês, compare as informações anotadas. Compatibilize os resultados, reúna sugestões, determine caminhos, avalie possibilidades, liste e decida o quê, onde, como, quando e quanto se quer e pode fazer. • Para saber mais e escolher melhor, que tal ler alguns textos informativos, curiosidades, lendas, receitas, planejamentos de plantio, artigos de jornal e poemas? Vamos lá? • Vamos começar com a reportagem do jornal “Folha de Rio Acima”. B 44 Hortas Caseiras em Rio Acima Importância da horta para complementação alimentar das famílias A horta é um local onde se podem cultivar vários tipos de verduras e legumes ricos em sais minerais e vitaminas indispensáveis para o organismo humano. Nela também se plantam temperos e ervas medicinais. Além de ser uma fonte alternativa de alimentos, é um importante local de relaxamento, que proporciona contato com a terra, a natureza e o prazer de produzir algo. Sem falar da economia que podemos conseguir quando cultivamos nossos próprios alimentos, ao invés de comprá-los, e ainda com a possibilidade de vendê- -los, ajudando na renda da família. O escritório local da Emater/MG (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais) em Rio Acima participa contribuindo com o processo de organização das famílias no trabalho rotineiro de manejo de hortas, dando orientações técnicas no cultivo e produção de hortas domésticas além do repasse de insumos (sementes). Fonte: Jornal Folha de Rio Acima, 23/04 a 23/05/2009 (fragmentos). 45 Leia também o texto abaixo e fi que atento às palavras sublinhadas. Dona Sônia, além de ter uma pequena horta em casa, também cultiva várias frutas e cria algumas galinhas no quintal. Sr. Antonio Rosa e Dona Leda cultivam pimentão e cebolinha em cima da laje. Isso mostra que só não tem horta quem não quer. O Sr. Valdir e a Dona Olívia, em um pequeno espaço de terra, cultivam várias hortaliças e frutas. Dona Lúcia e o Sr. André, além de economizar com a feira, vendem verduras para os vizinhos. 46 Dona Angélica cultiva uma das mais belas hortas da cidade, com grande variedade de hortaliças. Dona Celina e o Sr. José Alexandre cultivam uma bela horta. Além do contato com a terra, que é uma terapia, eles economizam na feira. Vamos ler outros textos? Plantando uma horta de Plantas Medicinais 1 Peça ao educador(a) que leia o texto para você. Preste atenção! Depois, leia-o sozinho e discuta com o educador(a) e colegas. • Sublinhe ou passe uma linha envolta dos nomes das plantas. • Descubra essas plantas em livros ilustrados ,e ,pergunte na sua comunidade. Consiga mudas e ou sementes. Adivinhe para quê!... Farmácia no jardim Escolha um espaço em casa, prepare a terra, selecione as espécies que mais lhe interessam. Existem algumas espécies que valem a pena ter por perto. É 47 o caso da babosa, uma espécie que pega facilmente por brotos e que se desenvolve bem em várias condições, seja com pouca água ou mesmo em vasos, para quem não tem muito espaço. Outra espécie interessante é o guaco, indicado para doenças do aparelho respiratório. Esta planta vai bem em locais de meia sombra e se propaga por estacas. Como é uma trepadeira, é preciso providenciar um suporte resistente. As mentas são também de simples manejo: um rizoma pode ser subdividido em cinco partes; portanto, a partir de uma pequena moita pode-se ter rapidamente uma boa área de cultivo e usufruir de suas ações digestivas e aromatizantes. A carqueja, o boldo e a cavalinha ,compõem adequadamente com as espécies anteriores, inclusive pela arquitetura na disputa pelo sol, já que os três tem porte mais elevado. A cavalinha, no entanto, requer solos bem úmidos. Alguns pés de quebra-pedra e de espinheira-santa, ambas propagadas por sementes, trazem maior diversidade para a farmácia caseira. Vale ressaltar a importância de fazer barreiras contra formigas e pragas, inserindo na horta medicinal algumas plantas de gergelim e de cravo-de-defunto. Do Jornal da AFAEMG,2008 (Fragmentado) Conhecendo sua língua 1 Os nomes das plantas que você selecionou (destacou) no texto formam a classe de palavras chamada substantivo. 2 O substantivo comum é o nome (comum, igual) das plantas do mesmo tipo: guaco, rosa, babosa.(também da maioria das coisas,objetos, utensílios,brinquedos:pá,terra,bola,sapo,rio) 3 Já os nomes ou substantivos próprios, pertencem (são propriedade) de pessoas cidades: Ana, Uirá, Francisco,Pará,Brasil, Brejo das Almas, Escola Estadual. Lembre-se das palavras sublinhadas no texto das páginas 45 e 46? São substantivos ou nomes. Em casa, separe e copie os próprios e os comuns e confi racom os colegas e educador e aumente as listas. 48 Leia a letra dessa música que apresenta o calendário do plantio do milho. Começa em agosto e termina com a chegada da colheita, em março. Mês de agosto É tempo de queimada Vou lá pra roça Preparar o aceiro Faísca pula Que nem burro brabo E faz estrada na capoeira A terra é a mãe, Isso não é segredo O que se planta esse chão nos dá Uma promessa A São Miguel Arcanjo Pra mandar chuva Pro milho brotar Passou setembro, Outubro chegou Já vejo o milho Brotando do chão Tapando a terra Feito manto verde Pra esperança do meu coração Mês de dezembro, Vêm as boas novas A roça toda já se embonecou Uma oração Agradecendo a Deus E comer o fruto Que madurou Mês de janeiro, Comer milho assado Mingau e angu No mês de fevereiro Na palha verde Enrolar a pamonha E comer cuscuz Durante o ano inteiro Quando é chegado O tempo da colheita Quebra de milho Grande mutirão A vida veste sua roupa nova Pra ir no baile do casarão. Quebra de Milho Tom Andrade e Manuelito De viver e aprender 1, p.80, MEC, Brasília,1998. Vamos descobrir algumas ações executadas nessa música? Já iniciei para você! Veja as palavras sublinhadas. Copie em seu caderno as demais ações do texto. Comente com o educador o uso do milho na culinária. 49 De acordo com a sua realidade, responda em seu caderno: 1 Na sua região, o milho dá nessa mesma época do ano? 2 Você conhece o calendário de algum outro plantio? Qual? Se sua turma ainda não organizou o Calendário de Produção, aproveite este momento para fazê-lo. Fale um pouco sobre ele. 3 A letra da música fala em queimada, procedimento antigo, usado pelos índios e portugueses colonizadores. Comente: há outros métodos menos agressivos para limpar um terreno? Quais? Como proceder? Registre. 4 A queimada é utilizada ainda hoje? Por quê? Pesquise outras receitas que usam o milho e seus derivados (fubá, farinha) como bolo, broa, broinhas, pamonha, mingau, canjica, curau, sorvete, munguzá, etc. Uso do milho na culinária. Receitas de pipocas. Fogo alto. Numa caçarola com tampa, cabo ou alças, coloque uma colher de óleo ou azeite ou margarina ou banha, uma pitada de sal e um copo ou caneca de milho de pipoca. Você pode, com a panela tampada, sacudir, bater na tampa (com colher de pau). Vai ouvir as pipocas saltando e pipocando até diminuir ou espaçar bem os pipocos. Destampe e vire a panela numa vasilha. Se quiser pipoca doce, diminua o sal e jogue sobre a pipoca pronta, ainda na panela, uma calda grossa e quente e misture (você pode, também usar o microondas, só que não é tão divertido). B IL L S IL V E R M IN T Z 50 Planejando o plantio do milho — Você conhece a história da Galinha Ruiva? Vá até a página 138. Leia o texto. Pense um pouco. Ela plantou, regou, capinou, colheu, moeu os grãos, amassou-os e assou-os, fazendo pão de milho. — Você sabe que pode fazer algo parecido, aprender fazendo e ainda se divertir? — Vamos plantar milho? — Você pode decidir com seu grupo sobre outro cultivo: arroz, feijão, milho de pipoca, amendoim etc. • Marque uma nova reunião do colegiado da escola, na igreja, ou na associação. • Planeje a reunião com os objetivos e os resultados esperados. Siga o roteiro de reuniões do Colegiado Estudantil. • Convide os participantes, os educandos, os colaboradores da comunidade e o educador. Convide também alguém da Secretaria Municipal de Agricultura ou de outras entidades ligadas à agricultura, eles têm dicas importantes e boas contribuições. • Na reunião, faça um Calendário de Produção e aproveite para esclarecer suas dúvidas. Peça ajuda ao educador. — O que é preciso saber? Discuta com a comunidade: • Onde e como conseguir as sementes? • Quanto de semente vocês vão precisar? • Onde plantar? Qual o melhor lugar? Na escola ou outro local viável (possível), com todos ajudando e dividindo as tarefas (quais?) ou cada educando em sua casa (com ajudantes ou não)? • Qual a melhor época para o plantio? (Que influência tem, atualmente, o aquecimento global e o regime de chuvas? Como compensar as dificuldades?) 51 • Como preparar a terra? Qual a melhor forma de manejo (limpar o terreno, revolver a terra, adubar, como, quanto e o que usar)? • Qual o plantio ideal que não agrida a natureza? • O que é preciso para a semente germinar? • Como cuidar? Observação? Pragas (possibilidades, prevenção, administração)? • Outras questões? — O que é preciso fazer? — Quando? — Por quê? • Como proteger sua rocinha? • Proteger de quê? • Quanto tempo leva da plantação à colheita? • Como saber? • Como e onde guardar a colheita? • Há roças na sua comunidade? • Já pensou que bom seria visitar alguma? • Quem pode ensinar receitas com o produto cultivado? Atenção Há muita coisa a perguntar para obter bons resultados. É melhor plantar programadamente do que por ensaio e erro. Anote tudo e depois organize por itens que serão os passos. Vocês vão pedir colaboração e informação, mas não se esqueçam de agradecer a ajuda. 52 Registre os passos: Que bom! Quantas informações você e seus colegas conseguiram pesquisando na comunidade! • Faça um relatório da reunião e use-o para fazer um bom planejamento para o plantio. Leve as informações para uma reunião do colegiado e avalie o que realizaram. Aproveite e sirva um lanche bem gostoso. Passos Descrição 1 Conseguir as sementes e insumos 2 Calcular a quantidade necessária 3 Escolher o local do plantio 4 Determinar a época do plantio 5 Preparar a terra 6 Informar-se sobre o assunto 7 Cuidar da plantação 8 Proteger a plantação 9 53 Vamos sofisticar? • Com a ajuda de outros profissionais, faça uma ficha de acompanhamento de sua roça ou horta, de acordo com o calendário de produção estabelecido. Converse, discuta e preencha. • Pronto. É só começar a plantar e cuidar. Que tal apresentar os resultados em um jornal mural? Peça ajuda ao educador. Dicas: Plante e cuide do milharal, mas plante também temperos e chás (salsa, cebolinha, manjericão, alecrim, sálvia, orégano, hortelã, camomila, capim-limão, erva- cidreira, alfavaca e outros). Plante, em latas, vasos, jardineiras... Vai enfeitar sua casa e a escola, além de ser útil, econômico e gostoso. Peça a ajuda necessária na sua comunidade, inclusive para descobrir e aprender a cantar músicas sobre o cultivo da terra. Sucesso! Divirta-se e lembre-se: na época da colheita, reparta com todos. 54 Você aprendeu muito sobre milho, mas sabe como ele surgiu? Veja o que dizem nossos índios. A Lenda do Milho Há muitos anos havia uma grande tribo cujo chefe era um velho índio. Era um índio muito bom e que estava sempre preocupado com a felicidade de sua tribo. Um dia, sentindo-se muito cansado e doente, pressentindo que estava para morrer, chamou seus fi lhos e disse-lhes que quando morresse o enterrassem no meio da oca. E disse-lhes mais: _ Três dias depois de me enterrarem, nascerá uma planta bem viçosa que depois de algum tempo produzirá muitas sementes. Quando virem a planta crescer e as lindas espigas aparecerem, não as comam, guardem-nas e plantem-nas. Os dias se passaram, o velho índio morreu e os filhos fizeram tal qual o pai ordenara. E como o velho índio dissera, surgiu de sua cova uma linda planta com belas espigas cheias de grãos dourados. Os índios ficaram contentes, a tribo enriqueceu e passaram então a cultivar o milho com muito carinho. E assim surgiu o milho, diz a lenda. Você sabe o que é lenda? É uma narrativa fantasiosa transmitida pela tradição oral atravéz dos tempos, criada pela imaginação das pessoas, muitas vezes para explicar fatos reais. Você conhece a Lenda da Mandioca? Leia essa lenda no livro 3 de História, página 64, Também no livro Alfabetização e Letramento e outros livrosde lendas que você encontrará no Cantinho de Aprendizagem. 55 Pesquise ainda com o educador, familiares e comunidade. — Você gosta de mandioca? — Onde você mora há plantação de mandioca? A mandioca ou aipim é uma raiz muito presente na nossa alimentação. Nós comemos mandioca cozida, frita, amassada com mel ou com açúcar. Fazemos bolinhos de mandioca, bolos de mandioca, bobó de camarão com mandioca e, além disso, temos a farinha de mandioca e o polvilho que serve para fazer pães de queijo e biscoitos. Existe uma lenda muito bonita que tenta explicar a origem dessa raiz, tão apreciada pelos brasileiros do norte até o sul do país. A Lenda da Mandioca Há muitos e muitos anos, numa tribo indígena do estado de Mato Grosso, nasceu uma linda indiazinha, diferente das outras. Era branca como o lírio e a mais bonita que nasceu por lá. Todos gostavam dela e tinham-na como um ser sobrenatural. Acreditavam que o espírito branco apareceu em sonhos ao cacique da tribo e lhe disse que Mani era um presente de Tupã. Num dia triste, Mani adoeceu e morreu, sem se saber como. A tristeza reinou na tribo e o desespero foi grande. Os índios choraram muito e enterraram Mani na mata. Sempre iam visitar sua sepultura e ali choravam tanto que as lágrimas molhavam a terra. O tempo foi passando e, certo dia, viram que, na cova de Mani, nascera uma planta desconhecida. Depois que a planta cresceu, os índios cavaram a terra e encontraram um tubérculo. Admirados, notaram que parecia com o corpo de Mani. 56 Acreditando que era milagre, comeram-no, certos de que a planta traria mais vida e força para as lutas. Mani agora existia transformada em planta. Era um presente sagrado de Tupã. Com carinho e todo cuidado, os índios passaram a cultivar o corpo de Mani e chamaram-lhe Manioca. Desse nome indígena vem a planta mandioca, raiz que usamos em nossa alimentação. Significa para os índios “Pão da terra ou Carne de Mani”. AMAEducando. Belo Horizonte: no173, Ano 1985, p. 42-43 (adaptação). 1 Reproduza o diagrama no caderno e preencha-o: Mandioca outros nomes Macaxeira origem do nome significados do nome 2 Complete as relações: a) água /choro dos índios b) Deus / planta / cristãos / índios 57 3 Você sabe descascar mandioca ? Se já sabe, leia para ver se as instruções que se seguem estão corretas. Primeiro corte uma tampinha na ponta. Faça um corte horizontal riscando a casca até chegar à parte branca. Faça um corte vertical, sem separar o pedaço. Force com a faca para dentro do corte para a casca se soltar. Faça mais cortes verticais de 3 a 4 centímetros de largura. Corte a outra ponta. Force com a faca cortando tiras horizontais. a) b) c) d) e) f) 4 Brinque com as tiras de mandioca. a) Raspe a casquinha marrom e fique com as tiras brancas. b) Separe pedaços com a mesma largura da abertura de sua boca. c) Corte dentes na parte inferior e use essas dentaduras de mandioca para brincadeiras. 58 Cortada em pedaços e cozida em água fervendo. Coma a mandioca (pão da terra) bebendo café: café com pão. Mandioca cozida com açúcar, ou mel ou goiabada (delícia!) Massa de mandioca cozida pode ser a base de pratos como vaca atolada, bobó de camarão ou bolos, bolinhos e doces (hum...) Farinha de mandioca: complemento alimentar em muitas regiões. 5 E com a mandioca descascada? a) b) c) d) Produzindo Textos 1 Participe de uma pesquisa sobre a mandioca: Siga orientação do(a) educador (a). a) Selecione com seus colegas as informações solicitadas ao seu grupo. Consulte o material à disposição e use o conhecimento que você já tem sobre a mandioca. 2 Contribua na elaboração de um texto informativo, com as informações selecionadas pelo seu grupo. 3 Participe, também, da revisão do texto informativo escrito no quadro de giz. 59 4 Preste atenção aos comentários e às explicações do educador. Anote, no caderno, o que considerar importante para melhoria da sua competência na produção de texto. Conhecendo sua Língua 1 Você trabalhou com três textos sobre a mandioca: uma lenda; um texto informativo sobre como descascar a mandioca; um texto informativo elaborado por você e seus colegas Discuta com seus colegas; — qual é a função de cada texto? (para que servem) — qual é a diferença entre eles? — qual é o mais interessante? Justifique. — qual é o mais útil? Justifique. 2 Observe. Faça o diagrama no caderno. Complete-o. a) Mani agora existia transformada em planta. trans con re in de FORMADA Significados 60 b) Observe. Faça o mesmo. Significados TERRA 3 Observe o exemplo e complete: tribo do estado do Mato Grosso tribo mato-grossense tribo de índios tribo dia triste dia com carinho corpo de Mani enterrar soterrar desenterrar aterrar terreiro terrestre Ilustre, no seu caderno, a Lenda do Milho e a Lenda da Mandioca. Exponha, na sala de aula, os desenhos em um varal . 61 1 Leia a lenda da mandioca para alguém de sua família. 2 Mostre o texto “Como descascar a mandioca” para quem cozinha em sua casa. • Ofereça a essa pessoa esta receita: Bolo de Macaxeira “Descasque três macaxeiras grandes, lave-as, rale-as, esprema-as num pano e passe a massa numa peneira de arame. Depois, junte o leite de um coco tirado sem água, uma pitada de sal e uma colher de sopa de manteiga. Leve ao forno quente para assar numa forma untada com manteiga”. MAIOR, Mário Santos. Do livro Comes e Bebes do Nordeste. Recife: Bagaço: 1995 p. 51. 3 Peça a pessoas de sua família receitas que tenham a mandioca como principal ingrediente. • Leve para a escola e troque receitas com os colegas. — Que tal organizar um caderno só de receitas? APRESENTE AO EDUCADOR SUAS ATIVIDADES REALIZADAS NESTE MÓDULO E PEÇA QUE ELE REGISTRE SEU AVANÇO NA FICHA DE CONTROLE DE PROGRESSO . C 6262 63 Unidade 2 SOBRE JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS… 63 64 SOBRE JOGOS, BRINQUEDOS E BRINCADEIRAS... Vamos começar lembrando, relembrando e inventando jogos, brinquedos e brincadeiras? • De que você e seus amiguinhos brincam? • Quais as brincadeiras mais comuns em sua comunidade? • O que você aprende quando brinca? Discuta com seus colegas e liste os pontos comuns em seu caderno. Brincando também se aprende! A 65 Você cantou e jogou; jogou e cantou! Você leu um texto que é jogo e é canção. O texto de hoje também fala de um jogo, de uma brincadeira muito popular. — Você gosta de brincar de pega-pega? — Como você escolhe, com seus companheiros, quem vai ser o pegador? • Relembre com seus colegas diferentes maneiras de fazer essa escolha. O texto que se segue pode ser usado para isso. Leia: A galinha pintadinha E o galo carijó A galinha veste saia E o galo paletó. A galinha ficou doente Mas o galo não se incomodou Foi chamar logo o doutor: Quem será que adivinha Quem era o tal doutor? O doutor era o pavão E a agulha da injeção Era o rabo do tatu Não dá para a gente rir Ficando na contramão? Ha! Ha! Ha! Anabu, anabu Quem saiu foi tu Cara de tatu... GOMES, Lenice. Viva eu, viva tu, vivao rabo do tatu. Recife: Bagaço, 1993. Quem saiu foi tu cara de tatu 66 1 Brinque de pegador com seus colegas, na hora do recreio. • Use cada vez uma parlenda (falatório ou palavreado, rimado e bem ritmado) para fazer a escolha do pegador. 2 Na sala de aula, comente o texto anterior . — Você compreendeu todas as palavras desse texto? — E deste? Uni, duni, tê. Salamê, minguê. Um sorvete colorê Uni, duni, tê. • Tente encontrá-las no dicionário. — Encontrou? — A que conclusão você chegou? Comente com seus colegas. — Qual é a função desses textos? — É importante compreendê-los? — O que há de interessante neles? — Por que eles agradam tanto às crianças? • Pense sobre isto. 67 3 Essa brincadeira de pegador é universal,brincada pelas crianças de todos os lugares do mundo. • Ela tem formas e nomes diferentes: pega-pega; pique; pique-esconde; esconde-esconde; pique de agachar; — Você conhece outros nomes ou outras variedades dessa brincadeira? Comente. 4 Invente com um colega parlendas (falatórios) para escolher o pegador. • Você já sabe que esses textos não precisam ser compreendidos. As palavras podem ser bem esquisitas, inventadas mesmo! O importante é que elas tenham sonoridade, rima, ritmo (que se repitam algumas vezes). 5 Apresente o seu palavreado para todos os colegas. • Participe na escolha da parlenda mais interessante e da mais criativa. 6 Use essas parlendas (falatórios) em suas brincadeiras de pegador. 68 Releia o texto da letra A . • Relacione as rimas que encontrar (só a terminação). 1 Liste essas rimas em seu caderno. Você sabia que há rimas: • pobres: as mais comuns ão e inho • ricas: as mais elaboradas ém • raras: as mais difíceis de encontrar tê-los, sabê-los • Procure saber mais sobre isso. Busque no Cantinho da Leitura vários tipos de rimas e divirta-se com isso. 9 Brinque de pegador, se tiver parceiros. • Use as parlendas ou falatórios que leu e/ou inventou na escola. • Pesquise, com pessoas de sua família, outros tipos de falatório ou outras formas de escolher o pegador. • Na escola, compartilhe-as com seus colegas. B 69 Assim como o pegador, o brinquedo com bonecos é também universal. Até os homens primitivos construíam bonecos como uma representação de si mesmos. Nas cavernas foram encontrados alguns, bem como pinturas de crianças brincando com eles. — Você já brincou de teatro de bonecos? Teatro de bonecos é uma arte muito antiga. Há várias maneiras de fazer teatro de bonecos: — Você quer aprender? a. Nas praças públicas, os artistas viajam com os bonecos, com fantoches e com marionetes1. Eles armam seus palcos2 em praças públicas. Eles improvisam3 cenas e dialogam com a assistência4. b. Nos grandes teatros, os artistas preparam grandes encenações5 de peças. c. Nas escolas, o educador e os educandos preparam Teatrinhos de Bonecos. 1 - fantoches movidos por cordas 2 - lugar onde são feitas representações de teatro 3 - fazem representações sem muito preparo 4 - pessoas que assistem 5 - apresentações no palco 70 É fácil fazer teatro de bonecos. Basta ter criatividade e até improvisar. — Quer participar? Então... aprenda! Veja como fazer bonecos com cabaças! Instruções O bonequeiro CHICO DOS BONECOS, em seu livro PONTALETE, com ilustrações de BERZÉ, nos explica bem claro como se fazem bonecos: “Tem cabaça de todo tipo”. “Escolher esta, porque é melhor para prender a luva”: “E cortar uma tampinha na parte de baixo. Assim, a cabaça fica com uma abertura para enfiarmos o dedo”: 71 “E pintar (pintar e bordar), colar, amarrar pedaços de corda, de couro, de papelão, até a carinha do boneco ficar no jeito”: “Depois fazer o corpo do boneco. Quer dizer: a luva onde enfiamos a mão para mexer o boneco. Na hora de cortar o pano, usar como medida a própria mão”: “De um pedaço de pano mais grosso, recortar as duas mãozinhas”: “Costurar as mãozinhas no corpo do boneco. E enfeitar a roupa”: “E amarrar, bem amarrada, a roupa no pescocinho da cabaça”: 72 Outro Tipo De Mãozinha 1 Recortar, em couro ou plástico duro de vasilhames de cremes, shampoo, colas... ou até de borracha de câmara de ar, a forma das duas mãozinhas. 2 E colar na parte de dentro de um pedaço de 5 cm de mangueira, que fique justo no dedo. Colar com cola especial para plásticos, ou outra cola. 3 De um lado da mangueira fica a mãozinha, do outra lado o seu dedo. 4 A roupa será colada na mangueira com a mesma cola. Manipulação “Agora é só segurar o boneco”: “Mindinho e seu vizinho fechadinhos. Pai-de-todos, Fura-bolo e Cata-piolho abertos, bem abertos, bem, bem abertos!” “Dois segredos mágicos: O primeiro segredo revela as duas posições do braço para sustentar o boneco. Ou o braço reto para cima, rente à cabeça e ao pano; 73 Ou o braço em forma de L, rente ao pano; O segundo segredo mágico revela o seguinte: Quando for a vez de um boneco falar, ele deve se mexer bastante o tempo todo; e, quando for a vez de um boneco ouvir o que o outro está falando, ele deve ficar quieto, quase uma estátua.” Exercícios para dar vida ao boneco: MACRUZ, Fernanda de M.S. e outros Jogos de Cintura. Belo Horizonte: Escola Sindical SEF/CUT, outubro, 1995. 74 Você já é capaz de construir os bonecos. Quer aprender a preparar espetáculos? 1 Encenação a) O palco Depende do que você tem à mão. Pode ser: • de madeira, fechado; • usando uma mesa virada, de lado, coberta com cortinas, toalhas, lençóis, panos de saco, esteiras ou colchas de tear. Colocar a mesa mais afastada do público (da assistência). b) Evitar que apareçam os pés dos atores ou a sua movimentação. c) As vozes dos bonecos devem estar de acordo com o que eles apresentam. 2 Sonoplastia A sonoplastia refere-se aos sons que você pode usar. Pode ser um fundo musical, uma trilha sonora, acompanhamento de barulhos imitativos. 3 Peças. Você pode: • apresentar (encenar) peças já escritas por outras pessoas; • fazer bonecos (fantoches, marionetes, bonecos de cabaça ou de massa) para as peças que você escolher; • montar historietas, casos; • fazer mini-shows; • imitar programas de rádio e de TV, cordel; • contar histórias de livros de literatura, quadrinhos, jornais e revistas. • dramatizar histórias escritas na sala de aula; • criar e escrever suas próprias peças. 75 Você compreendeu bem as instruções para fazer bonecos de cabaça? 1 Participe das decisões, com seus colegas e educador, para a preparação do teatro de bonecos. Cada comitê ficará encarregado de uma tarefa: • seleção da história a ser apresentada; • lista dos materiais necessários; • preparo do palco; • confecção dos bonecos (de acordo com a história escolhida); • sonoplastia; • distribuição dos papéis; • escolha do local; • cronograma (dia da festa, etc.) Releia as instruções, sempre que necessário. 1 Escollha o personagem que você gostaria de representar. • Pense sobre as características desse personagem e nas ações que ele deverá realizar. 2 Descreva esse personagem. Escreva outras falas para esse personagem. 76 3 Apresente o que fez, para os colegas, representando seu personagem. Assista à representação de outros colegas. Participe dos comentários sobre as apresentações: — qual foi a reação provocada pela fala do seu personagem? — você conseguiu incorporar esse personagem? — o que você sentiu ao se transformar nesse personagem? 4 Enriqueça seu vocabulário ampliando o campo de significação entre as palavras. — Teatro lembra também... — Cabaça lembra... — Marionetes lembram... — Sonoplastia lembra... — Magia lembra... — Público lembra... Procure no Cantinho da Leitura mais peças de teatro. 5 Conte em casa a história que vai ser representada no teatro de bonecos. 6 Ensine alguém a fazer bonecos de cabaça. — Está tudo pronto para a apresentação do teatro de bonecos? — O dia já está marcado? — Você e seus colegas já redigiram as notícias? E os convites? 77 1 Com seu grupo faça um cartaz (notícia) do teatro de bonecos para o mural da escola. Como elaborar um cartaz • Tipo de evento • Pessoas envolvidas • Local • Dia e hora • Ingresso (tipo e/ou preço) • Motivo Ilustre o cartaz com desenhos, apresentando o texto bem distribuído e escrito com letras bem trabalhadas e bonitas. 2 Programe os convites: • Eles poderão ser feitos oralmente ou por escrito. • Leia as sugestões para elaboração de convites escritos. Cuidados para elaboração de um convite: 1. O nome completo da pessoa convidada deve estar no envelope. 2. Se o convite for enviado pelo correio, o endereço completo do convidado deverá constar, também, do envelope. 3. No convite propriamente dito, o texto deve ser bem simples e dizer apenas: • quem convida; • para que convida; • dia, hora e localdo evento; • pedido de confirmação da presença. 4. Os dados do remetente deverão constar no verso do envelope. Pensando e Compreendendo Textos 78 3 Participe da apreciação do educador sobre os cartazes e convites produzidos: — Os textos produzidos deixam claro seu objetivo? — A linguagem usada está adequada ao tipo de texto; ao leitor; ao acontecimento? — As informações necessárias são suficientes? — As palavras selecionadas (vocabulário) serão compreendidas pelo leitor? — A apresentação dos textos agrada? Corresponde a cada tipo de texto? — Outras. • Preste atenção às explicações do educador sobre cada item comentado. 4 Convide, oralmente, pessoas de sua família, parentes, amigos e vizinhos para a apresentação do teatro de bonecos. • Se preferir, faça convites por escrito. • Elabore um cartaz, sobre o evento, para ser colocado num lugar público, da sua comunidade. 79 Vamos conhecer outras brincadeiras? Texto 1: Observação: Na falta do pião, você pode usar várias piorras – sementes que têm essa forma de cone, girando-as nas pontas dos dedos. Ganha as que girarem mais tempo. Pião a partir de cinco anos Cada jogador deve jogar o seu pião dentro do círculo e sair. O jogo consiste em tirar os piões de dentro do círculo por meio de arremessos em giro dos piões participantes. 80 Há outros nomes para essas brincadeiras. Descubra! São brincadeiras universais que assumem outros nomes conforme os lugares onde são brincadas. Importante! Converse com o educador sobre a origem dessas brincadeiras. Reflita sobre as descobertas e, se for preciso, reveja conceitos e regras. Construa uma nova versão. Na falta do elástico, pode usar qualquer tira para laçar o coleguinha. Elástico a partir de cinco anos Usa-se um metro de elástico de costura largo amarrado em forma de um anel que deve ser segurado por dois participantes, que serão os pegadores. Quem for pego troca de lugar com quem pegou. Bate lata ou esconde-esconde a partir de cinco anos Um jogador “bate cara” (fica com o rosto voltado para a parede) e conta até cem. Enquanto isso, todos se escondem num espaço delimitado pelo grupo. A partir daí é um jogo de perseguição, de percepção e de cálculo de velocidade, pois todos podem se salvar, batendo ou chutando a lata que está no lugar de bater cara ou em outro lugar a combinar. O pegador pode tentar impedir e pegar o escondido antes que ele bata a lata, batendo-a antes dele. 81 Jornal O Tempo – BH, 29/07/2008 – p. 20. 1 Leia cada brincadeira com atenção. Entendeu como se brinca? Resolva a dúvida que aparecer com um colega ou com o(a) educador(a). Coelho sai da toca a partir de cinco anos As tocas podem ser duas crianças segurando as mãos elevadas ou bambolês. Os coelhos ficam dentro da toca e, ao sinal, devem trocar de toca. Rio de piranhas a partir de cinco anos Desenha-se uma faixa de cerca de três metros no centro da quadra, no sentido transversal, que será o rio. As piranhas pegadoras não podem pegar fora do rio. A brincadeira é atravessar o rio sem ser pego. Quem for pego vira piranha. Pula sela a partir de cinco anos Um dos participantes faz o papel de sela, mantendo-se com os joelhos estendidos, o tronco flexionado com as mãos apoiadas sobre os joelhos, formando uma base segura de apoio para as mãos de quem salta. Uma das brincadeiras é a do mestre. Um jogador é escolhido como mestre de um grupo que deve saltar sobre a sela de acordo com as suas diretivas. 82 Brinque com seus colegas 1 Selecionem as brincadeiras, providenciem o material. Para facilitar, listem as brincadeiras em duas colunas. Em uma, vocês escrevem aquelas que precisam de material específico e, na outra, as brincadeiras livres. 2 Escolham algumas para brincar. 3 Avaliem a brincadeira. Deu certo? Vocês gostaram? Repetiriam a brincadeira? Ensinariam para outras crianças? Fariam alguma modificação? Qual? Por quê? Quer conhecer mais brincadeiras? • Converse com seus familiares. Peça que falem das brincadeiras do seu tempo de criança. Conte para eles as suas brincadeiras. Comparem, troquem experiências e aproveitem para ensinar o que você aprendeu às crianças menores de sua classe multisseriada, bem como aos seus irmãozinhos, vizinhos e amigos. • Há muitos livros que ensinam brincadeiras. Descubra e aprenda. Depois apresente para seus colegas e arquive no Cantinho de Leitura para consulta. C APRESENTE AO EDUCADOR SUAS ATIVIDADES REALIZADAS NESTE MÓDULO E PEÇA QUE ELE REGISTRE SEU AVANÇO NA FICHA DE CONTROLE DE PROGRESSO . 83 A QUEM NÃO GOSTA DE JOGAR BOLA? Uma das brincadeiras mais antigas das crianças, de qualquer parte do mundo, sempre foi o jogo de bola. O jogo de bola, ou com bola, é tão popular e fascinante que até os poetas gostam de jogá-lo brincando com as palavras. Veja como o faz Cecília Meireles: A bela bola rola: Bola amarela a da Arabela. A do Raul, azul. Rola a amarela e pula a azul. A bola é mole, É mole e rola. A bola é bela, é bela e pula. É bela, rola e pula, é mole, amarela, azul. A de Raul é de Arabela, e a de Arabela é de Raul. Viu como a bola rola e as palavras rolam com ela? Vamos ler novamente, todos juntos? 84 Observe se não são sons redondos: É bela, rola e pula É mole, amarela, azul Sentiu os sons repetidos, quicando como as bolas? São importantes para esse efeito. bola, mole, rola, amarela, bela, Arabela Raul , pula, azul Outros efeitos: • Sons abertos, abrindo espaço para as bolas rolarem: A bela bola rola • Sons salteados, bem bolados, pulando como as bolas. É bela, rola e pula, é mole, amarela, azul B 85 Você viu que o poema Jogo de bola é: • Um brinquedo de jogo? • Um jogo de brinquedo? O poeta é também um jogador! Ele joga, ele brinca com as palavras. O poeta bola o jogo, mas só ganha se o jogo é belo. Jogue também! Um belo jogo! Um jogo bem jogado! Um jogo bem bolado! Jogue bem! Esse texto Jogo de bola, como todo poema, é para ser lido, sentido, apreciado. É seu pedaço de nuvem, seu tapete voador. Navegue por onde o seu pensamento quiser ir… BOA VIAGEM! Volte mais feliz! Voltou feliz? Que bom! Leia: Ou Isto ou Aquilo de Cecília Meireles. 86 Outro jogo de bola! Você conhece Jogo do Sete-Espadas? O texto que você vai ler ensina como jogá-lo. São as regras (instruções do jogo). Você vai precisar de: uma bola, uma parede e jogadores. Leia as instruções e jogue. a) Você joga a bola na parede. Pega a bola de novo, sem errar. b) Você joga a bola e diz: − Primeiro. Joga a bola outra vez e diz: − Em seu lugar. Joga e diz: − Sem rir. Joga e diz: − Sem parar. c) Você continua jogando, falando e fazendo o gesto: — Você compreendeu bem as regras do jogo? (num pé) (batendo palmas) (no outro) (com uma mão) 87 Observe, sinta a posição de seus lábios e da língua para pronunciar os sons: |a|, |e|, |i|. Esses sons, mais o do |o| e o do |u|, são as vogais do nosso idioma, representadas pelas letras a, e, i, o, u. |a| |e| |i| |o| |u| Com seus colegas, conversem sobre brincadeiras que jogam com os sons. Lembram dos trava-línguas? Vejam na coleção de alfabetização. Lá, vocês vão encontrar muitas opções. Brinque com seus colegas. a) Quem vai começar? Tire par ou ímpar. b) Jogue o Sete-Espadas. c) Se a bola cair, pare! Outro colega continua de onde você parou. d) Se acertou, jogue mais uma vez. O jogo termina quando todos já participaram. 88 — Gostou da brincadeira? — Conseguiu chegar até o final? — Você soube seguir as regras? — As regras do jogo foram respeitadas por todos? — Houve alguma dificuldade? De que tipo? — Como foi resolvida? Você sabia que os cegos jogam futebol? Eles usam guizos nos pés, que balançam e soam enquanto correm com a bola. Agindo assim, jogam orientados pelo som, pela audição. No jogo, somente o goleiro possui visão perfeita ou parcial. Como se grita gol… … na França BUT! … na Irlanda CÚL!* Pronuncie GUL … na Inglaterra GOAL! … em Portugal GOLO! Quer conhecer algumas curiosidades a respeito de jogos com bola? Quero sim! 89 Brinque mais! Com seus familiares, faça uma lista de nomes de jogos de bola conhecidos. Escolha um e comente as suas regras. Vocês podem criar outros jogos, criar outras regras. Uma boa sugestão para não esquecer suas produções é criar um caderno de jogos. Organize um dia de lazer com a comunidade, apresente suas sugestões, ouça mais e brique junto. • Se possível, procure em livrarias, livros de jogos e brincadeiras e liste seus nomes e de seus autores. • Faça o mesmo com catálogos de editoras. • Escreva para eles solicitando doação para sua escola. Vai conseguir alguns, mesmo porque, vários são dados como propaganda e divulgação. Boa sorte! C APRESENTE AO EDUCADOR SUAS ATIVIDADES REALIZADAS NESTE MÓDULO E PEÇA QUE ELE REGISTRE SEU AVANÇO NA FICHA DE CONTROLE DE PROGRESSO . 90 COMBINADOS DO VASSOUROBOL O Que é preciso: • uma vassoura para o goleiro, • uma bola de qualquer tipo para os jogadores, • uma delimitação do campo, • uma relação de combinados. Quer conhecer esse e outros jogos? Vá ao Cantinho de Aprendizagem. Retire, se houver, algum livro que apresente outra explicação ou variação do jogo vassourobol. Compare, escolha ou adapte e... Jogue! 1 Nesses livros, você encontrará outras sugestões de jogos com bola. Também pode entrevistar profissionais de Educação Física e pessoas da comunidade. Faça fichas de informação. Leia, escolha e … Jogue! A Você já ouviu falar no jogo do vassourobol? O que é isso? Descubra! 91 2 Escolha, com os colegas, outro jogo. • Discuta as regras desse jogo: nome, tipo do jogo, número de jogadores, como se organizam, material necessário, tempo de duração, etapas, como termina e quem ganha. • Escreva essas regras (instruções) sob a orientação do educador. • Observe as duas maneiras de registrar essas regras: a) oralmente, quando discutiu com os colegas; b) por escrito, quando escreveu no caderno. Indique as regras com letras do alfabeto. A ordenação alfabética é mais fácil e mais comum. Ela pode ser usada em muitas situações. Peça aos colegas e seus vizinhos que joguem vassourobol seguindo as regras escritas por vocês. Depois, participe da avaliação: — As regras estavam claras? Foram bem compreendidas? — Facilitaram o desenvolvimento do jogo? — Há necessidade de alteração do texto? — Qual? — Por quê? — Como? — Além disso, o jogo agradou? Após avaliação e revisão, exponha o texto no varal: Combinados do Vassourobol. 92 Organizando um banco de dados Troque informações. Você se lembra do Caderno de Jogos? Veja se nele estão presentes as brincadeiras listadas aqui. Leia e vá sublinhando as que existem no seu caderno. Escolha um ícone para sinalizar as que não existem ou que você não conhece. Faça esta atividade com os colegas e, se tiverem dúvidas, conversem com o educador(a). Estrela e cambalhotas Adivinhas Andar com pernas-de-pau Escravos de Jó Bafo de figurinhas Malabares Lá vai a barquinha carregadinha de... Balanço Baralho Modelagem Bola, bola de gude ou outras contas Dobraduras Bonecos e fantoches de vários tipos Peru Cabo-de-guerra Pular corda Cabra-cega Pares Cavalinho de pau Pelada Cirandas ou cantigas de roda Quatro cantos Desafios Saltos em altura Papagaio Dramatização Outras (pipa, flecha, arraia...) B 93 Organizando um Banco de Jogos Utilizando a lista da página anterior e o caderno de cada um, comece a organizar um Banco de Jogos para toda a escola. Para isso, vocês podem criar uma Caixa-Arquivo. 1 Construindo a Caixa-Arquivo. Se você colocar as fichas dos jogos numa caixa, como a que está desenhada, qual título, qual rótulo ou qual etiqueta você colocará para mostrar o que há dentro dela? Escreva no caderno. • Vamos aprender a fazer essa caixa? 94 Trabalhe em conjunto com seus colegas e educador. Explique o que você quer fazer. Mostre o desenho que está no livro, na página anterior. Discuta como fazer. De que materiais fazer? Qual o melhor modo de fazer? Peça ajuda e sugestões: converse com os artesãos de sua comunidade. Pesquise os materiais existentes. Quais podem ser usados? Como? Sugestões de uso? Idéias? Quem pode ajudar e ensinar? Construam juntos. Coloque no Cantinho de Aprendizagem. Consulte sempre, escolha o jogo e brinque. Não se esqueça do rótulo ou nome escolhido para o “Banco de Jogos”. O “Banco de Jogos” também pode ser colocado em cestos (de palha, de taquara, de palmas, de coquinho ou palmeira). Pode ser que a cestaria seja fácil para a sua comunidade, e, até mesmo, ser um artesanato de sua região. Use e abuse! Use sua criatividade! Você pode fazer diferentes caixas com outras finalidades (palavras com determinadas características, comentários de livros, fichas diversas). 95 — Você construiu um “Banco de Jogos” com muitos jogos arquivados em fichas e vai usá-los muito durante todo curso. • Para começar a jogá-los, que tal uma festa de inauguração? — Vamos formar os Comitês? — Marquem o dia, o local, a hora. — Convidem a escola e a comunidade. — Coloquem o “Banco de Jogos” em um lugar de destaque. — Cubram-no com uma cortina presa por um laço que será desatado pelo padrinho e muito aplaudido. — Escolham uma pessoa para ser padrinho ou madrinha do “Banco de Jogos”. Tanto pode ser algum líder da comunidade, como alguém que ensinou muitos jogos ou que trabalhou ou contribuiu muito na sua organização. — Como vocês vão comunicar isso aos moradores da comunidade? — Façam os convites. — Quem vai receber e agradecer os convidados? — Todos os educandos serão monitores. Todos vão ajudar a orientar os jogadores. — Em seguida, deixe as pessoas que quiserem usar o “Banco de Jogos”, escolher, retirar a ficha do jogo, ler, combinar as regras, escolher os jogadores e apresentar o jogo para todos. 96 Tudo pronto para a festa? • A comunidade foi convidada? Insista com seus familiares para comparecerem! • Estando todos reunidos, um educando fala rapidamente sobre suas atividades, agradece a colaboração de todos e convida o padrinho ou a madrinha para desatar o laço e abrir a cortina, descobrindo o Banco de Jogos (palmas, muitas palmas!). • Deixe que os convidados fiquem à vontade. • Selecione alguns jogos. Brinque, jogue, divirta-se. • Se alguma ficha apresentar problemas, refazer. Afinal, essa primeira vez de uso é também um teste para a qualidade do trabalho que vocês realizaram. • Para relaxar, faça o jogo dos sete erros e/ou cruzadas. elab i a l eracaj f ag t o v a c a n t ez b r elab i a l eracaj f ag t o v a c a n t ez b r C elab i a l eracaj f ag t o v a c a n t ez b r 97 A Outros jogos, brinquedos e brincadeiras... Você vai ler dois textos sobre a Amarelinha: uma instrução e um poema. Leia! Observe! Perceba as semelhanças e diferenças! Texto 1: 1 Leia as instruções. • Pense sobre elas e jogue com os seus colegas. • Veja se as instruções estão claras. Amarelinha • Desenhe no chão a amarelinha. Em cada quadro deve caber uma criança em pé. • Jogue uma pedra achatada ou casca de banana dobrada (marca) no quadro n° 1. • Pule num pé só no n° 2 e pegue a marca jogada no n° 1. • Continue pulando até o Céu. Nos quadros com dois números, coloque um pé em cada número; nos quadros 3, 6 e 9, pule com um pé só. Não pise na marca ou nas linhas. • Chegando ao Céu, coloque a marca na cabeça e volte pulando até o n° 1. • Se você errar, pare e outro colega começa a jogar. • Se não errar, continue jogando a marca no n° 2, e assim por diante. 98 — Você mudaria alguma coisa neste texto? — O quê? Comente com o colega. Texto 2: Mais amarelinha Agora é um poema, que é só poesia! 2 Leia o texto e observe a ilustração AMARELINHA Pula-pula, amarelinha a menininha de trança. Pula-pula, e a amarelinha até parece uma valsa. Pula-pula, amarelinha e a menininha enquanto pula balança a trança. Pula-pula,amarelinha, e como é boa essa dança. LEIA: MURRAY, Roseana. No mundo da lua. Belo Horizonte: Miguilim, 1983. Texto: Roseana Murray Ilustração: Sônia Barbosa 99 1 O desenho mostra o poema de outro modo: o movimento, o pula-pula, a dança, • a dança que balança e levanta a trança, • os braços e as mãos abertas no pula-pula, • as pernas e os pés no salto, • o vento levantando a saia. Pense sobre isto! Veja! Até o desenho da amarelinha tem movimento! 2 Leia! Pense! Discuta com os colegas e com o educador: O desenho exagerado de Sônia sugere a linguagem da poesia - a linguagem poética! Ele sugere: o brinquedo, o jogo com as palavras, a fantasia, o sonho! As nuvens e o castelo dos Contos de Fadas O jogo e o brinquedo (o palhaço vestido de Amarelinha) B 100 E no Poema? Roseana usou sons rimados e ritmados. Sinta o movimento! balança trança dança menininha pula-pula amarelinha 3 Procure no texto estas palavras. Leia essas palavras com entonação e fazendo os movimentos. Roseana diz que a Amarelinha parece uma valsa. 4 Experimente o movimento dessa dança! • Faça junto com seus colegas, como num passo de valsa. 1º - um passo para lá, 2º - outro passo para cá, 3º - uma volta, um giro! Dance como no poema. Valse! Pula-pula-amarelinha, e como é boa essa dança. 101 — Mágico, não é? a invenção, a sugestão, a magia... o novo arranjo com as palavras.... o jogo. — Você notou a diferença entre os dois textos de amarelinha? • um instrucional e outro poético? 5 Pense e escreva! — Você sabe dizer o que há de semelhante entre o texto que ensina a jogar amarelinha e o poema que fala sobre a amarelinha? SEMELHANÇAS Instrução Poema E quais são as diferenças? DIFERENÇAS Instrução Poema 102 Produzindo Textos • Você identificou semelhanças e diferenças entre os dois textos da Amarelinha. — Notou que no poema o poeta é livre para criar e jogar com as palavras? — Quer fazer o mesmo? • Escreva o que quiser sobre o que escolher e da forma (tipo de texto) que preferir: Se quiser, apresente seu texto para o educador e os colegas. 1 No poema da Amarelinha, você encontrou palavras que rimam, que terminam com o mesmo som. • Observe e releia essas rimas: balança trança dança menininha amarelinha Releia os textos da amarelinha. 2 Escreva no caderno palavras que rimam com: trança e amarelinha. 1 2 4 5 6 7 3 103 — Você conhece a brincadeira que começa sempre assim: — O que é? O que é? • Comente com seus colegas. As adivinhações ou adivinhas são brincadeiras usadas para passar o tempo, para os dias de chuva, festas, rodas... O que é, o que é? Está na camisa e no paletó. Está no jardim e lá no pomar. Dá para vestir, não seja bocó. Dá para chupar, não vá se enganar. O que é, o que é? Leva saudade e lembrança. Traz notícia quando quer. Tem boca mas nunca fala. Viaja mas não tem pé. O que é, o que é? Vive parada, Cheia de vida. Tão perfumada, Tão colorida! O que é, o que é? Vive na pele. Mora na flor. Voa no vento. Nunca tem cor Re sp os ta s: m an ga , c ar ta , f lo r, p er fu m e. 1 Leia as adivinhações que se seguem e que foram tiradas do livro de Ricardo Azevedo: AZEVEDO, Ricardo. Brincando de Advinhar. São Paulo: Moderna, 1996 104 Responda ao O que é? O que é? desenhando ou escrevendo ao lado de cada adivinhação. Confira as respostas. — Para encontrar as respostas da brincadeira, quais pistas você encontra no texto? • Comente com outros colegas. — O que é manga? Manga tem outros significados? Descubra! 1 Agora você vai responder a outras perguntas: — O que é carta? — O que é flor? — O que é perfume? Confira suas respostas com as de outros colegas. Exponha no Mural da sala de aula as melhores respostas. 105 2 Observe o que você fez: Para a 1ª pergunta: — O que é? O que é? Você respondeu adivinhando. Adivinhação Para a 2ª pergunta: — O que é? O que é? Você respondeu explicando. Explicação — Você conhece outra adivinhação do tipo: O que é? O que é? • Se conhece, escreva- a. Peça a ajuda a um colega ou ao educador, se precisar. Participe da “Roda de Adivinhações” • Uma criança diz a sua adivinhação. O colega que descobrir terá a vez para dizer a sua. • A “roda” acaba quando todos já participaram. No dicionário você encontra: • a relação das palavras da nossa língua. • a explicação do sentido dessas palavras (definição). Aprenda como procurar palavras no dicionário! 3 Escreva, no caderno, as palavras de acordo com a sua seqüência no dicionário. • Considere a primeira letra. Leia e coloque no Cantinho de Leitura! texto amarelinha balançavalsa menininha dança pernas instrução 106 1 Brinque com outras pessoas de sua família ou com amigos fazendo adivinhações. Procure conhecer outras adivinhações. Pesquise com: Pessoas de casa, amigos, vizinhos. 2 Escreva essas adivinhações. 3 Peça em casa explicações para: enxada, vaca, mandacaru, jegue, voadora, prenda, chimarrão e outras. • Leve para a escola as adivinhações e as explicações. • Colecione adivinhações com seus colegas para brincadeiras nas horas de folga. 4 Leia as frases abaixo. Escreva no caderno apenas as explicações. — O que é, o que é que cai em pé e corre deitado? • A pata é a fêmea do pato. — O que é, o que é que é surdo e mudo, mas conta tudo? • O relógio é um instrumento que marca as horas. • O leão é um animal feroz originário da África. C 107 Brinque com rimas Complete, escolhendo as palavras que rimam. A casa e o seu dono Essa casa é de caco quem mora nela é o _______ Essa casa é de cimento quem mora nela é o _______ Essa casa é elegante quem mora nela é o _______ a) Destaque, com lápis de cor, a sílaba que rima ou circule-a com o lápis preto. b) Complete o poema com uma rima para: GIGANTE BARATA. A Essa casa tão bonita quem mora nela é a _______ Essa casa é de telha quem mora nela é a _______ E descobrir de repente que não falei em casa de ___ gigantemacacojumentogente elefantecabritabarataabelha 108 B 1 Preste atenção nestes poemas. Veja mais possibilidades para brincar com as palavras. Aprecie! Poema 1 - Procura Olha o olho da bolha! No seu balão de cor, enquanto o curto andor carrega o encanto do vento sul, ri rosado, treme azul e chora, verdes. Os verdes que não vê, andando a procurar quem sabe o quê. Quem sabe, por você! Olha o olho da bolha! DINORAH, Maria. Ver de Ver. São Paulo: FTD, 1992. Poema 2 Nasce o sol se espreguiçando? Dorme a noite bocejando? E a manhã? Faz muita manha antes de esfregar o olho, lavar céu, escovar nuvens, para enfim nos dar bom dia? E quando chove e faz lama será que o sol escondido não está é de castigo por fazer xixi na cama? BEATRIZ, Elza. Caderno de segredos. São Paulo: FTD, 1989. 109 A noite dormeNasce o sol A manhã faz manha 2 Leia e reflita: a) Isso acontece na realidade? Comente com seu grupo. Compare as respostas e encontre a melhor. Seu educador pode ajudá-lo a escolher. b) Nasce o sol se espreguiçando? Dorme a noite bocejando? — Os efeitos desse recurso de tratar os fenômenos da natureza como se fossem humanos são belos, agradáveis e de fácil compreensão. Use-os você também. Maria Dinorah, no poema Procura, fala em: olho na bolha que ri rosado treme azul chora verdes 3 Para pensar: Você sabe o que é: Antropomorfismo? Procure essa palavra no dicionário e descubra o significado das partes que a formam (Coloque-a no glossário). Use, você também, o antropomorfismo em seus textos. Experimente! 110 4 Escreva no caderno frases comparando: a) Chuva com lágrimas b) Vento forte com raiva c) Sol com alegria d) Raios de sol com cabelo e) Galhos de árvores
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